
16 minute read
Otávio José Lemos Costa
TEMPOS DE FESTA: ESPACIALIDADES E SIMBOLISMOS
Otávio José Lemos Costa
Advertisement
Introdução
A abordagem de temas marginais à geografa tem favorecido uma dupla observação. Primeiro, o olhar enviesado daqueles que ainda estranham o olhar dos geógrafos para os fenômenos os quais supostamente eram considerados pertencentes à seara de outras ciências humanas, por outro lado, a adoção daqueles temas por geógrafos que enxergavam a presença dos mesmos na explicação de paisagens, na defnição de lugares e na formação de territórios e territorialidades. A geografa atual deleitando-se com temáticas como religião, literatura, música, cinema, gênero entre outras, deve render um tributo àqueles geógrafos que a partir da década de 1970, travaram intensos debates epistemológicos, teóricos e metodológicos e pelos quais emerge a geografa cultural renovada, elegendo o signifcado como palavra-chave para o fazer-acontecer em nossas realidades cotidianas. O entendimento pelo qual se faz do real enseja a compreensão da produção e reprodução da vida material, sendo esta mediada na consciência e sustentada pela produção simbólica, convergindo, portanto, para a já tão conhecida afrmação de Cosgrove (1998), “a geografa está em toda parte”.
O presente texto trilha por uma temática já algum tempo adotada por geógrafos, os quais interessados na abordagem cultural elegeram a festa como objeto de suas pesquisas. (Sobre os geógrafos interessados nessa temática ver quadro apresentado por Correa e Rosendah) (2012, p.95). A nossa contribuição esteia-se numa compreensão da festa enquanto fenômeno
de uma espacialidade associada a uma manifestação cultural inserida em um contexto da religiosidade popular, na qual a festa se reveste em um território lúdico marcado por utopias (PRIORE, 2000), bem como paisagens e lugares defnidOs por ações que eclipsam a rotina de seus participantes.
Para a discussão do presente texto, elegemos três momentos: o acontecer festivo, a estruturação de lugares simbólicos bem como a perspectiva de uma paisagem cultural atrelada às festas religiosas. Para essa discussão, nos pautamos em uma abordagem teórica referenciada nos temas elencados pela geografa humanística e cultural, sobretudo, aqueles que se referem à temática em tela. Entendemos também que a nossa compreensão ao falar de festa e suas manifestações espaciais, nos conduzem a um olhar pelo qual deva ser contextualizado em uma teia de signifcados e, conforme Cassirer (2001), faz-se necessário ir além de sua organização, constituição e estrutura. Portanto, nos valemos da existência dos signifcados que fazem parte da festa, dos personagens e suas práticas sociais pelas quais constroem sua própria realidade.
O Acontecer Festivo
A Geografa Cultural vem ultimamente destacando em sua agenda de pesquisas o temário da festa enquanto manifestação espacial. Manifestação esta considerada um fenômeno de natureza sociocultural, e que permeia toda a sociedade, signifcando uma trégua no cotidiano rotineiro e na atividade produtiva. Sua natureza é intrinsecamente diversional, comemorativa, pautando-se pela alegria e pela celebração. Em meio a uma pluralidade do olhar por parte daqueles interessados no tema, consideramos a festa como uma necessidade social e espacial, pela qual se opera uma superação das con-
OTÁVIO JOSÉ LEMOS COSTA
dições normais da vida. Trata-se de um acontecimento que se espera, criando-se assim uma tensão coletiva agradável, na esperança de momentos excepcionais. A festa é, portanto, a expressão de uma expansividade coletiva, uma válvula de escape ao constrangimento da vida quotidiana.
Nossa proposição aqui é compreender a festa e seu tempo festivo, na perspectiva da religiosidade popular, uma vez que esta apresenta diversas manifestações do sagrado e também do profano. Devemos, portanto, voltar nossa atenção não só para o signifcado simbólico da religiosidade e seus múltiplos aspectos, mas também verifcar o papel da festa enquanto momento de celebração e que reatualiza o tempo sagrado. Assim, compreendendo a festa pelo viés da religiosidade popular, observamos que ao falarmos de lugar, de paisagem, de território, encontraremos neste contexto, manifestações socioespaciais pelas quais estão imbricados não só com a produção, mas também com os meios de trabalho, exploração e distribuição, ela é, portanto consequência das próprias forças produtivas da sociedade, por outro lado é uma poderosa força de coesão grupal, reforçadora da solidariedade vicinal cujas raízes estão no instinto biológico da ajuda, nos grupos familiares.
Assim, a preocupação do homem em se esforçar para reatualizar o calendário sagrado e o tempo das festas irá marcar, conforme Eliade (1996), o “tempo de origem de uma realidade” e que, segundo este autor, o homem busca reencontrar este tempo de origem, ou seja, a reatualização periódica dos atos criadores efetuados pelos seres divinos in illo tempore, ou seja, o tempo primordial em que se realizou a hierofania por uma divindade, por um antepassado ou por um herói. A reatualização periódica da festa, que ocorre no “tempo original” é o momento em que os gestos simbólicos se voltam para a reverência dos deuses, onde os partici-
pantes da festa tornam-se os contemporâneos de um acontecimento mítico. Nesse momento é fundamental nos voltarmos novamente para Mircea Eliade (2000) e entendermos a festa como um fenômeno pelo qual se apresenta como uma transgressão. Em “O Mito do Eterno Retorno”, há uma apropriação do conceito flosófco proposto por Nietzsche, que nos fala dos ciclos repetitivos da vida, nos quais estamos sempre presos a um número ilimitado de fatos. Portanto, o “eterno retorno” que nos fala Eliade irá tratar, do tempo cíclico (mitológico e sagrado), e o linear atemporal e profano. Eliade se preocupa em dirimir de maneira breve qual o signifcado daquilo que chamamos de arquétipos e repetições. A festa dessa forma pode ser considerada um modelo que se revela ao homem em tempos míticos e sagrados.
Nas festas, o homem procura honrar seus deuses, estabelecendo um calendário festivo, em que durante aqueles dias, somente reinará o sagrado. Nesse momento, os trabalhos terrenos são esquecidos e todo o pensamento se volta para a adoração divina. Coulanges (1981) estudando a religião da cidade, nos mostra que todas as urbes haviam sido fundadas segundo rituais que no pensar dos antigos, tinham como efeito fxar, dentro de seus muros, os deuses nacionais e para tanto “era preciso renovar todos os anos, para nova cerimônia, as virtudes deste ritos” (COULANGES, 1981, p.166). A festa também é a ocasião para a fusão de reencontros e sentimento. Nela vamos reencontrar a dimensão sagrada da vida e no dizer de Eliade é a dimensão sagrada da existência, ao se aprender novamente como os deuses ou os antepassados míticos criaram o homem e lhe ensinaram os diversos comportamentos sociais e os trabalhos práticos (ELIADE, 1996, p.86).
O sentido de reencontro na festa é pleno de signifcados, de valores e sentimentos. Os participantes da festa buscam a
OTÁVIO JOSÉ LEMOS COSTA
nostalgia, um refazer de gestos e comportamentos. Esta nostalgia pode ser percebida nas festas de padroeiro, por exemplo, quando as pessoas retornam aos seus lugares de origem, para pagar promessas ou simplesmente para vivenciar seus rituais festivos, rever parentes e amigos, andar pela cidade, reconhecer velhos lugares. O retorno para a festa também faz parte do mundo ritual e como afrma Maia (2001, p.182) “o deslocamento aí realizado assume um signifcado ímpar, pois, enquanto na vida cotidiana, o que importa é a saída de casa e a chegada de no trabalho e vice-versa”. Essa irrupção no cotidiano promove esse sentido de retorno pelo qual estar na festa é deixar-se levar pelos caminhos da emoção. A festa é um momento em que o reencontro das pessoas é carregado pela emoção, sendo analisado como um excesso vivido e praticado, um remédio para o desgaste do tempo humano. Nesse sentido, a festa marca sempre o retorno ao passado, realizado por meio de técnicas e ações simbólicas precisas, que é um retorno a uma idade do ouro. Desta forma, a festa atua como memória (MESLIN, 1982, p.118).
No que diz respeito aos elementos simbólicos, a festa traz consigo uma forte carga simbólica. O simbolismo tradicional que existe na religiosidade popular é analisado por Cipriani (1989) ao ser evidenciado na festa, alternativas às novas posições iconográfcas da modernidade, mesmo se às vezes ele copia os caracteres e utiliza tais instrumentos. Nesse ponto de vista, o confronto pelo qual nos fala Meslin (op.cit), a respeito do antigo e do moderno, pode ser verifcado nas diversas manifestações culturais, como as festas religiosas. Estas manifestações mesclam elementos do passado com elementos do presente e simbolicamente se fundem no binômio da espontaneidade e do sentimento nos quais pode ser encontrado habitualmente nas festas e na vida cotidiana.
Nas festas são encontrados os simbolismos religiosos. Confguram-se como símbolos visíveis e ativos, estabelecendo um vínculo, uma nova relação entre os homens. Podemos afrmar que esses símbolos estabelecem uma relação com o espaço vivido e assim
pode-se vincular estreitamente à análise dos símbolos religiosos a toda uma tradição doutrinal interna que lhes confere uma signifcação específca, porem também ao entorno cultural que essa tradição tem se desenvolvido (MESLIN, 1978, p.205).
O simbolismo presente nas festas, sobretudo aqueles presentes no catolicismo popular enquanto catolicismo rural caracteriza-se pela presença marcante dos leigos enquanto agentes estimuladores da vida religiosa, representados e mantidos pelas irmandades, romarias, santuários, procissões e conforme Chaui (1990:73) entra em confito com a imposição da romanização, isto é, do catolicismo tridentino que privilegia a autoridade sacerdotal. Entretanto, é importante salientar que os símbolos designam a expressão de uma manifestação de fé e adoração. Reverenciar o santo padroeiro, por exemplo, indica o desejo de recuperação de uma solidariedade, de uma vivência intensa, de um exercício de fantasia.
Festa e Lugar Simbólico
A espacialidade da festa provoca uma irrupção da rotina. No seu tempo festivo, os lugares são redimensionados e tornam-se pontos de partida para uma agitação que é promovida por aqueles que participam da festa. Neste sentido Isambert (1982, p.126) nos lembra que “a festa é a transgressão das regras que o sagrado impõe à vida cotidiana, uma maneira de reconhecer o sagrado”. Neste momento, percebe-se que o
OTÁVIO JOSÉ LEMOS COSTA
tempo da festa se apresenta muitas vezes como um tempo de excessos permitido. Surge o lugar onde emerge o desejo coletivo, de contraordem. O lúdico ganha espaço para dimensionar o profano.
Aqui observamos a existência de relações as quais são mediatizadas pelos símbolos que podem ser uma realidade material e une-se a uma ideia a um valor e a um sentimento. No contexto simbólico da festa, o lugar se torna fundamental enquanto parâmetro para ações reveladoras de singularidades a afeições. Neste sentido, Entrikin (1991), nos chama atenção para conceito geográfco de lugar, fazendo referências ao contexto de uma área que inclui objetos e ações. Neste contexto também estão presentes os elementos relacionados à natureza bem como aqueles representados pelas ações humanas. O interesse em descrever e compreender o contexto natural associado com as distintas formas de vida pode ser ampliado no sentido de envolver a dimensão simbólica estabelecida a partir das relações criadas entre o homem e seu meio.
O simbolismo das festas no âmbito do lugar é revelador de práticas pelas quais os lugares são centros onde são atribuídos valores e também são satisfeitas as necessidades para as realizações primeiras do homem. Neste propósito, necessitam ser complementados por dados experienciais que possam coletar e interpretar suas características diversas, com fdelidade, porque, segundo Tuan (1983), temos o privilégio de acesso a estados de espírito, pensamento e sentimentos. Ao participar da festa, percebemos os signifcados que os indivíduos atribuem aos lugares, estes associados com o cotidiano, movimentos e atividades dos mesmos no lugar.
Explorando o signifcado dos lugares na perspectiva do acontecer festivo e sua dimensão simbólica, especifcamente na esfera do sagrado, pretendemos mostrar que não existe
um único signifcado para o lugar, mas sim pluralidades interpretativas. Entendemos ainda que as relações intersubjetivas engendram a produção do lugar e esse universo plural de interpretações coaduna-se ao pensamento de Merleau-Ponty (1999, p.328), que ao considerar o espaço como uma espécie de éter no qual todas as coisas mergulham, ou de concebê-lo abstratamente com um caráter que lhes seja comum, devemos pensá-lo como potência universal de suas conexões. Dessa forma, o mundo, enquanto lugar de vida não é apenas o ambiente real e lógico nas quais as coisas se tornam possíveis, mas um palimpsesto de experiências vividas e partilhadas em evidências de um mundo subjetivo.
Tomando como esteio teórico as flosofas do signifcado, especialmente a fenomenologia e o existencialismo, a geografa humanista será defnida através de parâmetros que se assentam na subjetividade, na intuição, nos sentimentos, na experiência vivida e no simbolismo. Compreender, portanto, o acontecer festivo tomando por base os estudos fenomenológicos, consideramos uma apreensão do signifcado do lugar, não apenas algo que é objetivamente dado, mas como algo que é construído pelo sujeito no decorrer de sua experiência. (SILVA, 1986). Portanto, a realidade não é apenas um dado objetivo, mas inclui a percepção do meio ambiente enquanto experiência vivida e sentida. O privilégio que a geografa humanista dá ao lugar revela-se através dos pressupostos calcados nos sentimentos e nas ideias do sujeito a partir de suas experiências. Portanto, na ambiência das festas, as experiências pessoais, os sentimentos, a subjetividade fazem com que o lugar envolva as ações humanas e no dizer de Fremont (1980, p.46) “este espaço participa de seus sonhos, a imagem do universo vibra sob suas pulsões.
OTÁVIO JOSÉ LEMOS COSTA
Festa e Paisagens Simbólicas
A imaginação criadora estimulou o homem a desenvolver um sentimento religioso, favorecendo a busca incessante pelo sagrado e pela experiência religiosa. A tentativa de captar o sagrado a partir das primeiras manifestações pelas quais ele usou a imaginação criadora é classifcada por Mircea Eliade (1993) como um período da vida religiosa que ele denominou como etnográfco. A ideia de reproduzir nas paredes das cavernas, elementos como símbolos, ideogramas, mitos cosmogônicos, entre outros, expressam uma série de sinais, objetos e locais que evocam, marcam e defnem o encontro, a manifestação do sagrado, a hierofania que atesta a experiência religiosa.
Pensar a paisagem representada pela festa em suas múltiplas dimensões estimula um exercício no qual são revelados aspectos da materialidade aí presente como também por seu caráter subjetivo que irá defnir formas simbólicas e que segundo Corrêa (2012, p.137) “tornam-se espaciais quando estão diretamente vinculadas ao espaço, constituindo-se em fxo e fuxos, isto é localizações e itinerários”. O tempo de festa enseja a formação de uma paisagem simbólica e esta será constituída de realidades e signos que foram inventados para descrevê-la e verbalizá-la. Neste sentido Claval (2001), nos fala das práticas que modelam o espaço são desenvolvidas no sentido de utilizá-lo, misturando o ato, a representação e o dizer, visando ao mesmo tempo o ambiente natural e o círculo social. Assim, as festas religiosas, por exemplo, trazem consigo uma trama de territórios vivos carregados de cultura, símbolos e afetividades.
As festas enquanto expressão da paisagem adquirem uma grande importância pois estampam a dinâmica cultural,
exprimem o modo de vida, alteram o cotidiano, imprimindo signifcados ao espaço vivido. Enquanto dimensão do cotidiano que se altera, as festas são permeadas por gestos e sentimentos afetivos que se abrem à idealização dos sentimentos e ampliam a sociabilidade e a solidariedade. Tais signifcados estão presentes seja na Festa de Santo Antonio em Barbalha-CE, seja na Festa de São Francisco das Chagas em Canindé-CE, cujos participantes exprimem e realizam um desejo de participar e dessa forma estabelecem as regras e os ritos cerimoniais, contribuindo para a formação e delimitação de um espaço sagrado e profano.
Compreender a festa na dimensão de uma paisagem simbólica nos remete ao conceito de paisagem vernacular na qual tal caráter se expressa no conjunto de representações tanto das paisagens antigas quanto atuais. Os saberes e fazeres daqueles que fazem este momento lúdico passam ser mediados pela memória, engendram transformações espaciais, produzindo uma ruptura instauradora (DE CERTEAU, 1994). Assim, a paisagem que a festa enseja indica a relação que um determinado grupo social mantém com o lugar, expressando através de práticas culturais que podem ser representadas por danças, cânticos, roteiros devocionais, cores, sonoridades. Cada um desses exemplos enunciados apresenta uma variedade de elementos associados a uma prática cultural que defne uma paisagem simbólica, assim expressando a vida dos lugares.
Costa (2003, p.35) estabelece uma compreensão entre paisagem e o simbólico dos lugares, afrmando que “simbólico presente na paisagem pode também ser defnido como um elemento mediador entre os diferentes registros da experiência e a comunicação humana”. Neste sentido, no ambiente festivo, por exemplo, de uma festa religiosa, o binômio experiência-
OTÁVIO JOSÉ LEMOS COSTA
-comunicação apresentam uma dimensão espacial pelo qual o mundo conhecido e imaginado é convertido em um complexo de signifcados, manifestos em uma realidade geográfca evidenciada por uma paisagem simbólica.
A paisagem simbólica que uma festa anuncia indica também uma propositura de uma imagem poética e necessariamente não precisa estar ligada a um passado longínquo, nem precisa estar sujeita a um impulso. Não é um eco do passado (BACHELARD, 1993). Portanto, compreende-se que momentos festivos contribuem para a manutenção de uma paisagem vernacular, plena de signifcados e que geralmente não é legitimada ofcialmente como patrimônio histórico em sua imaterialidade, entretanto, como ressalta Jackson (1984) a importância em examinar o histórico e o presente da paisagem, aqui contidos os elementos representados pela arquitetura doméstica, práticas agrícolas, costumes locais, crenças entre outros, observamos que o vernacular está presente nas atividades diárias. Os ritos presentes nas festas nos remetem a uma melhor compreensão do vernáculo dessa paisagem, pois a paisagem enquanto memória se alia a um sentido identitário do sujeito com e formata uma relação mediatizada e no dizer de Gomes (2001, p.132) “é realizada pelas práticas sócio-espaciais que irão envolver aculturamentos e adaptações por meio de artifcializações da natureza e naturalização do artifcial”. Assim, o entendimento de uma paisagem simbólica representada por uma festa possui signifcados simbólicos, os quais são referências básicas para seus participantes e suas relações com o cotidiano. Torna-se importante o registro desse cotidiano, o exercício de nossa imaginação geográfca em direção às representações no que concerne à memória e confguração de paisagens simbólicas.
Referências Bibliográfcas
BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes. 1993. CIPRIANNI, Roberto. Masse, Peuple et Religion. Revista Ciência e Cultura, v. 41, n. 11, Nov. 1989, São Paulo, 1989. CHAUI, Marilena. Cultura e Democracia. O discurso competente e outras falas. São Paulo: Cortez, 1990. CLAVAL, Paul. A geografa cultural. Florianópolis: ED. UFSC, 2001. CORREA, Roberto Lobato. Espaço e Simbolismo. CASTRO, I. E.; CORREA, R. L.C. GOMES. P.C.C. e (orgs.) Olhares Geográfcos. Modos de Viver o Espaço. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012. CORREA, R. L. e ROSENDAHL, Z. A Geografa Cultural Brasileira: uma avaliação preliminar. In: CORREA, R. L. e ROSENDAHL, Z. (Org.). Geografa cultural: uma antologia (1). Rio de janeiro: EdUERJ, 2012. COSGROVE, Denis. A Geografa está em toda parte; Cultura e Simbolismo nas Paisagens Humanas. In: CORREA, R. L. e ROSENDAHL, Z. (Org.), Rio de Janeiro: EdUERJ, 1998. COSTA, Otávio José Lemos. Memória e Paisagem: em busca do simbólico dos lugares. Espaço e Cultura, n. 3 (dez, 1996) – Rio de Janeiro: UERJ, NEPEC, dez, 1996. 79p. COULANGES, Fustel. A cidade antiga. Editora Martins Fontes, 1995. DE CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1994 ELIADE, Mircea. Tratado de história das religiões. São Paulo: Martins Fontes, 1993. ______. O Sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
OTÁVIO JOSÉ LEMOS COSTA
______. O Mito do eterno retorno. São Paulo: Edições 70, 2000 ENTRIKIN, J. Nicholas. The Betweeness of Place: towards a geography of modernity. London: Macmillan Education, 1991. FREMONT, Armand. A região, espaço vivido. Coimbra: Livraria Almerinda, 1980. GOMES, Edvânia Torres. Natureza e Cultura: representações na paisagem. In: CORREA, R. L.; ROSENDAHL, Z. (Orgs.). Paisagem, imaginário e espaço. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2001. ISAMBERT, Françoise-Andre. Le Sens du Sacré: Fête et Religion Populaire. Paris: Les Editions de Minuit, 1982. MAIA, Carlos Eduardo Santos. O retorno para a festa e a transformação mágica do mundo: nos caminhos da emoção. In.ROSENDAHL, Z e CORREA, R. (Orgs.). Religião, identidade e território. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2001. MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da Percepção. São Paulo: Martins Fontes, 1999. MESLIN, Michel. A experiencia humana do divino. Fundamentos de uma Antropologia Religiosa. Petrópolis: Vozes, 1982. SILVA, Armando Correa da. Fenomenologia e geografa. São Paulo: Orientação. Instituto de Geografa/USP, p.53-56, 1986. TUAN, Y Fu. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo: DIFEL, 1983.