1 minute read
Será que a conversa cara a cara... Filipa Gonçalves
Será que a conversa cara a cara perdeu o sentido?
Filipa Gonçalves . Aluna do 12º B
Advertisement
Nos primórdios da Humanidade, o Homem comunicava por sinais de fumo; mais tarde, pela linguagem e, atualmente, comunica, em grande parte, através das mensagens, via telemóvel ou rede social. Os SMS’s, chamadas e email’s estão a ter cada vez mais um papel preponderante, mas poderemos considerar este um facto positivo? A nível intelectual e social, não me parece.
O nosso mundo está contemporaneamente dominado pelos gadgets: mais um jogo, mais uma aplicação, mais um novo programa na TV e acabamos muitas vezes por desvalorizar uma boa conversa. Por exemplo, em reuniões de família, vê-se frequentemente os mais novos entretidos com as consolas, com os smartphones ou tablets, desvalorizando uma boa conversa com os seus avós, desperdiçando a oportunidade de adquirir da forma mais genuína possível um maior grau de sabedoria, um melhor entretenimento e, sem dúvida, um fortalecimento de laços. Tudo isto, muitas vezes, é negligenciado e deixado para segundo plano. Assim acontece quando saímos com os nossos amigos. Se olharmos para o lado toda a gente está com o seu smartphone. Eu também, confesso. São tantos os momentos de silêncio!
Analisando a comunicação de um outro ponto de vista, podemos constatar que a conversa, muitas vezes, é subjugada pelo correio eletrónico. Por exemplo, nas pequenas empresas, o chefe envia email’s em vez de ir falar diretamente com os seus funcionários, quebrando, assim, a relação familiar que se podia estabelecer entre hierarquias.
Por outro lado, a conversação é um meio importantíssimo de comunicação e que, em momento algum, deve ser desperdiçado, pois as grandes decisões, na ONU, nas cimeiras, no parlamento, são feitas em debate.
Em virtude da reflexão elaborada, podemos concluir que, com o passar do tempo, temos de evoluir e utilizar os novos utensílios de comunicação, mas nunca devemos deixar uma boa conversa na gaveta, pois “Uma conversa é muito mais do que palavras: uma conversa é os olhos, os sorrisos, os silêncios entre as palavras.”