ESCOLA E.B. 2,3 ANDRÉ SOARES
Semana da Leitura
Narrativa Aberta 5º ano
1º Lugar
Luís Barbas de Albuquerque do Vale Martins nº 18 Turma B
Numa po莽a isolada do rio grande vivia uma col贸nia de peixinhos. Eram muito amigos uns dos outros e reinava a paz no local. Havia, no entanto, um peixe grande e orgulhoso que estragava um pouco essa harmonia.
Resmungava quando os peixinhos se aproximavam dele e queria para si tudo o que havia de melhor. Um dia, um dos peixinhos, numa tentativa de se libertar dele, disse ao peixe:
- Só me admiro que não vás viver além, no rio grande! Esta poça é muito pequena para ti. Lá, terias companheiros mais distintos do que peixinhos como nós.
- Sabem que mais, é verdade! Acho que finalmente me vou mudar para outras redondezas. - disse o peixe, com as lágrimas nos olhos - Se não me querem aqui, não há problema. Irei viver muito melhor sem vocês.
Pegando nos seus seixos preferidos e na comida que ainda possuía, pôs-se praticamente ao relento das águas, esperando que a sorte lhe tocasse e descobrisse o sítio perfeito.
Realmente, o seu destino parecia jรก estar traรงado e, de repente, uma forte corrente empurrou-o contra uma rocha frรกgil, ficando com uma pequena mancha na barbatana dorsal:
- Ai, como isto me dói! - reclama o peixe grande, ainda ressentido - vou mas é seguir em frente que já se faz tarde.
Mas a criatura nem se conseguiu mexer. Detrás do buraco que tinha aberto bruscamente, erguia-se o autêntico paraíso. Um coral enorme, com casinhas e casarões, erguia-se sob um barco afundado, deteriorado com o tempo.
O peixe, maravilhado, limitou-se a nadar sobre aquela autĂŞntica fortaleza. Vendo como o peixe grande estava ferido, duas simpĂĄticas peixinhas aplicaram-lhe um curativo e arranjaram-lhe um sĂtio para viver.
Pensando nos seus pequenos amigos peixinhos, decidiu convidá-los para viverem na sua nova casa, pois era bem mais espaçosa que a poça. E aí passaram, felizes, até ao fim dos seus dias.