Escola Andr茅 Soares
Amores na Hist贸ria
8潞 D
Semana dos Afetos Disciplina de hist贸ria
Índice D. Inês de Castro e D. Pedro ............................................................................................. 3 John Lennon e Yoko Ono ................................................................................................... 10 Inês de Castro e D. Pedro I .............................................................................................. 14 Lampião e Maria Bonita...................................................................................................... 22 O AMOR DE PEDRO E INÊS............................................................................................... 26 Píramo e Tisbe.................................................................................................................... 36 Romance de D. Pedro e Inês de Castro ....................................................................... 45 Príncipe Rainier III & Princesa Grace Kelly ................................................................. 52 A história de amor de D. Inês de Castro e D. Pedro .............................................. 60 Lampião e Maria Bonita...................................................................................................... 65 Napoleão e Josefina ............................................................................................................. 69 Píramo e Tisbe ....................................................................................................................... 74 Sansão e Dalila ...................................................................................................................... 82 Shah Jahan e Mumtaz Mahal ........................................................................................... 92
D. Inês de Castro e D. Pedro
D. Pedro nasceu a 8 de Abril de 1320 e, desde muito cedo os seus pais, de Rei D. Afonso IV e de D. Beatriz, tentaram arranjarlhe esposa. Uma das suas primeiras tentativas foi D. Branca de Castela que, com 14 anos se revelou muito doente e por isso, D. Pedro não quis casar-se com ela. Mais tarde, quando o príncipe tinha entre os dezanove e os vinte anos, o seu pai enviou mensageiros ao reino vizinho de Castela, pedindo a mão de Constança Manuel. O pedido foi aceite e, em 1340, organizaram-se grandes cortejos para a sua chegada a cavalo, rodeada de pajens, aias, parentes e criados.
Nessa comitiva de boas-vindas, D. Pedro viu pela primeira vez D. Inês de Castro, uma das
aias
de
Constança,
por
quem
se
apaixonou loucamente. Apesar disso, D.Pedro casou-se em agosto, na Sé de Lisboa, com Constança Manuel, de quem teve mais tarde três filhos: D. Luís de Portugal (1340); D. Maria, princesa de Portugal
(1342-1367) e
D. Fernando Rei de Portugal (1345-1367).
Mesmo assim, D. Pedro continuava a encontrar-se com Inês de Castro, iniciandose um grande romance, tema de conversa dos membros
da
corte
e
do
povo.
Estas
coscuvilhices chegaram aos ouvidos do rei e da rainha que, furiosos, fecharam Inês no Convento de Santa Clara, em Coimbra. D. Pedro não a podia visitar, mas continuava a contactar a sua amada rondando os muros do Convento levadas
e enviando cartas. e
trazidas
Estas
eram
secretamente
em
barquinhos de madeira através de um riacho. Depois
de
sair
do
exílio,
Inês foi circulando de castelo em castelo e mais tarde instalou-se definitivamente num pavilhão
de
caça,
na
actual
Quinta
das
Lágrimas, mandado construir pela avó de D. Pedro, a Rainha Santa Isabel. Lá tiveram quatro
filhos:
D.
Afonso
de
Portugal
(assassinado em criança): D. Beatriz, princesa de Portugal (1347-1381); D. João, príncipe de Portugal (1349-1387); D. Dinis, Infante de Portugal (1354-1397). Entretanto, em 1345,
D. Constança
Manuel morreu ao dar à luz o 3º filho, D.
Fernando. Deixou, assim, D. Pedro viúvo e livre para Inês. Este passou a visitar e a conviver mais com a sua amada. Esta situação não agradou nada ao rei, pois os membros da corte
inventavam
calúnias,
mentiras
e
acusações a respeito de D.Inês e da sua família. D. Afonso IV via-se no meio de dois problemas: D. Pedro tinha um herdeiro ao trono, D. Fernando, filho de Constança e três filhos bastardos de Inês. Isto fazia o rei pensar que os filhos bastardos quisessem subir ao trono e que para isso assassinariam D. Fernando. O irmão Castro, pressionavam D. Pedro a tomar o trono de Castela, o que poderia levar Portugal a entrar nas lutas dinásticas de Castela. O rei decidiu, então, reunir-se com os nobres senhores Diogo Lopes Pacheco, Pêro Coelho
e
Álvaro
Gonçalves,
no
Castelo
Montemor-o-Velho. Resolveram que a única
solução para acabar com o Romance de D. Pedro e D. Inês de Castro, era matar a nobre galega. Em Janeiro de 1355, D. Afonso IV e os três fidalgos, aproveitaram a ausência de D. Pedro, que havia partido para uma caçada e
foram até ao pavilhão de caça, onde
encontraram Inês sozinha junto a uma fonte. Esta ao perceber o que sucedia, implorou para que não a matassem, que se lembrassem dos seus filhos, da tristeza de D. Pedro, chorou... As
suas
lágrimas
e
súplicas,
apenas
comoveram o Rei que se retirou, deixando Pêro, Diogo e Álvaro sozinhos com Inês. Os três fidalgos não tiveram dó nem piedade, apunhalando Inês de Castro a sangue frio. Apesar da sua morte, nenhum dos problemas que pairavam na cabeça de D. Afonso IV se resolveu. Quando D. Pedro soube da terrível tragédia, cheio de dor e angústia, declarou guerra ao pai. Assaltou castelos, matou todos
os que passavam à sua frente... Ao fim de alguns meses, o país não aguentava mais e, após negociações, assinou-se a paz. Porém, depois da morte de D. Afonso IV, em 1357, D. Pedro subiu ao trono e mandou procurar os assassinos de Inês. Diogo Lopes Pacheco conseguiu fugir para França, mas Pêro e Álvaro foram executados. Retiraram-lhes os corações (um pelo peito e outro pelas costas) e queimaram os seus corpos, enquanto D. Pedro I se banqueteava. Dois
anos
mais
tarde,
D.
Pedro
I
mandou desenterrar Inês de Castro, sentou-a no trono e, perante todo o povo português, corou-a Rainha de Portugal e obrigou todos os nobres presentes na coroação, a beijar a mão da sua amada. Mandou depois construir o mosteiro de Alcobaça, onde fez um belo túmulo para D. Inês de Castro mesmo em frente mandou construir o seu, onde foi enterrado em 1367. Diz-se que estão nessa
posição para que, quando acordarem no dia do Juízo Final, olhem imediatamente um para o outro.
Túmulo de D. Inês e Túmulo de D. Pedro
Bibliografia:
http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/clubedeleituras/blogs/pedroloveines/index.php?ta g=romance Google imagens
Maria Inês Araújo Ferreira
John Lennon e Yoko Ono
No dia 9 de novembro de 1966, John Lennon
conheceu
a
artista
plástica
japonesa Yoko Ono. Yoko estava a expor numa galeria de arte em Londres. Embora Yoko tivesse desde então procurado John várias vezes para pedir financiamento para outra exposição, eles mantiveram a distância. Só em 1968 é que John e Yoko começaram um relacionamento amoroso.
O clima entre os Beatles já não estava dos melhores e a presença de Yoko apenas piorou a situação porque Paul McCartney e George Harrison não a viam com bons olhos. A imprensa e os fãs dos Beatles chamaram feia a Yoko, o que fez que John declarasse que ele e ela eram uma pessoa só. Durante os últimos anos dos Beatles, John e Yoko tornaram-se inseparáveis tendose casado a 20 de março de 1969, em Gibraltar. Um
pouco
depois
da
separação
dos
Beatles, o casal mudou-se para Nova Iorque e envolveu-se
em
protestos
antiguerras.
Em 1973 separaram-se e John começou a viver com uma nova mulher, May Pang. Contudo John e Yoko reconciliaram-se e no dia 9 de outubro de 1975 tiveram um filho chamado Sean Lennon. John abandonou a carreira para se dedicar mais ao filho e permaneceu ao lado de Yoko até morrer.
John Lennon e Yoko Ono casaram-se em 20 de março de 1969, e aproveitando o interesse
da
imprensa,
decidiram
usar
a
publicidade para promover a paz mundial. Eles passaram a lua-de-mel no quarto 702 no Hotel Hilton de Amsterdão por uma semana entre dia 25 e 31 de março, convidando a imprensa mundial para entrar no quarto de hotel entre as 9 horas da manhã e 9 horas da noite. A imprensa estava à espera de algo escandaloso,
contudo
encontrou
o
casal
sentado na cama a falar sobre a paz. Este protesto pacífico ficou conhecido como Bed-In ou Bed-ins
for
Peace ,
cuja
aproximada é “na cama para a paz”.
tradução
Além disso o casal lutou contra o fim da guerra do Vietnam e John, estimulado por Yoko,
passou
a
ter
uma
atitude
mais
preocupada com problemas sociais como a guerra, a violência e a política.
Bibliografia http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Lennon#Ativismo_pol.C3.ADtico http://pt.wikipedia.org/wiki/Bed-in
Google imagens
Trabalho realizado por: Bárbara Rodrigues, nº8, Mariana Silva, nº24, Rodrigo Nunes, nº26, 8ºD
Inês de Castro e D. Pedro I
D. Pedro I de Portugal nasceu a 8 de abril de 1320, em Coimbra, e morreu a 18 de janeiro de 1367, (46 anos) em Estremoz. Foi o
oitavo
Rei
de
Portugal
e
recebeu
os
cognomes de “O Justiceiro” e “O Cruel”, pela determinação posta em vingar o assassínio de Inês de Castro. Os pais de D. Pedro I foram Afonso IV e D. Beatriz de Castela. Sucedeu ao seu pai no trono português em 1357. O
seu
primeiro
casamento
foi
com
Branca, princesa de Castela, que mais tarde foi repudiada, devido à sua debilidade física e mental. O seu segundo casamento aconteceu com
D.
Castela.
Constança Enquanto
Manuel, era
do
casado
reino com
de esta
mulher, teve uma relação com Inês de Castro,
a aia galega da D. Constança Manuel, o que resultou no seu terceiro casamento, desta vez com Inês de Castro, realizado em segredo. Inês de Castro nasceu a 1320 ou 1325, na Galiza, e morreu a 1355 (35 anos), em Coimbra. Foi uma nobre galega que se tornou rainha de Portugal (após a sua morte) e era amada pelo futuro rei D. Pedro I de Portugal, de quem teve quatro filhos. D. Inês de Castro era filha de D. Pedro Fernandes de Castro, mordomo-mor do rei D. Afonso
XI
de
Castela,
e
de
uma
dama
portuguesa, Aldonça Lourenço de Valadares. O seu pai, neto por via ilegítima de D. Sancho IV de
Castela,
era
um
dos
fidalgos
mais
poderosos do Reino de Castela. D.
Pedro
I
estava
casado
com
D.
Constança Manuel, todavia, seria por uma das aias de D. Constança, D. Inês de Castro, que D. Pedro viria a apaixonar-se. Este romance
notório começou a ser comentado e mal aceite, tanto pela corte como pelo povo. Sob o pretexto da moralidade, D. Afonso IV (pai de D. Pedro I e rei de Portugal) não aprovava esta relação, não só por motivos de diplomacia com João Manuel de Castela (pai de
D.
Constança
Manuel),
mas
também
devido à amizade estreita de D. Pedro com os irmãos de D. Inês de Castro - D. Fernando de Castro e D. Álvaro Perez de Castro - que, futuramente, poderia ser prejudicial. Assim, em 1344, o rei mandou exilar D. Inês no castelo
de
Albuquerque,
na
fronteira
castelhana, onde tinha sido criada pela sua tia, D. Teresa, mulher de um meio irmão de D. Afonso IV. No entanto, a distância não teria apagado o amor entre Pedro e Inês, os quais, segundo
a
frequência.
lenda,
correspondiam-se
com
Em
outubro
do
ano
seguinte,
D.
Constança morreu ao dar à luz o futuro rei, D. Fernando I de Portugal. Viúvo, D. Pedro, contra a vontade do pai, mandou D. Inês regressar do exílio e os dois passaram a viver juntos, o que provocou grande escândalo na corte, para enorme desgosto de seu pai. Começou, então, uma desavença entre o Rei e o Infante. D. Afonso IV tentou remediar a situação casando o seu filho com uma dama de sangue real. Mas D. Pedro rejeitou este projeto, alegando que sentia ainda muito a perda de sua
mulher,
D.
Constança,
e
que
não
conseguia ainda pensar num novo casamento. Porém, fruto dos seus amores, D. Inês foi tendo filhos de D. Pedro. Depois de alguns anos no Norte de Portugal, Pedro e Inês regressaram a Coimbra e instalaram-se no Paço de Santa Clara.
Havia boatos de que o Príncipe se tinha casado secretamente com D. Inês. Na Família Real, um incidente deste tipo assumia graves implicações políticas. Os fidalgos da corte portuguesa pressionavam o rei D. Afonso IV para afastar esta influência do seu herdeiro. A 7 de janeiro de 1355, o rei cedeu às pressões dos
seus
conselheiros
e,
aproveitando
a
ausência de D. Pedro, numa excursão de caça, foi com Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves, Diogo Lopes Pacheco e outros, para executarem Inês de Castro. A morte de D. Inês provocou a revolta de D. Pedro contra D. Afonso IV. Após meses de
conflito, a Rainha D. Beatriz conseguiu intervir e fez selar a paz, em agosto de 1355. Passado algum tempo, D. Pedro tornou-se rei de Portugal e aclamou D. Inês de Castro como rainha de Portugal, mesmo estando morta.
De seguida, perseguiu os assassinos de D. Inês, que tinham fugido para o Reino de Castela.
Pêro
Coelho
e Álvaro
Gonçalves
foram apanhados e executados em Santarém (segundo a lenda, o Rei mandou arrancar o coração de um pelo peito e o do outro pelas
costas, assistindo à execução enquanto se banqueteava. D. Pedro mandou construir o seu túmulo e o de D. Inês de Castro no mosteiro de Alcobaça, transladando para aí o corpo de sua amada Inês, em 1361 ou 1362. Juntar-se-ia a ela, em 1367. A posição primeira dos túmulos foi lado a lado, de pés virados a nascente, em frente da primeira capela do transepto sul, então dedicada a São Bento. Na década de 80 do século XVIII, os túmulos foram mudados para o recém construído panteão real, onde foram
colocados
frente
a
frente.
Tal
posicionamento fez despoletar a ideia e a lenda de um possível reencontro de ambos, contemplando-se olhos nos olhos, quando despertassem, no dia do juízo final. Em 1956, foram mudados para a sua atual posição: D. Pedro no transepto sul e D. Inês no transepto norte. A tétrica cerimónia da coroação e do beija-mão à Rainha D. Inês, já morta, que D.
Pedro pretensamente teria imposto à sua corte, tornou-se numa das imagens mais vívidas no imaginário popular, tendo sido inserida nas narrativas espanholas do final do século XVI. A história de D. Pedro I e D. Inês de Castro foi imortalizada, estando presente nas mentes
de
todos
os
portugueses,
desde
sempre. Para tal, muito contribuíram obras elaboradas por notáveis escritores, como Luís de Camões, que tratou a trágica história na epopeia
de
maior
prestígio
Lusíadas.
Hugo Balão
nacional,
Os
Lampião e Maria Bonita
Maria Gomes de Oliveira é o nome verdadeiro
de
Maria
Bonita,
que
ficou
conhecida dessa maneira e entrou para a história, porque se apaixonou e viveu com Lampião, que se chamava Virgulino Ferreira da Silva.
Maria vivia numa fazenda, na Bahia, casada com um homem de nome Zé Neném.
Casou muito jovem, aos 15 anos de idade e
viveu
um
casamento
conturbado,
com
muitas brigas com o marido. A cada briga do casal, ela refugiava-se na casa dos pais. Foi numa dessas “fugas” que conheceu Lampião, que era antigo conhecido dos pais dela. Nas suas andanças, ele sempre passava pela casa dos pais de Maria, que gostavam muito do “Rei do Cangaço”. Um dia, a mãe de Maria, ao conversar com Lampião disse-lhe o quanto a sua filha o admirava, e assim sem querer, ela serviu de cupido entre Lampião e Maria. Com um tipo físico bem brasileiro: baixinha,
rechonchuda,
olhos
e
cabelos
castanhos, Maria Bonita era considerada uma mulher interessante. Quando Lampião a viu, foi amor à primeira vista e ela também se apaixonou
de
imediato
por
ele. Impressionado com sua beleza, batizou-a de Maria Bonita. A partir daí começou uma grande história de amor e companheirismo.
Um ano depois, Lampião convidou-a para integrar o bando, e foi ai que Maria Bonita entrou para a história. Ela foi a primeira mulher a fazer parte de um grupo de cangaço.
Depois
dela,
outras
mulheres
passaram a integrar os bandos. Ao fim dos dez dias, sem medir riscos e dificuldades, Maria Bonita colocou suas roupas em dois bornais, despediu-se do marido para sempre, abraçou os familiares, e partiu com Lampião rumo à catinga. Eles conviveram por oito anos e tiveram uma filha, de nome Expedita, depois de perder três filhos em abortos. No dia que ela teve a filha, à sombra de um umbuzeiro, no meio da catinga em Sergipe, foi Lampião quem fez seu parto. Tiveram que entregar a filha a um casal, quando ela tinha apenas 21 dias, porque não podiam permanecer crianças no
bando.
Morreram
juntos,
brutalmente
assassinados durante um ataque ao bando. Lampião foi ferido gravemente e, logo em
seguida, o mesmo ocorreu com Maria Bonita. Ainda assim, ela rastejou até ao companheiro (que ainda respirava) e pediu para ele ser poupado. Mas, suas preces foram inúteis, arrastada pelos cabelos por um dos soldados – José Panta de Godoy – a cangaceira foi degolada viva.
Trabalho realizado por: Jorge Barroso 8ºD nº20
O AMOR DE PEDRO E INÊS
As grandes histórias de amor de reis e princesas foram, muitas vezes, motivo de inspiração para os escritores e historiadores, sendo recriadas pela literatura, pelo cinema e pelo
teatro.
Amores
secretos,
amores
proibidos, amores trágicos, retratados pela História, fervilham com o Dia de S. Valentim, morto, no ano de 269, por casar secretamente namorados, também estes impedidos pelo imperador Cláudio de se amarem. Conhecemse
alguns
casais
que
sofreram
por
se
amarem: Romeu e Julieta; Sansão e Dalila; Pedro e Inês; Arlequim e Colombina, entre outros. De todos estes casos, o amor de Pedro e
Inês
será
um
dos
maiores
símbolos
nacionais desse sentimento causador de tanta dor.
D. Inês de Castro era filha de D. Pedro Fernandes de Castro, mordomo-mor do rei D. Afonso XI de Castela, e de uma dama portuguesa, Aldonça Lourenço de Valadares. O seu pai, neto por via ilegítima de D. Sancho IV de
Castela,
era
um
dos fidalgos mais
poderosos do Reino de Castela. Em 24 de agosto teve lugar, na Sé de Lisboa, o casamento do Infante Pedro I de Portugal, herdeiro do trono português, com D. Constança Manuel, filha de D. João Manuel de
Castela, príncipe de
Vilhena
e
Escalona, duque de Penafiel, tutor de Afonso XI de Castela, «poderoso e esforçado magnate de Castela», e neto do rei Fernando III de Castela. Todavia seria por uma das aias de D. Constança, D. Inês de Castro, que D. Pedro se apaixonaria. Este romance começou a ser comentado
e
mal
aceite,
tanto
pela corte como pelo povo. D. Afonso IV, pai de D.Pedro, não aprovava esta relação, não só por motivos de diplomacia com João Manuel de Castela, mas também devido à amizade estreita de D. Pedro com os irmãos de D. Inês - D. Fernando de Castro e D. Álvaro Perez de Castro. Assim, em 1344, o rei mandou exilar D.
Inês
no castelo de Albuquerque,
fronteira castelhana.
na
No entanto, a distância não apagou o amor entre Pedro e Inês, os quais, segundo a lenda, correspondiam-se com frequência. Em
outubro
do
ano
seguinte
D. Constança morreu ao dar à luz o futuro rei, D. Fernando I de Portugal. Viúvo, D. Pedro, contra a vontade do pai, mandou D. Inês regressar do exílio e os dois passaram a viver juntos, o que provocou grande escândalo na corte. D. Afonso IV tentou remediar a situação casando o seu filho com uma dama de sangue real. Mas D. Pedro rejeitou este projeto, alegando que sentia ainda muito a perda de sua
mulher,
D.
Constança,
e
que
não
conseguia ainda pensar num novo casamento. No entanto, fruto dos seus amores, D. Inês foi tendo
filhos
de
D.
Pedro:
Afonso em 1346 (que morreu pouco depois de nascer), João em 1349, Dinis em 1354 e Beatr iz em 1347.
O
nascimento
destes
veio
agudizar a situação porque, durante o reinado de D. Dinis, o seu filho e herdeiro D. Afonso IV sentira-se
em
sucessão
risco
ao
de
ser
trono
um
dos
seu
Circulavam boatos de para
na
por
filhos bastardos do conspiravam
preterido
que
assassinar
pai. os
Castros
o infante
D.
Fernando, legítimo herdeiro de D. Pedro, para o trono português passar para o filho mais velho de D. Inês de Castro. Depois
de
alguns
anos
no Norte
de
Portugal, Pedro e Inês tinham regressado a Coimbra e instalaram-se no Paço de Santa Clara. Havia boatos de que o Príncipe se tinha casado secretamente com D. Inês. Na Família Real um incidente deste tipo assumia graves implicações políticas. O rei D. Afonso IV decidiu que a melhor solução seria matar a dama
galega.
Na
tentativa
de
saber
a
verdade, o Rei ordenou a dois conselheiros seus que dissessem a D. Pedro que ele se
podia casar livremente com D. Inês se assim o pretendesse.
D.
Pedro
percebeu
que
se
tratava de uma cilada e respondeu que não pensava casar-se nunca com D. Inês. A sete de janeiro de 1355, o rei cedeu às pressões
dos
seus
conselheiros
e,
aproveitando a ausência de D. Pedro, numa excursão de caça, mandou executar Inês de Castro em Santa Clara.
Segundo a lenda, as lágrimas derramadas no rio Mondego pela morte de Inês teriam criado a Fonte das Lágrimas da Quinta das
Lágrimas, e algumas algas avermelhadas que ali crescem seriam o seu sangue derramado. A morte de D. Inês provocou a revolta de D. Pedro, oitavo rei de Portugal, em 1357. Em junho
de
1360
fez
a declaração
de
Cantanhede, legitimando os filhos ao afirmar que se tinha casado secretamente com D. Inês, em 1354, em Bragança «em dia que não se
lembrava».
A
palavra
do
rei,
do
seu capelão e de um seu criado foram as provas
necessárias
casamento.
De
para
seguida,
legalizar perseguiu
esse os
assassinos de D. Inês, que tinham fugido para o Reino
de
Castela. Pêro
Coelho e Álvaro
Gonçalves foram apanhados e executados em Santarém. Diogo
Lopes
Pacheco conseguiu
escapar para a França e, posteriormente, seria perdoado pelo Rei no seu leito de morte. D.
Pedro
mandou
construir
os
dois
esplêndidos túmulos de D. Pedro I e de D. Inês de Castro no Mosteiro de Alcobaça, para
onde transladou o corpo da sua amada Inês, em
1361
ou
1362.
Juntar-se-ia
a
ela
em 1367. A posição primeira dos túmulos foi lado a lado, de pés virados a nascente, em frente da primeira capela do transepto sul, então dedicada a São Bento. Na década de 80 do século dezoito, os túmulos foram mudados para o recém- -construído panteão real, onde foram colocados frente a frente. Em 1956 foram mudados para a sua atual posição, D. Pedro no transepto sul e D. Inês no transepto norte, frente a frente. Quando os túmulos, no século XVIII, foram colocados frente a frente apareceu a lenda que assim estavam para que D. Pedro e D. Inês «possam olhar-se nos olhos quando despertarem no dia do juízo final».
A sua trágica morte e o amor sem limites de D. Pedro e a forma como este quis perpetuar esses amores, alimentou desde cedo a poesia e a narrativa histórica, não deixando morrer o mito Inês de Castro. Luís de Camões segue a tradição e narra este amor na sua obra Os Lusíadas, tal como outros se tinham inspirado. Garcia de Resende escreveu as Trovas à Morte de Inês de Castro. De facto, a morte de Inês é apresentada como o assassinato de uma inocente, um crime hediondo cuja causa é o AMOR.
Tu só, tu, puro amor, com força crua, Que os corações humanos tanto obriga, Deste causa à molesta morte sua, Como se fora pérfida inimiga. Se dizem, fero Amor, que a sede tua Nem com lágrimas tristes se mitiga, É porque queres, áspero e tirano, Tuas aras banhar em sangue humano. in Os Lusíadas, de Luís de Camões (Fundação Inês de Castro 2010)
BIBLIOGRAFIA: Luís de Camões, Os Lusíadas SÍTIOS DA INTERNET: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_dos_Namorad os http://pt.wikipedia.org/wiki/In%C3%AAs_de_ Castro
Maria João Cunha-Nº23 8ºD
Píramo e Tisbe
Píramo era o mais belo jovem e Tisbe, a mais formosa donzela em toda a Babilônia, onde Semíramis reinava. Seus pais moravam em casas contíguas e se odiavam, tanto que a família dela ergueu um muro para separar as propriedades - segundo a lenda, o muro passava
das
nuvens
e
os
apaixonados,
conversavam através de uma fenda nesse muro. A vizinhança aproximou os dois jovens e o conhecimento transformou-se em amor. Seriam venturosos se se casassem, mas seus pais proibiram.
Uma
coisa,
contudo,
não
podiam proibir: que o amor crescesse com o mesmo ardor no coração dos dois jovens. Conversavam por sinais ou por meio de
olhares, e o fogo se tornava mais intenso, por ser oculto.
Na parede que separava as duas casas, havia uma fenda provocada por algum defeito de construção. Ninguém a havia notado antes, mas os amantes a descobriram. Que há que o amor não descubra? A fenda permitia a passagem
da
voz;
e
ternas
passaram
nas
duas
direções,
mensagens através
da
fenda. Quando Píramo e Tisbe se punham de
pé, cada um de seu lado, suas respirações se confundiam. - Parede cruel! - Exclamavam. - Por que manténs separados dois amantes? Mas não seremos ingratos. Devemos-te, confessamos, o privilégio de dirigir palavras de amor a ouvidos complacentes. Diziam tais palavras, cada um de seu lado da parede; e, quando a noite chegava e tinham de dizer adeus, apertavam o lábio contra a parede, ela do seu lado, ele do outro, já que não podiam aproximar-se mais. De manhã, quando a aurora expulsara as estrelas e o sol derretera o granizo nas ervas, os dois encontraram-se no lugar de costume. E então, depois de lamentarem seu cruel
destino,
combinaram que, na noite
seguinte, quando tudo estivesse quieto, eles se furtariam aos olhares vigilantes, deixariam suas moradas, dirigir-se-iam ao campo e,
para um encontro, iriam ter a um conhecido monumento que ficava fora dos limites da cidade,
chamado
combinaram
o
que
Túmulo
aquele
de
Nino,
que
e
chegasse
primeiro esperaria o outro, junto de uma certa árvore. Era uma amoreira branca, próxima de uma fonte. Tudo ficou combinado e os dois aguardaram,
impacientes,
que
o
sol
se
escondesse sob as águas e que a noite delas se
levantasse.
cautelosamente, família,
cobriu
Então, sem a
Tisbe
ser
cabeça
ergueu-se,
observada
pela
com
véu,
um
caminhou até o monumento e sentou-se em baixo da árvore. Enquanto estava ali sentada, sozinha, à luz difusa da noite, avistou uma leoa, que, com a boca ensanguentada por uma presa recente, aproximava-se da fonte, para matar a sede. Ao vê-la, Tisbe fugiu e refugiou-se numa gruta, deixando cair o véu quando fugia. A leoa, depois de saciar a sede na fonte, virou-se para voltar aos bosques, e,
ao ver o véu no chão, investiu contra ele e despedaçou-o, com sua boca ensanguentada. Píramo, que se atrasara, aproximouse, então, do local do encontro. Viu, na areia, as pegadas da leoa e o sangue fugiu-lhe das faces. Logo em seguida, encontrou o véu, dilacerado e cheio de sangue.
- Desventurada donzela! - Exclamou. Fui a causa de tua morte! Tu, mais digna de viver que eu, caíste como primeira vítima.
Seguir-te-ei. Fui o culpado, atraindo-te a um lugar tão perigoso, e não estando ali eu próprio
a
guardar-te.
Vinde,
leões,
dos
rochedos e despedaçai com vossos dentes este corpo maldito! Apanhou o véu, levou-o até a árvore onde fora combinado o encontro, e cobriu-o de beijos e lágrimas. - Meu sangue também manchará teu tecido - exclamou. E arrancando a espada mergulhou-a no coração. O sangue esguichou da ferida, tingiu de vermelho as amoras brancas da árvore, e, penetrando na terra, atingiu as raízes, de modo que a cor vermelha subiu, através do tronco, até o fruto. Enquanto isso, Tisbe, ainda trêmula de
medo,
e
não
desejando,
contudo,
desapontar o amante, saiu cautelosamente, procurando o jovem com aflição, ansiosa por
contar-lhe
o
perigo
que
atravessara.
Ao
chegar ao local e vendo a nova cor das amoras, duvidou que estivesse no mesmo lugar. Enquanto hesitava, avistou um vulto que se debatia nas vascas da agonia. Recuou, e um tremor percorreu-lhe o corpo todo, como a água tranquila se encrespa ao ser atingida por uma lufada repentina de vento. Logo, porém, reconheceu o amante, gritou e bateu no peito, abraçando-se ao corpo sem vida, derramando
lágrimas
sobre
as
feridas
e
beijando os lábios frios. - Píramo, quem te fez isto? - Exclamou. Responde, Píramo! É tua Tisbe quem fala. Sou eu, a tua Tisbe, quem fala. Ouve-me, meu amor, e ergue esta cabeça pendente! Ao ouvir o nome de Tisbe, Píramo abriu os olhos e fechou-os de novo. A donzela avistou o véu ensanguentado e a bainha vazia da espada.
- Tua própria mão te matou e por minha causa - disse. - Também posso ser corajosa uma vez, e meu amor é tão forte quando o teu. Seguir-te-ei na morte, pois dela fui a causa; e a morte, que era a única que nos podia separar, não me impedirá de juntar-me a ti. E vós, infelizes pais de nós ambos, não negueis nossas súplicas conjuntas. Como o amor e a morte nos juntaram, deixai que um único
túmulo
nos
guarde.
E
tu,
árvore,
conserva as marcas de nossa morte. Que tuas frutas
sirvam
como
memória
de
nosso
sangue. Assim dizendo, mergulhou a espada no peito. Os pais ratificaram seu desejo, e também os deuses. Os dois corpos foram enterrados na mesma sepultura, e a árvore passou a dar frutos vermelhos, como faz até hoje.
Trabalho realizado por: Ana Sofia Ferreira Coelho
Romance de D. Pedro e Inês de Castro
Uma das mais lindas histórias de amor foi a trágica paixão entre D. Pedro e Inês de Castro. A história de D. Pedro e D. Inês de Castro, uma das mais famosas histórias de amor do mundo! D. Pedro nasceu a 8 de Abril de 1320, desde muito cedo os seus pais, Rei D. Afonso IV e D. Beatriz, tentaram arranjar-lhe esposa. Uma das suas primeiras tentativas foi D. Branca de Castela que, com 14 anos revelouse muito doente e por isso, D. Pedro não se casou com ela.
Mais tarde, o seu pai enviou mensageiros ao reino vizinho de Castela, pedindo a mão de Constança Manuel. O pedido foi aceite e em 1340, organizaram-se grandes cortejos para a sua chegada, rodeada de aias, parentes e criados. Foi nessa altura que D. Pedro conheceu D. Inês de Castro, uma das aias (dama de companhia)
de
Constança,
por
quem
se
apaixonou. Apesar disso, D. Pedro casou-se em Agosto, na Sé de Lisboa, com Constança e mais tarde teve três filhos. Mesmo assim, D. Pedro continuava a encontrar-se
com
Inês
de
Castro,
isto
rapidamente tornou-se tema de conversa na corte
e
no
povo.
Estas
coscuvelhices
chegaram aos ouvidos do rei e da rainha que, furiosos, fecharam Inês no Convento de Santa Clara, em Coimbra. D. Pedro não a podia visitar, mas continuava a contactar com ela pelos muros do Convento e enviando cartas.
Estas eram levadas e trazidas secretamente em barquinhos de madeira através de um riacho. Depois de sair do exílio, Inês foi andando de castelo em castelo e mais tarde ficou num pavilhão de caça, na Quinta das Lágrimas, mandado construir pela avó de D. Pedro (Rainha Santa Isabel.) Em 1345, D. Constança Manuel morreu ao dar à luz o 3º filho, Fernando. D. Pedro viúvo, livre para Inês. Ele passou a visita-la e a conviver mais com a sua ela. Esta situação não agradou nada ao rei, pois via que o povo tinha medo da influência de D. Inês, não estava contente com as guerras e a fome que se vivia no reino, os membros da corte inventavam mentiras e faziam acusações a respeito de Inês e da sua família. D. Afonso IV via-se no meio de dois problemas:
D. Pedro tinha um herdeiro ao
trono, D. Fernando, filho de Constança e três filhos bastardos de Inês. Isto fazia o rei pensar que os filhos bastardos se quisessem subir ao trono teriam que assassinar D. Fernando.
Os irmãos de Inês de Castro,
pressionavam D. Pedro a tomar o trono de Castela, o que poderia levar Portugal a entrar nas lutas dinásticas de Castela.
O rei decidiu, então condenar D. Inês de Castro à morte e acabar com o Romance de D. Pedro e D. Inês de Castro, influenciado por dois conselheiros. Em Janeiro de 1355, D. Afonso IV com Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco,
aproveitaram
a
ausência
de
D.
Pedro, que tinha partido para uma caçada e foram
até
ao
pavilhão
de
caça,
onde
encontraram Inês sozinha junto a uma fonte. Esta ao perceber o que acontecia, implorou para que não a matassem, que se lembrassem dos seus filhos, da tristeza de D. Pedro, chorou...
As
suas
lágrimas
e
súplicas,
comoveram o Rei que se retirou, deixando Pêro, Diogo e Álvaro sozinhos com Inês. Os três não tiveram piedade, apunhalando Inês de Castro. Apesar da sua morte, nenhum dos problemas que pairavam na cabeça de D. Afonso IV se resolveu. Quando D. Pedro soube da tragédia, declarou guerra ao pai. Assaltou castelos, matou todos os que passavam à sua frente. Felizmente, a paz voltou graças à rainha, que evitou o encontro militar entre pai e filho. Depois da morte de D. Afonso IV, em 1357, D. Pedro subiu ao trono e mandou procurar os assassinos de Inês. Diogo Lopes Pacheco conseguiu fugir para França, mas Pêro e Álvaro foram executados. Retiraram-lhes os
corações (um pelo peito e outro pelas costas) e queimaram os seus corpos. Dois anos mais tarde, D. Pedro I mandou desenterrar Inês de Castro, sentou-a no trono e, perante todo o povo português, corou-a Rainha de Portugal e obrigou todos os nobres presentes na coroação, a beijar a mão da sua amada. Mais tarde, mandou construir um túmulo
para
encontrando-se
Inês os
e dois
outro no
para
si,
Mosteiro
de
Alcobaça, virados um para o outro. Diz-se que estão
nesta
acordarem
posição
para
que,
quando
no dia do Juízo Final, olhem
imediatamente um para o outro. Apesar de ter perdido o seu grande amor, D. Pedro voltou a casar-se e teve vários filhos, legítimos e ilegítimos. Dois deles chegaram a reis: D. Fernando e D. João I, Mestre de Avis.
Bibliografia: http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/clubedelei turas/blogs/pedroloveines/index.php?tag=romance http://www.junior.te.pt/servlets/Rua?P=Portugal&I D=130
Beatriz Barbosa
Príncipe Rainier III & Princesa Grace Kelly
Grace Patricia Kelly nasceu em Filadélfia, a 12 de novembro de 1929, filha de Margaret Katherine Majer e de John B. Kelly. Foi uma atriz norte-americana premiada, vencedora de um Óscar em 1955 na categoria de Melhor Atriz e de um Globo de Ouro para melhor atriz em filme dramático. Grace Kelly é considerada a décima terceira lenda do cinema mundial, é também além de um ícone da moda a princesa mais bonita da História. Rainier Louis Henri Maxence Bertrand Grimaldi- Rainier III, Príncipe do Mónaco nasceu a 31 de maio de 1923, filho da
Princesa Charlotte, Duquesa de Valentinois e do Príncipe Pierre de Polignac. Rainier tem as seguintes ascendências: francesa, alemã, escocesa, inglesa, espa nhola e italiana. Rainier tinha apenas uma irmã,
a Princesa
Antoinette,
Baronesa
de
Massy, que se tornou uma figura impopular quando tentou colocar os seus filhos na linha de sucessão, exigindo que a princesa Kelly deixasse Rainier
o
país.
tornou-se
Em 9 o
de
maio de 1949,
Príncipe-soberano
de
Mónaco com a morte do Príncipe Luís II, já que sua mãe a Princesa Charlotte tinha renunciado aos seus direitos em seu favor em 1926. Reinou no Principado do Mónaco por quase cinquenta e seis anos, o que fez dele um dos monarcas que reinou mais tempo durante o século XX. O Príncipe Rainier foi responsável por reformas na constituição do Mónaco e pela extensão da economia do
principado, não somente por meio da sua tradicional base dos jogos do azar
1
como
também por meio do turismo. Em 1955, o príncipe conheceu a atriz americana Grace Kelly no Festival de Cinema de Cannes em França, quando a estrela de Hollywood
apresentava
o
filme Ladrão
de
Casaca, dirigido pelo cineasta britânico Alfred Hitchcock. No primeiro encontro ela tinha 25 anos e ele 32 e após uma série de atrasos e de
complicações
encontraram-se
uma
segunda vez, durante um jantar promovido pelo príncipe na sua casa real. Na ocasião, o príncipe Rainier pedira Kelly em noivado e esta aceitara. O namoro despertou o interesse da opinião pública, que via a relação entre o príncipe e a atriz como um conto de fadas, no qual a musa de Hitchcock se converteria em princesa de Mónaco. A atriz fez exames 1
Os jogos do azar são jogos nos quais os que têm sorte são os que ganham com o azar dos outros jogadores, devido à diferença de probabilidades entre a sorte e o azar. Como as probabilidades da sorte são escassas são muitos mais os que têm azar, daí que tais jogos são sustentáveis através das perdas dos jogadores que financiam os que vão ter a sorte.
médicos que comprovaram a sua fertilidade, condição imposta pelo príncipe para que o casamento se realizasse. O casamento de Grace Kelly com o príncipe Rainier deu-se em dois momentos: o primeiro realizado em 18 de abril de 1956, foi o casamento civil e o segundo
que
aconteceu
em
19
de
abril
do mesmo ano, foi a cerimónia religiosa.
Rainier III e Grace Kelly
Grace
e
filhos: Carolina
Rainier Margarida
tiveram
três
Grimaldi, Albert
Alexandre Louis Pierre Grimaldi e Stéphanie Marie
Elisabeth
Grimaldi,
nascidos
respectivamente nos anos de 1957, 1958 e 1965. Dos
três
filhos
que
o
casal
tivera
nasceram onze netos:
Andrea,
Charlotte e Pierre Casiraghi,
filhos da princesa Carolina com Stefano Casiraghi.
Alexandra
princesa
de
Carolina
Hanôver, com Ernst
filha
da
August
V,
filhos
da
Príncipe de Hanôver.
Louis e Pauline
Ducruet,
princesa Stéphanie com Daniel Ducruet.
Jazmin Grace Rotolo, filha ilegítima do
príncipe Albert II com Tamara Rotolo.
Eric Alexandre Coste, filho ilegítimo do
príncipe Albert II com Nicole Coste.
Camille
princesa
Gottlieb,
Stéphanie
filha (Jean
Gottlieb é considerado o pai).
ilegítima
da
Raymond
Jacques Honoré Rainier e Gabriella
Marie
Therese,
gémeos
nascidos
recentemente filhos legítimos do príncipe Albert II e da princesa Charlene. Em 14 de setembro de 1982, a princesa Grace Kelly morreu num acidente de carro quando voltava para o castelo da família. Esta estava acompanhada da filha mais nova, na época com 17 anos. Stéphanie chegou a ser acusada de estar a guiar o veículo embriagada no momento da tragédia. Após a morte de sua esposa, Rainier envolveu-se romanticamente com uma prima distante, a princesa Ira von Fürstenberg, designer
de
uma
ex-atriz
jóias,
herdeira
de
cinema,
da Fiat e
ex-
cunhada da designer de moda Diane von Fürstenberg.
Assim
como
ele,
ela
é
descendente da Casa de Zähringen. A morte de Grace Kelly marcou o início de uma nova era de problemas familiares para Rainier. O Príncipe assistiu a três casamentos
da sua filha mais velha (que ficou viúva do segundo marido), não viu o seu herdeiro subir ao altar e penou com os escândalos de Stephanie, que entre outras coisas teve filhos com dois guarda-costas e que se casou com um artista de circo. Apesar dos problemas pessoais, Rainier era visto como um grande dinamizador
do
Mónaco,
principalmente
graças aos seus esforços para melhorar a economia do país. Analistas dizem que Rainier conseguiu reduzir a dependência do Mónaco do turismo e do jogo ao desenvolver o setor empresarial do principado. Em 1993, ele conseguiu que o Principado de Mónaco fosse admitido na Organização das Nações Unidas (ONU). Entretanto, a sua idade avançada e o seu estado de saúde frágil fizeram com que ele delegasse uma série de funções no seu herdeiro, Albert. O Príncipe Rainier morreu a 6 de abril de 2005 com 81 anos.
Grace Kelly e Rainier III no seu casamento Os três filhos dos príncipes
Bibliografia http://pt.wikipedia.org/wiki/Grace_Kelly http://pt.wikipedia.org/wiki/Rainier_III_de_M %C3%B4naco
Ana Francisca Costa Peixoto
A história de amor de D. Inês de Castro e D. Pedro
Na história de amor de D. Inês de Castro e D. Pedro, temos duas versões: a verdade histórica (baseada em factos e documentos históricos) e as alterações resultantes da poetização (por exemplo “Os Lusíadas” de Luís Vaz de Camões). A verdade histórica Segundo
os
factos
e
documentos
históricos, o casamento do Infante D. Pedro com Constança de Castela aconteceu em 1340, não existia amor entres os dois, uma vez que o casamento foi arranjado pelos pais. Foi por esta altura que D. Pedro se apaixonou por Inês de Castro, o “colo de
garça”2,que pertencia a uma das famílias mais nobres e poderosas de Castela e era, também ,uma das damas que
integrava o séquito3 de
D. Constança. Mais tarde, quando nasce o primeiro filho legítimo de D. Pedro e D. Costança, D. Luís (que nasceu a 1344 e morreu uma semana depois),D.
Constança,
apercebendo-se
da
atração do marido por Inês de Castro, para impedir que alguma ligação surgisse entre eles,
pediu
a
Inês
de
Castro
para
ser
madrinha de D. Luís estabelecendo-se, assim, laços de parentesco moral (compadrio4) entre ela e D. Pedro, que já eram primos em 2ºgrau. D. Inês de Castro é expulsa de Portugal mas
regressa
depois
da
morte
de
D.
Constança, em 1345. D.I nês de Castro e D. Pedro passam a viver juntos nos Paços de Santa Clara, em 2
“Colo de garça” - pessoa com pescoço comprido e bem modelado Séquito - acompanhamento 4 Compadrio - familiaridade 3
Coimbra. O Príncipe é aconselhado por sua mãe e alguns fidalgos a desposar Inês, mas recusa,
tendo
vindo
a
ter,
mais
tarde,
bastardos5. D.
Pedro
imiscui-se
6
na
política
castelhana e os fidalgos portugueses temem a ambição e a influência da família Castro que podia levar ao trono português um dos filhos da ligação ilegítima de Pedro, em detrimento7 do herdeiro legítimo, D. Fernando, filho de D. Pedro e D. Constança.
O rei D. Afonso IV e os seus conselheiros analisaram a situação e concluem que é necessário matar Inês. 5
Bastardos – filhos ilegítimos , que não nasceu de matrimónio Imiscui-se – meteu-se, interferiu 7 Detrimento - desvantagem 6
Num dia em que D. Pedro foi à caça, D. Afonso IV chegou a Coimbra com alguns fidalgos. Ciente das intenções do Rei, Inês vai ao
seu
encontro,
rodeada
dos
filhos,
e,
banhada em lágrimas, implora misericórdia e perdão. Com isso, D. Afonso IV comove-se e hesita, mas, pressionado pelos conselheiros Álvaro Gonçalves, Pero Coelho e Diogo Lopes Pacheco, autoriza a execução de Inês. Inês, é assim, decapitada em 7 de janeiro de 1355.
O Amor: Foi perpetuado com a união para sempre e o olhar eterno. Os túmulos estão
colocados
para
olhem, frente a frente.
que
ambos
se
Bibliografia http://www.infopedia.pt/$d.-constanca-manuel http://www.junior.te.pt/servlets/Rua?P=Portugal&ID =130
Sebenta – Análise de Os Lusíadas Qual será o coração Tão cru e sem piedade, Que lhe não cause paixão Uma tão grã crueldade E morte tão sem razão? Triste de mim, inocente, Que, por ter muito fervente Lealdade, fé, amor Ao príncipe, meu senhor, Me mataram cruamente! Trovas de Garcia de Resende
Ana Filipa Azevedo
Lampião e Maria Bonita
Maria Gomes de Oliveira é o nome de Maria Bonita, ficou conhecida desta maneira, porque se apaixonou e viveu com Lampião, cujo nome é Virgulino Ferreira da Silva.
Maria vivia numa casa, na Bahia, casada com Zé Neném. Ela casou-se muito jovem, com 15 anos de idade. Vivia um casamento conturbado e brigava muito com o marido. Quando brigavam, ela refugiava-se na casa dos pais. Foi numa dessas fugas de casa que conheceu
Lampião,
que
era
um
antigo
conhecido dos pais dela. Nas suas andanças, ele passava pela casa dos pais de Maria, que gostavam muito do Rei do Cangaço. Um dia, a mãe de Maria, ao conversar com Lampião disse-lhe o quanto a sua filha admirava-o, e assim desta forma, ela serviu de cupido entre Lampião e Maria. Maria Bonita era uma mulher com um tipo
físico
bem
brasileiro:
baixinha,
rechonchuda, olhos e cabelos castanhos, e era considerada uma mulher interessante. Quando
Lampião
a
viu,
foi
amor
à
primeira vista e ela também se apaixonou de
imediato por ele. Impressionado com sua beleza, batizou-a de Maria Bonita. A partir daí começou uma grande história de amor. Um ano depois, Lampião convidou-a para integrar o bando, e foi então que Maria Bonita entrou para a história. Ela foi a primeira mulher a fazer parte de um grupo de cangaço. Depois de ela ter sido a primeira mulher a entrar para um bando de cangaço, outras mulheres também passaram a integrar os bandos. Dez dias depois, sem pensar em riscos e dificuldades, Maria Bonita colocou as suas roupas
em
dois
bornais,
despediu-se
do
marido, abraçou os familiares, e partiu com Lampião rumo à Caatinga. Eles estiveram juntos por oito anos e tiveram uma filha, com o nome de Expedita, depois de já terem perdido três filhos em abortos.
No dia que ela dar à luz a filha à sombra de um umbuzeiro, no meio da catinga em Sergipe. Quem fez o seu parto foi Lampião. Tiveram que entregar a filha a um casal desconhecido, quando ela estava com 21 dias de nascida, porque não podiam haver crianças no bando. Foram brutalmente assassinados durante um ataque ao bando e morreram juntos.
Diogo Rafael Gonçalves Rodrigues Tiago André Gonçalves Rodrigues
Napoleão e Josefina
Josefina de Beauharnais, nasceu a 23 de Junho de 1763 foi Imperatriz da França de 20 de Março de 1804 a 10 de Janeiro de 1810 como primeira mulher de Napoleão Bonaparte, sendo, portanto, a mulher mais influente da França durante o Primeiro Império.
Com a idade de quinze anos, foi para a França
para
casar
com
o
Visconde
de
Beauharmis. Após ter dois filhos com Josefina, Alexandre foi guilhotinado em consequência dos anos de Terror, em meio a Revolução Francesa. No ano de 1796, viúva e com dois filhos voltou a casar, dessa vez com o General Napoleão Bonaparte, que mais tarde viria a se tornar 1° Imperador dos Franceses. É sabido que Napoleão gostava muito dos seus filhos, ao ponto de os adotar oficialmente como seus, não
permitindo
que
os
chamassem
de
adotivos. Tornou-se Imperatriz da França, quando Napoleão se auto coroou na catedral de Notre-Dame, que fora o local para executar essa cerimónia, ocasião em que retirou a coroa das mãos do Papa Pio VII, colocando ele mesmo a coroa na cabeça. Imediatamente depois, o próprio Imperador coroou a sua esposa.
Hortênsia de Beauharnais, filha de Josefina se casou com Luís Bonaparte, irmão de Napoleão e Rei da Holanda. Hortênsia era contra o casamento, e só aceitou sob influência de Josefina, familiar.
que
temia
um
desentendimento
Em 1809, o Imperador decidiu divorciarse dela — Josefina teria ficado estéril, não podendo dar à França um herdeiro. Relatos históricos
comprovam
que
Napoleão
desconfiava que sua esposa o traia. Ainda que mandasse cartas desesperadas. Perdoou até descobrir a infertilidade da esposa. Josefina faleceu no ano de 1814 aos 51 anos.
Romance e casamento com Napoleão
A viúva Josefina passou a relacionar-se com várias figuras da política francesa e em 1795
conheceu
o
General
Napoleão
Bonaparte, tornando-se o grande amor de sua vida. Vários políticos da época influenciaram a união dos dois.
Josefina
logo
caiu
nas
graças
da
burguesia e foi bem recebida nas cerimónias em que acompanhou Napoleão. Em Janeiro de 1796, Napoleão, seguindo o conselho dos amigos, pediu sua mão em casamento e a cerimónia foi realizada em 9 de Março do mesmo ano.
Trabalho realizado por: Ana Costa nº5 Beatriz Cunha nº11
Píramo e Tisbe
Píramo era o mais belo jovem e Tisbe, a mais formosa donzela em toda a Babilónia, onde Semíramis reinava. Seus pais moravam em casas próximas e se odiavam, tanto que a família dela ergueu um muro para separar as propriedades
--- segundo a lenda, o muro
passava das nuvens ---, e os apaixonados, conversavam através de uma fenda nesse muro. A vizinhança aproximou os dois jovens e o conhecimento transformou-se em amor. Seriam venturosos se casassem, mas seus pais proibiram.
Uma
coisa,
contudo,
não
podiam proibir: que o amor crescesse com o mesmo ardor no coração dos dois jovens. Conversavam por sinais ou por meio de olhares, e o fogo tornava-se mais intenso, por ser oculto.
Na parede que separava as duas casas, havia uma fenda provocada por algum defeito de construção. Ninguém a havia notado antes, mas os amantes a descobriram. Que há que o amor não descubra? A fenda permitia a passagem
da
voz;
e
ternas
passaram
nas
duas
direções,
mensagens através
da
fenda. Quando Píramo e Tisbe se punham de pé, cada um de seu lado, suas respirações se confundiam. - Parede cruel! - exclamavam. - Por que manténs separados dois amantes? Mas não seremos ingratos. Devemos-te, confessamos, o privilégio de dirigir palavras de amor a ouvidos complacentes. Diziam tais palavras, cada um de seu lado da parede; e, quando a noite chegava e tinham de dizer adeus, apertavam o lábio contra a parede, ela do seu lado, ele do outro, já que não podiam aproximar-se mais.
De manhã, os dois encontraram-se no lugar
de
costume.
E
então,
depois
de
lamentarem seu cruel destino, combinaram que, na noite seguinte, quando tudo estivesse quieto, eles fugiram aos olhares vigilantes, deixariam suas moradas, dirigir-se-iam ao campo e, para um encontro, iriam ter a um conhecido monumento que ficava fora dos limites da cidade, chamado o Túmulo de Nino, e
combinaram
que
aquele
que
chegasse
primeiro esperaria o outro, junto de uma certa árvore. Era uma amoreira branca, próxima de uma fonte. Tudo ficou combinado e os dois aguardaram,
impacientes,
que
o
sol
se
escondesse sob as águas e que a noite delas se
levantasse.
cautelosamente, família,
cobriu
Então, sem a
Tisbe
ser
cabeça
ergueu-se,
observada
pela
com
véu,
um
caminhou até o monumento e sentou-se em baixo da árvore. Enquanto estava ali sentada, sozinha, à luz difusa da noite, avistou uma
leoa, que, com a boca ensanguentada por uma presa recente, aproximava-se da fonte, para matar a sede. Ao vê-la, Tisbe fugiu e refugiou-se numa gruta, deixando cair o véu quando fugia. A leoa, depois de saciar a sede na fonte, virou-se para voltar aos bosques, e, ao ver o véu no chão, investiu contra ele e despedaçou-o, com sua boca ensanguentada. Píramo, que se atrasara, aproximou-se, então, do local do encontro. Viu, na areia, as pegadas da leoa e o sangue fugiu-lhe das faces. Logo em seguida, encontrou o véu, dilacerado e cheio de sangue. - Desventurada donzela! - exclamou. Fui a causa de tua morte! Tu, mais digna de viver que eu, caíste como primeira vítima. Seguir-te-ei. Fui o culpado, atraindo-te a um lugar tão perigoso, e não estando ali eu próprio
a
guardar-te.
Vinde,
leões,
dos
rochedos e despedaçai com vossos dentes este corpo maldito!
Apanhou o véu, levou-o até a árvore onde fora combinado o encontro, e cobriu-o de beijos e lágrimas. - Meu sangue também manchará teu tecido - exclamou. E arrancando a espada mergulhou-a no coração. O sangue esguichou da ferida, tingiu de vermelho as amoras brancas da árvore, e, penetrando na terra, atingiu as raízes, de modo que a cor vermelha subiu, através do tronco, até ao fruto. Enquanto isso, Tisbe, ainda trémula de medo, e não desejando, contudo, desapontar o amante, saiu cautelosamente, procurando o jovem com aflição, ansiosa por contar-lhe o perigo que atravessara. Ao chegar ao local e vendo a nova cor das amoras, duvidou que estivesse no mesmo lugar. Enquanto hesitava, avistou um vulto que se debatia nas vascas da agonia. Recuou, e um tremor percorreu-lhe o corpo todo, como a água tranquila se agita ao
ser atingida por uma rajada repentina de vento. Logo, porém, reconheceu o amante, gritou e bateu no peito, abraçando-se ao corpo sem vida, derramando lágrimas sobre as feridas e beijando os lábios frios. - Píramo, quem te fez isto? - exclamou. Responde, Píramo! É tua Tisbe quem fala. Sou eu, a tua Tisbe, quem fala. Ouve-me, meu amor, e ergue esta cabeça pendente! Ao ouvir o nome de Tisbe, Píramo abriu os olhos e fechou-os de novo. A donzela avistou o véu ensanguentado e a bainha vazia da espada. - Tua própria mão te matou e por minha causa - disse. - Também posso ser corajosa uma vez, e meu amor é tão forte quando o teu. Seguir-te-ei na morte, pois dela fui a causa; e a morte, que era a única que nos podia separar, não me impedirá de juntar-me a ti. E vós, infelizes pais de nós ambos, não negueis nossas súplicas conjuntas. Como o
amor e a morte nos juntaram, deixai que um único
túmulo
nos
guarde.
E
tu,
árvore,
conserva as marcas de nossa morte. Que tuas frutas
sirvam
como
memória
de
nosso
sangue. Assim dizendo, mergulhou a espada no peito. Os
pais
asseguraram
seu
desejo,
e
também os deuses. Os dois corpos foram enterrados na mesma sepultura, e a árvore passou a dar frutos vermelhos, como faz até hoje.
Trabalho realizado por Cristiana
Sansão e Dalila
Numa época em que os hebreus eram fortemente oprimidos e perseguidos pelos Filisteus – povo inimigo que queria dominar a Terra Prometida na sua totalidade –, o poder estava desconcentrado e a população, que estava sujeita às ameaças, aclamava por libertação. Uma mulher estéril que sempre sofreu por não ter filhos com o marido, Manoá, recebe a visita de um Mensageiro de Deus. O homem anuncia que ela geraria um menino, cuja navalha jamais deveria ser passada nos seus cabelos, como um voto de confirmação a Deus. Esse menino, receberia o nome de Sansão, nasceria dotado de uma força incomum e iria libertar o seu povo da
dominação, herói
justo,
transformando-se carismático
e
assim
num
polémico.
Um
homem capaz de derrotar sozinho, exércitos armados e animais selvagens, mas que não resistiu à força de sedução de Dalila. A atração de Sansão pelas mulheres do povo inimigo não tem início com Dalila. Ele tinha-se apaixonado por Ieda, quando a viu numa feira. Sansão encontra oposição na sua própria casa, quando se refere à bela mulher que viu entre os Filisteus. Zilá, mãe de Sansão, defende que ele deveria escolher uma mulher do povo dele e não uma mulher entre os inimigos. Esta defende que a miséria do seu povo, é devido ao facto de terem rompido a aliança com Deus ao misturar-se com os inimigos mas Sansão segue a sua vontade. Ieda é filha de um rico Filisteu e já possuía
um
pretendente
que
não
ama.
Tratava-se de Faruk, um soldado, que para crescer no exército e conquistar a confiança
do pai de Ieda, planeia um atentado contra um povoado hebreu para aniquilar todos os que
lá
residem.
O
povoado
escolhido
é
justamente o de Sansão. Sansão luta com os soldados e sem armas derrota o exército de Faruk. Quando regressa a casa de Ieda para tomá-la como esposa, Sansão é obrigado a lutar com um leão e triunfa sobre a fera, em mais uma prova da sua força incomum. Sansão e Faruk enfrentam-se num duelo pela mão de Ieda, Sansão vence.
Aconselhado por Abbas, comandante do exército dos Filisteus, Faruk ameaça Ieda e a sua família de morte, caso ela não descubra o segredo do enigma de Sansão. O desespero de Ieda é tanto que Sansão comove-se e conta-lhe
o
segredo.
Faruk
desvenda
o
enigma de Sansão, que percebeu que foi traído. Algum tempo depois, Sansão volta à casa de Ieda, para entender os motivos que a levaram a traí-lo daquela forma. Mas ele tem uma grande surpresa ao ver que Ieda foi entregue pelo pai a Faruk. Indignado Sansão incendeia as searas dos Filisteus. Furuk seguindo o conselho de Abbas incendei-a a casa de Ieda. Sansão ainda chega a tempo de retirar Ieda com vida. Ela antes de morrer, conta que Faruk a obrigou-a a traí-lo porque este ameaçou a sua família. Algum tempo depois de Sanção ter derrotado cem homens, sozinho e sem armas esta notícia chega aos ouvidos de uma mulher
filisteia, Dalila, que estava a ganhar interesse pelo herói hebreu. Perturbado com os acontecimentos, Sansão viaja para Gaza, onde passa a noite com uma prostituta. O comandante Abbas descobre, por essa mulher, que Sansão estava na cidade. Na praia, Sansão viu uma mulher que se banha no mar e que lhe chamou à atenção, era Dalila. Sansão esconde as roupas dela e devolvendo-as de seguida. Dalila não permite
que
este
se
explique
e
foge,
deixando-o sozinho. Cercado pelo exército, Sansão abandona Gaza e foge. Mas regressa e invade o palácio do príncipe Inárus, exigindo que o tirano deixe o povo hebreu em paz. Só então Dalila descobre que o homem que viu na praia e que roubou as suas roupas era o temido guerreiro hebreu. Sansão permanece na cidade por causa de Dalila. O príncipe Inárus decide usar a beleza de Dalila a favor do povo Filisteu. Este propõe que se descobrir
em que consiste a força de Sansão, lhe dará em troca 1100 moedas de prata. Dalila aceita o desafio e começa a persuadir Sansão. Ela amava Sansão, mas este amor era inferior ao que sentia pelo seu povo. Com o seu grande poder
de
sedução,
Dalila
tentou
não
só
desvendar o segredo da força de Sansão, como também arranjar uma forma para que ele fosse dominado pelos Filisteus. Primeiro, Sansão disse-lhe que ficaria vulnerável como qualquer outro homem, se o amarrassem com sete fibras novas de arco que não tivessem sido secas. Dalila atou Sansão com as sete fibras, durante o sono mas, quando os Filisteus chegaram para o levar, ele arrancou as fibras sem dificuldade. À segunda tentativa de Dalila, Sansão disse-lhe que seria facilmente dominado se fosse amarrado por cordas novas, mas destas também
se
libertou,
chegaram os Filisteus.
sem
custo,
quando
A terceira versão de Sansão foi tão falsa como as duas anteriores, pois quando Dalila entrelaçou as sete madeixas do cabelo de Sansão com uma rede e as apertou com um gancho, durante o sono deste, sendo que este voltou a libertar-se. Foi então que Dalila conseguiu saber o segredo da força de Sansão. Este disse-lhe que, se os seus cabelos fossem cortados, a sua força abandoná-lo-ia e ficaria fraco como uma criança. Sansão adormeceu no colo de Dalila e esta,
suavemente,
cortou-lhe os
caracóis dos cabelos. Acordado pela chegada dos Filisteus, Sansão acreditava ainda ter força, mas foi rapidamente dominado pelos soldados, que lhe furaram os olhos e o prenderam com algemas de bronze. Sansão foi apresentado e humilhado, publicamente, no caminho do templo de Dagôn, onde foi amarrado aos dois pilares que sustentavam o enorme edifício. A população juntou-se aos
milhares para ver a derrota de Sansão e este, num último esforço, pediu a Deus que lhe devolvesse a força, por instantes. Foi então que Sansão, heroicamente, fez ruir os pilares, causando
a
destruição
do
templo
e,
consequentemente, a morte dos Filisteus, de Dalila e a sua própria morte.
A Sua História
Sansão de acordo com a sua descrição na bíblia hebraica, foi um homem nazireu, filho de Manoá, nascido de mãe estéril (infecunda) e que liderou os israelitas contra os filisteus.
Ele era da tribo de Dã e foi o décimo terceiro juiz de Israel, sucedendo a Abdon. A Bíblia relata que Sansão foi juiz do povo de Israel por vinte anos, aproximadamente de 1177 a.C. a 1157 a.C., sendo o sucessor de Abdon e o antecessor de Eli. Distinguia-se por ser portador de uma força sobre-humana que, segundo a Bíblia, era-lhe fornecida pelo Espírito Santo de Jeová enquanto se mantivesse obediente ao Jeová dos exércitos. Subjugava facilmente os seus inimigos e realizava feitos inalcançáveis por homens comuns, como rasgar um leão novo ao meio, enfrentar um exército inteiro e matar uma multidão de filisteus (depois de descobrir que foi enganado) para fazer as suas roupas, pagando uma aposta. De acordo com o texto bíblico, Sansão apaixonou-se por Dalila, uma mulher do povo filisteus, a qual o traiu entregando-o aos chefes de sua nação, depois de saber sobre os
seus cabelos, os quais eram a fonte de sua força sobre-humana. Após ser cegado pelos filisteus,
Sansão
passou
à
condição
de
escravo. Sansão
foi
publicamente,
no
exposto
e
humilhado,
caminho
do
templo
de
Dagôn, onde foi amarrado aos dois pilares que sustentavam o enorme edifício. A população juntou-se aos milhares para ver a derrota de Sansão e este, num último esforço, pediu a Deus
que
instantes.
lhe Foi,
devolvesse então,
a que
força,
por
Sansão,
heroicamente, fez ruir os pilares, causando a destruição do templo e, consequentemente, a morte dos Filisteus, de Dalila e do próprio Sansão.
Marco Oliveira e Francisco Oliveira
Shah Jahan e Mumtaz Mahal
Certo dia, o pr铆ncipe Kurram, aos seus 15 anos de idade, apaixonou-se por uma princesa chamada Mumtaz Mahal. Diz a hist贸ria que se cruzaram acidentalmente mas seus destinos ficaram unidos para todo o sempre.
Em
1612,
casaram-se,
durante
a
cerimónia o imperador a rebatizou a princesa como "A eleita do palácio", o príncipe foi coroado em 1628, com o nome Shah Jahan que significa "O Rei do mundo". Depois de ter engravidado 13 vezes, o destino decidiu que a rainha tinha que morrer ao dar à luz o 14º filho do rei, ela morreu com 39
anos
em
1631.
O
Imperador
ficou
tremendamente desgostoso e inconsolável e, segundo crónicas posteriores, toda a corte chorou a morte da rainha durante 2 anos. Durante esse período, não houve música, festas ou celebrações em todo o reino. Shah Jahan ordenou então que fosse construído um monumento único, para que o mundo jamais pudesse esquecer. Reuniram-se em Agra as maiores riquezas do mundo. O mármore fino e branco das pedreiras locais, Jade e cristal da China, Turquesa do Tibet, Lapis
Lazulis
do
Afeganistão,
Ágatas
do
Yemen, Safiras do Ceilão, Ametistas da Pérsia, Corais
da
Arábia
Saudita,
Quartzo
dos
Himalaias, Ambar do Oceano Índico.
O Taj Mahal Surge assim o Taj Mahal. O seu nome é uma versão curta de Mumtaz Mahal. O nome "Taj" significa Coroa e "Mahal" significa lugar. Devidamente
enquadrado
num
jardim
simétrico, tipicamente muçulmano, com lindos chafarizes e repleto de ciprestes (árvores). Por
dentro,
o
mausoléu
é
também
impressionante e deslumbrante. A câmara mortuária está rodeada por finas paredes de mármore com pedras preciosas, as quais formam uma cortina de milhares de cores. O interior, amplo e elevado é triste e misterioso. Sobre
o
edifício
surge
uma
cúpula
magnífica, que é a coroa do Taj Mahal. Esta é rodeada por quatro cúpulas mais pequenas, e nos
extremos
da
plataforma
sobressaem
quatro torres que foram construídas com uma pequena inclinação, para que em caso de desabamento, nunca caiam sobre o edifício principal. Diz-se que o rei Shah Jahan queria construir também o seu próprio mausoléu. Este seria do outro lado do rio. Muito mais deslumbrante, muito mais caro, todo em mármore
preto,
que
seria
posteriormente
unido com o Taj Mahal através de uma ponte de ouro. Após perder o poder, o rei foi encarcerado no seu palácio e, a partir dos seus alojamentos, contemplou a sua grande obra até à morte. O Taj Mahal foi, por fim, o refúgio eterno de
Shah
Jahan
e
Mumtaz
Mahal.
Posteriormente, o rei foi sepultado ao lado da sua esposa, sendo esta a única quebra na perfeita simetria de todo o complexo do Taj Mahal.
Após quase quatro séculos, milhões de visitantes continuam a reter a sua aura romântica... o Taj Mahal, será para todo o sempre um lágrima solitária no tempo.
Tiago Monteiro
nº28 8ºD