barbara

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Introdução:

Quando eu decidi que o tema do meu relato ia ser sobre a Guerra Colonial pensei em perguntar ao meu avô sobre este assunto, e tive sorte. Pois o meu avô já tinha estado na Guerra Colonial. Foi então que ele me disse que no século XX, sob um regime de ditadura em que era liderado pelo Presidente do Conselho Português (António de Oliveira Salazar) e existindo várias colónias Portuguesas em que a população vivia em más condições de vida, e com o agravamento de existirem muitos portugueses continentais que se mudaram para as colónias, e alguns deles intitulavam-se donos e senhores das localidades onde se instalaram, sendo que a partir daí tinham um procedimento escravizante em relação à população local. Até que nos anos 60 sob influência de alguns grupos revoltosos, uniram-se todos e fizeram uma revolta de guerrilha contra o governo Português, iniciando-se com armas rudimentares incluindo catanas, começaram por se vingarem na população continental que lá vivia estendendose depois a todo o território. Após esta revolta o governo Português começou a mandar navios com militares para proteger as colónias!

Desenvolvimento: O meu Avô estando a prestar serviço militar obrigatório em 1963 foi mobilizado para combater na Guerra Colonial da Guiné, contra o chamado terrorismo. Durante os dois anos de permanência na Guiné, integrando uma companhia militar de intervenção, percorreu quase todas as zonas onde havia mais combates e assistiu a muitas mortes e feridos, inclusivamente o meu avô foi ferido com estilhaços de uma granada. Ele e os seus colegas de combate, chegaram a passar fome, sede e muitas noites ao relento, sempre atentos aos inimigos! Esta Guerra Colonial foi terrível tanto para os nativos como para os portugueses do continente, além de centenas de mortos tanto das colónias como do continente português, também ficaram muitos soldados estropiados, tendo um tio, irmão do meu avô, nessas mesmas guerras (Angola) ficado sem um dedo da mão direita.


Além de tudo isto ficaram muitas crianças órfãs, viúvas e mães chorosas por perderem os seus filhos. Como se isto não bastasse, muitos soldados por falta de instrução e informação não sabiam sequer o que iam para lá fazer.

Conclusão: Havia ainda muitas mais coisas para contar mas o meu avô preferiu não revelar mais para além disto, pois é um assunto delicado para ele, por ter visto tanta desgraça na Guerra Colonial (Guiné-Bissau) evita falar dela, não gosta de recordar nem enumerar os tormentos lá passados. E foram estas as vivências do meu avô em relação à Guerra Colonial. E gostei muito de ficar a saber as coisas por que ele no passou no tempo de Salazar. Ainda bem que a guerra terminou antes do meu pai nascer! A Guerra Colonial acabou depois do 25 de abril, foi dada a independência a todas as colónias. Regressando com isto muitos portugueses ao continente os “Retornados” .

Trabalho de: H.G.P Trabalho realizado por: Bárbara Fernandes Rodrigues 6ºD

Entrevistado: Artur da Costa Rodrigues (avô)


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