Agrupamento de Escolas AndrĂŠ Soares
Contos de Natal
5Âş ano, turma I
A tempestade de Natal
Há muito tempo atrás, pela altura de natal, houve uma enorme tempestade de neve e granizo. As crianças não podiam ir lá fora. O Pai Natal não podia entregar os presentes às crianças e ninguém podia sair de sua casa.
O tempo passava e a tempestade ficava cada vez pior. O
Pai
Natal
vendo
a
situação
a
complicar–se, decidiu reunir–se com os anões para comunicar que o Natal daquele ano estava estragado, porque não podiam entregar os presentes às crianças. A tempestade era demasiado forte para as renas.
Eles discutiram o assunto e já estavam todos desanimados
por
pensar
na
tristeza
das
crianças que nesse ano não iam receber
presentes. De repente, um dos anões reparou que a tempestade estava a diminuir. Todos voltaram a ficar muito animados e contentes. Meteram mãos à obra e começaram a distribuição dos presentes pelas casas das crianças. Tal era a felicidade que conseguiram entregar tudo mais rápido do que o habitual.
No dia seguinte, ao acordarem, as crianças ficaram muito contentes porque tinham os seus presentes junto ao pinheirinho.
O
Pai
Natal,
apesar
dos
percalรงos,
conseguiu entregar os presentes e mais um ano cumpriu a sua missรฃo. Foi um Natal com final feliz.
Adriana Dias, nยบ1, 5ยบI
Noite de Natal
O melhor do mundo são as coisas simples da vida! Ouvia muitas vezes esta afirmação, no entanto não a entendia… Tudo começou há muitos anos atrás, muitos, mesmo muitos, tantos que já não consigo guardar tudo, muita coisa já esqueci, outras não quero lembrar, no entanto o essencial está bem presente, tudo começou num certo dia….
- Avó, avó, vem ajudar-me. – pede insistentemente a Matilde, que não consegue chegar ao cimo do pinheirinho para colocar a estrela. - Calma, Matilde. Temos toda a tarde para decorar o pinheirinho e não posso sair da cozinha agora. Ainda tenho muitas tarefas a fazer. Por favor, vai buscar mais lenha lá fora.
A neve caía em flocos, pareciam bolas de algodão doce, que flutuavam e cobriam de branco toda a paisagem na aldeia. Avistei, com
algum custo, o fumo preguiçoso que saía das chaminés das casas vizinhas. Peguei no cesto e saí, com as galochas colocadas para o frio do fim do dia na Aldeia completamente imersa no fumo e na neve. Junto à ponte iluminada encontrei o Pedro, amigo de muitas aventuras, e castigos. - Pedro, que estás a fazer? - Estou a fazer uma boneca de feno para oferecer à minha mãe.
Não recorrer
havendo á
dinheiro,
imaginação
e
tínhamos aos
que
materiais
disponíveis na altura. - Pedro, sabes que a Joana vem cá passar o Natal? Vou fazer uma boneca para ela. Ensinas-me? O Pedro, tinha muito jeito para idealizar e fabricar brinquedos, era sempre o nosso, chefe, o polícia, o capitão nas nossas aventuras…
- Voltei avó! O cheiro a mel e especiarias misturado com frutos secos vinha ter comigo, e o cheirinho da canela esse ainda parece que o sinto, saído de
um fogão a lenha, sempre abastecido para um fogo vigoroso. Coisas tão simples que naquele momento pouco significavam, apenas queria que a minha avó me desse uma ajuda a colocar a estrela no pinheirinho. Coisas de crianças… - Avó, depressa, vem ajudar-me. – gritei insistentemente de cima de um banco de madeira que já tinha ido buscar para terminar a minha tarefa.
- Já vou, já vou, antes que te magoes.
A campainha tocou e o meu coração começou a bater mais forte. Era a Joana a minha melhor amiga! - Joana, já pensava que não vinhas. - Demorei mais um pouco, ainda tive de ir à cidade com os meus pais. A cidade ficava longe, nós morávamos numa aldeia que ficava muito isolada, eu apenas lá fui duas vezes durante a minha vida, o caminho até chegarmos lá era sinuoso e de difícil acesso, que se tornava mais difícil no inverno, devido aos grandes nevões.
Joana ia à cidade muitas vezes com os pais que
estavam
sempre
disponíveis
para
satisfazer os seus caprichos, mas este ano o
Natal ia ser diferente, pois a Joana ia ficar comigo e com a minha av贸 na nossa humilde casa. - O que trazes nesses lindos embrulhos? - Presentes - afirma Joana. Presentes para todas.
De repente, fiquei cheia de medo e pensei que a Joana ia deixar de ser minha amiga, pois eu n茫o tinha comprado nada para ela, apenas a desgrenhada boneca feita de palha.
Nesse mesmo instante, chama-nos a minha avó dizendo que o jantar de Natal está pronto a ser servido. - Já vamos avó. Estamos cheias de fome. Fomos a correr e ficamos maravilhadas tanto vimos a mesa farta de Natal, eu mais do que a Joana, a minha avó fez tudo aquilo de que eu gostava.
Em cima da mesa estava um grande peru com batatinhas. Que cheirinho!! E os doces eram tantos que julgo não me lembrar de todos, aletria bem doce coberta com canela
com a frase FELIZ NATAL, rabanadas, mexidos, bolo rei e pão de ló. - Espero que gostes, Joana. – disse a minha avó. Foi tudo feito com muito carinho. - Está tudo ótimo. – responde a Joana. Eu sentia-me tão feliz naquele momento, com a minha querida avó e com a minha melhor amiga.
Jantamos, conversamos, rimos e por fim a Joana entregou os presentes. - Este é para ti Matilde, espero que gostes.
Rasguei o papel a correr e adorei o presente que ela me deu. - Era mesmo o que eu queria, como é que sabias? Fiquei tão feliz, mas ao mesmo tempo… - Joana, desculpa, mas tenho apenas esta lembrança para te dar. Joana sorriu e disse-me ao ouvido: - Tu deste-me o que de melhor há no mundo - a tua amizade.
Joana recebeu a boneca de feno e disseme:
- Esta boneca vai andar sempre comigo para onde for, vou sempre recordar este Natal e a nossa amizade. Rimos e choramos ao mesmo tempo, demos um grande abraço que nunca mais esqueci. Passados todos estes anos, Joana ainda leva a boneca para as nossas festas de Natal e nos recordámos desse maravilhoso dia e da frase que a minha avó me dizia: O melhor do mundo são as coisas simples da vida.
Filipa Santos Marques, Nº 12 - 5ºI
Onde está o Pai Natal?
O relógio da torre da igreja deu as doze badaladas (era meia noite). Era a hora da chegada do Pai Natal e dos presentes, mas ele não veio… ou estava atrasado. Que teria acontecido?
Ficámos muito aflitos e tristes, porque queríamos ter os presentes. Por isso juntámonos todos no adro da igreja à espera. O tempo
não
passava
e
começávamos
a
ficar
desapontados. Será que iríamos ter prendas? Até que, finalmente, apareceu no céu alguma coisa: as estrelas brilhavam e lá no fundo um ponto vermelho surgiu. Era o Pai Natal no seu trenó, com as suas renas e todos os presentes. Todas as crianças começaram a gritar de alegria e satisfação. Os presentes tinham chegado, o Pai Natal não se tinha esquecido de nós. Fomos todos a correr para casa e deitámonos para dormir e esperar pela manhã.
De manhã, quando acordámos, estavam os embrulhos debaixo da árvore de Natal e um bilhete:
Olá, eu atrasei-me porque perdi um dos presentes. E nenhuma criança pode ficar sem o seu presente, por isso tive de o procurar. O Natal é das crianças. Assinado: Pai Natal
Inês Fernandes Ferreira, Nº 20, Turma 5º I
UM PRESENTE PERFEITO
Nova Iorque é uma das cidades onde mais frio costuma estar no inverno. A sua posição geográfica provoca um frio desgraçado.
Dá a muitas pessoas a vontade de ficar em casa com o ar condicionado ligado, e Tiago, um
turista que veio à cidade no momento errado, não era exceção. O seu hotel tinha vista para os principais pontos turísticos da cidade. Apetecia-lhe conhecê-los, mas não conseguia por os pés (e todo o corpo) na rua, onde fazia um frio que solidificava a água mais quente. -Raios! Vim a “Big Apple” no momento errado. Uma visita turística serve para ver a cidade, mas tenho que fechar-me aqui no hotel. Olhem para o calendário! São 23 de... Ah!!
Foi
então
que
se
apercebeu
antevéspera de Natal. O Tiago exclamou em voz alta:
que
era
-Lembrei-me que a minha irmã, Eva, também veio visitar Nova Iorque e fazer compras de Natal. Para mim! Tenho de lhe dar um presente.
Tiago tinha que ir fazer compras com aquele frio. Vestiu 3 casacos de neve, 4 pares de luvas e meias, vários gorros, etc...Quando saiu, via uma paisagem só com cores frias, e é claro, muita neve! Comprou uma bicicleta que ficou cheia de estalactites e pôs-se a andar. Em Nova Iorque não se pode virar a esquina sem encontrar uma loja. Virou a primeira esquina e
viu uma loja de nome “Super compras”. Mas não havia lá grandes coisas ali. Pegou no seu termómetro de bolso que marcava - 11 °c. -Cruzes! Quando saí do hotel estavam 4°c!- admirou-se ele. Tinha de voltar a “casa” ou ficava mais frio. Ao pé da loja viu um mendigo. Era o que não faltava naquela rua: “A rua dos mendigos”. -Ena! Um mendigo! Nada mais natalício que ajudar um mendigo!
E lá foram eles, a caminho do centro de abrigo que ficava A 5KM a norte. Era uma longa viagem!!!
Foi então, na quarta esquina, que ele encontrou uma loja com o presente ideal. Deixou o mendigo à porta da loja e vinte minutos depois, voltou com o embrulho. Ainda nem a meio do caminho estavam quando apareceu
um
contratempo:
uma
estrada
bloqueada por causa da parada de Natal. Que coisa terrível, visto que não havia esquinas para ir por um caminho alternativo! E estava a ficar cada vez mais frio! O que fazer? Pôs a prenda nas mãos do mendigo para matutar sem ter de segurar um objeto. Deu-lhe uma ideia um pouco matreira. O Tiago disse: - Vamos tirar as barreiras daqui! Assim, se nós seguirmos o caminho, vão pensar que é por não haver barreiras a avisar! E assim eles retiraram as barreiras e puseram-se a caminho. O problema é que o mendigo continuava com o presente nas mãos e, quando chegaram ao edifício, a porta
fechou-se depois do mendigo lá entrar! Era impossível recuperá-la! - E agora vou ter de procurar outra prenda para a minha irmã. - disse o Tiago. Foi em direção ao sul quando aconteceu outra coisa: a parada de Natal tinha começado. Um problema de Natal! A coisa natalícia mais chata do Natal! E estava um frio de rachar!
A parada de Natal nunca mais acabava. Por isso, o Tiago escondeu-se no meio do desfile até chegar ao hotel. Quando a parada passou
pelo seu destino, ele saiu do amontoado de pessoas e entrou no hotel e, de seguida, no quarto quentinho com vista para três ou quatro marcos turísticos. O Tiago pôs-se a pensar: por um lado, de certeza que o mendigo vai ficar feliz com a prenda. Por outro, tenho que arranjar uma nova. Mas como? O desfile faz com que seja impossível ir para o outro lado da rua. Tenho que permanecer neste lado!
Passado uma hora já estava mais quente. O ar cheirava mais a Natal e o branco já era a cor menos comum. O Tiago permaneceu no
mesmo lado da rua, pois a parada de Natal ainda não tinha terminado. De facto, ao virar a esquina, encontrou um presente curioso numa loja de presentes que só abria na época de Natal. Entrou lá. -Boa tarde menina, o que contém o embrulho que está ali? – Interrogou o Tiago. A menina sussurrou ao ouvido porque ali, todos os consumidores estavam de ouvidos bem abertos, para saber o que havia dentro da prenda a ponto de a comprarem.
-A sério? Tome lá o dinheiro. Amanhã alguém vai ficar contente! - disse o Tiago. Ao sair da loja deparou-se com outro problema: o frio, a neve e o vento tinham voltado. O típico gelo de Nova Iorque. Agora já se sabe por que é que os habitantes vivem em apartamentos: para não serem os responsáveis por limparem a neve à porta do prédio. Bem, o Tiago virou no sentido oposto ao hotel. Talvez por estar distraído. E quando virou a esquina errada viu uma grande árvore de Natal!
Era bonita! Verde e cheia de enfeites fazia sombra com tudo o que estivesse ao lado dela. Uma
distribuição
de
presentes
estava
a
decorrer ao lado dela (e a levar com a sua sombra). O Tiago recebeu um desses presentes e saiu dali mais feliz. Mas recebeu uma chamada do seu primo a dizer para dar roupa ao centro de abrigo onde o mendigo estava alojado. E adivinhem o que estava dentro de um desses presentes!
Como, entretanto, a parada de Natal tinha terminado, o Tiago caminhou 5KM a norte, pelas natalĂcias ruas de Manhattan. E quando chegou, bateu Ă porta, entregou o presente e
percorreu 5KM a sul, surgiu um sorriso pouco alegre na sua cara. -Ena, eu tinha dois presentes de Natal e agora só tenho um. Mas o Tiago olhou para o rótulo do presente que lhe restava. Dizia o conteúdo que tinha lá dentro. O Tiago alegrou-se: -Mas este presente é mesmo engraçado! Giro! Ainda bem que não o perdi!
Então pôs-se a correr muito rápido em direção ao hotel que ficava ao lado da rua,
agora, cheia de serpentinas da parada de Natal. Meteu-se no quarto com vista para 3 ou 4 pontos turísticos e abriu o presente. Perfeito! O ideal para oferecer à minha irmã! Depois voltou a embrulhá-lo, muito bem embrulhadinho. - Toca a gozar o que resta do dia. Gastei o dia
inteiro
com
este
problema
natalício.
Amanhã será um grande dia! – exclamou ele.
Passou um dia. Já era 24 de dezembro, dia de véspera de Natal. “Bom dia senhor(a)...”
“Feliz Natal e bom ano novo.” Ouvia-se por toda a parte! O Tiago acordou às 7:50. Era dia de troca de presentes. O dia em que um dia de problemas natalícios ia valer a pena. Acordou bem-disposto, tomou o pequeno-almoço, saiu do hotel bem disposto... bem, fez tudo bem disposto.
Os enfeites ficaram mais numerosos e o clima menos frio. O Tiago mal podia esperar pelas 23:00. E quando chegaram as onze, o Tiago já estava à porta do hotel onde se alojava a sua irmã. Quando o Tiago chegou houve festa rija, mas o melhor veio quando começou a troca de presentes.
A irmã abriu o presente e quando o viu, disse em tom eufórico: - Que giro! Uau! Mesmo o que eu queria para o Natal! Como é que tu o arranjaste? - Sabes Eva, para apanhar um certo presente é preciso ir a várias lojas, percorrer vários quilómetros, ajudar certas pessoas, aguentar com paradas, etc... O Tiago olhou para o relógio, onde o ponteiro avançou para a meia-noite.
- Meia-noite. Já não é dia 24. É dia 25. O dia de Natal. – afirmou.
O Tiago arranjou uma prenda perfeita. Foi preciso percorrer vários obstáculos. O que importa é que o dia de Natal começou bem para ele e para ela. Foi o melhor Natal da sua vida.
Agora, Tiago vai ao aeroporto John F. Kennedy para regressar a casa, onde está frio, mas mais quente que aqui.
Ricardo, nº 24
O Milagre de Natal
Era dia de Natal e tudo brilhava. No fundo da rua, viu-se uma casa. Viviam nela duas crianças sozinhas, a Alice e a outra Annie. Não pareciam tristes. Tinham dinheiro, roupas e comida- Olharam à janela: - Alice está a chover muito - disse a Annie. - Não Annie está a nevar.
-
Vamos
lá para fora.
Agasalha-te bem porque a neve é fria.
- Está bem Alice! As duas foram lá para fora e decidiram fazer um boneco de neve que ficou brilhante e belo. Decidiram pô-lo perto do pinheiro. Ele era branco, com chapéu preto com uma fita vermelha, uns olhos de botão, cachecol branco e vermelho bem quentinho.
Alice reparou que lhe faltava qualquer coisa. Então disse: - Annie, falta ainda qualquer coisa. Annie sem falar correu ao frigorífico e pegou
numa
pergunta:
cenoura.
Alice
desconfiada
- Annie tens fome? É que ainda comemos há pouco. Annie abana a cabeça dizendo que não. Colocou a cenoura a servir de nariz no boneco de neve. Aí ele estava perfeito, tão perfeito que na noite de Natal ele ganhou vida. Annie e Alice abriram os presentes, mas havia dois que apareceram como por magia.
As duas meninas surpreendidas olharam em redor e vendo o boneco de neve a sorrir as duas exclamaram: - É um milagre de Natal! Annie olhando nos olhos de Alice sugere: - Ficamos com ele. Alice responde:
- Claro que sim! E assim tiveram uma linda noite de Natal porque um belo milagre aconteceu. O boneco de neve sobreviveu, morou com elas, lรก nasceu, brincou e viveu.
Beatriz Costa Barbosa nยบ 5 5ยบI