CONTOS DE NATAL
6º ano, turma F
Agrupamento de Escolas André Soares
O Natal em Marte
Numa terra muito distante, num planeta diferente, em Marte, também havia a tradição do Natal. Lá as pessoas tinham a pele verde, os olhos eram amarelos e tinham só três dedos nas mãos e nos pés. John passara o Natal com a sua família, ele tinha dez anos, era a noite de véspera, e ele estava muito entusiasmado pois o Pai Natal surpreendia-o sempre.
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Mas desta vez era diferente John queria ver o Pai Natal com os seus próprios olhos. O rapaz era um refugiado da Terra, pois lá estava a acontecer a 5º guerra mundial, por isso veio para Marte numa nave espacial com a sua família, era o seu primeiro Natal neste planeta diferente.
John estava a jantar e, quando terminou, saiu logo de casa às escondidas dos pais para tentar encontrar o Pai Natal. As ruas estavam todas iluminadas e a noite estava de lua cheia. Ele percorreu todos os sítios: bairros, ruas,
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ruelas, praças, vales mas não havia sinal deste, do Pai Natal. Já muito cansado, subiu a uma montanha cheia de neve e no ponto mais alto da montanha, ele começou a observar toda a cidade, mas a sua vista começou a ficar desfocada.
John estava cheio de frio e muito cansado, ele não sentia as pernas e o nariz estava bastante vermelho, quando de repente cai da montanha, pois estava muito fraco. Os olhos 3
cada vez iam-se fechando mais. John ainda estava no ar, quase no chão, quando um trenó voador com galinhas a puxá-lo, em que dentro dele estava o Pai Natal, o segurou e John ficou estável. O Pai Natal tinha uma poção no bolso esquerdo. A poção era rosa e muito brilhante e cheirava muito mal, e o Pai Natal com muito jeito põe o líquido na boca
de John e
lentamente os olhos abriram-se.
Quando já estava com os olhos totalmente abertos ficou em estado choque pois estava perante o Pai Natal. Ele nem acreditou pois o 4
Pai Natal da Terra e o de Marte eram muito diferentes. O de Marte tinha a barba cerrada, era um «trinca espinhas» e vestia-se de laranja e roxo e o da Terra bem… esse já todos sabem como é. Este perguntou muitas coisas a John: - Qual é o teu nome? - De onde vens? - Onde fica a tua casa? - Como chegaste até aqui?
John nervoso respondeu-lhe: - Eu chamo-me John, moro numa cidade que fica aqui perto, a minha casa fica ao pé da 5
Igreja
Municipal
e
como
cheguei
aqui,
bem…nem eu sei muito bem, só sei que eu vim até aqui com o desejo de ver o Pai Natal com os meus próprios olhos, e esse sonho realizouse. John ajeitou-se e levantou-se e a sua primeira reação foi olhar para a frente, ficou muito impressionado, pois vira galinhas a puxar o trenó em vez de renas.
John ficou a ajudar a distribuir presentes a todas as casas de Marte e enquanto isso conversava com o Pai Natal. O tempo tinha
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passado a correr e quando deram por isso jĂĄ passava da meia-noite. No final de fazerem tudo o Pai Natal levou John a casa e ele pode contar a sua aventura a toda a gente.
Filipe de Carvalho DionĂsio
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O Pai Natal e o seu gémeo
Já no dia antes do Natal, todos no Polo Norte preparavam os presentes para a noite seguinte. O Pai Natal, um homem gordo de barba branca, que entrega os presentes na Noite de Natal e diz muitas vezes “Oh! Oh! Oh!”, estava sentado na sua poltrona reluzente.
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De seguida entra um senhor com a mesma idade que o Pai Natal, este é magro, anda de jetpack, faz sempre exercício físico, não tem barba, porque a corta todos os dias, nunca entregou um presente na sua vida inteira, mas este senhor seria o irmão gémeo do Pai Natal, o “perfeito”. Mas vamos ver se é verdade!
O Pai Natal virou-se e para seu espanto vê o seu irmão gémeo “perfeito” com o seu único defeito de não ser amado por todas as crianças do mundo. Então o seu irmão com o jeito de
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convencer toda a gente começa com falas mansas: -Olá, irmãozinho, como vai a vida? -Vai bem! Mas que queres tu agora? -Achas que me podias deixar entregar os presentes? É só este ano, prometo! Pode ser? -Então, mano, estás parvo ou fazes-te?! Pensas mesmo que te vou deixar guiar o meu trenó? -Sim... -Por amor do Natal, claro que não! Sai-me já da frente.
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Pois agora vão ver a verdade. Este infeliz foi-se embora, de repente vira-se para trás e vê a chave do escritório do seu irmão colocada na parte de fora. Sem ninguém ver trancou-o e foi-se embora.
Já no dia seguinte, quando era de noite, o irmão “ perfeito” foi colocar umas almofadas na barriga para parecer gordo, vestiu a roupa de Pai Natal e antes disso já tinha começado a deixar crescer a barba. Mas quando o irmão
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“perfeito” estava a sair do seu quarto ouviramse gritos que vinham do escritório do Pai Natal.
Só o seu irmão parece que tinha ouvido esses gritos, mas quando o duende inteligente estava de passagem viu o que se estava a passar e escondeu-se. O irmão “perfeito” abriu um pouco a porta do escritório e mandou lá para dentro uma bomba calmante que deixou o Pai Natal a dormir.
Já sentado no trenó deram a buzina de partida e as renas começaram a andar, o irmão “perfeito” descontrolado com isto de voar, só por um pouco de sorte começou a voar mas de seguida caiu na neve. 12
Os duendes preocupados foram ajudá-lo, mas atrás destes aparece o Pai Natal real que tinha sido destrancado pelo duende inteligente. O Pai Natal zangado mas calmo começou: -Querido irmão, tu erraste mas eu perdoote pois é Natal. Depois o irmão “perfeito” saiu do trenó e o Pai Natal sentou-se e quando ia embora chamou o seu irmão e foram os dois, na aventura Natalícia.
Mariana Ariza Martins
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Quem salvará o natal?
Há alguns anos, perto da noite de Natal, dois bandidos escaparam da prisão. Como vingança roubaram a varinha da fada madrinha enquanto esta dormia. - Zé, está na hora da vingança!- dizia Luís - Agora, chegou a hora, seres desta terra vão congelar para meu sonho concretizar!!
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Nisto toda a gente do mundo congelou mas, o que eles menos esperavam estava para acontecer. No Polo Norte, vivia lá um casal que toda a gente conhece. Pai Natal e Mãe Natal não tinham sido atingidos pelo feitiço. Chegou a Noite de Natal, como habitual, Pai Natal montou no seu trenó e voou pelos ares. Viu tudo mas mesmo tudo parado...Que iria ele fazer?
Pai Natal pegou na sua bola de cristal mágica e viu o Zé a esconder a varinha no meio 15
da roupa suja. Sem mais demoras, Pai Natal em biquinhos de pés, entrou em casa dos bandidos.
Foi
buscar
a
varinha
e...
-Pai Natal!- gritou o Zé- Qual vai ser o meu presente?
O barbudo de barbas brancas sem mais demoras atou-os e levou-os para a prisão. - Agora, chegou a hora, seres desta terra vão descongelar para meu sonho concretizar!!gritou Pai Natal. 16
Como se nada tivesse acontecido os cidadãos continuaram as suas vidas e o Pai Natal cumpriu a sua missão, salvar o Natal e distribuir os presentes por mais um ano! HOUHOUHOUHOUH FELIZ NATAL!!!
Maria João Apolinário, 6ºF
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O perú, o galo e Ana
- Pock! Vou ser comido! - Pock! A missa é minha! Numa
aldeia,
nas
proximidades
de
Alcobaça, viviam Vasco o galo e Gil o perú, o coitado dos perús.
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Vasco pertencia à família mais famosa das conhecidas na vida dos galos. Era a tal, aquela especial, que todos os anos e em todas as gerações, aparecia na famosa missa do galo. Na véspera de Natal, Vasco cantava, harmoniosamente: - Plim..., Plock... E repetia: - Plim..., Plock... Imitando na perfeição os sinos da igreja que tanto apreciava.
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Gil era o coitado dos coitados, que tinha os dias contados! Pertencia à família mais gozada e pobre dos perús. Enquanto Vasco se aperaltava para os últimos preparativos antes da sua missa, o dono de Gil enchia o mesmo de sementes para o engordar o máximo possível. Na casa de Ana, já se preparavam para receber o perú na consoada de Natal. - Mãe, vou à missa! - disse Ana - Tudo bem, mas não te demores!
Ana começou a caminhar em direção à igreja pisando a neve fofa e apanhando os 20
flocos que caiam suavemente em cima do seu maravilhoso e liso cabelo. Quando se sentou no banco frio da igreja, feito de madeira, fixou o seu olhar no galo. Observava-o da cabeça aos pés, sem prestar atenção verdadeiramente ao que o padre explica e ensinava. De
repente,
ouviu-se
um
barulho
estranho, idêntico ao do metal. Curiosa, Ana, levantou-se devagar, com o traseiro congelado e seguiu as pegadas marcadas na neve.
Chegou por fim. Foi parar a uma capoeira. Lá dentro descansava infeliz o perú Gil. 21
A menina encontrou-lhe uma certa graça e começou a sorrir para Gil. Gil,
encontrando,
pela
primeira
vez
alguém que lhe sorrira, retribuiu-lhe o gesto. Passados segundos, apareceu um homem com o tal machado que Ana ouvira. Abriu o portão da capoeira, ia enfiar o machado no pescoço do perú, quando... -Não! - exclamou a Ana -Oh menina, afaste-se! -Nem pense - disse Ana abraçando Gil.
Gil ficou admirado e contente, acabara de ganhar uma amiga. Ana agarrou em Gil e dirigiu-se a casa. Tocou a campainha. 22
- Tlim, Tlom! “Deve ser o perú recheado” pensaram todos. Era na verdade o perú, mas vivo e não recheado. - Ana! Que é isso que trazes contigo?! - É o meu novo amigo! A menina dirigiu-se para o seu quarto e aqueceu o perú. Passaram cinco anos. Ana continuava a cuidar do seu amigo leal e fiel. O galo, Vasco, morrera sem amor. As riquezas não substituem o amor!
Luísa Pereira
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A vinda do Pai Natal a Lisboa
Na noite de Natal, em Lisboa, muita magia havia e alegria, mas este Natal foi diferente, pois o Pai Natal chegou a Portugal, para dar muitas
prendas
Ă s
crianças,
como
elas
desejavam.
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Entretanto, todos estavam à espera para receber o Pai Natal, um homem baixo e gordo, barbudo e muito brincalhão, que estava a chegar no seu trenó e com as suas renas. Todos
o
esperavam,
e
quando
todos
caminhavam para ir à missa do Galo, Puf…puf, alguém chegou: -Olá minhas crianças e minha gente, iamse
embora
sem
me
cumprimentarem?-
perguntou o Pai Natal todo contente por saber que vai fazer crianças felizes.
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Repentinamente, olharam todos para trás, e observaram que tinha chegado quem tanto esperavam. Todos entusiasmados, nem foram à missa do galo, pois ficaram com o homem barbudo e muito brincalhão, recebendo-o com muito carinho e amor, pois fora a primeira vez que estavam presentes com o Pai Natal.
Ele muito entusiasmado de falar e receber todas as crianças, organizou uma festa na praça
do
comércio,
onde
convidou
para 26
andarem no seu trenó dourado, grande e espaçoso, colocou uma grande mesa com comida de Natal e uma cadeira onde ia distribuir todas as prendas que as crianças desejavam. No dia seguinte, 25 de dezembro, pela madrugada havia uma fila cheia de crianças de todas as idades, para receberem as prendas que tinham escrito na carta para o Pai Natal. Quando o homem baixo e gordo abria as cartas, o que as crianças desejavam eram objetos eletrónicos e nenhum brinquedo nem paz, amor e carinho, como muitas crianças precisam.
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Com isto pretende-se mostrar que cada vez mais as crianรงas nรฃo convivem nem brincam com as outras crianรงas, mas sim preferem
estar
com
o
seu
telemรณvel
e
computador.
Mariana Gรถren,
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