Ebbok 5º i

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Escola AndrĂŠ Soares

Contos de Natal 5Âş ano, turma I

2015

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O pinheirinho de Natal

O pinheirinho era mesmo verde e redondinho. -Não há árvore mais linda! – Sussurrava o vento. Os eucaliptos, magricelas e despenteados, ficavam irritados e respondiam: -Mas nós quando formos grandes vamos ser livros… Vamos ser importantes. E o pinheiro sabese lá que vai ser… Estavam nesta conversa quando apareceu um na mata. Trazia um serrote na mão e vinha à procura

de

uma

árvore

de

natal.

Mal

viu

pinheirinho, esfregou as mãos de contentamento e cortou-o.

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-Adeus, adeus!- despediu-se o pinheirinho. Vou passear. E lá foi, aos solavancos, na mala de um carro, até uma casa da cidade. Espetaram-no num vaso, enfeitaram-no com bolas

vermelhas

e

luzes

que

acendiam

e

apagavam como se fossem estrelas. Ao ver a sua imagem refletida no espelho da sala até ficou um bocadinho vaidoso. Se as plantas do monte pudessem vê-lo assim… Nessa noite, quando tudo estava escuro, um estranho figurão com longas barbas brancas e um saco às costas. Vira buscá-lo? Não! Do saco tirou embrulhos com papéis brilhantes e fitinhas que colocaram à sua volta. Pouco depois entrou na sala, aos pulos, um bando de garotos que se lançaram sobre os presentes, gritando: -Que árvore tão linda!

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-Já chegou o Pai Natal! Durante vários dias os meninos faziam rodas à sua volta e cantavam: É Natal! É Natal! Vamos a Belém… Até que, certa tarde, alguém disse: -A escola vai recomeçar. E os meninos desapareceram. Então uma senhora começou a retirar os enfeites do pinheiro. -Gosto de estar assim. Não me dispa! – Pediu ele, mas as pessoas não percebem a linguagem das plantas. Depois, a senhora pegou nele e largou-o, sem cerimónias, junto do ecoponto. Um jornal amarrotado deu logo uma notícia: -Já só se usam árvores de Natal de plástico. As garrafas de vidro partiram-se a rir:

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És lixo, lixo, lixo! Nem serves para reciclar. Vão-te queimar numa lareira. O pinheirinho até estremeceu. Depois de ser o centro de todas as atenções, ia acabar a arder? Duas lágrimas de resina escorreram pelo seu tronco. Foi então que um velhote se aproximou. Levantou a pequena árvore e levou-a com ele. O pinheirinho não foi para longe. Entrou numa casa muito antiga e pequenina no fim da rua. O velho pousou-o no chão. Não havia nenhuma lareira ali. Só uma faca afiada e outros instrumentos de metal em cima de uma mesa. Que horror! O senhor cortou-lhe a rama e começou a desbastar a madeira. Em que é que ele se iria transformar? Numa colher de pau? Numa perna de cadeira?

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Quando o trabalho acabou, o indivíduo disse: Não ficou nada mal! Nessa altura entrou, a correr, uma menina. -Um barco! Tão lindo! Foi o avô que fez? O homem sorriu. -É uma prenda para ti. Deram a mão e foram pô-lo a navegar no lago. E o barquinho de madeira de pinheiro viajou, feliz.

Ana Sofia Carvalho Peixoto - 5ºI

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