Escola André Soares
Contos de Natal 6º Ano, turma A
A Ceia de Natal e os diferentes costumes gastronómicos no mundo
Hoje
em
dia,
o
bacalhau
acompanhado com batata e couve cozida é um dos pratos tradicionais portugueses mais confecionados na ceia de Natal, mas também faz parte da tradição portuguesa o peru assado ou o polvo. Mas, por todo o mundo, as ceias são muito diferenciadas, nada tendo a ver com a nossa. No Brasil, a tradição, no jantar de Natal, é a confeção de pernil de porco e do chester, para além dos pratos tradicionais de Natal de origem portuguesa, como o bacalhau, os bolinhos de bacalhau, as rabanadas e os tradicionais frutos secos.
Na Alemanha, costumam comer-se pratos confecionados sobretudo à base de carne de porco, ganso, javali ou veado para além das tradicionais
salsichas;
enquanto
que,
na
Rússia, no Natal, que é celebrado a 7 de janeiro, se serve uma refeição à base de grãos variados, fruta e mel, evitando-se comer carne. Na
Jamaica,
um
dos
alimentos
obrigatórios na ceia de Natal é a ervilha, acompanhada por uma grande variedade de carnes. Já
em
França,
a
ceia
de
Natal
é
tradicionalmente composta por iguarias mais sofisticadas tradicional
e
luxuosas.
peru
assado,
Para os
além
do
franceses
confecionam outros pratos como a lagosta, as ostras, os escargots (caracóis) e o fois gras. Na África do Sul, a ceia de Natal é composta por legumes, arroz com passas,
tarte de carne moída, peru assado e pudim como sobremesa. Na Austrália, a ceia de Natal é celebrada no Verão, logo acaba por ser uma espécie de piquenique, onde se costuma comer peru, carne de porco e pudim de ameixa flambé. Em
Espanha,
esta
magnífica
festa
realiza-se no dia de Reis (6 de janeiro) e o tradicional presunto serrano, o roscón de Reyes (semelhante ao bolo-rei), marisco e borrego ou peru assado, são presença assídua nas mesas espanholas. Em Itália, a panóplia gastronómica é composta
por
sete
pratos,
incluindo
um
antipasto (entrada), um prato de massa, um de peixe, duas saladas e dois tipos de pudim. Para os estômagos mais espaçosos, ainda há queijo, frutas, chocolate, panettone e um conhaque para ajudar a fazer a digestão. Nalgumas regiões, a ceia é composta apenas
por peixes e frutos do mar e noutras come-se lentilhas também. Na Suécia, o Natal é festejado à volta de uma
grande
mesa,
onde
é
seja
uma
refeição
smorgasbord,ou
servido
o
com
variedades de frutos do mar, leitão, arenque, caviar, queijos, pães, frutas e feijão manteiga. Na Finlândia, a ceia é composta por macarrão, rutabaga (nabo sueco), cenoura, batata, peru e presunto, também é servida uma
travessa
de
carne
e
peixe.
Tradicionalmente, depois da festa, as pessoas vão conviver para a sauna e, em seguida, visitam os túmulos de seus parentes. Na Gronelândia, os naturais desta terra confecionam
na ceia de Natal
um
prato
bastante estranho. Em vez de peru, eles comem um pássaro parecido com o pinguim que se chama "pequeno auks". O "pequeno auks" é enrolado em pele de foca e fica enterrado durante meses até se decompor.
Na Noruega, os costumes gastronómicos na ceia de Natal, variam de região para região. Na costa oeste e nos fiordes, é tradição
o
consumo
do
bacalhau
e
do
hadoque. Mais para o interior, são servidas costeletas de porco, bolo de carne e linguiças especiais Na República Checa, a ceia é composta por sopa de peixe, saladas, ovos e carpa. Segundo a superstição local, todos na mesa devem ter um par ou estarão mortos no próximo Natal.
Guilherme Pereira Duarte, n.º 15, 6.º A
A tradição da coroa de Natal
A coroa de Natal é composta por quatro velas para representar o mesmo número de semanas do advento. As
velas
são
acesas,
domingo
a
domingo. A
decoração
e
o
laço
vermelho,
envolvendo a giralda, simbolizam o amor de Deus por todos nós, renascidos pela vida de Jesus. Por cada domingo que se acende uma vela é menos uma semana que falta para o Natal, ou seja, o nascimento do menino Jesus. Isabel Silva, n.º17, 6.º A
Casa das Bananas
Uma das tradições mais seguidas da cidade de Braga é ir ao Bananeiro, horas antes da consoada. Esta tradição teve início há mais ou menos três décadas, na loja “Casa das Bananas”. A Casa das Bananas, no início, não passava de um armazém que comercializava bananas. Como o negócio não corria bem, o proprietário engendrou um pequeno balcão e começou a vender vinho moscatel de forma a atrair clientes; e, quando o cliente pedia para comer, o empregado apresentava-lhe uma banana da casa. Isto começou a atrair cada vez mais e mais pessoas, ano após ano, passando um
pequeno grupo de pessoas conhecidas para um
ponto
de
encontro
de
todos
os
Bracarenses. No dia 24 de dezembro, a rua do Souto, junto à Casa das Bananas, está repleta de pessoas
(velhos
ou
novos,
homens
ou
mulheres, familiares ou simplesmente amigos) a brindarem um Bom Natal. Existem histórias de amigos de longa data que se encontram uma vez por ano no “Bananas”.
Filipe Andrade, n.º 12, 6.º A
O PRÍNCIPE DESERDADO
Há muito tempo atrás, na véspera de Natal, um velho rei morreu. Ele tinha dois filhos, mas apenas um poderia herdar Após receber a notícia da morte de seu pai, o filho herdeiro, o mais velho, expulsou o irmão do palácio: - Eu, agora candidato ao trono, declaro que tu estás expulso deste palácio! E
assim
festejava
o
foi. Natal,
À
noite, o
enquanto
príncipe
se
deserdado
procurava quem o acolhesse. Ninguém queria saber dele, até que uma bela rapariga lhe disse: - Entra, nesta noite de Natal, ninguém deve estar só. Dar-te-ei de comer e de beber.
Ao
fim
de
saciar
o
estômago,
ele
declarou: - Muito obrigado. Meu nome é Luís, príncipe deserdado pelo velho rei e expulso do palácio pelo rei, meu irmão. A rapariga ficou muito surpreendida e disse: - Pois bem, o meu é Joana e estou disposta a oferecer-lhe uma cama para que possa passar as noites que entender. Luís aceitou. Foi bem tratado e afeiçoouse a Joana. Na manhã seguinte, o rei foi à procura de seu irmão e afirmou: - Meu irmão, tudo isto foi um teste de responsabilidade e passaste-o. Peço-te que voltes para o palácio, a tua única e verdadeira casa e onde está a tua família. Luís ficou muito orgulhoso e disse: - Aceito a tua proposta, com a condição de poder convidar Joana a viver no palácio.
Joana aceitou a proposta e os dois acabaram por casar e ser muito felizes.
Francisca Rodrigues, n.ยบ 28, 6.ยบ A
O Natal na Alemanha
As feiras natalícias alemãs chamadas “Christkindlesmarkt” são muito famosas. Desde o início do mês de dezembro até à noite de Natal, o Inverno mistura-se com o cheiro a castanhas, nozes assadas e um doce muito especial feito com mel, ovos e canela, uma receita que as famílias alemãs mantêm em rígido segredo. A Alemanha é o país que, desde cedo, viu nascer a árvore de Natal, desde o século VIII. Como não podia deixar de ser, os abetos adornados conquistam lugares em todas as praças. O “ tannenbaum” é o pinheiro de Natal alemão. Eduardo Marques, n.º 9, 6.º A
Os presépios de Natal
A palavra presépio significa um lugar onde se recolhe o gado, curral, estábulo. Um presépio é uma referência cristã que remete para o nascimento de Jesus numa gruta de Belém. Além da companhia de S. José e Maria, também lá estavam uma vaca e um burro. O Menino Jesus nasceu diante destes quatro elementos. O primeiro e maior presépio em Portugal foi construído por São Francisco de Assis em 1223. Há dois tipos de presépios, o presépio ao vivo, ou seja,
um presépio com pessoas reais e há o presépio com bonecos. O presépio é uma das tradições no Natal.
Bárbara Silva, n.º 5, 6.º A
Tradições de Natal
Ceia de Natal A ceia de Natal surgiu em Roma. Foi a partir do século VII, com o Papa Bonifácio, que a consoada ou a entrega de presentes, se tornou uma tradição cristã. O bacalhau com batata e couve cozida é um prato tradicional português para a Ceia de Natal, mas o peru assado, o polvo, os bolinhos de
bacalhau,
frutos
secos
e
rabanadas
também são tradicionais. O Presépio Presépio deriva do latim praesepium, que em Portugal quer dizer curral. O presépio teve origem no século XVIII, em Umbria. São Francisco de Assis,
com a permissão do Papa, criou um presépio com figuras humanas e animais (Jesus, burro, vaca…), indicando o local onde Jesus nasceu que também serviu de pano de fundo para a missa desse ano. O presépio tem tradições muito antigas e é desmontado no dia seguinte ao Dia de Reis. Podemos encontrar nas igrejas figuras muito antigas como Jesus, Maria, José, burro, vaca, etc…
Gonçalo Coutinho, n.º 14, 6.º A
Tradições de Natal
A minha família costuma, um pouco antes do
Natal,
montar
a
árvore
de
Natal.
Enfeitamo-la com bolas, estrelas, azevinho, anjos, sinos, entre outras decorações e, no topo da árvore, colocamos uma estrela. Depois, monta-se o presépio com musgo e alguns bonecos e põe-se a cabana com a Maria, o José e o Menino Jesus. No dia 24 de dezembro, que é a véspera de Natal, fazemos a ceia onde se reúne a família e serve-se o bacalhau cozido. Servemse
também
rabanadas,
sonhos,
mexidas e muitas outras iguarias.
aletria,
O Pai Natal, enquanto estamos a dormir, vem pôr os presentes debaixo da árvore. No
dia
25,
de
manhã,
ao
acordar,
abrimos as prendas. À noite, há um jantar com várias carnes, é servida a tradicional roupa velha, que é feita com os restos da consoada da noite anterior. E é assim que passo o Natal com a minha família.
Sara Rego, n.º 25, 6.º A
Tradições Natalícias
O Natal é uma das celebrações mais complexas do ano. Algumas tradições desta celebração são os presépios (que representam o nascimento de Jesus Cristo), a árvore de Natal (de origem germânica), sendo esta enfeitada com luzes, símbolo de Cristo e da Luz do Mundo. Na
véspera
de
Natal,
à
noite,
celebra-se a ceia ou consoada, onde se serve
bacalhau
cerimonial
cozido
(rabanadas,
e
doçaria
sonhos
,
mexidos…). No final da ceia, há a missa do galo. No dia 25 de Dezembro, servem-se carnes diversas e roupa velha feita com os restos da consoada do dia anterior.
Ana Sousa, n.º 1, 6.º A
Tradições Natalícias de Portugal
Em Portugal, o termo consoada refere-se não só à ceia de família, mas também à entrega de prendas. Hoje em dia, o bacalhau com batatas e couve cozida é um dos pratos tradicionais portugueses da ceia de Natal, mas o polvo assado também faz parte da tradição. A ceia de Natal está associada a uma tradição cristã. Antigamente, a árvore de Natal era um pinheiro ou um carvalho e era considerada sagrada. Representa a vida e a salvação. Atualmente,
utiliza-se
o
pinheiro
enfeitado com bolas, fitas e luzes.
que
é
A estrela de Natal, também conhecida como a estrela de Belém, é um dos elementos decorativos na época de Natal, típico das nossas casas. É colocada no topo da árvore de Natal ou no presépio e lembra a estrela que guiou os três Reis Magos até Belém.
Daniela Barroso, n.º 8, 6.º A
Tradições natalícias em Portugal
O bolo-rei O
bolo-rei
é
um
bolo
tipicamente
português que, segundo a tradição, se come no dia de Natal e no dia dos Magos. O seu nome é alusivo aos três reis magos. De
forma
arredondada,
com
grande
buraco no centro, o bolo é feito de uma massa branca e fofa misturada com passas, frutos secos e frutas cristalizadas. Tradicionalmente, no interior do bolo encontrava-se também uma
fava
seca
e
um
pequeno
brinde,
normalmente feito de metal. A fava dava, a quem a recebesse numa fatia, o direito de pagar o próximo bolo-rei e o brinde dava sorte
a quem o encontrasse. Consta que havia ainda quem colocasse nos bolos pequenas adivinhas, cuja recompensa seria meia libra de ouro, ou mesmo as próprias moedas de ouro, como forma de presentear a quem se oferecia o bolo. O
bolo-rei
foi
confecionado,
pela
primeira vez, em Portugal, em Lisboa, por volta de 1870, na Confeitaria Nacional. O bacalhau O bacalhau relacionou-se com o Natal graças ao calendário cristão imposto na Idade Média. Os cristãos deviam obedecer aos dias de
jejum
o
que
extinguia
carne
da
alimentação e, como o bacalhau era mais barato, tornou-se no alimento escolhido pelo povo para as festas religiosas como o Natal e a Páscoa. Ao longo do passar dos anos, o jejum
desapareceu,
mas
a
tradição
bacalhau permaneceu nas nossas tradições.
do
A árvore de Natal Várias civilizações antigas consideravam a árvore um símbolo divino. Essas crenças ligavam as árvores a entidades mitológicas como Zeus e Marte. A projeção vertical das árvores, desde as raízes enterradas no solo até à ponta da árvore, simbolizava a união entre os céus e a terra. No início do século XVIII, o monge beneditino São Bonifácio tentou acabar com essa crença pagã que havia na Turíngia, para onde
fora
como
missionário.
Com
um
machado cortou um pinheiro sagrado que os locais adoravam no alto de um monte. Como teve insucesso na erradicação da crença, decidiu
associar
o
formato
triangular
do
pinheiro à Santíssima Trindade e suas folhas resistentes e perenes à eternidade de Jesus. Nascia aí a Árvore de Natal. Porém, a moderna árvore de Natal teria realmente surgido na Alemanha entre os
séculos XVI e XVIII. Atualmente essa tradição é comum a católicos, protestantes e ortodoxos
José Miguel Rodrigues, n.º 19, 6.º A