Ebook 3º f

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LEITURAS QUE UNEM Da Antiguidade Clássica à Braga Romana

Turma 3º F EB1 S. Lázaro


A caça ao tesouro! Era um dia de Verão e o Zeus estava muito nervoso! Nunca gostou do calor nem do sol, sempre preferiu o Inverno. Um Deus escultural, barbas e cabelos longos e dono de uma força brutal. Tinha os poderes mais cobiçados de sempre: conseguia lançar a chuva, trovões e relâmpagos. Andava sempre sozinho, triste e tinha um sonho que nunca tinha conseguido realizar. Tentou durante muitos anos descobrir o tesouro da ilha onde vivia, mas apesar de

ter explorado todos os sítios, nunca o conseguiu

encontrar e isso deixava-o frustrado dia após dia. Um belo dia, a ilha teve um sol abrasador e isso fez com que as plantações dos habitantes ficassem secas e em risco de se estragarem. Num dos seus passeios encontrou um homem que chorava agarrado aos seus campos e que já conhecia os poderes de Zeus. Pediu-lhe então que ajudasse a ilha a sair daquele desespero e


conseguisse regar todos os alimentos plantados. Zeus não hesitou e ajudou toda a ilha a recuperar os seus bens alimentares. Em troca, esse homem de seu nome Ponos, ajudava-o a encontrar o tesouro que há tanto tempo Zeus ansiava encontrar, visto que este homem era o deus do esforço, trabalho pesado e da fatiga. Ambos iam conversando pelo caminho e descobriram que já tinham tentado mais do que uma vez encontrar o tesouro da ilha, mas sem sucesso. Contaram todas as suas tentativas e planos falhados e depois de muitas horas entre todas estas histórias chegaram à conclusão que este tesouro só poderia ser encontrado com uma união de forças.

João Eduardo Guimarães Machado


A CURIOSIDADE Todos os dias, a deusa da sabedoria Minerva percorria o céu conduzindo um carro puxado por quatro cavalos alados cujas narinas cuspiam fogo. De tanto que os cavalos eram fogosos e de tantas armadilhas que havia ao longo da estrada, que nenhum deus, além dela, se atrevia a conduzir o carro de fogo. Um dia enquanto a noite terminava e a aurora começava, um simples mortal de nome Macário teve curiosidade em ver o carro e ousou

desafiar

a

deusa

introduzindo-se no seu estábulo. Os cavalos eram de marfim branco, esplendorosos como nunca tinha visto. Quanto mais os contemplava, mais vontade tinha em montá-los e não resistindo à tentação subiu para o carro. Percebendo que era um condutor diferente mas mais leve,


os cavalos entusiasmaram-se, tomaram balanço e subiram velozes pelos ares. Louco de alegria, Macário ordenava aos cavalos para voarem cada vez mais alto. Minerva que era muito engenhosa, depressa descobriu a aventura. Que insolência! Furiosa, a deusa levantou-se da cama e brandindo o seu escudo, chamou cada cavalo pelo seu nome e ordenou-lhes que regressassem imediatamente. No momento em que ela pronunciou tais palavras, os cavalos sobressaltaram-se e assustaram-se.

Apavorado, Macário já não reconhecia no céu as marcas do caminho e foi incapaz de puxar as rédeas. Quase morria esmagado, não fosse a deusa salvá-lo no preciso momento em que aterrava


no chão. Para o castigar da sua curiosidade, a filha de Júpiter ordenou a Macário que já que gostava tanto do carro e dos seus cavalos alados, doravante percorreria eternamente o universo montado no carro de fogo. A partir daí os mortais nunca mais desafiaram Minerva e quando hoje vislumbramos um cometa no céu já sabemos que é Macário e o carro de fogo.

Luís Mota Campos


A Deusa e o Cavalo Branco A deusa Carlota, viva num castelo. O seu pai gostava muito dela, por isso enchia-a constantemente de mimos. Presenteava com pentes de ouro fino, lindas fitas de veludo e seda, colares e aneis brilhantes. A deusa Carlota, que era muito vaidosa, todas as manhãs corria para a janela, para se mostrar a quem passava. Perto da janela tinha um espelho onde se penteava, colocava as suas fitas nos seus belos cabelos loiros e colocava as suas joias. Um dia, passou por ali um cavalo branco e perguntou se podia parar à sua janela. A deusa Carlota disse que podia parar as vezes que quisesse. Então o cavalo chegou ao peitoral da janela e pegou-lhe numa fita e em joias e fugiu a correr. Nos dias seguintes sucedeuse a mesma coisa, até que a deusa


Carlota ficou sem nada. Como a deusa Carlota era muito vaidosa, e sem os seus laços, joias e anéis, deixou de comer. Ela emagreceu muito, o rei temeu o pior e levou-a ao médico. Os médicos aconselharam a distraí-la com histórias. Nesse dia o pai de Carlota ordenou que todas as avozinhas das redondezas fossem ao castelo para contar as suas histórias. Entra elas, havia duas velhas muito velhas, que se queriam aproveitar para entrar no castelo e ver o que existia lá dentro. As velhas entrando no castelo perderam-se e andando de sala em sala, a procura do quarto da deusa Carlota foram ter à cozinha, onde encontraram, duas panelas de cobre onde fervia uma cheirosa água. Curiosas como todas as avozinhas, meteram o dedo na panela e provaram a água. Ao lado, em outra divisão do castelo ouviu-se uma voz a dizer que aquela água não era para elas, tinha outro destino. Curiosas correram para a porta de onde vinha a voz, e espreitaram pela fechadura. Foi assim que viram um cavalo que despia a sua pele e se transformava num bonito Deus, e que tirava


de uma gaveta vários laços colares e aneis, depois tornou a vestir o seu fato de cavalo. As duas avozinhas correram para o pai da deusa Carlota. A deusa Carlota quando viu tamanha correria, foi atrás, e ouviu as duas avozinhas a contar o que se tinha passado. Quando a deusa Carlota ouviu a história, pediu ao pai que queria ver com os seus próprios olhos. Então, correndo para a porta, onde estava o cavalo, abriu-se por si mostrando o deus que chorava diante dos laços e das joias, que exclamava: -Pente, laço, anel da minha senhora, tenho-os a vocês e não a tenho a ela, aí de mim morro de amores por ela! Ela ao ouvir aquilo disse: -Se a tua deusa se chama Carlota, não chores porque estou aqui à porta.


Com estas palavras, o cavalo transformou-se num belo deus, correndo para o pai de Carlota, pediu a mĂŁo de sua filha em casamento, ao qual a resposta do rei foi um grande sim cheio de alegria. Passado pouco tempo, ouve uma grande cerimĂłnia, como aquelas terras nunca tinham vista para unir estes dois amados.

Carolina Alves


A aventura das irmãs deusas Num dia de verão, Nádia, a deusa da água, e Diana a deusa da Lua estavam na praia, a dar comida às gaivotas. Estavam tão felizes que queriam ficar com elas! As duas foram ao palácio pedir aos seus pais para ficarem com as gaivotas. Mas o pai disse: - Nem pensar! Elas largam penas por todo o lado, e vão estar sempre a grasnar. Não sei o que é que elas comem e, para além disso, sou alérgico a todo o tipo de penas . As duas, zangadas, foram para o quarto. Diana perguntou: - Porque não as trazemos para o castelo às escondidas? Nádia respondeu: - É melhor não. Se os pais decobrem podem colocarnos de castigo. - Não te preocupes. - Se formos discretas eles não desconfiam de nada. – Disse Diana.


Então, as duas seguiram seu plano e, antes de sairem foram à cozinhar buscar pão para atrair as gaivotas. Meteram-no num saco para passarem despercebidas e, assim, colocaram o plano em ação. Quando chegaram à praia, puseram o pão na areia e as gaivotas foram logo comer. Conseguiram apanhar duas gaivotas pequeninas. Foram para o castelo com as gaivotas escondidas nos seus casacos, mas, quando lá chegaram, viram muitos guardas, pois o papá tinha convidados. Então, Nádia, com os seus poderes da água, levantou uma onda que caiu em cima dos guardas. Aproveitando a confusão, as duas meninas entraram no castelo.


Quando estavam a ir para o quarto, passaram pelo seu pai que deu um grande espirro. As gaivotas fugiram e Diana, assustada,disse: -Há gaivotas à solta pelo castelo! Nádia respondeu: - Temos que ter calma. Só temos de arranjar um plano para as trazer de volta. As duas, assustadas, viram penas espalhadas por todo o lado e disseram: - Temos de seguir o rasto das penas. Então foram procurar na cozinha e ouviram o chefe a dizer muito irritado: - Onde está o peixe que preparei para o banquete? Apenas vejo penas e bicadas nos pratos. O que é que se está a passar aqui? O rei apercebeu-se da confusão e foi perguntar às filhas. - Vocês têm alguma coisa a ver com esta confusão? - Claro que não! Que ideia pai! - responderam as duas a tremer e a pensar na confusão em que se tinham metido.


-Vocês não eram capazes de me mentir,pois não? Perguntou o pai com voz de mau. Ao cair da noite, quando já estava tudo mais calmo, Diana pôs os seus poderes da Lua em ação e foi procurar por toda a casa com a sua irmã.

Primeiro foram à cozinha. Depois, foram à casa de banho, à sala de jantar e à despensa que estava uma grande confusão. Seguiram o rasto das penas e chegaram ao quarto dos pais. Entraram e … lá estavam elas ! O pai deu mais um espirro e estava vermelho de tanta raiva. - Como é que vocês foram capazes de me mentir?!?!?!?!? A mãe, com uma voz meiga, disse: - Meninas, o vosso pai tem razão. Mentiram e as deusas não


devem mentir. Isso é muito feio. Peçam desculpa ao vosso pai. As duas, com lágrimas nos olhos, pediram desculpa ao pai e colocaram as gaivotas fora do castelo. Deixaram- nas partir com as outras gaivotas, dando-lhes um beijo de despedida. As duas meninas perceberam a lição e prometeram que nunca mais iriam mentir e, apesar de se sentirem um bocadinho tristes perceberam que as duas gaivotas seriam mais felizes em liberdade.

Margarida Martins Oliveira


Diana “A menina especial” Num país longínquo, vivia uma família muito pobre, que sobrevivia do que cultivava numa pequena horta que tinha nas traseiras do seu humilde casebre. Eram pobres mas muito unidos e tentavam sempre que os dias que passavam, fossem felizes. Um dia resolveram aumentar a família, apesar das condições de vida serem precárias, achavam que faltava algo que alegrasse ainda mais os seus dias.

Passados nove meses, nasceu uma menina linda, de pele clara, olhos esverdeados e pequenos cachinhos loiros, parecia um autêntico raio de sol, a quem deram o nome de Diana. Diana era uma criança serena, de uma bondade enorme, gostava de ajudar até o bichinho mais pequenino da terra,


conversava com as flores e acariciava as plantas para que crescessem viçosas e felizes, tal e qual como ela. Esta pequena criança sempre se destacou pela diferença, sim porque ela era diferente de todas as crianças da sua aldeia. Tinha brincadeiras

próprias da sua idade mas gostava essencialmente de ajudar todos aqueles que se sentiam tristes e sós, havia mesmo quem dissesse que ela tinha um dom, o dom da bondade. Os seus pais achavam estranho que ela andasse a maior parte do seu tempo sozinha e que conversasse com animais e plantas, mas nunca se opuseram, porque aquilo fazia dela uma criança verdadeiramente feliz. Os anos foram passando e Diana continuava genuína,


parecia mesmo que quando o sol refletia na sua pele, ela se tornava num pequeno raio de sol, até que o seu pai adoeceu e que piorava de dia para dia. Diana era a única que podia tomar conta do seu pai e dar-lhe auxílio em casa, para que a sua mãe pudesse trabalhar na pequena horta, porque era o único sustento da família. As plantas deixaram de crescer da mesma forma, as flores deixaram de abrir e os dias começaram a ficar cinzentos, tudo tinha mudado. Até que um belo dia o seu pai finalmente melhorou e pediu a Diana que o ajudasse a sentar-se numa cadeira à entrada de casa para que apanhasse um pouco de sol e qual não foi o seu espanto em ver que tudo estava cinzento e triste, mas quando Diana finalmente chegou à porta, tudo mudou. Por entre as nuvens cinzentas, aparece um raio de sol como que rasgasse as nuvens só para a ver, as plantas ganharam cor, as flores começaram a abrir e os animais começaram a aproximar-se pouco a pouco. Aquela menina era a fonte da alegria e da felicidade. Os seus pais, depois de verem tudo aquilo acontecer mesmo ali a sua frente, olharam um para o outro e finalmente


perceberam que Diana não era uma criança como todas as outras, mas sim uma pequena deusa. Diana era uma menina apaixonada pela natureza, basicamente gostava de tudo mas especialmente de animais, tinha uma pequena caixa onde guardava pequenas folhas que ia apanhando do chão, de diversas formas e cores. Ela tentava ajudar até ao animal mais pequenino a encontrar comida, estivesse frio ou calor, o conforto deles era uma enorme alegria para ela. Aquela menina que se transformou em mulher, nunca perdeu o seu encanto porque tudo nela era bondade. Assim ficou conhecida pela Deusa da Bondade.

Maria Miguel Peixoto Fernandes


Fortuna, a deusa da sorte Há muito tempo atrás, na época dos Deuses, havia uma senhora que era muito querida por todos. O nome dela era Fortuna, a deusa da sorte. Éolo, o Deus do vento, era o seu melhor amigo e passavam grande parte do seu tempo juntos. Ele era fanático por futebol ao contrário de Fortuna, que não percebia nada disso. Os Deuses só usavam os seus poderes em situações urgentes, mas Éolo não conseguia resistir a usar os seus dotes em benefício da sua equipa e Fortuna estava sempre a ralhar com ele. Um dia, Fortuna decidiu ir a um jogo com o seu amigo para ter a certeza que ele se portava bem. Este jogo era muito importante e valia um grande troféu, então Éolo ao ver a sua equipa em apuros decidiu, mais uma vez, dar uso aos seus dotes e a sua


equipa marcou três golos seguidos. Fortuna ficou muito chateada e disse-lhe que se ia embora, no entanto ficou escondida num canto e pregou uma valente partida ao seu amigo. Com a ajuda dos poderes de Fortuna, a outra equipa marcou quatro golos e acabou por vencer a equipa de Éolo. Após o jogo, Fortuna foi para casa com um grande sorriso no rosto e esperou pelo seu amigo Éolo, que chegou muito chateado e ainda sem perceber como tinha acontecido tal tragédia.

Fortuna fez-se desentendida e perguntou-lhe porque estava tão zangado, e ele disse-lhe que a sua equipa tinha perdido o jogo. Ela disse-lhe que isso era um sinal e que ele tinha que parar


de ajudar a sua equipa a ganhar, pois não era esse o objetivo do desporto.

Éolo chegou à conclusão que a sua amiga tinha razão e deixou de usar os seus poderes à toa. A sua equipa começou a ganhar mais vezes, o que o deixava eufórico e muito bem-disposto, e Fortuna muito feliz com a atitude e estado de espirito do seu melhor amigo.

Matilde Fernandes nº 16 3ºF


A deusa Minerva no País da Tecnologia Os deuses estavam reunidos no concílio a discutir um assunto muito importante. O Júpiter, deus do Universo, sentado no seu trono exclamou com ar todo majestoso: - Tomei uma decisão. Vamos todos passar férias no País da tecnologia!

Os outros deuses ficaram surpreendidos e pensativos. O que será tecnologia? Era a questão que todos colocavam pois não sabiam o que significava e nunca tinham ouvido falar nesse país. A Minerva, que é a deusa da inteligência e da sabedoria, foi a única


que reagiu com entusiasmo e com um largo sorriso explicou que no País da tecnologia as pessoas comunicam de forma inovadora e têm computadores, telemóveis, smartphones, GPS e tablets! Quando a Minerva acabou o Júpiter comunicou aos outros deuses que iriam começar de imediato a viagem. Quando chegaram ao destino foram ver a tecnologia mas descobriram que não sabiam como todos aqueles aparelhos funcionavam, e para agravar não tinham manual de instruções. Nesse momento, começaram todos a falar ao mesmo tempo porque cada um queria dar a sua opinião e gerou-se uma grande confusão. De repente abateu-se sobre o país das tecnologias uma tempestade horrenda, o céu ficou escuro, começou a trovejar e até os telemóveis deixaram de funcionar. Cada um dos deuses queria usar os seus poderes especiais de forma imponente mas não conseguia. No meio de toda a confusão a Minerva que estava


maravilhada e nĂŁo se distraiu com todos os tumultos descobriu como ĂŠ que se utilizava cada um dos aparelhos e todos se renderam Ă s maravilhas da tecnologia!

Miguel Edgar Arantes Ferreira


Sonoro, deus da Música Sonoro, deus da Música perdeu os seus pais numa guerra. Desde muito pequeno, passava o tempo a observar e a ouvir o som que cada objeto fazia, juntava um som com outro e tentava formar o ritmo, surgindo daí a música que tanto gostava. Aos poucos foi percebendo que para além do som de objetos, também tinha jeito para cantar, ou seja, tinha uma linda voz. Depois de muito treinar, resolveu juntar a música com a sua voz e formar uma canção O tempo ia passando e tinha cada vez mais músicas inventadas por ele. Para fazer novas músicas, tirava ideias de coisas que ninguém dava algum significado e que ele também via no seu dia-a-dia, foi então que resolveu dar a esse ritmo o nome de "NOVA ERA".


A sua primeira música, com muito sucesso foi "Sozinho na Calçada". No dia de estreia da sua música, sentado numa calçada avistou uma linda rapariga na plateia, nunca imaginou que fosse Juliana, deusa das rimas. Sem vergonha alguma, decidiu ir falar com ela: -Que bela miúda! Qual é o seu nome? -Meu nome é Juliana, venho de Itália, por isso sou italiana. Já que perguntou o meu nome, agora quero saber o seu, que ganha um beijo meu. Sem hesitar, disse-lhe que se chamava Sonoro e pediu-lhe para conversar. Depois disso, começou uma linda história de amor, do fruto desse grande amor nasceu um lindo menino chamado Rocky, deus do Rock. Rocky era um menino muito rebelde, saiu muito cedo da casa dos pais e foi viver com pessoas que se portavam mal como ele, passando até dormir em casas abandonadas.


Para lá levou esse ritmo que fala da realidade da vida de algumas pessoas. Rocky virou para um estilo de música mais calma e fez com que tivesse sucesso em todo o mundo. Apenas havia algo que o incomodava, fazendo com que ainda não se sentisse realizado, que era estar zangado com os seus pais. Foi então que numa noite em que sonhara que seus pais tinham morrido, muito aflito, resolveu ir ao encontro deles e pedirlhes desculpa, e assim foi. Já à porta de casa dos seus pais, disse-lhes que gostava de conversar e eles deixaram-no entrar. Sentado no cadeirão, Rocky disse estar arrependido de ter saído de casa daquele jeito e pediu que o perdoassem. Os pais, emocionados, responderam: -A porta da nossa casa estará sempre aberta para ti, meu filho! Além de tudo, estamos muito felizes por ti, fizeste-te um homem e agora és um cantor cheio de sucesso. Com os olhos cheios de lágrimas, Rocky respondeu:


-Tenho sucesso, mas agora com o vosso perdão, a minha carreira vai evoluir ainda mais. Com o novo ritmo, surgiram outros cantores, mas sempre respeitando Rocky, o deus que inventou esse ritmo, que hoje contagia todo o mundo. Daí em diante, Sonoro, Juliana e Rocky, seguiram felizes, com todo aquele brilho e encanto da música.

RODRIGO COSTA


UMA AVENTURA COM NEPTUNO No verão num dia de muito calor eu fui com o meu tio dar um passeio de barco. Como o mar estava lisinho e com cor de azul-marinho parámos em alto mar e demos um mergulho. Eu mergulhei e comecei-me a afastar do barco de seguida olhei para o mar e vi um buzio, entrei de baixo de água e fui apanhálo, mas como era muito fundo eu afoguei-me! Quando me estava a afundar eu vi um homem rodeado de quatro golfinhos. Ele viu-me e veio em direção a mim para me salvar. Quando se aproximou vi que era Neptuno deus dos mares a ver se não havia perigo nos mares. Neptuno agarrou me e levoume a sua casa juntamente com os seus


belos golfinhos. Casa de Neptuno era no oceano pacífico, com os peixes, baleias, polvos nem os contei direito… eram tantos. Então Neptuno perguntou-me: - Meu jovem queres conhecer o oceano?? Sem hesitar rapidamente respondi: - Sim! Sou um rapaz curioso.

Com o seu belo bastão dourado e com os golfinhos fizeram uma carroça com golfinhos a puxar. Eu exclamei: - Mas que linda carroça!! Neptuno entrou na carroça e pediu me para me sentar num banco. De seguida Neptuno fez me uma pergunta:


- Onde queres ir? Pensativo olhei para Neptuno e disse: - Quero ver o oceano todo! E foi assim aí que começou a verdadeira aventura!!!

Vi: uma caravela que se afundou com tesouros dos navegadores portugueses e as casas dos animais marinhos. Quando estava a anoitecer Neptuno fez-me uma pergunta: - Queres dormir em minha casa ou queres dormir na tua? Estava indeciso mas respondi: - Durmo na tua, mas amanhã vou para a minha. No dia seguinte antes de me ir embora disse: - Foi a melhor aventura de todas! Adeus!!! E assim termina a fantástica e fabulosa história “Uma aventura com Neptuno”

António Oliveira


VÉNUS E MARTE Lá ao longe, numa terra distante, nasceu um rapaz. Apesar de ser bonito tinha um feitio muito desagradável. Toda a gente dizia muito mal dele! Mas além de ser muito mal criado, ele tinha uma grande admiração por o espaço. E como ele adorava o planeta vermelho, os pais deram-lhe o nome de Marte. Ao longo de crescimento de Marte, os pais dele morreram. Mas também o Marte não era o único com esses problemas. Numa vila próxima, havia uma linda rapariga, com uma grande admiração por o espaço. Devido à sua paixão por planetas, os pais deram-lhe o nome de Vénus. Quando Vénus fez 2 anos, sua mãe morrera. Por mais


médicos que chamassem, não se sabia a causa da morte da mãe de Vénus. Os anos passavam e a pobre rapariga já nem sabia o que fazer ou o que pensar. Pois numa das viagens do pai de Vénus, ele morrera tal e qual como a mãe de Vénus. Um dia Vénus fugiu da aldeia, à procura de um sítio onde a fizesse esquecer a morte de sua família. Depois de tanto caminhar, Vénus encontrou uma grande aldeia junto a um rio cheio de peixes feios e muito gordos mas eram muito queridos. Vénus como tão cansada que estava entrou na aldeia, onde todos a acolheram com muito carinho. Mas, o governante da aldeia era Marte. Marte detestava pessoas novas e também detestava pessoas velhas. Resumindo, detestava todas as pessoas. Quando Vénus foi apresentada a Marte, este franziu o sobrolho e disse: -Porque ESTAIS aqui, vossa excelência?


Todos os súbditos e criados ficaram mesmo ESPANTADOS porque o Marte nunca tinha tratado ninguém por “VOSSA EXCELÊNCIA”. Nem mesmo os seus próprios pais. Marte voltou a perguntar com uma voz mais cavernosa: -PORQUE ESTAIS AQUI VOSSA EXCELÊNCIA? Vénus desta vez respondeu e disse: -Ando pela floresta à procura de um sítio para ficar. E como os seus súbditos são tão simpáticos pensei que o chefe desta humilde aldeia me desse abrigo. Marte, ao ouvir as palavras da pobre rapariga, levantouse do trono e numa voz alta, direita e severa disse: -SEGUE-ME! Vénus, disse no caminho: -Eu chamo-me Vénus. E tu? -Eu chamo-me Marte e sou o dono desta aldeia e sempre que eu te der uma ordem tens de obedecer-me. Agora tu és minha escrava e vais começar a tratar-me por senhor. Quando Vénus e

Marte chegaram ao seu destino,


Vénus entrou na única porta que havia naquele corredor escuro e sombrio. A Vénus, que estava ansiosa para descobrir o seu cantinho, abriu a porta com toda a sua força e … ela ficara sem palavras. O quarto estava VAZIO. Mas não estava completamente vazio não senhor. Marte apontou lá para o fundo do quarto escuro, e lá no fundo, bem no fundo encostado à parede estava uma cama com um colchão cheio de borbotos e ratazanas. Vénus perguntou: -Onde estão os lençóis? Marte apontou para o fundo da cama e lá, numa pilha bem grande de toalhas húmidas, bem no cimo estava o que ela procurara. Ela entrou no quarto. Quando entrou viu que o quarto era mais do que aquilo que parecia. Marte deixou-a à vontade e foi-se embora. Vénus acendeu a luz e viu que o quarto era muito bonito. Vénus exclamou: -Que maravilha! Vénus colocou as suas coisas ao lado da porta; foi ao sótão buscar armários; arranjou a cama e enxotou as ratazanas para fora do castelo.


Depois foi dormir. No dia seguinte, Vénus foi acordada por uma voz bizarra: -ACORDA VÉNUS!!! A Vénus acordou sobressaltada e percebeu que tinha sido Marte a chamá-la. Mal se levantou, dirigiuse à casa de banho, arranjou-se e foi ter com Marte. Preparou-lhe o pequeno-almoço e depois foi limpar o chão da sala. Vénus começou a dizer: -Esta vida é muito dura e má. Não sei como estes criados se aguentam aqui! Enquanto limpava o chão, Vénus reparou numa pequena fenda. Foi até lá e reparou que a madeira estava podre. Então, foi à cozinha secretamente e tirou uma faca do gavetão. Levou a faca para a sala e disse: -Agora posso descobrir o que ele anda a esconder! Fico orgulhosa de mim mesma ao dizer esta frase. Quando começou a tirar a madeira podre, reparou que aquilo continha ainda mais tábuas de madeira e essas ainda estavam rijas. Passado um bocado, Vénus foi à cave buscar a


chave-de-fendas para desapertar os parafusos. Mal chegou à despensa, abriu a caixa de ferramentas e tirou o que queria. Depois, desapertou os parafusos e tirou as tábuas de madeira uma a uma. Quando viu o que estava ali disse: -Meu deus. Tanto esforço para nada. Só á aqui um caderno e uma caneta. Como Vénus era muito curiosa, abriu o caderno e começou a ler em voz alta. Mal acabou de dizer “FIM” uma voz cavernosa disse: -Que bisbilhoteira certo? Vénus corada de vergonha respondeu: -Desculpe senhor Marte. Sou uma bisbilhoteira. Não devia ter lido a tal História da sua família. Lamento o que aconteceu com a sua mãe. Eu não sei porque mataram a sua mãe. Pode dizerme? Marte atrapalhado respondeu: - Há uns anos a minha família fez uma guerra com o reino


“ GENÓVIA”. Então a minha mãe decidiu intervir e ficou muito ferida. Morreu miseravelmente no meio do chão irrigado de sangue. Vénus muito admirada deu um abraço a Marte. Depois foi para o seu quarto a cantarolar. De manhã Marte preparou uma festa para Vénus porque era o seu aniversário e ele sabia porque a servidora de Vénus tinha-lhe contado tudo. Vénus quando viu a festa soltou um grito: -YUPI, LEMBRARAM-SE DO MEU ANIVERSÁRIO! Quem é que vos disse?! Todos atrapalhados responderam em coro: - Foi o Sr. Marte menina. Vénus toda feliz abriu os presentes, comeu o bolo descaradamente, deu um abraço a todos (incluindo a Marte). Mas um dos seus criados trouxe uma prenda para Vénus. Era um fofo gatinho. Logo ela deu-lhe o nome de Pipoca. Correram as duas pelo jardim fora até chegar ao portão do lindo e formoso palácio...


Marte estava mesmo apaixonado por Vénus. Então foi ao jardim onde Vénus estava a tentar ensinar o Pipoca a jogar ao busca. Marte disse: -Sabes que só os cães é que jogam ao busca certo? -Certo. -Então porque é que estás a tentar ensinar a um gatinho um jogo que é para cães?! -Para mim o meu gato é um cão. Só por curiosidade, o que vieste realmente dizer? Marte sem saber o que dizer ia gaguejar qualquer coisa de inteligente quando se ouviu tambores de guerra e uma voz furiosa respondeu: -Abram os portões do castelo ou caso contrário haverá guerra. Como ninguém abrira arrombou a porta e ao ver Vénus raptou-a e disse que se ninguém avançasse mataria a pobre rapariga. Marte sem pensar duas vezes saltou para cima do vilão.


Já ia tirar dali Vénus quando o vilão se pôs em pé e atirou Marte contra uma árvore. Foi um combate terrível e felizmente Marte ganhou a luta. Vénus impressionada e assustada começou a chorar porque Marte tinha levado com uma lança no coração. Vénus estava inconsolável e deixou uma lágrima teimosa escorregar e caiu no coração de Marte. Uns desenhos de guerras e lutas apareceram no seu coração mas havia lá outra coisa a brilhar. Era uma caixinha muito pequena. Vénus assustadíssima retirou a caixa com cuidado e abriu-a. Lá de dentro saiu uma menina e Vénus nem queria acreditar que a tal menina era ela mesmo. Então Vénus já se ia embora quando Marte falou: -Olá, já estou no céu? -Não, estás aqui comigo. Marte recuperou as forças e admitiu que gostava dela. Então casaram e devido ao Marte não ter morrido por a lágrima de Vénus consideraram A VÉNUS E O MARTE deuses. Devido à beleza de Vénus ficou a deusa da beleza e do amor e Marte por causa do


seu ato corajoso de ter salvo a rapariga dos seus sonhos dum vilão que queria guerra e por o seu feitio e a sua inspiração nas lutas ficou a ser o deus da guerra.

Matilde Malheiro


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