Ebook 6º g

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Escola Andr茅 Soares

Amores na Hist贸ria 6潞 ano, turma G Semana dos Afetos Disciplina e Hist贸ria e Geografia de Portugal


Índice

D. Pedro e Inês de Castro ....................................... 3 Grace Kelly e Príncipe Rainier III ........................ 9 Helena de Troia e Páris .......................................... 12 Guinevere e Lancelot .............................................. 21 Marco António e Cleópatra ................................... 31


D. Pedro e Inês de Castro

D. Pedro I de Portugal, herdeiro do trono

português

casou-se

com

D.Constança, mas foi a D. Inês de Castro, uma das aias de D.Constança, quem conquistou

o

coração

de

D.Pedro.

Tiveram um grande romance que não foi aceite pelo povo, muito menos pelo pai de D. Pedro, D. Afonso IV que mandou exilar D. Inês no castelo de Albuquerque, na fronteira castelhana, onde tinha sido criada por sua tia D. Teresa mulher de um meio irmão de D. Afonso IV. Porém, nem essa distância apagou o amor que


sentiam

um

pelo

outro,

e

assim correspondiam-se com frequência. No ano seguinte, D. Constança morreu ao dar à luz o futuro rei D. Fernando I de Portugal.

Viúvo,

vontade

do

D.

pai,

Pedro,

contra

mandou

D.

a

Inês

regressar do exílio e os dois passaram a viver juntos, o que provocou grande escândalo

na

corte,

para

enorme

desgosto de El-Rei seu pai. Começou então

uma

desavença

entre

o Rei e

o Infante. O rei impedia de toda forma que acontecesse um casamento entre os dois, mas D.Inês teve três filhos deles, dos quais um morreu. Depois de alguns acontecimentos na corte, cedendo às pressões dos seus conselheiros e aproveitando a ausência de D. Pedro numa excursão de caça, o rei


mandou executar D. Inês de Castro em Santa Clara, conforme fora decidido em conselho.

No

jardim

Lágrimas,

Coimbra,

chamadas

"Fonte

da

Quinta

das

encontram-se

dos

Amores"

as

(local

onde D.Pedro e Inês se encontravam) e "Fonte lágrimas

das que

Lágrimas" Inês

(nascida

chorou

ao

das ser

assassinada). O sangue de Inês terá ficado preso às rochas do leito, ainda rubras após seis séculos e meio...


A morte de D. Inês provocou a revolta de D. Pedro contra seu pai, D. Afonso IV. Após meses de conflito, a Rainha D. Beatriz conseguiu intervir e fez selar a paz. D. Pedro tornou-se no oitavo rei de Portugal como D. Pedro I em 1357.

Três anos depois, legitima os filhos ao

afirmar

que

se

tinha

casado

secretamente com D. Inês, em 1354, em Bragança «em dia que não se lembrava». De seguida, perseguiu os assassinos de


D. Inês, que tinham fugido. (segundo a lenda

o

Rei

mandou

arrancar

o coração de um pelo peito e o do outro pelas

costas,

enquanto mandou

se

assistindo

à

execução

banqueteava). D. construir

Pedro

os

dois

esplêndidos Túmulos de D. Pedro I e de D.

Inês

de

Castro no mosteiro

de

Alcobaça, para onde trasladou o corpo da sua amada Inês, em 1361 ou 1362.


Juntar-se-ia

a

ela

em

1367.

A

posição primeira dos túmulos foi lado a lado, de pés virados a nascente. No séc.XVIII, os túmulos foram mudados para

o

panteão

real,

onde

foram

colocados frente a frente. Segundo a lenda, assim estão para que D. Pedro e D. Inês «possam olhar-se nos olhos quando despertarem no dia do juízo final». Refira-se ainda a tétrica cerimónia da coroação e do beija mão à rainha D. Inês morta, que D. Pedro pretensamente teria imposto à sua Corte.

Lara Filipa Carvalho Oliveira, nº 9, 6º G


Grace Kelly e Príncipe Rainier III

Em

1955,

o

príncipe

Rainier

conheceu a atriz americana Grace Kelly no Festival de Cinema de Cannes, na França, quando a estrela de Hollywood apresentava o filme Ladrão de Casaca, dirigido pelo cineasta britânico Alfred Hitchcock.


O namoro despertou o interesse da opinião pública, que via a relação entre o príncipe e a atriz como um conto de fadas, no qual a musa de Hitchcock se converteria na princesa de Mónaco.

Em 18 de Abril de 1956, Rainier e Grace Kelly casaram-se numa ostentosa cerimónia,

transmitida

ao

vivo

pelas

cadeias de televisão de todo mundo. – Algumas fontes da época, afirmavam que a

atriz

fez

exames

médicos

que

comprovavam a sua fertilidade, condição imposta

pelo

príncipe

para

que

o


casamento

se

realizasse.

No

ano

seguinte, nasceu a princesa Caroline, a primeira filha do casal. Albert Alexandre Louis Pierre nasceu um ano depois, em 1958, tornando-se o herdeiro do trono de Mônaco.Em

1965

nasceu

a

princesa

Stephanie, que viria a ser considerada a "ovelha negra" dos Grimaldi devido aos seus

inúmeros

relacionamentos

escandalosos. Em 14 de Setembro de 1982, a princesa

Grace

Kelly

morreu

num

acidente de carro quando voltava para o castelo da família no Mónaco. Ela estava acompanhada da filha mais nova, na época com 17 anos. Inês Ferreira, 6º G


Helena de Troia e Páris

A história da humanidade apresenta-nos grandes uniões que marcaram épocas, não apenas pelas paixões desenvolvidas e até, em alguns casos,

desenfreadas,

como também pelos efeitos e reflexos na própria história.


Helena é, geralmente, considerada a mais bela mulher que surgiu na face da Terra, em todos os tempos. Quando abandonou o marido Menelau e fugiu com o jovem Páris, provocou uma das guerras mais badaladas da história, a Guerra de Tróia que, além de tudo motivou o poeta grego Homero a produzir uma das grandes epopéias da humanidade, a Ilíada. Heróis como

Agamenon,

Aquiles,

Ulisses

povoam a imaginação ainda nos dias de hoje. Com a vitória de Menelau e a morte de Páris, ainda assim, a bela Helena voltou ao seu status de rainha da corte. Quando

tinha

onze

anos.

Helena

foi

raptada pelo herói Teseu. Porém seus irmãos Castor e Pólux levaram-na de volta a Esparta. Tíndaro, pai terrestre de Helena, teria decidido ser tempo de casar


a

filha.

Perante

a

multidão

de

pretendentes que se apresentaram, entre os quais se encontravam quase todos os príncipes da Grécia e os grandes heróis do seu tempo, Tíndaro viu-se confrontado com uma difícil decisão.

Seguindo

os

conselhos

de

Ulisses,

determinou que todos os pretendentes deveriam

jurar

aceitar

a

escolha

de

Helena e socorrer o eleito em caso de necessidade. Anos depois, a invocação


deste juramento, por Menelau, uniu todos os chefes da Grécia na guerra contra Troia. Helena escolheu Menelau que se tornou rei de Esparta e do seu casamento nasceu,

pouco

Hermíone.

De

depois, acordo

uma com

filha, certas

tradições, teriam concebido também um filho, chamado Nicóstrato. Mais tarde, a beleza fatal de Helena seria a causa direta da Guerra de Troia. A história do conflito de dez anos teria começado quando as deusas Hera, Atena e Afrodite perguntaram ao príncipe troiano Páris qual a mais bela das três. Após cada uma das deusas ter tentado influenciar a sua decisão, Páris atribuiu a maçã de ouro a Afrodite, que lhe havia prometido o amor

de

uma

mulher

de

beleza

estonteante. Seguindo as indicações da


deusa,

Páris

teria

navegado

para

a

Grécia, onde fora recebido com grande hospitalidade Esparta.

por

Menelau,

Helena

desígnios

seria,

divinos,

a

rei

de

segundo

os

eleita

como

recompensa de Páris. Apesar de levar uma vida feliz com Menelau, sob a influência Helena

e

feitiço

ter-se-ia

de

Afrodite,

apaixonado

pelo

príncipe troiano, que a persuadiu a fugir com ele, levando-a para Troia. Menelau teria então convocado todos os chefes gregos para que o ajudassem a resgatar a esposa. Durante nove anos de conflito,

Helena

desconfiança

e

foi das

vítima acusações

da do

povo troiano, que a considerava a causa

da

guerra.

Uma

versão

alternativa da Ilíadaconta que Aquiles,


ouvindo

relatos

sobre

a

sua

beleza,

manifestou o desejo de conhecer Helena. O seu desejo concretizou-se, com a ajuda e intervenção divinas de Tétis e Afrodite, e

nesse

encontro

Aquiles

ter-se-ia

unido a Helena. Assim, Aquiles teria sido

o

quarto

marido

de

Helena,

depois de Teseu, Menalau e Páris. O quinto seria Deífobo, com quem teria casado depois da morte de Páris. Após este longo período e de acordo com uma das versões, Menelau e Páris acordaram num duelo e Helena teria sido convocada para

assistir

aproximou

ao da

mesmo. torre,

Quando onde

se se

encontravam os chefes gregos, a sua beleza era de tal modo inigualável e a

sua

tristeza

ninguém

pode

tão

profunda

deixar

de

que

sentir


compaixão pela sua sina. Perante a vitória dos gregos e a sede de vingança de Menelau, Afrodite ajudou Páris na sua fuga,

envolvendo-o

conduzindo-o

em

numa

nuvem

e

segurança

para

os

aposentos de Helena. Outras versões atestam que, com a ajuda de Helena que deveria entregar Troia, Ulisses teria conquistado a cidade e derrotado os troianos. Após a queda de Troia, Menelau uniu-se novamente a Helena, deixando a cidade em direção à Grécia natal. regresso

Mas a sua viagem de

teria

sido

repleta

de

tempestades que os levaram de costa a costa, no Mediterrâneo. Estes fenómenos naturais, de origem divina, seriam um castigo dos deuses, que não teriam ficado satisfeitos com o desfecho da história e o


atrevimento

de

Menelau.

Quando

chegaram a Esparta, Helena e Menelau reassumiram o seu reino, vivendo o resto dos seus dias em esplendor real. Existem várias versões sobre o seu fim. Segundo Pausânias, após a morte de Menelau, ela foi expulsa do reino pelo seu enteado, Nicostrato.

A

lenda

que

se

desenvolveu em torno de Helena tornouse muito complexa, tendo sofrido uma evolução considerável com a obra de Homero. Muitas destas lendas tendem a ilibar Helena das consequências das

suas

como

opções,

instrumento

apresentando-a de

um

destino

transcendente à sua vontade. A lenda da divinização de Helena, resultante de

um

diferente

desfecho

da

sua

história, seria atestada pelo grande


número

de

santuários

a

si

consagrados, nos quais se honrava também Menelau. Estas lendas, versões ou

variantes,

sobrepuseram

e

progressivamente esconderam

a

lenda

primitiva, mas tornaram Helena de Troia

numa

das

mais

personagens da mitologia grega.

Gonçalo Rebocho nº4 - 6ºG

ricas


Guinevere e Lancelot

De acordo com fontes francesas e Malory, Lancelot era filho do Rei Ban Benwick, um dos leais protetores do Rei Arthur, e da rainha Elaine. O Rei Ban envolveu-se numa guerra com o reino vizinho do Rei Claudus. Claudus derrotou Ban e forรงou o rei e a rainha a fugir.


Quando estavam a fugir, Ban olhou para trás e viu a sua casa em chamas, causando-lhe um desmaio, do qual nunca chegou a acordar. Elaine, indo em seu auxílio, deixou Lancelot à margem do lago. A Dama do Lago roubou a criança, educou-o no seu palácio debaixo de água, tendo ficado conhecido como Lancelot do lago. No conto de Ulrich, Lancelot era filho do Rei Pant de Gennewis e de sua mulher Clarine. Panto foi morto numa revolta e Lancelot foi roubado por uma fada, sendo criado em Maindenland. Devido a ter crescido na companhia de mulheres e fadas, como tritão no palácio

da

Dama

do

Lago,

Lancelot

rapidamente desenvolveu o seu poder e a sua destreza no manuseio de armas. Aos 18 anos conheceu os seus primos, Bors e


Lional, o seu meio irmão Ector e os quatro irmãos que partiram de Camelot. Em memória ao apoio que o Rei Ban lhe deu durante a sua juventude, Arthur que tinha um grande afeto por Lancelot, conferiu-lhe o título de cavaleiro no dia de São João.

Nalgumas versões da lenda, um dos principais objetivos de Lancelot como cavaleiro, era trazer Guinevere, a noiva de Arthur, para Camelot para o seu


casamento.

Durante

esta

viagem

Guinevere e Lancelot apaixonaram-se. Noutros

contos,

Guinevere

jรก

estava na corte, quando Lancelot chegou, tornando-se,

rapidamente,

num

dos

Cavaleiros da Rainha, uma subclasse da Tรกvola

Redonda,

da

qual

jovens

aspirantes a cavaleiros pertenciam, antes de se terem evidenciado. Depois de ter completado

com

sucesso

diversas

pesquisas, Lancelot tornou-se, em pouco tempo, no melhor cavaleiro de todos os tempos.

Entre

outras

aventuras,

ele

conquistou o negro hรกbito de um castelo Logo

depois,

Lancelot

regressou

a

Camelot tornando-se num dos cavaleiros da Tรกvola Redonda e o defensor mais prรณximo de Arthur.


Quando Guinevere foi raptada por Meliagaunce, o filho do Rei Bagdemagus, Lancelot

perseguiu,

armado,

numa

carroça, tendo que atravessar uma ponte para chegar ao castelo. Bagdemagus e Guinevere

suplicaram-lhe

para

acabar

com a luta, pois a vida de Meliaguance estava ser posta em perigo. Mais tarde, Meliaguance acusou Guinevere de ter um romance com Sir Kay, tendo começado, novamente, uma batalha entre ele e Lancelot. Mais uma vez, Bagdemagus suplicou-lhe Finalmente,

pela

vida

Lancelot

do

seu

filho.

assassinou

Meliguance num combate na corte de Arthur. Depois de se juntar ao exército dos Cavaleiros da Távola Redonda, Lancelot ajudou Arthur a terminar a revolta de


Galehaut o "Haut Prince", que se rendeu a Arthur, depois de observar a bravura e proeza

de

Lancelot

na

batalha.

Posteriormente, Galehaut tornou-se no melhor amigo de Lancelot, atuando como intermediรกrio nos segredos entre Lancelot e Guinevere. O casal estava refugiado em Sorelois, no reino de Galehaut, quando a Falsa Guinevere tomou o lugar da rainha na corte. Depois da descoberta, Lancelot entregou a rainha a Arthur, mas nessa altura

jรก

ele

e

Guinevere

irremediavelmente apaixonados.

estavam


Lancelot

ficou

consciência

e

com

um

prosseguiu

peso

as

na

buscas,

depois de se ter afastado de Guinevere. Lancelot visitou o Rei Pelles, o guarda do Graal, e salvou a sua filha, Elaine de Corbenic de uma barrica de água a ferver na

qual

tinha

sido

aprisionada

por

encantamento há diversos anos. Brisen, a sua ama, disse a Lancelot que Elaine era Guinevere.

Lancelot

dormiu

com

ela,

tendo concebido Galahad. Lancelot,

o

melhor

cavaleiro

de

Arthur, destinado a fazer parte do eterno triangulo entre Arthur e Guinevere, vê-se com Elaine de Astolat, que morreu de amor

não

correspondido

por

ele

Diz-se que talvez Lancelot tenha feito um voto de castidade, por não poder amar Guinevere. Quando se apercebeu que


tinha traído Guinevere e quebrado o seu voto, Lancelot ficou louco. Mais tarde é descoberto por Elaine de Astolat, com quem regressou a Joyous Gard. Elaine morreu

mais

tarde

por

amor,

não

correspondido, a Lancelot.Este procurava o Graal, mas por influência de forças misteriosas reconhece que o seu alcance estava longe e que o seu fracasso se devia ao seu amor por Guinevere, que excedia o seu amor por Deus. Quando

Lancelot

e

Guinevere

estavam determinados a acabar a sua relação amorosa, foram descobertos no quarto dela. Lancelot fugiu e Guinevere foi

condenada

à

morte.

Lancelot

regressou para salva-la. Depois de várias guerras

travadas,

Lancelot

visitou

Guinevere uma última vez, num convento


de freiras, tendo posto de parte as suas armas e arpões para se tornar num ermita, tendo vivido como tal, o resto da sua vida. Foi cremado em Joyous Guard. Sir Ector, o último dos Cavaleiros originais da Távola

Redonda

deixou

o

seguinte

tributo: "Ah Lancelot, tu, que estás acima de todos os cavaleiros Cristãos, e agora atrevo-me a dizer, tu, Sir, Lancelot, nunca foste comparado aos cavaleiros da terra. E tu que eras o cavaleiro cortês que sempre defendeu. E tu que eras um verdadeiro amigo para a tua amada. E tu que

eras

o

verdadeiro

amante

pecaminoso que sempre amou a mulher. E tu que eras o mais amável homem que sempre golpeou com uma espada. E tu


que eras o mais bondoso dos cavaleiros. E tu que eras o mais gentil que sempre comeu na sala com as senhoras. E tu que eras o mais severo cavaleiro para o seu preรงo mortal que sempre desafiou a morte."

Matilde, 6ยบ G


Marco António e Cleópatra

Cleópatra entra na história porque foi uma mulher formosíssima, mas também culta, viva e muito inteligente. Marco António entra na história, especialmente, pelo amor por ela.


Ninguém ignorava que ela, sete anos antes,

conquistara

Júlio

César,

acompanhando-o a Roma e dando à luz um filho apresentado como sendo do ditador. Mesmo sem nunca tê-la visto, a maioria

das

reputação

pessoas

de

conhecia

beleza,

sua

sedução

e

inteligência. Quando ela aparecia toda a população se juntava. Debaixo de uma tenda tecida de ouro, estava Cleópatra, recostada,

tal

uma

deusa

do

amor.

Crianças fantasiadas de pequenos cupidos abanavam-na

com

seus

leques.

O

conjunto formava um verdadeiro quadro, dedicado a Afrodite. Dizem

que

Marco

António,

de

início embaraçado, sucumbiu pouco a pouco

aos

charmes

da

egípcia.

Lembravam os mais velhos que Cleópatra


tivera

uma

aventura

com

Marco

António, quando seguiu César a Roma. Esperavam

um

novo

escândalo,

algo

semelhante àquele provocado oito anos antes pelos amores de César e Cleópatra. A classe dirigente estava ocupada demais com

os

assuntos

importância

a

públicos

essas

para

dar

histórias

de

embriaguez oriental.

Marco António acompanhou Cleópatra a Alexandria. Morava no palácio real e trocara suas vestes romanas pelo manto


grego ou pela túnica oriental. Incapaz de se entregar a qualquer atividade séria, pois sua amante não o deixava jamais, ela participava das partidas de dados, bebia

com

ele,

caçava

com

ele

e

acompanhava-o nos treinos físicos no ginásio. Com amigos da corte, os dois amantes fundaram uma sociedade: "A Vida

Inimitável".

surpreender

os

Cada

demais

um com

devia

prazeres

inéditos. Os dias de delícias, porém, tiveram fim. De volta à Itália,

Marco António

casou-se com Otávia, a irmã de Otávio. Cleópatra, sozinha em Alexandria, deu à luz os gémeos Alexandre Hélios (Sol) e Cleópatra

Selene (Lua).

Durante três

anos, não viu Marco António, que vivia na Itália (e depois em Atenas) com a nova


mulher Otávia e as duas filhas desse casamento. Súbito, no ano de 37 a.C., Marco António rompeu a vida honrada que levava com Otávia. Desembarcou em Antioquia

e

fez

Alexandria.

Depois

separação,

o

vir

Cleópatra

de

de

três

de

encontro

apaixonados.

foi

anos dos

Cleópatra

mais

pretendia

reconquistar o amante para garantir a grandeza de seu reino. Marco António, por sua vez, precisava dela para dominar o Oriente. Marco António reconheceu os gémeos

e

casou-se

com

Cleópatra

segundo a norma egípcia, que autorizava a poligamia. Como presente de núpcias, ofereceu-lhe

Chipre,

a

costa

síria,

a

Judeia e mais territórios situados na Cilícia

e

provocaram

em

Creta.

inquietação

Essas em

notícias Roma

e,


pouco a pouco, a imagem de Marco António degradava-se junto à opinião pública romana. Mas Cleópatra não era a única a lhe oferecer ajuda. Otávia, sempre fiel ao marido, chegou a Atenas com dois mil soldados de elite armados da cabeça aos pés, munidos de provisões, animais de carga e dinheiro.

Inquieta, a rainha do Egito entregouse então (em 35 a.C.) a um perfeito teatro. Não comia mais, derramava-se


em lágrimas a cada vez que percebia o olhar de Marco António sobre ela e alternava os sinais da paixão e os da aflição. Aflito e convencido por essa dor, Marco António voltou a Alexandria. Com a sua atitude, Marco António rompeu os frágeis laços que ainda o uniam a Roma. Concedeu a Cleópatra o título de "rainha dos

reis",

distribuiu

aos

seus

filhos

egípcios os reinos orientais e pediu para ser enterrado em Alexandria junto a Cleópatra. O horror foi geral. Mesmo os amigos que Marco António ainda tinha em Roma

afastaram-se

e

foi

declarada

guerra à egípcia. O casal conseguiu fugir e ganhar Alexandria. Sabiam que os dias de

liberdade

ainda

assim

prazeres

estavam

contados,

entregaram-se

extravagantes.

mas

a

mais

Com

seus


amigos, fundaram uma nova associação, "A Espera da Morte em Comum", e passavam alegremente o tempo como se cada noitada fosse a última. Cleópatra já se preparara para a morte

quando

Ordenou

que

é

tomada

reunissem

Alexandria.

tudo

o

que

possuía de mais precioso, joias, ouro, móveis,

perfumes

e

uma

grande

quantidade de tochas e estopas. Pela

manhã,

Cleópatra

refugiou-se

com duas de suas amas no mausoléu. Ordenou que trancassem a porta e dissessem a Marco António que se matara.

Este

também

devia

entendeu

que

morrer.

Atingiu

ele o

ventre, mas não faleceu de imediato. Nesse momento, chegou o secretário de Cleópatra anunciando que ela continuava


com vida. Marco António, agonizante, pediu para

ser levado ao mausoléu.

Subindo a uma janela, com a ajuda de uma

corda,

estendendo-o

Cleópatra ao

solo,

recebeu-o rasgou

e,

suas

roupas, arranhou seu peito e suas faces, abraçou o moribundo chamando-o de seu senhor, seu esposo e seu imperador. Marco António pediu uma taça de vinho, bebeu e, num último suspiro, aconselhou a Cleópatra que salvasse sua vida se pudesse fazê-lo de maneira honrada. Pálida, magra, o rosto e o peito feridos, febril com a infeção dos ferimentos que infligira a si mesma, a rainha do Egito não era mais que sua sombra. Decidira pela sua morte, bebendo veneno, mas antes, numa mensagem pediu para ser enterrada junto com Marco


António. Cleópatra tinha 39 anos quando escolheu ir ao encontro do amado na morte.Uma só sepultura, no mausoléu real, reuniu para a eternidade esses dois terríveis

amantes,

cujo

romance

transformou o curso da história do mundo romano.

Mariana Silva, 6º G


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