Ebook 7º c

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Escola André Soares

Amores na História 7º C

Semana dos Afetos Trabalhos no âmbito da disciplina de História


Índice Cyrano e Roxane ............................................................... 3 David e Betsabá ................................................................ 7 Éros e Psiquê..................................................................... 9 Jacó e Raquel .................................................................. 16 John Lennon & Yoko Ono................................................ 22 O amor proibido entre Guinevere e Lancelot ................. 26 Marco António e Cleópatra ............................................ 31 Penélope e Ulisses .......................................................... 34 D. Pedro I e D. Inês de Castro ......................................... 42


Cyrano e Roxane

Este romance é uma peça de teatro que se chama: Cyrano de Berberac de Edmond Rostand Cyrano

é

um

brilhante

poeta

e

bravo

espadachim que vive na França do século XVII. Dono de um enorme nariz, e achando-se feio e desprezível, teme declarar o seu amor a Roxane, sua bela prima. Esta, por sua vez, é apaixonada por um colega de Cyrano, o cadete Cristiano, que não tem qualquer talento para expressar seus sentimentos pela jovem. Sem esperança de conquistar a prima, Cyrano ajuda o cadete, redigindo suas declarações de amor.


A peça inteira é escrita em forma de poema, com pares de versos rimados. Os primeiros quatro atos passam-se em 1640, e o quinto é em 1655. Cyrano de Bergerac é um herói romântico, que combate a covardia, a estupidez e a mentira. Ele ama a sua prima, Madeleine Robin (Roxane), uma rapariga inteligente, que gosta de ser cortejada com palavras bonitas e originais.

O jovem Cristiano também a ama, mas não sabe falar com brilhantismo, ao contrário de Cyrano, que tem o dom da palavra. Cyrano, sem esperanças de conquistar a prima, em razão de


ser bastante feio, resolve ajudar Cristiano a conquistá-la através das palavras. Cyrano

ensina

a

Cristiano

observações

espirituosas, poesia, e até fala por ele, às escondidas, fazendo com que Roxane o ame. Um terceiro homem, porém, corteja-a; o duque de Guiche, que interfere mandando Cristiano e Cyrano para o Cerco de Arras, um violento combate ocorrido nas guerras religiosas de França.


Cyrano continua a escrever cartas a Roxane, em nome de Cristiano, e ela vai ao seu encontro à batalha, encontrando Cristiano agonizante, ferido em combate. Viúva, Roxane recolhe-se a um convento, onde recebe continuamente a visita de Cyrano. Um dia, Cyrano é mortalmente ferido, mas consegue chegar até a amada, e conta-lhe o sentimento que sempre nutriu por ela. Roxane chora “um amor duas vezes perdido”, percebendo, no último instante, que o amava.

Adelinna Soares


David e Betsabá

Era uma vez o Rei David, sucessor de Saul no comando de Israel e do povo Hebreu. Os Israelitas estavam em guerra com os Amonitas. Durante a batalha, enquanto o exército lutava contra os Amonitas, David conheceu uma bela rapariga chamada Betsabá, filha de Amiel. David apaixonou-se por ela e ela por ele. Porém, Betsabá estava casada com Urias, um valente e destemido soldado do exército. Mas Urias, em sete meses de casamento, só passou 6 dias com Betsabá. O Rei David torna-se amante de Betsabá. No entanto, a mulher que traía o seu marido estava a desrespeitar as leis de Deus, por isso,

poderia

ser

condenada

à

morte

por

apedrejamento. Apesar do perigo, David continuou apaixonado por Betsabá aponto de cometer outro


pecado, uma vez que sujeitou Urias à morte, numa batalha. Betsabá ficou grávida de David e quando Urias morreu, casaram-se os dois. Devido aos pecados que cometeu, o filho de David morreu, o que o deixou muito mal. David acabou por pedir perdão a Deus e mais tarde teve mais quatro filhos com Betsabá, um deles, Salomão, sucessor de David.


Éros e Psiquê

Uma das lendas mais belas e conhecidas da mitologia grega é a de Éros e Psiquê. O conhecimento geral da lenda dá-se pela figura bastante difundida do anjo Éros (ou Cupido). Éros era filho da deusa do amor, Afrodite, um imortal de beleza inigualável.


Já Psiquê, mortal, era uma das três filhas do rei de Mileto, todas muito belas, capaz de despertar a admiração de qualquer pessoa, tanto que muitos vinham de longe para apreciá-las. Os pais da jovem decidiram consultar os oráculos já que todas as suas filhas tinha caso exceto Psiquê, ainda que seja a mais bela das três. Os pais da jovem entristeceram-se pelo destino da filha, já que foram aconselhados a vestirem-na com trajes de núpcias e colocarem-na num alto de um rochedo para ser comprometida a um terrível monstro! Na verdade, tudo fazia parte de um plano da vingativa Afrodite, que sofria de inveja da beleza da moça.


Assim que a jovem foi deixada no alto do rochedo, um vento muito forte, soprou e levou-a pelos

ares

e

ela

foi

colocada

num

vale.

Psiquê adormece exausta e quando acorda parece ter sido transportada para um cenário de sonhos, um castelo enorme de mármore e ouro e vozes sussurradas

que

lhe

informavam

tudo

que

precisava. Foi levada aos seus aposentos e logo percebeu que alguém a acompanhava. Descobriu que era o marido que lhe havia sido destinado, ele era extremamente carinhoso e fazia-a sentir-se bastante amada. Mas havia uma condição: ela não poderia vê-lo, pois se assim o fizesse perdêlo-ia para sempre. Psiquê concordou com a condição e permaneceu com ele. O próprio Éros, que

tinha

sido

encarregado

de

executar

a

vingança da mãe, se apaixonara por Psiquê, mas tem de se manter escondido para evitar a fúria de Afrodite.


Com o passar do tempo, ela sentia-se extremamente feliz, porque o seu marido era o melhor dos esposos e fazia-a sentir o mais profundo amor, mas resolve fazer-lhe um pedido arriscado: o de ir visitar os seus pais, mesmo com a advertência dos oráculos e o receio do esposo, ela insiste, até que ele cede.

Da mesma forma que foi transportada até ao seu novo lar, Psiquê vai até a casa dos pais. O reencontro gera a felicidade dos pais e a inveja das irmãs, que enchem-na de perguntas sobre o marido, e ela acaba revelando que nunca vira seu rosto. Elas acabam convencendo--a que ela deveria vê-lo e ela enche-se de curiosidade.


Quando a noite chega e ela regressa a casa, o coração dela está repleto de curiosidade, então ela acende uma vela e tenta ver o rosto do marido. Ela fica totalmente encantada pela beleza do marido oculto, Éros, que teria feito esse pedido para que a esposa se apaixonasse pelo que ele é e não pela sua beleza. Psiquê ficou tão deslumbrada pela visão do esposo que não percebeu que uma gota da cera da vela pinga no peito do amado e o acorda assustado. Ele, ao ver que ela tinha quebrado a promessa, abandona-a.


Sozinha e infeliz, Psiquê começou a vaguear pelo mundo. Passando, assim, por vários desafios e sofrimentos impostos por Afrodite como uma vingança por ela ter ferido o seu filho, a jovem luta tentando recuperar o seu amor, mas acaba entregando-se

à

morte,

caindo

num

sono

profundo.

Ao vê-la tão triste e arrependida, Éros, que também sofria com a ausência da amada, implorou a Zeus que tivesse misericórdia deles.


Com a concessão de Zeus, Éros usou uma das suas

flechas,

despertando

a

amada

e

transformando-a numa imortal, levando-a para o Olimpo. A partir daí, Éros e Psiquê nunca mais se separaram. A história de Éros e Psiquê foi diferente das da sua época, porque foi um amor entre uma mortal e um imortal e porque eles não se apaixonaram pela beleza mas sim pelo que cada um era. O mito de Éros (o amor) e Psiquê (a alma) marcou as gerações posteriores, pois retrata a união entre o amor e a alma.

Beatriz Braga nº3 7ºC


Jacó e Raquel

Jacó, filho de Isaque e Rebeca, após ter sido ameaçado de morte pelo irmão Esaú, fugiu para Harã, onde morava o seu tio materno, Labão, e respectiva família. Ao conhecer Raquel, filha mais nova de Labão, Jacó apaixona-se pela prima e deseja casar com ela. O tio e a sua família acolheram-no com alegria. Um mês depois de ter chegado

à

casa

deles,

Labão

mostrou-se

constrangido por estar a receber gratuitamente os serviços do sobrinho. Disse-lhe que não estaria a ser justo se este trabalhasse gratuitamente para ele só porque era seu parente. Perguntou-lhe então quanto queria ganhar. Perante esta manifestação de boa vontade, Jacó não se fez de esquisito e apresentou-lhe a sua proposta. Disse-lhe que trabalharia sete anos


para ele em troca da mão da sua filha Raquel que era bonita de rosto e de corpo. Mas Labão tinha duas filhas: a mais velha chamava-se Lia e tinha uns olhos lindos.

Labão disse-lhe que preferia entregá-la a ele que era seu familiar do que a um desconhecido. Assim Jacó trabalhou sete anos para poder ter Raquel. Ele amava-a e então esses anos pareceram poucos dias. Que jovem de qualquer época, lugar, ou condição social, romântica ou nem tanto, que não sonha ter um pretendente disposto a tamanho sacrifício? Trabalhar sete anos para poder qualificar-se como seu esposo. E o


mais interessante era que aquele era sem dúvida um amor puro, sem envolvimento sexual. Apenas a expectativa da posse. Embora habitassem a mesma casa, Jacó e Raquel, não tiveram, durante esses sete anos, nenhuma intimidade. E alguns factos ocorridos no relacionamento posterior do casal indicam que os sentimentos de Jacó eram em algum grau correspondidos. Chegou por fim a ocasião aguardada. Quando passaram os sete anos, Jacó disse a Labão para lhe entregar a sua mulher pois o tempo combinado já tinha passado e ele queriase casar com ela. O

tio

aceitou

logo

a

reclamação

e

providenciou a festa de casamento, segundo os costumes. Armou, contudo, uma surpresa invulgar para o sobrinho-genro. Labão preparou uma festa de casamento e convidou a gente do lugar. Mas naquela noite, Labão pegou na sua filha Lia e entregou-a a Jacó e ele teve relações com ela.


Só que entregou Lia em vez de Raquel. Claro que Jacó não percebeu de imediato o engano porque os costumes da região impediam que os noivos

se

encontrassem

desde

a

hora

do

casamento, até à alcova nupcial. E, mesmo depois de ter chegado aos aposentos íntimos, provavelmente em razão de o quarto ser escuro ou a noiva ter o rosto encoberto pelo véu, não foi possível a Jacó distinguir a identidade verdadeira da mulher recebida para sua esposa. E o facto é que ele teve relações com ela. No dia seguinte, porém, descobriu que tinha sido vítima de um truque. Só aí entendeu que tinha dormido com Lia por isso foi ter com Labão e perguntou-lhe porque lhe tinha feito uma coisa daquelas.


Labão, como costumam agir os enganadores deliberados, apresentou uma desculpa. Disse-lhe que naquela terra não era costume a filha mais nova casar antes da mais velha. Disse-lhe também para esperar até ao final da semana do casamento, pois aí se prometesse que trabalharia para si mais sete anos lhe daria Raquel em casamento. O tio não queria desperdiçar o trunfo que possuía: a linda filha. Ele decretava, ali, que, para Jacó fazer juro à esposa jovem e bonita, teria de pagar o preço em dobro e ainda levar também a sua filha mais velha. Jacó rendeu-se à dura imposição do sogro e deu exemplo de coragem na busca do seu objetivo. Ora, se sete anos de trabalho não remunerado já significam grandes sacrifícios e renúncias, o que dizer de uma nova jornada por igual período?


Não obstante a sentimentos menores, como revolta, humilhação, mágoas, ou algo que o valha, submeteu-se às regras do jogo. Tinha um objetivo maior para alcançar: conseguir casar-se com a mulher com que sonhara. Jacó concordou e quando terminou a semana da festa de casamento de Lia, Labão lhe deu a sua filha Raquel como esposa.

Jacó

também teve relações com Raquel e amava Raquel muito mais do que amava Lia. Assim ficou a trabalhar para Labão mais sete anos.

Trabalho realizado por: Lia Raquel Sá Costa Sara Cristina Castro Pereira


John Lennon e Yoko Ono

John Winston Ono Lennon (batizado de John Winston Lennon), nasceu em Liverpool a 9 de outubro de 1940 e morreu em Nova Iorque a 8 de dezembro de 1980. John Lennon foi guitarrista e compositor britânico. Ganhou fama mundial entre os anos 60 e 70 nos “The Beatles”. Yoko Ono nasceu em Tóquio a 18 de fevereiro de 1933. Ela é cantora, cineasta e artista plástica japonesa.


Os dois conheceram-se no dia 9 de novembro de 1966 quando Yoko expôs numa galeria de arte plástica, em Londres. Nessa altura Lennon era casado com Cynthia Powell, mãe de um dos seus filhos, John Charles Julian Lennon (Fig. 3). Em 1968, os dois produziram um álbum experimental “ Unfinished Music No. 1: Two

Virgens”,

quando

relacionamento

começaram

amoroso.

a

Cynthia

ter

um

Powell

descobriu e pediu o divórcio, alegando adultério. Depois do divórcio, John levou Yoko Ono às gravações do “Álbum Branco” dos Beatles. Após isto, o clima entre o grupo mundialmente famoso ficou pesado, pois Paul McCartney e George Harrison não a viam com bons olhos. A imprensa e os fãs dos Beatles chamavam-na de feia. Depois destas declarações, John ripostou e disse que os dois eram um só. Durante os últimos anos dos Beatles, John e Yoko Ono tornaram-se inseparáveis. John levava-a para todo o lado.


No dia 20 de março de 1969, os dois casaram-se em Gibraltar. Na sua lua-de-mel, divulgaram um evento de paz chamado de “Bed in” ou também de “John e Yoko na cama pela paz”. Em 1973, separaram-se e John começou a viver com outra mulher chamada May Pang. Esta relação durou cerca de dois anos e no dia 9 de dezembro de 1975 John e Yoko reconciliaram-se. No mesmo ano, tiveram um filho (o segundo de Lennon), chamado Sean Taro Ono Lennon (Fig. 4).

Sean Lennon


Após o nascimento de Sean, Lennon decidiu abandonar a sua carreira para se dedicar mais à sua família. Assim foi até à data em que foi assinado por Mark David Chapman. Desde

a

separação

dos

Beatles,

apontaram o dedo a Yoko como uma das principais causas da separação do grupo. Acusam Yoko de influenciar John a ter uma maior preocupação com os problemas socias da época e que o levou a ter uma vida mais privada. A verdade é que os dois gostaram muito um do outro e que Yoko acompanhou Lennon até à morte, recebendo muitas dedicações de amor de Lennon.

Pedro Bernardes, nº 22, 7ºC


O amor proibido entre Guinevere e Lancelot

Lancelot era uma personagem que se importava mais com os outros do que com ele próprio. Perdeu os pais e a sua casa quando era pequeno devido a fogo posto. Era inteligente e para ganhar dinheiro era lutador de

espada

na

rua.

Conseguia

enganar

inimigos com as suas três regras de ouro: «Não se podia importar, se no combate morria ou não.», «Esperava pelo momento certo.» e «Tirar a espada ao adversário». Foi nomeado 1ºcavaleiro pelo rei Arthur. Guinevere era uma pessoa amável e preocupava-se com os outros. Reinava o reino Tintagel.


O rei Arthur reinava o reino Camelot. Era uma pessoa com princípios e fiel ao seu coração e às suas leis. Esta história decorreu-se por volta do século VI, no país de Camelot, no reino de Guinevere e no reino do príncipe Malagant. Guinevere e Lancelot conheceram-se numa emboscada à rainha Guinevere. Ele salvou-lhe a vida arriscando a sua.

Depois esta ofereceu-lhe uma recompensa, mas este disse-lhe que era ela a sua recompensa,


beijando-a. Ela ficou ofendida, mas por um lado chocada como alguém se atrevia a fazer algo parecido a uma rainha. A partir daí, Lancelot e Guinevere viveram um amor verdadeiro o que marcou as pessoas, pois eles tinham uma posição social diferente.

Lancelot seguiu viagem até Camelot, onde arriscou a sua vida passando por uma competição, só para a beijar, o que não aconteceu, pois ela assim não desejou e ele cumpriu a sua vontade. Como o reino Camelot e Tintagel estavam em guerra com o reino do príncipe Malagant, que já


fora um cavaleiro real que servira o rei Arthur, raptaram Guinevere em troca de Camelot, que mais uma vez Lancelot a salvou do príncipe Malagant.

Quando apanhada

a

Guinevere,

mulher

beijar

Lancelot,

de

Arthur,

são

é

ambos

condenados à morte, uma vez mais Lancelot disse ao rei para não a matar, mas sim, a ele…


Em todos os momentos, mostrou-se que ele tinha um amor verdadeiro por ela, pois se fosse preciso arriscava a sua própria vida…. depois disto Camelot é apanhada de surpresa pelo Rei Malagat, onde o rei Arthur, gente do povo e cavaleiros reais são mortos. Mas no final Lancelot salva o reino de Camelot da devastação. No final, Guinevere e Lancelot vivem o seu amor sem injúrias.

Beatriz Couto Nº4/7ºC Eduarda Oliveira Nº9/7ºC


Marco António e Cleópatra

Cleópatra VII foi a última faraó do Egito e viveu de 68 a.C. a 30 a.C., enquanto Marco António, foi um célebre militar e político romano da fase final da República.

Apesar de descreverem Cleópatra como uma mulher apaixonante, esta era muito religiosa, tendo mesmo iniciado os estudos para ser sacerdotisa.


Sabia Matemática e falava muito bem nove línguas, para além de ser boa governante e muito popular entre o seu povo.

Marco António tornou-se comandante da porção oriental dos territórios controlados por Roma. Nessa função, Marco António passou a identificar-se cada vez mais com a cultura oriental, abandonando várias tradições romanas. Partiu para o Egito com o objetivo de alargar o poder de Roma, onde conheceu Cleópatra. Os dois apaixonaram-se e tiveram três filhos, que se tornaram reis de províncias orientais de Roma. Marco António realizou as chamadas


“doações de Alexandria”, passando para as mãos de Cleópatra e de seus filhos algumas províncias romanas

orientais

e

outras

que

pretendia

conquistar.

No entanto, o seu romance escandalizou a sociedade romana, que temia perder o seu poder sob o Egito. Os dois amantes uniram-se e planearam a conquista de Roma, tendo sido derrotados pelo general romano Octávio, no ano de 31 a.C., na batalha do Actium.


Ao ouvir o boato de que Cleópatra tinha morrido,

Marco

António

suicidou-se

desesperadamente. Mas o boato estava errado e sem esperanças, Cleópatra fez uma áspide (uma pequena serpente muito venenosa) mordê-la! Após da morte de estes dois amantes, o general Octávio conseguiu transformar o Egito numa província romana. No entanto, a história de Marco António e Cleópatra não foi esquecida, tendo sido uma das razões para o fim da República em Roma e o início do Império. Eduarda Lessa Simões n.º8 & Joana Marques Oliveira n.º12


Penélope e Ulisses

O romance de Penélope e Ulisses foi escrito por James Joyce, foi composto em diversas cidades: Paris (França), Zurique (Suíça) e Trieste (Itália). Publicado em 1922 em Paris, chegou a ser proibido em alguns países por ter, em suas páginas,

alguns

aspetos

impublicáveis

da

fisiologia humana.

Na obra de Joyce, todas as ações do personagem principal ocorrem no dia 16 de junho


de 1904. O romance apresenta dezoito episódios, seis a menos dos que compõe A Odisséia. Joyce opta por suprimir alguns capítulos da obra grega, antecipa alguns e posterga outros. Desta forma, dá

ênfase

aos

processos

psíquicos

dos

personagens, que é o ponto que mais lhe interessa. Apesar de baseado em heróis gregos, os personagens de Joyce apresentam características psicológicas bastante diferentes dos descritos por Homero. Stephen Dédalos é um erudito, Molly Bloom representa uma mulher adúltera e Leopold Bloom é um homem típico de classe média de Dublin:

desajeitado,

engraçado,

reflexivo

e

coloquial. Em homenagem ao romance de Joyce, foi criado o Bloomsday, em referência ao sobrenome do casal Bloom. Tamanho o culto ao livro que em todo dia 16 de Junho comemora-se o Bloomsday na Irlanda e em outras partes do mundo. Na cidade


de Dublin, os fãs de Joyce refazem o caminho percorrido por Leopold Bloom e Stephen Dédalos pelas ruas de acordo com a descrição encontrada na obra. No Brasil, este dia é comemorado na cidade de Santa Maria (Rio Grande do Sul) desde 1994.

A história de Ulisses está integrada na Odisseia, contada por Homero, poeta grego. Ulisses é um herói, rei de Ítaca, filho de Laertes, marido de Penélope e pai de Telémaco. Ocupa o primeiro lugar na Odisseia, poema cujo o nome dessa obra deriva do nome Ulisses, e que


tem como assunto principal as suas dificuldades, desde o regresso de Tróia, ou seja, as dificuldades que teve de vencer para recuperar os seus dias em Ítaca. As suas alcunhas são: “ dos mil artifícios “ e “ o que muito sofreu “ põem em relevo as qualidades que o caracterizam. Diz-se que num poema perdido do ciclo épico “ A Teogonia “ esse herói da inteligência e da astúcia se transformara num aventureiro sem escrúpulos, que não andaria longe do que nos apresentam algumas tragédias gregas. A sua figura tem continuado a ser motivo de inspiração para artistas e escritores até aos nossos dias.


Penélope, filha de Iraco, mulher de Ulisses e mãe de Telémaco, astuciosa como o marido, sugere

aos

seus

pretendentes

que

tentem

demovê-la com dádivas em vez de lhe gastarem os bens. Qualificada geralmente de sensata, só ao fim de obter provas indiscutíveis acredita que o desconhecido que entrou em sua casa com aparência de mendigo é Ulisses. A sua chegada era aguarda há vinte anos. A característica dominante é a fidelidade conjugal, simbolizada no mito da teia. Face à insistência dos pretendentes, prometera escolher um deles logo o que acabasse de tecer a mortalha de Laertes, porém todas as noites desfazia, à luz dos archotes, o trabalho diurno, até que ao fim de três anos, as criadas a denunciaram. como

Ela

propôs

a

prova

do

ano

promessa de casar com o vencedor,

precisamente na altura em que se acumulam as provas de que Ulisses está vivo e vai regressar.


Ulisses participou na guerra de Tróia, o rei de Ítaca teve a vida cheia de aventuras. Foi educado por Quíron para assumir o reino de Ítaca, Ulisses já cortejara Helena, mas desistiu desta e casou-se com Penélope, prima de Helena. O marido de Helena, intimou-o para guerrear Troia; Ulisses mesmo a contra gosto guerreou contra os Troianos. Voltou para casa e, neste retorno, encarou várias aventuras: fez uma visita a Éolo, deus dos ventos, que lhe entregou uma sacola com os ventos desfavoráveis à viagem; enfrentou Circe, uma feiticeira que o tentou aprisionar; teve o seu navio afundado por Hélio, porque os homens de Ulisses mataram alguns dos bois consagrados a esse deus... Telémaco, seu filho, já estava crescido e Penélope

sua

esposa

estava

rodeada

de

pretendentes. Então pediu a Atena que o ajudasse, e esta disfarçou-o de simples mendigo. Penélope tecia um véu de dia, cujo seu térmico seria a data


em que teria de escolher com quem se casaria e desmanchava grande parte durante a noite na esperança de ainda rever Ulisses. Penélope organizou uma disputa entre os pretendentes

que

consistiu

em

que

o

que

conseguisse armar e soltar uma flecha do arco de Apolo que este dera a Ificlo e este dera a Ulisses seria o escolhido. Nenhum pretendente conseguira tal

façanha.

Apenas

Ulisses

disfarçado

de

mendigo e já no interior do palácio o conseguiu. De imediato, com a ajuda do filho Telémaco e de outros que o haviam reconhecido antes, inicia a expulsão feroz de todos os pretendentes que, há vários anos, gastavam as riquezas de Ítaca, mantendo-se no palácio.


D. Pedro I e D. Inês de Castro

Uma das mais belas histórias de amor de sempre foi a trágica paixão entre D. Pedro I e Inês de Castro. D. Pedro nasceu a 8 de Abril de 1320 e, desde muito cedo os seus pais, El Rei D. Afonso IV e D. Beatriz, tentaram arranjar-lhe esposa. Uma das suas primeiras tentativas foi D. Branca de Castela que, com 14 anos se revelou muito doente e por isso, D. Pedro não quis casar-se com ela.


Mais tarde, quando o príncipe tinha entre os dezanove e os vinte anos, o seu pai enviou mensageiros ao reino vizinho de Castela, pedindo a mão de Constança Manuel. O pedido foi aceite e, em 1340, organizaram-se grandes cortejos para a sua chegada a cavalo, rodeada de pajens, aias, parentes e criados. Nessa comitiva de boas-vindas, D. Pedro viu pela primeira vez D. Inês de Castro, uma das aias de

Constança,

por

quem

se

apaixonou

loucamente. Apesar disso, D. Pedro casou-se em Agosto, na Sé de Lisboa, com Constança Manuel. Mesmo

assim,

D.

Pedro

continuava

a

encontrar-se com Inês de Castro, iniciando-se um grande romance, tema de conversa dos membros da corte e do povo. El Rei D. Afonso IV mandou fechar Inês no Convento de Santa Clara, em Coimbra. D. Pedro não a podia visitar, mas continuava a contactar a sua amada rondando os muros do Convento e enviando cartas. Estas eram


levadas e trazidas secretamente em barquinhos de madeira através de um riacho. Depois de sair do exílio, Inês foi circulando de castelo em castelo e mais tarde instalou-se definitivamente num pavilhão de caça, na atual Quinta das Lágrimas, mandado construir pela avó de D. Pedro, a Rainha Santa Isabel. Entretanto, em 1345, D. Constança Manuel morreu ao dar à luz o 3º filho. Deixou, assim, D. Pedro viúvo e livre para Inês. Este passou a visitar e a conviver mais com a sua amada. Esta situação não agradou nada ao rei, pois via-se no meio de dois problemas: D. Pedro tinha um herdeiro ao trono, D. Fernando, filho de Constança e três filhos bastardos de Inês. Isto fazia o rei pensar que os filhos bastardos quisessem subir ao trono e que para isso assassinariam Fernando;


Os irmãos Castro pressionavam D. Pedro a tomar o trono de Castela, o que poderia levar Portugal a entrar nas lutas dinásticas de Castela. O rei decidiu, então, reunir-se com os nobres senhores Diogo Lopes Pacheco, Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves, no Castelo Montemor-o-Velho. Resolveram que a única solução para acabar com o romance de D. Pedro e D. Inês de Castro, era matar a nobre galega. Em Janeiro de 1355, D. Afonso IV e os três fidalgos, aproveitaram a ausência de D. Pedro, que havia partido para uma caçada e foram até ao pavilhão de caça, onde encontraram Inês sozinha junto a uma fonte. Esta ao perceber o que sucedia, implorou para que não a matassem, que se lembrassem dos seus filhos, da tristeza de D. Pedro, chorou... As suas lágrimas e súplicas, apenas comoveram o Rei que se retirou, deixando Pêro, Diogo e Álvaro sozinhos com Inês. Os três fidalgos

não

tiveram

nem

piedade,


apunhalando Inês de Castro a sangue frio. Apesar da sua morte, nenhum dos problemas que pairavam na cabeça de D. Afonso IV se resolveu.

Quando D. Pedro soube da terrível tragédia, cheio de dor e angústia, declarou guerra ao pai. Assaltou castelos, matou todos os que passavam à sua frente... Ao fim de alguns meses, o país não aguentava mais e, após negociações, assinou-se a paz. Porém, depois da morte de D. Afonso IV, em 1357, D. Pedro subiu ao trono e mandou procurar os assassinos de Inês. Diogo Lopes Pacheco conseguiu fugir para França, mas Pêro e


Álvaro

foram

executados.

Retiraram-lhes

os

corações (um pelo peito e outro pelas costas) e queimaram os seus corpos, enquanto D. Pedro I se banqueteava. Dois anos mais tarde, D. Pedro I mandou desenterrar Inês de Castro, sentou-a no trono e, perante todo o povo português, coroou-a Rainha de Portugal e obrigou todos os nobres presentes na coroação, a beijar a mão da sua amada. Mais tarde, mandou construir um túmulo para Inês e outro para si, encontrando-se os dois no Mosteiro de Alcobaça, virados um para o outro.

Maria Clara Lopes Xavier Guimarães


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