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Escola Andr茅 Soares

Amores na Hist贸ria 8潞 A

Grupo disciplinar de Hist贸ria 1


Índice Lenda de Cleópatra e Marco António .............................................................................. 3 D. Pedro e D. Inês de Castro ............................................................................................. 8 Marco António e Cleópatra ................................................................................................ 18 Napoleão Bonaparte e Josefina Beauharnais ............................................................. 36 História de amor de Shah Jahan e Mumtaz Mahal .................................................. 40 Tristão e Isolda ...................................................................................................................... 42 A história de Marco António e Cleópatra ..................................................................... 49 Napoleão Bonaparte e Josefina Beauharnais ............................................................. 53

2


Lenda de Cleópatra e Marco António

Cleópatra

é

uma

das

mais

famosas

mulheres da História.

Apesar de descrita como sedutora, Cleópatra era muito religiosa, sabia muita Matemática e falava muito bem nove línguas, para além de ser boa governante e muito popular entre o povo egípcio. 3


Nunca

governou

sozinha,

cogovernou

sempre com um homem ao seu lado: o seu pai, o seu irmão (com quem casaria mais tarde) e, depois, com o seu filho. Casou com o seu irmão mais novo, Ptolomeu, e tornou-se amante do general Júlio César. Após a morte de Júlio César, outro general romano partiu para o Egito para alargar o poder de Roma, Marco António.

4


Marco

António

foi

um

importante

político e militar romano no período final da República Romana. Exerceu o cargo de general do Império Romano, participando de várias campanhas militares. Assumiu o controlo do Egito na época em que Otávio Augusto era imperador. Cleópatra apaixonaram-se

e e

Marco o

seu

António romance

escandalizou toda a sociedade romana e preocupou os seus políticos que temiam perder poder que tinham no Egipto.

5


Marco António passou a identificar-se cada vez mais com a cultura oriental, e abandonou várias tradições romanas. Ele realizou

as

chamadas

“doações

de

Alexandria”, passando para as mãos de Cleópatra

e

de

seus

filhos

algumas

províncias romanas orientais e outras que pretendia conquistar. Marco António e Cleópatra casaram e da relação de amor resultaram três filhos, que foram transformados posteriormente em reis de províncias orientais de Roma. No ano 31 a.C. o general romano Otávio destruiu as forças militares do casal na batalha de Actium. Depois de ouvir o boato de que Cleópatra havia morrido, Marco António “caiu”

sobre

a

sua

espada.

Sem 6


esperanças, Cleópatra fez uma Áspide (uma pequena serpente muito venenosa) mordê-la.

Terminava desta forma quatro mil anos do império dos faraós e o Egito passou a ser uma província romana.

Ana Sofia Vasques nº 6, 8ºA Nina Barros nº 24, 8ºA Núria nº 25, 8ºA Ana Isabel nº 4, 8ºA 7


D. Pedro e D. Inês de Castro

Uma das mais belas histórias de amor de sempre foi a trágica paixão entre D. Pedro I e Inês de Castro, que nos continua

a

comover

intemporalidade sentimentos

e

pela

sua

por

todos

envolvidos:

intriga,

força, os ódio,

inveja, conflito de interesses, amor. Dois corações que descansam lado a lado, viveram em plena luta pelo seu amor e agora descansam em paz, pois a paixão pode vencer a morte.

8


D. Pedro nasceu a 8 de Abril de 1320 e, desde muito cedo os seus pais, El Rei D. Afonso IV e D. Beatriz, tentaram arranjar-lhe

esposa.

Uma

das

suas

primeiras tentativas foi D. Branca de Castela que, com 14 anos se revelou muito doente e por isso, D. Pedro quis

casar-se

quando

o

com

príncipe

ela.

Mais

tinha

não

tarde,

entre

os

dezanove e os vinte anos, o seu pai enviou mensageiros ao reino vizinho de Castela, pedindo a mão de Constança Manuel. O pedido foi aceite e, em 1340, organizaram-se grandes cortejos para a sua

chegada

a

cavalo,

rodeada

de

pagens, aias, parentes e criados.

9


Nessa

comitiva

de

boas-vindas, D. Pedro viu pela primeira vez D. Inês de

Castro.

Castro Pedro

era

D.

Inês

de

de

D.

filha

Fernandes

de

Castro, mordomo-mor do rei D. Afonso XI de Castela, e de uma dama portuguesa, Aldonça Lourenço de Valadares. O seu pai, neto por via ilegítima de D. Sancho IV de Castela, era um dos fidalgos mais poderosos do Reino de Castela. Mesmo com

o

seu

casamento,

D.

Pedro

continuava a encontrar-se com Inês de Castro, iniciando-se um grande romance, tema de conversa dos membros da corte e do povo. Estas coscuvilhices chegaram aos ouvidos do rei e da rainha. D. Afonso IV não aprovava esta relação, não só por 10


motivos de diplomacia com João Manuel de

Castela,

mas

também

devido

à

amizade estreita de D. Pedro com os irmãos de D. Inês: D. Fernando de Castro e D. Álvaro Perez de Castro. Assim, em 1344, o rei mandou exilar D. Inês no castelo de Albuquerque, na fronteira

castelhana,

onde

tinha

sido

criada por sua tia, D. Teresa, mulher de um meio irmão de D. Afonso IV. D. Pedro não a podia visitar por isso, segundo a lenda, ele continuava a contactar a sua amada rondando os muros do Convento e enviando cartas. Estas eram levadas e trazidas secretamente em barquinhos de madeira através de um riacho. Em

outubro

do

ano

seguinte

D.

Constança morreu ao dar à luz o futuro rei, D. Fernando I de Portugal. Viúvo, D. 11


Pedro,

contra

a

vontade

do

pai,

mandou

D.

Inês

regressar do exílio e os dois passaram a viver juntos, o que provocou

grande

escândalo na corte, para

enorme

desgosto de El-Rei seu pai. Começou então uma desavença entre o Rei e o Infante.D. Afonso IV tentou remediar a situação casando o seu filho com uma dama de sangue real. Mas D. Pedro rejeitou sentia

este ainda

mulher,

D.

conseguia

projecto, muito

a

alegando perda

Constança

ainda

pensar

e

de que

num

que sua não novo

casamento. 12


No entanto, fruto dos seus amores, D. Inês foi tendo filhos de D. Pedro: Afonso em 1346 (que morreu pouco depois de nascer), João em 1349, Dinis em

1354

nascimento

e

Beatriz

destes

em

veio

1347.

O

agudizar

a

situação porque, durante o reinado de D. Dinis, o seu filho e herdeiro D. Afonso IV sentira-se em risco de ser preterido na sucessão ao trono por um dos filhos bastardos do seu pai. Agora circulavam boatos de que os Castros conspiravam para assassinar o infante D. Fernando, legítimo herdeiro de D. Pedro, para o trono português passar para o filho mais velho de D. Inês de Castro. Havia boatos de que o Príncipe se tinha casado secretamente com D. Inês. Na Família Real um incidente deste tipo 13


assumia

graves

Sentindo-se

implicações

ameaçados

pelos

políticas. irmãos

Castro, os fidalgos da corte portuguesa pressionavam o rei D. Afonso IV para afastar esta influência do seu herdeiro. O rei D. Afonso IV decidiu que a melhor solução seria matar a dama galega. Na tentativa de saber a verdade o Rei ordenou a dois conselheiros seus que dissessem a D. Pedro que ele se podia casar livremente com D. Inês se assim o pretendesse. D. Pedro percebeu que se tratava de uma cilada e respondeu que não pensava casar-se nunca com D.ª Inês.

14


Em Janeiro de 1355, D. Afonso IV e os três fidalgos, aproveitaram a ausência de D. Pedro, que havia partido para uma caçada e foram até ao pavilhão de caça, onde encontraram Inês sozinha junto a uma fonte. Esta ao perceber o que sucedia,

implorou

para

que

não

a

matassem, que se lembrassem dos seus filhos, da tristeza de D. Pedro. As suas lágrimas e súplicas, apenas comoveram o Rei que se retirou, deixando Pêro, Diogo e Álvaro sozinhos com Inês. Os três fidalgos não tiveram dó nem piedade, apunhalando Inês de Castro a sangue frio.

Segundo

a

lenda,

as

lágrimas

derramadas no rio Mondego pela morte de

Inês

teriam

criado

a

Fonte

das

Lágrimas da Quinta das Lágrimas, e

15


algumas

algas

avermelhadas

que

ali

crescem seriam o seu sangue derramado. Quando D. Pedro soube da terrível tragédia,

cheio

de

dor

e

angústia,

declarou guerra ao pai. Assaltou castelos, matou todos os que passavam à sua frente... Após meses de conflito, a Rainha D. Beatriz conseguiu intervir e fez selar a paz, em agosto de 1355. Porém, depois da morte de D. Afonso IV, em 1357, D. Pedro subiu ao trono e mandou procurar os

assassinos

de

Inês.

Diogo

Lopes

Pacheco conseguiu fugir para França, mas Pêro

e

Álvaro

Retiraram-lhes

os

foram corações

executados. (um

pelo

peito e outro pelas costas) e queimaram os seus corpos, enquanto D. Pedro I se banqueteava.

16


Dois anos mais tarde, D. Pedro I mandou

desenterrar

Inês

de

Castro,

sentou-a no trono e, perante todo o povo português, corou-a Rainha de Portugal e obrigou todos os nobres presentes na coroação, a beijar a mão da sua amada. Mais tarde, mandou construir um túmulo para Inês e outro para si, encontrando-se os dois no Mosteiro de Alcobaça, virados um para o outro.

Ana Sofia

17


Marco António e Cleópatra

Naquele outono de 41 a.C., a cidade de Tarso, não mais que um grande burgo da Cilícia (atual Turquia), parecia ter-se transformado mundo

numa

romano.

das

Em

capitais

do

expedição

ao

Oriente, o triúnviro Marco António ali se deteve, convocando Cleópatra, a rainha do Egito, a prestar contas do apoio que teria dado aos assassinos de César. Já muito excitados pela presença de Marco António entre seus muros, os habitantes de

Tarso

esperavam

febrilmente

a

chegada de Cleópatra. Ninguém ignorava que ela, sete anos antes,

conquistara

Júlio

César, 18


acompanhando-o a Roma e dando à luz um filho apresentado como sendo do ditador. Mesmo sem nunca tê-la visto, a maioria reputação

das de

pessoas beleza,

conhecia sedução

sua e

inteligência. Desde o nascer do dia, um rumor avançava, vindo da embocadura do Cydnus, o rio de Tarso, e logo toda a cidade encontrava-se reunida em suas margens. Uma galera subia o rio. Sua popa era de ouro reluzente, suas velas desfraldadas eram tingidas de púrpura e dezenas de remos de prata cortavam as águas. No leme e nos cordames, nada de rústicos marujos, mas um enxame de formosas jovens vestidas de ninfas.

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Debaixo de uma tenda tecida de ouro, estava Cleópatra, recostada, tal como uma deusa do amor. Crianças fantasiadas abanavam-na

de com

pequenos seus

cupidos

leques.

O

conjunto formava um verdadeiro quadro, dedicado a Afrodite. Quando o navio acostou, toda a cidade ali estava, e Marco António, que esperava a rainha na praça pública, ficou sozinho. Muito contra a vontade, precisou descer ele mesmo até o porto, onde Cleópatra convidou-o a partilhar a refeição. A festa noturna que ela organizou foi espetacular.

20


As peripécias do festim, difundidas pelos criados, encantavam os curiosos. Cleópatra, ao que parece, cativou o hóspede com falas aliciadoras e atitudes provocantes. Dizem que Marco António, de início embaraçado, sucumbiu pouco a pouco

aos

charmes

da

egípcia.

Lembravam os mais velhos que Cleópatra já

tivera

uma

aventura

com

Marco

António, quando seguiu César a Roma. Em Roma, as notícias da festa de Tarso logo se espalharam. Esperavam um novo escândalo, algo semelhante àquele provocado oito anos antes pelos amores de César e Cleópatra. A classe dirigente estava ocupada demais com os assuntos públicos para dar importância a essas histórias de embriaguez oriental. Otávio, filho

adotivo

de

César,

combatia

os 21


senadores

dissidentes

chefiados

pelo

próprio irmão de Marco António e por sua esposa Fúlvia. Com

grande

rapidez,

informações

inquietantes chegavam a Roma. Longe de prosseguir sua viagem pelas províncias orientais,

Marco

Cleópatra

a

palácio

real

António

Alexandria... e

trocara

acompanhou Morava suas

no

vestes

romanas pelo manto grego ou pela túnica oriental.

Incapaz

de

se

entregar

a

qualquer atividade séria, pois sua amante não o deixava jamais: participava das partidas de dados, bebia com ele, caçava com ele e o acompanhava em seus treinos físicos no ginásio. Com amigos da corte, os dois amantes fundaram uma sociedade: "A Vida Inimitável". Cada um devia

surpreender

os

demais

com 22


prazeres

inéditos.

Foram

festins

suntuosos. Os dias de delícias, porém, tiveram fim. Dois mensageiros vindos de Roma despertaram

Marco

António

de

seu

agradável torpor: seu irmão e sua mulher Fúlvia tinham sido vencidos por Otávio e os exércitos partos tinham invadido a Ásia Menor, a Síria e a Judéia. Uma carta de Fúlvia, refugiada em Atenas, intimava o marido a ir a seu encontro. A intrigante Fúlvia, porém, que esperava pôr um ponto final na aventura egípcia, morreu, já bem doente. De volta à Itália, Marco António conseguiu fazer um acordo com Otávio: o mundo romano foi partilhado em duas zonas de influência, o Ocidente para

Otávio,

o

Oriente

para

Marco

António. Para selar a reconciliação, Marco 23


António casou-se com Otávia, a irmã de Otávio. Cleópatra, sozinha em Alexandria, deu à luz aos gêmeos Alexandre Hélios (Sol) e Cleópatra Selene (Lua). Durante três anos, não viu Marco António, que vivia na Itália (e depois em Atenas) com a nova mulher Otávia e as duas filhas desse casamento. Súbito, no ano de 37 a.C., Marco António rompeu a vida honrada que levava com Otávia e decidiu lançar contra os partos a grande expedição com a qual sonhava havia anos. Desembarcou em Antioquia

e

fez

Alexandria.

Depois

separação,

o

apaixonados.

vir

Cleópatra

de

de

três

de

encontro

foi

Cleópatra

anos dos

mais

pretendia

reconquistar o amante para garantir a 24


grandeza de seu reino. Marco António, por sua vez, precisava dela para dominar o Oriente e enfrentar o rival Otávio. Os dois amantes instalaram-se no mais belo bairro

de

Antioquia,

reencontraram

aquela

Dafne, boa

e "vida

inimitável" de Alexandria. Marco António reconheceu os gêmeos e casou-se com Cleópatra segundo a norma egípcia, que autorizava a poligamia. Como presente de núpcias, ofereceu-lhe Chipre, a costa síria, a Judéia e mais territórios situados na Cilícia e em Creta. Essas notícias provocaram inquietação em Roma, e, pouco a pouco, conforme chegavam as informações

vindas

de

Antioquia,

a

imagem de Marco António degradava-se junto à opinião pública romana.

25


Cleópatra

acompanhou

Marco

António e seu exército até o Eufrates. Retornou a Alexandria, depois, onde fez cunhar moedas com sua efígie e a do esposo.

Desses

encontros,

nasceu

Ptolomeu Filadelfo. Quando, ao cabo de dois anos de uma campanha em que os revezes se sucederam um após o outro, Marco

António

retrocedeu

com

suas

tropas até a Síria, tinha perdido muitos de seus homens. Cleópatra correu a seu encontro com os barcos carregados de roupas, comida e dinheiro. Mas Cleópatra não era a única a lhe oferecer ajuda. Otávia, sempre fiel ao marido, chegou a Atenas com 2 mil soldados de elite armados da cabeça aos pés, munidos de provisões, animais de carga e dinheiro. 26


Inquieta, a rainha do Egito entregouse então (em 35 a.C.) a um perfeito teatro. Não comia mais, derramava-se em lágrimas a cada vez que percebia o olhar de Marco António sobre ela e alternava os sinais da paixão e os da aflição. Marco

Seus

cortesãos

António:

definhar

uma

"Como pobre

admoestavam podes

mulher

deixar que

respira por ti? Podes comparar uma esposa que uniu-se a ti por razões políticas e a soberana de um tão grande reino que, separada de ti, não poderá mais sobreviver?" Aflito e convencido por essa dor dada em espetáculo, Marco António voltou a Alexandria.

Otávia

ganhou

Roma

e

instalou-se na casa de Marco António com as duas filhas e os dois meninos do 27


casamento anterior do marido. Esposa ultrajada, digna em sua dor e mãe admirável, Otávia atraía o favor dos romanos, que a admiravam e lastimavam sua sorte. O discurso que Marco António dirigiu então

à

multidão

teve

pesadas

consequências. Concedeu a Cleópatra o título de "rainha dos reis" e a Cesarião o de "rei dos reis". Proclamou Cleópatra soberana do Egito, de Chipre, da Líbia e da Síria, e associou Cesarião a seu poder. Os três filhos dela foram dotados de reinos: Alexandre recebeu a Armênia, a Média e a Pártia - que ainda não fora conquistada; Cleópatra, a Cirenaica e a Líbia; Ptolomeu, a Fenícia, a Síria e a Cilícia. Até a maioridade das crianças,

28


esse grande império seria administrado pela mãe. Em 32 a.C., Marco António enviou a Otávia uma carta em que a repudiava, ordenando-lhe que deixasse sua casa. Otávio aproveitou a ocasião para desferir

o

golpe

decisivo.

Buscou

o

testamento de Marco António confiado às vestais. Percorreu-o e marcou os trechos mais suscetíveis de provocar indignações. Reuniu

o

Senado

e,

fingindo

deslacrar o documento, leu as passagens em que Marco António distribuía a seus filhos egípcios os reinos orientais e pedia para ser enterrado em Alexandria junto a Cleópatra. O horror foi geral. Mesmo os amigos que Marco António ainda tinha em Roma dele se afastaram. Quando Otávio declarou guerra à egípcia, suas troças 29


faziam a alegria dos romanos: "Marco António

não

passa

de

um

fantoche,

vítima dos filtros da estrangeira. (...) Não precisarão combater nenhum exército, só o eunuco Mardion, a cabeleireira Iras e a ama Charmion, os únicos poderosos em Alexandria". As duas frotas encontraram-se no golfo do Ácio, no noroeste da Grécia, no dia 2 de setembro de 31 a.C. Depois de um longo e decisivo combate, os navios de Otávio derrotaram os de Cleópatra e Marco António. O casal conseguiu fugir e ganhar Alexandria. Sabiam que os dias de

liberdade

ainda

assim

prazeres

estavam

contados,

entregaram-se

extravagantes.

mas

a

mais

Com

seus

amigos, fundaram uma nova associação, "A Espera da Morte em Comum", e 30


passavam alegremente o tempo como se cada

noitada

fosse

a

última.

Na primavera do ano seguinte (30 a.C.), Otávio tomava Alexandria, ocupada sem grandes dificuldades. Marco António e Cleópatra tentaram, cada um de seu lado,

ainda

recusou-se

um a

pacto, qualquer

mas

Otávio

negociação.

Cleópatra já se preparara para a morte: na torre-mausoléu (munida de janelas) que

construiu

para

si,

ordenou

que

reunissem tudo o que possuía de mais precioso, joias, ouro, móveis, perfumes e uma grande quantidade de tochas e estopas. Pela manhã, Cleópatra refugiou-se com duas de suas amas no mausoléu. Ordenou que trancassem a porta e dissessem

a

Marco

António

que

se 31


matara. O general entendeu que ele também devia morrer. Atingiu o ventre, mas não faleceu de imediato. Neste momento,

chegou

o

secretário

de

Cleópatra anunciando que ela continuava em

vida.

Marco

António,

agonizante,

pediu para ser levado ao mausoléu. "Cleópatra

apareceu

à

janela",

contou um servo, "mas não conseguiu abrir a porta. Pela janela, desceu uma corda à qual amarramos Marco António. As três mulheres, puxando a corda com as mãos, alçaram com muita dificuldade nosso general moribundo e coberto de sangue."

Cleópatra

estendendo-o

ao

solo,

recebeu-o rasgou

e, suas

roupas, arranhou seu peito e suas faces, abraçou o moribundo chamando-o de seu senhor, seu esposo e seu imperador. 32


Marco António pediu uma taça de vinho, bebeu e, num último suspiro, aconselhou a Cleópatra que salvasse sua vida

se

pudesse

fazê-lo

de

maneira

honrada. Otávio, imediatamente informado da morte

de

Cleópatra

Marco ateasse

António, fogo

temia

ao

que

mausoléu.

Queria-a viva para carregá-la em triunfo a Roma. Dois de seus amigos, Proculeio e Galo, foram encarregados de fazê-la sair da sepultura. Enquanto Galo encetava as conversações, Proculeio empurrava uma escada contra o muro, entrando na torre pela janela. Cleópatra foi trancafiada no palácio sob a guarda de um liberto de Otávio. Pálida, magra, o rosto e o peito feridos,

febril

com

a

infeção

dos

ferimentos que infligira a si mesma, a 33


rainha do Egito não era mais que sua sombra

quando

visitá-la.

Uma

Otávio última

decidiu-se vez,

a

Cleópatra

tentou seduzir um general romano. Em vão. Informada de que preparavam o navio que devia conduzi-la a Roma com os filhos, pediu para voltar ao mausoléu. Trouxeram-lhe

uma

refeição

suntuosa e depois ela trancou-se com as duas amas. Numa mensagem, pediu a Otávio para ser enterrada junto com Marco António. Compreendendo o que se passara, Otávio enviou a guarda em toda diligência.

Tarde

demais:

Cleópatra

estava morta. Cleópatra

tinha

39

anos

quando

escolheu ir ao encontro do amado na morte. Compungido com sua fidelidade, Otávio autorizou seu enterro junto a 34


Marco António no mausoléu real. Uma só sepultura reuniu para a eternidade esses dois terríveis amantes, cujo romance transformou o curso da história do mundo romano.

João Pedro nº 15

35


Napoleão Bonaparte e Josefina Beauharnais

Josefina

era

viúva,

quando

conheceu

general

que

com

dois

Napoleão,

depois

veio

a

filhos,

que ser

era 1º

Imperador da França. Foi a primeira mulher de Napoleão, sendo, portanto, a mulher mais influente da França durante o primeiro Império.

36


O amor de Napoleão foi tão intenso que ele adotou os filhos dela, oficialmente como seus, sem permitir que alguém dissesse que eram adotivos. Ela tornouse

imperatriz

da

França

quando

e

Napoleão foi quem a coroou. Viveram felizes até que ele começou a desconfiar que ela o traía, pois ele era muito ciumento e não ficava tranquilo quando tinha de a deixar sozinha para ir às batalhas, assim ele escrevia longas cartas, onde afirmava o seu amor.

37


Os rumores acerca dos encontros secretos

de

Josefina

chegaram

aos

ouvidos de Napoleão. O relacionamento entre eles era muito abalado, apesar do amor que ambos demonstravam um pelo outro. Então, ela isolou-se num castelo e, mesmo

assim,

ele

enviava

cartas

desesperadas para ela, perdoando-a, até descobrir que ela havia ficado estéril. Napoleão então pediu o divórcio, já que ela

não

poderia

dar

à

França

um

herdeiro. Ambos concordaram no divórcio de modo a que Napoleão pudesse casar com outra mulher, na expectativa de ter um filho. Após o divórcio, Josefina passou a residir em Malmaison, nas redondezas de Paris, mas mesmo com a distância, a ex-

38


imperatriz manteve um relacionamento amigável com Napoleão. Josefina

morreu

de

pneumonia

e

Napoleão, o amor da sua vida, morrera 7 anos depois na ilha de Santa Helena, aprisionado pelas tropas britânicas.

39


História de amor de Shah Jahan e Mumtaz Mahal

Havia, na índia, um príncipe chamado Kurram que namorou com uma princesa quando tinha 15 anos de idade. Após 5 anos sem se verem, o casamento foi realizado

em

1612.

O

imperador

rebatizou a princesa como Mumtaz Mahal que significava “ a escolhida do palácio” e o príncipe foi coroado em 1628 com o nome Shah Jahan “o rei do mundo”. Mumtaz, ao dar á luz o 14º filho morreu

com

39

anos

em

1631.

O

imperador ficou triste e desconsolado e toda a corte chorou a morte da rainha 40


durante 2 anos, e durante esse periodo não houve festas, musica ou celebrações. Shah

Jahan

ordenou

que

fosse

construído um monumento para que o mundo

jamais

pudesse

o

pudesse

esquecer. Não se sabe ao certo quem foi o arquiteto, mas em Agra foram reunidas as maiores riquezas do mundo. Surge assim o Taj Mahal. O seu nome é a variação curta de Mumtaz Mahal. O nome “Taj” é de origem persa que significa coroa, “Mahal” é arábico e significa lugar.

41


Tristão e Isolda

Tristão

e

Isolda

é

uma

história

trágica de amor entre o cavaleiro Tristão, originário da Cornualha, e a princesa irlandesa Isolda, conhecida como “Isolda, a loura”. A sua história de amor já foi contada e recontada, assumindo, por vezes, versões ligeiramente diferentes ao longo do tempo.

42


Tristão, filho de Isabel de Cornualha e Meliodas, depois de ficar órfão foi-lhe retirada a herança do seu pai. O seu tio, Rei

Marco

Bretões,

da

Cornualha,

ajudou-o

a

líder

tornar-se

dos num

Cavaleiro de Távola Redonda. Tristão foi considerado um dos melhores cavaleiros do rei Arthur por ser corajoso e valente. Depois da saída dos Romanos, a GrãBretanha ficou fragmentada em vários clãs

que

combatiam

entre

si.

Nessa

altura, a Irlanda, que não fora afetada pela chegada dos Romanos, dominava a região e podia ser um aliado poderoso para qualquer dos clãs, por isso o rei Marco enviou Tristão como emissário ao reino da Irlanda para que ele pedisse, em 43


seu nome, a mão de Isolda para que pudesse restabelecer a paz nos seus reinos.

Isolda,

aceitou

o

pedido

e

organizou um banquete para celebrar a união,

tendo

mandado

preparar

uma

poção mágica de amor para criar uma relação duradoura com o rei Marco, a qual seria servida no banquete. No entanto, durante o banquete, os copos que continham a poção mágica foram,

acidentalmente,

trocados

e

servidos a Tristão e Isolda que, depois de a

beberem,

ficaram

irreversível

e

perdidamente apaixonados. Apesar disso, Isolda casou com o rei Marco, mas o amor entre ela e Tristão era tão forte que estes se encontravam as escondidas, à noite, para viverem o seu amor. Numa dessas noites, porém, os apaixonados 44


foram surpreendidos pelo rei Marco que os viu e, magoado e traído, expulsou-os do castelo. O casal ficou a vaguear pelas ruas, sem ajuda, até que chegaram a um ponto de tal pobreza e fome que o Rei Marco, compadecido,

permitiu

a

entrada

de

Isolda no castelo, mas enviou Tristão para França. Aí ele casou-se com uma outra jovem, também chamada de Isolda, (mas conhecida como Isolda, a das mãos brancas) filha do duque de Bretanha, mas esta nunca conseguiu fazê-lo esquecer o seu amor pela Isolda que deixara na GrãBretanha, motivo pelo qual Tristão não consumou o casamento, continuando fiel ao seu primeiro amor.

45


Certo dia, numa batalha, Tristão ficou ferido com uma lança e pediu à sua amada Isolda, a loura, que havia herdado dotes mágicos da sua mãe, rainha da Irlanda, que viesse socorrê-lo. Tristão combinou com ela que, se o navio que ele enviou com o emissário voltasse com velas brancas, a resposta dela seria afirmativa; já, se as velas fossem negras, isso

significaria

que

ela

não

vinha

socorrê-lo.

46


Na chegada do barco, a sua esposa, a das Mãos Brancas, com ciúmes, vingouse devido à indiferença com que ele a tratava: disse-lhe que o barco tinha chegado com as velas pretas, já que Isolda tinha morrido na viagem. Tristão, sentiu uma dor tão forte no coração que morreu de desgosto. Quando Isolda, “a loura”, chegou e viu o seu amado morto, também ela sentiu uma grande dor, abraçou o corpo de Tristão e morreu, assim, abraçada a ele, de tristeza. Deste modo foram também enterrados, lado a lado e diz-se que, nas suas sepulturas, nasceram

duas

árvores

que

se

entrelaçaram para que nunca fossem separadas. Esta lenda de amor é considerada uma das maiores da História porque 47


relata as aventuras e desventuras de um jovem casal apaixonado, que, por não ter vencido

tantas

adversidades,

e

tão

complexas

conseguiu

unir-se

definitivamente depois da morte. Esta é uma das mais belas histórias de amor que se tornou trágica e foi já adaptada para peças de teatro e cinema.

Trabalho realizado por: Vicente Gonçalves Moreira 48


A história de Marco António e Cleópatra

A história do fim da República em Roma

e

o

início

do

Império

está

relacionada também com uma relação de amor entre Marco António e a faraó do Egipto, Cleópatra. Durante

o Segundo

Triunvirato,

Marco António havia se transformado em comandante

da

porção

oriental

dos

territórios controlados por Roma. Nessa função,

Marco

António

passou

a

se

identificar cada vez mais com a cultura oriental,

abandonando

várias

das

tradições romanas.

49


Além disso, Marco António aliou-se politicamente à rainha Cleópatra e por ela também se apaixonou. Ele realizou as chamadas

“doações

de

Alexandria”,

passando para as mãos de Cleópatra e de seus filhos algumas províncias romanas orientais

e

outras

que

pretendia

conquistar.

A

relação

de

Cleópatra

com

os

generais romanos era antiga. Ela havia 50


apoiado

Pompeu

e,

posteriormente,

envolveu-se com Júlio César. Com o apoio deste último, ela conseguiu se tornar a rainha do Egipto e com ele teve um

filho,

Cesarião

que (ou

recebeu também

o

nome

de

Cesarion,

ou

Caesarion). Com a morte de Júlio César, Cleópatra afastou-se por um tempo do poder. Mas com a ascensão de Marco António no Oriente,

a

egípcia

aproximou-se

do

romano. A relação de amor de ambos resultou

em

três

filhos,

que

foram

transformados posteriormente em reis de províncias orientais de Roma.

51


Após a derrota para Octávio, Marco António viu-se ameaçado na cidade de Alexandria. Para não ser morto pelas tropas inimigas, suicidou-se, ao lado de Cleópatra,

em

31

a.C.

Com

a

concentração de poder, Octávio passou a perseguir os descendentes de Cleópatra e Marco

António,

aniquilando-os

completamente. Com

isso,

Octávio

conseguiu

transformar o Egipto novamente em uma província romana, garantindo o poder sobre o local.

Ana Catarina nº 2 Marisa Almeida nº 22

52


Napoleão Bonaparte e Josefina Beauharnais

Napoleão Bonaparte, nascido a 15 de agosto 1769, foi Imperador de França durante 1804 a 1814. Foi um líder político e militar durante os últimos estágios da Revolução Francesa.

O

grande

amor

de

Napoleão

foi

Josefina Beuharnais. Nasceu a 23 de junho de 1763 e com quinze anos casou53


se e teve dois filhos. Em 1794 ficou viúva. Em 1796, Napoleão Bonaparte casouse com Josefina Beauharnais, sendo a sua primeira mulher. O amor de Napoleão foi tão intenso que adotou Eugênio de Beauharnais e Hortênsia de Beauharnais, filhos de sua esposa, oficialmente como seus, sem permitir que alguém dissesse que eram adotivos. Em

1804,

Napoleão

tornou-se

Imperador de França coroando a sua amada Imperatriz de França, na catedral de Notre-Dame, sendo, a mulher mais influente da França durante o Primeiro Império.

54


O

Imperador

Francês

era

muito

ciumento e não ficava tranquilo quando tinha de deixar a sua mulher sozinha para ir às batalhas, assim, ele escrevialhe longas cartas onde afirmava o seu amor com frases ardentes: "Não sabes que sem ti, sem o teu coração, sem o teu amor, não existe para o teu marido nem felicidade, nem vida?", "Longe de ti as noites são longas, tristes e melancólicas. Junto de ti, desejo que seja sempre noite." Os

rumores

secretos ouvidos

de de

acerca

Josefina

dos

encontros

chegaram

Napoleão.

O

aos seu 55


relacionamento

era

apesar

amor

do

muito que

abalado, ambos

demonstravam um pelo outro. Devido a esses factos, a Imperatriz isolou-se num castelo e mesmo assim, o seu marido enviava-lhe

cartas

desesperadas,

perdoando-a. A descoberta de que Josefina era estéril veio a abalar ainda mais o seu casamento, já que ela não podia dar a França um herdeiro. Napoleão pediu o divórcio e

ambos concordaram nessa

decisão, de modo que Napoleão pudesse casar com outra mulher, na expectativa de ter um herdeiro.

56


Após o divórcio, Josefina passou a residir em Malmaison, nas redondezas de Paris, mas mesmo com a distância, a eximperatriz manteve um relacionamento amigável com Napoleão. Josefina

morreu

de

pneumonia

e

Napoleão, o amor de sua vida, morreria 7 anos depois na ilha de Santa Helena, aprisionado pelas tropas britânicas.

Beatriz Silva nº8 Beatriz Fernandes nº9 Mariana Gonçalves nº21

57


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