Filipa Azevedo

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Trabalho de História e Geografia de Portugal por Ana Filipa Ribeiro Azevedo Nº 3 6ºD

Guerra colonial… …tempo de sofrimento

da Escola eb2,3 André Soares a 19 de março de 2013


A guerra colonial deixou marcas em muitas famílias portuguesas e, ainda hoje, é relembrada por muitos que não esquecem os perigos permanentes que enfrentaram. Tenho um tio-avô que, com 22 anos, foi para África, Angola, onde combateu, ao longo de dois anos e meio, entre 1964 e 1967. Em toda a sua comissão esteve no Norte de Angola, a primeira parte em Nambuangongo e na Pedra-Verde, uma zona onde houve muitos combates. A segunda parte da sua comissão foi passada na zona junto à fronteira do Congo com base em Maquela do Zombo. Pertencia ao batalhão de infantaria1 com a especialidade de atirador especial. Embora tivesse participado em muitos combates, a sua companhia não teve mortes, só houve feridos, o mais grave de todos foi por ter bebido muitas cervejas e, logo a seguir, chocar com o jipe contra uma árvore. Quando o meu tio-avô regressou, ao fim de longos e intensos dois anos e meio de luta, trazia com ele uma linda cadela que se chamava Luanda, que era do tamanho de um labrador grande. A Luanda foi uma cadela pisteiro2, preciosa pela ajuda dada na descoberta do inimigo.

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Infantaria - conjunto de tropas treinadas para combater a pé. Cão pisteiro - um cão que descobre o caminho pelo cheiro.


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