Miguel oliveira

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História de um soldado europeu sobrevivente da 1ª Guerra Mundial um exercício de empatia histórica Miguel Oliveira, nº 18 do 9º Ano Turma H


O meu nome é Phillip, Phillip Jonhson e tinha 18 anos quando me alistei para o exército do meu grande país, a Inglaterra.


Desde os meus 5 anos, idade com que entrei para a escola, que ouço falar daqueles desavergonhados dos alemães que se acham melhores que nós e como eles nos tentam fazer frente industrial e comercialmente. Também me lembro de ter ouvido os meus pais e os sábios ingleses dizerem que há muito que querem dar uma lição, àqueles escumalhas. Estas foram as razões de eu me ter inscrito para o exército inglês, mal tive idade para isso.


O nosso exército, mais o exército francês, o exército russo e o exército sérvio, oh coitados daqueles países que se intitulam de Potências Centrais, nós, as Potências Aliadas, vamos acabar com esta guerra, que eles começaram, num ápice.


Em 1914 fomos chamados à França, pois a Alemanha tinha feito um ataque rápido, tentando chegar a Paris mas os franceses, com a nossa ajuda, pararam os alemães de avançar ainda mais para lá da fronteira francesa. No caminho até lá estávamos todos a cantarolar músicas de vitórias pois isto daqui a um ano, ou menos, estará resolvido, mas quando chegamos à zona de guerra, havia um cenário de mortes, que me fez recear um bocado a guerra, mas como patriota que sou, continuei a marchar até ao meu posto.


Nós e a França estivemos a deter a Alemanha durante um longo ano até que a guerra de movimentos acabou, continuando a 1ª Guerra Mundial com a guerra das trincheiras. Eu, o exército inglês e o exército francês estávamos na frente ocidental contra os alemães.


Durante 3 enormes anos estivemos nas trincheiras receando um ataque inimigo. Estive semanas sem comer, meses sem dormir mais de duas horas devido ao frequente ataque de ambas as partes, e vi muitos soldados amigos morrerem, à frente dos meus olhos sem eu poder fazer nada, foi uma sorte eu ter sobrevivido a esta guerra infernal, que afinal não era nada do que eu pensava. Em 1917, os nossos amigos de longa data, os Estados Unidos da América, desequilibraram as forças para o nosso lado, provocando um ano depois a vitória dos Aliados.


Quando regressei a casa, os meus pais estavam à minha espera, como as muitas famílias e cidadãos agradecidos pelo nosso sacrifício, e chorando também os mortos em combate. Após a guerra, eu fiquei feliz por ter sobrevivido e por ter ajudado a minha pátria, o meu país e também aliviado pois já não teria de estar mais tempo naquelas horrorosas trincheiras onde só vivi momentos infelizes. Ainda estou um bocado abalado com a guerra pois continuo a ter pesadelos com os meus soldados amigos a ficarem loucos de repente, dizendo que não aguentavam mais, tentando ferir-se ou ser feridos para voltar a casa.


O meu país acabou por sair beneficiado na guerra pois não sofreu nenhum “castigo” como os derrotados e não pagou uma indemnização como a Alemanha, aos outros países, e ainda bem pois as Potências Centrais é que começaram este conflito, saíram derrotados e agora têm de pagar pelas mortes que causaram e pelos custos da guerra, como diz no Tratado de Versalhes.


Agora que a guerra acabou, a Europa está mais estável, e aqueles charlatões dos alemães estarem a pagar o que devem, penso no que passei lá no inferno das trincheiras e acho que só há um aspeto positivo, ajudei a minha pátria, entre todos os aspetos negativos, como estar atolado de lama, quando chovia, ou estar com frio, ou estar com a minha roupa cheia de pulgas e piolhos, afinal as trincheiras eram como um “paraíso” para as pragas. Mas se existir outra guerra, nem pensaria duas vezes em alistar-me, pois defenderei sempre a minha nação.


Durante estes quatro anos s贸 fiquei agradecido a um ser majestoso, Deus, pois sem a sua ajuda teria morrido no campo de batalha entre os outros milh玫es de mortos.

FIM


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