O fada do natal

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A Fada do Natal

5ยบ G Conto coletivo


Era uma vez uma menina muito bonita que vivia num Reino, que jรก tinha sido muito rico, mas, por causa de quem o governava, agora era muito pobre. Esse reino chamava-se Portalo.


Na vĂŠspera de Natal, andava o Mundo inteiro ocupado com os preparativos para a grande festa.


E o Pai Natal n찾o tinha m찾os a medir. Era uma corrida muito louca que ele tinha de fazer entre os quatro cantos do mundo no seu tren처 a jato.


Contudo, algo lamentável aconteceu: o GPS do Pai Natal não tinha as coordenadas do Reino de Portalo e, por isso, não entregou lá nenhuma prenda. Provavelmente pensava que esse reino tinha sido aniquilado do mapa.


A ceia natalícia já tinha começado para quem pôde e na torre da igreja já soavam as doze badaladas. Nesse instante, todas as crianças do Mundo inteiro foram a correr abrir os presentes.


Uns receberam viagens a Marte, outros iTrones 5020 e iPacks com 500 trenabites, o último grito da moda, outros receberam óculos e relógios multifunções em 6D, outros ficaram apenas com uns livros digitais ou umas simples joias em diamantes e platina.


A menina muito bonita tinha poderes mágicos e conseguia transformar coisas inúteis em tudo aquilo que precisava. Ela chamava-se Oriana e tinha uma varinha de condão que lhe fora oferecida pela sua tetravó.


Nesse momento pegou na varinha de condão e transformou umas panelas velhas que a atrapalhavam na cozinha num moderníssimo sistema de comunicaçþes. E em menos de um segundo estabeleceu contacto com o Pai Natal:


- Pai Natal! Onde andas? Estou muito chateada contigo! – gritou Oriana num fôlego só. - Ho! Ho! Ho! – respondeu do outro lado o Pai Natal.


- Estou bué chateada contigo! Não entregaste presentes em Portalo porquê? Os meninos neste momento estão junto das fogueiras muito tristes e deixaram de acreditar em ti, bacano!


Ao ouvir isto, o Pai Natal ficou abananado e retorquiu: - Mas esse Reino ainda existe? - Existe sim! – confirmou indignada Oriana. - Ena pá! Mas que baita de cena! – saiu do outro lado da linha. - Mas no meu GPS já não existe esse Reino! – concluiu.


- Foram os malandros da Troika que apagaram as coordenadas – rematou Oriana. - E agora o que faço? Essas crianças não podem ficar sem prendas! - Já sei, Pai Natal! – disse Oriana mais animada. - E então?!


- Ouve Pai natal, vou enviar-te um e-mail com todas as coordenadas de Portalo, mais as coordenadas de todas as casas de todos os meninos e eu, com a minha varinha de cond達o, vou fazer recuar o tempo para antes das doze badaladas.


- Ok! – despediu-se o Pai Natal.


Oriana pegou na sua varinha de condão, transformou um porco num veículo supersónico e foi até ao centro do Reino de Portalo e lá do alto levantou a varinha de condão, agitou-a e fez recuar o tempo, sem que ninguém desse conta, para umas horas antes das doze badaladas.


Assim, o Pai Natal teve tempo para distribuir os presentes por todos os meninos e meninas de Portalo. E quando soaram as doze badaladas na torre da igreja, as crianรงas foram a correr abrir os seus presentes.


No meio de todas as dificuldades, este ainda foi um dia feliz para as crianรงas de Portalo.


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