O NATAL DA MINHA Mテウ
Ana Sofia Gomes, Nツコ1 turma: B
Hรก cerca de 30 anos atrรกs, ainda era a minha mรฃe pequena, em Cristelo - freguesia de Barcelos, o Natal comeรงava 15 dias antes para os preparativos.
Nesses 15 dias, a minha mĂŁe e os seus irmĂŁos iam escolher uma ĂĄrvore de Natal Ă floresta, onde iam apanhar musgo nos penedos e pinhas mansas para assar no Natal.
Era noite, jå tudo estava pronto e jå se sentia cå fora o cheirinho da consoada, que consistia em comer bacalhau cozido com batatas e couves com molho que era feito de azeite com cebola frita e as sobremesas eram: aletria, rabanadas ‌
Na sala as crianças davam os últimos retoques na árvore de Natal segura por umas pedras e decorada com fitinhas às cores, com uns embrulhos a fazer de prendas, que hoje são substituídas pelas bolas de Natal, e uma estrela de papel.
No fim observavam o presĂŠpio para ver se estava tudo em ordem, pois ele era construĂdo com as mesmas pedras da ĂĄrvore e com mais uns baldes que, com musgo por cima, davam o efeito de um grande monte, no cimo do qual se fazia a cabana onde dentro se encontrava o menino Jesus, Maria, JosĂŠ, o burro e a vaca.
À volta havia vários caminhos (feitos de areia), pelo monte onde se encontravam os reis Magos, os músicos e os pastores com as ovelhas. No sopé do monte construía-se um lago com pescadores a pescar.
A consoada estava pronta e era hora de jantar. Depois da consoada eles divertiam-se a tirar os pinhões das pinhas que tinham sido previamente assadas, jogavam jogos tradicionais e de cartas (entre eles: ao rapa, às orelhas, à bisca, ao rebenta …)
À meia noite já todos dormiam e só no dia seguinte é que recebiam os presentes que podiam ser figos, nozes, avelãs, castanhas, … E assim se passava o Natal em Barcelos, na freguesia de Cristelo.