Paula marques

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História de um soldado europeu sobrevivente da 1ª Guerra Mundial exercício de empatia histórica Paula Marques 9º D


O meu nome é Oliver, Oliver Oxford, tenho 35 anos e luto de alma e corpo pela minha amada Inglaterra pertencente à Tríplice Entente, juntamente com a França, o Império Russo.


Desde que era pequeno que estou habituado a ouvir verdades tais como "A Inglaterra é a melhor", "nenhum país nos supera" e "derrotaremos tudo sem problemas", na escola éramos ensinados a amar o nosso país como quem ama uma criança e la cantávamos o nosso glorioso hino. Nos jornais não era muito diferente e em casa a mesma coisa, por isso quando ouvimos falar da guerra pensamos "pfft isto já está ganho".


Então aguardamos pelas ordens de avanço e no dia íamos contentes, de peito cheio e a cantar "A Inglaterra é a melhor, a Inglaterra é a melhor e vamos fazer as potências centrais sentir dor". Chegados ao local vimos a dimensão das tropas e armas que nos deparavam e ficamos de imediato conscientes que não seria uma guerra tão fácil assim. Colocamo-nos nas nossas posições de combate, mais novos á frente e mais velhos atrás, e preparamonos para a guerra dos movimentos. Em tal ambiente o único que se ouvia era o som das metralhadoras e os gritos dos homens abatidos, um caos nunca antes visto, mas o pior ainda estava para começar.


Visto que a guerra dos movimentos era pouco eficiente mudou-se de estratégia e aí começou a horrenda guerra das trincheiras. Aí eu vi que o sofrimento ainda só tinha começado, o inferno existia sim, grandes galerias lamacentas, o perfeito habitat de parasitas e doenças, o perfeito terror.


Durante esses horrendos 3 anos só se ouviam gritos de dor e balas, pessoas a tentarem ser acertadas para irem para o hospital... Um autêntico hospício, aquele ambiente enlouqueceria qualquer um, mas o único que tínhamos em mente era a nossa Gloriosa? Gloriosos eram os dias em que podíamos sair das horrendas trincheiras, esquecermo-nos das infantarias que nunca regressaram, e tomar um belo banho e sentir a roupa lavada na nossa pele, depois voltamos para o nosso mortal destino, para mim a morte era certa, não tinha qualquer esperança de sobreviver mas pela minha pátria, pela minha pátria faço tudo.


Três longos anos já passaram e estou vivo... Será mesmo? Continuo a achar que estou morto e isto é apenas um sonho. De qualquer das maneiras houve uma grande novidade para nós Potências Aliadas, os E.U.A. juntaram-se a nós, e vamos voltar para a guerra dos movimentos, depois da saída do Império Russo se não tivéssemos os E.U.A. estaríamos em apuros, eles ajudaramnos muito com 1 milhão de homens frescos, carros blindados e material de guerra e foi mais 1 ano na guerra do relâmpago contra as fronteiras ocidental e balcânica.


Mas em 1918 ai, glorioso ano e horrível ano, a guerra finalmente terminou e ganhamos! As grandes Potências Aliadas ganharam, por momentos senti-me cheio de alegria, alívio, felicidade... Foi incrível... Estar vivo o que antes era uma utopia para mim tornou-se realidade. Essa felicidade era imensa mas não durou muito tempo quando se ouviu do Tratado de Versalhes eu achei imediatamente que as potências de estavam a tentar enforcar. Eles esperam mesmo que a Alemanha tal potência se vai manter quieta e calada depois de tanta humilhação? A paz está a ser assinada em cima de um barril de pólvora que irá explodir mais cedo ou mais tarde.


Mas dispersando, esta guerra ajudou-me a ver que há mais países além da Inglaterra, que também são bastante poderosos. No sentido negativo muitos dos meus amigos e colegas morreram, uma marca que me ficará para a vida. Se pudesse voltar atrás tentaria mudar a estratégia de ataque da infantaria pois milhares de pessoas morreram apenas por conta da ignorância.

FIM


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