Beirinha 2017

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Encarte Especial UFPA • Ano XXXII• n. 139 • Outubro e Novembro, 2017

Núcleo de Astronomia nos leva até as estrelas Página 3


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Ciências

Acervo do Pesquisador

Faça parte de um clube diferente Amanda Nogueira

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e um jeito bem colorido e divertido, o Clube de Ciências da UFPA quer transformar você em um pequeno investigador. Todos os anos, os estagiários do Clube de Ciências visitam algumas escolas para fazer um convite muito especial, eles avisam aos alunos da Educação Básica que estão abertas as inscrições para o Clube. Essa divulgação só acontece em escolas públicas próximas à UFPA, mas os estudantes de qualquer escola também podem participar.

A investigação e a diversão acontecem em sala de aula. As turmas têm em média 25 alunos, composto por aqueles que ainda nem aprenderam a ler até os grandões do Ensino Médio. Quem cuida dessas turmas são grupos de cinco professores estagiários que falam sobre Química, Física, Biologia, entre outros assuntos. As inscrições para participar do Clube de Ciências ocorrem normalmente no início do ano. O clube usa a investigação científica como forma de ensinar, sempre procurando chamar atenção da garotada.

Com os pequeninos que ainda não sabem ler, os professores trabalham com imagens, oralidade e manipulação de objetos, de preferência bem coloridos. Com os estudantes do Ensino Médio, o professor cria uma situação em sala de aula e os alunos colocam a cabeça para funcionar e pensam em uma maneira de explicar essa situação. O professor é um guia entre eles e o conhecimento. No final, os alunos são orientados a escrever uma história contando como foi essa experiência.

Observar o que está ao nosso redor De acordo com o professor João Amaro, o objetivo do Clube de Ciências é desenvolver nos participantes a habilidade para observar, problematizar e levantar hipótese. “Queremos que as crianças e os jovens sintam interesse por determinados fenômenos e busquem uma explicação para eles. As estratégias são modificadas

dependendo da faixa etária”, afirma o coordenador do clube. O melhor do Clube de Ciências é que os professores aprendem com os alunos, já que eles também são estudantes da UFPA e de outras universidades. No projeto, os estagiários têm a oportunidade de dar seus primeiros passos como pesquisadores na área do

ensino das Ciências e Matemática. Durante a semana, eles vão à aula, assim como os pequenos participantes do clube. Lá os futuros professores recebem orientações, desenvolvem os experimentos e estruturam as aulas para que, aos sábados, possam realizar as mais estimulantes atividades com a garotada.

Ciência da Ilha O Clube de Ciências também visita quem mora fora da capital. O “Ciência na Ilha” é um evento realizado em alguma ilha da Região Metropolitana de Belém, com o objetivo de envolver as crianças de comunidades ribeirinhas. A primeira edição aconteceu em 2006. De lá para cá, a equipe já visitou Combu, Cotijuba, Outeiro, entre outras ilhas. O evento acontece no segundo semestre, com exposições, oficinas e minicursos abertos ao público. As inscrições são gratuitas. Alexandre de Moraes


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Nastro abre um céu de oportunidades Renan Monteiro

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uem nunca olhou para o céu e teve a curiosidade de saber mais a respeito dos objetos celestes? Estrelas, cometas, planetas, galáxias geralmente despertam nosso interesse. Com a intenção de compartilhar esses conhecimentos com crianças e jovens, o Núcleo de Astronomia da UFPA (Nastro) criou o Programa “Aulas Preparatórias para a Olimpíada Brasileira de Astronomia” (OBA), evento anual que reúne escolas públicas e privadas de todo o Brasil. Além das aulas preparatórias para a Olimpíada, o Nastro dispõe de uma Brinquedoteca de Astronomia, na qual há instrumentos didáticos

que funcionam como brinquedos para as crianças. Fazem parte da equipe alunos de vários cursos: Física, Ciências Naturais, Meteorologia, até Filosofia. “Na prática, dar aula para todas as crianças com apenas dois bolsistas é muito difícil, então nós contamos com uma série de alunos voluntários”, ressalta o professor Luís Carlos Crispino. Eliezer Duarte é um dos bolsistas que lecionam nas aulas preparatórias. Ele diz que fazer a criança manusear os experimentos é muito importante, porque ela acaba absorvendo aquele conteúdo de uma forma mais simples, “ela brinca e aprende”. Eliezer ressalta o entusiasmo das crianças durante

as aulas, “elas veem temas relacionados à Astronomia em determinado filme e querem saber o que é. O Núcleo de Astronomia oferece essas respostas”. As aulas são divididas em quatro níveis e atendem a alunos desde o primeiro ano da Educação Fundamental até o último ano do Ensino Médio. Ocorrem aos sábados, das 9h ao meio-dia, no Mirante do Rio, na sala do Nastro ou em um ambiente aberto. De modo geral, o público é formado por alunos de escolas públicas do entorno da UFPA, Guamá e Terra Firme. Porém há muitas crianças de escolas particulares que também se interessam por Astronomia e frequentam as aulas.

Atividades melhoram o desempenho escolar Se você é criança ou adolescente e quer participar das aulas preparatórias para a OBA, provavelmente um adulto vai acompanhá-lo até a UFPA. Engana-se quem pensa que os de maior idade ficarão fora da sala de aula. Mesmo sendo destinadas aos alunos do Ensino Fundamental e Médio, as aulas preparatórias podem envolver pais, mães e responsáveis. De acordo com Eliezer Duarte, os adultos chegam influenciados pelas crianças e trazem contribuições interessantes, pois fazem perguntas e apresentam exemplos do cotidiano. Muitas vezes, essa experiência aproxima pais e filhos, além de melhorar o desempenho das crianças e dos jovens na escola. O professor Luís Crispino afirma que o objetivo principal das atividades não é ganhar medalhas nas Olimpíadas. “Não estamos interessados em atender somente aos melhores alunos, mas sim na possibilidade de inclusão social e na melhoria do desempenho intelectual de cada indivíduo. As crianças começam a perceber que estudar é legal, que a escola é legal, que aprender é legal. Isso muda a vida delas. É

impressionante”, relata o professor. Em mais de 10 anos de atividade, a equipe do Nastro levou a Astronomia por meio de Mostras e Feiras de Ciências para diversos municípios paraenses, entre eles Salvaterra, Igarapé-Miri e Conceição

do Araguaia. O Nastro já atingiu mais de 100 mil pessoas ao longo de sua existência. Isso, segundo seus coordenadores, é um exemplo de difusão e popularização da Ciência e também de uma ação realizada com base no voluntariado. Alexandre de Moraes

Recursos didáticos fazem da Brinquedoteca de Astronomia um espaço de aprendizagem.


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Caça-Palavras

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