Revista da beterraba

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REVISTA DA BETERRABA

Uma publicação da Bejo Zaden B.V.

Postbus 50 1749 ZH Warmenhuizen

T: 0226 396 162

F: 0226 393 504

E: info@bejo.com

W: www.bejo.com

Editores

Jelger van Weydom

Daniëlle Bruin

Jorien Smak

Kevin van Schaik

Robert Schilder

Ronald Loos

Esther Plevier

Redatores

Jelger van Weydom

Daniëlle Bruin

Jorien Smak

Fotografia

Petra Tesselaar

Jurgen van Baar

Marissa Goussard

Jelger van Weydom

Design

Nathalie España

Layout

Nathalie España

Gráfica

Koopmans’ drukkerij BV, Zwaag

Nenhum direito pode ser derivado das informações contidas nesta revista Bejo. A reprodução de artigos ou partes deles é permitida somente com a permissão da Entidade Bejo e com o reconhecimento da fonte.

ÍNDICE

REVISTA BEJO BETERRABA

4 OS RISCOS E DESAFIOS NA PRODUÇÃO DE SEMENTES DE BETERRABA

6 SVZ: INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE NO SETOR DE ALIMENTOS

8 CONHEÇA PRODUTORES DE BETERRABA DE TODO O MUNDO

10 TRABALHANDO CONTINUAMENTE EM VARIEDADES ROBUSTAS E CONFIÁVEIS

12 JORNADA DA SEMENTE DE BETERRABA DA BEJO 14 METAS AMBICIOSAS DA HAK

16 INOVAÇÕES NA BETERRABA: O PAPEL DA TECNOLOGIA AVANÇADA DE SEMENTES

18 INFORMAÇÕES SOBRE VARIEDADES

22 “EM UM CAMPO COM 1.000 PLANTAS, TEMOS QUE EXAMINAR CADA PLANTA UMA A UMA”

24 BETERRABA COMO PATRIMÔNIO CULTURAL?

26 O PODER DA BETERRABA

28 PARCERIA BEJO NA LETÔNIA: EZERKAULINI AGRO

30 ÁREA MUNDIAL

32 DESCUBRA A REVOLUÇÃO DA BETERRABA: BEET IT!

33 DE BANDEJAS A SACOS STANDUP POUCH

34 OS DIFERENTES MÉTODOS DE ARMAZENAMENTO DE BETERRABA

36 O MUNDO VERSÁTIL DA BETERRABA

PREFÁCIO

Bem-vindo à primeira edição de nossa Revista da Beterraba, ou Beetroot Magazine, em Inglês. Temos o prazer de apresentar a você este guia abrangente sobre tudo que é relacionado à beterraba. Esta edição se aprofunda no mundo multifacetado desse vibrante vegetal de raiz, cobrindo tudo, desde os mais recentes desafios na produção de sementes até o significado cultural da beterraba em diferentes cantos do mundo. Nosso objetivo é celebrar a beterraba como uma potência no mundo das hortaliças, oferecendo percepções e histórias que inspirem e envolvam os profissionais de beterraba como vocês.

A Bejo vem criando variedades de beterraba com sucesso há décadas e as recentes introduções bem-sucedidas destacaram nosso compromisso com essa cultura. Todo o tempo que os melhoristas da Bejo investem nessa cultura serve apenas com um propósito: desenvolver variedades ainda melhores e mais confiáveis.

A produção de sementes é a base do cultivo bem-sucedido de beterraba, mas é repleta de desafios. Os profissionais da Bejo estão lá para superar esses desafios e mitigar os riscos. Graças à nossa longa história e experiência na produção de sementes de beterraba, garantimos um fornecimento estável de sementes de qualidade para nossos clientes.

É claro que não podemos evitar o tema das mudanças climáticas nesta revista. Com o aumento das temperaturas, a velocidade do ciclo de vida e a disseminação da maioria dos patógenos no cultivo de beterraba aumentam. Isso significa que as pragas e doenças que antes eram contidas agora estão prosperando em novas regiões. A pesquisa fitopatológica é parte integrante de nossos esforços para criar variedades confiáveis e resistentes a doenças.

Durante muitos anos, a Bejo investiu em pesquisa de tecnologia de sementes. Enquanto os produtos químicos para proteção de plantas têm sido um padrão por muitos anos, agora estamos caminhando para um cenário legislativo que favorece um mundo livre de produtos químicos. A Bejo já é capaz de fornecer sementes limpas e saudáveis, mas os produtores também têm o papel de confiar essas sementes a solos saudáveis e equilibrados.

Convidamos você a explorar artigos que apresentam produtores de todo o mundo e de vários setores, oferecendo perspectivas e abordagens exclusivas para o cultivo de beterraba. Além disso, você encontrará visões gerais das técnicas de armazenamento em todo o mundo. Também incluímos uma análise dos benefícios à saúde do consumo de beterraba e apresentações de beterraba em vários mercados.

Acreditamos que você se sentirá inspirado e desejamos muito sucesso em seus empreendimentos com beterraba.

Não hesite em entrar em contato com o representante da Bejo.

Kevin van Schaik, Robert Schilder, Ronald Loos

OS RISCOS E DESAFIOS NA PRODUÇÃO DE SEMENTES DE BETERRABA

UMA CONVERSA COM JOS DOODEMAN E JULIEN JOUANNEAU

A BEJO PRODUZ SEMENTES DE BETERRABA NA FRANÇA, AUSTRÁLIA E NOVA ZELÂNDIA. COM O CULTIVO TANTO NO HEMISFÉRIO NORTE QUANTO NO HEMISFÉRIO SUL, DISTRIBUÍMOS OS RISCOS PARA GARANTIR QUE SEMPRE TENHAMOS UMA CERTA QUANTIDADE DE COLHEITA. MESMO ASSIM, PRODUZIR SEMENTES DE BETERRABA CONTINUA SENDO UM DESAFIO. EM UMA CONVERSA COM JOS DOODEMAN (ESPECIALISTA EM PRODUÇÃO GLOBAL DE SEMENTES) E JULIEN JOUANNEAU (GERENTE DE PRODUÇÃO NA FRANÇA), PERGUNTAMOS QUAIS RISCOS E DESAFIOS ELES ESTÃO ENFRENTANDO ATUALMENTE

Mudanças climáticas

“Distribuir os riscos é importante. Afinal de contas, trabalhamos com a natureza e, portanto, dependemos das condições climáticas. E, sim, nós também estamos vendo mudanças climáticas”, diz Doodeman. Ele continua: “Até dez anos atrás, a Nova Zelândia e a Austrália tinham o clima perfeito para a produção de sementes de beterraba, mas agora estamos enfrentando problemas devido às mudanças climáticas. As fortes chuvas estão afetando as operações padrão no campo, o que é algo que não se deseja para a produção de sementes.” Jouanneau também observa essa tendência na França. “Estamos enfrentando chuvas mais fortes com mais frequência. Além disso, nos meses de inverno, o gelo é menor ou nem chega a congelar, e temos ondas de calor mais frequentes no verão. A produção de sementes sempre foi um trabalho arriscado, mas as mudanças climáticas tornam o desafio ainda maior. Portanto, temos contato frequente com nossos melhoristas e pesquisadores para desenvolver variedades robustas que sejam resistentes a doenças.”

A França como país produtor

Apesar das mudanças climáticas e dos riscos associados ao rendimento, a Bejo tem produção de sementes no Hemisfério Norte, mas somente na

França. Doodeman explica o motivo: “Isso tem dois motivos principais. Como Bejo, trabalhamos com produtores que produzem sementes para nós. Para isso, relacionamentos de longo prazo são essenciais. Por meio de uma boa cooperação com parceiros confiáveis, existe a confiança de compartilhar conhecimentos entre si. O compartilhamento de conhecimentos e experiências ajuda ambas as partes a otimizar as produções. O segundo motivo é que o governo francês tem um sistema legal rigoroso para garantir o isolamento entre os campos de produção. O vento pode levar o pólen da beterraba açucareira, por exemplo, para um campo de beterraba de mesa. Isso pode ter enormes consequências para a qualidade da semente, o que pode até levar à destruição de lotes inteiros de sementes.”

“De fato, na França, temos um sistema especial que garante que o isolamento entre os campos de produção seja regulamentado”, confirma Jouanneau. Ele continua: “Isso é gerenciado e controlado por uma organização chamada SEMAE. As empresas agrícolas são obrigadas a declarar o que cultivam, onde é plantado e quando. É assim que são determinadas as distâncias entre os diferentes campos, que podem variar entre 5, 10 ou, às vezes, até 20 quilômetros, dependendo do risco. Esse sistema garante que possamos cultivar de

forma controlada e evitar a polinização entre campos diferentes.” É importante acrescentar, continuou Doodeman, “que todas as empresas de produção respeitem as restrições do SEMAE. Podemos pensar nisso como uma espécie de ‘acordo de cavalheiros’, juntos garantimos que manteremos todos os campos de produção suficientemente isolados.”

Monitoramento e roguing

Jouanneau continua: “Além disso, nossa equipe técnica tem a importante tarefa de monitorar e verificar continuamente nossos campos. Do início de março até meados de abril, todos os campos de produção são verificados pelo menos duas, às vezes até três vezes, para investigar se há plantas no campo que não sejam fiéis ao tipo. Isso leva muito tempo e, com a atual escassez de mão de obra, é difícil. No entanto, esse é um processo essencial para manter nossos campos de produção limpos. Agora estamos investigando a possibilidade de que drones com inteligência artificial possam nos ajudar a monitorar os campos e identificar as plantas que não são fiéis ao tipo. Pelo segundo ano consecutivo, estamos testando como um drone pode nos ajudar em determinados processos.”

Qualidade

Lidar bem com todos esses desafios e riscos garante que possamos manter a alta qualidade de nossas sementes de produção. De fato, o objetivo é sempre fornecer não apenas a maior quantidade, mas também a mais alta qualidade de sementes de produção. Continuamos a responder às mudanças na natureza e a nos preparar para o futuro. Fazemos isso mantendo contato próximo com melhoristas e pesquisadores. Por esse motivo, foi criada uma “Equipe de Especialistas em Beterraba” com o objetivo de compartilhar conhecimentos e aprender uns com os outros. Ao unirmos forças, nos mantemos informados sobre o que está acontecendo no mercado, observando os desenvolvimentos climáticos e discutindo como nós, da Bejo, podemos reagir a eles.

Leis e regulamentações

Leis e regulamentações rigorosas também trouxeram desafios adicionais. Jos explica: “Especialmente na Europa, as leis e regulamentações sobre pesticidas estão se tornando mais rigorosas e, embora ainda tenhamos que lidar com doenças como o míldio, percebemos esses desafios na produção de sementes. Jouanneau acrescenta: “Para nós, o fato de a Bejo estar investindo em sementes orgânicas há anos é uma vantagem. Todo o conhecimento que adquirimos não é usado apenas para sementes orgânicas, mas, sempre que possível, também o aplicamos à produção de nossas sementes convencionais. Ao fazer isso, tentamos minimizar o uso de pesticidas. Doodeman resume: “Uma boa motivação para investir no cultivo orgânico é o grande desafio. Se você conseguir produzir sementes orgânicas de alta qualidade em quantidade suficiente, certamente terá sucesso com as sementes convencionais.”

É evidente que há muito a se considerar na produção de sementes de beterraba, como revelou esta conversa com os colegas. Embora possa ser cansativo, ambos concordam: “Acima de tudo, é o que torna nosso trabalho muito agradável. E olhamos para o futuro com bons olhos; a Bejo se preparou de forma excelente.”

JULIEN JOUANNEAU
JOS DOODEMAN

SVZ: INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE NO SETOR DE ALIMENTOS

ESTE ARTIGO LEVA VOCÊ AO FASCINANTE MUNDO DA SVZ, UMA EMPRESA LÍDER NO SETOR DE ALIMENTOS. ELES SE CONCENTRAM EM SUAS APLICAÇÕES INOVADORAS E SUSTENTÁVEIS DA BETERRABA. A SVZ FORNECE INGREDIENTES DE ALTA QUALIDADE PARA O SETOR ALIMENTÍCIO GLOBAL. MARCEL VAN BOESSCHOTEN, TECNÓLOGO DE PROCESSOS E PRODUTOS DA SVZ, COMPARTILHA SUAS PERCEPÇÕES SOBRE O PAPEL CRUCIAL QUE ESSA PODEROSA CULTURA DESEMPENHA. A BETERRABA É USADA EM UMA AMPLA GAMA DE APLICAÇÕES, INCLUSIVE COMO CORANTE NATURAL. EXPLORAMOS COMO AS APLICAÇÕES CONTRIBUEM PARA AS METAS DE SUSTENTABILIDADE DO SETOR E FAZEM DA SVZ UMA LÍDER DE MERCADO, ABORDANDO DESAFIOS AGRÍCOLAS SUSTENTÁVEIS E INTRODUZINDO MÉTODOS DE PRODUÇÃO INOVADORES.

Marcel van Boesschoten, funcionário da SVZ desde 2008, explica como a beterraba não é apenas crucial para a linha de produtos da empresa, mas também desempenha um papel fundamental em sua estratégia de sustentabilidade. “A beterraba é versátil e oferece enormes benefícios para nossa agenda de sustentabilidade”, diz van Boesschoten. A SVZ utiliza técnicas avançadas de extração para extrair corantes naturais da beterraba. Eles servem como alternativas sustentáveis aos aditivos sintéticos no setor alimentício, resultando em alimentos mais saudáveis e coloridos sem aditivos químicos. O suco de beterraba, o suco concentrado ou o purê são usados em vários alimentos, como sucos, produtos lácteos e tortilhas.

Na SVZ, especializada no processamento de frutas e vegetais industriais, o foco está na manutenção das propriedades naturais e da qualidade durante o

processo de processamento. “Aqui, a importância de boas matérias-primas é essencial; o que não está na matéria-prima não pode entrar em nosso produto”, ressalta van Boesschoten. A importância das práticas de cultivo sustentável e do trabalho com os agricultores locais para garantir a qualidade também faz parte disso, é claro. Os desafios no processamento são significativos, especialmente no que se refere à manutenção dos valores nutricionais e da cor durante a produção. Marcel compartilha suas percepções sobre como a SVZ enfrenta esses desafios: “Da semente ao produto acabado, é um equilíbrio constante entre natureza e tecnologia.”

A SVZ usa beterraba não apenas por seu sabor e valor nutricional, mas também por seus corantes naturais, que são uma alternativa natural aos corantes artificiais. “O processo de extração do suco combinado com os corantes de beterraba é uma combinação fascinante de precisão e inovação”, diz van Boesschoten. Ele explica que a SVZ está constantemente aprimorando seus métodos para garantir a mais alta qualidade e sustentabilidade. “Nosso objetivo é minimizar nossa pegada de carbono usando métodos de

cultivo específicos e reduzindo o desperdício ao usar todos os componentes da beterraba.”

A SVZ também está trabalhando com o conceito Carte Blanche para desenvolver ingredientes vegetais “incolores e sem sabor”, um novo campo que está sendo explorado para preservar a solidez da cor do produto final sem alterar os aspectos visuais desses produtos alimentícios. Em vez disso, o valor nutricional dos vegetais é explorado. Essa inovação atende à demanda por ingredientes naturais que mantêm a integridade e a estética do produto final.

A SVZ tem unidades de produção na Europa (Espanha, Bélgica, Polônia) e nos Estados Unidos. A empresa trabalha em estreita colaboração com os agricultores locais para otimizar o cultivo de beterraba e de outras frutas e legumes, tendo a sustentabilidade e a qualidade como prioridades máximas. A SVZ também está explorando inovações futuras, como o uso de tecnologia de drones e biotecnologia avançada, para melhorar ainda mais a eficiência e a sustentabilidade do cultivo e do processamento da beterraba. A empresa tem como objetivo economizar água e reduzir o uso de pesticidas químicos em seus processos de cultivo.

O foco na beterraba é um excelente exemplo de como as culturas tradicionais podem ser transformadas em componentes-chave de produtos alimentícios modernos e sustentáveis. Van Boesschoten conclui com a importância da visão de futuro no setor: “Cada passo que damos em direção a práticas mais sustentáveis é um passo em direção a um planeta mais saudável.”

@SVZ, crescendo melhor juntos.

MARCEL VAN BOESSCHOTEN, TECNÓLOGO DE PROCESSOS E PRODUTOS

DA SVZ

Histórico:

Marcel tem uma sólida formação em tecnologia de alimentos, com estudos em nível técnico e universitário, seguidos por uma rica carreira que o levou do processamento de grãos à vanguarda da inovação no setor de alimentos.

Carreira na SVZ:

Van Boesschoten começou em 2008 como desenvolvedor de produtos. Nos anos seguintes, ele ampliou o escopo de seu trabalho e, junto com seus colegas do departamento de P&D, criou um papel fundamental de ligação entre os departamentos de agropecuária, produção e vendas, incluindo os clientes. Seu foco está no uso de matérias-primas naturais agrícolas, como a beterraba.

Motivação pessoal:

Marcel é apaixonado por transformar ingredientes naturais em produtos saudáveis e ecologicamente corretos. Ele acredita firmemente na sustentabilidade e na inovação.

BRASIL CONHEÇA PRODUTORES DE BETERRABA DE TODO O MUNDO

u Nome: Fabrício Costa Turquete

u Idade: 39 anos

u Localização: EFFA Agronegócios, Carandaí, Estado de Minas Gerais, Brasil

u Culturas: Cenoura, beterraba, milho e soja

u Número de hectares: 360 ha irrigados e mais de 450 ha não irrigados

Qual tem sido o foco principal de sua empresa?

O foco principal é a beterraba e novos produtos lácteos. Nossa empresa busca diversificar os investimentos, mantendo-os diretamente ligados ao campo.

Você tem alguma especialidade ou novidade?

Nosso mais novo investimento é na criação de gado leiteiro e de corte.

Quais variedades de Bejo você tem?

Boro (180 ha) e Natuna

Como será o futuro de sua empresa?

Projetamos um futuro positivo para nossa empresa, buscando sempre crescer de forma responsável e sustentável. Investindo em tecnologia que possa melhorar a produtividade e a qualidade dos produtos produzidos por nós.

ÁFRICA DO SUL BRASIL

u Nome: Daniel Rodrigo Prodocimo

u Idade: 42 anos

u Localização: Mococa, Estado de São Paulo, Brasil

u Culturas: Beterraba, cebola, soja, milho e café

u Número de hectares: No total, são 170 hectares, dos quais 60 hectares são de beterraba e 40 hectares de cebola. O milho e a soja estão incluídos na rotação dessas culturas.

Qual tem sido o foco principal de sua empresa?

O foco principal está em todas as culturas mencionadas anteriormente.

Você tem alguma especialidade ou novidade?

Não temos nenhuma especialidade, pois atendemos apenas a um nicho de mercado. Além disso, devido à escassez de mão de obra, é inviável diversificar mais culturas além das que eu já cultivo.

Quais variedades de Bejo você tem?

Boro e um pouco de Bresko também. Mas meu principal mercado é Boro. A Boro é um material bem conhecido no mercado. Eu planto Boro há muito tempo, é um material que me dá muita segurança. A Bresko é apenas para os mercados que exigem beterrabas com formato mais arredondado. Não que a Boro não tenha um bom formato, mas a Bresko é um pouco mais redonda.

Como será o futuro de sua empresa?

Nossa empresa segue as tradições das gerações anteriores. Atualmente, avançamos em nosso nível tecnológico, por exemplo, com um sistema de irrigação por pivô, câmara fria de armazenamento de beterraba, energia solar e o uso de sementes com alto potencial produtivo. Acredito que meu filho dará continuidade a essa tradição, pois está se formando em agronomia.

u Nome: Jannie Lategan

u Idade: 43 anos

u Localização: Distrito de Brits da província North West da África do Sul

u Culturas: Temos uma fazenda de irrigação e a beterraba é uma das quatro culturas diferentes que cultivamos. Também cultivamos trigo, soja e milho.

u Número de hectares: 350 ha.

Qual tem sido o foco principal de sua empresa?

Tentamos dar a cada cultura o cuidado ideal de que ela precisa e não temos favoritos. É importante ser disciplinado em todos os aspectos das necessidades específicas da cultura, desde a preparação do solo até o dia da colheita.

Você tem alguma especialidade ou novidade?

Não.

Quais variedades de Bejo você tem?

Eu planto Boro.

Como será o futuro de sua empresa?

Esperamos que possamos acompanhar o ritmo acelerado da inovação agrícola e do desenvolvimento da tecnologia. É importante cultivar de forma a possibilitar que a próxima geração possa continuar a dar o melhor de si e que esta geração leve adiante seu conhecimento e amor pela agricultura. Acredito que você estará em um bom lugar e desfrutará da agricultura quando perceber que é um privilégio cultivar, e não um direito. Deus nos dá a oportunidade de vivenciar Sua magnífica criação, desde o plantio, o cuidado e a colheita das safras que Ele criou.

REINO UNIDO

u Nome: Greg Colebrook

u Idade: 32 anos

u Localização: Greens of Soham, Cambridge, Reino Unido

u Culturas: Beterraba, batata e cebola

u Número de hectares: 800 ha

Qual tem sido o foco principal de sua empresa?

O foco principal tem sido o cultivo de beterraba em 800 hectares, produzindo 40.000 toneladas por ano. O produto é vendido diretamente para fábricas de alimentos e mercados atacadistas com base na lavagem, no tamanho e na qualidade. Também cultivamos batatas e cebolas. Nosso foco é fornecer beterraba durante todo o ano para os mercados do Reino Unido e da Europa, especializando-nos na produção de beterraba para bebês.

Você tem uma especialidade ou novidade? Não.

Quais variedades de Bejo você tem?

Pablo e Action

Como será o futuro de sua empresa?

No futuro, planejamos continuar investindo em novas técnicas, como o “Zero Wheeling”. Isso ajudou nossa empresa a desenvolver formas futuras de classificar opticamente a beterraba no local de lavagem.

u Nome: Furkat Khadjimuratov

u Idade: 60 anos

u Localização: Tashkent Uzbequistão, Top Agro Seeds

u Culturas: Boro

u Número de hectares: 1-3 ha por produtor

Qual tem sido o foco principal de sua empresa?

Sou um distribuidor da Bejo no Uzbequistão e trabalho com a Bejo há 26 anos. Nossos produtores de beterraba no Uzbequistão cultivam, em média, de 1 a 3 hectares de beterraba, com 400.000 a 500.000 sementes por hectare, cultivadas em canteiros. A irrigação é feita principalmente por sulcos, mas a irrigação por gotejamento vem ganhando popularidade desde sua introdução.

Você tem uma especialidade ou novidade?

O foco principal do mercado é a beterraba para o mercado de produtos frescos, pois a beterraba é uma cultura popular na culinária uzbeque. É consumida principalmente em saladas, sopas ou salgada e combinada com outros vegetais. No início da primavera, conseguimos exportar beterrabas do Uzbequistão para os países vizinhos. Essas beterrabas são cultivadas em túneis de plástico.

Quais variedades de Bejo você tem?

Vendemos principalmente Pablo e Boro, que são marcas populares no mercado de beterraba. Principalmente a segunda rotação da Boro é popular, a semeadura começa em julho-agosto e a colheita começa na segunda quinzena de outubro. No ano passado, começamos com a introdução da Bresko e da Manolo. O armazenamento é feito no campo, em buracos no solo e em armazéns.

Como será o futuro de sua empresa?

Com nossa população em rápido crescimento e as possibilidades de exportação, estamos otimistas com relação ao futuro.

PAÍSES BAIXOS

u Nome: Joost Jonk

u Idade: 40 anos

u Localização: BioBeta B.V.Zeewolde, Holanda

u Culturas: beterraba e cebola (orgânica)

u Número de hectares: 350 ha.

Qual tem sido o foco principal de sua empresa?

Cultivamos, processamos e embalamos principalmente beterrabas e cebolas roxas orgânicas. Também cultivamos em nosso plano de cultivo; abóboras, cenouras, pastinacas, batatas, brócolis, ervilhas, feijões, batatas, grãos e grama/trevo. O foco de nossa empresa é o cultivo de produtos orgânicos solicitados pelos clientes, com os requisitos de qualidade adequados.

Você tem alguma especialidade ou novidade?

As novidades que contribuem para o foco principal da nossa empresa são: o robô de capina, que ajuda a remover ervas daninhas, juntamente com um novo sistema de classificação por câmera.

Quais variedades de Bejo você tem?

Boro (orgânico), Subeto, Manzu, Bazzu, Rhizu, Pablo, Alto

Como será o futuro de sua empresa?

Queremos desenvolver ainda mais a agricultura orgânica em cooperação com nossos clientes. Por meio de nossas atividades de cultivo e processamento, gostaríamos de crescer com eles para tornar o produto orgânico acessível a um amplo grupo-alvo.

TRABALHANDO CONTINUAMENTE EM VARIEDADES ROBUSTAS E CONFIÁVEIS

EM CONVERSA COM OS MELHORISTAS DA BEJO, JACK VAN DORP E KATERINA KONTIDOU

A BEJO VEM PRODUZINDO BETERRABA COM SUCESSO HÁ DÉCADAS. VARIEDADES COMO PABLO E BORO SÃO CONHECIDAS DESDE A DÉCADA DE 1990 E, MAIS RECENTEMENTE, A EMPRESA TAMBÉM TEVE INTRODUÇÕES

BEM-SUCEDIDAS. OS MELHORISTAS JACK VAN DORP E KATERINA KONTIDOU ESPERAM QUE HAJA MAIS. ELES DISCUTEM VÁRIOS TÓPICOS EM JOGO NO MELHORAMENTO E TAMBÉM OLHAM PARA O FUTURO: “GRAÇAS ÀS NOVAS TÉCNICAS DE MELHORAMENTO, PODEMOS ECONOMIZAR TEMPO.”

Van Dorp é Gerente de Reprodução da equipe de beterraba, que também é responsável pelo salsão, aipo-rábano e salsa de raiz. Kontidou é uma melhorista júnior dessa equipe. Quando você se senta à mesa com dois melhoristas, uma pergunta óbvia é: por que você faz melhoramento?

Em outras palavras, quais características você quer ver refletidas nas variedades? “Confiabilidade, robustez, saúde, principalmente isso”, enumera Van Dorp. “Queremos desenvolver variedades de boa qualidade: com bom formato e uma boa cor interna e externa. E, é claro, temos que levar em conta as resistências e os desafios impostos pelas mudanças climáticas. Além disso, o mercado também está perguntando cada vez mais sobre o conteúdo, como o brix.”

Resistências

O fato de as temperaturas globais estarem aumentando de forma lenta, mas seguramente, significa que também há trabalho extra para o melhoramento. Por exemplo, doenças como vírus e fungos podem se espalhar mais rapidamente, algo contra o qual os melhoristas estão tentando se proteger adicionando resistências às variedades. Os melhoristas estão dando atenção especial à resistência ao vírus da rhizomania, que causa a descoloração amarela das folhas e a deterioração das raízes, entre outras coisas.

“Uma vez no solo, esse vírus é praticamente impossível de ser eliminado”, explica Van Dorp. “É um problema crescente, com os verões quentes acelerando sua disseminação. Também passamos muito tempo desenvolvendo resistência à Cercóspora, um fungo que infecta as folhas.”

Economia de tempo

O processo de cruzar linhas parentais, fazer testes e cruzar resistências pode levar de cinco a seis anos com os métodos tradicionais de melhoramento. Com a tecnologia de marcadores, os melhoristas podem pesquisar o DNA e fazer uma escolha antecipada. Os testes de DNA nos permitem ver imediatamente quais plântulas são interessantes para uma etapa posterior, explica Van Dorp: “Como podemos pular todo um ciclo de testes, a economia de tempo é enorme. Ele pode nos dar o mesmo resultado na metade do tempo”.

Sucessos

O sucesso global da Bejo com a beterraba também se deve ao fato de ela ser uma “cultura relativamente forte”. Ela é resistente e se desenvolve bem em diferentes climas. Esse último aspecto, em particular, agrada a Kontidou. “Trabalhamos para uma área muito mais ampla do que apenas a Europa, o mundo inteiro faz parte do nosso mercado. E, como melhoristas, enfrentamos muitos

desafios, junto com nossos colegas. Como o maior desafio em seu trabalho, ela menciona: “Quando introduzimos uma variedade que se torna um sucesso global e garante aos produtores um rendimento confiável”.

Exemplos clássicos dessas introduções bem-sucedidas são variedades como a Pablo, do início da década de 1990: uma beterraba bonita e uniforme, que agregou valor ao mercado. A Boro, de 1995, era uma cultivar ainda mais forte que se saía melhor em condições climáticas difíceis.

Esses dois nomes designam as variedades com as quais a Bejo conquistou uma boa posição no mercado. Nos últimos anos, os melhoristas enfrentaram outros desafios, especialmente a luta contra a rhizomania. A Manzu foi a primeira variedade a ter alta tolerância a esse problema: uma beterraba com características semelhantes à Boro, com essa resistência como um importante recurso adicional. A Rhizu, por sua vez, pode ser vista mais como uma sucessora da Pablo.

Em suas atividades, os melhoristas da Bejo trabalham em estreita colaboração com os representantes da Bejo, mas também ouvem as percepções do setor, indicam Van Dorp e Kontidou. “Isso é muito interessante para todas as partes envolvidas. O departamento de vendas e o de processamento costumam visitar juntos os testes em todo o mundo. Assim, os desejos e as percepções de Vendas e os próximos desenvolvimentos do Melhoramento podem ser alinhados de forma ideal.”

Sustentabilidade

O slogan Nunca paramos de estudar a natureza pode ser encontrado em todas as comunicações da Bejo. Ele se refere ao uso sustentável de recursos naturais escassos. A beterraba é uma cultura que se encaixa perfeitamente

nessa ambição sustentável. Ela é forte, fácil de cultivar organicamente e precisa de relativamente pouco fertilizante e produtos químicos.

“Como as variedades Bejo são cultivadas em grandes partes do mundo, elas incluem áreas com maior pressão de doenças”, ressalta Kontidou. “Além disso, nossos testes também são realizados em vários países; todas essas informações juntas são muito interessantes para nós e nos ajudam a tomar decisões.”

É claro que todo o tempo investido em beterraba na Bejo serve apenas a um propósito para o produtor: implantar variedades ainda melhores e mais confiáveis. Van Dorp, sobre isso: “É um desafio colocar todas as características fortes em uma única variedade, mas sempre nos esforçamos para criar variedades robustas que possam ser usadas em muitas áreas e nas quais o produtor possa confiar. A safra não deve ser boa em um ano e não ser no outro, pois isso não tem utilidade para ele. Uma boa safra deve ser o padrão”.

Os melhoristas concluem com uma dica útil: está procurando uma variedade que seja tolerante à rhizomania? Essa característica já está oculta no nome da variedade. De fato, todas as variedades que terminam em “u” possuem essa resistência.

A produção de sementes da Nova Zelândia é enviada para a França para limpeza e classificação.

A SEMENTE DE BETERRABA É PRODUZIDA NA FRANÇA, NOVA ZELÂNDIA E AUSTRÁLIA.

LIMPEZA & CLASSIFICAÇÃO

REMOVEMOS IMPUREZAS DO LOTE E CLASSIFICAMOS POR FORMA, PESO, TAMANHO E COR.

Dessa forma, selecionamos apenas as melhores sementes. FR

França e Austrália possuem instalações de limpeza e classificação.

RECEBIMENTO DA SEMENTE

AS SEMENTES SÃO ENVIADAS PARA BEJO WARMENHUIZEN (PAÍSES BAIXOS).

BEJO É AUTORIZADA PELA NAL.

Os Laboratórios Autorizados Naktuinbouw (NAL) autorizam laboratórios corporativos para amostragem e testes de sementes.

AMOSTRAGEM

COLETAMOS UMA AMOSTRA DE CADA LOTE DE SEMENTES.

TESTES

Durante todo o processo, realizamos testes em:

SAÚDE: presença de bactérias, vírus ou fungos.

QUALIDADE: germinação, pureza e outras determinações de sementes.

PUREZA GENÉTICA: todos os lotes de sementes são verificados.

JORNADA DA SEMENTE DE BETERRABA DA BEJO

DESINFECÇÃO

Usando vapor, água quente e ar quente, desinfetamos as sementes para remover FUNGOS patogênicos.

ARMAZENAMENTO COM CONTROLE CLIMÁTICO

Temperatura constante ideal (12°C) e umidade (30%).

APRIMORAMENTO

A pedido do cliente, tratamos a semente para obter resultados ainda melhores. REVESTIMENTO: PARA MELHORAR A SEMEADURA E A VIGOR.

EMBALAGEM E ROTULAGEM

AS UNIDADES DE EMBALAGEM VARIAM DE 10.000 A 500.000 SEMENTES.

10. PREPARAÇÃO E ENVIO DE PEDIDOS

ENVIAMOS SEMENTES BEJO PARA MAIS DE 100 PAÍSES NO MUNDO.

METAS AMBICIOSAS DA HAK

O FABRICANTE DE LEGUMES E VERDURAS HAK É UM NOME CONHECIDO NA HOLANDA HÁ QUASE 75 ANOS. A EMPRESA SEDIADA EM NOORD-BRABANT ASPIRA A SER UM FUTURO JUSTO E SUSTENTÁVEL PARA A AGRICULTURA LOCAL E ESTABELECEU METAS FIRMES NESSE SENTIDO. POR EXEMPLO, A HAK QUER MUDAR PARA O CULTIVO ORGÂNICO PARA TODOS OS VEGETAIS E LEGUMES DA HOLANDA ATÉ 2027. JOACHIM NIEUWHOFF, DIRETOR DE COMPRAS E AGRICULTURA, FORNECE UMA EXPLICAÇÃO ADICIONAL SOBRE ESSE PLANO.

Dentro de três anos, somente o cultivo orgânico da Holanda; por que esse prazo tão curto?

A HAK quer continuar investindo em sustentabilidade. Nos últimos anos, já certificamos nosso cultivo local com o “On the way of Planet Proof”, selo europeu que atesta a produção agrícola sustentável, e esse é o próximo passo. Acreditamos não apenas nos benefícios de longo prazo da agricultura orgânica, mas também que ela contribuirá significativamente para a sustentabilidade futura de nossa empresa. Vislumbramos práticas aprimoradas de cultivo holandês, bem como um ambiente de vida melhor, que inclui solo saudável, boa qualidade da água e alimentos mais saudáveis em geral.

E vocês estão no caminho certo?

Começamos a cultivar beterrabas orgânicas e as primeiras já estão no supermercado. Não se trata de uma linha separada, mas de um substituto para as atuais beterrabas. A beterraba é uma cultura robusta que se presta bem ao cultivo orgânico devido ao seu tempo de cultivo relativamente curto, o que dá menos oportunidade para que ervas daninhas, pragas e fungos danifiquem a cultura.

Além disso, a cultura se encaixa bem nos cronogramas dos produtores orgânicos. A beterraba será seguida por feijão verde, couve e repolho (chucrute) no solo holandês este ano.

Que desafios você tem de superar para atingir suas metas?

Em termos de cultivo, o maior desafio está no controle de ervas daninhas. Ao semear as culturas mais tarde, encurtamos a estação de crescimento e reduzimos o risco de ervas daninhas. Isso cria um desafio no lado do planejamento e da produção, no qual será necessário fazer escolhas. No futuro, a robotização se tornará uma ferramenta importante no controle de ervas daninhas.

Que requisitos específicos vocês têm para o cultivo orgânico?

Para nós, isso significa que não usamos fertilizantes ou defensivos agrícolas químicos. São permitidos agentes verdes com o certificado SKAL.

Qual é a importância da cultura da beterraba para a HAK?

Nossas beterrabas são um produto muito apreciado por muitos consumidores na Holanda. É um produto com uma receita específica e exclusiva, com a qual a HAK se distingue de outros fabricantes. Portanto, as beterrabas devem atender a certas condições: processamos apenas beterrabas redondas e roxas em diferentes graus. As beterrabas são entregues lavadas e classificadas e devem estar livres de corpos estranhos, saudáveis e imaculadas, ou seja, (praticamente) sem manchas ou pontos pretos.

Como uma empresa de sementes, que papel a Bejo pode desempenhar para atingir suas metas?

Manter variedades de alta qualidade prontamente disponíveis que produzam rendimentos estáveis sob condições climáticas variadas é uma das maneiras pelas quais a Bejo pode nos ajudar a atingir nossa meta. O cruzamento consanguíneo de diferentes resistências (como contra a Rhizomania) continua sendo uma ferramenta muito importante nesse sentido. Portanto, continuar o melhoramento em busca de melhorias nas variedades existentes também é um pré-requisito para isso. É importante continuarmos discutindo juntos novas oportunidades no mercado. Como a Bejo é boa no melhoramento de novas variedades, se a HAK puder usar essas culturas, devemos aproveitar a oportunidade de trabalhar juntos.

HAK

A HAK é uma fabricante holandesa de legumes e verduras com sede na cidade de Giessen, em Noord-Brabant. Fundada em 1952, a empresa produz vegetais de verão e inverno, como feijão verde, cenoura, repolho roxo e beterraba, além de legumes, como feijão e ervilha marrom. Com suas verduras, a HAK tem como objetivo promover uma dieta saudável e baseada em vegetais. Pelo menos 85% dos produtos são cultivados em um raio de 125 quilômetros de Giessen, criando o menor impacto negativo possível no planeta. A HAK acredita em práticas agrícolas honestas e sustentáveis para o futuro da agricultura local, bem como para a nossa alimentação. Uma condição essencial para atingir esse objetivo é apresentar um modelo de ganhos atraente para o produtor.

u Comprometer-se com a sustentabilidade e o cultivo local totalmente orgânico até 2027

INOVAÇÕES NA BETERRABA: O PAPEL DA TECNOLOGIA AVANÇADA DE SEMENTES

O SETOR AGRÍCOLA NUNCA FICA PARADO, IMPULSIONADO PELA NECESSIDADE DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E DE GARANTIR A SEGURANÇA ALIMENTAR. DENTRO DESSA DINÂMICA, A TECNOLOGIA DE SEMENTES DESEMPENHA UM PAPEL FUNDAMENTAL. ISSO É VERDADE PARA MUITAS CULTURAS E, NÃO MENOS IMPORTANTE, PARA O CULTIVO DE BETERRABA. SOBRE ESSE ASSUNTO, DAMOS A PALAVRA A TRÊS ESPECIALISTAS EM TRATAMENTO BIOLÓGICO DE SEMENTES DA BEJO. LIESBETH VAN DER HEIJDEN, PESQUISADORA SÊNIOR, GERTJAN VAN WESTEN, PESQUISADOR, E KELLY VAN KOOPEREN, PESQUISADORA, TODOS DA PESQUISA DE PATOLOGIAS DA SEMENTE, EXPLICAM OS ÚLTIMOS DESENVOLVIMENTOS E A DIREÇÃO FUTURA DA TECNOLOGIA DE SEMENTES EM BETERRABA.

A necessidade de inovação no cultivo de beterraba está se tornando cada vez mais evidente. Os produtores enfrentam desafios como mudanças nas regulamentações, mudanças climáticas e a ameaça constante de doenças. A Bejo está na vanguarda do desenvolvimento de técnicas avançadas de tratamento de sementes. Não apenas para melhorar a saúde das plantas, mas também para contribuir para um cultivo mais sustentável.

Inovação em tecnologia de sementes

Van der Heijden e Van Westen compartilham seu conhecimento e compromisso com a inovação. Eles explicam como a Bejo se concentra no desenvolvimento de técnicas que melhoram a germinação e a resistência das sementes de beterraba. Um dos principais focos é o “tratamento a vapor e vácuo”, um método exclusivo desenvolvido pela Bejo para eliminar patógenos nocivos na semente sem usar produtos químicos. “Esse tratamento é um divisor de águas na tecnologia de sementes e é o resultado de nosso compromisso com a sustentabilidade e a inovação”, enfatiza Van der Heijden.

Van Kooperen acrescenta: “As sementes de beterraba são desinfetadas por alterações de vácuo e vapor. As alterações com vácuo ajudam na distribuição uniforme do vapor quente no lote de sementes. O desenvolvimento de equipa-

mentos de tratamento e o projeto de protocolos de patógenos de culturas específicas consomem muito tempo, e o aprimoramento contínuo é uma parte importante da pesquisa. A carga de infecção determina a intensidade necessária para o tratamento. Pode ser desejável uma prescrição sob medida.”

Também estão sendo realizadas pesquisas sobre tratamentos naturais de sementes, que não agridem o meio ambiente e adicionam nutrientes essenciais à semente. Esses tratamentos de sementes são projetados para otimizar a interação entre a semente e seu microambiente, proporcionando às plantas um melhor começo.

O futuro das sementes de beterraba Olhando para o futuro, os especialistas destacam a importância da resiliência no cultivo da beterraba. Com a restrição de produtos químicos, a busca por alternativas está mais intensa do que nunca. A Bejo está envolvida em vários projetos de pesquisa para o desenvolvimento de alternativas, em termos de tratamentos (de sementes) e “biofungicidas”. A beterraba tem sido um modelo interessante para nossa pesquisa de tratamentos alternativos porque já fornecemos sementes de beterraba sem produtos químicos por duas temporadas na União Europeia. Isso se deve ao fato de que a aprovação do Maxim para a beterraba só veio em 2022.

“A direção é clara: estamos caminhando para um futuro em que a proteção química é substituída

pela resiliência natural”, explica Van Westen. “A proibição de produtos químicos para proteção de plantas e a necessidade de crescer de forma sustentável exigem proteção integrada das culturas. Somos capazes de fornecer sementes limpas e saudáveis e inovações para conferir resiliência às sementes na forma de um microbioma rico ou de biofungicidas. Os produtores têm um papel na prevenção de doenças no campo, cuidando bem da saúde do solo por meio da rotação de culturas e do monitoramento preciso. Afinal, sementes e solo saudáveis são o início de uma boa safra.”

Na pesquisa, há um foco cada vez maior no microbioma da semente - a comunidade de microrganismos que vivem naturalmente sobre e dentro das sementes. A Bejo está investigando como esse microbioma pode ser otimizado para melhorar a saúde das plantas e a resistência a doenças.

O trabalho da Bejo em tecnologia de sementes e beterraba marca uma importante transição na agricultura: da dependência química para métodos orgânicos mais sustentáveis. Para os produtores e parceiros da cadeia, essa abordagem inovadora oferece perspectivas não apenas de colheitas mais saudáveis, mas também de um futuro no qual a agricultura e a responsabilidade ecológica andam de mãos dadas. A Bejo continua comprometida com o desenvolvimento de tecnologias que abordam os desafios atuais, visando a um futuro mais sustentável.

CONHEÇA OS ESPECIALISTAS

PESQUISADORA SÊNIOR (LÍDER)PESQUISA DE PATOLOGIA DE SEMENTES

u Histórico: Liesbeth está na Bejo há quase um quarto de século, onde começou como pesquisadora e se tornou uma especialista líder no campo da tecnologia de sementes. Com uma rica formação em biologia e um doutorado em ecologia de micorriza (coabitação de fungos e plantas por meio de raízes) pela Wageningen University & Research, Liesbeth tem profundo conhecimento no tratamento biológico de sementes e no desenvolvimento de tecnologias que promovem a resiliência e a saúde das plantas.

u Visão: “A inovação na tecnologia de sementes é fundamental para superar os desafios atuais da agricultura. Nosso objetivo é fornecer aos produtores sementes que não sejam apenas resistentes a doenças, mas que também contribuam para um futuro mais sustentável.”

PESQUISADOR - PESQUISA DE PATOLOGIA DE SEMENTES

u Histórico: Gertjan, com formação em biologia pela Universidade de Nijmegen, juntou-se à Bejo há quase uma década. Seu trabalho se concentra na pesquisa e no teste de produtos biológicos para proteção de culturas e na exploração da função do microbioma das sementes para melhorar a saúde das plantas.

u Visão: “Estamos no meio de uma grande mudança na agricultura, em que os produtos biológicos desempenharão um papel cada vez mais importante como parte da proteção integrada das culturas e da resiliência natural. É essencial que continuemos a inovar e a trabalhar juntos para enfrentar os desafios do futuro.”

PESQUISADORA - PESQUISA DE PATOLOGIA DE SEMENTES

u Histórico: Kelly trabalha na Bejo há oito anos e estudou biologia em Leiden. Ela se dedica principalmente à pesquisa no campo do tratamento a vapor a vácuo. Ela também se dedica à transmissão de doenças no campo e também em condições mais controladas. Essa pesquisa demonstra o risco de infecção por patógenos de sementes para o estabelecimento de plantas, por exemplo, beterraba.

u Visão: “A desinfecção física é um método comprovado e continua sendo altamente relevante, especialmente à medida que os agentes químicos vão desaparecendo. A colaboração entre a desinfecção física (remoção de agentes patogênicos) e as alternativas biológicas (aumento da resiliência) é fundamental.”

DRA. LIESBETH VAN DER HEIJDEN
GERTJAN VAN WESTEN
KELLY VAN KOOPEREN

INFORMAÇÕES SOBRE VARIEDADES

WODAN

A Wodan é uma variedade de beterraba híbrida precoce e resistente ao pendoamento, ideal para diversos climas. Ela produz rapidamente beterrabas uniformes, redondas e lisas com cores internas e externas intensas, o que a torna perfeita para mercados de produtos frescos e para a maçaria. Suas folhas fortes permitem uma programação de plantio versátil e é adequada tanto para o processamento quanto para a extração de pigmentos.

RHIZU (BEJO 3557)

A Rhizu (Bejo 3557), com sua resistência intermediária à rhizomania, produz beterrabas redondas e consistentes com uma cor roxa profunda e pele lisa. Otimizada para plantio em alta densidade, ela tem inserção mínima de folhas e raiz axial, o que melhora sua adequação para cultivo e processamento eficientes.

PABLO

A Pablo é uma variedade de beterraba redonda que se destaca em plantações de alta densidade. Com seu formato uniforme, pele lisa e cor excelente, ela lidera o mercado em sua adaptabilidade aos ciclos de produção precoce, central e tardio. Resistente ao pendoamento e à condições mais secas, ela garante altos rendimentos de beterrabas de alta qualidade, o que a torna ideal para consumo fresco, processamento e armazenamento.

MANOLO

A Manolo é uma variedade de beterraba precoce, muito produtiva, com formato arredondado suave e uma atraente cor roxa avermelhada. Essa beterraba tem folhagem robusta e resistência ao pendoamento sem anéis internos e com excelente adaptabilidade a condições climáticas adversas. É ideal para plantio em alta densidade e tem bom potencial de armazenamento.

VARIEDADES

BRESKO

A Bresko é uma beterraba com raízes lisas e arredondadas e cor interna e externa intensa. Sua folhagem forte e resistente a doenças e a inserção compacta das folhas melhoram a utilização das raízes, tornando-a ideal para consumo fresco, processamento e armazenamento. Conhecida por seu excelente sabor e uniformidade, a Bresko se adapta bem a vários climas e tem um alto potencial de rendimento.

BAZZU

A Bazzu é adequada para climas mais continentais, mas também para climas com áreas infectadas por Rhizomania devido à sua resistência intermediária. A Bazzu é uma variedade de beterraba robusta com rendimento uniforme, beterrabas uniformemente redondas e lisas e uma cor roxa profunda impressionante. Com folhagem forte e saudável e excelente sabor, a Bazzu é versátil para mercados de produtos frescos, indústria e armazenamento, e oferece uma folha pequena para facilitar a colheita.

BORO

A Boro é uma variedade de beterraba de alta produtividade, adequada para uma variedade de climas e solos, ideal para o mercado de produtos frescos e maçaria. Ela produz beterrabas redondas, roxo-escuras, com folhagem robusta e saudável. Reconhecida por seu excelente sabor doce suave e a ausência de anéis, a Boro também é preferida pelos benefícios nutricionais de seu suco. Sua folhagem forte permite o plantio durante todo o ano e é bem adaptada a regiões quentes e úmidas, com alta qualidade de armazenamento.

MANZU

A Manzu é uma variedade premium de beterraba com resistência intermediária à rhizomania, conhecida por suas beterrabas lisas e redondas e pela cor roxa intensa e profunda. Ela apresenta folhagem robusta e ereta, o que a torna ideal para o plantio o ano todo. Adequada para mercados de produtos frescos, uso industrial e armazenamento, a Manzu combina excelente sabor com bom teor de açúcar e resistência a doenças.

INFORMAÇÕES SOBRE VARIEDADES

BOHAN

A Bohan é uma variedade de beterraba robusta e tolerante ao calor, conhecida por suas raízes grandes, lisas, redondas e de cor interna e externa roxa profunda sem anéis internos. Sua folhagem é forte e resistente a doenças, o que a torna adequada para consumo fresco e processamento industrial, bem como para o maçaria. Essa variedade se adapta a diferentes épocas e condições de plantio, garantindo alta produtividade e potencial de armazenamento longo.

TAUNUS

A Taunus é uma beterraba cilíndrica conhecida por seu alto teor de açúcar e qualidades de corte uniformes, o que a torna perfeita para o setor alimentício. Essa variedade apresenta uma cor roxa profunda interna e externa, sem anéis internos e tem raízes lisas ideais para o processamento. A Taunus oferece folhagem robusta, excelente potencial de rendimento e alta resistência ao pendoamento, adaptando-se bem a várias condições de cultivo.

AMARELLY (BEJO 3594)

Beterraba híbrida com uma cor amarela intensa, tanto interna quanto externamente. Excelente formato uniforme com folhas frescas, verdes e saudáveis. A Amarelly mantém sua cor uniforme mesmo sob as condições mais estressantes e, portanto, se adapta bem a vários climas.

VARIEDADE DE BETERRABAS VARIEDADES

Beterraba redonda

Beterraba longa

Beterraba colorida AVALANCHE

(BEJO 3594) 104 amarelo brilhante amarelo/laranja 0,4-1,0 BOLDOR 105 8 amarelo amarelo/laranja 0,4-1,0

ANELLO 100 rosa/branco rosa forte 0,4-1,0

= também disponível como sementes orgânicas 1-9: uma pontuação mais alta significa uma melhor avaliação do bem em questão.

* Dias de cultivo para a Europa ocidental, para outras regiões consulte o site do país.

u IR = Resistência Intermediária

u BNYVV = Beet Necrotic Yellow Vein Virus ( Rhizomania)

i Para obter informações detalhadas, entre em contato com o representante local da Bejo ou consulte o site do país

“EM UM CAMPO COM 1.000 PLANTAS, TEMOS QUE EXAMINAR CADA

PLANTA UMA A UMA”

AS PESQUISADORAS DORA COELHO E BERBER DE WOLFF

SOBRE OS DESENVOLVIMENTOS EM SEU TRABALHO

EM UMA DAS ESTUFAS DE PESQUISA DA BEJO, DORA COELHO E BERBER DE WOLFF MOSTRAM FILEIRAS DE BETERRABAS EM VASOS SOBRE MESAS. OU PELO MENOS O QUE SOBROU DESSAS BETERRABAS. EM ALGUMAS, AS FOLHAS E A RAIZ FORAM AFETADAS, OUTRAS DESAPARECERAM COMPLETAMENTE. “PERDIDAS PELO FUNGO RHIZOCTONIA”, RESSALTA DE WOLFF. ISSO MOSTRA COM O QUE AS DUAS FITOPATOLOGISTAS ESTÃO LIDANDO: A BATALHA CONTRA OS PATÓGENOS (DOENÇAS DAS PLANTAS) QUE SE TORNOU CADA VEZ MAIS DESAFIADORA AO LONGO DOS ANOS.

Coelho e De Wolff fazem parte da extensa equipe de fitopatologistas da Bejo, cientistas que trabalham com pesquisas sobre ingredientes e doenças em plantações (e como minimizar seu impacto). Um exemplo de seu trabalho no campo do teor de matéria: há alguns anos, em uma grande pesquisa sobre o sabor, eles concluíram, entre outras coisas, que o teor de açúcar da beterraba (brix) não prevê totalmente a doçura ou a impressão geral da beterraba em um painel de sabor e que vários compostos estão envolvidos no poderoso aroma. Em toda a empresa, a Bejo emprega vários fitopatologistas e a equipe de Coelho, especializada na cultura da beterraba (entre outras), inclui, além de De Wolff, também Marja Seignette como assistente de pesquisa.

Cooperação

Ao desenvolver variedades, a cooperação entre os diversos departamentos da Bejo é fundamental. Os melhoristas trabalham em variedades nas quais o produtor pode confiar (mais sobre isso no artigo da página 10), a equipe de vendas aconselha os clientes e identifica os problemas que eles encontram. Muitas vezes, esses problemas são patógenos que ameaçam o

rendimento de uma cultura. Os fitopatologistas estão intimamente envolvidos em todos esses processos.

Coelho e De Wolff falam com entusiasmo sobre seu trabalho e os desenvolvimentos em seu campo. Em poucas palavras: o fitopatologista investiga em laboratório quais patógenos são responsáveis pelos problemas de campo e dá orientações sobre identificação e controle. Além disso, desenvolve os protocolos para testar diferentes patógenos (fungos, vírus, bactérias, insetos etc.) nas plantas. Observando os sintomas ou fazendo análises adicionais em ingredientes específicos, as melhores plantas são selecionadas como parte do processo de desenvolvimento de variedades com resistência a doenças e melhor qualidade. Isso pode consumir muito tempo, especialmente quando testamos uma população de plantas que são geneticamente diferentes, explica De Wolff: “Por exemplo, se tivermos um campo com 1.000 plantas, teremos que examinálas uma a uma para chegar a conclusões confiáveis sobre a característica que estamos avaliando. Com os resultados, os melhoristas se beneficiam em seu trabalho”.

Novos desenvolvimentos

O trabalho dos pesquisadores se intensificou nos últimos anos devido a regulamentações mais rigorosas sobre o uso de produtos químicos e - não podemos ignorar - às mudanças climáticas. “Temperaturas mais altas aumentam a velocidade do ciclo de vida e a disseminação da maioria dos patógenos e insetos (que podem transmitir doenças)”, explica Coelho. “E com invernos mais amenos, eles também sobrevivem durante esses períodos na próxima estação.” E ela continua: “Como resultado, também temos que lidar com patógenos mutantes, evolução de novos patógenos e resistências que surgem com mais frequência. É por isso que é importante testar variantes de patógenos de diferentes regiões que possam ter impacto sobre a produção local, também porque, devido ao aumento do comércio global e das viagens, as doenças tendem a se espalhar mais rapidamente para novas áreas. Isso significa que temos que nos manter atualizados com os mais recentes desenvolvimentos no campo e adaptar nossos programas de acordo com eles.”

Os patógenos bem conhecidos da beterraba são Rhizomania (doença da podridão da raiz transmitida pelo solo), Cercóspora (doença da mancha foliar), Rhizoctonia (podridão da raiz e da coroa), Nematóides (parasitas da raiz) e Phoma (doença de armazenamento de mudas ou raízes). Mas há mais como essas, e novas variantes também estão se desenvolvendo o tempo todo. Seu grupo, que tem experiência nesse campo, consegue acompanhar todos esses desenvolvimentos? Coelho, rindo: “A expansão da equipe é sempre bem-vinda, mas acho que vamos nos beneficiar muito com os últimos avanços em diagnósticos rápidos e com as novas tecnologias de automação de determinadas etapas dos testes de doenças. Isso pode ser usado em sistemas de fenotipagem de alto rendimento, por exemplo,

acrescenta De Wolff: “É possível desenvolver um sistema automatizado que tire fotos de plantas doentes (fenotipagem) e atribua imediatamente uma pontuação a elas, treinando um modelo para reconhecer os sintomas. Isso pode ser feito, por exemplo, na estufa com câmeras de alta tecnologia ou no campo com drones.”

Ambas reconhecem na Bejo um empregador que vê a importância de investir nessas tecnologias modernas? “Com certeza”, diz Coelho. “A Bejo sempre se esforça para ser progressista e age de acordo com isso. Tem que ser assim para alcançar a missão da nossa empresa de produzir variedades sustentáveis da mais alta qualidade. A resistência a patógenos é essencial nesse sentido. Mas com uma equipe de pessoas dedicadas e pesquisadores dedicados por cultura, complementados pelos recursos da tecnologia moderna, todas as condições estão reunidas para realizar essa missão.”

BETERRABA COMO PATRIMÔNIO CULTURAL?

É UMA TENDÊNCIA GLOBAL: PROTEGER PRODUTOS REGIONAIS EXCLUSIVOS DA CONCORRÊNCIA, DESIGNANDO-OS COMO “PATRIMÔNIO CULTURAL”. O CHAMPANHE SÓ PODE SER CHAMADO DE CHAMPANHE SE FOR REALMENTE PRODUZIDO NA REGIÃO DE CHAMPAGNE. O FATO DE MUITOS VINHOS E QUEIJOS TAMBÉM SEREM PROTEGIDOS NÃO DEVE SURPREENDER. MAS BETERRABA COMO PATRIMÔNIO CULTURAL? ISSO PARECE MENOS ÓBVIO. ATUALMENTE, ISSO ESTÁ ACONTECENDO NA AUSTRÁLIA.

Um grupo de produtores de lá invocou o papel exclusivo que as beterrabas desempenham na variedade de hambúrguer australiano, “The burger with the lot”, para proteger o cultivo local de beterrabas.

O que exatamente é isso, um “hambúrguer com tudo”? A receita completa é a seguinte: espalhe um pouco de maionese no pão, cubra com o hambúrguer coberto de queijo, bacon, abacaxi e uma fatia de beterraba. Acrescente o tomate e o ovo, coloque um pouco de molho barbecue por cima e coloque a tampa no pão. Está pronto o “hambúrguer com tudo”.

Ele também é conhecido como “hambúrguer australiano”. Até onde sabemos, em nenhum outro lugar do mundo uma fatia de beterraba é usada em hambúrgueres, mas não há nenhum australiano que não saiba o que é um “hambúrguer australiano”.

Uma combinação de fatores causou uma escassez temporária de beterraba fatiada. Um grupo de produtores aproveitou a oportunidade para destacar a importância da beterraba para a “cultura do hambúrguer” da Austrália.

Devido às economias de escala, muitas pequenas fábricas que processavam beterraba açucareira em todo o mundo fecharam ou foram adquiridas por empresas maiores. A Austrália também não escapou dessa tendência. Nos últimos 10 anos, as fábricas daqui também fecharam e parte da produção foi transferida para a Nova Zelândia. Obviamente, os produtores locais não ficaram felizes com isso.

No ano passado, o ciclone Gabriella passou pela Nova Zelândia, causando graves inundações na região de Hawke’s Bay. Essa é exatamente a área onde grande parte da safra de beterraba é cultivada. Os danos à safra causaram escassez no

fornecimento de beterraba. Assim, os produtores australianos querem recuperar sua safra de beterraba perdida.

Para os produtores, é incompreensível que uma parte tão importante da cultura australiana esteja sendo colocada em risco ao ser terceirizada para países estrangeiros. “As beterrabas são cultivadas em nosso imenso país, da Tasmânia a Queensland, e depois transferimos o cultivo para uma área do tamanho de um selo postal”, é o pensamento geral. Os produtores se perguntam como o país pode ter se tornado tão vulnerável.

O fato de a safra ter sido transferida para a Nova Zelândia torna a situação ainda mais incompreensível para os produtores. A rivalidade que ainda existe em algumas áreas entre os dois países significa que a história também gerou muita atenção da mídia.

Boas notícias para os australianos: a nova safra já foi liberada, resolvendo a escassez temporária. Afinal de contas, os australianos realmente não podem ficar sem o seu “hambúrguer com tudo”.

Nem mesmo se “o tudo” for da Nova Zelândia.

O PODER DA BETERRABA

A BETERRABA É UM VERDADEIRO SUPERALIMENTO, REPLETO DE NUTRIENTES QUE CONTRIBUEM PARA UM ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL. DESDE A COLORIDA BETANINA ATÉ UMA SÉRIE DE VITAMINAS, ESSE VEGETAL OFERECE INÚMEROS BENEFÍCIOS AO CORPO HUMANO.

Betanina: o poder púrpura

A cor roxo-púrpura intensa da beterraba se deve à betanina, um antioxidante (entre outros) que ajuda a proteger as células dos radicais livres nocivos. A betanina também tem propriedades anti-inflamatórias, que podem ajudar a reduzir a inflamação no corpo.

Ácido fólico e vitamina C

A beterraba é rica em folato, que é importante para a formação de glóbulos vermelhos e para a saúde do sistema nervoso. Ela também é rica em vitamina C, um poderoso antioxidante que apoia o sistema imunológico e contribui para a absorção do ferro.

Nitratos: a chave para um melhor fluxo sanguíneo

A beterraba contém quantidades significativas de nitratos. Eles melhoram o fluxo sanguíneo e reduzem a pressão arterial. O nitrato é convertido em nitrito por enzimas na boca. Isso faz com que as veias se abram adequadamente e aumenta o fluxo sanguíneo para os músculos. Assim, os músculos são oxigenados com mais rapidez e facilidade, retardando a acidificação. Isso também ajuda a drenar os resíduos mais rapidamente e promove a recuperação. Vários estudos também demonstram que os nitratos do suco de beterraba concentrado melhoram o desempenho atlético em atletas de resistência.

Fibra e brix: bons para a digestão

A beterraba é rica em fibras, o que é bom para uma digestão saudável e para regular o colesterol e o açúcar no sangue. O alto valor de brix significa que a cultura é rica em açúcares naturais, o que contribui para um sabor mais doce.

Benefícios e conteúdos adicionais

A beterraba também contém potássio, manganês, ferro, magnésio e vitamina B6. Ela reduz o estresse oxidativo, melhora as funções cognitivas e apoia a desintoxicação do fígado.

Produtos de beterraba

Há várias maneiras de se beneficiar das vantagens da beterraba para a saúde. O suco de beterraba espremido na hora é uma fonte potente de antioxidantes, como a betanina e a vitamina C. Os produtos fermentados contêm probióticos e nitratos. Suplementos e pós secos de beterraba concentram nutrientes. O homus de beterraba é uma pasta saudável rica em fibras, proteínas e betanina.

A beterraba é uma potência no mundo dos vegetais, com uma abundância de nutrientes que contribuem para um estilo de vida saudável. Ao incluir esse vegetal colorido em sua dieta, você desfrutará de seus inúmeros benefícios para sua saúde e bem-estar geral. Portanto, se quiser aumentar sua vitalidade, certifique-se de que a beterraba esteja no cardápio todas as semanas!

I GROW BORO

PARCERIA BEJO NA LETÔNIA: EZERKAULIŅI AGRO

NA LETÔNIA, A BEJO FORNECE PRODUTOS PARA A EZERKAULIŅI AGRO, UMA DAS PRINCIPAIS EMPRESAS DO MERCADO DE PROCESSAMENTO DE VEGETAIS DO LESTE EUROPEU. E NÃO APENAS NO PROCESSAMENTO; A EMPRESA TAMBÉM ASSUMIU O CULTIVO DE VEGETAIS DE CAMPO, COMO BETERRABA, CENOURA, PASTINACA, RABANETE E CEBOLA. NO TOTAL, A EZERKAULIŅI AGRO PRODUZ MAIS DE 5.000 TONELADAS DE PRODUTOS PROCESSADOS POR ANO. FIZEMOS ALGUMAS PERGUNTAS À PROPRIETÁRIA KRISTĪNE BRUNOVSKA.

Como surgiu a combinação de cultivo e processamento na mesma fazenda?

A fazenda Ezerkauliņi foi fundada em 1997. Inicialmente fazíamos tudo, cerca de 40 culturas diferentes, manualmente. Com o passar dos anos, começamos a expandir: compramos terras, estufas e novas máquinas para processar os produtos. Para expandir ainda mais, fizemos parcerias com fazendas e adquirimos empresas. Também instalamos usinas de biogás em 2011 e 2012 para crescer de forma sustentável. Todos esses desenvolvimentos garantem que possamos produzir os volumes necessários e oferecer uma ampla variedade. Em nossas estufas cultivamos agora: pepinos, tomates, alface e folhas de cebolinha em 9 hectares.

Como é o mercado na Letônia?

O consumo de vegetais está aumentando. As pessoas estão optando por uma dieta mais saudável e também estão escolhendo cada vez mais produtos cultivados localmente. Ao fazer isso, elas escolhem vegetais frescos que estão disponíveis no momento.

E falando especificamente sobre a beterraba?

A beterraba é um vegetal comum na culinária, tanto em pratos doces quanto salgados. As bebidas com beterraba também são populares. De nossas beterrabas frescas, a maior parte é para consumo doméstico: exportamos cerca de 40%. No caso da beterraba pré-cozida, a porcentagem é ainda um pouco menor, sendo que 30% é destinada à exportação.

Quais são os produtos populares?

Vendemos vegetais frescos e processados, sob as marcas Ezerkauliņi e Mārupes Siltumnīcas. A Ezerkauliņi inclui verduras processadas, como chucrute com beterraba, bem como beterraba marinada e beterraba ao estilo coreano. Nosso produto mais popular é um pacote de 500 gramas de beterraba cozida.

Há quanto tempo vocês trabalham com a Bejo? Compramos variedades da Bejo há cerca de 25 anos. No momento, usamos Manolo, Bresco, Manzu e Wodan, entre outras. Para nós, é importante que as beterrabas tenham um alto teor de açúcar, o que garante um sabor agradável. Além disso, a beterraba deve ter um formato redondo distinto, o que evita perdas durante o descascamento. A Manolo é uma beterraba excepcionalmente boa nesse aspecto.

Que desenvolvimentos você vê no futuro?

Além de nossa oferta atual, estamos interessados em beterrabas coloridas (amarelas) e beterrabas chiogga (aneladas) com uma cor estável. Isso é importante porque a cor às vezes desaparece durante o cozimento. Nós mesmos continuaremos a nos apresentar como um fornecedor de produtos saudáveis, com ênfase no frescor e na origem local. Para complementar isso, também oferecemos receitas simples e saborosas para inspirar os consumidores.

EZERKAULIŅI AGRO

u Sediada na Letônia, perto da capital Riga u 304 funcionários

u 2.500 hectares de terras agrícolas

u Faturamento de 26,5 milhões de euros

u Especialização: beterraba, cenoura, rabanete, pastinaca e cebola.

ÁREA MUNDIAL

DESCUBRA A REVOLUÇÃO DA BETERRABA: BETERRABE-SE!

UMA CAMPANHA SABOROSA PARA A SUSTENTABILIDADE E A SAÚDE

VOCÊ SABIA QUE... NA HOLANDA, A BETERRABA CHEGA À MESA DE UMA EM CADA TRÊS FAMÍLIAS APENAS QUATRO VEZES POR ANO? É HORA DE CHAMAR A ATENÇÃO PARA ESSE PRODUTO DELICIOSO, SAUDÁVEL E VERSÁTIL! É POR ISSO QUE O CLUBE DA BETERRABA FOI CRIADO EM 2023, COMPOSTO POR PRODUTORES, MELHORISTAS DE HORTALIÇAS E PROCESSADORES DE BETERRABA.

Essa parceria foi estabelecida para fazer com que a beterraba seja lembrada pelos consumidores holandeses de toda a cadeia. Além disso, o Clube da Beterraba quer dar uma resposta prática e concreta às questões sociais no campo da sustentabilidade (cultivo) e da saúde. Isso será feito com a campanha Beterrabe-se! (Biet it!, no original em holandês)

Com essa campanha, motivamos as pessoas a acrescentar beterraba em suas refeições favoritas. Faça o que você já faz, mas transforme-o em uma versão com beterraba. Em outras palavras: use beterraba! A beterraba não é apenas muito saudável, mas também benéfica. Dessa Forma você estará ajudando sua carteira, seu corpo e o planeta. Se quiser saber mais sobre o Clube da Beterraba ou inspirar-se, visite bietenclub.nl!

Beterrabe-se! Dê um toque de beterraba ao seu prato.

Fotos fornecidas por ©bietenclub

DE BANDEJAS A SACOS STANDUP POUCH

A Beetz, uma processadora holandesa de beterraba orgânica, está mudando para uma nova embalagem em setembro. Ou seja, eles estão mudando de bandejas para um saco standup pouch. Essa nova embalagem é para beterraba ralada, cubos de beterraba e beterrabas infantis marinadas, que serão vendidas no varejo holandês.

Essa mudança aumenta o prazo de validade em 21 dias, reduzindo o desperdício na loja. Além disso, a quantidade de plástico por embalagem é reduzida em 50%. Como o produto vem em uma bolsa vertical, ele também fica mais visível na prateleira da loja.

Na Beetz, eles estão felizes com esse progresso. A beterraba é um vegetal extremamente importante para eles e esperam que, com essa mudança, a beterraba seja vista na mesa de mais lares holandeses.

OS DIFERENTES MÉTODOS DE ARMAZENAMENTO DE BETERRABA

PARA FORNECER BETERRABA DURANTE TODO O ANO, PARTE DELA É ARMAZENADA APÓS A COLHEITA. EXISTEM DIFERENTES MÉTODOS DE PRESERVAÇÃO PARA ISSO, DEPENDENDO DAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DA REGIÃO E DO CUSTO DO MÉTODO. PAULO CHRISTIANS (GERENTE GERAL DA BEJO BRASIL) EXPLICA QUAIS DESSES MÉTODOS SÃO USADOS NO BRASIL. EM SEGUIDA, RONALD LOOS (AREA CROP MANAGER DA EUROPA ORIENTAL DA BEJO) EXPLICA COMO AS BETERRABAS SÃO ARMAZENADAS NA EUROPA.

Brasil

No Brasil, as beterrabas são consumidas durante todo o ano e, portanto, precisam estar sempre disponíveis. “Você poderia dizer que, em um país tão grande como o Brasil, é possível plantar beterrabas o ano todo”, começa Christians. “Isso é verdade, mas os períodos de calor e chuvas tornam isso um desafio para os produtores. Como resultado, as beterrabas precisam ser pulverizadas com mais frequência, o que, por sua vez, causa uma queda na qualidade, resultando em rendimentos mais baixos.” Ele continua: “Os produtores podem procurar um clima melhor, mas os custos de distribuição aumentam. Por esse motivo, as beterrabas também são armazenadas no Brasil.”

Na maioria das áreas de cultivo, a estação seca vai de março a setembro. Essa é a principal estação de semeio. As últimas beterrabas são semeadas em julho e, com um ciclo de 90 dias de crescimento, há produtos frescos de junho a outubro. Se a oferta de beterraba fresca na estação seca for alta, os preços serão automaticamente baixos. Portanto, em setembro, dependendo do preço, as beterrabas vão para o mercado de produtos frescos ou para o armazenamento à espera de um preço melhor. De fato, em janeiro e fevereiro, os preços tendem a ser mais altos devido à menor oferta.

A maioria dos produtores brasileiros armazena as beterrabas em caixas de madeira ou plásticas, empilhadas em paletes. É importante que as beterrabas permaneçam úmidas durante o armazenamento. Portanto, os paletes são armazenados em câmaras frigoríficas condicionadas. Elas têm um piso que retém a água. São usados nebulizadores para manter a beterraba úmida. É necessário manter a umidade entre 85% e 100%, com temperaturas entre 2 e 5 graus Celcius. Em fazendas de pequena escala, às vezes você vê beterrabas sendo armazenadas em sacos de 20 a 25 quilos. Alguns produtores não gostam de toda a água no chão e da lama que a acompanha. Eles usam sacos pesados de tecido. Esses sacos são então bem fechados para que toda a umidade permaneça no saco. O espaço fica ainda mais úmido com os nebulizadores nas câmaras frias.

“Portanto, mesmo em um país como o Brasil, é importante ter uma variedade de beterraba que seja boa para armazenamento. Nossa variedade Boro, amplamente utilizada, pode ser armazenada por seis meses, ou até um pouco mais, se necessário. Experimentamos outras variedades para armazenamento em alguns momentos, mas no momento a Boro ainda é a favorita dos produtores brasileiros”, conclui Christians.

Europa

Na Europa, muitas beterrabas são armazenadas em condições totalmente controladas, por exemplo, com um sistema de resfriamento mecânico. Isso permite que os produtores armazenem suas beterrabas, na maioria dos casos, por um período mais longo. Ao contrário do que é comum no Brasil, os produtores da Europa tentam armazenar as beterrabas em condições secas. As beterrabas são armazenadas em caixas ou a granel. Por meio de um sistema de ventilação controlada, o ar é trocado regularmente sem que a beterraba sofra. Um sistema de resfriamento mecânico é uma boa maneira de armazenar beterrabas. Entretanto, esse método é caro, especialmente com os altos preços da energia nos últimos anos. Quando o clima permite, você vê alguns países da Europa armazenando beterrabas ao ar livre, sob a palha.

Para o armazenamento adequado sob uma camada de palha, uma pilha uniforme de beterrabas é feita com até quatro metros de altura e uma largura máxima de cinco metros em uma superfície bem drenada. Desde que não haja previsão de geada, a pilha pode ser coberta com palha (às vezes combinada com uma pequena quantidade de terra para que a palha não se desloque). A palha garante que a pilha seja igualmente ventilada. Para ventilação extra,

um túnel de ventilação também pode ser colocado na parte inferior. Em caso de geada, é essencial cobrir as beterrabas com plástico para garantir a qualidade. Nesse caso, é recomendável remover o plástico assim que a temperatura voltar a subir acima do ponto de congelamento, pois ele dificulta a ventilação.

“Se você quiser armazenar beterrabas, recomendo que não as colha em um clima quente e seco. Isso porque então as beterrabas serão armazenadas quentes e isso pode afetar negativamente o clima na pilha”, diz Loos. “Se não tiver outra opção, nessas condições climáticas, você pode umedecer as beterrabas na pilha após a colheita. Isso garante uma umidade favorável e a redução da temperatura das beterrabas.” Loos continua: “Recomendo a colheita com uma colheitadeira de grampos. Essa máquina reduz significativamente a porcentagem de beterrabas danificadas. É essencial que as beterrabas entrem no armazenamento sem danos. Além disso, a ventilação é importante, portanto, use uma esteira transportadora para fazer a pilha. Dessa forma, você pode separar a terra e as beterrabas pequenas para que elas não bloqueiem os canais de ventilação entre as beterrabas grandes.”

Embora as beterrabas sejam armazenadas em “condições não controladas”, as técnicas modernas com sensores inteligentes nos dão uma visão cada vez melhor das condições da pilha. Como resultado, é possível fazer melhores escolhas. Dependendo da variedade e das condições de armazenamento, essa é, em parte, a razão pela qual é possível armazenar beterrabas sob a palha por até seis meses.

Obviamente, a melhor maneira de armazenar beterrabas varia de acordo com a situação. Para obter orientação, sempre é possível entrar em contato com o representante da Bejo em sua região.

O MUNDO VERSÁTIL DA BETERRABA

AS BETERRABAS SÃO CONHECIDAS POR SUA COR ROXA PROFUNDA E SABOR TERROSO. ELAS NÃO SÃO APENAS UMA ADIÇÃO NUTRITIVA ÀS NOSSAS REFEIÇÕES, MAS TAMBÉM UM INGREDIENTE VERSÁTIL QUE VIAJA PELO MUNDO. DOS CAMPOS DE CULTIVO ÀS PRATELEIRAS DOS SUPERMERCADOS, A BETERRABA ENCONTROU UM CAMINHO PARA OS CORAÇÕES E AS COZINHAS DOS CONSUMIDORES EM TODO O MUNDO. AS BETERRABAS SÃO COMERCIALIZADAS DE FORMA INOVADORA E USADAS EM PRATOS TRADICIONAIS, BEM COMO EM SUPERALIMENTOS E COSMÉTICOS MODERNOS.

Europa: tradicional e moderna

Na Europa, as beterrabas são tradicionalmente consumidas como parte de saladas ou cozidas como acompanhamento. Com o aumento das tendências de saúde, vemos com mais frequência a beterraba em sucos e smoothies. Na Holanda, a beterraba é usada em alimentos para bebês, indicando seu valor nutricional e versatilidade. Na Espanha, a beterraba vermelha é usada no “Salmorejo”, um prato refrescante que mostra a versatilidade da beterraba na culinária mediterrânea. Na Europa Oriental, a ênfase está nas formas tradicionais de valorização dessa cultura, como o borsjt.

América do Norte: lanches e suplementos

Na América do Norte, as beterrabas se tornaram um ingrediente popular em lanches saudáveis. Os chips de beterraba secos e crocantes são os favoritos de quem procura uma alternativa mais saudável às batatas fritas tradicionais. Além disso, a beterraba em pó é vendida como um suplemento de superalimento, geralmente adicionada a smoothies ou usada como corante alimentar natural.

América Latina: colorida e criativa

A beterraba é muito difundida na América Latina, especialmente no Brasil e no México. Elas são usadas em diversos produtos, desde suco fresco e alimentos para bebês e animais de estimação até cosméticos, como cremes, batom e blush.

A beterraba não só dá cor e sabor às tortilhas e pães, mas também é incorporada a enchiladas, macarrão para saladas e até sorvete, destacando os usos culinários criativos desse vegetal.

Ásia: tradicional e inovadora

Nos países asiáticos, a beterraba é usada com frequência em pratos tradicionais, mas também há uma tendência crescente de usos inovadores. Na Índia, por exemplo, a beterraba é usada em uma variedade de curries e picles. Já no Japão, a beterraba é usada como corante natural em confeitos e doces.

Cor em seu prato

Além da beterraba roxa, há também variedades coloridas, como a amarela, a branca e a chioggia. As beterrabas amarelas são as favoritas das crianças por causa de seu sabor mais doce. As beterrabas chioggia se destacam por seus anéis branco-rosados, perfeitos para saladas. As beterrabas brancas oferecem um sabor sutil que refina os pratos. Elas acrescentam mais cor e sabor a qualquer refeição.

A comercialização de beterrabas mostra sua versatilidade. Elas não são comercializadas apenas frescas, mas também pré-cozidas e processadas em cubos, fatias e julienne. De alimentos saudáveis a cosméticos, a beterraba continua a nos surpreender com seus usos versáteis e sua popularidade duradoura.

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