Eu estive l á…
França 1918
António dos Santos (soldado, natural de Ançã, que combateu em França, durante a 1ª Guerra Mundial)
Histórias das BEMM
Ficha técnica Título: Eu estive lá… França 1918 Autor: António dos Santos Arranjo gráfico: Graça Silva e José Plácido Edição: Bibliotecas Escolares Marquês de Marialva Coleção: Histórias das BEMM, novembro de 2018 (número especial) Edição comemorativa do centenário do armistício da 1ª Guerra Mundial
Eu estive lá… França 1918 de António dos Santos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-Não Comercial-Sem Derivações 4.0 Internacional.
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Eu estive l á…
França 1918
António dos Santos
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“Salvamos tudo com a beleza” Afonso Cruz
Em agosto de 1918, António Santos, soldado português e autor dos desenhos deste livro, encontrava-se em Cherbourg, no norte de França, a servir o seu país. Como milhares de jovens portugueses, foi chamado a combater na Primeira Guerra Mundial, um confronto longo e doloroso, que marcou de forma sangrenta o início do século XX. Hoje, à distância de cem anos, graças ao que lemos, ouvimos e vemos, podemos recriar alguns factos daquela época e imaginar como tudo seria. No entanto, com toda a certeza, só quem viveu ou vive o horror de uma guerra, no seu país, na sua casa, na sua família, ou na sua própria pele, será capaz de sentir e avaliar, na exata medida, o sofrimento real causado por este flagelo que tão fundas cicatrizes deixa no corpo e na alma. Longos e muito duros terão sido os dias vividos por António Santos e pelos seus companheiros no cenário de guerra. Imaginamos as privações, os muitos perigos, os medos, as adversidades do clima, a morte sempre à espreita, o desânimo, a exaustão, o desespero, a revolta, as saudades… E no meio de todo este caos, o que poderá ter levado este jovem a desenhar, com visível paciência, gosto e minúcia, detalhes do mundo da
guerra que o rodeava: granadas, espingardas, trincheiras, explosões, veículos? Talvez o ato de desenhar, reclamando concentração e ocupando agradavelmente o seu espírito, tenha sido a forma encontrada para readquirir a paz e o equilíbrio, em momentos tão críticos e pesados, ajudando-o a resistir. Ou então, porventura terá desejado António Santos perpetuar as suas muitas memórias e experiências do tempo passado na guerra, num caderninho de capas castanhas. No ano em que se assinalam os cem anos do fim da Primeira Guerra Mundial e a conquista da paz, o livro “Eu estive lá…França 1918” apresenta oportunamente os dese-
nhos legendados de António Santos, que constituem um documento de época único, de inegável valor para o conhecimento deste penoso momento da nossa história. Por outro lado, a simplicidade e o encanto destas ilustrações, criadas em tempos tão adversos, provam que é sempre possível construir algo de bom e de belo, mesmo no meio das maiores dificuldades. Ana Mineiro
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Legenda: França—Cherbourg 2 de agosto de 1918 Este livro pertence ao António dos Santos 6
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Legenda Interior das trincheiras 9
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Legenda Exterior das trincheiras 11
Legenda Soldado EscocĂŞs 12
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Legenda Metralhadora pesada 15
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Legenda Metralhadora ligeira | Arma terrĂvel 17
Legenda Aparelho de morteiros pesados inglĂŞs 18
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Legenda Morteiro pesado 20
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Legenda Aeroplano de combate inglĂŞs 22
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Legenda Granadas que se atiram com arma 25
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Legenda Soldado portuguĂŞs que faz fogo ao boche 27
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Legenda Morteiro ligeiro | Granada ‌ tambÊm de arma 29
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Legenda Os trĂŞs foguetĂľes que sempre se encontram na primeira e segunda linhas com que se pede o SOS (socorro) Ă artilharia em caso de ataque 31
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Granada de mรฃo | Granada de gรกs 33
Legenda O aparelho de morteiros mĂŠdios fazendo fogo Ă s trincheiras inimigas 34
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Legenda Morteiro mĂŠdio 37
Legenda Nas trincheiras o aparelho de morteiros mĂŠdios 38
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Legenda ... | Tampa da cantina | ... do café | Púcaro Cantina que transporta o café nas trincheiras 41
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Legenda DirigĂvel 43
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Legenda Tanque de... 45
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Legenda O Zepelim 47
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Legenda Canhão Antiaéreo 51
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Legenda Aeroplano inglĂŞs 53
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Legenda Automรณvel de transporte de feridos 55
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Legenda Um soldado deitando very-light Ă meia noite 57
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Legenda Morteiro inimigo | Morteiro de ventoinha inimigo 59
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Legenda Morteiro inimigo que em dia de ano bom transportou alguns folhetins para as nossas trincheiras 61
Legenda Tampa | Cilindro de gรกs asfixiante 62
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Legenda Buzina para dar alarme de gรกs 64
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Legenda Mรกscara respiratรณria | Capuz respiratรณrio 67
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Legenda Sineta que se encontra nas trincheiras para dar sinal de gรกs 69
Legenda Um aeroplano inimigo que lanรงa um torpedo numa casa 70
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Legenda CanhĂŁo de 15c inglĂŞs 73
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Legenda A pรณlvora que a transporta Granada de 3 impulsos que o inimigo emprega para bombardear Paris ... 75
Legenda Granada de 38 inglesa | Granada de 28 inglesa 76
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Este cons 78
Legenda Um dos maiores monoplanos Ghotas alemĂŁo
seguiu bombardear BĂŠthune. Foi aterrado pela artilharia no setor portuguĂŞs em 16 de fevereiro de 1918 79
Legenda O aeroplano inimigo fugindo Projetor inglĂŞs que procura o aeroplano inimigo em noites escuras 80
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Legenda Balão cativo em observação 83
Barraca onde pernoita
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Legenda am 12 soldados, próximo do porto mar. Pertenço a esta barraca desde 16 de junho 1918 em Cherbourgo Estaca e maço pertencentes à barraca 85
Legenda Rolo de arame | Quadro de revestimento | Grade de revestimento | Travessa | Estrado passarela | O saco da terra | Estaca | Passarela 86
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Legenda Aeroplano inglĂŞs 89
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Legenda Um soldado ao periscรณpio nas trincheiras 91
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Legenda As ordens cumprem-se | E nĂŁo se discute?! 93
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Legenda Canhão pesado em posição de fogo | Caminho de ferro 97
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Legenda Espingarda inglesa 99
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Legenda Uma casa prรณxima das trincheiras que foi escangalhada com o fogo inimigo. Nesta encontra-se o observador 101
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Legenda Very-light | Very-light | Pistola grande | Pistola pequena Empregam-se estas nas trincheiras para pedir socorro Ă artilharia em caso de ataque 103
Legenda Este tronco de ferro estรก nas trincheiras no setor de fronteira. Foi colocado de noite no lugar de um tronco de รกrvore seca. Este serve de observador 104
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Legenda Um granadeiro com a 1ª posição 107
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