Histรณrias
das
BEMM
Ficha técnica Título: Semear palavras nas BEMM Coordenação: Rui Abreu Arranjo gráfico: Graça Silva e José Plácido Edição: Bibliotecas Escolares Marquês de Marialva Coleção: Histórias das BEMM, n.º 3, junho de 2016
Semear palavras nas BEMM de Rui Abreu (coord.) está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. 2
Esta coletânea é dedicada a todos os que acarinharam este projeto, contribuindo para o seu sucesso, na esperança de que a escrita reflita as cores do mundo de cada um.
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Pela minha mĂŁo escrevo letras que espelham o mundo.
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Prefácio
O motivo que me leva a apresentar esta coletânea é o facto de ter sido o mentor do projeto Semear Palavras nas BEMM. Apesar da sua singela fundamentação teórica, pretendi que o projeto se assumisse como um relevante contributo para o desenvolvimento e a melhoria do domínio da escrita dos alunos, criando neles o gosto pela escrita criativa. Este projeto foi acolhido, com entusiasmo, pelas professoras bibliotecárias do Agrupamento de Escolas Marquês de Marialva, dado que têm a clara consciência da importância da escrita para o sucesso escolar dos alunos. O seu incentivo imediato facilitou-me a planificação e posterior implementação do projeto. Além disso, este justificava-se per si dado o conhecimento generalizado das dificuldades manifestadas pelos alunos no uso e domínio da escrita, materializadas em resistências, por vezes infundadas, e em desconhecimento de regras ortográficas, desorganização de ideias, incoerência, inadequação vocabular, desestruturação de frases e parágrafos. As sessões de escrita foram dinamizadas em todas as BE do Agrupamento, sob orientação dos docentes colaboradores, ao longo do ano letivo de 2015-16. A participação dos alunos foi voluntária e salvaguardou-se a eventual participação dos pais e encarregados de educação, nesta aventura de escrita, por vezes a duas mãos. As produções escritas dos alunos deram origem à presente coletânea, impressa e digital, esta última acessível em [ http:// bemarquesdemarialva.blogspot.pt/ ]. O impulsionador do processo de escrita foi um objeto que, semanalmente, surgia misteriosamente nas Bibliotecas Escolares e que servia de inspiração para escrever, de forma livre, espontânea e ao ritmo de cada um. Os objetos afiguram diversos contextos e funcionalidades: produtos e utensílios alimentares e de higiene; peças decorativas, simbólicas e comemorativas de efemérides; brinquedos… 5
Os textos produzidos surgem agrupados em função dos objetos, dispostos por ordem alfabética. Ao folhear esta coletânea, verificarse-á grande variedade no uso e domínio da escrita, uma vez que os autores destes textos são alunos de todos os níveis de ensino, do 1.º ao 9.º ano, e com idades compreendidas entre os 6 e os 15 anos. De palavra em palavra, estes alunos construíram redes de sentido, donde emergiram as primeiras frases que depois desabrocharam em textos, maioritariamente produzidos no momento, explorando o sentimento e dando voz ao Eu. Foi uma boa maneira de proporcionar a cada aluno um momento intimista para estar atento a si próprio, sem descurar o real, e deixar-se levar pela sua criatividade, revelando as suas capacidades. A singularidade da presente coletânea é uma viagem pelo mundo das letras escritas, proporcionada por jovens escritores de sensibilidades diferentes e modos de olhar e imaginar a realidade, igualmente diferentes. As palavras escritas não só espelham as emoções, os sentimentos, as vivências e as recordações, mas também os significados das coisas que circundam os jovens escritores e que até os preocupam. Através dos seus escritos, sejam eles poemas, acrósticos, contos maravilhosos, narrativas de aventura e ficção, ou pequenos textos de opinião, em todos sobressai a vivência pessoal e prazerosa do ato de escrita, sem imposição de tipologias de texto, de tempo ou de espaço, porquanto o limite de cada “escritor” foi a sua própria imaginação. Muitos aprendizes de escritores descobriram que, afinal, só se aprende a escrever, escrevendo, e que se for de uma maneira divertida, melhor. Aos leitores cabe usufruir da leitura desta coletânea, à semelhança do que senti quando a li. Termino com uma palavra de gratidão dirigida a todos os que acreditaram e se envolveram neste projeto. Bem hajam!
Rui Marques de Abreu Cantanhede, junho de 2016
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Abรณbora
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Abรณbora, aboborinha Transforma-te em gatinha! Joana C. (Cantanhede Sul, 1.ยบ ano)
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Almofada
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A almofada
A almofada verde Linda, confortável, Macia como o algodão! Olha! Como faz sonhar! Fica sempre na minha caminha Ao pé de mim! Durmo sempre bem acompanhada Até ao nascer do dia! Sara Almeida (Cadima, 4.º ano)
Uma almofada Uma almofada verde pequenina Está perdida numa casinha amarelinha. A minha amiguinha tem uma igualzinha. É uma almofada muito fofinha! Mariana Rodrigues (Cadima, 3.º ano) A almofada Em cima da mesa Está uma almofada. Ela é verde, fofa e bonita. Gosto muito dela no sofá. É uma amiga inseparável Quando vejo televisão A comer pipocas com o meu irmão! Inês Cavaleiro e Jéssica Coelho (Cadima, 3.º ano)
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Brinquedos
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Brinquedos De pequeno até adulto Os brinquedos foram a minha inspiração
E agora que sou idoso Guardo-os no meu coração.
Agora que os tenho no armário Bem empacotados
Durante anos vão ficar bem guardados
Em criança os usei Com muito carinho brinquei E agora com os meus netos
O mesmo farei.
Um dia ao brincar, Deixei um brinquedo cair Mas para não chorar Comecei a rir. Eduardo Conceição e Gonçalo Vinhas (EBMM, 6.º ano) 12
Cabide
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O Cabide Fugitivo Era uma vez um cabide que estava numa loja sempre carregado com roupas que lhe magoavam os braços e os ombros. Sempre que as senhoras da loja iam buscar roupa, o cabide queria fugir. Um dia, um senhor foi à loja comprar um casaco e viu o cabide a mexer-se. Foi-se queixar à senhora que estava no balcão: – Ó senhora, o cabide mexeu-se! A empregada foi lá ver e qual não foi o seu espanto quando não viu o cabide. Foi à procura dele até que o viu a fugir da loja, já sem a roupa. A senhora chamou-o e perguntou-lhe: – Porque é que estás a fugir, cabide? – Não… Não quero mais estar com roupa em cima de mim – respondeu ele. Vou-me embora – disse o cabide. A senhora não conseguiu apanhar o cabide e este desapareceu, voando. Hoje, quem passa por aquela loja fica espantado com o cartaz na montra: «Procura-se cabide fugitivo. Dá-se recompensa a quem o encontrar». Leonor Reis e Diana Santos (Cantanhede Sul, 2.º ano)
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Utilidade do Cabide Um desafio me deram Para eu escrever. Sobre o cabide É o meu dever.
Serve para pendurar, Não há que enganar.
Vestidos, calças É o que se pendura E ainda mais… Que bem que segura!
E assim vou terminar E ficamos assim a saber Que o cabide é para pendurar
Roupa. Afonso Garrido (Cantanhede Sul, 3.º ano)
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Caixa
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Caixa Caixa, caixinha… Da caixa saiu um gato, gatinho, um gato gatão Miau, miau, miau… Da caixa saiu um rato, ratinho, um rato ratão Hi, hi, hi… Gato, gatinho, gato, gatão, rato, ratinho, rato, ratão Isto vai dar confusão! Joana Catarino (Cantanhede Sul, 1.º ano) Caixa, caixinha Gato lindo Gatinha, gata. Rata, ratinha. Zebrinha, zebra Presente? Sim, um presente lindo! Gosto do que lá saiu! Do que lá saiu foi um coração. Beatriz Ângelo (Cantanhede Sul, 1.º ano)
Caixa, caixinha Da caixa saiu Um cão, ão, ão, ão Uma gatinha, miau, miau, miau. Francisca Lourenço (Cantanhede Sul, 1.º ano) Caixa, caixinha… Gato fofo dela saiu. Que fez? Miau, miau… Ana Lucas (Cantanhede Sul, 1.º ano) 18
Caixa Dentro de uma caixa havia um grande pão. O leão comeu um pouco do pão. O cágado comeu um pouco do pão. O hipopótamo comeu um pouco do pão. O gato comeu um pouco do pão. E eu, Joana, não comi nada do pão, porque não. Joana Matos (Cantanhede Sul, 1.º ano) A caixa de balões Era uma vez uma caixa. A caixa era azul com bolas e uma fita azul clara. A caixa estava no jardim de uma menina chamada Isabel. No dia 6 de julho, a Isabel fazia anos. Ela andava muito triste porque gostava muito de balões e não tinha nenhum. Dentro da caixa estavam muitos balões. Chegado o dia, a Isabel fez uma festa de anos. Cerca das 15:00, abriu a caixa e viu naquele momento 100 balões que saíram. A menina conseguiu segurar 72 balões com as suas mãos. A menina ficou muito feliz. Daniela Relva Cardetas (Ançã, 4.º ano) O presente O presente Dentro dele tem um pente, Que recebeu a Rita Que rima com chita
Depois a menina Ficou sem presente E foi para a cantina, E aí encontrou-o, finalmente! E ficou toda contente.
Havia um menino Que não tinha presente E de repente Pegou no pente.
Joana Cavaco (Ançã, 3.º ano) 19
O presente ideal Era uma vez uma caixa que andava triste, porque não a compravam. Dentro dela havia amêndoas e chocolates. Ela foi feita para a comprarem na véspera da Páscoa. Ela andava triste porque era cara e, por isso, ninguém a comprava. Um menino tinha o sonho de lhe oferecerem amêndoas e chocolates, porque a família dele só lhe oferecia carros pequeninos. No dia seguinte, o pai desse menino quis oferecer-lhe o presente ideal e viu aquela caixa. Ele reparou que era um bocado cara, mas pelo seu filho fazia tudo. O pai queria oferecer-lhe o presente, quando fossem acampar. O preço da prenda com o acampamento ficava mesmo muito caro. Passada uma semana, já era Páscoa e o pai disse ao seu filho: – Filho, tenho uma prenda para ti. – Devem ser os carrinhos como sempre! – Não, vamos ao acampamento primeiro. Passado algum tempo, chegaram ao acampamento, acenderam a fogueira e o filho perguntou: – Então, pai, qual é a prenda? – Abre, filho! – Não acredito! São amêndoas e chocolates. Era mesmo o que eu queria. – Ainda bem que gostas! A caixa ficou muito feliz. Daniel Tavares (Ançã, 4.º ano)
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Colher
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A colher
Consigo Olhar para a colher, Levá-la para a cozinha. Hoje… que linda e útil! E com ela só me Resta fazer um bolo delicioso! Francisca Varanda (Cadima, 3.º ano)
A colher
Colher cor da madeira, Olha como é pequenina, Linda como uma castanha! Há lá algo tão útil como ela? Eu penso que não! Recomendo que todos a usem. Sara Dias Almeida (Cadima, 4.º ano)
A colher A colher, que foi escolhida para alegrar os meninos de visita à BE, ficou muito triste e deprimida pela falta de atenção. Então, resolveu a colher fazer uma participação por alegada falta de atenção. Clarinda e Olga (BEMM)
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A colher de pau A menina pequenina Que adora a China Que mexe com a colher E faz um bolo No Dia da Mulher.
A sua preparação Vem do coração.
Ao fazer um bolo Para o Dia do Pai
Ela disse «Ai! Ai!» E espera que ele fique Com muito miolo. Joana Cavaco (Ançã, 3.º ano)
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Cravo vermelho
25 de abril
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A LIBERDADE é… (Textos coletivos, realizados na semana de comemoração do 25 de abril, com o contributo de todos os alunos que frequentaram as BE)
Uma brincadeira. Está em ler e fazer o que quisermos. Poder andar à vontade. Ninguém nos chatear. Viajar de um lado para o outro. Brincar com os amigos sempre que me apeteça. Ser feliz. Poder fazer o que nós quisermos. Viver em tranquilidade. Estar à vontade comigo e com os outros. Ser livre de fazer o que quisermos. Ser livre. Ter direitos e deveres. Brincar, correr, saltar, escorregar. Gostar da cor verde da Natureza. Poder passear e falar com as pessoas. Poder fazer o que quiser. Prazer de viver à vontade. Andar livre na rua. Um cravo vermelho. Ser bonita como eu. Alegria. Felicidade, amor e paixão. Massa à bolonhesa, porque está tudo misturado e sabe bem. Chocolate, porque é o meu doce preferido. A paz entre nós. O sítio onde posso fazer o que eu quiser. 26
Estar livre com as minhas amigas. Quando estou a passear. Quando não tenho nada que fazer. Fazer o que quiser sem prejudicar os outros. Fazer coisas que se podem fazer e não fazer. Viver com paixão. Um pássaro a voar. O 25 de abril e sair para a rua. Amar as pessoas. Amar as plantas e os animais. Amor. Cantanhede Sul Ser livre sem exagerar! Haver paz no mundo! Ter o coração livre! Poder fazer tudo o que nós quisermos! Amor, amizade e alegria! Estar solto! Não estar presos! Fazer o que eu quiser, respeitando os outros! Brincar com os amigos! Poder falar como quisermos, mas sem magoar as pessoas! Fazer o que nós queremos, mas com regras! Cadima
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Leis Igualdade Brincadeira Entendimento Revolução Dádiva Amizade Direitos humanos Evolução
Liberdade
Mariana Gonçalves (Cadima, 3.º ano)
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Elos
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Os guerreiros de Elos Há muitos, muitos anos atrás, em mil novecentos e dez, um príncipe convidou um amigo para ir brincar com ele. A certa altura, no meio da brincadeira, um dos príncipes encontrou uma caverna onde havia um buraco e ambos caíram. Preocupado, o rei mandou chamar os guerreiros que se chamavam Elos e que eram conhecidos pela sua força e união. O rei mandou atacar a caverna. Quando lá chegaram, apareceu um leão que eles venceram com a sua coragem: uniram os braços, formando elos, e foram apertando até o leão morrer com falta de ar. Libertaram os príncipes e na presença do rei receberam o Colar de Elos, uma joia muito rica deste reino. João Tomás (EBMM, 6.º ano)
A menina dos elos Há muitos, muitos anos, numa aldeia muito distante, uma menina andava a passear pelas montanhas até que olhou para baixo e viu lá mesmo no fundo uma coisinha pequenina a brilhar. De seguida, a menina, que se chamava Mariana, desceu a montanha e encontrou a tal coisa de que andava à procura. Olhou e viu uma que era uma coisa esquisita que nunca tinha visto na vida. Pegou nela e levou-a para a oficina do avô. O avô, quando a viu, disse: – Podemos chamar-lhe Elos. – Elos? Mas porquê, Elos? – perguntou a menina, espantada. – Porque elos são as iniciais dos nomes dos meus filhos: E de Eduardo, L de Luísa, O de Óscar e S de Simão. Carolina Pereira (EBMM, 6.º ano)
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A princesa dos elos Era uma vez uma princesa chamada Olívia, que vivia com o pai e a mãe num castelo muito bonito. Olívia era uma menina bemeducada e bonita, com cabelos castanhos e longos. Faltava um dia para o seu aniversário. No dia 12 de agosto, Olívia fazia 13 anos. Quando Olívia acabou de jantar, foi para o seu quarto que era grande e muito luxuoso e fechou-se lá dentro. Pegou no seu diário e começou a escrever sem parar. O assunto era as prendas que gostaria de receber. Olívia recebia muitos colares, mas a verdade é que nenhum deles era como ela queria. Nem mesmo ela sabia o que queria. Passado algum tempo, foi deitar-se. No dia seguinte, quando acordou, foi para a sala de jantar e pediu que lhe preparassem o pequeno-almoço. Quando acabou de comer, os pais foram ter com ela à sala e disseram: – Olívia, temos uma prenda para ti! – A sério? O que é? – perguntou ela. – Abre! – exclamou o pai. Olívia desembrulhou a prenda e viu um colar. Era um colar diferente dos outros: era dourado, rosa, roxo, verde, laranja… Tinha muitas cores e era formado por argolas. – É lindo! Mas um pouco estranho. O que é isto? – Estas argolas chamam-se Elos! – respondeu o pai. – Elos? – Sim, Elos. Antigamente eram utilizados para fazer algemas e muitas outras coisas que possas imaginar. – Que giro! Adorei! Noutros tempos eram muito usados. Por isso é que este reino se chama “Elos”.
Bruno Godinho (EBMM, 6.º ano)
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O reino das cores Esta história, ao contrário de muitas outras, passa-se no futuro, em 6832, em que o mundo voltou à monarquia. O reino onde se passa esta história chama-se Mircolândia (o nome mudava consoante o rei). Como já perceberam, o rei chamava-se Mirco. Havia também uma princesa que se chamava Jimpena. Certo dia, estava a princesa no seu quarto, quando entram pela janela quatro raptores. Um deles chamava-se Nenjo que era alto e musculado. Este levou a princesa para fora do castelo. Quando o rei Mirco descobriu, ficou muito zangado e mandou prender Nenjo, recuperando a sua filha. Mas a população, que andava descontente com a família real, fez um grande protesto. O rei, a princípio, ficou chateado, mas depois ouviu a sua filha que teve uma ideia: – E se escrevêssemos um livro, em que cada habitante da Mircolândia fizesse uma regra? Ouviram-se muitos “sins” e o rei deu autorização para se começar o trabalho. No fim, Mirco mandou libertar Nenjo e pediu-lhe para ser ele a prender o livro a um local que escolhesse. Nenjo escolheu a fonte das cores e prendeu o livro com uma corrente. Passados alguns segundos, cada elo da corrente ganhou uma cor diferente das outras. E uma vez que cada um destes simbolizava uma pessoa, cada pessoa começou uma vida diferente. A partir desse dia, a fonte começou a ser visitada e decorada todos os dias e o reino passou a chamar-se Reino das Cores, independentemente do rei que governava. Felizmente, pude contar esta história, porque, há uns meses atrás, viajei numa máquina do tempo e fui até ao futuro.
Inês Cruz (EBMM, 6.ºano)
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Escova dos dentes
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Escova de dentes Devemos Escovar Os deNtes Todas As noitE S (Cantanhede Sul, 1.ºano)
Chuva Chuva Chove chuva Chuva chove Chove cá Já choveu Enquanto a Júlia Lava os dentes Júlia Le Huidoux (Cantanhede Sul, 1.ºano)
Joana e a escova de dentes Era uma vez uma menina chamada Joana que gostava de voar pelos céus. Um dia ela resolveu voar e levou a escova de dentes. - Então, escova de dentes, estás a gostar? - perguntou a Joana. - Claro que estou! Vejo as nuvens ao perto… parecem maços de algodão, os passarinhos, os aviões muito grandes… - Valeu a pena virmos voar. Quando chegaram a casa da Joana, a escova quis voltar para o céu. Joana Coutinho (Ançã, 3.ºano) 34
A Mariana Era uma vez uma menina chamada Mariana que gostava muito de lavar os dentes, porque adorava a sua amiga escova de dentes. Sempre que ia para qualquer lado, levava-a. Ela era cor de laranja, às pintinhas amarelas, com cerdas muito fofinhas. Um dia a escova ficou com bolor e a Mariana teve de a pôr no lixo. Ficou muito triste e disse que nunca mais ia fazer aventuras. Daniela Cardetas (Ançã, 4.º ano)
Dentista DENTISTA PASTA DE MORANGO
CASA DE BANHO LIMPOS LAVA MUITO LIMPINHO DEPOIS DAS REFEIÇÕES DENTES ESCOVAS DICAS SEM CÁRIES MANUAIS E ELÉTRICAS TRINTA E DOIS TRÊS VEZES AO DIA SEMPRE Dália Costa (Cantanhede Sul, 3.ºano)
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A escova de dentes abandonada Era uma vez uma escova de dentes que estava abandonada numa cesta da casa de banho. Ela chamava-se Super Escova. A mãe da menina Maria fartava-se de lhe dizer: – Filha, escova os dentes. Sabes para que servem os dentes e porque é que temos de os limpar muito bem? – Não, mãe. – Queres que te explique? – Sim, mãe. – É porque usamos os dentes para morder e mastigar. Temos de os tratar bem! – O que é que faríamos sem eles, mãe? – Não sei, filha. Só sei que na verdade os dentes têm de durar toda a tua vida. Por isso, tens de usar a tua Super Escova.
Maria Carnapete (Cantanhede Sul, 3.º ano)
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Espada
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A espada amuleto Num dia de chuva, estava um menino em casa a ver um filme. De repente, ouviu um barulho e foi ver o que se passava. Quando chegou à cave, viu uma espada velha cheia de pó. Pensou logo em pegar-lhe e limpá-la. No fim de a limpar, viu que tinha números: era um enigma e quis logo resolvê-lo. O enigma era 12-9-2-5-18-414-5. O rapaz foi contar a um amigo que gostava muito de resolver enigmas, cujo sonho era ser detetive. Mas, a princípio, o André, que era o amigo, não acreditou. Só quando viu a espada com os seus olhos é que acreditou. Estiveram na cave do Francisco durante 3 horas a ver livros antigos, até que, num deles, viram duas lendas: “ A espada números tem. Quem o enigma resolver terá o seu poder”. Foram logo a correr buscar a espada para resolverem o enigma. Estiveram uma semana a tentar decifrá-lo, pois poderiam ser datas ou coordenadas. De repente, o André pensou que podiam ser as letras do alfabeto. Então, pensaram que cada número correspondia a uma letra e testaram: 12-L, 9-I, 2-B, 5-E, 18-R, 4-D, 1-A, 4-D, 5-E, ou seja, a palavra LIBERDADE foi o que o rapaz gritou. De repente, a espada elevou-se no ar e começou a brilhar. Eles ficaram fascinados com tal facto. A espada começou a descer, eles pegaram-lhe, ela encolheu-se e dividiu-se em dois amuletos. Nesse momento, ouviu-se uma voz que disse: “Os amuletos permitem-vos viajar no tempo. Se os amuletos caírem em mãos erradas, algo de mal poderá acontecer”. A partir deste momento, os amuletos foram passando de geração em geração. Marta Galhano, Mariana Cruz, Maria Mendes (EBMM, 6.º ano)
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Flor
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Flor
Flor cor-de-rosa Longe estava no jardim. Olha como ela é amorosa! Rosada, fica para mim! Sara Almeida (Cadima, 4.º ano)
Flor, tu és bonita como uma rosa! Linda flor, és a mais bela do mundo! Oh! Que linda flor tão perfeita como a Florinda! Rodas ao sabor do vento! Rita Faim e Mariana Pereira (Cadima, 3.º ano)
Flor linda e bem cheirosa! Logo estavas aqui perto de mim! O teu caule é verde como a esperança! Rosa como as outras flores do meu jardim! Matilde Rato (Cadima, 4º ano)
Folhas verdes e muitos Laçarotes tens! Olhos brilhantes como diamantes! Recortes que te fizeram elegante! Francisca Varanda (Cadima, 3.º ano) 40
Garfo
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O garfo amarelo Era uma vez uma menina chamada Teresa que vivia numa aldeia perto de Cantanhede. Um dia, ela encontrou um garfo amarelo perdido no meio dos seus brinquedos e foi dizer à mãe: – Olha, mãe, eu encontrei um garfo misturado com os meus brinquedos! – Filha, o garfo é da cozinha! Era o teu garfo preferido! Tu não deixavas ninguém mexer nele! – Então, vou guardá-lo! – Fazes bem, filha, para um dia mostrares aos teus filhos. – Vou já tratar disso. A mãe da menina ficou feliz, porque aquele garfo era especial!
Sara Dias (Cadima, 4.º ano)
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Garrafa de รกgua
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A garrafa azul Era uma vez uma menina chamada Maria que andava no mar a brincar, quando reparou que andava por ali uma garrafa a flutuar. A Maria, como era muito curiosa, foi logo lá buscá-la e contou aos pais. Quando os pais olharam para aquilo, disseram: – Olha, filha, isso não tem nada de especial. É só uma garrafa azul. – Não, mãe. Olha lá para ao fundo: está lá um papel! – exclamou a menina. Quando o pai abriu a garrafa, tirou o papel, desembrulhou-o e encontrou uma carta. Parecia ser muito antiga. A mãe, como era muito culta, disse: – Filha, essa carta deve ser de um marinheiro que tinha muitas saudades da sua mulher e por isso a escreveu. – Obrigada, mãe, por me teres esclarecido – agradeceu a Maria. Então a Maria ficou muito feliz por ter encontrado a garrafa e ainda hoje a guarda no seu quarto. Matilde Rato e Sara Dias (Cadima, 4.º ano)
Garrafa, garrafinha Garrafa, garrafinha, Tão linda que é a minha. Enrola a rolha O gargalo da garrafa.
Agarra a garrafa e gargareja Enquanto o galo cacareja. Débora Lopo, Ana Ribeiro, Matilde Mendes e Matilde Brites (Cantanhede Sul, 3.º/4.º anos) 44
Era uma vez… Era uma vez uma garrafa Garrafa grande e bonita Bonita era a tampa vermelha e pequena Pequena também era a garrafa Garrafa transparente e redonda Redondo era o seu corpo Corpo bonito, bonitinho Bonitinho e verdadeiro Verdadeiro era o seu amor Amor verdadeiro ou mentiroso Mentirosa não era a garrafa A garrafa tinha namorado Namorado era o seu coração Coração de ouro ela tinha Tinha um coração cheio de amor Amor era tudo para ela. Marta Moura (Cantanhede Sul, 2.º ano )
A garrafa com pernas Toda a gente sabe que as garrafas não têm pernas, mas existe uma garrafa especial, é que ela tem pernas. Para ela é uma vida muito feliz: passear pela cozinha e pela casa inteira. Ela tem uma piscina para se encher quando quiser. As suas amigas ficam impressionadas ao vê-la andar pela casa e elas sempre no mesmo lugar, pois não têm pernas. Certo dia, a garrafa, que se chamava João, encontrou uma garrafa chamada Filipa. A Filipa também tinha pernas. Fizeram amizade e viveram felizes para sempre. Beatriz Silva (Cantanhede Sul, 2.º ano)
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A garrafa colorida Gosto de uma garrafa colorida, Ainda que só água possa ter. Recordo a minha primeira garrafa, Recordo a sua bela cor azul, Azul como a cor do céu! Foi assim que ficou no meu pensamento. Agora vou guardá-la para sempre. Sara Jorge (Cadima, 3.º ano) A história da garrafa de água Era uma vez… Muitas histórias começam com “Era uma vez…” e esta também. Era uma vez uma senhora Garrafa de Água que vivia com as suas irmãs num supermercado. O que acontecia era que a senhora Garrafa de Água estava farta de ser Garrafa de Água. – Podia ser um Garrafão… – dizia para as suas irmãs que se limitavam a esperar que alguém as comprasse. E assim passava o dia a queixar-se de coisas sem importância. Certo dia, um senhor chamado Rafael comprou-a. A senhora Garrafa de Água ficou muito feliz. Quando chegou a casa do senhor Rafael, teve uma grande surpresa. Fecharam-na numa despensa e os dias foram passando. Certo dia, o senhor Rafael disse: – Estou sem água na bilha. Vou buscar uma garrafa de água à despensa. Quando chegou à despensa, pegou na senhora Garrafa de Água e deitou a água na bilha e disse para o cão: – Toma, Bobi. E assim acabou a história da senhora Garrafa de Água que acabou a sua vida na boca de um cão. Maria Nogueira e Sofia Ye (Cantanhede, 3.º ano) 46
Laranja
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A laranja traquina A laranja traquina Andava aos pulos Numa grande laranjeira Mas caiu e ficou magoada!
Uma menina viu-a Caída no chão, Apanhou-a e… Perguntou à mãe Se podia cortá-la. A mãe disse que sim. Ela era tão deliciosa! A menina nunca tinha provado Uma laranja tão boa! Sara Jorge (Cadima, 3.º ano)
A laranja
Laranja é como o sol! A laranja é muito importante para a nossa alimentação. Roda a laranja na nossa mão. A sua cor é muito alegre! Nada é igual à laranja. Jamais podemos retirá-la da nossa alimentação. A sua vitamina C faz bem à saúde! Rita Faim e Mariana Pereira (Cadima, 3.º ano)
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A laranja Foi-me colocada a questão: “Será que os jovens preferem uma laranja gigantesca para sobremesa?” Hoje em dia os jovens têm uma alimentação desequilibrada, principalmente quando envolve frutos e vegetais. Mas muitos jovens são curiosos. Será que um alimento esquisito ou maior do que o normal despertará a vontade de o comer? Na minha opinião, os pais e os familiares devem ensinar as crianças, desde cedo, a comer frutas e vegetais e que os alimentos caseiros são melhores do que os industriais. Tal como disse em cima, a maior parte dos jovens é curiosa. Vamos imaginar que uma laranja gigante é colocada em cima de uma mesa. Eu penso que uma pequena parte dos jovens cederá à curiosidade e comerá a laranja, embora muitos não o façam. Então, parece-me que, se as pessoas levassem tudo na brincadeira, os jovens teriam mais motivação, por exemplo, fazer caras, sólidos, etc. Contudo, é preciso ter consciência de que não é por isso que os frutos e os vegetais se tornarão mais saudáveis. Finalmente, quero reforçar a hipótese de levar as refeições numa brincadeira, porque é no fundo o que as crianças e os jovens gostam.
Inês Cruz (EBMM, 6.º ano)
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A história da laranja A laranja musical Encontrou um pardal. O limão comilão Come muito pão. A uva malandra É amiga da Sandra. A banana sorridente Partiu um dente. A laranja com magia Ajudou a banana Durante uma semana. A uva disse ao limão: “– Não importa o pão; Importam os amigos. Eu gosto de todos”. Camila Ferraz e Lara Leitão (Ançã, 4.º ano)
A laranja guitarrista
Era uma vez uma laranja que tinha um sonho: ser guitarrista. Mas o grande problema é que ela não era humana e, por isso, a guitarra era muito grande. A amiga maçã, que estava a apreciar o acontecimento, foi ter com a laranja e disse: – Eu podia fazer-te uma guitarra; só tenho de te medir e ter as peças e as cordas. A laranja ficou muito agradecida. Após algumas horas, a guitarra estava pronta e a laranja começou a tocar, mas a guitarra não estava afinada, por isso afinou-a. Depois de afinar a guitarra, a laranja viu que não tinha nenhuma letra e então escreveu a sua própria música. A laranja ensaiou muito e aconteceu mais do que ela esperava… 50
A laranja tornou-se numa estrela e deu milhares de concertos, embora nunca ninguém tenha sabido o truque para ela tocar tão bem. Mas tu sabes! Afonso Monteiro, mãe Carla e pai Rui Paulo (Ançã, 4.º ano) A invasão das laranjas
Há muito, muito tempo, na cidade de Coimbra, as pessoas eram todas alérgicas às laranjas. Num campo um pouco distante da cidade ainda havia alguns pequenos laranjais. Certo dia, Daniel, um menino muito curioso, saiu de casa para dar um passeio. Foi então que avistou um grande pomar. No portão estava escrito “PROIBIDA A ENTRADA!”. Como viu que o portão estava trancado, voltou para casa. Pegou numa corda e regressou ao pomar. Lançou uma corda à grade do portão e prendeu a outra parte ao seu corpo. Quando entrou, ele sentiu que não era alérgico às laranjas e todas as tardes ele ia brincar para lá. Daniel pensou: – É melhor não contar a ninguém, se não… O que ele não sabia era que os cientistas faziam sumo de laranjas que juntavam às vacinas que os enfermeiros davam. Os dias passavam e cada vez que o Daniel via as laranjas pareciam que estavam a andar, e ele nunca pensou que elas queriam “ir ver o mundo”, mas ele sabia que, se as laranjas saíssem, a multidão enlouquecia e ele não queria isso. Mas um dia ele deixou o portão aberto e elas não conseguiram resistir. Elas saíram, ou seja, a invasão das laranjas começou. “– A multidão está a enlouquecer!” – dizia-se nos jornais. Mas tudo não passou de uma ilusão. O Daniel perguntou aos cientistas o que acontecera. Eles explicaram tudo e o Daniel disse: – Temos de dizer com calma à multidão que eles estavam iludidos! Eles nunca passaram por isso. Explicaram tudo à multidão e ela ficou pasmada. A partir daquele dia comeram muitas laranjas. Iris Ribeiro e Leonor Neves (Ançã, 4.º ano) 51
A laranja musical Era uma vez uma Laranja que tocava violino. Mas nunca ia a um concerto a sério. A sua professora de música era a Lima. A professora Lima era muito simpática. Mas nunca quis que a Laranja fosse a um concerto. Foi a partir daí que os problemas começaram. O pai da Laranja, o senhor Limão, foi reclamar à professora Lima que a filha Laranja nunca ia a um concerto. Por isso, ia mudála para outra academia de música; ia pô-la na professora Maçã. A partir daí a Laranja foi aos concertos de música. Miguel Fernandes (Ançã, 4.º ano)
A laranja e o limão Era uma vez uma laranja que vivia numa árvore. Ela era muito solitária. Mas houve um dia em que ouviu passos e umas escadas a pousar na árvore. Arrancaram-na e ela foi para dentro de uma caixa. Depois de tantas voltas e de tantos rodopios foi parar ao supermercado. Lá, foi posta numa prateleira com limões ao lado. A laranja estava na ponta da caixa e viu um limão. Ficou perdidamente apaixonada e o limão igualmente. Mas eles estavam em caixas diferentes e não sabiam como se encontrar… Uma menina foi comprar limões e laranjas e apanhou-os aos dois e lá foram eles. Quando chegaram à nova casa, foram postos numa fruteira linda e, por sorte, um ao lado do outro, juntos pela primeira vez. Eles falavam dia e noite, noite e dia. Até que houve um dia em que a menina o ouviu falar e foi lá ver. Ficou espantada ao ver que eles estavam apaixonados. Disse logo à mãe que não os podia usar. E assim eles ficaram felizes, juntos e salvos. Beatriz Pimenta (Ançã, 4.º ano) 52
Maçã
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A minha maçã Nesta manhã, abri a minha lancheira. Lá dentro estava uma bela maçã. Era bem amarelinha, parecia estar pisada num dos lados, mas continuou a ser bonita. Tinha um pó castanho e fino e pintinhas castanhas e alguns golpes nos lados. Às vezes, só de olhar para ela, não me apetece prová-la. Mas, pensando bem, vou prová-la antes que a minha mãe descubra que eu não lanchei. – Mhnm, mhnm, é tão boa! – exclamei. É doce e sumarenta. Afinal valeu a pena comê-la e saboreá-la. Adoro maçãs! Para a próxima peço à minha mãe que me deixe trazer outra. Sinceramente, não sabia que as maçãs eram tão boas! As maçãs amarelas são as minhas preferidas. Nunca mais me esqueci de pedir maçãs amarelinhas à minha mãe. Na escola até me chamam a “papa -maçãs”. E sabem porquê? Porque ao almoço estou sempre a comer maçãs! Maria Gil Castelhano (Cantanhede Sul, 3.º ano)
Uma maçã diferente
Era uma vez uma menina chamada Beatriz que estava a passear e ia tão distraída que foi contra uma árvore e dela caiu uma maçã. Quando ela a viu de perto, reparou que era azul com pintas rosa e achou estranho o formato. Seria boa? Passado algum tempo, adormeceu e sonhou que tinha visto uma árvore que tinha maçãs de várias cores e formas. Então provou uma que sabia a chocolate, outra sabia a morango e outra ainda a gelado. Pouco depois, encontrou uma macieira com maçãs a saber a pêssego. Eram tão boas que a Beatriz acordou: estava mesmo à frente da árvore do seu sonho. Beatriz Silva (Cantanhede Sul, 3.º ano) 54
A maçã Numa manhã de sol, encontrei uma maçã no chão. Apanhei-a e levei-a para casa. Era amarelinha e tinha pintinhas castanhas. Parecia ter bom aspeto. Dei uma trinca… – Tão boa! – exclamei – Que delicia! Quero mais! Perguntei à minha mãe: – Mãe, podemos ir ao pomar do senhor Joaquim buscar mais maçãs? – Claro, filha. As maçãs são saudáveis. Por isso, podes comer todas as que quiseres. – Vamos! Vamos embora! Entrámos no carro e fomos até ao quintal do senhor Joaquim. Saímos e fomos ter com ele. O senhor Joaquim estava a cuidar das galinhas. – Olá, senhor Joaquim! Venho cá pedir-lhe um cesto de maçãs. – Olá, vem comigo. – Tantas maçãs! – exclamei. Havia maçãs de várias cores: vermelhas, verdes e amarelas. Eu escolhi as amarelas. São as minhas favoritas. Voltámos para casa. Quando lá chegámos, fui logo comer as minhas maçãs. Mas também pedi à minha mãe para levar mais para a escola. Adoro, maçãs!
Mafalda Cruz (Cantanhede Sul, 3.º ano)
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A maçã Era uma vez, um quintal no meio da cidade. Nesse quintal havia muitas árvores. A minha árvore preferida era a macieira. Havia muitas maçãs brilhantes, vermelhas e meio amareladas. Levei para casa a minha maçã preferida: era amarela e parecia pisada e tinha pequenas pintas castanhas. Era muito brilhante! Comecei a comê-la. Fiquei espantada com aquele sabor maravilhoso e muito doce. Era tão bom, tão bom que até comecei a lamber os dedos. A dada altura apareceu a Margarida, que fazia anos. – Olá, Margarida! Muitos parabéns! – Obrigada – respondeu ela. – Olha, hoje provei uma maçã maravilhosa, com um sabor muito doce. Toma, prova. É a minha prenda. – Hum… É mesmo doce! Obrigada, Marta. – Queres outra que eu vou buscar? – perguntei. – Não é preciso. Uma tão boa chegou. – Está bem. Espero que tenhas mesmo gostado… – Gostado? Adorei – disse a Margarida – Adeus, Margarida, tenho de ir embora. Vou tratar das minhas maçãs. Marta Moura (Cantanhede Sul, 2.º ano)
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Um destino muito líquido Há alguns anos, no quintal da minha avó, foi plantada uma macieira. Agora ela já está grande, produziu muitas maçãs, mas uma das suas filhas tinha um problema: estava muito preocupada com o seu destino, que não sabia se seria bom. Quando chegou a altura de ser arrancada, ficou muito preocupada. – Não, piedade, eu não quero sair daqui, piedade! – implorou a maçã muito aflita. Mas não a ouviram e arrancaram-na da macieira. Levaram-na para um mercado, onde foi posta à venda. Havia muitos comerciantes a vender uma grande variedade de produtos alimentares. Toda a gente que passava pelo local onde a maçã estava lhe tocava e dizia: – Esta maçã não presta, está estragada! – Isto está muito mole e pisado! – Como é que podem vender uma maçã com tão mau aspeto? – perguntou certo dia uma pessoa que por ali passava. – Estou tão dorida! – queixava-se a maçã. Um dia passou por ali um senhor, já de idade, que produzia sumo. – Posso levar esta maçã para fazer sumo? – questionou ele no momento em que a maçã olhava para o dono da banca. – Sim, claro! – respondeu ele. – O quê? Eu não quero! – gritou a maçã muito assustada. O problema é que os humanos não ouvem as maçãs. Então, o senhor levou a maçã para a sua casa, juntamente com outras para fazer o seu sumo. Passado alguns dias, foi a casa dele um cientista que lhe fez um pedido: – Posso levar as maçãs para examinar? – Sim. Leve-as todas! – respondeu o senhor que fazia sumo. E o cientista levou as maçãs para o seu laboratório para serem analisadas. A dada altura chegou a vez da nossa maçã. O cientista 57
ficou muito impressionado ao ver que aquela maçã, apesar de não ter muito bom aspeto, tinha umas sementes ímpares e por dentro parecia ser muito saborosa. O cientista tinha-a cortado ao meio para ver como ela era. As maçãs foram todas analisadas e o cientista devolveu-as ao senhor que fazia sumo. – Meu senhor, – disse o cientista, apontando para a maçã – esta maçã parece muito saborosa, apesar de ter mau aspeto. Pode separá -la das outras para a comer. – Não! Eu quando tenho maçãs saborosas guardo-as e faço sumo. O cientista foi-se embora e o senhor começou a fazer sumo e a nossa maçã foi a primeira. Foi muito bem triturada e no final foi para a garrafa. Passado algumas semanas, a maçã foi de novo para o mercado, para ser posta à venda. Um dia apareceu um senhor para comprar o sumo. Levou-o para casa e a sua família bebeu-o. A maçã não gostou do seu destino: ser bebida. Foi a garrafa que me contou esta história, depois de eu a ter encontrado no lixo. João Lucas (Cantanhede Sul, 4.º ano)
A maçã Numa bela manhã de sol, na cidade de Paris, estavam a passar muitos carros e uma menina andava lá a passear. Viu uma bela árvore, com um tronco enorme e castanho, folhas cintilantes, com vários tons de verde e umas belas maçãs vermelhas e amarelas. Pareciam deliciosas! Tirou uma e provou. Era mesmo deliciosa! Depois, a menina arrancou todas as maçãs da árvore e levou-as para casa. Continuou a comer maçãs sem parar e ficou com a barriga cheia, já nem sequer almoçou. À tarde, a menina pediu para os pais a levarem à cidade para ver se havia mais maçãs como aquelas. Lara Neves (Cantanhede Sul, 3.º ano) 58
A maçã No quintal da minha avó, há uma macieira. Essa macieira tem uma maçã verdinha com uma mancha castanha e tem muitas pintinhas pequeninas também castanhas. Ela é muito dorminhoca e brincalhona. No inverno, a maçã caiu da árvore e agora vive numa casa muito quentinha com três pessoas: a mãe, o pai e uma menina muito pequenina e linda. Ela adorava viver nesta casa. Um dia, a menina levou a maçã para a escola, porque era dia de levar o fruto preferido. A professora disse para os meninos trocarem os frutos e experimentarem um pouco de cada fruto. A maçã foi calhar às mãos de um menino. Quando a maçã ouviu que cada menino a ia morder, saltou a sete pés da mão do menino para a menina. A maçã ficou preocupada e perguntou à menina: – Será que fiz a coisa certa ou cometi um erro? A menina respondeu: – Eu acho que fizeste bem, se não já tinhas sido comida. Vocês maçãs passam por muitas coisas. A maçã disse: – Nunca tive uma amiga. Tu és a minha primeira amiga e a melhor. Nunca te vou esquecer. E assim a pequena maçã foi salva e voltou com a sua amiga para casa. Maria Carnapete (Cantanhede Sul, 3.º ano)
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A maçã amarela Era uma vez uma maçã chamada Francisca. Um dia encontrou um parque cheio de maçãs amigas. Uma menina apareceu e tentou comer a maçã e não conseguiu comê-la. Só comeu um bocadinho. Então apareceu uma fada que meteu a maçã como ela estava antes e as maçãs fizeram uma festa muito divertida e cheia de foguetes. Viveram felizes para sempre. Margarida Sousa (Cantanhede Sul, 2.º ano)
A maçã Um dia, eu comi uma maçã. Ela era muito madura. A maçã é um alimento saudável e bom. Faz muito bem. Os frutos são alimentos saudáveis e são amigos. Ana Lucas (Cantanhede Sul, 1.º ano)
Sabor a maçã Duma macieira nasceu uma maçã Muito lisa, saborosa e deliciosa. Vasco, Tomás, Simão e Tatiana (Cantanhede Sul)
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Mรกquina de escrever
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A máquina de escrever mágica Era uma vez um senhor que gostava muito de ciência. Um dia, quando ele estava a fazer uma experiência, lembrou-se de escrever um livro sobre as suas experiências, mas ele não queria escrever à mão, porque era difícil. Certo dia, estava ele a fazer outra experiência, quando apareceu um pozinho roxo e… Quando acordou, apareceu-lhe uma máquina de escrever. Sempre que ele tocava num botão, ela sabia o que ele estava a pensar e escrevia-o. Desde esse dia ele, tornou-se um escritor de sucesso. Filipa Castro (EBMM, 7.º ano)
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Mochila
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E se fosse eu? Se eu fosse um refugiado ficava muito triste por ter de deixar tudo para trás, porque a minha casa é onde eu vivo e não iria gostar de a deixar. Se tivesse de escolher o mais importante para meter numa mochila e fugir, escolheria: t-shirt, telemóvel, calções, água, meias, sapatos, escova de dentes, pasta de dentes, comida (maçãs e peras), carregador de telemóvel, caderno, dinheiro, peluche, lápis e boxers. Se eu fosse um refugiado gostaria de ser acolhido na Alemanha porque é um bom país para começar tudo de novo e, lá, poderia ganhar muito dinheiro. Pedro Valente (Cantanhede, 4.º ano)
E se fosse eu? Fazer a mochila e partir? Antes da viagem Se eu fosse um refugiado, era muito triste ter de deixar tudo para trás. Na minha mochila, levaria: pensos para quando me magoasse, sapatos, calças, roupa, pasta de dentes, escova, telemóvel, carregador e cartões para a Síria e Afeganistão, lanterna, 100 euros, relógio e água. Em viagem Durante a caminhada para a Suíça, eu sabia que tinha de enfrentar muitas guerras. Decidi parar em França, numa pastelaria, para comer um croissant. De seguida, continuei a viagem. Passados 3 dias não faltava muito para chegar ao destino. Quando vi uma placa a dizer Suíça, fiquei muito contente. Foi uma senhora que me recebeu. Eu, no fim da viagem, fiquei muito feliz porque consegui sobreviver à guerra só com uma mochila. Guilherme Ventura (Cantanhede, 4.º ano) 64
E se fosses tu? Num dia muito chuvoso, ouço repentinamente um grande estrondo: “Bowm”; passado poucos segundos: “Bowm”. Comecei a assustar -me e apercebi-me de que havia algo fora do normal. Só se ouviam gritos de pessoas na rua, as sirenes dos bombeiros e tantos outros. Decidi ligar a rádio para conseguir entender melhor a causa do que estava a acontecer. Fiquei então a saber que o meu país estava a ser invadido por inimigos. Foi difícil acreditar no que estava a acontecer. Não sabia como reagir a uma situação como esta e só pensava em sair de lá o mais rápido possível e acompanhada pela minha família. Abri uma mochila velha e tentei colocar lá dentro tudo aquilo que pensei que fosse essencial noutro país qualquer. Coloquei um telemóvel para contactar alguém que me pudesse ajudar, a carteira com algum dinheiro para quando necessitasse, agasalhos para diferentes mudanças de temperatura, alguns mantimentos, entre os quais garrafa de água e pacotes de bolachas, medicamentos, para prevenir dores de cabeça ou indisposições, objetos de higiene, para evitar várias doenças, e um bloco de notas para mais tarde poder contar por onde passei. Nunca pensei que alguma vez isto me fosse acontecer. Não desejo este mal a ninguém, no entanto quero alertar todos os que possam vir a estar numa situação assim. O que fariam? Felizmente consegui sobreviver. E se fosses tu?
Margarida Simões (EBMM, 6.º ano)
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Refugiados Se eu fugisse do país levava estes objetos: água, comida, roupa e ligaduras. A água era para beber quando tivesse sede, mas tinha de beber pouco para durar vários dias. A comida era para quando tivesse fome, mas era o mesmo que a água. A roupa era para vestir se se rasgasse. As ligaduras eram para o caso de ter uma ferida a deitar sangue. O melhor era isto não acontecer. Mas aqui fica um conselho: não devemos levar muita coisa na mochila. A mochila é para levar as coisas de que precisamos. Marta Moura (Cantanhede Sul, 2.º ano)
Se nós fôssemos refugiados Se tivéssemos de sair do nosso país, nós levaríamos uma mochila com um livro, alguns pães, água e uma lanterna. O livro era para ler e para nos acalmarmos, os pães eram para nós comermos, a água para bebermos e a lanterna para nos iluminar de noite. O melhor era que ninguém estivesse em guerra para não ter de fugir do seu país. Tânia Lopes e Inês M. (Cantanhede Sul, 3.º ano)
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E se fosse eu? Fazer a mochila e partir. Num dia de muito sol, eu e a minha família ouvimos as notícias em nossa casa. Ouvimos dizer que o nosso país ia ficar em guerra. Tivemos de fazer as malas. Mas como a guerra ia começar dali a uma hora, só pudemos levar uma mochila. Nessa mochila levámos documentos, água, alguma comida, alguns produtos de higiene, alguma roupa, algum dinheiro e recordações. Eu coloquei tudo isto porque eram das coisas mais importantes que nós tínhamos de levar para a nossa viagem. Passados alguns meses, ouvimos na televisão que a guerra tinha acabado e então voltámos para a nossa casa.
Ísis Pedrosa (Ançã, 3.ºano)
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O mundo tem de mudar Se nós tivéssemos de sair do nosso país, teríamos de levar água, comida, uma tenda e um livro com texto e poemas. A água era para quando tivéssemos sede, a comida era para quando tivéssemos fome, a tenda era para nós dormirmos e o livro era para lermos quando nos apetecesse.
Matilde Teixeira e Mª Leonor Lopes (Cantanhede Sul, 3.º ano)
Se eu fosse um refugiado Se eu estivesse nesta situação, levava um par de calças, uma camisola, um telemóvel, alguns medicamentos e um tablet. A roupa era para vestir, os medicamentos eram para emergências e o telemóvel e o tablet eram para jogar e usar o GPS para me guiar. Acho que não devia haver guerra na Síria para não haver mortes nem refugiados. André Mendes (EBMM, 8.º ano)
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Pacote de amĂŞndoas
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O pacote desaparecido Um dia, um Coelho da Páscoa estava em sua casa. Ainda não tinha o seu ovo de Páscoa, por isso ficou baralhado. Ele procurou, procurou, procurou e não encontrou o seu pacote de amêndoas. O Coelho da Páscoa foi perguntar aos seus irmãos se não tinham visto o seu pacote de amêndoas. Os irmãos deles responderam em coro: – Não vimos o teu pacote de amêndoas. O Coelho da Páscoa ficou muito triste por não ter encontrado o seu pacote de amêndoas. O Coelho da Páscoa exclamou: – Não tenho amêndoas para comer! Um dos irmãos era guloso, por isso tinha sido ele a ir buscar o pacote de amêndoas para o comer. Todos os irmãos andaram à procura das amêndoas do Coelho da Páscoa. Andaram, andaram, andaram até que pensaram que o irmão mais guloso podia ter tirado o pacote de amêndoas ao Coelho da Páscoa. Os irmãos do Coelho da Páscoa foram falar com ele sobre o assunto. Resolveram ir todos a casa do irmão mais guloso. Chegaram lá e bateram à porta. O irmão mais guloso estava muito gordo. O Coelho da Páscoa viu o seu pacote de amêndoas e foi buscálo. O irmão mais guloso disse: – Isso é meu! – O pacote de amêndoas não é teu, é meu! – disse o Coelho da Páscoa. – Não. É meu! – disse novamente o irmão mais guloso. – Não. O pacote de amêndoas é do Coelho da Páscoa porque ele não o tem – afirmou o irmão mais velho. O Coelho da Páscoa ficou contente por ter de volta o seu pacote de amêndoas e saboreou-as no seu sofá. Miguel Galhano (Cantanhede, 4.º ano) 70
O que é aquilo? Era uma vez numa aldeia chamada Aldeia. Essa Aldeia tinha grandes muralhas. Naquela Aldeia havia 1000 trabalhadores. 100 deles eram desempregados. Certo dia, 990 pessoas resolveram ir ver a estreia do Pacote de Amêndoas. – Bom dia, senhores e senhoras. Por favor, desliguem os vossos telemóveis. Vamos dar início ao filme da Páscoa – disse o empregado do cinema. Era uma vez um ovo da Páscoa e um Pacote de Amêndoas que se sentiam muito sozinhos. O seu pai Zé e a sua mãe Maria Pocinhas gostavam muito dele, mas havia sempre queixas dos colegas de turma. O Pacote de Amêndoas estava sentado no relvado da escola a fazer trevos da sorte. Tocou para irem para a sala de aulas. De repente, a professora do Pacote de Amêndoas apresentou um menino que tinha chegado à sala de aula. – Olá! Sou o Ovo da Páscoa. – Olha que é ele o Ovo da Páscoa! Logo de seguida, o Pacote de Amêndoas interrompeu, dizendo: – Não se julga as pessoas pela sua nacionalidade, mas sim pela pessoa que é. – De agora em diante seremos os melhores amigos – disse o Ovo da Páscoa. – Quer dizer, se quiseres! – Claro que quero. Não tenho ninguém para brincar. E assim ficaram os melhores amigos para sempre. Todos adoraram. Ao saírem do cinema, dois meninos repararam num pacote de amêndoas, nos bancos do cinema e foram felizes para casa. Juliana Domingues (Cantanhede, 4.º ano)
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O pacote misterioso Era uma vez dois irmãos, um menino chamado João e uma menina chamada Anabela. Encontraram dois pacotes de amêndoas. O João ficou com o pacote de amêndoas de várias cores e a Anabela com o que tinha amêndoas de chocolate branco e preto. Eles não sabiam quem é que tinha posto ali os pacotes, mas o do João era um pacote misterioso, porque conseguia falar com as pessoas. Este perguntou ao João: – Como te chamas? – Eu chamo-me João – respondeu ele assustado. – Não contes a ninguém este segredo. Foi um coelho da Páscoa que me trouxe para aqui. – O.K. – disse o João. Foram para casa. O João tocou à campainha e a mãe abriu a porta. Foi direito ao quarto e a mãe disse-lhes: – Vou às compras. Vocês vão ficar sozinhos em casa. Espero que se portem bem. Então a Anabela pegou no pacote de amêndoas e perguntou ao João: – Porque é que não comes? – Porque não – respondeu ele. – Eu queria contar-te uma coisa, mas não contes a ninguém. Este é um pacote misterioso, porque ele consegue falar – disse o João. – A sério? – perguntou a irmã. – Olá, esta é a minha irmã Anabela! – exclamou o João. – Olá! Queres ser minha amiga? – perguntou o pacote. – Claro! – respondeu a Anabela. Os dois irmãos foram brincar para o jardim perto da casa e ficaram amigos do pacote de amêndoas para sempre. Keni Zheng (Cantanhede, 4.º ano)
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A lenda do Pacote de Amêndoas Há muito, muito tempo, num lindo dia de sol, estava a jogar às escondidas em casa da minha prima, quando encontrei um pacote de amêndoas, escondido atrás do arbusto do jardim. Mas o que estava o pacote de amêndoas a fazer atrás do arbusto? Saí detrás do arbusto e fui ter com a minha prima que ainda estava a contar. – Olha! Encontrei um pacote de amêndoas, atrás do arbusto. Quem o pôs lá? – perguntei. – Não sei – disse ela. – Mas existe uma lenda que conta que, no dia de Páscoa, o Coelho da Páscoa esconde sempre amêndoas. – Sabes onde encontrá-lo? – perguntei. – Sim. Segundo a lenda, ele vive na Caverna da Páscoa. – Onde fica isso? – Fica no deserto do Saara – respondeu a minha prima. Então partimos até ao deserto e encontrámos a Caverna da Páscoa, onde vivia o Coelho. À porta vimos uma placa que dizia: Caverna da Páscoa Não entrar! Obrigado. Mas nós entrámos e dissemos: – Olá, Coelho da Páscoa! – Olá! – disse o Coelho. – Foste tu que escondeste este pacote de amêndoas atrás de um arbusto na casa da minha prima? – perguntei. – Sim, fui eu. Vocês não conhecem a lenda? – Sim, conhecemos. Nós viemos cá para te conhecer e desejar uma Boa Páscoa! – Obrigado e boa viagem de regresso. E, assim, regressámos a casa. Quando chegámos, sentimo-nos muito felizes por termos conhecido o Coelho da Páscoa, graças ao pacote de amêndoas misterioso. Laura Catarino (Cantanhede, 4.ºano) 73
Encontro com o Coelho da Páscoa Num belo dia, quando acordei, tinha os meus avós maternos e paternos à minha espera. – Olá, avós, tive tantas saudades vossas! – exclamei eu muito feliz. – Olá, netinho querido. Trouxemos-te ovos de Páscoa! – disseram eles em coro. Fui tomar banho e depois fomos almoçar todos a um restaurante: os meus avós, os meus pais, eu e a minha irmã. Quando acabámos de almoçar, os meus avós perguntaram: – Ó Davi, onde queres ir agora com a tua mana? – Nós queremos ir ao Palácio do Gelo, em Viseu – respondeu a mana. Assim que lá chegámos, os meus pais perguntaram: – Ó filhos, vamos comprar um gelado? – Sim! – exclamou a minha irmã. Pelo caminho encontrei dois amigos e disse-lhes olá, de longe. Entrei nas escadas rolantes e encontrei um pacote de amêndoas. Quem o teria deixado ali? A minha mãe apanhou-o. Fui até à pista de gelo e encontrei uma figura estranha. – Olá! Como te chamas? – perguntei-lhe. – Olá! Sou o Coelho da Páscoa e ando à procura do meu pacote de amêndoas que perdi – respondeu o Coelho. – Será que é este? – perguntei, mostrando o pacote apanhado na escada rolante. – Sim é esse. Obrigado. Anda, vamos andar na pista. Estou muito feliz – disse o Coelho. – Sim, vamos lá. E ficámos amigos. Davi dos Santos (Cantanhede, 4.º ano)
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A minha Páscoa A minha Páscoa é muito divertida porque festejamos em casa. O meu pai compra coisas muito boas para comer na Páscoa. Eu gosto muito da Páscoa porque recebo ovos de chocolate e é tão divertida que não paro de brincar. No domingo de Páscoa costumo ir a casa da minha família buscar amêndoas e ovos de chocolate. Maria Silva (Cantanhede, 2.º ano) Os amigos gulosos Havia um pacote de amêndoas que ficava sempre no hipermercado. No pacote havia dois irmãos, o Zeca e o Zeco. Mas um dia, o Zeca despareceu. – Onde está o meu irmão? – perguntou o Zeco. – Ontem à noite desapareceu – disse uma amêndoa. – E deixou aqui um ovo de chocolate. – Só pode ser o coelho da Páscoa, Zack. O Zeco saiu do pacote de amêndoas e foi à procura do irmão com a sua amiga Kime. Os dois foram procurá-lo ao armazém e o Zeca estava numa gaiola. Enquanto agarrava num pau, a Kime disse: – Vou tirar-te daí. Com o pau bateu na gaiola e o Zeca caiu. Apareceu o Zack que perguntou: – Ora! Ora! Ora! Vocês não são as três amêndoas? – Por que razão raptaste o meu irmão? – perguntou o Zeco. – Sabem porquê? Um dia eu perguntei à minha mãe: “– Podes comprar-me um pacote de amêndoas?”. E ela respondeu: “– Não. Fazem-te mal.” Eu fiquei chateado. – Mas tu podes comer ovos de chocolate! – disse o Zeco. – Pois é! – exclamou o coelho todo alegre. A partir daí os coelhos e as amêndoas ficaram amigos. Os ovos de chocolate comiam amêndoas e as amêndoas comiam ovos de chocolate. Miquéias Teixeira (Cantanhede, 4.º ano) 75
Uma aventura sobre um pacote de amêndoas Um menino chamado Luís estava a brincar e de repente viu em cima de um baloiço um pacote de amêndoas. Foi contar à mãe que lhe disse: – Deixar estar lá o pacote e não lhe mexas. – Ok, mãe – disse o Luís. Então, o Luís foi brincar, mas chegou ao parque e o pacote de amêndoas já não estava lá. A partir desse momento, começou a investigar o desaparecimento do pacote. No dia seguinte, procurou-o por todo o lado, mas não o encontrou. O Luís voltou ao parque e viu um Coelho da Páscoa a pôr o pacote de amêndoas no baloiço. Foi falar com o coelho e ficaram amigos.
Guilherme Ventura (Cantanhede, 4.º ano)
O pacote de amêndoas Num dia de muito calor, um Pacote de Amêndoas estava debaixo de um telheiro para as suas amêndoas não derreterem. De repente, apareceu uma pessoa a dizer: – Agora dava tudo por um pacote de amêndoas. – É melhor ir esconder-me – sussurrou o pacote. E assim fez. Escondeu-se na casa onde a pessoa morava. Mas essa pessoa foi lá procurá-lo. O Pacote de Amêndoas estava quase a ser aberto, quando o telefone tocou. O Pacote de Amêndoas correu o mais que pôde até à casa do vizinho. A porta estava entreaberta, por isso foi fácil entrar. Ao instalar-se no sofá, apareceu um Ovo da Páscoa que lhe gritou: – Sai do meu território! 76
– Mas eu não tenho sítio onde morar – disse o pacote. – Então, está bem. Podes ficar – afirmou o Ovo. O Pacote de Amêndoas ficou muito feliz com a atitude do Ovo da Páscoa e disse que lhe iria dar uma das suas amêndoas. Pedro Valente (Cantanhede, 4.º ano)
O Misterioso Rasto de Amêndoas Um dia, eu e os meus amigos fomos ao cinema ver um filme “A viagem de Arlo”. Comprámos os bilhetes e fomos para os nossos lugares. Sentámo-nos e lá encontrámos um pacote de amêndoas. Quando o filme acabou, o David disse: – Olhem, são rastos de amêndoas a indicar o caminho. O Afonso sugeriu: – Vamos segui-los para ver se encontramos quem deixou o pacote de amêndoas no cinema. Depois de andarmos um bom bocado, eu disse: – Vejam! O rasto de amêndoas acaba ali ao pé daquela pessoa. Aproximámo-nos e olhamos para a pessoa: era o Coelhinho da Páscoa. Guilherme Paredes (Cantanhede, 4.º ano)
A Páscoa No dia vinte sete de março vou celebrar a Páscoa. Antes da Páscoa, a minha família esconde as amêndoas e os ovos de chocolate. Eu e a minha irmã vamos procurá-los para comer. Gostamos muito da Páscoa porque recebemos doces da nossa família, não paramos de brincar e de comer lambarices. A Páscoa é uma época do ano em que as crianças andam sempre felizes. Mas o tempo nem sempre ajuda: umas vezes há sol, outras há chuva. Joana Mendes (Cantanhede, 2.º ano) 77
Oeste e o Pacote de Amêndoas Era uma vez um cowboy que tinha encontrado um pacote de amêndoas na sua mesa-de-cabeceira, ao pé da sua arma e da sua corda. Perguntou a toda a gente do Oeste de quem era o pacote de amêndoas. Ninguém sabia. O cowboy até pôs cartazes em toda a vila. Se calhar, assim, descobriria quem era o dono do pacote de amêndoas. Passados cinco meses e meio, ainda ninguém tinha aparecido para ir buscar o pacote. Então, o cowboy disse: – Vou sair do Oeste para encontrar o verdadeiro dono do pacote de amêndoas. Depois de muito cavalgar, encontrou um rio e pensou para consigo: “Como é que vou atravessar o rio?” Enquanto pensava isto, deixou cair o pacote de amêndoas no rio. Mergulhou de imediato e apanhou-o, mas a corrente era muito forte. Ele lançou a corda a uma árvore da margem, mas ela não conseguiu aguentar a força da corrente. O cowboy teve apenas tempo de colocar o pacote numa bolsa para o proteger. Passado algum tempo, foi parar a um jardim muito bonito que era a casa do Coelho da Páscoa. Ele viu que o coelho estava triste e pensou: “Porque será?”. – Estás bem, amigo? – perguntou o cowboy. – Não, não encontro o meu pacote de amêndoas! – respondeulhe o Coelho da Páscoa. O cowboy tirou o pacote de amêndoas da mala e perguntou ao coelho – É este o teu pacote? – Sim, é este – respondeu o coelho. A partir desse momento, o Coelho da Páscoa ficou amigo o cowboy.
Guilherme Marto (Cantanhede, 4.º ano)
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Passarinho
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O passarinho amarelado Um dia um passarinho no seu ninho,
com o seu biquinho, todo bonitinho… Ai aquele passarinho amarelado, Fiquei encantado, ele cansado
E eu a beber leite achocolatado. E coitado, parece que morreu, Em Lisboa, no coliseu, Não, apenas adormeceu
Em cima de um pneu. Foi no tempo dos reis, Em dois mil e dezasseis, Que o passarinho aprendeu a falar
Chateou-se e passou a contar histórias de encantar. João Canoso (Cantanhede, 4.º ano)
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Porta-retratos
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O porta-retratos Tenho um porta-retratos dourado como os dias de verão. O meu porta-retratos contém uma fotografia da minha família: o meu pai Miguel, a minha mãe Paula, o meu irmão Hugo e eu. Um dia, saí da escola e, quando cheguei a casa, vi que a fotografia tinha desaparecido. Eu e a minha amiga Débora investigámos o que teria acontecido à fotografia. Utilizámos lupas e roupa de detetive. Investigámos toda a casa: atrás do sofá, dos móveis… mas nem sinal da fotografia. Acabámos por descobrir que alguém a tinha escondido dentro de uma gaveta. Quem a teria posto lá? Voltámos a pôr a fotografia no porta-retratos. Até hoje não sabemos como é que a fotografia saiu do portaretratos. Ana Ribeiro (Cantanhede Sul, 3.º ano)
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Porta sem porta Não é uma porta, mas porta qualquer coisa Porta-minas Porta-cartas Porta-chaves Porta-aviões Porta-bandeira Porta-bagagens Porta-estandarte Porta-cartões Porta-lápis Porta-chapéus Porta-moedas Porta-luvas Porta-escovas Porta-voz Porta- fatos Porta-fólio Porta-frascos Porta-guardanapos Porta-joias Porta-livros Porta-luvas Porta-malas Porta-retratos Porta-revistas PortaPorta… Há muitas coisas porta, mas nem todas são parecidas com porta Guilherme Santos, Júlia Fonseca, Leonor Fonseca, Matilde Fresco e Matilde João (Cantanhede Sul, 4.º ano) 83
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Relรณgio despertador
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Despertador
Dia Estrela EScuro TemPestade NEvoeiro TRovoada PonTeiros ChuvA
Dormir SOl
Relรณgio Nuno Cruz (Cantanhede Sul, 1.ยบano)
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Se o tempo parasse Certo dia, ao abrir a gaveta, encontrei um relógio e foi aí que tudo começou. Pensei: “O que hei de fazer com este relógio velho? Deito-o para o lixo ou fico com ele?”. E comecei a pensar: “Posso ir brincar com ele às viagens no tempo ou então às princesas!”. Mas depois reparei que o relógio tinha parado e comecei a ficar confusa, porque não sabia que horas eram. Não sabia a que horas acordar, almoçar e até mesmo deitar. Pensei então como seria a vida sem horas: uns iriam para a escola a uma hora, enquanto outros jantavam; uns tomavam o pequeno-almoço, enquanto outros dormiam… e disse: “Eu não quero que isso aconteça na minha casa”. Assim, fui pedir pilhas ao meu pai. Beatriz Silva (Cantanhede Sul, 2.º ano)
O relógio Os ponteiros Estão sempre a andar Dia e noite Sem parar.
Ao tocar 10:00 horas Vamos todos aproveitar, Antes que cheguem as 11:30 Para novamente trabalhar.
Segundos, minutos E horas eles dão, Passa o tempo devagar Sem que pensem Em qualquer razão!
Os minutos estão a passar E este é o meu poema Porque o tempo está a terminar, São horas de entrar.
Afonso Garrido (Cantanhede Sul, 3.ºano)
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Despertador Trimm! Trimm! Toca o meu relógio É hora de levantar. Tomo o pequeno-almoço, Visto-me E vou para a escola. Carolina Repas (Cantanhede Sul, 1.º ano)
TIC TAC, TIC TAC… Eu gosto do tempo Porque o tempo tem TEMPO. Faça chuva, neve, sol, vento… trovoada... Não importa. Porquê? Porque o tempo é tempo. O tempo não para de contar o tempo. Para contar o tempo, Os segundos fazem minutos, Os minutos fazem horas, As horas fazem dias, Os dias fazem semanas, As semanas fazem meses E os meses fazem anos. Anos faço eu uma vez por ano! TIC TAC, TIC TAC… Yasmin Silva e Joana Rita (Cantanhede Sul, 4.º ano) 88
Talher
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O talher apaixonado Era uma vez um garfo e uma faca que viviam num restaurante. Eles estavam cansados de ser utilizados para comer. Um dia houve um jantar romântico entre o Pedro e a Tânia. Eles usaram o mesmo garfo e faca. No dia seguinte, a faca e o garfo perceberam que eram os mais bonitos, sendo por isso sempre utilizados. Um dia começaram a gostar um do outro e beijaram-se. A partir desse dia começaram a namorar. Todas as pessoas que utilizavam aquele talher ficavam apaixonadas. Mª Leonor Lopes e Carolina Macedo (Cantanhede Sul, 3.º ano)
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Telefone
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O telefone que come pessoas Era uma vez um telefone que comia as pessoas. Esse telefone tinha forma de boca aberta com a língua de fora. Quando tocava, a boca abria e fechava. Se quiséssemos telefonar, tirávamos a língua e aparecia o teclado. O telefone tinha um asterisco. Se quiséssemos ver quem nos telefonava, carregávamos no asterisco e aparecia o nome da pessoa. Um dia telefonaram-me, mas eu não sabia quem era. Então, carreguei no sinal asterisco e apareceu o nome da pessoa que estava a ligar. Agarrei na língua e pu-la no meu ouvido. Estivemos a falar um pouco, só que se ouvia um barulho assim: nhac, nhac, nhac… E eu dizia Tô? Tô? Tô? Mas a senhora não dizia nada e então desliguei. Passado um bocado, liguei eu. Atendeu o marido e eu disse-lhe que tinha estado a falar com a sua mulher, mas ela tinha deixado de falar e ouvia-se um barulho. Enquanto lhe explicava o acontecido, voltou a ouvir-se o mesmo barulho: nhac, nhac, nhac… Percebi que alguma coisa se passava. Decidi ir a casa da senhora. Ninguém atendeu e tive que partir o vidro para entrar. Foi assim que eu vi que o telefone era igual ao meu, mas havia uma coisa diferente: era maior. Aí percebi que o telefone os tinha comido aos dois. Valéria Carvalho (EBMM, 6.º ano)
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Uma vida dentro de um telefone Ainda me lembro bem… Tudo parecia que tinha acontecido ontem… Ali estava eu, prestes a atender uma chamada quando, de repente, fui sugada para dentro do telemóvel. Senti-me só, sem ninguém, só me apetecia berrar por tudo o que era canto. Tinha fome e sede, mas tudo o que eu pedia me aparecia à frente. Aquilo parecia uma lâmpada mágica! Todos os meus desejos eram concedidos. Ao fim de algum tempo fartei-me. Não tinha com quem falar. Por vezes até começava a chorar e a perguntar a Deus o que tinha feito de mal. Então, lembrei-me que quando o telefone tocasse de novo, eu iria gritar e pedir ajuda, na esperança de que alguém percebesse que eu estava ali. O telefone era como uma boca com a língua de fora… Talvez se o atendessem e abrissem, eu saísse de lá… Micaela Duque (EBMM, 6.º ano)
Uma boca extraordinária Há muitos anos atrás, existia uma nobre senhora que vivia numa casa muito grande. Nessa casa havia muita decoração e um dos objetos era uma boca. Uma boca?! Uma boca como? Pois era uma boca com a língua de fora e com grandes dentes. Toda a população queria saber se aquilo era só uma boca ou se teria outra utilização. A senhora da casa pensava que aquele objeto era só para decoração e levou-o a um antiquário. Ninguém sabia que, afinal, o estranho objeto era um telefone. Mas o velho vendedor de antiguidades, o Joaquim, o único que conhecia a sua verdadeira utilidade, decidiu colocar-lhe uma placa a dizer: “Boca para decoração e telefone 14,99 €”. A partir daí toda a gente queria comprar o objeto a que deram um novo nome para o telefone – o BOCAFONE! Carolina Pereira (EBMM, 6.º ano) 93
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Telemรณvel
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O telemóvel estragado Temos um telemóvel Estragado! Lemos as instruções e nada resolvido. E tivemos que comprar um novo. Mas faltou-nos a capa do telemóvel. O telemóvel era giro! Vimos um ainda mais moderno E não estava à venda. Lá fomos embora para casa. E pusemos o telemóvel a carregar Se calhar não vai dar… Tentámos outra vez e não deu. Rasgámos as instruções. Adorávamos o telemóvel! Gastámos todo o dinheiro A comprar outro. Demo-lo à nossa mãe O telemóvel foi muito útil para ela!
Francisca Varanda e Diana Fonseca (Cadima, 3.º ano)
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Aventura tecnológica Certo dia, um menino chamado Steve recebeu um telemóvel. Quando o recebeu, quis logo mostrá-lo aos amigos. Ao mostrá-lo a Herobrine, que era o mais rufia, este disse: – Quero esse telemóvel, se não sofrerás dor! Steve, com a sua coragem e determinação, exclamou: – Não, não to dou, nem morto, nem emprestado! Herobrine, querendo o telemóvel, roubou-o e fugiu. Steve e a sua irmã Alex partiram numa aventura tecnológica. Steve tinha lido que, numa aventura, primeiro tinha de se apanhar madeira, para depois apanhar pedra e depois ferro e finalmente diamantes. Um dia viram uma pedra roxa, pesada e difícil de partir. Steve viu num livro como se fazia o Portal do Inferno: eram precisas sete obsidianas e um isqueiro para o abrir. Quando abriu o portal, viu Herobrine com o telemóvel e disse: – Devolve o telemóvel e fica tudo resolvido! Herobrine cedeu e disse: – Está bem, eu devolvo-to. A partir daí o Steve e o Herobrine foram sempre amigos. Pedro Ribeiro (EBMM, 6.º ano)
O Tele e o Móvel O Tele estava a pensar e disse: – Um dia hei de falar com várias pessoas, sobre várias coisas. Noutro local, estava o Móvel que também começou a pensar e disse: – Um dia hei de andar pela rua, passear e conhecer coisas novas. Passado algum tempo, o Tele e o Móvel decidiram sair de casa e ir para a rua. Passearam, passearam e acabaram por se encontrar. O Móvel perguntou: – Olá! Como te chamas? – Olá! Eu chamo-me Tele e tu? – Eu chamo-me Móvel. 97
– Queres andar por aí? – perguntou o Tele. – Sim, vamos. Eles andaram, andaram e passado algum tempo decidiram parar para falar. O Móvel disse: – Estive a pensar que nos podíamos juntar e formar um Telemóvel. – Boa ideia, vamos lá. Pffff… – Já está. Estamos tão bem. Mais vale estarmos juntos do que sós. – Concordo contigo, Móvel. E a partir daí, toda a gente começou a usar os Telemóveis para fazer tudo o que é social. Dinah Pais (EBMM, 5.º ano)
O telemóvel: benefícios e prejuízos Neste texto, vou falar sobre o telemóvel e a sua utilização que tanto pode ser benéfica como prejudicial. Na minha opinião, o telemóvel é um meio de comunicação utilizado diariamente para estabelecer uma ligação entre pessoas, como, por exemplo, familiares ou amigos que estão em locais distantes, quer dentro quer fora do país. O telemóvel é muito útil em situações de emergência para chamar uma ambulância, os bombeiros ou a polícia. Por outro lado, o telemóvel tem radiações que são prejudiciais à nossa saúde. Têm aparecido nas notícias vários estudos sobre os malefícios dos telemóveis, mas também aparecem outros a insinuar que isso é mentira. Outro aspeto importante a ter em conta é a dependência do telemóvel que leva as pessoas a estarem constantemente a utilizá-los, acabando por não ter vida social para além dele. Independentemente de acreditarmos ou não nesses estudos, aconselho a utilizar o telemóvel com alguma moderação de forma a reduzir algum eventual perigo. Miguel Costa (EBMM, 8.º ano) 98
As vantagens e as desvantagens do uso do telemóvel O telemóvel é um aparelho útil e importante. Na minha opinião, é um aparelho que nós usamos muito no nosso dia-a-dia. O telemóvel serve para falarmos com a família, amigos e para trocar SMS. Podemos usá-lo em todo o lado, mesmo no estrangeiro. A tecnologia tem vindo a desenvolver instrumentos que permitem facilitar o conhecimento de novos lugares e de novas pessoas. Para muitos é um aparelho essencial; é um instrumento de trabalho fundamental que permite poupar tempo, recolher e partilhar múltiplos e diversos dados. Para além destas vantagens, também tem desvantagens. Pode provocar problemas de saúde, embora os estudos vindos a público não sejam ainda conclusivos e dependência devido ao uso excessivo, para além de prejudicar as relações face a face. No meu ponto de vista, o telemóvel é um aparelho muito útil para o ser humano, pois contactamo-nos facilmente. Deve, no entanto, ser usado com moderação. Paula Silva (EBMM, 9.º ano)
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Sumário
Prefácio
5
Abóbora
7
Almofada
9
Brinquedos
11
Cabide
13
Caixa .
17
Colher
21
Cravo vermelho
25
Elos
29
Escova dos dentes
33
Espada
37
Flor
39
Garfo
41
Garrafa de água
43
Laranja
47
Maçã
53
Máquina de escrever
61
Mochila
63
Pacote de amêndoas
69
Passarinho
79
Porta-retratos
81
Relógio despertador
85
Talher
89
Telefone
91
Telemóvel
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CrachĂĄ que os jovens escritores colocavam no peito, no inĂcio do ato de escrita, identificando-os como participantes no projeto Semear palavras nas BEMM.
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