Poemas...da mochila para o papel

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P oe ma s ‌

HistĂłrias

das

da mochila para o papel

BEMM


Ficha técnica Título: Poemas...da mochila para o papel Textos: Alunos dos 2.º e 3.º CEB da EBMM Ilustrações: Lia Falcão, 9.ºB Coordenação: Ana Mineiro Arranjo gráfico: Graça Silva e José Plácido Edição: Bibliotecas Escolares Marquês de Marialva Coleção: Histórias das BEMM, n.º 12, junho de 2018

Poemas...da mochila para o papel de alunos dos 2.º e 3.ºCEB da EBMM está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-Não Comercial-Sem Derivações 4.0 Internacional. 2


“Na leitura e na escrita encontramo-nos todos naquilo que temos de mais humano.” José Luís Peixoto

Junho. Ainda há pouco, sentimos, era setembro. Poderá esta chuva miúda e este céu cor de cinza iludir-nos, mas as árvores tão verdes da nossa escola e o calor do sol que se atreve a espreitar por entre as nuvens lembram que é quase verão e que é mais um ano letivo que está a chegar ao fim. Em breve, as mochilas que por todo o lado se amontoavam, pesadas de livros, cadernos e estojos ficarão vazias, de banho tomado, a descansar de tantos dias ao sol, ao vento, à chuva, jogadas no chão ou cuidadosamente pousadas nos bancos, junto às salas. Se elas falassem, tanto que poderiam dizer dos seus donos, dos seus dias passados na escola, no caminho, no autocarro, nas salas de aula… Se elas pudessem escrever, quantas histórias de aventuras poderiam contar… Não falam, não escrevem, não sentem, é certo. Mas são silenciosas companheiras de jornada, como os pensamentos que cada um traz e leva todos os dias dentro de si. Só seus. Momentos há em que ousamos trazê-los à luz do dia e transformálos em palavras, tantas vezes imperfeitas, insuficientes, também só nossas, que gravamos numa folha de papel e deixamos viver cá fora. Foi assim que nasceram estes poemas singelos. Na escola, que é lugar onde crianças e jovens, de mochila às costas, procuram e encontram o conhecimento, que os eleva e os ajuda a construir o seu futuro. Mas é também o espaço que os estimula a compreender melhor a sua humanidade, a dar voz ao pensamento e à sensibilidade. Escrever sobre o que se sente ajuda a clarificar e a organizar as emoções que fervilham no espírito adolescente. A escrita pode dar muita paz a quem a pratica, de facto. Mas estes poemas e as ilustrações que os acompanham proporcionam também a quem os lê e as aprecia o reencontro com as suas próprias emoções. Todos ficam mais ricos. Todos ganham humanidade. Estimular a criatividade e o olhar atento sobre a realidade, promovendo o gosto pela escrita e pela expressão artística em geral, será talvez um caminho possível rumo à sociedade em que todos desejaríamos viver: mais tranquila, mais consciente e mais humana. Professora Ana Mineiro 3


2017 | 2018

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O que é a poesia? Sou tudo Não sou nada Sou a tristeza Sou a alegria Sou grande Sou pequena Sou a vingança Sou a desculpa Em mim se expressa A confiança A bravura A esperança A ternura Sou forma De te ver De ver o mundo De sentir De amar Sou tudo O que possas Imaginar Inês Martins, 5.ºA 5


Chegada Era uma vez um capitão que uma nau bem governava da China ao Japão ele viajava,

quando de repente se ouve um trovão Levanta-se a tempestade escura e ameaçadora mas nem assim a nau recua por mais que a fuga seja tentadora Abre-se uma nesga por ela o sol o capitão contemplava desfaz-se a borrasca cessa a tempestade

e ao fundo do mar azul uma pequena ilha espreitava passadas umas horas lá a nau aportava António Seco, 6.ºE 6


Eu sou assim Eu sou assim E não sou De me preocupar Com o que pensam Com o tempo Aprendi a renovar-me A tornar-me melhor Mas não fiz isso Para agradar a ninguém Para além de mim E a ti também Na vida nem tudo é perfeito Mas eu tenho feito O que para nós seja melhor

Só com um pormenor Que é Sentirmo-nos bem connosco próprios. Débora Jesus, 8.ºB 7


Quando era criança… Quando era criança, era muito brincalhão, Quando era criança, andava sempre na lua A minha infância foi muito rica E como foi a tua? Quando era criança, gostava muito de futebol Mas não tinha ninguém para me ensinar Porém, com o tempo, Sozinho aprendi a jogar.

Quando era criança, tinha muitos amigos Que em muitas coisas me ajudaram, Mas com o passar do tempo Só os verdadeiros ficaram Tenho a agradecer aos meus pais Pela infância que tive, Muitas experiências e muitas aventuras… Todas elas passadas com o meu macaco Steve. Afonso Claro, 9.ºB

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Esta lembrança latente Rápida e efervescente Presa pelas linhas de antigamente Ela quer escapar Ser mais ágil

Para ser livre, Para escapar à tristeza. Ela jamais desistirá Ela nega a ânsia De parar Ela jamais regressará A essa cela de tirania Ela teme ser deixada de parte. Ela já vê a luz, Ela nega desistir, A saída está em frente dela:

Ela sabe! Jamais será deixada de parte Ela finalmente será feliz.

Sabrina Santos, 8.ºC

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O Tempo Desde crianças até que envelhecemos Podemos ter tudo Saúde, dinheiro, fama…

Mas há sempre algo que não controlamos E esse algo é o tempo. A vida é como uma ampulheta Onde a infância, que é magnífica, É o início. E onde a morte, que é horrível, É o fim. Durante a jornada não podemos ter medo De não conseguir e chorar Por algo que não alcançamos. Devemos é rir e chorar de alegria

Por algo que alcançamos.

Duarte Guerra, 9.ºA

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Flor

Balanço…Balanço… mas se o vento para fico quieta até voltar ou até murchar.

Folha Nasci verde e linda Mas um dia… O outono chegou E o meu mundo mudou E o vento me levou.

Ana Sofia Mineiro, 6.ºC

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Estojo

Dentro de mim há canetas vermelhas, azuis e pretas. Também tenho lápis e borracha abro e fecho sem parar. Dentro da mochila tenho colegas Os livros, os cadernos e as réguas. Sou colorido ou de cor única. Gosto do meu dono. Ele é fixe e popular e com ele vou sempre andar.

Guilherme Marto, 6.ºC

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Tudo mal Um apagador que escreve, um giz que apaga. Uma tábua que bebe, um bêbedo que tem praga Um frigorífico que aquece, um gelado que arrefece. Mas devem estar a perguntar Porque é que só os objetos é que estão mal? Vou falar de um menino que era igual. Colocava a roupa na cama, dormia no armário. Brincava na cozinha, e comia no átrio. Saboreava-se com o vento,

refrescava-se com o alimento. Era um menino especial, não existia menino igual. Mateus Martins, 7.ºE

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História Vou escrever uma história de encantar e com imaginação vou voar… Com as letras vou saltar e com as frases vou correr, com os acentos vou cantar e com as sílabas palmas bater. Os desenhos vou pintar e as pessoas inspirar… A minha história podem ler e não se vão arrepender! Gabriela Santos, 5.ºB

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Falta Antes era tudo mais bonito. Era tudo mais florido, Sem preocupações. Era isto a minha infância. Era tudo tão diferente do que é agora! Tínhamos tempo para tudo. E agora? Sem tempo para nada Só temos preocupação e trabalho. Saudades do tempo em que era criança Em que fazia de tudo para estar feliz Agora o tempo voa como uma pomba branca. Sem tempo para nada e a precisar de tempo para tudo.

Ó tempo, volta para trás! Quero voltar a ter o tempo Que hoje tanta falta me faz.

Ana Beatriz Santos, 9.ºB

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O Papagaio O papagaio que sabe voar Sobe, sobe, sem parar.

Anda em duas patas para se poder equilibrar. As suas cores variadas conseguem-no fascinar.

O papagaio aventureiro Fala, fala, sem parar. E ajuda o marinheiro a enfrentar a solidĂŁo do mar. O papagaio ĂŠ amigo e companheiro

vou comprar um quando tiver dinheiro.

Miguel Galhano, 6.ÂşC

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Mãe

A mãe é algo espetacular é algo único que se tem não se pode comprar nada se compara ao amor da mãe A mãe tudo é A mãe tudo faz A mãe todo o amor te dá A mãe é a nossa maior força É a pessoa que mais nos ama Que nos ama como ninguém Uma mãe é o melhor que se tem

Ana Ribeiro, 5.ºA

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Ao luar Era uma noite estrelada E olhaste para mim. Então eu reparei Que eras o rapaz mais bonito que já vi. Foste ter comigo E começámos a dançar.

Ainda me lembro bem De como estava o luar. Os tempos passaram E nós crescemos E apesar de tudo não esqueço o que vivemos.

Cristiana Pereira, 9.ºA

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Sonho Na noite estrelada, no sono tranquilo, aparece uma coisa que não se avizinha. É cintilante e matreiro Aparece sem contar Dura muito ou pouco tempo, e fica a cintilar na mente.

Inês Cavaleiro, 6.ºC

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Pintar a vida Já passou e não volta mais Tudo o que mais queria era voltar atrás Eles eram os tais Os melhores momentos da minha vida. Mas o que lá vai lá vai E não volta mais Por muito que gostasse de voltar Não voltam os tais. Agora é seguir em frente, progredir Fazer com que o lá vem seja exemplo a seguir E que o bom volte a aparecer Agora não é tão fácil Lutamos para sobreviver. Antes não havia esforço

Agora esforço há Preferia que fosse tudo um esboço E poder pintar a vida como eu sempre quis. Mariana Fernandes, 9.ºA

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Partida e chegada António, jovem aventureiro, Em casa não estava bem. De casa saiu, De Lisboa a Turim, De Londres a Berlim; Das montanhas da Escandinávia Até aos desertos da Arábia. Dinheiro ganhou E em viagens Tudo gastou;

Nenhum lado Lhe agradou. Já velho e encurvado, Uma casa à beira-mar encontrou. Esta pintou, E nesta habitou. Já se sossegara, Ali bem estava, Pois... o ponto de partida É sempre o ponto de chegada. Pedro Costa, 8.ºE 24


Viver… Viver é ser criança Um dia fui criança Era tudo magia Apenas tenho na lembrança Como tudo me sorria Hoje sou adolescente A magia e a perfeição já lá vão Nada em mim queria mudar Mas a vida a isso me obrigou Tenho saudades de como tudo era Só pedia para voltar um segundo Tudo o que foi, já era… Mas as lembranças perduram...

Maria Dias, 9.ºA

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Um dia... Um dia sou criança

Noutro sou adolescente Comigo vive a esperança De viver infinitamente. Um dia a passear Outro até a brincar Mas tantas coisas por aprender Não é nada fácil crescer.

Inês Silva, 5.ºB

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Se há coisa complicada, é o amor…. No coração, frequentemente, sentimos dor… Por vezes, os sentimentos mudam de cor. Mudando sempre o nosso humor. A dor é tão profunda que acabamos por chorar… Mas temos sempre alguém para nos alegrar. Ou então é só um quadro de terror que estamos a pintar, é só um pesadelo que, quando acordarmos, vai acabar… O amor anda constantemente no ar. Nem todos temos de amar… Mas temos sempre alguém que nos faz brilhar. E, antes de anoitecer, sabemos que com ele vamos sonhar. Com o amor, por norma, não sabemos lidar, pensando que, para nós o mundo está a desabar…

Mas é sempre bom ter alguém para nos encorajar.

Ana Rita Silva, 8.ºB

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Derrota No fogo havia regras Eu tentei entender Como um avião de papel

Tentei voar firme Mas caí Mostrei esforço, dedicação Mas como de costume O vencedor leva tudo E eu tento sobreviver Já não tenho mais ases para jogar Já não há nada a dizer Porque as minhas decisões Foram tomadas e feitas Sem ter deixado ninguém opinar

Julguei vencer Julguei ser a melhor Mas fui tonta Por ter cumprido as regras do jogo

Lia Falcão, 9.ºB 29


Borracha Muitos me pisam, muitos me picam, me partem,

me trincam, me magoam. E muitos dos que isto me fazem, Não me usam na minha verdadeira função. Estou farta, Estou farta disto. Qualquer dia, ainda me reformo. Depois, tu não vais

saber o que fazer se te enganares, vais querer apagar e eu não vou lá estar para tu me usares.

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Sim, sou eu, aquele ser que tu achas

insignificante que se está a queixar e a pedir-te para parar.

Inês Martins, 5.ºA

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Uma linha, feita a carvão. Ao longo do tempo, vai passando uma borracha Que apaga o que está para trás.

Deixando apenas as marcas impossíveis de apagar Rasga a folha, causando uma enorme dor. A vida é como uma flecha lançada de um arco Voa rápido e quando para, para mesmo.

Tiago Dias, 9.ºB

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Escondida Escondo-me na multidão Sem poder respirar. No meio de tanta ingratidão,

Ninguém me poderá encontrar Em ninguém posso confiar E ninguém confia em mim. Ninguém me pode ajudar Nesta guerra sem fim. Não irei desistir De tentar salvar Este mundo a cair, Este mundo a desabar Eu irei aparecer

No meio da confusão Para poder deter Esta escuridão.

Rita Carreira, 8.ºD

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Relação amor/ódio Falidos no primeiro Ricos no segundo Que gostamos no primeiro

Ódio que temos sem propósito Damos, vendemos, Doamos, oferecemos… Amor que temos em abundância, Que transborda e, por vezes, nos afoga, Nem com uma unha lhe tocamos. Quietinho no seu lugar a apodrecer, É melhor do que andar aí a dar e vender Acho que só por medo, Só mesmo para não sofrer Sofrer? Que é isso? Só quem o passa sabe

E logo por amor… Ah! Ah! A rosa mais linda de sempre, Com os maiores espinhos de sempre Por fim… se apontassem o amor à cabeça, Davas tudo o que tens. Ema Henriques, 8.ºB 35


Viagens de sonho Toda a gente tem um país, que gostaria de visitar. Há quem queira ir a Paris, de coche passear, e a Notre Dame visitar. Há quem queira ir a Londres, de autocarro andar,

e o Big Ben visitar. Há quem queira ir a Cancún, comida picante manjar, e nas belas praias nadar. Há quem queira ir aos Açores, com os golfinhos nadar, e o Pico escalar.

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Há quem queira ir a Sydney, a música apreciar,

e a Ópera contemplar.

Há quem queira ir a Roma, diferentes massas experimentar, e o Coliseu admirar.

Lara Rosado, 6.ºC

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Pensamentos Às vezes olho para trás, Penso no que já passei: Jogos, brincadeiras,

Uma grande vida de rei. Ser criança é fácil, Ser criança é risonho. É viver num mundo florido, É viver num mundo de sonho. Mas, com o decorrer do caminho, Tudo muda, de repente: Nasce a responsabilidade, Cresce a maturidade. O sonho torna-se diferente.

Ser adulto é difícil, Ser adulto pode ser tristonho. É viver num mundo injusto, É querer reviver o mundo de sonho.

Mateus Neto, 9.ºB 38


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A vida A vida traz-nos desilusões, Mas temos de as superar. Várias emoções para exprimir E canções para cantar! A vida, temos de aproveitar Com o pôr-do-sol a começar Rindo, chorando e dançando Até a vida acabar. Mas uma coisa vos digo E muitos o mesmo vão achar: Quando perdemos uma pessoa, É que começamos a pensar. Começamos a pensar No tempo que perdemos, Nas atitudes que tivemos E nas saudades que irão ficar. Por isso, é preciso aproveitar E na vida amar, Pois quando tudo terminar, A vida não vai voltar. Maria João Simão, 8.ºB 40


Posso sempre culpar alguém Pelo que aconteceu, Mas não há ninguém culpado O único culpado sou eu. Tudo o que nos juntou Foi tudo o que nos separou. E, agora, vejo que tudo mudou. Já não somos o que éramos E nunca mais vamos ser. Mas podes contar comigo, Aconteça o que acontecer! Seguimos caminhos diferentes, Cada um na sua direção. Mas quero que saibas Que estarás sempre no meu coração. E com isto me despeço Do nosso grande amor Que, apesar de tudo, Foi sempre um fulgor.

Ana Rita Carvalhinho, 9.ºA 41


Infância partilhada Foram bons aqueles tempos Dias de diversão e noites de partilha Crescemos juntos e depois separados por ventos. Como abandonado numa ilha Eu te deixei. Mas prometo que retornarei.

Lembro-me de ti todos os dias Das nossas fúteis, mas belas alegrias. Foi uma linda e bem aproveitada infância Que agora só vejo à distância. Infelizmente, esses tempos já se foram. Agora vejo apenas espelhos que choram.

Tiago Mariano, 9.ºA

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Saudades Naquele dia de sol, Ouvi um pássaro cantar. Seria isso um sinal Que me fizeste chegar? A distância traz saudade, A saudade traz o sonho.

O sonho é liberdade Que vejo nesse rosto risonho. Se um dia voltares, Nunca mais te deixo escapar. A nossa troca de olhares, Essa, sempre vou lembrar.

Margarida Simões, 8.ºB

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A vida A vida é como uma peça de teatro. Se te enganas, não podes voltar atrás. Tens de improvisar e continuar Até a cortina fechar. Não vais agradar a todos, Nem todos vão aplaudir-te de pé, Mas o guião é só teu! E és tu quem decide como ele é!

Margarida Simões, 9.ºB

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A história de uma gotinha A minha aventura eu vos vou contar. É muito divertida, vão adorar! E estejam com atenção, pois desta aventura, só vai haver uma narração! Uma gotinha eu sou, e nos mares vivi. Mas, por causa do Sol, Senti-me leve e subi, subi. Às nuvens eu fui parar,

e, acreditem, era um sítio de encantar! Durante dias viajei. Era maravilhoso! Terra e mar sobrevoei. E, de tantas gotas recolher, a nuvem ficou pesada, podem crer!

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Para este peso aliviar, a nuvem largou-nos a nós, gotinhas, e caímos até que no chão fomos tocar. Aterramos numa bela horta.

Esta não tinha Nem uma planta morta! Na terra nos infiltramos e descemos, descemos, até que ao lençol de água chegámos. E seguimos. Num buraquinho nos enfiámos, e, por fim, ao ar livre regressámos. Voltámos a ver o céu. Formámos um rio, que era longo como um grande véu.

Passaram dias, até que à foz chegámos. Estávamos tão perto do mar! E ao nosso lar regressámos .

Mª Inês Nogueira, 5.ºA

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O amor pode morrer? O amor é um ser de luz E seres de luz não morrem.

Por isso, não ignores o amor.

Pablo Ferreira, 9.ºB

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O amor O amor: Sangue diferente, arco-Ă­ris da tristeza, pino do Sol, futuro de uma flor, permanente ou que se apaga?

Mateus Martins, 7.ÂşE

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Amizade A amizade é como um poço fundo Que nunca há de acabar Há sempre amigas no mundo Mas… Se a terra desabar, lá se vai o nosso amor profundo.

Rita Faim, 5.ºG

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Vida É essencial vivê-la e aproveitá-la ao máximo. Ao longo dela, levamos pessoas connosco E muitas vão em vão. Crescemos, aprendemos e tornámo-nos a esperança. Guardamos memórias que amamos

E outras são esquecidas. Todos temos uma vida Que pode ser totalmente diferente Daquilo que pensamos. Uns vivem muito tempo Outros nem chegam A perceber a palavra “vida”. Fernando Marques, 9.ºB

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Amigo É ter um ombro seguro É um abraço certo É um coração aberto É ser uma pessoa de ouro. Amigo É um caso especial .

Julie Mugeot , 8.ºB

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A pequena gotinha Num dia de sol, senti-me voar,

a deixar o mar e a subir às nuvens. Subi. Subi, subi até lá chegar. Cheia de medo, aonde me iria aconchegar? As nuvens andaram e me largaram. E eu caí, caí de lá do alto.

Via a terra pequenina tal como uma bolinha, e avistei a menina que me viu cair na ribeira

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E lá fui eu na corrente, ruma ao rio, rumo ao mar e a minha família encontrar. E lá estava ela para me acompanhar.

Margarida Machado, 5.ºA

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Carta Cantanhede, 4 de fevereiro de 2018 Querido(a) amigo(a): Gostava muito de isto não ter que dizer mas, infelizmente, vai ter que ser. Espero que, depois, tu Possas o assunto remediar. Fumar, beber em demasia… e coisas que tais!

Ainda não percebeste que Provocar doenças ao corpo vais? Beber 1 ou 2 copinhos por dia, não é de preocupar. Mas, não se pode exagerar! E fumar! Que coisa horrível estás a fazer! Horrível de todas as formas, mesmo sem exagerar! E, se parares do fazer, também te vais sentir tão bem! 56


Fumar é muito prejudicial. Só te vai provocar doenças! Só te vai deixar ficar mal! Numa corrida, nem a meio ias chegar, de tão cansado que irias ficar!

Não gosto de ver pessoas que andam na bebedeira. Nem sabem bem o que fazem! Parece que estão sempre na brincadeira! Detesto ver as pessoas depois de terem fumado. Com os dentes amarelos e um hálito horrível, a cheirar a fumo! E agora, só te falta das drogas livrar! A regra de oiro é: as drogas nunca experimentar! Pede ajuda a um profissional, para te ajudar a livrar desta maçada e, no final, tens a tua saúde restaurada! Pensa no que eu te disse.

Mª Inês Nogueira, 5.ºA

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Um mundo para mudar No meio da escuridão, Uma luz despertou o meu olhar. Um mundo sem emoção, Sem nada para explorar. Uma visão da vida Sombria e obscura. Vida mal vivida, Sem remédio, nem cura. Neste mundo de tristeza,

Há muito para renovar: Gritos de tristeza, Pessoas a chorar. Onde a esperança já não existe, Alguém tenta mudar. Insiste e persiste Sem nunca recuar. Tudo isto tem um fim Há de algum dia acabar. Mas enquanto estiver aqui, Ninguém me vai parar. 58


Não vou desistir Enquanto algo não mudar E eu vou conseguir Contra o mundo lutar. Vânia Silvestre, 8.ºD

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A semente Era uma vez uma semente que queria voar. Mas asas não tinha nem avião para pilotar. Até que um dia, uma ave bem bonita pegou no fruto que a semente envolvia e a levou a voar. A semente embevecida, ao ver o seu sonho se realizar, ficou tão feliz, que começou a chorar.

Tally Catarino, 6.ºC

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O tempo passa tão rápido Que nem o sentimos passar Às vezes até só desejamos Que ele pare de avançar. Tenho medo do que virá Pois posso não estar preparada Mas só o tempo me ajudará Não quero ficar desesperada.

Raquel Dias, 9.ºB

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A gu

A muito tempo daqui, bombas caem do céu.

Cobrem tudo de preto como um grande véu. A nossa gente via tudo, mas na televisão. E pensava: “Será que a pomba branca ainda não conseguiu resolver a situação?” Mas ela continuava pousada nos destroços. E uma bomba do céu caiu.

“Ela só pode ter morrido!”, toda a gente o admitiu.

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uerra

Mas, para espanto de todos,

A pomba viva continuou. “Como é possível?!...”, pensaram todos. E a pomba voou. Espalhou pozinhos de perlim-pim-pim E fez com que a guerra acabasse. Eu sei que é difícil, mas, Já imaginaste o que era, se continuasse? A pomba é a esperança, a última a morrer. A esperança

que a paz possa vencer.

Mª Inês Nogueira, 5.ºA

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A corrida O tempo vai passando Sem que ninguém o note. As folhas do calendário Rapidamente vão mudando. Tudo à tua volta muda Como o soprar do vento: Calmo e suave, às vezes, Feroz e destrutivo, noutras. Nada está preparado. No entanto, está tudo previsto. Tentas correr, para acompanhar Toda esta mudança que está a passar. Mas cais e levantas Para ver que o tempo já lá vai Sem esperar por ninguém.

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E de novo e de novo Vais correndo e vais caindo Levantando e recomeçando

A corrida contra o veloz relógio E toda a mudança que acarreta. É isso que te faz humano Querer tudo sob controle ter. Não gostas de mudar, Mas sabes que tens de o fazer .

Andreia Cruz, 9.ºA

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As quatro estações do ano A

primavera é a altura do ano em que há mais flores,

E flores de muitas cores. Depois vem o verão, em que há muito calor E o sol faz-nos esse favor. De seguida vem o outono e até apetece dormir um sono. Chega a vez do inverno Que é um frio interno. Estas são as quatro estações E até me apetece cantar canções.

Mariana Pereira, 5.ºG

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Amor e sonho O amor é como uma estrela a cair do céu. A estrela é um brilho que me faz sorrir. O sorriso é como uma explosão de sentimentos. Os sentimentos levam-nos a exprimir. Ai, os sonhos! Uns são ótimos, outros, horríveis. Os sonhos ótimos fazem-nos imaginar. Os sonhos horríveis fazem-nos acordar. Acordamos e concluímos que são inseparáveis. Sonhar é viver. É sentir. É vencer. É sorrir.

Matilde Cação, 8.ºB

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A bela r

Estava a bela rapariga No seu sofá sentada, Com o seu moderno telemóvel Para as amigas telefonava. Olhou para a cidade, Mas só viu a lua. Ficou tão entusiasmada Que decidiu ir vê-la à rua.

Estava a bela rapariga Preocupada com o seu amado. Pegou no telemóvel, Perguntou-lhe como tinha passado. Ele não lhe respondeu Permaneceu preocupada, Às vezes enfurecida A pensar que tinha outra namorada.

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rapariga

Confusa com a vida, Foi-lhe tirar satisfações. A meio do caminho,

Grafitou uns corações. Chegada a casa dele Continuava confusa com a vida, Após ele abrir a porta Viu a outra no sofá estendida. Ficou tão cheia de raiva Que deu um pontapé no lixo, Só voltou a si Ao esmagar um bicho. Muito assustada

Foi-se embora, Foi tão rápida Que não deu pela demora.

Caio Inácio, 6.ºF

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Meditação De manhã cedo, Ainda debaixo do cobertor Procuro sem medo O meu interior. Sinto-me cansada E com falta de atenção, Para ficar concentrada Vou fazer meditação. A meditação é uma diversão E uma forma de estar

Anima o meu coração E ajuda-me a estudar. Fico concentrada Na minha respiração. Viajo até ao jardim encantado Do meu belo coração!!! O amor tem sabor, A liberdade tem cor, E a alma sentimento Em cada momento. Lara Neves, 5.ºA 70


Produtiva Procrastinação Estava eu deitado sobre a vida Debruçado estava sobre um material cuja fonte me era desconhecida

Observava eu as laranjas que orbitavam-me Sentia a leve e fria brisa noturna que abraçava-me

O gelo daquele momento encurralava-me lentamente Aprisionava-me mais e mais a minha mente O calor daquele momento arrefecia meu corpo Sentia-me como um espantalho desafiado por um corvo

Mas, para que se importar? No final das contas é tudo apenas invisível ar

O que importava era que a exaustão fora finalmente vencida Afinal, eu estava deitado sobre a vida.

Tiago Mariano, 9.ºA

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Evolução Todos vão crescendo Tudo passa com o tempo Coisas novas vão aparecendo Coisas velhas vão desaparecendo. Crescer faz bem Caminhos aparecem Amigos novos Amores e paixões aparecem Problemas aparecem Como problemas desaparecem A vida muda Como o tempo muda

O crescimento muda as pessoas Como as árvores mudam de folhas Novos dias noites virão Como as estrelas e o sol aparecerão

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Quem quer ser criança para sempre? Quem quer ser adolescente para sempre? Quando se cresce, podemos fazer mais coisas

Quando se cresce muitos gostos mudam Quando se é grande olha-se para os mais novos E lembra-se o tempo de jovem Quando se é jovem olha-se para os mais velhos E pensa-se “ quando eu for maior…” Crescer é importante Como o sol e a lua aparecerem.

Emanuel Rocha, 9.ºA

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Desabafos Passou pouco tempo Mas nรฃo sei como reagir Sรณ quero que voltes Para te poder voltar a ouvir. Passo noites no vazio A pensar como podia tudo ser diferente Se estivesses aqui comigo Mesmo estando doente.

Mas, mesmo sem estares aqui Lembro-me sempre de ti. De tudo o que passamos De tudo o que fizeste por mim. Por fim, acabo de escrever Dizendo que me fazes falta E que farei tudo o que puder Sรณ para te ter de volta.

Margarida Meneses, 9.ยบB

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Os sonhos são poderosos. São eles que nos dão liberdade de sermos o que quisermos Mesmo que não seja de verdade!

Margarida Ramalho, 7.ºB

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A vida Bela, como o aconchego da nossa casa… Breve, como uma folha de papel a arder… Incerta, como o tempo… Maravilhosa, como um passeio de bicicleta… Generosa, como as mães… Valiosa, como o ouro brilhante… Exigente, como a nossa consciência… Inquieta, como uma criança traquina… Surpreendente, como um novo sabor… Misteriosa, como qualquer pessoa… Alegre, como um momento de convívio… Contraditória, como o amor… Colorida, como a alegria… Divina, como o céu azul… Luminosa, como as estrelas…

Imprevisível, como cada dia… Incompreensível, como o vento… …Assim é a vida!

Alunos do 7.ºH

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Poema de amor (sobre a paixão) Todas as noites eu te vejo, Pois, para mi, és o meu desejo. Tu completas a minha vida, Vida que, sem ti, não faz sentido. Quanto olho para ti, Vejo os teus lábios rosados. E só me apetece oscular-te! Porque, até ao último segundo da minha vida, Eu vou amar-te!

Andreia Preguiça, 8.ºB

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Música A música é poesia É letra com harmonia É perfeição É traduzir a voz do coração. A música retrata a vida Tanto pode ser alegre

Como entristecida. A música é amor Pode ser sentida com dor Retratada com sentimento. A música é união, Cantada com paixão Jogando com as notas E com as escalas melódicas.

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A música é cantar,

E ao mesmo tempo nadar Mergulhando nas pautas Com melodias de encantar. A música faz dançar Com os movimentos brincar Os sentimentos mostrar E a alegria partilhar.

Mª João Simão, Mafalda Rocha, Eduardo Conceição, 8.ºD

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Ser humano Não é uma profissão Não é uma religião. Ser humano É ser carinhoso É ser cuidadoso. Ser humano Não é uma escolha Mas sim uma Grande oportunidade De ser feliz De ser triste. Para sorrir Para chorar

Isso sim É ser humano.

Gonçalo Girão, 8.ºB

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O tempo Por mais que queiramos, o tempo Não conseguimos domar ou mudar. Mas com ele arranjamos maneira De nos podermos organizar. Não podemos e não devemos Deixar-nos cativar Pelo olhar dos ventos Que o ponteiro cria No seu movimentar. Na aula de português É para o quadro que devemos olhar É lá que se está a ensinar A língua que falas e lês.

Gustavo Guerra, 9.ºA

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Lembranças O tempo passa rápido: Ainda ontem criança, Hoje já tenho emprego. Tudo de bom que fiz no passado Desfez-se num abrir e fechar de olhos. Lembro-me de que sonhava ser cantor Mas há sonhos que nunca se realizam. Apesar de continuarmos a tentar, Nunca haveremos de lá chegar. Também me lembro de quando vivia numa aldeia

E quando acordava, era tudo tão colorido! Hoje, quando me levanto, começo a ouvir Sempre este mesmo e irritante ruído. Eu bem tento ser de ferro e esquecer As lembranças do meu passado Mas não sou capaz, fico todo enferrujado. É assim que recordo a minha infância Quando era tudo diversão e sossego E é melhor acabar já este poema Antes que chegue atrasado ao emprego. Rodrigo Ferreira, 9.ºB 84


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As mudanças na vida A vida é uma coisa estranha. É uma coisa que nunca para Mesmo que queiras. No início, tudo nos é facilitado Tudo é possível É quando uma criança Pode viver o seu sonho Sem pensar nos problemas Que as pessoas grandes têm. Mas, a certa altura, a inocente criança cresce. Tal como quando um cão bebé abre os olhos, Também a criança os abre Para finalmente ver o mundo real. Muita gente diz gostar mais Da vida de criança. Mas eu acho que finalmente Consigo ver o que é o verdadeiro mundo: Que não é só querer e ter É sim trabalhar para ser recompensado. João Pereira, 9.ºA 86


A Natureza Adoro ver o mar ele é tão maravilhoso! Gosto muito de nadar que cheiroso! Quando os pássaros começam a voar é porque a primavera está a chegar mas quando o pôr do sol está subindo o céu fica tão lindo.

Salomé nº17 5.ºG

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Os nervos no público Nos bastidores a pingar, o suor a passar pela pele, à espera de começar,

com o meu assistente, Manel. Que mortífero aquário que é do meu tamanho, quem sabe, posso não voltar, se falhar, vida já não tenho. É um truque muito arriscado, mesmo sabendo que o fiz no passado, pois é essa a minha profissão, distribuir diversão. É agora, vou entrar,

mesmo sabendo que posso falhar. O público a aplaudir, sem saber o que se vai seguir.

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Depois de muito tempo, dentro de água, posso voltar a sentir o vento,

e foi-se embora a minha mágoa. Foram-se embora os nervos, o público a aplaudir, ao mesmo tempo que estão a sorrir, pois podiam-me ver a flutuar, sem nada para me salvar. Acabou mais tarde Todos a ir para o seu lar, Cada família de par em par, Pois já eram dez e dez, A correr a sete pés.

Mateus Martins, 7.ºE

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Cesto

Levo a comida Que serve Para viver e comer

Guarda-sol

O sol Bate por cima E tenho de proteger

Quem me quiser

Gil Santos, 6.ยบC

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Ser mais feliz Porque a FALSIDADE é uma forma de maldade, devemos usar sempre a SINCERIDADE. Porque a AGRESSIVIDADE mata a amizade, devemos cultivar a AMABILIDADE. Porque a ARROGÂNCIA é uma falsa autoridade, devemos optar pela HUMILDADE. Porque a PREGUIÇA é como um espantalho, Devemos gostar do TRABALHO. Porque a INGRATIDÃO é como não ter coração, Devemos sentir GRATIDÃO. Porque a VAIDADE em excesso estraga qualquer idade

devemos aprender o encanto da SIMPLICIDADE. Porque a INJUSTIÇA é irmã do ódio e da cobiça devemos lutar pela JUSTIÇA. Porque o EGOÍSMO é uma nódoa de sujidade, Devemos lavá-la com a SOLIDARIEDADE. Se no final de cada dia, a ti mesmo puderes dizer: “Foi isto que eu fiz!”, com satisfação irás ver que és muito mais feliz. Alunos do 7.ºH 91


Razão Não é fácil exprimir O que sinto por ti Muita coisa tentei fingir Mas os meus sentimentos agredi. Agora não posso fugir De tudo o que aconteceu. Já tentei ir Mas não sei o que me deu.

Irei ter a melhor abordagem No momento de comunicar Só espero ter coragem Quando for para falar. Eu não vou descansar Enquanto eu não descobrir A razão de eu ficar A razão do teu existir.

Maria Rei, 8.ºD

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Pensamentos Às vezes penso... Talvez por vezes demasiado... Perco-me no imenso. Lembro-me de imaginar ao relento... Os pensamentos irem com o vento... Ideias que se perdem no fundo, Nem as encontro no confim mais profundo. Nos dias de vento, Procuro perdidas ideias Que fugiram de alguém E se refugiaram nas aldeias. Aprender com a natureza

Que nos surpreende. Basta dar-lhe atenção, A dádiva do olhar, Ouvir a sua canção E com ela aprender a amar.

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Por vezes pensar é uma perda de tempo, Procurar respostas que não existem

E as dúvidas persistem. Talvez estas ideias também tenham fugido Mas desta vez para o papel, A elas me mantenho fiel. Pensar é uma verdade mentirosa, Que me deixa ambiciosa. E os pensamentos são fugitivos De uma mente que os mantém cativos.

Eva Gil, 8.ºF

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Lutar Escondo-me na multidão Sem poder respirar. No meio de tanta ingratidão Ninguém me poderá encontrar. Em ninguém posso confiar E ninguém confia em mim. Ninguém me pode ajudar Nesta guerra sem fim. Não irei desistir De tentar salvar Este mundo a cair Deste mundo a desabar.

Eu irei aparecer No meio da confusão, Para tentar deter Esta escuridão. Maria Rei, 8.ºD

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Definir o amor O amor é um sentimento único, Algo de outro mundo. Não se vê mas sente-se. Há vários tipos e amor: Amor de mãe, de amigo. Mas este de que falo É totalmente diferente. O amor é como uma estrada, Pois tem muitos altos e baixos. Tal como a própria vida, Que sempre nos faz uma rasteira. O amor é como uma flor:

Se não a alimentarmos, Morre. Mónica Galiano, 9.ºB

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Ferida A vida é um dilema. Vemos o tempo passar E o futuro a chegar. As lembranças não me afetam Tento perceber se o melhor Era ter permanecido Ou nunca a ter conhecido A adolescência é cheia de emoções E com elas não consigo lidar. Se calhar é melhor voltar a ser criança Não me consigo habituar. Feliz tento ser Aprendendo a lidar com esta ferida: Um dos maiores problemas da minha vida.

Matilde Mósca, 9.ºB

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Poema Sou um poema, Um poema sou. Tentas escrever-me, mas não dá certo, poema não sou. Não sou um poema,

então o que serei? Serei uma nuvem? Serei uma estrela? Eu não saberei! Se não souber, quem saberá? A professora? O aluno? A turma não será.

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Se ela não sabe, quem saberá?

Será o sol? Será a lua? O céu não responderá. Apaga-me! Um poema não sou! Nem lua, sol céu, nuvem, estrela! Poema sei que sou .

Mafalda Barreiros, 5.ºA

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Berço de Ideias Para o berço de ideias eu me dirijo

Antes mesmo de chegar, toda a serenidade eu digiro Ele recebe-me de braços abertos, como sempre A imaginação começa a trabalhar e o Berço, como sempre, o seu objetivo cumpre

Este pequeno santuário ficará eternamente em minhas memórias, Pois foi Ele que deu a vida às minhas maiores pequenas histórias!

Tiago Mariano, 9.ºA

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Herança De recém nascidos a velhinhos Passam muitos amores e muitos desgostos Mas só alguns ficam marcados. Em crianças acreditamos Que tudo é real: Monstros, fadas, gnomos. Adolescentes, esquecemos tudo E começamos a pensar no futuro. Adultos, trabalhamos e ganhamos o nosso salário Mais tarde, quando velhinhos Só queremos brincar com os netinhos. Com o passar do tempo crescemos

E ensinamos, às gerações futuras Tudo o que aprendemos para que tenham vidas mais seguras e melhores do que foram as nossas.

Vanessa Cruz, 9.ºA 103


O tempo voa Deixando para trás Memórias inesquecíveis Que nos fazem sorrir Mesmo nas alturas más. É com o tempo Que aprendemos

E revemos O que de errado fizemos. Às vezes, gostava de voltar atrás…

Beatriz Ribeiro, 9.ºA

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