Pobreza e Exclusão em Portugal A POBREZA – é um conceito que pode relacionado e traduzido em diversos factores, entre os quais podem-se destacar os seguintes: - Desigualdade de distribuição (riqueza / rendimentos) - Qualidade de vida reduzida - Desigualdade no acesso aos serviços básicos e secundários - Exclusão Social - Desemprego Desigualdade de distribuição Portugal é o país da União Europeia que apresenta maior desigualdade na distribuição do rendimento – a parcela auferida pela faixa dos 20 por cento da população com rendimentos mais elevados é mais de 7 vezes superior à auferida pelos 20 por cento da população com rendimentos mais baixos. A média comunitária é de 4.6; na Europa, só a Turquia apresenta um índice superior (9.9). Portugal é também um dos países europeus que apresenta (consistentemente) taxas mais elevadas de risco de pobreza, medido através da percentagem da população com rendimentos inferiores ao limiar de 60% do rendimento mediano equivalente. Essa taxa situase em 20% (média 2003/2004), já após transferências sociais, enquanto a média comunitária (UE 25) é de 15.5%. Outros indicadores de pobreza relativa em Portugal Taxa de risco de pobreza persistente – 15% (2001, últimos dados conhecidos) Taxa de risco de pobreza entre os idosos – 30% (2001) Taxa de risco de pobreza entre idosos isolados – 46% (2001) A generalidade dos estudos aponta para taxas de risco de pobreza particularmente elevadas nos seguintes grupos de: Idosos, Famílias monoparentais, Profissões pouco qualificadas, maioritariamente no sector agrícola, Deficientes e idosos portadores de doenças crónicas.
Número de pessoas assistidas (gráfico à esq.)in Banco Alimentar
Densidade Populacional (à esq.) e Índice de Envelhecimento (à dir.) – 2003
A baixa densidade populacional em conjunto de um elevado índice de envelhecimento também estão nas origens existentes para a pobreza e exclusão, tanto social como a níveis de igualdades.
Pobreza e Exclusão na União Europeia Apesar de a União Europeia ser uma das regiões mais ricas do mundo, 17% da sua população não tem os meios necessários para satisfazer as suas necessidades mais básicas. Quase 80 milhões de pessoas na UE – 16% da sua população total – vivem abaixo do limiar de pobreza. Segundo inquérito realizado, os europeus têm diferentes percepções do conceito de pobreza. Para cerca de 24% dos inquiridos, as pessoas são pobres quando os seus recursos são limitados ao ponto de as impedir de participar activamente na sociedade em que vivem. Para 22%, pobreza é não se poder comprar bens de primeira necessidade, enquanto para 21% ser pobre é depender de instituições de caridade ou de subsídios do Estado. Uma clara minoria (18%) acha que as pessoas são pobres se vivem com menos rendimentos por mês do que os definidos pelo limiar de pobreza. Quase três quartos dos inquiridos (73%) acham que a pobreza no seu país está generalizada, mas essa ideia varia bastante entre os Estados-Membros. Gráfico in “Inquérito Eurobarómetro Sobre a Pobreza e Exclusão Social | 2009” Pedro André Pereira Teixeira