CLC_7 Fundamentos de Língua, Cultura e Comunicação DR1: O elemento – o Indivíduo e o projecto Compreender, através das biografias que se encontram na internet a propósito do concurso da RTP “Os grandes portugueses”, a intencionalidade e a função pedagógica (ou não), de alguns programas dos media.
Os Grandes Portugueses A propósito de “Os Grandes Portugueses”, programa transmitido pela RTP que poderia ser visado de um certo carácter pedagógico, não fosse ele transmitido por uma estação de televisão generalista que em seus muitos conteúdos contamos com publicidades privadas ou programas de entretenimento sem qualquer carácter pedagógico nem inovador, entre outros perfeitamente discutíveis pelo seu devido carácter alienatório, não posso concordar que, pela abreviatura de motivos em cima referidos, o programa se trataria de carácter pedagógico. Começando pelos métodos e objectivos do programa, que poderiam ser resumidos em menos palavras que os mesmos da estação que o transmitiu, segundo a própria RTP, este “permite debater, pôr na ordem do dia, a História de Portugal e os seus principais intervenientes de uma maneira apelativa e divertida”, que para a sua divertida participação cada telespectador teve de despender de 0,60€ mais IVA por cada voto / número de contacto telefónico que se proveu para o efectuar. Sendo este um ponto claro do princípio contrário à pedagogia livre, o capital proveniente da participação em um programa que se afirma deste carácter só poderá reverter para beneficência de uma mesma causa ou uma que lhe seja semelhantemente nobre. Pela não transparência do emprego do capital provenienteda participação (pedagógica) no mesmo e pelo apropriamento indevido de adjectivações a este nível alienatório, desaprovo a sua categorização. Em segundo lugar, a RTP apesar de ser um canal televisivo de serviço público, defende interesses privados pelo que qualquer intervenção que tente abranger a ordem pública, terá uma baixa taxa de audiências para a mesma, pois, pode ser claramente constado diariamente os interesses e intervenções privadas na mesma estação, levando-a a suprimir a confiança e crédito que a mesma poderia ter, logo não estará apta para a realização de tal tarefa, que requer na sua raiz o princípio da imparcialidade, pelo menos de bom senso entre ela, o espectador e a matéria-prima que esta trata. Em terceiro lugar, o programa deveria ter uma estratégia de projecção e de comunicação para com o telespectador reformulada, e amplamente questionada sobre os pontos acima referidos e sobre a não suficiência de abordagem por parte da rede televisiva. Um programa que visa educar a população em que nem uma décima dele participam, não poderá contar alguma vez para uma divergência, debate nem massificação de opiniões ou para o sucesso da mesma estação. Pedro André Pereira Teixeira