Relatos de Viagem - desigualdade 2019

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DESIGUALDADE



Produto final do Estudo de Campo de Ouro Preto 2019

Desigualdade André, Gabriela, Júlia, Laís e Laura 8°A Ciências, Geografia, História, História da Arte, Matemática e Português Escola Miró – Ribeirão Preto/SP



Nós, turma 8º ano, fomos a Ouro Preto, um município brasileiro localizado no estado de Minas Gerais, na região sudeste do país, com a população em cerca de 74 mil habitantes. A cidade de Ouro Preto foi fundada por bandeirantes. Grande parte da história do Brasil se passou lá, e, para estudarmos melhor, nos dividimos em grupos, cada grupo estudou um tema diferente, o nosso é desigualdade e falaremos sobre como ela é encontrada nos lugares históricos de Ouro Preto.


Chegamos em Ouro Preto, no dia 22 de outubro de 2019, e logo fomos visitar o Museu da Mineralogia, local que abriga uma sala com uma riquíssima coleção de minerais e gemas. O local antigamente abrigava a casa do governador e, posteriormente, a Escola de Minas, que foi um centro formador de especialistas em mineração.

Dia 23, fomos na igreja de São Francisco de Assis que é um dos monumentos mais significativos da arte colonial. Foi uma criação do Mestre Aleijadinho (o maior gênio artístico do Brasil colonial) e do Mestre Ataíde (famoso pintor do barroco mineiro). Lá a desigualdade era como nas outras igrejas, a alta classe ficava mais perto do altar e as pessoas com uma classe menor permaneciam atrás, servindo, assim, para classificar as pessoas.


O segundo lugar que visitamos esse dia foi o Museu da Inconfidência. Lá encontramos objetos pessoais dos inconfidentes e partes da forca que foi utilizada para enforcar Tiradentes, entre outras peças históricas. O museu se localiza no centro histórico de Ouro Preto, em um dos lados da praça Tiradentes.

Museu da Inconfidência


Na Casa Dos Contos, notamos a desigualdade na senzala, que se localizava na parte de baixo da casa. Era lá onde os escravos dormiam e ficavam depois de horas de trabalho em condições precárias. Os escravos tinham que passar por aquilo pelo simples fato de serem de uma cor diferente. O lugar não possuía nenhum conforto, sendo simplesmente um lugar de depósito de escravos. Ao entrarmos lá, sentimos uma certa angústia e peso na consciência.


Senzala da Casa dos Contos


Objeto de captura de escravos


Ainda em relação as igrejas, descobrimos que em algumas delas, por exemplo, a da Nossa Senhora do Pilar, escravos não podiam entrar, pois eram considerados pessoas sem alma, literalmente como se fossem objetos de trabalho. Na Igreja São Francisco de Assis, ricos eram enterrados na parte de dentro e em uma posição perto do altar, que para eles assim, estariam mais perto de Deus. Já os escravos eram na maioria das vezes sepultados em locais mais afastados.

Igreja de Nossa Senhora do Pilar


No dia 24, visitamos duas igrejas e uma mina. Para chegar à Igreja de Santa Efigênia, nós tivemos que andar bastante, pois era bem longe da Praça Tiradentes. Dentro dela, vimos várias figuras que representavam a visão dos escravizados em relação ao catolicismo, como uma figura de um Papa negro, fato que nunca existiu. A igreja foi construída por negros que, por conta da falta de recursos, fizeram com que ela não fosse tão luxuosa como as outras, mas isso não importava, pois de qualquer jeito eles não podiam frequentar outras. Quando entramos lá, vimos que a igreja era muito diferente das outras, mas também imaginamos o quanto foi trabalhoso para os escravos a fazerem.


Igreja de Santa EfigĂŞnia


A Mina visitada nesse dia é conhecida como a Mina do Chico Rei. foi escavada por escravizados da África. Ela era um local bem apertado e difícil de andar, além de ser um local com muito eco. Lá nós vimos como a vida dentro da mina era dura, pois os escravos trabalhavam bastante, muitas vezes não comiam e não tinham tempo para descansar, apenas por causa da cor de pele.

Mina do Chico Rei


Instrumento usado na escavação


A Igreja de Nossa Senhora do Carmo era frequentada pela aristocracia de Vila Rica, localizava-se perto do centro da cidade, que era o ponto com maior concentração de poder e riqueza. Ao lado dela, existe o Museu do Oratório com exemplares variados e muito antigos.

No dia 25, fomos de trem até Mariana e lá vimos Casa de Câmara e Cadeia, uma mina e fizemos a oficina de pedra-sabão. A praça central significava o poder e a justiça, que era representada pelo pelourinho, local onde pessoas que desobedeciam a lei eram punidas. As pessoas punidas no pelourinho serviam de exemplo para a sociedade, pois a punição acontecia em praça pública, na frente de todos, assim mostrando a eles que se fizessem igual, levariam a mesma punição.


Pelourinho de Mariana


A Mina de Passagem foi uma mina escavada por trabalhadores assalariados, que utilizavam dinamites e máquinas para poder adentrar a mina. Ela se localizava dentro da terra e para acessá-la, tivemos que entrar em um carrinho que nos levou até o fundo e isso era um processo demorado. Por ser um local de trabalho perigoso, eles tinham uma estátua de Santa Bárbara, a Padroeira dos mineiros.


Entrada da Mina de Passagem




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