FURABOLHA
QUANDO TOCAR
1ª ed., Escola Miró, Ribeirão Preto/SP, 2021.
O PÉ NO CHÃO
ARTE URBANA RP MORADORES DE RUA VACINA E SAÚDE PÚBLICA SUICÍDIO JOGOS E BRINCADEIRAS DE RUA ONTEM E HOJE FOTOGRAFIA AUTORAL
FURA-BOLHA-FURABOLHA-FURA-BOLHAFURA-BOLHA FURABOLHA-FURA-BOLHAFURA-BOLHA-FURABOLHA-FURA-BOLHAFURA-BOLHA-FURABOLHA-FURA-BOLHAFURA-BOLHA-FURABOLHA-FURA-BOLHAA Revista FURA-BOLHA foi produzida por nós, alunos do Ensino Médio da Escola Miró (Ribeirão Preto/SP), como produto do projeto interdisciplinar da área de Linguagens e Códigos (Línguas Portuguesa e Inglesa, Ed. Física, Teatro e Artes Visuais). Nossa intenção com essa revista é furar a bolha da nossa realidade e mostrar o mundo a fora.
Capa: Edição Hector Fogaça (1° ano) Texto editorial: Laís Dezem e Nina Molina (1° ano) Revisão: Professores de Linguagens e Códigos (Línguas Portuguesa e Inglesa, Ed. Física, Teatro e Artes Visuais) Coordenação: Felipe Nassar e Léo Gomes
Ilustração “Quem somos”: Gabriel Morelli, João Pedro Picolo, Matheus Carminatti e Sophia Mele (1° ano)
ARTISTAS DE RUA DE RP
ARTISTAS DE RUA DE RP
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Arquivo da artista
▪ Atriz e Diretora cênica da @cia.psique ▪ Co-fundadora dos grupos @ciaquadronegro @ditirambo @foradalona ▪ Criadora do @umundodeguaxinim ▪ Arte-educadora e militante das causas de jovens, negros e lgbtqia+ Ao lado a foto é da personagem conhecido como Guaxinim, representando a alegria dos palhaços e palhaças. A intenção da criação para a personagem foi levar conteúdo artístico e alegre para o Instagram. Criado em 2020 com a chegada da pandemia, a personagem já conhecida pela cidade, passou a pertencer a este meio digital.
LESER °
Abaixo e ao lado, dois grafites feitos por Leser acompanhado de mais 3 artistas grafiteiros de Ribeirão Preto. As duas imagens fazem referência às invasões nas Terras Indígenas. Vemos muitas cores, muitos animais da fauna brasileira. É uma forma de homenagear e protestar sobre as riquezas e história do Brasil.
Arquivo do artista
Leser é conhecido na cidade não somente por suas artes em grafites, mas por ser um rapper, que conseguiu levar seu rap de protesto a lugares não antes atingidos pela cultura periférica da cidade.
▪ Artista, Rapper , Produtor e Comunicador ▪ Apresentador do programa Papo de Futuro na Thati TV ▪ Produtor Cultural no Instituto SEB - A Fábrica
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Joyce de Sousa, ou Joy, é uma artista de rua e pintora de 33 anos de Ribeirão Preto/SP. Diferente de outros artistas de rua, Joy trabalha apenas com o pincel e rolinho. Suas obras buscam causar uma reflexão sobre temas importantes para a sociedade, através da figura da mulher. Recentemente ela fez uma intervenção em sua própria obra, na Rua Batatais, com a intenção de conscientizar quem passa por lá, sobre o uso de máscaras.
Arquivo da artista
FELIPE ▪ Artista de rua como
Estátua viva
▪ Cantor independente ▪ Militante das causas
de jovens negros e lgbtqia+
SILVA
Segundo Felipe, "este é um dos personagens mais complexos para produzir. Por ser inteiro azul e eu ter a pele negra, foram muitos testes de tons para poder chegar em um azul que me agradasse e fosse uniforme. Foi um trabalho coletivo entre amigos artistas e maquiadores, durante 3 meses de testes de coloração." Atualmente o Azulzinho se encontra aposentado, pois Felipe não encontra as cores que deseja para a produção, mas pretende voltar com ele para as ruas, agora cariocas. °
Atualmente Felipe Silva reside no Rio de Janeiro, porém ficou conhecido pela sua arte nas ruas de Ribeirão Preto. Na página anterior, uma das personagens criadas por ele. A personagem ficou conhecida como Liberdade., uma princesa prateada. Inspirada em mulheres fortes, ela representa resistência, feminilidade, ancestralidade, autoconhecimento, mistério e poesia. Outro personagem muito conhecido é o Azulzinho, assim apelidado por ser completamente azul. Azulzinho foi inspirado no ator, cantor e dançarino americano Gene Kelly e em seu musical "Dançando na chuva".
Arquivo do artista
LOLA CAUCHICK °
▪ Grafiteira Lola é a dona das imensas corujas coloridas que estão espalhadas pelos muros de Ribeirão Preto. Arquivo da artista
Fonte das imagens blogs.jornalismounaerp.com.br/2017/09/11/6-monumentos-que-voce-deveconhecer-em-rp/
THIRSO CRUZ
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▪ Escultor
Ele já fez várias esculturas públicas em Ribeirão Preto. Acima, Os músicos que ficam no Morro do São Bento, na praça da Casa da Cultura da cidade. Outras esculturas famosas de Thirso são o Motoqueiro da rotatória da Avenida 13 de Maio e o Curupira que dá nome ao parque na Avenida Costábile Romano. Arquivo do artista
Kobra Eduardo Kobra e um muralista brasileiro, considerado um dos maiores nomes do grafite mundial. Ele levou o amor a arte e as cidades para os 5 continentes do mundo, tornando a paisagem urbana mais alegre e trazendo reflexoes essenciais para a sociedade.
POR Matheus
Carminatti
(1° ano)
Kobra
Durante o isolamento decorrente da pandemia mundial da Covid-19, Kobra criou um projeto que nomeou de Coexistência - memorial da fé por todas as vítimas da doença, em Pinheiros - São Paulo. Nele retrata a importância da Fé, seja ela qual for, para enfrentamentos de momentos como os atuais.
POR Anne de Oliveira
(1° ano)
Em suas redes, Kobra anunciou o projeto bastante emocionado. "Vamos vencer isto juntos, mas separados. Ou separados — por isso juntos. Nestes tempos de necessário isolamento social, é preciso ter fé. Independentemente da nossa localização geográfica, de nossa etnia e de nossa religião, estamos unidos em uma mesma oração: que Deus inspire os cientistas para que encontrem a solução para esta pandemia — e conforte nossos corações para que tenhamos forças e sigamos juntos como humanidade."
Arquivo do artista
í Por Luiz Eduardo (1° ano) São aproximadamente 3.405 pessoas que estão em situação de rua na cidade. Segundo a prefeitura, este número aumentou diante do cenário da pandemia da Covid-19. Em junho de 2021, no município de Ribeirão Preto, interior do Estado de São Paulo, dados apontavam que mais de 215 pessoas em situação de rua estavam no grupo de risco da pandemia, por possuir mais 60 anos. A Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto afirmou que o objetivo foi vacinar os moradores de rua com mais de 85 anos, que foi recomendado pela Secretaria Estadual da Saúde. Todavia, ao contrário da capital do Estado, Ribeirão Preto esteve longe de ter uma programação concreta para vacinação dessa população que vive à margem da sociedade., no entanto por política pública da Prefeitura em conjunto com o SUS, as pessoas em situação de rua foram imunizadas com a vacina de dose única para não correrem o risco de não completar o ciclo vacinal em função do nomadismo. A Secretaria Municipal de Assistência Social não tem dados que concluem o aumento dos números de moradores de rua devido à pandemia, mas indicou que foi preciso aumentar a assistência a esses indivíduos. Em 2020 a Prefeitura de Ribeirão Preto conseguiu uma parceria entre as secretarias de Assistência Social, Esportes e o Instituto Limite para transformar a Cava do Bosque, centro esportivo da cidade, em um local para acolher até 100 pessoas em situação de rua.
O projeto ocorreu para atender a demanda de alimentação e agasalhos, além de receber oficinas profissionalizantes, como artesanato, mecânica e leitura. Hoje, por conta das necessidades exigidas pela pandemia, esses atendimentos precisaram ser transferidos para o Serviço de Acolhimento Institucional para Adultos, que vem conseguindo acolher cerca de 130 pessoas. COMO AJUDAR A Casa de Passagem, que é reorganizada pela Secretaria Municipal de Assistência Social, está acolhendo cerca de 80 pessoas e que foram diagnosticadas com a Covid-19 (https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/portal/assistenci a-social/cetrem).
Por ter uma grande quantidade de pessoas em situação de vulnerabilidade e situação de rua, a solidariedade popular é o que tem movimentado recursos para esta demanda.
Fonte: https://www.acidadeon.com/ribeiraopreto/cotidiano/cidades/NOT,0,0,1581921,ribeirao-tem-mais-de-170-moradores-de-rua-no-grupo-de-risco.aspx https://www.revide.com.br/noticias/cidades/pandemia-mudou-atendimento-pessoas-em-situacao-de-rua-em-ribeirao-preto/ https://jornal.usp.br/universidade/alunos-da-usp-ajudam-moradores-de-rua-de-ribeirao-preto-na-prevencao-ao-coronavirus/
CONTO CONTO CONTO CONTO CONTO CONTO CONTO CONTO Me chamo Osvaldo e sou morador de rua há 5 anos. Moro na rua, mas do mesmo jeito sou um ser humano, me sinto esquecido pela sociedade e pelo governo. Muitas pessoas que estão morando na rua são pessoas que perderam tudo: família, emprego, casa, até perderam sua felicidade para as drogas. Muitas vezes, essas pessoas estão morando na rua pois brigaram com a sua família, como aconteceu comigo. Eu briguei com a minha esposa e filhos, e eles me colocaram pra fora de casa... não culpo eles, mas por causa disso vim parar na rua e passo muitas dificuldades como ser julgado, humilhado, esquecido... Lembro de conhecidos meus, também moradores de rua que foram assediados, agredidos e até mortos. Ontem mesmo o segurança de um mercado do centro espancou um companheiro pois ele estava pedindo ajuda próximo de lá. Posso dizer que a sociedade é egoísta, pensam só nas pessoas que não estão na rua... é uma coisa normal do ser humano, mas... isso não quer dizer que a sociedade não pode parar e pensar em nós moradores de rua. Poxa, tem muita gente querendo estar no seu lugar, na sua vida, vocês que estão lendo, têm comida, casa, água limpa, família, um bom estudo, mas do mesmo jeito vocês reclamam, nunca estão felizes o suficiente, satisfeitos e agradecidos. Meu conselho é, parar um pouco de ser egoísta, pensar mais no próximo e ser agradecido e solidário. é í
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por Anne de Oliveira (1° ano) Sabemos que no cenário atual da pandemia Covid-19, houve um aumento de pessoas em situação de rua e em vulnerabilidade social. Entrevistamos uma representante de um coletivo criado para atender a demanda de moradores de uma comunidade em Ribeirão Preto.
1 – Carol, quando surgiu o coletivo e por quê? "Nossa primeira ação foi em abril logo após o início da pandemia, onde uma de nossas colegas Marcella, de maneira individual, organizou uma campanha para uma família que estava prestes a ser desalojada e estava em situação de vulnerabilidade, precisando de alimentos. Essa campanha alcançou muitas pessoas e a Marcella decidiu que continuaria a ajudar outras pessoas da comunidade. Ela convidou outras pessoas para participar com ela, e assim surgiu o Coletivo Ação Locomotiva" 2 – Vocês atendem quantas comunidades? "Por enquanto estamos atendendo a demanda da Comunidade Locomotiva, pois já conhecíamos pessoas de dentro da comunidade" 3 – Quantas pessoas fazem parte do coletivo? "Estamos em 4 pessoas na organização, somos 4 mulheres de áreas diferentes de trabalho" 4 – Quais são os produtos que arrecadam para doação? "Alimentos, roupas, agasalhos, cobertores, fraldas geriátrica, material de higiene pessoal, material de limpeza. Estamos sempre orientando sobre a pandemia e seus cuidados"
5 – Você pode nos explicar como é a comunidade Locomotiva? "A comunidade Locomotiva é formada por mais de 350 famílias, é um terreno em situação irregular por ser uma área considerada de risco, por ocorrer alagamentos. Existe um processo na justiça por causa da situação irregular. Recebeu este nome Locomotiva, pois antigamente passava por lá uma das linhas de trem de Ribeirão Preto, e por ainda existir vagões parados, eles passaram a receber famílias que começaram a utilizar os vagões como abrigo, moradia. Porém são vagões de aço, quando está em períodos de calor, fica-se muito quente e quando está em períodos de frio, dentro desses vagões fica muito gelado" 6 – Onde podemos encontrar vocês para ajudar? "Temos nossa página no Instagram, @acaolocomotiva que sempre está aberta para receber doações"
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A vacinação é um assunto muito falado atualmente e muitos não estão querendo se vacinar por inseguranças causadas pelas Fakes News da internet sobre a eficácia da vacina; as pessoas acabam não tomando por preconceito do país de onde foi fabricada a vacina, ou até mesmo por reações mentirosas que se espalharam pela web.
Nos dias atuais temos diversos jeitos de provar a eficácia da vacina, desde cientistas provando e comprovando até matérias jornalísticas. Antigamente as pandemias podiam ser extremamente mortíferas, mas com a descoberta da vacina conseguimos minimizar as mortes da população e por isso nós precisamos das vacinas.
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QUAL E A IMPORTANCIA DA VACINA? Por que tomar vacina? Quais os seus benefícios? Essas são algumas das mais variadas perguntas feitas pela população,e pela própria ciência acerca das tão aclamadas vacinas contra o COVID-19.
Ilustração por Avryl Guedes (1° ano) A vacina pode ser vista como uma “cura” a doenças que não podem ser simplesmente tratadas com antibióticos ou qualquer outro tipo de remédio via oral. Para mostrar que elas são seguras, pode se ver em pesquisas nacionais e internacionais, no tópico de segurança na ciência, que para uma vacina começar a rodar pelo mundo, e ser aplicada em milhares de pessoas, aquelas devem passar por um rigoroso e longo teste, com inclusão de vários voluntários e ensaios clínicos para, assim, identificar quaisquer preocupações acerca da segurança e da saúde do paciente.
Tais vacinas também possuem um painel externo de especialistas convocados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que analisa todos os resultados, através de ensaio clínico, assim, podendo ou não as recomendar ao público. Além disso, com o avanço tecnológico dos últimos tempos, surgiram “condições” melhores para as vacinas, como aquelas produzida através do RNA, que tem como objetivo uma ação mais duradoura, como já visto em muitos ensaios clínicos recentes. Por Eduardo Ritzmann (1° ano)
Todavia, com o início da vacinação mais próximo, ainda houve uma parcela da população com dúvidas sobre a eficácia do imunizante, confundidas pela circulação de informações falsas – as fake news. Segundo a OMS e a Anvisa, a eficácia geral recomendada é de, ao menos, 50%. Isso significa que, para serem liberadas pelas agências reguladoras dos países, as vacinas precisam alcançar esta porcentagem. A taxa de eficácia geral representa a proporção de redução de casos entre o grupo vacinado, comparado ao não vacinado. Ou seja, se uma vacina possui 90% de eficácia, significa que 90 a cada 100 pessoas vacinadas ficam protegidas contra a doença. As outras 10 poderão adoecer e apresentar sintomas leves.
Atualização sobre a Ribeirão Preto
Vacinação
em
Atualmente, depois de superada a polêmica sobre a vacina e qual seria aplicada, sabemos que, em Ribeirão Preto, foram utilizadas: CoronaVac (Sinovac e Instituto Butantã), Oxford (AstraZeneca e Fiocruz), BioNTech (Pfizer) e Janssen (Johnson & Johnson). Sabemos que, até abril de 2021 no Brasil, 12% da população somente fora vacinada e com mais ou menos pouco tempo esse valor subiu para 29% – o que não foi um bom resultado, tendo em vista o que estava sendo disponibilizado no país. Segundo Our World in Data, o último dado disponibilizado em 17 de novembro de 2021 aponta que 60% dos brasileiros completaram o esquema vacinal.
Ilustração por Laura Galina (1° ano) FONTES: https://www.fiotec.fiocruz.br/noticias/outros/7353-entenda-como-e-medida-a-eficacia-de-uma-vacina https://www.acidadeon.com/ribeiraopreto/cotidiano/cidades/NOT,0,0,1624844,covid-19-ribeirao-pretovai-receber-vacina-de-dose-unica.aspx. https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2021/06/18/primeira-dose-da-vacina-da-covidchega-a-299percent-da-populacao-de-6-cidades-na-regiao-de-ribeirao-preto.ghtml https://ourworldindata.org/covid-vaccinations?country=BRA
Ilustração “Quem somos”: Anne de Oliveira, Eduardo Ritzzmann, Laura Galina e Quésia Cecília (1° ano)
13 E
REASONS
WHY
UM GATILHO
PARA O SUICIDIO? Artigo de Opinião por Gabriel Morelli e Ilustração por Eduardo Yamada (1° ano) A série americana 13 Reasons Why, conta a história de Hannah Baker, que comete suicídio após uma série de falhas culminantes, provocadas por indivíduos selecionados dentro de sua escola. Analogamente, a série relata a visão de uma pessoa no processo do antes, durante e depois do suicídio de Hannah Baker. Tal discussão gera uma polêmica: a série é ou não um gatilho para o suicídio? Então, é fundamental encontrar as causas desse problema e encontrar uma solução exequível para essa pergunta. Em primeira análise, a questão do suicídio é algo muito sério. No Brasil, cerca de 12 mil pessoas tiram a própria vida por ano, quase 6% da população. No mundo, são cerca de 800 mil de suicídios anuais. O Brasil só perde para os EUA. Isso acontece devido à falta de se colocar no lugar do outro, em nossa sociedade assim como na série, alguém que é taxado como um “fresco”, “chato” ou “antissocial”, semelhante a percepção dos estudantes em relação a Hannah. Assim, é necessário encontrar a resposta dessa intrigante pergunta.
Em segunda análise, nos Estados Unidos, foi levantada uma pesquisa sobre a série americana. A revista Jama Psychiatry aponta que houve um aumento de 13% nos suicídios de jovens de 10 a 19 anos entre abril e junho de 2017, meses posteriores ao lançamento da trama, com maior incidência em mulheres, trazendo relação com a data de lançamento da série. Em nosso país, no mesmo ano do lançamento, os números de casos aumentaram 10%. Entretanto, é preciso raciocinar, para conseguir encontrar a resposta a ser desvendada. Em suma, eu afirmo que a série americana 13 Reasons Why é um gatilho para o suicídio. A história é muito fácil de se identificar, trançando reflexões semelhantes ao Efeito Wherther, com pessoas se inspirando no caminho escolhido pela protagonista, e o entendendo como o melhor caminho. Além dos dados apresentados, mostra que a intenção de apresentar uma realidade na sociedade, infelizmente, se tornou um grande gatilho para o suicídio.
A vida “O problema foi a série, que trata algo sério e expõe para a sociedade” “O problema é o ator, que sente minha dor e que faz o que eu tenho vontade” “Se ele fez eu também faço, afinal estou a passos de ver como é a outra parte” “Uma corda um abraço, minha vida pelo espaço, ufa achei a felicidade” Mas a vida tem como ser mais legal Procure alguém que contigo é leal Uma frase que eu indico na moral “Nunca troque uma vírgula por um ponto final” E no fim até o mais triste cedeu Do pobre ao rico, do cristão ao judeu Até aquela vontade inicial se perdeu E é por isso que agradeço, pelo novo recomeço e sei que não tem preço, a vida que Deus me deu Poesia de João Pedro Picolo (1°ano)
Por Nina Molina (1°ano)
Setembro Amarelo é a única campanha nacional de prevenção ao suicídio. São poucas as tentativas de diminuir este mal que acomete cerca de 12 mil brasileiros por ano.
No entanto os transtornos mentais não são os únicos estímulos, segundo a psicóloga Luciana Handa, “Problemas de relacionamento familiar, desemprego, crise financeira, por exemplo, podem ser as causas do suicídio que não passa necessariamente pela depressão,”, diz.
Tirar a própria vida é um assunto que deveria ser amplamente discutido, mas que ganhou visibilidade apenas em 2015, quando enfim o suicídio foi considerado um problema de saúde pública nacional. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) o Brasil é o oitavo país com maior número de suicídios e, segundo o Ministério da Saúde, todos os dias cerca de 32 pessoas tiram suas vidas no país. Acontece que mais de 90% destes 32 casos poderiam ter a causa identificável e tratável. A maior parte dessas ocorrências são de jovens com 19 a 24 anos. O que faz com que se levante a seguinte questão: mas por que este grupo é o mais prejudicado?
Grupos de apoio podem ajudar
Para responder tal questionamento, é necessário lembrar que os rótulos e estereótipos em relação aos transtornos mentais é o espelho de uma sociedade que não enfrenta essa dificuldade com a devida importância e que promove, direta ou indiretamente, a proliferação dessa questão. Este é o caso do Brasil, visto que o país possui poucos planos, suporte e ações para combater este problema. Enquanto os jovens forem negligenciados pelo governo, que por sua vez não fornece ajuda, estes continuarão praticando ações irreversíveis como o suicídio.
Um dos gatilhos para o suicídio são os transtornos mentais. Entre eles está o mais comum, a depressão. Segundo a OMS, essa doença interfere na vida de 12 milhões de brasileiros por ano.
Ribeirão Preto é o segundo município do estado de São Paulo com maior taxa de morte por suicídio. Ribeirão Preto é o 17° município do Brasil em mortes por suicídio, segundo o Ministério da Saúde. Só em 2019 foram registrados 45 casos e desde 2014 este número continua crescendo. A cidade não trata do assunto como deveria, segundo a psicóloga Dagma Venturini, uma das profissionais da USP: “É preciso tratar o assunto com responsabilidade porque os casos de tentativa de suicídio chegam a ocorrer dez vezes mais que o próprio suicídio consumado”, afirma.
Com o agravamento do problema na região, novos grupos de apoio surgiram para tentar diminuir o problema. Foi o caso do Grupo de Valorização da Vida (GVV), de Ribeirão Preto. “É um grupo de apoio que se reúne uma vez por semana para prestar atendimento de apoio e acolhimento a quem nutre a ideia do suicídio e aos familiares,” explica Luciano Nakabashi, integrante do GVV e professor. No mês de Março de 2020 a prefeitura de Ribeirão realizou uma reunião com secretários municipais (Saúde, Educação e Assistência Social), para discutir os próximos passos de Ribeirão Preto para prevenção do suicídio. Uma ação proposta no encontro é uma campanha organizada pela Secretaria da Saúde, que irá conscientizar e orientar os profissionais da educação, porém o projeto não tem previsão de início.
Fontes: https://www.setembroamarelo.com; https://www.who.int/publications/i/item/9789240026643; https://jornal.usp.br/campus-ribeirao-preto/alem-da-depressao-os-efeitos-da-pandemia-podem-levar-aosuicidio/; https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/setembro/governo-lanca-projeto-de-acoes-em-saude-com-foco-na-prevencao-ao-suicidio-e-a-automutilação; http://www.unirio.br/hugg_geral/o-suicidio-e-o-final-de-um-ato-continuo-de-comportamento-devemos-intervir-durante-esse-processo; https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/o-suicidio-e-umproblema-de-saude-publica/; https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/portal/noticia/prefeitura-convoca-reuniao-para-ampliar-discussao-sobre-acoes-de-valorizacao-da-vida; https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/files/ssaude/pdf/prevencao-suicidio-2020.pdf; https://www.tribunaribeirao.com.br/site/rp-tem-2a-maior-taxa-de-suicidio/; https://comapalavra.com.br/2020/03/04/tristeza-casos-de-suicidios-chocam-populacao/.
Ilustração por Gabriela Ramos (1° ano)
Tudo na Calçada, na Rua. As diferenças entres as brincadeiras infantis de hoje e das gerações anteriores. Por Cauê Tinos, Francisco Mele, Davi Sakamoto e Victor Melo (2° ano) Ilustração por Laís Dezem (1° ano)
Jogos e brincadeiras são atividades que fazem parte da infância da maioria das pessoas do mundo. Quem não tem na memória a lembrança de sair com os amigos para brincar ou até mesmo ficar em casa jogando videogames? Pois é: isso é algo que compartilhamos com nosso pais e avós. Mesmo que certas brincadeiras tenham sido mudadas, desapareceram, ou até foram criadas, muitas se mantiveram fiel até hoje. Todavia, muitas brincadeiras mudaram nos dias atuais. A maioria das brincadeiras passaram a ser jogadas dentro de casa, na frente de telas, em comparação à época em que essas telas ainda não existiam e a maior fonte de entretenimento para as crianças eram brincadeiras como peteca e amarelinha. Para discutir um pouco dessas mudanças, entrevistamos a avó de um dos integrantes da nossa equipe de reportagem, para ver como foi a mudança entre a geração dela em relação à dos filhos e dos netos.
Encontre as palavras que têm a ver com jogos, esportes e brincadeiras infantis , como Ténis.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1 x t p p b k y q a q
2 s t o i i l u e m q
3 a e i e a h b t a w
4 e n u v s o b y r c
5 t i g d x s o d e d
6 e s j c b a l c l f
7 b w e c n z a v i l
8 y q t a c o r n n k
9 r s ç v m w n n h j
10 i z p e t e c a a h
ENTREVISTA COM Quantos filhos você tem? E netos? Tenho 3 filhos, 1 filho e 2 filhas e 5 netos, 3 garotos e 2 garotas. Quais brincadeiras você jogava enquanto criança? Eu brincava muito de roda, amarelinha, escondeesconde, casinha, jogava 3 pedrinha e pulava muita corda. Tudo na calçada, na rua. Qual era a sua favorita? Não, não tinha favorita não gostava de todas. Do que seus filhos brincavam enquanto eram crianças? Meu menino brincava de bets, andava de bicicleta, bafo e bola na rua. Minhas filhas brincavam de escolinha com as primas e boneca, pular corda , boneca e desfilar. Eles iam muito à praça brincar no balanço. Ainda na rua? Ainda brincavam na rua. Eu brinquei mais, mas eles ainda brincavam.
E seus netos? Eletrônicos.
A VOVO GRACE
Por Cauê Tinos (2° ano) Ilustração por Nina Molina (1° ano)
Qual você acha que foi a maior mudança que ocorreu para as brincadeiras durante as gerações? É que a criança quando vai brincar ela tem que estar sendo acompanhada com o adulto, na minha época a criança era mais solta o adulto ainda observava mas a criança tinha mais liberdade. O medo da violência aumentou e a criança é mais resguardada. As brincadeira de rua era mais solta, os pais liberavam as crianças na rua sem supervisão enquanto hoje os pais estão sempre acompanhando os filhos, se eles vão na rua por causa da violência, ou não talvez somos nós que criamos essa neura. Sendo assim, por mais que as brincadeiras venham e vão, elas mantêm o seu objetivo principal: entreter e divertir as crianças. Desde jogos como roda e amarelinha, a jogos de videogame, todos eles são jogados com o mesmo intuito: o de se divertir. Pois o ato de brincar sem se preocupar com mais nada é o que faz uma criança ser uma criança.
Por Helena Rodini Laura Nicolace Mariana Dantas Tainá Barros (2° ano)
porque
Por Helena Rodini, Laura Nicolace, Mariana Dantas e Tainá Barros (2° ano)
Dentro
O projeto da Revista Fura-Bolha, feito por estudantes do 1º e 2º ano do Ensino Médio da Escola Miró, tem como objetivo mostrar aos leitores que, mesmo estando em pandemia, podemos sair de nossa zona de conforto através da
Arte
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Assim, a partir dessa ideia, algumas fotos foram produzidas pela turma do
e
Fora
2º ano. Muitos de nós criamos imagens dentro de casa, no quarto, no nosso ambiente doméstico,
apresentando formas que expressam que esse é um "novo mundo", nossa nova realidade em tempos de pandemia. E outros de nós fizemos fotos em espaços urbanos, numa tentativa de mostrar expectativas e reflexões para um novo mundo, fora das bolhas.
da
Bolha
FURA-BOLHA-FURABOLHA-FURA-BOLHAFURA-BOLHA FURABOLHA-FURA-BOLHAFURA-BOLHA-FURABOLHA-FURA-BOLHAFURA-BOLHA-FURABOLHA-FURA-BOLHAFURA-BOLHA-FURABOLHA-FURA-BOLHA-
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