Pedra-sabão, ouro, madeira Diário do peregrino Anne, Ana Luiza, Eduardo, Nina – 8ºA
Diário do peregrino Tema: Pedra-sabão, ouro e madeira
Grupo: Anne, Ana Luiza, Eduardo e Nina – 8ºA
Áreas: Ciência, Geografia, História, História da Arte, Matemática e Português Escola Miró – Ribeirão Preto/SP
Na nossa ida a Ouro Preto, vimos que a pedrasabão, o ouro e a madeira foram muito importantes para entendermos a nossa história e o comércio. Vimos também que, enquanto nossa história e comércio acontecia, a desigualdade era evidente. Quando fomos nas minas, aprendemos que na maioria delas a extração de ouro foi realizada pelos escravizados, denominados pigmeus de estatura baixa, isso aconteceu na do Chico Rei. Para os escravizados ganharem alimento, teriam que encher um buraco, chamado bucho, com ouro para entregar aos portugueses. Ele era levado às igrejas para fazer anjos, para enfeitar os altares, fazer detalhes na igreja e para a coroa portuguesa. Ouro Preto virou o centro de extração de ouro do Brasil. Nas minas, nós sentimos agonia, aflição e medo, pois nos colocamos nos lugares dos escravizados, os quais fizeram a mina do zero e não possuíam equipamentos de segurança. Além disso, também sentimos medo da mina desabar. Houve um momento muito interessante, no qual o Toninho (o dono da mina) explicou como funcionava o trabalho das minas e mostrou o barulho das ferramentas ao bater na pedra.
Feito por: Anne – Mina do Chico Rei
Quando fomos às igrejas, vimos que a madeira e a pedra-sabão foram utilizadas pelo clero para enfeitar e fazer monumentos para a cidade, por exemplo, as igrejas de Santa Efigênia, Pilar e as praças. A pedra-sabão nas praças foi basicamente para enfeitar, fazer pias, esculturas e as igrejas que visitamos utilizaram principalmente esses materiais. Em relação à madeira,
temos
portas,
janelas,
bancos,
que
detalhavam e depois pintavam tudo a mão, e temos também os anjos esculpidos na madeira e depois banhado a ouro, e dá a impressão que era esculpido no
ouro.
As
igrejas
também
foram
feitas
por
escravizados, e mesmo assim não poderiam entrar depois de prontas. Era uma explosão de sentimentos quando entravamos nas igrejas, sentíamos pressão, cansaço, confusos, pois mesmo sendo algo lindo também é algo triste, por causa das desigualdades, e do esforço que tiveram que fazer para construir as igrejas. Uma curiosidade sobre as igrejas é que seu processo de restauração exige muito silêncio e concentração,
pois as igrejas são monumentos
históricos e valiosos, se quebrar pode fazer igual, mas não vai ter a mesma importância. Quando fomos às igrejas, vimos que a maioria das obras de Aleijadinho foram feitas de pedra-sabão, pelo fato de este material não ser tão rígido, sendo, portanto, fácil de se esculpir. O Aleijadinho era filho de uma escravizada com um arquiteto português, era um homem livre. Esculturas, detalhes por fora das igrejas, para realizar a arte barroca eram os principais pontos para utilizá-la. A pedra-sabão ainda tem valor artístico, principalmente para as igrejas, e faz parte do comércio até hoje. Vimos que em Mariana e Ouro Preto é vendida no comércio local até hoje, é vendido esculturas de anjos, Cristo, e enfeites para as igrejas. No último dia, fomos conhecer a oficina de pedrasabão do Ediniz e para também ter uma experiência com ela. Cada criança fez uma escultura ou um desenho na pedra, e no processo de fazê-la sentimos felicidade e um pouco de impaciência, pois é muito legal de fazer, é bem demorado e trabalhoso.
Feito por: Ana Luiza – Escultura de madeira banhada a ouro (ao lado direito a madeira por dentro e ao lado esquerdo o ouro por fora)
Feito por: Eduardo - Igrejas
Feito por: Nina – O ouro nas igrejas
Feito por: Anne – Igreja de Santa Efigênia
Feito por Eduardo (desenho abaixo) e Ana Luiza (desenho acima) - Ferramentas utilizadas para esculpir em pedra-sabĂŁo
Feito por: Nina – Escultura de pedra-sabão
Fotos tiradas pelos integrantes do grupo sobre o nosso assunto: