VilLa Rica
Ouro Preto
Villa Rica – Ouro Preto Antonio Meirelles, Estela Cury, Laura Frias e Pedro Baggio Produto Final do Estudo de Campo Ouro Preto 2016 8º ano – Ciências,Geografia, História e História da Arte Escola Miró – Ribeirão Preto/SP
Villa Rica, 1705 Eu sou Pedro Francisco filho, tenho 12 anos e sou de Portugal. Venho de uma família com quatro pessoas. Minha mãe Francisca, meu pai Pedro Francisco e minha irmã mais nova, Francisca filha. Eu e a minha família temos opiniões diferentes, mas sou proibido de expressar publicamente o que acho. Meu pai tem uma quantidade de escravos incontáveis, eu acho isso muito errado, pois eles são torturados, e tratados
como objetos, o que é algo que nunca deveria acontecer.
Toda FamĂlia de Pedro Francisco. Incluindo parentes
Quando cheguei ao Brasil, fui morar em Villa Rica, uma cidade muito conhecida pelas pessoas.
Durante os anos fui percebendo que a cidade era cheia de escravos, sofrimentos e muitas outra coisas
ruins,
que
sรณ
aconteceram
para
conseguirem ouro e outras riquezas.
que
os
ricos
Instrumentos usados para torturar escravos
As igrejas dos ricos comandavam a cidade. E então eu comecei a questionar, por que a
igreja, que fala tanto de fé e compaixão, é quem comanda a vida das pessoas com tanto rigor e impiedade?
Até hoje só os padres e a Igreja podem interpretar a Bíblia do jeito que eles querem e é desse modo que eles passam para o povo. Eu não penso que isso seja certo, acredito que cada um tem que tirar suas próprias conclusões sobre a
Bíblia
e
acreditar
no
que
necessariamente no que a Igreja fala.
quiser,
não
Uma das igrejas da cidade
Também discordo do fato de terem igrejas exclusivas para brancos. Por que não é uma igreja só para todos? Igreja não é lugar de pedir perdão? Mas eles já estão pecando enquanto rezam, pelo fato de só ter brancos no local e ser proibida a entrada de negros?
Dentro de uma das igrejas de Villa Rica
Mas um problema hoje em dia são os escravos. Eles são pessoas igual como nós, por que são tratados como objeto? Meu pai, como disse antes, tem um número incontável de escravos e ele sempre os maltrata, fica bravo por qualquer coisa. Isso não é certo, ou é?
Os escravos trabalham o dia todo e quando vão para suas senzalas, dormem em pedras frias e desconfortáveis, enquanto meu pai dorme em camas macias e quentes.
Só espero que no futuro isso acabe de uma vez, e que não tenha mais estes problemas tão injustos. Pedro Francisco
Ouro Preto, 2016 Meu nome é Paula, tenho vinte anos e há exatamente três anos fui vítima de estupro. Isso
aconteceu
em
Ouro
Preto
no
ano
de
2012,
quando eu estava voltando do cinema, por volta das
dez
da
noite.
Dois
homens
me
abordaram
e
me
levaram para sua casa. Chegando, eles me doparam e me estupraram.
O machismo está presente na nossa vida todos os dias,
não
dá
para
negar.
Isso
acontece
no
trabalho, na rua, na faculdade, e em vários outros lugares. Hoje em dia a presença do machismo diminuiu muito,
eu confesso, mas nós mulheres, ainda nos sentimos incomodadas com isso.
Já
ouvi
várias
histórias
de
homens
casados
agredirem mulheres, cansei de ouvir essas coisas. Farei
uma
manifestação
contra
o
machismo
dia
13/08/2016.
Espero
que
você
compareça,
conseguirmos o que queremos.
vamos
lutar
até
Manifestação contra o machismo em Ouro Preto
Agora vou falar um pouco do governo. Eu acredito que governo nenhum tinha que ter pessoas corruptas envolvidas e, no caso de isso acontecer, tinham
que ser presas. A culpa não é apenas das pessoas que participam do governo, também é do povo, pois somos nós que os elegemos. Temos crianças passando
fome, famílias sem empregos, doentes sem condições de pagar um médico. É a hora de pensarmos bem em quem vamos eleger.
Confesso que já fui umas das que enganou o povo, mas estou cansada de ser assim. Saí do meu trabalho no governo e agora estou lutando contra a corrupção. Vamos pensar e tentar mudar isso, deixar o Brasil um pais digno para todos, independentemente da classe social.
Paula Coelho