Betel Brasileiro em Missão

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8 Nossa história

Índice 11 Entrevista

Instituição focada na ação missionária

Ronaldo Lidório

5 Palavra do presidente

48 Missões no sertão

Pr. Edmundo Jordão

nordestino

46 Missões entre os índios potiguaras

6 Crenças e valores:

uma carta de princípios

14 Betel Publicações:

compromisso com a missão

16 Educação teológica com ênfase missionária 20 O campo é o mundo

Ex-alunos betelinos em missões mundiais

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22 Missões na Europa

Portugal, Alemanha, Inglaterra e Sérvia

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52 Princípios básicos de

parceria estratégica

Em destaque

Dr. Samuel Escobar: Europa pós-cristã

30 Missões na Ásia

Japão e Índia

Reflexão

Dra. Barbara Burns: O papel da igreja em missões

53 Viagens missionárias

36 Missões nas Américas Equador, Paraguai, Bolívia, Peru e Estados Unidos 54 Passos práticos para o ministério da intercessão

56 O desafio de ser igreja missionária

Carta ao Leitor O Betel Brasileiro como instituição evangélica de educação teológica, voltada para o cumprimento da missão, está inserido na própria história do movimento missionário brasileiro. Fundado em 1935 por missionários estrangeiros e nacionalizado em 1968, está focado na proclamação do evangelho no Brasil e no mundo. Iniciou suas atividades com capacitação de liderança e evangelização no nordeste brasileiro e expandiu para plantação e desenvolvimento de igrejas, missões transculturais, publicações, escolas e obras sociais. A instituição continua a depender da soberana e graciosa provisão divina para sua manutenção e expansão, dia a dia, e continua no propósito de servir, de modo que suas áreas distintas de atividades permanecem como instrumentos de cooperação no reino de Deus. Em 2012, a Agência Missionária Betel Brasileiro completa 25 anos de organização. Está associada à Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB). Convidamos você a conhecer nossos missionários e frentes de ação nos diversos campos que atuam em parceria com agências missionárias nacionais e estrangeiras, igrejas locais e organizações para-eclesiásticas. Envolva-se no propósito sublime de vermos Cristo conhecido, amado e adorado entre os povos do mundo! A glorificação de Deus, por causa da sua misericórdia salvadora, é a razão da obra missionária. Betel Brasileiro em Missão Revista de informação institucional, setembro de 2012

Redação e Edição: Jornalista Cláudia Mércia Eller Miranda Apoio no contato com missionários: Rosário Aguiar


BETEL BRASILEIRO Missão

Formar discípulos de Cristo por meio do ensino da Escritura Sagrada, na dependência do Espírito Santo, com a visão missionária de alcançar as nações para o reino de Deus, desenvolvendo a obra educacional, missionária, eclesial e social no Brasil e no mundo. Sede: Rua Raul de Souza Costa, 790, Alto do Mateus João Pessoa (PB). Tel.: 0 (83) 3041.8111 E-mail: secretariageral@betelbrasileiro.com www.betelbrasileiro.com

Agência Missionária Betel Brasileiro (AMBB)

João Pessoa (Paraíba): agenciamissionaria@betelbrasileiro.com Tel.: 0 (83) 3041.8118; 3041.8130 Agência Missionária Betel Brasileiro é o setor que coordena e articula o trabalho missionário transcultural do Betel Brasileiro no despertamento, treinamento, envio e cuidado pastoral de missionários com vocação às missões transculturais, de qualquer denominação genuinamente evangélica que quiser se unir em parceria.

Presidente: Pr. Edmundo Jordão de Vasconcelos Neto 1º Vice-Presidente: Missionária Glícia Almeida F. Miranda 2º Vice-Presidente: Pr. José Alcione Pereira Pinto Primeiro Secretário: Pr. Jailson do Amaral Alves Segunda Secretária: Missionária Neide Gláucia M. Gontijo Primeiro Tesoureiro: João Batista do Amaral Neto Segundo Tesoureiro: Pr. Josué Alves da Rocha PROMIBB A Agência Missionária Betel Brasileiro coordena o Projeto Missionário (PROMIBB), que mobiliza, capacita e opera com uma equipe voluntária interdenominacional, nos meses de janeiro e julho, para levar apoio aos esforços de plantação e de desenvolvimento de igrejas em pequenas cidades e povoados do sertão nordestino.

AMBB – Setor de Expansão para as Américas ambbbrasilia@hotmail.com; www.ambbdf.org Tel.: 0 (61) 3032.6384 SHIN CA 9, Lote 9, Lago Norte Brasília (DF), CEP 71503-509

Coordenador: Pr. José Brito de Souza Secretária: Missionária Rosário Aguiar Tesoureiro: Pr. Ângelo Medeiros Área de Treinamento e Eventos: Missionária Vanessa Mota PROMIBB: Pr. José Brito Souza e Missionária Tânia Carvalho Equipe de Apoio: Pr. Renato Lima e Pr. Antônio Márcio Ayres

Coordenadores: Pr. Guarandy Nóbrega e Eva Rego Nóbrega Secretária e Tesoureira: Cristiana Pereira dos Santos Oliveira Equipe de Apoio: Pastores Alcy Ricardo, Antônio Edilson Ferreira, Benedito Queiroz, João Luiz da Rocha, Vilmar Rego Oliveira e missionária Valéria Barroso.

Atividades realizadas

Realizações

Secretaria • Mobilização missionária nas igrejas locais. • Organização, cooperação e participação em viagens missionárias. • Acompanhamento dos seminaristas estrangeiros, apoio logístico e mediação de estágio. • Intercâmbio transcultural recebendo estudantes alemães. • Palestras missionárias. • Conferências missionárias e Vigílias missionárias. • Representação nos eventos da AMTB.

• Viagens missionárias, de curto prazo, para abertura de novos campos e solidificação dos campos existentes: Equador, Paraguai, Bolívia, Peru e Estados Unidos. • Promoção de experiência transcultural com culturas diversas (Quechuas, por exemplo). • Preparo teológico para obreiros autóctones. • Assistência espiritual, psicológica e financeira aos missionários. • Conferências missionárias na igreja local.

Ações do cuidado integral com o missionário Assistência aos missionários da AMBB Assistência a missionários visitantes e/ou de missões parceiras Área de treinamento E EVENTOS Coordenação dos cursos de Capacitação Missionária, Capacitação Antropológica e outros. Coordenação da Reflexão Brasileira de Missiologia

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CORPO ADMINISTRATIVO

SEJA NOSSO PARCEIRO NA EVANGELIZAÇÃO MUNDIAL: • missionário • intercessor • mantenedor financeiro • integrante de viagens missionárias • promotor de missões


Palavra do presidente

Chamados para servir “Então, tomou Samuel uma pedra, e a pôs entre Instituto Bíblico Betel Brasileiro. A obra cresceu, expanMispa e Sem, e chamou o seu nome Ebenézer, e disse: diu-se, por meio de seminários teológicos e cursos de Até aqui nos ajudou o Senhor.” (1Sm 7.12). O profeta pós-graduação, plantação de igrejas, obras sociais, agênSamuel erigiu uma pedra que simbolizava um memocia missionária e envio de missionários a campos transrial e chamou-a de “Ebenézer”, que significa “pedra de culturais. Em 2002, a missionária Glícia Almeida assume ajuda”, por causa da grande vitória dada por Yahweh ao a presidência desta casa após a partida da missionária povo de Israel diante dos filisteus. Esse memorial era Lídia Almeida. Diante de desafios tremendos e expectaum testemunho de que o Senhor, o Deus Altíssimo, tivas expansionistas, a obra avança na dependência total interveio soberanamente do Espírito de Deus. Já esna vida e na história do seu truturada no Brasil e em vápovo eleito, por causa da rias nações, se solidifica e se sua aliança feita aos patriarestabelece como uma obra cas e para manifestar a sua aprovada por Deus diante glória. “Porque povo santo dos homens. és ao Senhor, teu Deus, o Em 2011, se inicia outra Senhor, teu Deus, te escoetapa na história da Instilheu para que lhe fosses o tuição, em nossa gestão. Fui seu povo próprio, (...). Ele aluno (1983-1986), pastor é o teu louvor e o teu Deus, ordenado e coordenador que te fez estas grandes e da área eclesiástica (1993temíveis coisas que os teus 2007) e vice-presidente olhos têm visto.” (Dt 7.6; (2002-2010). Atualmente, Pr. Edmundo Jordão de Vasconcelos Neto, presidente do Betel 10.21). A situação de Israel como presidente, me enBrasileiro, ao lado de sua esposa, Ana Maria Dias Jordão, era caótica, desesperadora, contro diante de desafios missionária e professora da Instituição mas houve uma intervenainda maiores de uma visão ção divina, da qual todos nós, em determinadas etapas missionária pautada pelo compromisso com “a glória das nossas vidas, necessitamos também. Muitas vezes de Cristo entre as nações”, do cumprimento da missão enfrentamos desafios e crises – situações que vão além integral da igreja e de um modelo de gestão instituciodas nossas forças e recursos naturais. É nesses momennal participativo, bíblico e contextualizado. Atuamos em tos que o poder e a mão invisível da Providência se três continentes: nas Américas (Brasil, Bolívia, Paraguai, estendem em nosso favor para nos dar vitória e para Peru, Equador, EUA), na Europa (Inglaterra, Sérvia, Porcumprir suas promessas. tugal, Alemanha), na Ásia (Japão, Índia) e, em parceria, Na história do Instituto Bíblico Betel Brasileiro, na África (Guiné-Bissau), na esperança de avançarmos isto não tem sido diferente. Há 77 anos (1935), esta cada vez mais, pois “ainda muitíssima terra ficou para se obra iniciou-se de maneira muito simples e quase possuir” (Js 13.1b). anônima na liderança das missionárias canadenses Hoje podemos, como Samuel, erigir uma pedra de Ernestine Horne e Doris Woodley, que deram suas viajuda: “Ebenézer”, e declarar cheios de gratidão e santo das como grão de trigo (Jo 12.24) e lançaram os funtemor: “Até aqui nos ajudou o Senhor”. Todos nós que damentos desta obra, a fim de cumprir o propósito fazemos parte da história desta obra nos sentimos honsoberano de Deus. rados por Deus e reafirmamos nosso compromisso de Em 1968, a missionária Lídia Almeida de Menezes é viver e servir a Deus para sua inteira glória. “Não a nós, levantada para uma nova etapa da edificação e estrutuSenhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor ração do Instituto Bíblico Betel, que passa a chamar-se da tua benignidade e da tua verdade.” (Sl 115.1).

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Crenças e valores Nossa carta de princípios Nossa carta de princípios Redigida pela profª Durvalina Bezerra, membro da Assembleia Diretiva da Instituição.

O

Betel Brasileiro é fruto da livre e poderosa ação do Espírito Santo em seu agir multifacetado para a glorificação de Deus. O Senhor, quando estabeleceu esta obra, certamente tinha propósitos, objetivos e um perfil peculiar para usá-la ao preparar vocacionados e realizar a obra missionária plantando e edificando igrejas. Ele falou a sua serva Lídia Almeida por meio das palavras registradas em Êxodo 34.10: Eis que faço uma aliança; diante de todo o teu povo, farei maravilhas que nunca se fizeram em toda a terra nem entre nação alguma, de maneira que todo esse povo, em cujo meio tu estás, veja a obra do Senhor, (...). Que tipo de aliança? Que maravilha é esta? Uma obra que se inicia com a vocação dada por Deus a uma mulher e se estabelece com a aceitação e rendição a esse chamamento, na região Nordeste do Brasil e numa época de ainda maior discriminação de gênero. – Ele tira força da fraqueza (2Co 12.9). Uma obra que começa com a evangelização no Sertão Nordestino e nas periferias e se firma pelo serviço aos menos alcançados. – Ele desperta a compaixão (Mt 9.36). Uma obra que se inicia com a educação cristã, aprimora-se no preparo bíblico teológico, se desenvolve em diferenciadas frentes de trabalho e cria variados órgãos, sem perder a identidade institucional. O Instituto Bíblico Betel Brasileiro é o guarda-chuva dos seminários, das igrejas, da agência missionária, da educação e ação social e do setor de publicações. – Ele confirma a obra de nossas mãos (Sl 90.17). Uma obra de fé que cumpre seu papel com as provisões da mão do Soberano Senhor. – Ele supre cada uma das necessidades (Fp 4.19). Uma obra que se consolida em sua base nordestina e alça vôos em diversas partes do Brasil e aos outros continentes. – Ele vai na frente abrindo os caminhos (Is 45.2). Uma obra que se levanta para cumprir a missão cristã, sem engessamento denominacional, abrindo oportunidades para mútua cooperação. – Ele é quem nos dá bom êxito (Ne 2.20).

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Uma obra que, ao passar dos anos, tem enfrentado modismos e ventos de doutrinas, mas tem permanecido fiel à Palavra. – Ele é quem nos habilita para a pregação da Palavra (2Tm 2.15; 4.2). Uma obra que, entre outros fatos, vai na frente do seu tempo, na liderança feminina, nas iniciativas missionárias e no exercício da missão integral. – Ele faz prevalecer seus propósitos (Is 14.27). Uma obra que congrega pessoas de variadas denominações, culturas e níveis de formação acadêmica e procura manter a comunhão cristã. – Ele nos une pelo vínculo do amor, para que todos sejam um, para que o mundo creia (Cl 3.14; Jo 17.21). Uma obra que não se desvia do alvo de glorificar a Deus nas pequenas e simples realizações e nos grandes empreendimentos. – Ele em tudo é glorificado! (Rm 11.36). Um grande desafio para a Instituição é não perder sua identidade e a razão para a qual o Senhor a estabeleceu. Somos sempre assediados pelos modelos e valores mundanos e pela insatisfação da natureza carnal. Para não cairmos nesses laços, precisamos nos certificar dos nossos valores, entender nossa identidade e buscar as virtudes necessárias para manter nossa filosofia de trabalho: Cultura de dependência de Deus. – Nossas competências e habilidades devem estar submetidas à ação do Espírito Santo. Devemos depender de Deus para agir na prática ministerial, para seguir a direção que o Espírito deseja dar à obra que colocou em nossas mãos, para decidir acerca da vida familiar e da nossa subsistência. Devemos permitir que o Soberano dê os contornos da nossa vida pessoal e ministerial e obedecer-lhe em tudo (Fl 2.5-8; At 20.24). Duas virtudes são necessárias para mantermos essa postura: humildade e obediência. Cultura da abnegação. – Servir doando-se a si mesmo pelo bem comum, em espírito de cooperação e solidariedade. O coração voluntário faz servir desprendidamente, sem buscar interesses pessoais nem vantagens terrenas, fazendo tudo por causa do Amor e motivado


exclusivamente por Ele, compadecendo-se do pobre e do necessitado, com desejo supremo de tornar concreto o amor divino (2Co 5.14; 1Co 13). O dom e virtude imprescindível à cultura da abnegação é o amor. Cultura da formação. – Possibilitar e acompanhar o crescimento espiritual, social e cultural dos betelinos. Nossa marca é a ênfase na formação do caráter de Cristo na vida de cada um (Gl 4.19; Cl 2.6-7). Nem a imaturidade nem a ignorância espiritual nem o analfabetismo bíblico condizem com a nossa cultura, porque a prática da Verdade e a interação da Palavra escrita com a Palavra vivida é que produzem o comportamento e estilo de vida segundo o padrão bíblico e a ética cristã. SER discípulo de Jesus Cristo e VIVER como ele viveu é o modelo encarnacional do cristianismo autêntico (Fp 4.9; Cl 1.910; At 20.18). Uma atitude indispensável para alcançarmos essa meta é o compromisso.

salvos e a expansão do reino de Deus na expressão de uma igreja saudável (Mt 28.18-20; 1Ts 1.5-7), usando diversificadas estratégias e formas de cumprir a missão, contextualizando o evangelho em cada cultura de modo relevante. Sem medir esforços, prontos até ao sacrifício, provou ter o espírito missionário e desbravador. No compromisso de cumprir a missão integral, antes mesmo do Pacto de Lausanne, o Betel Brasileiro chega às cidades, vilas e aldeias, para fundar escolas, centro de apoio a comunidades carentes, programa de alfabetização de adultos, procurando causar transformação (Mt 25.31-46), promovendo “o evangelho todo para o homem todo e para todos os homens.” Uma postura necessária: consciência da missão de Deus (missio Dei).

Cultura do compromisso com a Verdade divina no estudo, na pregação e no ensino da Escritura Sagrada. – O conhecimento profundo e substancial da Bíblia tem que ser relevanCultura da unidade. te em nossa dinâmica de – Respeitar as diferenças trabalho. Como o escriba denominacionais, as diEsdras, devemos possuir a versidades culturais e esdisposição para buscar, estruturais e aceitar opiniões tudar, cumprir e ensinar a divergentes. O Senhor JePalavra de Deus (Ed 7.10). sus veio estabelecer a sua Devemos firmar o comigreja – pessoas remidas promisso de ser fiéis a toda pelo seu sangue, criadas revelação escriturística e de novo pelo agir renovaensinar todo o desígnio de dor do Espírito Santo. Só a Deus (At 20.20, 27; 2Tm confissão consciente dessa 4.1-2), ler diversos tipos de verdade e uma postura que literatura e periódicos para valoriza a fraternidade e a Capela na sede do Betel Brasileiro acompanhar o desenvolviconvivência da família crismento cultural de nossa época, conhecer os princípios tã tornam-nos capazes de quebrar as barreiras e superar de interpretação bíblica para fazer uma exegese pura da as diferenças. Saber priorizar: o Organismo vivo antes Verdade, e não abrir mão da meditação diária, apeganda organização humana, o Reino de Deus antes do reino do-nos ao texto com amor e zelo (Js 1.8). Este é nosso dos homens, a unidade do Corpo de Cristo antes das compromisso assumido com a Verdade bíblica como demandas externas de usos e costumes – procurar ser regra de fé e conduta. um com Cristo, cabeça da Igreja, como ele é um com o Cultura da operosidade da Fé. – Cristianismo é a Pai (Jo 17.11, 20-23). Uma posição indispensável para seguirmos essa meta é ter a visão da igreja como Corpo prática da fé em Cristo Jesus, é a maneira de viver o que confessamos, é a coragem de posicionar-nos diante dos de Cristo e expressão do reino de Deus. desafios da pós-modernidade e das vicissitudes da vida, a Cultura da responsabilidade com a evangelização posse das promessas de Deus para a vida pessoal e comumundial e com o exercício da missão integral da igrenitária, a expressão da fé em obras e ações e a validação ja. – A Grande Comissão sempre foi o lema ideal, o obdas verdades divinas nas fraquezas e necessidades hujetivo da nossa mais alta aspiração e a ação consistente manas (Tg 1.5-8; 2.7-18). Para cumprirmos a cultura da do Betel Brasileiro, uma das poucas escolas do mundo operosidade da Fé, é necessário possuir uma fé prática. que conseguiu unir o corpo administrativo, o corpo Cultura da oração. – Ter a oração como disciplina docente e o corpo discente na tarefa da evangelização em comunidades carentes e grandes centros, dentro e espiritual e prática prioritária da vida cristã, desenvolfora do Brasil. Envidou tal esforço sempre em busca do ver modelos e programas de oração comunitária e nos perdido, no cumprimento de fazer discípulos de todas envolver com os movimentos de oração ao redor do as nações e estabelecer a plantação de igrejas, que pos- mundo (1Ts 5.17; Mt 26.41). Atitude necessária: desensibilitasse a comunhão dos irmãos, o crescimento dos volver um espírito de oração.

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Nossa história

Instituição focada na ação missionária Síntese cronológica de alguns marcos memoráveis, dentre outros que fazem a trajetória betelina

1935 a 1968 Instituto Bíblico Betel (mantido pela missão estrangeira UESA – União Evangélica Sul-Americana) capacita jovens nordestinas para os ministérios da igreja local. Destacam-se nesse período as missionárias Nellie Ernestine Horne e Doris Woodley. 1969 A instituição passa a ser Betel Brasileiro, com liderança nacional, presidida pela ex-aluna e professora Lídia Almeida de Menezes, tendo recebido apoio das missionárias Ernestine Horne, Doris Woodley e Dorcas Barros e de diversos pastores, entre os quais, Jônatas Ferreira Catão, Rosivaldo de Araújo, Enéas Tognini. 1969 Diretoria, professoras e alunas realizam Avanço Missionário, prática mantida pelo Betel até hoje, proclamando o evangelho em periferias de João Pessoa e no sertão nordestino. 1972 Aulas de missões ministradas por Leslie Brierley, pesquisador da WEC Internacional, marcam o início da inclusão da Missiologia no currículo do Seminário Teológico Betel Brasileiro. Desde então, o Centro Acadêmico de Missões (CENAM) se tornou um diferencial na educação teológica betelina. 1972 Betel Brasileiro envia a primeira missionária ao povo potiguara: Dolores Amaral. 1974 A ex-aluna paraibana Ivonete Freire é enviada a Guiné-Bissau, tendo sido a primeira missionária enviada pela Missão AMEM. 1978 Claudicéa Silveira é enviada a Portugal pelo Betel Brasileiro para trabalhar com ciganos, a convite de líderes nacionais. 1980 A peruana quechua Raquel Yupanqui vem estudar no Betel Brasileiro. A partir dela, cerca de 56 estrangeiros vindos de 14 países se formaram no seminário betelino.

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1981 e 1982 As ex-alunas Zilda Spíndola, Acsa Priscila, Miriã Mourão, Maria Anunciada e Sônia Lígia são enviadas pelo Betel Brasileiro a Portugal, a convite de igrejas nacionais. 1982 Nasce a Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB) como um fórum de cooperação interdenominacional na obra missionária. Lídia Almeida de Menezes, presidente do Betel Brasileiro, esteve presente aos diversos encontros formadores desse espírito de cooperação nos anos anteriores, que culminaram na organização oficial da AMTB e, anualmente, se deslocava do Nordeste para participar das conferências e assembléias desta associação que geralmente eram realizadas no Sudeste do país. 1983 Betel Brasileiro oferece o primeiro curso intensivo de Missões Transculturais no Brasil, coordenado pela Dra. Barbara Burns e ministrado por diversos líderes de missões aos alunos betelinos (turno da manhã) e a pastores e líderes (turno da noite). 1984

Fundado o Betel Português, com o apoio dos pastores portugueses Baltazar Gomes Lopes e Joaquim Pereira Oliveira, do ancião José Augusto Pontes, entre outros irmãos nacionais.

1985 Envio da missionária Durvalina Bezerra para especialização em Missiologia na Austrália, com bolsa de estudo doada pela WEC (Missão AMEM no Brasil). 1987 Organizada a Agência Missionária Betel Brasileiro. Mesmo já preparando e enviando missionários, só nessa data a Instituição formalizou a estrutura de envio. A Profª Durvalina Bezerra contribuiu na elaboração funcional da Agência, juntamente com o Pr. Acácio, sob a liderança da Profª Lídia Almeida de Menezes. 1988 Fundação do Betel Alemão, com a efetiva contribuição da missionária alemã, Christina Wolpert.


Alguns visitantes ilustres enfatizam o compromisso missionário:

1988 Primeira Conferência Missionária Betel Brasileiro, seguida de outras, trazem à Paraíba destacados nomes em missões mundiais e causam impacto regional na mobilização e no envio de missionários. Em algumas dessas conferências, o programa é partilhado com a AMTB (Associação de Missões Transculturais Brasileiras) e APMB (Associação de Professores de Missões Brasileira) para realização de suas consultas.

O Betel Brasileiro sente-se honrado em receber, em 1985, a visita do fundador da missão A Voz dos Mártires, Rev. Richard Wurmbrand e sua esposa, Sabina.

1989 Avanço Missionário para a América do Sul, organizado pela Profª Durvalina Bezerra e Pr. Teófanes Viana, com sete concluintes do curso de Teologia com ênfase em Missiologia.

O diretor do All Nations Christian College, David Halley, visita o Betel Brasileiro em 1993.

1990

A missionária Rosângela Maia é enviada à Alemanha, onde permaneceu 14 anos, cooperando com diversas igrejas em Tuttilingen.

1992 Em parceria com a Missão Horizontes, a missionária Maria Helena Gonçalves Aguiar é enviada à Espanha; trabalhou durante sete anos, servindo em igrejas locais e cooperando com o Betel Português 1992 Uma base betelina foi organizada no Reino Unido, sob a liderança da missionária Maria Anunciada, com o apoio de Boyd Williams, John Silk, Les e Pilar Norman, entre outros irmãos ingleses. 1994 O casal Pr. Rogério Moreira e missionária Marlinda é enviado à Alemanha. 1995 A ex-aluna Profª Durvalina Bezerra preside a AMTB (Associação de Missões Transculturais Brasileiras). Em 1998 e 2004, preside a APMB (Associação de Professores de Missões Brasileira).

Em 1990, o professor Don McCurry visita o Betel Brasileiro e ministra um seminário sobre evangelização de muçulmanos.

Robert Harvey e Patrick Johnstone no Betel Brasileiro, em 1994, ao lado da Profª Lídia Almeida. Patrick Johnstone, pesquisador internacional de missões da WEC, após ministrar ao público da nossa V Conferência Missionária, declarou: “Destaco o Betel Brasileiro como uma escola que centraliza a obra missionária não apenas em seu currículo mas em todas as suas atividades.” O reverendo William Bannister Forsyth, líder da missão UESA (hoje Latin Link) e professor de teologia, tendo exercido longo ministério em nosso país, de 1928 a 1974, visitou o Betel Brasileiro no ano 2000 e partilhou com os seminaristas sua experiência quase centenária.

1997 A missionária Márcia Ferrari é enviada a Portugal. 1997 Agência Missionária Betel Brasileiro realiza Avanço Missionário em cidades de Portugal e Espanha. 1998 Plantação de igrejas no Equador, com os obreiros nacionais Manuel Jesús Solis e Ylna Escobar e com a missionária Ivete Franco que já trabalhava ali 1999 Fundação do Betel Japonês, a partir da Igreja Evangélica de Suzuka, com a cooperação efetiva do casal Rosa Massahe e Hiroshi Kokubo e da missionária Luci Vasquez Vidal. 2001 Extensão do Seminário Teológico Betel Brasileiro em Junco do Seridó (PB), para formação de obreiros sertanejos. 2002 Os missionários Clóvis Ricardo e Eva Dias são enviados ao Japão para trabalhar na estruturação de igrejas, na plantação de novas igrejas e na educação teológica.

Bertil Ekström, diretor executivo da Comissão de Missões da Aliança Evangélica Mundial, ao visitar a sede do Betel Brasileiro, em 2009, reafirmou aos seminaristas considerações a respeito das iniciativas pioneiras da Instituição no movimento missionário brasileiro: “Lídia Almeida está ao lado de outros líderes nacionais que surgiram como portadores de uma visão missionária, dando início a estruturas nacionais de treinamento e envio de missionários.” Na foto, Bertil é o segundo à esquerda, ladeado pelos pastores Edmundo Jordão e Alcione Pinto e pela professora Glícia Almeida.

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Coordenadores da Agência Missionária Betel Brasileiro em 25 anos: (1987) Pr. Antônio Acácio Morais (1988-1991) Profª Durvalina Bezerra (1992) Dr. Oscar e Isabel Mota (1993) Missionária Luci Vasquez Vidal (1994) Missionária Mísia Carvalho (1995-1996) Missionária Abigail Noádia (1997-2007) Missionária Geralda Vieira da Silva (2007-2011) Pr. José Alcione (2012) Pr. José Brito de Souza 2003 e 2010 Realizados pela presidente Glícia Almeida, em Braga (Portugal), o IV e V Encontro de Obreiros Betelinos Transculturais. Os anteriores ocorreram em 1989, 1995 e 1998, liderados pela presidente Lídia Almeida de Menezes. 2005 Alunos do Curso de Preparo Missionário Transcultural, coordenados pela AMBB, realizam Avanço Missionário em cidades do Equador e do Peru. 2006 Agência Missionária Betel Brasileiro realiza o primeiro Avanço Missionário em Guiné-Bissau, coordenado pelas missionárias Geralda Vieira e Helena Gonçalves. 2008 Firmada em Calcutá, na Índia, uma parceria com a missão Harvest Today, fundada e presidida pela ex-aluna Ana Sarkar. 2008 AMBB realiza uma conferência missionária infantil, coordenada pela missionária Rosário Aguiar: reúne e hospeda, durante três dias, 183 crianças paraibanas de diversas denominações. 2008 Missões na República da Sérvia (com sérvios, húngaros e ciganos) – Pr. Manoel e missionária Claudicéa Ayala evangelizam e apoiam pastores locais, no treinamento de novos obreiros e em projetos de missão integral. 2009 Missões em Assunção, Paraguai, sob a coordenação da missionária Eva Rego Nóbrega.

2009 Os pastores Edmundo Jordão e José Sobrinho e o advogado Willemberg Andrade visitam a missão Harvest Today, na Índia, e o Betel Alemão. 2009 a 2010 Parceria com a AME (Associação Missão Esperança) na educação teológica em Timor-Leste, focada no preparo de obreiros em um dos países mais carentes da Ásia. 2010 Agência Missionária Betel Brasileiro cria SETOR DE EXPANSÃO PARA AS AMÉRICAS, administrado na base betelina no Distrito Federal, sob a coordenação do Pr. Guarandy Nóbrega e da missionária Eva Rego Nóbrega. 2010 AMBB realiza a Reflexão Brasileira de Missiologia, com o tema “O cristão e a missão”. 2010 Segundo Avanço Missionário em Guiné-Bissau, coordenado pela Profª Luciene Sousa e Pr. Neto. 2010 Avanço Missionário em Santa Cruz de La Sierra (Bolívia), organizado pela AMBB – Setor de expansão para as Américas. 2011 AMBB realiza missões no Peru. Com o apoio do Betel Japonês, o pastor Carlos Seclén é enviado a Chiclayo, norte do país. Iniciado apoio ao obreiro Eulálio Calderón e a comunidades evangélicas quechuas no distrito de Inkawasi, na Cordilheira dos Andes. É também firmado apoio ao trabalho desenvolvido pela ex-aluna Raquel Yupanqui e seu esposo, Pr. Máximo Candia, na região de Ayacucho (no sul do país), tendo sido enviada, em 2012, a missionária Edileuza da Conceição. 2012 Pr. Edmundo Jordão, presidente do Betel Brasileiro, com uma equipe de apoio pastoral, visita os campos do Equador e do Peru. 2012 AMBB realiza a Reflexão Brasileira de Missiologia, com o tema “A igreja, o evangelho e a missão”. O evento comemora os 25 anos de estruturação da Agência Missionária Betel Brasileiro.

Homenagem especial A missionária Geralda Vieira da Silva, natural do sertão da Paraíba, atuou no Betel Português durante sete anos. A seguir, de 1997 a 2007, coordenou a Agência Missionária Betel Brasileiro, identificando-se inteiramente com a causa e com os obreiros, visitando-os, aconselhando-os e contatando mantenedores. Iniciou o Curso de Treinamento Missionário Transcultural (CPMT). Liderou equipes missionárias em estágios transculturais: na Espanha e Portugal (1997), no Equador e Peru (2005) e na Guiné-Bissau (2006). Realizou conferências missionárias. Mobilizou e liderou equipes em projetos evangelísticos de férias no sertão nordestino (PROMIBB). Visitou dezenas de igrejas com programação de despertamento missionário. Teve a colaboração da missionária Maria Helena Gonçalves Aguiar.

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Nesta foto de 1989, em um momento de culto na capela do Betel Brasileiro, Geralda Vieira é enviada ao campo de Portugal


Entrevista Ronaldo Lidório

Desafios missionários no século XXI “Qualquer visão menor que o mundo não é visão de Deus”

Ronaldo Lidório é pastor presbiteriano, membro da Agência Presbiteriana de Missões Transculturais e da Missão AMEM. Atuou, durante nove anos, como plantador de igrejas e tradutor do Novo Testamento Limonkpeln junto ao povo Konkomba-Bimonkpeln, em Gana, África. Atualmente, faz parte da equipe Amanajé, na Amazônia brasileira, atuando entre as populações indígenas na evangelização de grupos não alcançados e no desenvolvimento de projetos sociais. Coordena o Instituto Antropos e é consultor de agências missionárias nas áreas de Missiologia e Culturalidade. É formado em Teologia, habilitado em Missiologia e pós-graduado em Antropologia. Autor de catorze livros, dentre eles, Plantando igrejas e Antropologia missionária. Casado com Rossana e pai de dois filhos: Vivianne e Ronaldo Jr. Esta primorosa entrevista de Ronaldo Lidório, concedida à missionária Adriana Urban, para sair na revista Raio de Luz, agora vem a público para nossa edificação e inspiração. Como você define missão?

Missão é um movimento salvífico e kerygmático, que parte do coração e da volição de Deus, revelado nas Escrituras, onde o Evangelho é prometido, no Messias, a todas as pessoas de todos os povos espalhados pelo mundo. Portanto, é um movimento de Deus. Eu poderia dizer que tem como principais elementos: 1. O sacrifício do Cordeiro, o qual “(...) com o seu sangue resgatou para Deus homens que procedem de toda língua, tribo, povo e nação”; 2. O dunamis do Espírito derramado sobre a igreja em Atos, o qual a capacita a comunicar esta Palavra revelada; 3. O amor do Pai, que, a cada dia, tenta nos dizer que uma alma vale mais que o mundo inteiro; 4. A ação da igreja como comunidade propagadora desta mensagem que salva todo aquele que crê. O cerne da obra missionária, portanto, não é a visão do mundo, mas sim a ação de Deus.

Como vê a diferença entre o que se fala e o que se faz sobre missões na igreja hoje?

A igreja, de forma geral, tem entendido bem os princípios bíblicos que motivam a ação missionária. Isto é extremamente positivo. Atualmente, já se entende que é preciso

falar de Cristo tanto perto quanto longe, que a prioridade da igreja deve ser a prioridade de Deus e que a igreja é também uma comunidade funcional – precisa fazer diferença na Terra. Entretanto, ainda há um caminho para andar. Ainda vemos a força missionária brasileira muito aquém do seu potencial; percebemos que o processo de cooperação entre denominações e agências missionárias, em áreas com fortes barreiras ao Evangelho, ainda é muito lento e há uma gritante necessidade de entendermos que o caráter é mais importante que a habilidade. Isto, porque a grande parte dos problemas missionários que temos, dentro ou fora do campo, surge a partir de uma vida distante de Deus e não da falta de conhecimento acadêmico.

A igreja brasileira é de fato um celeiro missionário? Se isto é verdade, quais as implicações disso?

Não creio que sejamos ainda um celeiro missionário para o mundo. A visão e a seriedade missionária crescem em nossas igrejas – e louvamos a Deus por isto – mas há barreiras interferindo em nosso esforço de nos tornarmos uma nação tipicamente missionária. Vou citar apenas três:

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a) Vivemos no Brasil uma tendência eclesiástica de enfaComo você entende a batalha espiritual em tizar mais o ministério humano do que a glória de Deus missões? – o que obscurece nossa real motivação para a missão. b) O capítulo dois de Efésios ensina-nos que, na nossa camiTemos vivido um cristianismo mais contemplativo do que nhada cristã, lutamos com o mundo, com a nossa própria prático. Para que isto mude, se faz necessário um chamacarne e com o diabo, que recebe ali o título de “príncido ao compromisso e não apenas ao pe da potestade do ar”. A batalha contra conhecimento. c) Pastores locais não as forças espirituais, portanto, é apenas pregam muito sobre a missão. Vejo a “Não devemos definir parte da guerra, pois nem tudo é demoimportância do testemunho missionáníaco. Assim sendo, precisamos, antes a ação missionária rio, das conferências anuais com prelede tudo, de muito discernimento espiritores especiais, dos powerpoints e filmes tual na obra missionária para se perceem termos de apresentados e também do momento ber a diferença entre os desafios e embaresultados, mas sim informativo e das ofertas. Entretanto, tes com a carne, mundo e diabo. Tendo a igreja brasileira não será um celeiro de fidelidade” isto em mente, podemos ver que, como missionário para o mundo, até que os a expansão da igreja de Cristo na Terra é pastores locais passem a expor o que a visão de Deus, o diabo fará tudo quanto Palavra diz sobre a visão de Deus para puder para tentar enfraquecer esta exSeu povo na terra. pansão ou distorcê-la. Para que isto aconteça, é neces-

Qual o fator determinante para a igreja realizar missões e o que impede essa ação?

Conheço uma pequena igreja entre a tribo bassari no Togo (África) que se decidiu a viver como Jesus. Passaram a dar ênfase à oração, à santidade de vida e priorizar o que é importante para Deus, especialmente a comunhão e o louvor. Em pouco tempo, sentiram-se atraídos por outra grande aldeia bassari, onde não havia nenhum convertido. Em um dos cultos, dois homens foram despertados pelo Senhor e decidiram-se a mudar para lá. A igreja comprometeu-se com eles. Após três anos, aquela aldeia estava toda rendida aos pés de Jesus. Até onde sei, isto é algo único no oeste africano. Aquela comunidade, mesmo sem utilizar o termo “missões” em sua própria língua, era uma comunidade missionária. Ou seja, o fator determinante para se cumprir a missão é o mesmo para se cumprir qualquer outro mandamento bíblico: estar submisso a Deus e colocar a mão no arado.

Você certa vez afirmou: “Não creio em um despertamento missionário sem quebrantamento espiritual.” Que isso significa?

Cumprir a missão é cumprir um mandamento bíblico. Sem dúvida, não conseguiremos cumpri-lo sem submissão ao Senhor. Os grandes movimentos missionários na história, como a Igreja Nestoriana no oriente e a Moraviana no ocidente, passaram um quebrantamento espiritual que os levou a desejar viver como Jesus, antes de serem impactados por uma profunda compaixão pelo mundo perdido. E quando chegou o momento, aqueles homens e mulheres estavam dispostos a viver e morrer por Ele. Afirmou o Conde Zinzendorf: “Só tenho uma paixão: Ele.” Não podemos divorciar nosso apelo missionário de uma pregação por santidade de vida. Creio que teólogos e missiólogos nos indicarão o caminho, mas apenas uma igreja cheia do Espírito Santo alcançará o mundo que não conhece Cristo.

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sário que ele trabalhe especialmente na fonte da agência que propaga a mensagem: a Igreja. Temos a tendência de crer que as manifestações sobrenaturais diabólicas formam a linha de frente no seu ataque à igreja. Mas há o ataque sutil que destrói a autoestima, gera conflitos de liderança, corrompe o relacionamento do casal, fomenta a mentira, incita o suborno e enche a mente do que não edifica. Ataques como estes podem devastar uma família, igreja ou equipe na frente missionária sem grandes alardes. Na vida cristã, é preciso renovar cada dia nosso compromisso com Deus.

Até que ponto as estratégias de crescimento e alcance podem determinar os resultados do trabalho missionário?

As estratégias de alcance fazem parte da nossa responsabilidade cristã. Não garantem, porém, um bom resultado visto que, tanto na obra missionária como na vida cristã, precisamos da graça de Deus para que algo bom e novo aconteça. Podemos plantar e regar, mas o crescimento vem do Senhor. Ele usa tanto a eloquência de Paulo como o coração apaixonado de Pedro. É preciso também lembrar que não devemos definir a ação missionária em termos de resultados, mas sim de fidelidade. Ou seja, somos tomados positivamente pelo desejo inerente de ver a obra avançar, a Igreja crescer e pessoas se renderem ao Senhor Jesus. Contudo, somos chamados primariamente para uma vida bíblica, que cumpre a vontade de Deus e vive para a Sua glória. E muitos viveram assim sem colher os frutos do seu trabalho.

Como a globalização afeta a igreja e sua tarefa de fazer missões?

Eu diria que a globalização influencia a obra missionária em alguns aspectos: 1. Temos maior acesso à informação. Isto contribui muito para as pesquisas missionárias. Assim já sabemos quem são os pouco ou não alcançados e onde eles vivem.


2. O mundo ganhou maior mobilidade social. Desta forma, podemos encontrar centros urbanos, como Dakar com mais de 200 etnias representadas. A isto podemos chamar de “caldeirão étnico” com grandes oportunidades de evangelização. A atual tendência populacional será a concentração étnica em grandes centros urbanos – o que mudará nosso foco nas próximas décadas. 3. Os missionários passaram a se locomover entre os ministérios e campos com mais rapidez. Em Gana (África), os missionários da primeira geração (década de 1940) trouxeram seus caixões consigo, em navio, quando aportaram no país. Planejavam viver e morrer ali. Hoje o missionário tende a trabalhar mais em equipes e passar em média, não mais de quatro ou cinco anos em cada campo. 4. Mesmo em grupos tradicionais isolados, há crescente interesse pelo mundo exterior. Assim o ensino do inglês, por exemplo, como língua global pode abrir portas para o Evangelho em países islâmicos. 5. A Internet levantou uma grande expectativa no processo de evangelização em países ainda fechados, especialmente por meio das redes sociais globais. Entretanto, pela própria estrutura aberta e vasta, tem sido difícil usá-la como um instrumento preciso, e ainda há muitas limitações. 6. Mas há também influências negativas, como a massificação, o culto à personalidade, a atração por quaisquer métodos (bíblicos ou não) que atraiam grande público e o início de uma era em que o pastoreio individual do crente perde espaço. É preciso cautela.

O que é ser uma “igreja visionária”?

O desafio que temos pela frente, na tentativa santa de conciliar nossa teologia com a vida da igreja, será único em sua condição histórica e nas implicações no Reino de Deus. Necessitamos ser uma igreja visionária que traduza sua teologia perante uma realidade contemporânea, uma igreja que busque ser cheia do Espírito, tremendamente inconformada com o mundo, que viva os valores do Reino e aceite o desafio de ultrapassar barreiras para fazer o nome de Jesus conhecido entre todas as nações. Uma igreja visionária é aquela que põe as mãos no arado e ara a terra.

Como o conhecimento de Deus influencia a atitude dos redimidos para com os perdidos e povos não-alcançados?

Quando nos achegamos a Deus, passamos a experimentar mais da visão de Deus em nossa vida, a partir de coisas simples, desde o relacionamento com os filhos em casa até à forma com que nos comunicamos na rua. Andar com Jesus é imprimir em nós o Seu caráter. E esta é a caminhada cristã. Sabemos que a pregação do Evangelho ao mundo perdido é uma prioridade no coração do Senhor. Ele mesmo afirmou que o campo é o mundo e que nós somos a luz do mundo. Portanto, qualquer visão menor que o mundo não é visão de Deus.

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BETEL PUBLICAÇÕES

Betel Publicações, um dos segmentos do Betel Brasileiro, é responsável pela edição, publicação, impressão e distribuição de literatura que visa auxiliar o estudo das Escrituras em diversos aspectos da vida cristã e ministerial: doutrina, devocional, aconselhamento, biografias, evangelismo, liderança e família. É coordenado pela jornalista Cláudia Mércia Eller Miranda, que editou, durante doze anos, a Revista Raio de Luz. Na sede da Instituição, localizada à Rua Rev. Raul de Souza Costa, 790, Alto do Mateus, João Pessoa (PB), funcionam o departamento editorial, vendas e expedição. Acesse o site www.betelpublicacoes.com.br; conheça e adquira nossa literatura. Você também pode comprar nossos livros com descontos especiais para revendê-los. Entre em contato com a nossa gerente de vendas, missionária Neires Marcklane.

A missão do povo de Deus

Uma teologia bíblica da missão da igreja. Estudo bíblico primoroso sobre missões, ao mesmo tempo em que trata de questões práticas relacionadas à ação da igreja no mundo de hoje. “Chris Wright demonstra que o tema da missão de Deus e de seu povo é a linha saliente e inconfundível que entrelaça o tapete bordado de toda a Escritura. Ao fazer isso, ele nos proporciona uma afirmação retumbante de que é responsabilidade de toda a igreja dar testemunho de Cristo e de seu reino em cada área geográfica do mundo e em cada esfera da sociedade.” (Lindsay Brown, Diretor Internacional do Movimento de Lausanne para a Evangelização do Mundo)

Missões brasileiras em resposta ao clamor do mundo

Um manual missionário com fundamentação bíblica de missões, os quatro pilares da obra missionária (despertamento, capacitação, envio e cuidado) e experiências de obreiros transculturais. 14

Perspectivas do cuidado missionário

Conteúdo baseado na vida e no ministério de pessoas que caminham com missionários em suas lutas e desafios. Ajudará as igrejas a compreenderem melhor seus missionários e oferecer a eles um cuidado especializado, incentivando a perseverança.

Série Semeadores: Biografias missionárias

“Biografias missionárias sempre me atraíram, especialmente quando os relatos revelam o poder de Deus fora do comum. Pelas histórias de missionários, Deus chama jovens para ajuntarem-se aos poucos trabalhadores da seara, tão extensa e necessitada. Acredito que este livro de testemunhos não será uma exceção. Quero destacar que os personagens escolhidos são pessoas que semearam a Palavra e colheram muitos frutos para a glória do Senhor. Frutos têm sementes, que continuam gerando mais frutos e sementes até a volta de Jesus.” (Dr. Russell Shedd).


um selo editorial comprometido com a missão Fragilidade e força

Reflexão teológica: Revista de estudos e pesquisas em Teologia e Missões

Obra atual e imprescindível a todas as mulheres envolvidas no ministério cristão.

Missão integral

O evangelho alcança o homem no seu todo: corpo, alma e espírito; vida devocional, vida social e vida profissional. Este livro nos convida a refletirmos na teologia da integridade do evangelho de Cristo.

A missiologia amplia e clarifica os pressupostos da teologia, porque nos torna capazes de perceber o alvo da comunicação divina e nos reporta à responsabilidade da igreja em cumprir a missão de fazer Deus conhecido por todos os povos.

o u t r o s títulos A verdade sobre a mentira e a mentira sobre a verdade

A prioridade da Escritura não menospreza a razão e a experiência, mas as coloca em seu legítimo lugar, na vida cristã.

Fé e coragem

Uma coletânea de mensagens, testemunhos, sermões esboçados e entrevistas de Lídia Almeida de Menezes, fundadora do Betel Brasileiro. Inspirações para refletir na vida cristã e no compromisso missionário.

Fale, mulher

Dra. Joyce Every-Clayton contextualiza a narrativa bíblica, trazendo para os nossos dias suas personagens e as circunstâncias que as envolveram.

Manual dos grupos familiares

“Ao longo de vinte e oito anos, temos usufruído bênçãos singulares geradas pelo trabalho efetivo das células que formam o Corpo de Cristo.” Os grupos familiares evangelizam, exercem o discipulado e a hospitalidade; fomentam a comunhão na igreja e têm sido instrumentos de

valorização e fortalecimento das famílias. Este manual é fruto de uma prática bem sucedida na Assembleia de Deus em Santa Rita (PB), hoje coordenando cerca de quatrocentos grupos familiares.

Melhor do que o ouro

Estas meditações foram escritas com o objetivo de nos encorajar a rever e reassumir nosso compromisso com o Senhor Jesus, mesmo que isso implique uma séria reformulação dos nossos valores e hábitos. Você pode usá-las como guia para seu tempo devocional durante um mês. Se desejar, partilhe estes textos com alguém que você está discipulando ou com pequenos grupos.

betelpublicacoes@hotmail.com | www.betelpublicacoes.com.br | (83) 3041.8134 / 3041.8140 15


A C I G Ó L O E T O Ã Ç A C U D E A I R Á N O I S S I M E S A F N COM Ê Capacitação de liderança para os ministérios da igreja

O Seminário Teológico Evangélico Betel Brasileiro coopera com as denominações evangélicas e com as agências enviadoras na preparação dos seus vocacionados para servir aos ministérios da igreja local e aos campos missionários. Ao longo dos anos, formou mais de três mil alunos, oriundos de quase todos os estados brasileiros e de 14 países (América Latina, Europa e Ásia). A maioria dos ex-alunos está engajada no ministério cristão. Atuamos com Educação Teológica em seus aspectos teóricos e práticos, construindo um currículo relevante para o desenvolvimento bíblico, teológico, ético, moral e espiritual, buscando equipar obreiro aprovado, “[...] que não tem de que se envergonhar e que maneja corretamente a Palavra da verdade” (2Tm 2.15), honrando a revelação divina da Escritura Sagrada e contextualizando sua mensagem para alcançar o homem e a mulher do século XXI.

Oferecemos os seguintes cursos livres:

• Teologia com ênfase em Missiologia (4 anos) • Teologia Ministerial (3 anos) • Básico em Teologia (2 anos) • Capacitação Missionária (1 ano) • Missão Integral e Projetos de Ação Social • Capacitação para homens em ministério (1 ano) • Capacitação para mulheres em ministério (1 ano) • Preparo Missionário Transcultural (1 ano) • Pedagogia Cristã: capacitação para professor e superintendente da EBD (2 anos)

• Pós-Graduação: Master em Teologia, com ênfase em Hermenêutica do Novo Testamento. Este programa é especificamente designado para equipar líderes cristãos com eficientes ferramentas de interpretação bíblica, possibilitando o exercício de um ministério de pregação e ensino relevante e transformador. Tem uma carga horária de 720 horas. • EAD Cursos online: Aproveitando os avanços da tecnologia e a nova modalidade da educação à distância, abrimos curso de Teologia e curso para líderes de missões na igreja local. Oferecemos àqueles que não têm oportunidade de fazer um curso presencial, o preparo na plataforma betelina, preservando a marca da nossa qualidade e seriedade. Contatos do EAD: Tel.: (61) 3033.5621 secretaria@eadbetelbrasileiro.com www.eadbetel.com www.betelbrasileiro.com.br - (11) 3105 5845

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Teologia prática

A ênfase é viver e não só saber; ser antes de fazer. Iniciamos cada semestre letivo com uma Semana Teológica: ministração da Palavra de Deus, louvor, testemunhos, prática devocional, debates em pequenos grupos e orientação pedagógica. Desenvolvemos a tutoria, a aplicação de teste psicológico, o aconselhamento individual, o culto semanal e a reunião de oração diária, dando ao aluno oportunidades para cultivar sua comunhão pessoal com o Senhor, de modo que o Espírito Santo continue agindo na vida de cada um, formando o caráter de Cristo. Nosso lema é: “Até que Cristo seja formado em vós” (Gl 4.19). Este modelo acadêmico busca levar o aluno a confrontar suas motivações e a se conscientizar de sua vocação; fomentar a aplicação do conteúdo curricular e desafiar para a prática dos valores bíblicos, incorporados na filosofia educacional da Instituição.

Estágios: Vida ministerial do aluno

Convictos de que é pela prática que o aprendiz identifica e desenvolve as habilidades e os dons da sua vocação, nosso Estágio Supervisionado dá condições para que o corpo discente seja treinado nas áreas de Evangelismo, Discipulado, Liderança, Ensino e Pregação, cumprindo escalas em igrejas, abrigos, albergues, penitenciárias, hospitais, projetos sociais e evangelísticos, jograis, entre outros segmentos. Parte das atividades desta disciplina é desenvolvida em cooperação com as


igrejas dos próprios alunos, com o acompanhamento de seus líderes locais. Os alunos são também distribuídos em outras igrejas de acordo com a solicitação dos pastores, de modo que a comunhão cristã para a cooperação no reino de Deus é incentivada entre as denominações evangélicas.

Centro Acadêmico de Missões

O Betel Brasileiro inseriu, desde o início, a Missiologia no estudo da Teologia, conscientizando cada aluno da responsabilidade de fazer Cristo conhecido em toda a terra. Além das disciplinas missiológicas, o Centro Acadêmico de Missões (CENAM) congrega professores e alunos com o objetivo de despertar a visão e o envolvimento com missões. Desenvolve programas semestrais de estudo sistemático sobre as nações, povos e grupos sociais, sobre suas necessidades espirituais, bem como sobre sua história, condição socioeconômica e situação política atual. Conduz o aluno na análise estratégica para alcance de determinado cam-

Uma das turmas formandas no Seminário Betel Brasileiro em São Paulo, que em 2012 completa 25 anos de existência.

Estudantes no Seminário Teológico Betel Brasileiro, em João Pessoa (PB)

Diretores e coordenadores pedagógicos dos seminários betelinos, coordenados pela Profª Durvalina Bezerra

po, mantém grupos de oração por missões, contata missionários atuantes em diferentes nações, povos ou grupos estudados e levanta doações específicas. Em alguns dos nossos seminários, o CENAM é realizado em igrejas, sendo essa uma das formas pelas quais o Betel Brasileiro serve à comunidade evangélica interdenominacional com uma melhor compreensão da vocação missionária.

Depoimentos de dois dos nossos professores: O reverendo José Alves da Silva (Igreja Presbiteriana do Brasil) ensina no Betel Brasileiro desde 1979; ele afirma que sua condição de mestre participante da formação de líderes da igreja é assumida “(...) com a preocupação de contribuir para que os alunos cresçam em cultura Rev. José Alves da Silva e piedade cristã. Se eles conseguem trabalhar com este binômio, estão bem. O teólogo deve ser um grande missionário e o missionário deve ser um grande teólogo.” Dr. Russell Shedd, professor-convidado, desde 1983,

afirmou: “Recomendo o Betel Brasileiro, por sua qualidade de estudo no preparo de missionários e pastores. É uma escola excelente, que tem fama de preparar pessoas com caráter e responsabilidade, tanto teológica como espiritual. É um grande prazer para mim Dr. Russell Shedd poder recomendar uma escola tão boa e que tem feito tanto para levar o evangelho a países estrangeiros como também a vários cantos do Brasil, particularmente o Nordeste, tão necessitado do evangelho.”

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MENSAGENS MISSIONÁRIAS: Ministério Vida Ao primar por uma capacitação abrangente e adequada, nosso Seminário Teológico proporciona aos alunos marcantes oportunidades de estágio, com resultados positivos para a preparação e para a prática ministerial destes vocacionados e, em extensão, para a igreja evangélica brasileira. Uma de suas modalidades de estágio oferecido se realiza por meio do Ministério Vida, que, em suas apresentações, de norte a sul do país, desde 1977, tem tocado o coração de milhares de pessoas de uma forma inspiradora. Por onde a equipe tem passado, mensagens de fé, de edificação cristã e de responsabilida- Ônibus “Mensageiro da Fé” co nd de missionária são ouvidas. Estas sementes germinam, crescem a equipe betelina por todo o uz país e dão frutos para o reino de Deus. Pessoas de outras confissões religiosas se convertem ao evangelho. Entre os que estão afastados de Deus ou desanimados em sua fé cristã, muitos se reconciliam com o Senhor. Curas divinas são ministradas, corações angustiados e ressentidos são libertados pelo poder do evangelho. Os ouvintes mais diversos meditam nos conteúdos reafirmados através das mensagens e, no final das ministrações, procuram os integrantes betelinos para relatar-lhes experiências de despertamento espiritual ocorridas em suas vidas. Igrejas sem a visão missionária passam a considerar com mais compromisso o chamado do Senhor Jesus; muitos de seus membros se renderam a Deus atendendo à vocação pastoral e missionária, encaminharam-se aos seminários teológicos e o. neir Car ne Arle sionária Equipe coordenada pela mis aos centros de preparo transcultural e têm sido enviados aos campos missionários pela igreja om ro.c silei lbra bete ministeriovida@ evangélica brasileira.

Estude no Seminário Teológico Betel Brasileiro - Instituição filiada à AETAL João Pessoa (PB) Graduação: (83) 3041.8116 graduacaobetel@gmail.com Pós-Graduação: (83) 3041.8115 pgraduacaobetel@gmail.com Campina Grande (PB) (83) 3337.2214 prwostenes@yahoo.com.br

Niterói (RJ) (21) 2621.8706 www.seminariobetel.com.br

Junco do Seridó (PB) (83) 3233.1840 cozetealmeida@hotmail.com

Volta Redonda (RJ) (24) 3343.8056 www.betelvr.com.br

Guarabira (PB) (83) 8660.3533 neiresmarcklane@uol.com.br

Goiânia (GO) (62) 3289.9322 betelbrasileiro.goiania@gmail.com

Santa Rita (PB) (83) 3229.7697 djagil@oi.com.br São Paulo (SP) (11) 3105.5845 www.betelbrasileiro.com.br

Brasília, Lago Norte (DF) (61) 3468.1127 www.betelbrasileirodf.com

Santo André (SP) (11) 4437.1244 www.betelbrasileirosantoandre.com.br

No exterior: Instituto Bíblico Betel Japonês E-mail: ricardo.clovis@gmail.com

Salvador (BA) (71) 3321.5396 betel.brasil@ig.com.br

Instituto Bíblico Betel Português. E-mail: ensinobetelportugues@hotmail.com

Internato

Em João Pessoa, capital da Paraíba, o Seminário Teológico Evangélico Betel Brasileiro continua oferecendo internato masculino e feminino, para hospedar alunos provenientes de outras cidades, estados ou países, com oportunidade para fazerem também cursos nas universidades locais. Com amplo espaço e adequadas acomodações, busca proporcionar um ambiente fraterno de formação integral.

Uma porta aberta para estrangeiros O Seminário Betel Brasileiro em João Pessoa (PB) recebe homens e mulheres vindos do exterior, desejosos de estudar a Palavra de Deus e terem sua formação para o ministério. A convivência com alunos estrangeiros, recebidos pela Instituição, desde 1980, propicia um ambiente de diversidade cultural, contribuindo para o estudo das estratégias missionárias transculturais. O quadro abaixo mostra a origem desses estudantes que, na maioria, voltam a seus países e lá continuam servindo ao Senhor:

Seminaristas que optaram pelo regime de internato

Os guineenses Pr. Carlos (à esquerda) e Róger (à direita) são atuais alunos da pós-graduação e Único (centro) concluiu o curso de Teologia, em 2011, e voltou para Guiné-Bissau

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Campo Grande, Rio (RJ) (21) 2415.1838 www.seminariobetelcampogrande.com.br

Bolívia..............3

EUA .................2

Chile ................1

Espanha ...........2

Equador ...........1

França ..............1

Guatemala .......1

Inglaterra .........1

Paraguai...........2

Portugal ...........4

Peru ...............17

Guiné-Bissau ..13

Angola ..............1

Japão .............11


ÁREA DE TREINAMENTO DA AGÊNCIA MISSIONÁRIA Capacitação em Antropologia

A Área de Treinamento da Agência Missionária Betel Brasileiro, em parceria com o Instituto Antropos, promoveu o curso Capacitação Antropológica, com 60h/aulas, para uma turma de oitenta alunos, em 2010. Dentre os participantes, contamos com a presença de líderes e representantes de organizações missionárias, como Barbara H. Burns (Juvep), João Marcos Mury Aquino (presidente da Junta de Missões Nacionais da CBB), Güenther Carlos Krieger (missionário e tradutor há mais de 50 anos entre os Xerentes no Tocantins –

Capacitação Antropológica: Alunos e professores Ronaldo Lidório, Cácio Silva, Cassiano Luz e Marcelo Carvalho

JMN), Valdir Soares Silva (JMN), Marcone Carvalho Santana e Edileusa Veras (Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil), Sandro Fernandes Rocha, missionário na China (Missão Horizontes) e Eva Maria do Nascimento Dias, missionária na Índia (Betel Brasileiro), demais pastores, líderes de missões de igrejas locais e seminaristas da região nordeste do Brasil. Os professores ministraram ainda uma palestra, promovida em parceria com a Superintendência Missionária Eclesial Betel Brasileiro, sobre “Integridade e Liderança” para pastores e demais lideranças da capital e da região. Uma nova edição do curso Capacitação Antropológica está prevista para novembro de 2013.

Capacitação missionária para líderes da igreja local

Em 2009, foi implantado o curso de Capacitação Membros das igrejas Missionária com o objetivo de capaci- locais conscientes da missão tar membros das igrejas locais de João Pessoa (PB) e regiões circunvizinhas para a mobilização e ação missionárias no Brasil e no mundo, a partir do seu próprio contexto. A matriz curricular consta das seguintes disciplinas: Administração em Missões, Análise em Romanos com ênfase em missões, Antropologia Missionária, Batalha Espiritual e Oração na Prática Missionária, Cuidado com o Missionário, Evangelismo e Discipulado, História de Missões, Levantamento e Gestão de Recursos na Obra Missionária, Liderança Cristã, Método de Estudo Bíblico, Estratégias e Métodos para Despertamento Missionário da Igreja Local, Missão Urbana e Integral da Igreja, Missões e Louvor, Orientação Familiar na Prática Missionária, Religiões Comparadas, Tendências e Oportunidades na Obra Missionária Mundial, Teologia Bíblica de Missões, Teologia e Missões e Estágio Prático. O curso acontece em sistema modular, nos sábados pela manhã, com duração de um ano. Os professores são os mesmos do quadro docente da graduação teológica da Instituição. Desde sua implantação, já foram treinados cerca de trinta alunos das denominações mais diversas.

Reflexão Brasileira de Missiologia

Conferência bienal organizada pela Agência Missionária Betel Brasileiro com o propósito de promover a temática e a prática missionárias a partir da região nordeste do Brasil. Reúne em uma das mais belas cidades litorâneas nordestinas – João Pessoa (PB) – professores, missionários, lideranças denominacionais e o público evangélico em geral, além de representantes de agências missionárias enviadoras e outras organizações eclesiais comprometidas com a proclamação do evangelho entre as nações. O evento abre oportunidade para consultas regionais, tais como a da APMB e a do Departamento Indígena da AMTB – Seção Nordeste.

AMBB | agenciamissionaria@betelbrasileiro.com | Tel.: (83) 3041 8118 19


O campo é o mundo

Ex-alunos na evangelização mundial O pesquisador da WEC International (Missão AMEM no Brasil), missionário Leslie Brierley, em 1972, ao atender o convite da Profª Lídia Almeida de Menezes, presidente do Betel Brasileiro, para vir ministrar aulas de missões – o que exigiu dele traduzir para o português aquelas que seriam nossas primeiras informações missionárias mundiais –, provavelmente orou para que aquela semente caísse em boa terra. O estudo sistemático dos povos, focado em seus desafios missionários, tornou-se uma disciplina obrigatória no currículo e transformou as manhãs de sábado, em João Pessoa (PB), em concorridos encontros de inspiração missionária, frequentados por um grande público interdenominacional. Essa pioneira inserção da Missiologia no curso teológico permanece Estados Unidos l

México l Guatemala l Venezuela l Equador l Peru l Bolívia l Paraguai l Chile l

Canadá

l

Inglaterral

ainda hoje em todas as extensões do Seminário Betel Brasileiro. Dentre os mais de 3.000 alunos formados, ao longo dos anos, cerca de 300 receberam forte convicção de uma chamada específica para atuar em missões transculturais e foram enviados aos campos mediante suas denominações e agências. Estão hoje servindo ao Senhor, filiados a 19 agências enviadoras, em cerca de 40 nações ao redor do mundo. Outros permanecem no Brasil como líderes denominacionais, líderes de agências e de diferentes ministérios ligados a missões. Esta é, portanto, uma real contribuição do Betel Brasileiro no despertamento e na formação de obreiros enviados pela igreja evangélica brasileira para a obra missionária mundial.

Alemanha lSérvia

l

Françal Portugall Espanhal Itálial Norte da Africal Guiné l Bissaul Malíl

Rússia

l

Japão

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Tailândia

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Índia

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Indonésia

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Timor-Leste

l

Iraque Sri-Lanka

l

Nígerl

Camboja

Egito l l

China

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Brasil

(Etnias: Potyguara, Parecis, Nambikwara, Tukano)

Afeganistão Moçambique

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Africa do Sul

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Nova Zelândia l

Por meio destas agências missionárias, ex-alunos do Betel Brasileiro estão em campos transculturais: AMBB, AME, AMEM, AMIDE, APMT, ANTIOQUIA, ASAS DE SOCORRO, AVANTE, JAMI, JOCUM, JUVEP, KAIRÓS, MISSÃO CENA, MISSÃO HORIZONTES, MISSÃO PAZ, MISSÃO SAL, MISSÃO SERVOS, OM, PMI, PORTAS ABERTAS. 20


BETEL NA EUROPA Perseverante presença missionária no continente europeu Os missionários betelinos residentes em Portugal, Inglaterra, Alemanha e Sérvia assumem o compromisso de evangelizar, plantar igrejas e atender a povos não alcançados dentro desses países, entendendo que o campo é o mundo e a Europa também precisa do testemunho do evangelho. Missões tem sido a meta desta Instituição desde o início. A promessa “Pede-me, e eu te darei as nações por herança e os confins da terra por tua possessão” (Sl 2.8) gerou no coração da Profª Lídia Almeida o grande desafio de conquistar as nações para Cristo. Em 1976, voltando de uma conferência missionária na Inglaterra, passou por Portugal e em conversa com o Cônsul do Brasil na cidade do Porto, Dr. Gueiros, ela ficou ciente da situação espiritual daquela nação. Tendo orado sobre isto, afirmou ter recebido do Espírito Santo uma convicção clara de que a obra missionária do Betel Brasileiro no exterior teria início nas terras portuguesas. Isto não demorou a se concretizar.

Grupo familiar de discipulado

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MISSÕES EM PORTUGAL

Ainda na primeira década do Betel Brasileiro, aprouve ao Senhor convocar alunas para realizar missões em Portugal. Oportunidades surgiram com o convite de líderes portugueses, que receberam, em 1978, Claudicéa Silveira e, em 1981 e 1982, Zilda Spíndola, Acsa Priscila, Miriã Mourão, Maria Anunciada e Sônia Lígia. O amplo ministério destas missionárias em algumas igrejas e o apoio dos pastores portugueses convergiram para a fundação do Instituto Bíblico Betel Português, em 1984. Está sediado em Braga, a cidade portuguesa mais antiga e a terceira maior cidade do país. A Instituição vem apoiando o trabalho evangélico interdenominacional, mediante cursos teológicos e a realização de diversas edições dos eventos: Eurojovem, Enae (Encontro Nacional de Adolescentes Evangélicos), Comjovem e Kids Games (este alcança crianças e pré-adolescentes mediante atividades esportivas aliadas ao ensino bíblico). Trabalha também com plantação e desenvolvimento de igrejas entre os portugueses e nas comunidades ciganas.

Dedicação ao evangelismo infantil

Kids Games em Portugal: ensino bíblico e atividades esportivas.


Equipe de obreiros em Portugal: Zilda Spíndola, enviada em 1981, lidera o Betel Português. Coopera em todos os trabalhos desenvolvidos por sua equipe ao longo dos anos. Também realiza encontros de edificação com viúvas na 1ª Igreja Betel em Braga, no norte do país, onde reside. Antônio Pereira e Miriã Mourão residem, desde 1993, em Lourosa, cidade com cerca de onze mil habitantes, no distrito de Aveiro. Pastoreiam a Igreja Betel, uma comunidade cristã que se tem fortalecido e crescido dia a dia. Miriã foi enviada a Portugal em 1982; posteriormente, veio ao Brasil e casou-se com o pastor Antônio, que é brasileiro, e são os pais da Daise. Antônio exercia o pastorado na Convenção Batista Nacional, quando foi guiado pelo Senhor para a seara portuguesa, tendo a família sido enviada pelo Betel Brasileiro. Ruth Ayala é peruana, formada no Seminário Betel Brasileiro. Atua em Portugal, desde 1992, na capacitação de liderança e no ministério com crianças ciganas, inclusive alfabetização. Márcia Regina Ferrari Pereira está em Portugal desde 1997. Trabalhou com evangelização infantil, alfabetização de ciganos, recreação para grupos da terceira idade, acampamentos, grupos familiares e coreografia. Em 2007, passou a liderar a 2ª Igreja Betel em Braga, onde já batizou 24 pessoas. Márcia

Vieira do Minho

ministra aulas de música para crianças e adolescentes (piano e violão) como estratégia de evangelização e realiza, com a ajuda da psicóloga Márcia Lacerda, o ministério “Casados para sempre”. Em setembro de 2011, inaugurou uma congregação em Vieira do Minho, na região metropolitana de Braga; nesse mesmo ano casou-se com Valdir Pozzada. Samuel Ayala e Joana Fernandes Ayala vieram estudar no Seminário Betel Brasileiro no período 2007-2010. Retornaram a Portugal e residem em Braga; atuam no Betel Português como professores dos cursos teológicos, dão aulas de música e estão na liderança da recém-formada igreja em Vieira do Minho, sendo esta a única igreja evangélica da cidade, onde há pouca receptividade ao evangelho.

Missões entre os ciganos portugueses O evangelho tem transformado a vida de centenas de ciganos – um povo que traz na história e na alma as marcas de sua dura peregrinação. Em comunidades ciganas portuguesas, um perseverante ministério de evangelização, discipulado e capacitação de liderança, impregnado de identificação e compaixão, inclusive com alfabetização de adultos, frutificou na plantação de nove igrejas: em Braga, Coimbra, Lamego, Leiria, Porto, Régua, Sátão, Seia e Viseu. Os missionários têm testemunhado a salvação, libertação, cura e levantamento de novos obreiros dentre a comunidade cigana. Tantas cidades alcançadas e diversos acampamentos itinerantes. Se, durante muitos anos, os missionários precisaram viajar constantemen-

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Cura e salvação marcam uma comunidade cigana Logo que chegam a Portugal, a uma comunidade cigana na cidade de Ovar, os missionários Manuel e Claudicéa Ayala conhecem o chefe de uma grande família, Arthur Montoia, que há tempo sofria com um câncer no intestino. Após um duro período de internação, os médicos haviam-no mandado para casa, pois afirmavam não haver mais recursos humanos para salvá-lo. Conforme o diagnóstico, ele teria apenas mais alguns dias de vida. Diante do delicado quadro de saúde do líder cigano, Manual reúne todo o grupo para um culto especial e unge o enfermo com azeite, conforme a instrução da Palavra, registrada na epístola de Tiago, capítulo 5, versículo 14 a 16: Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em te entre uma cidade e outra para dar assistência às novas igrejas ciganas, hoje dividem com alegria essa tarefa com os pastores ciganos, fruto do seu trabalho, que estão desenvolvendo a obra em suas comunidades. Com uma equipe ministerial crescida, surge a necessidade de encontros periódicos para, em conjunto, orar, avaliar o trabalho e tomar decisões. As divergências, naturais em qualquer grupo, são compensadas pela dedicação, perseverança e amor, comuns a todos os envolvidos na causa evangélica. A cada dia, um novo desafio. A conquista de mentes e corações para o reino de Deus não é um processo fácil. Além dos desafios culturais, implica a coragem de resistir às forças das trevas. Mas, como semeadores e regadores a serviço do Senhor da seara, os missionários prosseguem, na confiança de que Ele continuará a operar sinais e maravilhas no meio dos ciganos portugueses. João Filipe Airosa: português, membro da Associação Evangélica Missionária, em Braga (Portugal), é concluinte do curso de Teologia no Betel Brasileiro. Casou-se com a brasileira ex-aluna betelina, Priscila Oliveira e juntos vão servir a Deus em Portugal. Missionários Crizojônio de Aguiar e Kainara se preparam para ser enviados a Portugal, onde trabalharão com as igrejas ciganas

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nome do Senhor; E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. Após o culto, os missionários vão para casa felizes e descansados, por ter a convicção de que Deus havia curado aquele homem. Dois meses depois, Arthur já evidencia os sinais da cura completa. Por gratidão a Deus, seus filhos constroem um templo onde até hoje funciona uma igreja cigana, da qual vários pastores e obreiros têm sido levantados; um desses pastores, Armando Montoia (neto de Arthur), se tornou o primeiro presidente do Departamento Cigano do Betel Português.

Obreiros da Igreja Cigana Betel:

Pr. Armando Montoia, ex-aluno do Betel Português, durante três anos foi o coordenador da obra cigana betelina em Portugal. Pastoreou igrejas em algumas cidades. Agora está dando início a uma nova igreja na cidade do Porto. Pr. Arthur Glória Esteves: Igreja Cigana Betel na cidade de Sátão, centro do país, região hostil ao evangelho. Nela existe um forte sentimento de idolatria. Fernando Esteves (conhecido como Pastor Zé): Igreja Cigana Betel em Seia, cidade que fica no sopé de um dos pontos mais altos de Portugal (Serra da Estrela ou Penhas Douradas). Pedro Miguel Russo (conhecido como Pastor Guedes): Igreja Cigana Betel em Peso da Régua na região do Douro e Trás-os-Montes. Manuel Teles (conhecido como Pastor Neto): Igreja Cigana Betel na cidade de Leiria. Pr. Bernardino Mendes: Igreja Cigana Betel em Braga. Jaime é presbítero da Igreja Cigana Betel em Coimbra e Ramos Esteves é presbítero da Igreja Cigana Betel em Viseu.


MISSÕES NA ALEMANHA

Embora seja o país da Reforma Protestante, a Alemanha tem sofrido um declínio na fé cristã. O Senhor da igreja tem levantado missionários e cristãos estrangeiros para reavivarem o compromisso com o evangelho e alcançarem os imigrantes naquele país. O Betel Alemão (Bibelinstitut Bethel Deutschland), fundado em 1987 e inicialmente liderado pela missionária Christina Wolpert, é presidido pela enfermeira Anne Burger. Desde 1994, o casal de missionários brasileiros Rogério Moreira e Marlinda persevera no ministério transcultural, sendo sal e luz em meio à cultura alemã secularizada. Nos Rogério e Marlinda Moreira: missionários primeiros cinco anos, brasileiros na Alemanha na cidade de Tuttlingen, atuaram em igrejas e na base do Betel Alemão e cooperaram voluntariamente numa casa de repouso. Em 1999, foram residir em Freiburg, onde desenvolveram um ministério de evangelismo e aconselhamento cristão – em atendimento pessoal, em grupos familiares e por meio do Telefrieden (mensagens de esperança e aconselhamento por telefone). Isto resultou numa igreja multicultural, que atualmente se reúne na vizinha cidade de Buggingen. Pr. Rogério teve seu diploma de Teologia (Seminário Betel Brasileiro) reconhecido pelo Conselho da Aliança das Igrejas Pentecos-

Quatro alem

os em julho ães foram batizad

de 2012 pelo Pr.

Rogério

tais Livres da Alemanha. Tem participado de encontros com pastores da Aliança da região de Markgräferland e cooperado com o trabalho de evangelismo, ensino da Palavra e unidade das igrejas, com programações e cultos especiais. O Betel Alemão possibilita o envio de jovens para intercâmbio cultural e trabalho social em outros países. A presidente Anne Burger comenta: “Esta é uma possibilidade real de jovens passarem a amar e valorizar missões. Se adquirirem boas experiências no exterior, quando retornarem a sua igreja e a sua família, serão como sementes plantadas que darão muitos frutos.” O Betel Brasileiro recebeu Olga Frohlich, Jonathan Kramer, Joshua Jasen, Moema Hees, Markus Hofler e Marina Maier, que residiram no internato masculino e no feminino da instituição, em João Pessoa (PB), tendo cumprido cada um deles um ano de Jonathan Kramer e Olga Frohlich: experiência. Que eles intercâmbio cultural Alemanha-Brasil prossigam no conhecimento da Palavra e no temor ao Senhor e sejam uma bênção em sua nação. O Betel Alemão apoia o Centro de Desenvolvimento Integrado Christina Wolpert na comunidade São José, em João Pessoa (PB). Você pode conhecer outras iniciativas do Betel Alemão no site: www.bib-deutschland.de

Culto ao ar liv re pr integração en omovido pela igreja para tre alemães e brasileiros evangelização e maior residentes em Buggingen

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MISSÕES EM LONDRES A base betelina (Bethel Mission Charity – Uk) foi organizada no Reino Unido, em 1993, com o apoio dos ingleses: Boyd Williams (pastor batista em Londres), Les Norman (Assembleia de Deus em Nottingham), Jane Kerrigan (membro da Igreja Batista) e John Silk (missionário da CLC). Até o ano 2000, a missionária Maria Anunciada Gregory foi responsável pela manutenção deste núcleo do Betel na Inglaterra. A missionária Laurita e seu esposo Andrew Tattersall permaneceram até 2008. Desde então, a continuidade coube a Ivonete Freitas, que antes atuou em Guiné-Bissau e em Portugal.

Em Londres, Ivonete prega em igrejas de imigrantes. Assiste a duas igrejas betelinas (em Harlesden e em Chinford), formadas especialmente por brasileiros e portugueses. As reuniões acontecem regularmente em um templo compartilhado da igreja anglicana. Há grupos familiares para evangelização e oração e cursos intensivos para capacitação de liderança em ministério.

Missionária Ivonete Freitas

O casal Carlito de Sousa e Débora Agio realizou um trabalho de arte com crianças e jovens ingleses e imigrantes em algumas escolas e bibliotecas públicas, ensinando a usar material reciclável. Com isto, portas se abriram para evangelizar pessoas, principalmente as crianças e suas famílias. Jiclésio Viana, aluno interno do Seminário Betel Brasileiro: “Nasci no interior da Bahia e aos 14 anos mudei para o Estado do Espírito Santo. Bem jovem, fui trabalhar na Inglaterra; lá me entreguei a Jesus Cristo e Ele transformou minha vida. Sentindo-me direcionado pelo Senhor, fui enviado por minha Igreja Betel em Londres para vir ao Brasil me preparar para o chamado ministerial.”

Pastor Renato Lima presente à formatura no Betel Inglês, em Londres

Igreja betelina em Harlesden, Londres – www.beteluk.com

Vocação missionária entre os húngaros Krisztina Pásztor, de família húngara residente na Sérvia (ela domina as duas línguas), filha do pastor András Pásztor, está estudando no Betel Brasileiro, em João Pessoa (PB). Ela é técnica em Enfermagem e deseja retornar à sua região para servir ao Senhor em meio aos múltiplos desafios daquele campo, onde atuam os missionários betelinos Manuel e Claudicéa, os quais deram a Krisztina as primeiras aulas de português e a encaminharam ao Brasil para receber seu preparo. Que ela seja alvo da nossa intercessão!

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MISSÕES NA REPÚBLICA DA SÉRVIA Os missionários Manuel e perar pela próxima reunião. A Claudicéa Ayala, após atuarem jovem Magdalena é outro exemdurante 20 anos com povos ciplo do mover do Senhor entre ganos portugueses, foram reos ciganos da Sérvia. Há vários sidir, em 2008, na Sérvia, em anos escravizada pelas drogas, Verbas, na região de Vojvodina ela apresentava características (fronteira com Croácia, Hunde possessão maligna e sempre gria e Romênia). Apoiam pastorejeitava escutar os missionáres e líderes sérvios e húngaros rios, nas visitas em sua casa ou e cooperam em pontos de premesmo ao cruzarem-se por acagação em comunidades ciganas so nas ruas. Nunca os ouvia por empobrecidas. Não há espaço mais de dois minutos. Missionários Manuel e Claudicéa Ayala físico apropriado para cultos em Numa quarta-feira, no entodas essas aldeias. Os missionátanto, Magdalena aceita o convirios se esforçam para comunicar te e vai ao estudo bíblico. Para a em sérvio, húngaro e romani (a surpresa de Claudicéa e Manuel, língua dos ciganos) e suportam apenas ela comparece. Os misno inverno uma temperatura sionários logo entendem que próxima de 15 graus negativos. o Senhor reservou aquele dia Estar na Sérvia e ver o mover exclusivamente para ministrar de Deus na vida dos ciganos faz ao coração da jovem e assim, Claudicéa e Manuel recordar: em particular, podem dispensar “(...) ainda há muita terra para toda a atenção a ela. O Espírito ser conquistada” (Js 13.1b). Sua Santo se revela de tal maneira Culto em acampamento cigano sérvio alma queima por amor a esse ao seu coração que a moça cai povo ainda não alcançado, em contraste com o frio diem prantos, clamando pela misericórdia de Deus. Ela lacerante e com a fome que castiga centenas de milhaconfessa seus pecados e entrega sua vida a Jesus. Desde res de famílias ciganas. Os testemunhos se multiplicam então, encontra-se firme e feliz com sua nova fé. Ainda dia após dia, rompendo resistências e alcançando vidas. que necessite de muita ajuda espiritual, agora está semHaja vista o caso de uma família cigana, radicada em pre disposta a receber apoio. O Bom Pastor tem curado Mali Idos, a qual, apesar das visitas constantes dos missuas feridas! sionários, nunca atendia aos convites para ir aos cultos. Numa tarde, Manuel e Claudicéa partilham o evangelho ”Os limites da pobreza, da desinformação e como de costume, mas percebem que alguma coisa diprincipalmente da falta ferente estava acontecendo. Não sabem explicar exatade esperança eterna, mente o que sentem, mas é como se estivessem ali pela se rompem quando o primeira vez. No final da ministração, fazem a mesma povo de Deus se levanta pergunta que já haviam feito em outras oportunidades: disposto a obedecer ao ide – Vocês querem receber Cristo como seu único sude Jesus.” ficiente Salvador? A resposta que se segue provoca intensa alegria nos missionários, ao ouvirem-na prontamente dizer: – Sim, queremos! – respondem em coro o casal Márkika e Nikola e sua filha Recta. Desde então, eles não faltam a nenhum culto e demonstram muita sede de aprender mais a respeito da Palavra de Deus. Dizem que mal conseguem es-

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Em destaque

Europa pós-cristã

Samuel Escobar

N

a França, no ano de 1943, em plena guerra mundial, os abades católicos Godin e Daniel escreveram um livro que caiu como uma bomba entre os cristãos que pensavam sua fé e se interessavam pela missão cristã. O título do livro era La France, Pays de Mission? (França, país de missão?). Usando estatísticas sobre a prática religiosa quase nula dos franceses, sobretudo dos universitários e dos trabalhadores sindicalizados, os autores sustentaram que, ainda que os católicos franceses enviassem missionários à África e à Ásia, na verdade, a própria França era um território de missão, onde era preciso anunciar a mensagem cristã e chamar as pessoas à conversão. Desta tomada de consciência do catolicismo francês surgiu a experiência dos sacerdotes obreiros. O próprio conceito de missão mudou durante o século 20. Na situação da cristandade, a ideia da “missão cristã” evocava um deslocamento geográfico de pessoas especialmente dedicadas a levar o evangelho de “países cristãos” a territórios “não cristãos”. Essa foi a visão da famosa Conferência Mundial Missionária realizada em Edimburgo, Escócia, em 1910. Naquela ocasião, representantes da maioria das missões protestantes europeias e estadunidenses se reuniram para formular um ambicioso plano para permitir “a evangelização do mundo nesta geração”. Depois de um século de trabalho intenso e frutífero, as mais antigas juntas missionárias protestantes sonhavam em “completar a tarefa” de evangelizar o mundo inteiro. Essa conferência foi um marco na história do cristianismo. Em Edimburgo aconteceu algo importante para os ibero-americanos. Pela pressão de um setor mais próximo do catolicismo na igreja anglicana, foram excluídos da conferência os missionários protestantes que trabalhavam em países católicos ou ortodoxos. De acordo com Justo González, em seu livro História del cristianismo (História do cristianismo), alguns luteranos que queriam

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evitar a presença de missionários metodistas ou batistas em países europeus de maioria luterana também apoiaram isso. Considerava-se que esses países já eram cristãos e que neles não havia lugar para missões protestantes. Foram inúteis os protestos de missões e missionários evangélicos que sabiam que a realidade espiritual dos países católicos, por exemplo, estava longe de ser uma realidade em que se pudesse considerá-los como já evangelizados. Assim, predominou o conceito de igreja territorial, próprio da situação da cristandade. Hoje, a ideia de “país cristão” já não é aceitável nem sequer na Europa ou nos Estados Unidos. Em 1928, na reunião do Conselho Missionário Internacional, em Jerusalém, os missionários e teólogos fizeram soar uma voz de alerta, mostrando que os países europeus precisavam de missionários, pois estavam se “descristianizando”. O conceito de missão como deslocamento geográfico foi substituído por um conceito mais bíblico, que entende que a igreja deve ser missionária onde quer que esteja, em seu próprio ambiente ou em terras distantes. Uma igreja não é missionária simplesmente porque envia missionários a terras distantes, como se sua missão já estivesse cumprida em seu próprio contexto. A igreja estará sempre em estado de missão, pois o mundo todo é campo missionário para o povo de Deus. Dedico-me com mais amplitude a este conceito no primeiro capítulo de meu livro Cómo Comprender la Misión (Editorial Certeza Unida, 2008). A Europa é hoje um campo missionário. A vida cômoda em uma sociedade de consumo trouxe consigo a indiferença espiritual. As “sociedades de bem estar”, nas quais tantos imigrantes da Ásia, África e América querem se instalar, se caracterizam por uma notável diminuição da prática religiosa cristã. De acordo com os dados apresentados por Philip Jenkins em Godless Europe? (Europa ateia?), o número de franceses que se declaram cristãos, por exemplo,

baixou de 80% em 1990 para 51% no ano de 2007. Quando perguntados se a religião ocupa um lugar importante em sua vida, apenas 21% dos europeus responderam afirmativamente. Dentre os países, os números são de 27% na Itália, 21% na Alemanha e França e 11% na República Checa. Um estudo de 2004 na Inglaterra revelou que somente 44% das pessoas admitiam crer em Deus, enquanto 35% negavam a crença e 21% respondiam “não sei”. Com respeito à Alemanha, o cardeal católico William Meister, da cidade de Colônia, afirma que na arquidiocese de Colônia há 2,8 milhões de católicos, mas nos últimos trinta anos eles perderam 300 mil. Para cada batismo há três funerais. A realidade da Espanha é significativa. Desde 1939, quando os franquistas triunfaram na cruel guerra civil (19361939), a Espanha estava dominada pelos vencedores, entre os quais estavam os bispos católicos. Estes decidiram que a Espanha era a “reserva espiritual da Europa” e instalaram um regime constantiniano ao extremo, que durou até 1978. Hoje, a situação pós-cristandade chama a atenção na Espanha em relação às atitudes das pessoas para com a Igreja Católica Romana. Um artigo do jornal Público, reproduzido no site Protestante Digital (29 de dezembro de 2009), oferece cifras e comentários eloquentes comparando dados entre 2007 e 2009. A proporção de espanhóis que se declaram católicos (praticantes ou não) baixou de 80,2% no final de 2007 para 78,3% no final de 2009. A proporção de católicos praticantes baixou de 30% para 26,2%. A queda se nota especialmente entre os jovens: os de 18 a 29 anos que se declaravam católicos praticantes em 2007 eram apenas 15,2%; mas, em 2009, a proporção caiu para 10,4%, uma perda de quase um terço dos efetivos. É curioso comprovar que este retrocesso das crenças cristãs acompanha um avanço das superstições pagãs. Cada vez há mais espanhóis que creem na astrolo-


gia (quase cinco pontos a mais), na existência de bruxas e em outras pessoas com poderes maléficos (três pontos a mais), ou na possibilidade de adivinhar o futuro (um ponto e meio a mais). Parece que se cumpre estatisticamente a famosa frase de Chesterton que afirma que quando as pessoas deixam de crer em Deus são capazes de crer em qualquer coisa. O outro lado da moeda é que a presença massiva de imigrantes em quase todos os países desenvolvidos criou uma nova situação religiosa. Lembremos que durante os séculos 19 e 20 a fé cristã deixou de ser “a religião do homem branco”, europeu ou estadunidense, e passou a ser uma igreja global cuja força estatística está hoje na África, certos países asiáticos e América Latina. O movimento migratório deu lugar à formação de “diásporas” cristãs, por exemplo, salvadorenhos e filipinos nos Estados Unidos, africanos no Reino Unido, bolivianos na Argentina, sul-americanos na Espanha. Na Europa, as diásporas vieram para revitalizar as igrejas – no caso dos imigrantes que se integram a elas – e para aumentar o número de igrejas – no caso dos que se reúnem em separado. Vejamos alguns exemplos com três breves histórias. Começamos com a história de uma igreja africana, a Embaixada do Bendito Reino de Deus Para Todas as Nações, em Kiev, Ucrânia, fundada em 1994 pelo evangelista Sunday Adelaja. Ele chegou à Ucrânia vindo da Nigéria, sua terra natal, com uma bolsa de estudos para receber uma formação comunista. Com a queda do marxismo e a dissolução da União Soviética, Adelaja fundou esta igreja pentecostal com sete membros na nova República da Ucrânia. Hoje, a igreja tem 30 mil membros, em sua maioria brancos, cinquenta igrejas filhas em Kiev, mais de cem em toda a Ucrânia, e umas duzentas no resto do mundo. Segundo Jenkins, estima-se que seus programas de rádio e televisão alcancem cerca de 8 milhões de pessoas. Em Londres está a Comunidade Cristã de Londres, fundada em 1980 por Edmundo Ravello, um missionário peruano. Com seus 3 mil membros, esta igreja de imigrantes hispano-falantes é uma das maiores igrejas evangélicas da cidade. Tem um rosto latino-americano definido e nela cada culto é uma festa.

Para Miguel Palomino, em seu livro Latino Immigration in Europe – challenge and opportunity mission (Imigração latina na Europa – desafio e oportunidade para missão), as igrejas organizadas segundo o sistema de células reproduzem modelos da família latino-americana e, por isso, constituem um lar espiritual para milhares de migrantes hispano-americanos que moram em Londres. Por fim, temos um fato relativamente recente: o estabelecimento de uma “conexão chinesa” para a educação tecnológica em Castelldefels, próximo a Barcelona. Dentro da diáspora chinesa por todo o mundo há organizações que têm uma visão global informada e fazem um uso racional de seus recursos materiais e humanos. A diáspora chinesa na Espanha entrou em um convênio com o Instituto Bíblico y SeminárioTeológico de España (IBSTE) – uma entidade evangélica espanhola muito conhecida – e usará o local e os recursos educativos da faculdade para formar missionários chineses para a Europa. A primeira formatura de nove obreiros cristãos foi assistida por 500 cristãos chineses vindos da Europa. Quem diria aos missionários que fundaram o IBSTE há várias décadas que essa escola entraria em um convênio para capacitar missionários chineses? Estes três exemplos ilustram a variedade de formas que a presença da igreja global assume na Europa. Não os apresento aqui necessariamente como modelos a serem imitados, mas como casos ilustrativos da diversidade de atividades e estilos com que os migrantes provenientes de igrejas relativamente jovens respondem às realidades missionárias da Europa hoje. Seu dinamismo provém de um sentido de missão e obediência ao Senhor que somente pode ser impulsionado pelo Espírito Santo, que é quem sempre impulsionou a missão cristã. Além da presença migrante que adquire um caráter missionário, temos hoje na Europa uma força missionária enviada por países que antes foram campos de missão. É necessário reconhecer que o dinamismo missionário foi trasladado para o sul. As igrejas africanas e latino-americanas, por exemplo, são pobres e enfrentam desafios pela crise social e econômica de suas regiões. No entanto, estas igrejas estão enviando missionários

a outras partes do mundo. Algumas igrejas asiáticas jovens, como as da Índia e da Coreia, irromperam no mundo missionário com força inusitada. “Passa à Europa e ajuda-nos” é o pedido de um bom número de irmãos em Cristo – europeus que levam a sério o desafio missionário que a Europa representa neste ano de 2012. Este pedido é dirigido aos cristãos e igrejas da África, América Latina e Ásia, onde, neste momento, o Senhor tem permitido que floresçam igrejas que crescem e onde surgem muitas vocações missionárias. Neste ano de 2012, a Europa chegou a ser um novo campo de missão. É urgente o anúncio do evangelho. Muitos dos imigrantes que vêm da América Latina, Ásia e África trazem uma fé vigorosa e estão estabelecendo igrejas que respondem a suas profundas necessidades materiais e espirituais. É necessário cooperar com esse trabalho missionário espontâneo, formar líderes, pastorear pessoas em crise, encaminhar novas gerações à fé, ajudar a ganhar outra vez credibilidade para a mensagem cristã. Para isso, além dos missionários espontâneos, é urgente que venham missionários que possam capacitar-se e dedicar-se por completo às tarefas docentes e pastorais, ao acompanhamento de novas igrejas e a formas criativas de evangelização e comunicação da mensagem do evangelho. “Passa à Europa e ajuda-nos”: aqui são necessários missionários e missionárias capacitados, sensíveis, abertos a situações novas e difíceis, preparados para um serviço sacrificial e que sintam um chamado inequívoco de Deus. Faltam igrejas, grandes ou pequenas, que reconheçam e enviem estes mensageiros e mensageiras do evangelho, que os apoiem em oração, que os acompanhem de longe e que tornem possível seu envio e sustento. É um novo tempo de missão na Europa. O missiólogo Samuel Escobar trabalhou com estudantes universitários da América Latina e Canadá durante 26 anos. É professor na Faculdade de Teologia Protestante de Madri e autor de La Fe Viva que lmpulsa a la Misión (Tiago – a fé que impulsiona a missão). Este tópico “Europa pós-cristã” é parte do artigo “A Europa em três tempos”, publicado na revista Ultimato, Ano XLV, Nº 337, e usado com permissão.

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BETEL NA ÁSIA Educação teológica e plantação de igrejas no continente asiático O propósito divino encaminhou as ações missionárias betelinas para o Japão e Índia, campos que apresentam desafios tão diversos e requerem especial dedicação e entrega dos obreiros.

MISSÕES NO JAPÃO

O Betel Japonês foi oficializado em 1999. As igrejas tiveram início na cidade de Suzuka, na Província de Mie-Ken, espalhando-se para outras cidades do país. A província é conhecida por seu desenvolvimento industrial na área automotriz, mas sobretudo por abrigar um número considerável de estrangeiros de diferentes nacionalidades que vêm procurar um melhor destino para suas vidas. É neste contexto que a visão evangelística e missionária das igrejas do Betel Japonês se estende para abrigar estrangeiros e mostrar-lhes um destino sobremodo excelente. Neste ambiente de participação multi-cultural, com tradução simultânea, as igrejas dinamizam o conteúdo do culto para incluir as nacionalidades presentes, como também realizam cultos direcionados a grupos étnicos definidos, em suas línguas maternas e em seu padrão cultural, cada um com seu próprio líder nativo e sua liturgia diferenciada, mas sempre debaixo da mesma visão em relação aos alvos do Reino de Deus. O Betel Brasileiro enviou missionários ao Japão para contribuir na continuidade do trabalho e na edificação dos irmãos. Como resposta a isto o Betel Japonês enviou ao Betel Brasileiro japoneses e descendentes para serem capacitados a realizar a desafiadora tarefa de retornar ao país e continuar a estender suas tendas. Hoje vários dos que foram enviados ao Brasil lideram igrejas do Betel Japonês e junto com os missionários brasileiros têm contribuído para a formação de outros líderes no próprio Japão. Alguns, contudo, permanecem no Brasil e trabalham em igrejas nordestinas e com educação básica no sul. O crescente interesse dos crentes no Japão por um maior conhecimento bíblico e desenvolvimento da vida cristã levou o Betel Japonês a investir em seminários teológicos. Tudo começou no ano 1998, na igreja em

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Suzuka, numa pequena sala de aula. Tinham como objetivo treinar os membros, preparando-os para atender aos ministérios da própria igreja local. Durante estas lições, muitos encontraram sua vocação no serviço a Deus, sendo alguns deles enviados ao Brasil para ser aperfeiçoados em seu preparo. Percebendo-se a necessidade de preparar os líderes locais de diversos grupos denominacionais, no ano de 2003, foi inaugurado o Seminário Teológico Betel Japonês, que enfatiza a excelência do preparo teológico e missiológico, recebendo a participação de professores locais e de outros que vão do Brasil, como o Dr. Russell Shedd, que deu sua importante contribuição em sala de aula, e Fernanda Munis, que se dispõe a ir arcando com as próprias despesas para ensinar hebraico e grego. A crise financeira que afetou a economia japonesa, de novembro de 2008 a junho de 2011, somada ao pânico do tsunami, contribuiu para que muitos imigrantes retornassem aos seus países de origem, o que causou uma baixa no número de membros das igrejas e nos cursos teológicos no Japão. Os templos das igrejas betelinas são alugados. Este é mais um desafio enfrentado. Porém, persistimos no combate pelo Reino de Deus na terra do sol.

Grupo fundador do Betel Japonês


Diogo e Simone Tashima, formados no Seminário Betel Japonês, em 2007, pastoreiam a Igreja Betel em Suzuka. Elvis Massahiro Ferreira, ex-aluno do Seminário Betel Japonês, pastoreia a Igreja em Tsu e é operário em uma fábrica. Rosa Massahe Kokubo, fundadora da igreja em Suzuka (antes da criação do Betel Japonês), e seu esposo Hiroshi são perseverantes obreiros betelinos no ministério desta igreja-mãe. Thiago Bruno de Sousa, ex-aluno do Betel Brasileiro, foi enviado ao Japão, em 2008. Pastoreia a Igreja Betel em Iga-Shi, coordena cursos de capacitação para liderança cristã e dá aulas de inglês como estratégia missionária. Valter e Raquel Kobayashi vieram estudar no Seminário Betel Brasileiro (2000-2003) e retornaram ao Japão, onde pastoreiam a igreja em Kuwana.

Obreiros no Japão:

Carlos e Cristina Horikawa estudaram no Seminário Betel Brasileiro (1999-2002) e retornaram ao Japão, onde pastoreiam a igreja em Sasagawa – eles se comunicam também em japonês. Carlos ainda bem jovem foi ganhar a vida no Japão. Lá conheceu a missionária Rosa Massahe, tornou-se membro da igreja em Suzuka juntamente com Cristina. Ambos fizeram parte da fundação do Betel Japonês. Ele é coordenador das igrejas betelinas japonesas. Toda a equipe se encontra bimestralmente para comunhão, oração e planejamento. Clóvis Gonçalves Ricardo, brasileiro, atua no Japão desde 2002. É pastor da Igreja Betel em Hamamatsu e coordena, na Ásia, as iniciativas da Agência Missionária Betel Brasileiro. É diretor e coordenador acadêmico do Seminário Teológico Betel Japonês, sediado na cidade de Hamamatsu, investindo na capacitação de líderes para comunidades cristãs de língua portuguesa e hispânica. Em 2011, estiveram matriculados 56 alunos de doze denominações evangélicas.

http://www.beteljapan.yolasite.com/

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Clóvis Ricardo Thiago e família

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Victoria Elena Rosales Vicente: Peruana, convertida na Igreja Betel de Suzuka, no Japão, veio ao Brasil se preparar para o ministério; é aluna interna do Seminário Betel Brasileiro em João Pessoa (PB) Elvis Massahiro e família

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Uma contribuição frutífera A missionária Luci Vasquez Vidal foi para o Japão, pela primeira vez, em julho de 1987 e lá permaneceu durante um ano, estudando japonês na escola de estrangeiros, Nakamura Sensei, em Kyoto. Fez a segunda ida ao Japão em 1996. Inicialmente, trabalhou durante um ano com a Igreja Batista Nova Aliança. A seguir, fundou uma extensão do Seminário Teológico Betel Brasileiro na cidade de Nishio-aichi–Ken e coordenou um trabalho de evangelização. Foi diretora e professora em Nishio, na igreja e numa congregação, transferindo-se para Suzuka (a convite da irmã Rosa Massahe), onde organizou a igreja com os seus departamentos. Também iniciou mais duas igrejas (uma em Ueno, outra em Sassagawa). Participou da fundação do Betel Japonês e foi sua primeira presidente, atuando ali até o final do ano 2000.

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ÍNDIA: um grande desafio missionário do nosso tempo A ex-aluna betelina, Ana Maria Miranda Sarkar, é fundadora e diretora da missão Colheita Hoje (Harvest Today), uma organização não governamental de orientação evangélica instalada em Dakshin Barasat, a 45km de Calcutá – cidade indiana com mais de 16 milhões de habitantes e todas as dificuldades de um mega-aglomerado urbano. Colheita Hoje é a concretização de um sonho missionário de Ana Maria e hoje atende mais de 300 famílias carentes, prestando assistência no setor de educação e saúde. Criada no Evangelho, Ana Maria teve trajetória semelhante à de boa parte dos adolescentes e jovens crentes: “Eu vivia mais pela fé de meus pais”, lembra. Finalmente, aos 19 anos, o encontro genuíno com Cristo acabou mudando o rumo de sua vida. Após um período de intensas atividades na igreja que frequentava, sentiu um chamado missionário. A fim de se preparar devidamente para a obra, fez cursos na área de Missiologia, estudou idiomas e especializou-se em Enfermagem. Seu campo seria uma das regiões mais pobres do mundo. “Quando Deus me mostrou a nação à qual Ele me enviaria – Índia –, eu não pude aceitar! Eu sabia quanto difícil era esse País e tudo o que eu não queria era ir pra lá! Bem, certa vez, folheando uma revista francesa, vi uma foto chocante. Mostrava uma menina com seus 9 anos de idade, ao lado de um homem semi nu. Ela estava chorando e seus olhos brilhavam nesta foto como que pedindo socorro. Esta foto me chocou e resolvi ler este artigo que falava das meninas pobres que eram vendidas para prostituição ou para os gurus dos templos hindus para serem usadas sexualmente, até sangrarem e serem oferecidas vivas aos deuses indianos ou eram mortas e largadas em qualquer local, não sendo isso um caso de polícia por serem meninas. Essa informação me fez chorar muito e me fez decidir ir ajudá-las a ter uma vida com dignidade, amor e cuidado.” A partir daí, Ana começou a buscar a orientação do Senhor e orar pela Índia: “Deus revelou que me daria aquelas meninas como herança”, frisa a missionária. “Escravidão espiritual.” – Em 1996, Ana foi espiar a terra, por três meses, junto com um grupo de pastores e líderes brasileiros do Ministério Amigos da Índia. “Foi minha primeira experiência. Eu não podia me comunicar em inglês, porém minha linguagem era amar na prática cada pessoa e orar por elas. Pedi a Deus que me usasse de maneira que muitos pudessem ver que Ele me queria ali. Isto aconteceu. Usei minha profissão de enfermagem para cuidar de muitos doentes, amei e ajudei os órfãos e viajei em muitas aldeias no coração da Índia – Madhia Pardesh.

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Em janeiro de 1998, Ana foi estudar no País de Gales (Reino Unido), por seis meses, seguindo logo para a cidade de Calcutá – seu povo por herança: os bengalis. “Cheguei sem nenhum plano pessoal, nenhuma ideia de como Deus iria me usar nesta terra. Meu compromisso, no início, era ajudar uma house fellowship de um pastor local que eu havia conhecido em minha primeira viagem à Índia, além do compromisso de estudar a língua bengali e continuar o curso de inglês.” Ligada à Igreja Presbiteriana Betânia, de Niterói (RJ), que a enviou e deu todo o suporte e cuidado missionário a ela, Ana entrou no país a convite de um pastor local, para ajudá-lo na igreja. A questão legal foi a primeira barreira. Embora se tenha apresentado como profissional da Saúde disposta a auxiliar a população local, só mesmo um milagre, no entender dela, tornou possível a obtenção do visto de cinco anos – Múltiplo Visto (Visa Especial) que lhe dava direito de estudar/ trabalhar e viajar sem problema algum. “Isso é muito raro de acontecer”, diz. Deparou com lutas inesperadas e perseguições logo nos primeiros meses; porém, orientada por Deus para amar e perdoar a seus perseguidores e perseverar na fé, aguardando a direção de Deus, ela se uniu ao grupo da ABU (Aliança Bíblica Universitária) de Calcutá e trabalhou com os jovens universitários, tocando seu violão e ajudando a fazer amigos do Deus vivo. Logo alugou sua primeira casa no sul de Calcutá. Não muito distante dali estavam os dalits morando próximo à linha dos trens. Assim ela relata: “Eu não conhecia ninguém ali e não falava nada em bengali. Caminhava pelas ruas, contemplando a dura vida que as pessoas levavam. Era de apertar o coração.” Sem saber exatamente o que fazer, começou a pedir a Deus que enviasse pessoas até ela. A súplica foi atendida na pessoa de Manju, uma adolescente que veio em busca de trabalho e que havia sido levada ao casamento pré-maturo com alguém que ela nunca havia visto antes. No dia do casamento, ela tentou renunciar e fugir porém foi impedida pois sua mãe, pobre, já havia dado parte de sua terra e pertences, como daurhi. Ela vivia numa aldeia uns 27km de Calcutá. Havia fugido da casa dos sogros pensando em se suicidar.


Ela buscava refúgio na casa da minha síndica, no tempo que Deus me levou a morar ali. Foi então que Manju bateu à minha porta em busca de um trabalho, pois desejava pagar a sua mãe o daurhi e ser aceita de volta na família. Ana esclareceu: “Ela acabou ficando. Fazia pequenos serviços domésticos, coEscola Maran mia comigo e me observava atha atentamente.” trabalhar com A garota acabou tornando-se o primeiro fruto do este grupo de trabalho da missionária. Ana ainda completa: “Em curCasa adquirida e adaptada numa comunidade pessoas.” Logo já hindu para abrigar meninas. to tempo, ela aprendeu um pouco de inglês a partir dos estava em contalivros que eu estudava inglês/bengali, das nossas conto com várias famílias amigas de Jesus. Cada vez mais, versas e de alguns dicionários de bengali que eu tinha. pessoas apareciam em busca de ajuda material. EntreUm dia, comprei uma Bíblia em sua língua e dei a ela.” tanto, outra clientela chamou a atenção de Ana Maria: a Ana Maria explica que o processo de evangelização de mulheres desesperadas com a própria realidade. “As de um indiano é longo e trabalhoso: “Não é nada fácil meninas, principalmente, sofrem muito na sociedade para uma pessoa que pratica o panteísmo aceitar que indiana. A cultura local privilegia a figura masculina. deve adorar um só Deus. É preciso conquistar sua conAs mães que têm filhas são discriminadas. Afinal, mefiança e desenvolver uma amizade.” Foi com esta fórninas desde o nascimento são vistas como alguém que mula que Ana levou Manju à conversão a Cristo. Logo não faz parte da família. Quando se vão levam a econodepois, surgiu um rapaz interessado em aprender inmia familiar através do daurhi; por isso as meninas são glês. Percebendo a oportunidade, a missionária abriu mal vistas e muitas vezes negligenciadas ou rejeitadas, um curso que atraiu outros jovens. Um dia, quatro meconsideradas um peso para suas famílias, que precisam ninas maltrapilhas bateram à sua porta pedindo comipagar dotes aos futuros maridos.” da; mesmo contando apenas com uma oferta mensal A obreira brasileira conviveu com crianças abanfornecida por sua igreja, Ana Maria comprou para elas donadas, mulheres violentadas e esposas espancadas roupas, um kit básico de higiene e comida. pelos próprios companheiros. Afirma: “Ao contrário Em pouco tempo, a casa dela já abrigava o curso de do que muitos ocidentais imaginam, os indianos não inglês, uma escolinha bíblica para crianças (Kid´s Club) vivem naquela aura de espiritualidade exótica. O que e uma improvisada clínica. Ela assim narrou: “Conseexiste é escravidão ao diabo mesmo. O número de suigui alugar um pequeno local para o curso de inglês para cídios é enorme, assim como o de mortos pela fome e alcançar os jovens. Houve grande resistência das avós e por doenças. O cheiro de corpos cremados é horrível.” de algumas mães idosas. Então orei pedindo estratégia para alcançar aquelas senhoras que me rejeitavam. Foi aí que nasceu a clínica ou charitable clinic para a terceiPassos de fé. – Ana foi desafiada a ajudar um obreiro ra idade. Começamos a ter contato mais próximo com presbiteriano que havia iniciado um trabalho de reforos pais dos nossos alunos e demais famílias, pois, eviço escolar na aldeia Dakshin Barasat: “Fui convidada dentemente, há muitos enfermos, em várias casas, nea abrir clínica lá, pois o índice de doentes ali era grancessitados de cuidado médico e de um toque do amor de. Confesso que não desejei nem visitar o local; porém, do Deus vivo – Jesus. Esta foi minha oportunidade de impulsionada por Deus em estender minha mão aos ca-

Uma sociedade complexa Milhares de divindades são veneradas na Índia, uma nação com 1,22 bilhão de habitantes. Cerca de 80% dessa imensa população declara-se seguidora do hinduísmo – muito mais que um sistema religioso, trata-se de um conjunto de crenças, tradições e superstições tão diversificado como o povo indiano. Lá, convivem centenas de etnias e fala-se mais de duas mil línguas e dialetos. A presença cris-

tã, minoritária, desperta sentimentos que vão desde a intolerância até ao ódio. Foi com este quadro de obscurantismo espiritual que a missionária brasileira, ex-aluna betelina, Ana Maria Miranda Sarkar deparou quando chegou pela primeira vez à Índia, em 1996. Ela relembra: “Aquele era um mundo novo e assustador para mim. Fiquei perplexa com o semblante das pessoas, que pareciam acuadas.”

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rentes das aldeias fora de Calcutá, tisfeitos com o florescimento do eu fui em obediência. Lá encontrabalho cristão, passaram a intitrei um vilarejo com grande nemidar a missionária. Um dia, no cessidade de tudo! Iniciamos com trajeto entre Calcutá e a aldeia, clínica beneficente. Orávamos Ana Maria foi jogada do trem: pelos enfermos, apresentamos Je“Só não fiquei paralítica por misus: o Deus de amor que conhecia lagre, pois fraturei três partes do cada um deles e que me enviou cóccix e uma vértebra. Uma mis“O lugar do sofrimento no serviço e o do outro lado do mundo para sionária mexicana que trabalhava da paixão na missão cristã é raramente encuidar deles com amor.” Logo, a sinado hoje em dia. Mas o maior segredo comigo e a Manju me socorreram da eficácia evangelística ou missionária é a fama do ‘hospital dos crentes’ foi até chegar à cidade de Calcutá disposição para sofrer e morrer. Pode ser divulgada entre muitas outras alvia trem, ciclerikshow e táxi para uma morte da popularidade, por se pregar deias e enfermos de várias aldeias chegar ao hospital, gastando cerfielmente o evangelho bíblico impopular; vinham à procura de ajuda. Eles ca de duas horas.” O inesperado a morte do orgulho, pelo uso de métodos declaravam que, no hospital dos aconteceu: “Na verdade, a Missão modestos, na dependência do Espírito Santo; a morte do preconceito racial e nacional, crentes, eram tratados com digniHarvest Today nasceu e foi orgapela identificação com outra cultura, ou a dade e amor e logo ficavam curanizada logo após o acidente, pois, morte do conforto material, por se adotar dos, pois os medicamentos eram no tempo que eu estive acamada, um estilo de vida mais simples. Apesar de os melhores. Ana explica: “Na Deus me falava sobre este ministudo isso, o servo deve sofrer se quiser lerealidade, comprávamos medicatério: Ele me deu este nome e me var luz às nações; a semente deve morrer se mentos bons, porém bem baraquiser multiplicar-se.” – (John Stott, A cruz orientou em cada área que eu dede Cristo, São Paulo: Vida, 2006.) tos, e consagrávamos estes a Deus veria atuar. Foi um tempo doloropara serem de bênção a este povo so o da recuperação, porém tamamado. Descobrimos estabelecibém precioso, pois foi ali, entre as mentos que vendiam comida e remédios mais baratos. dores, que nasceu a Missão Harvest Today em Calcutá Aquecemos até a economia local.” e, após dois anos, esta foi registrada pelo governo leA escola nasceu após Ana perceber o desejo de duas galmente.” Com a saúde e com o ânimo abalados, ela meninas de dez anos que lhe pediram um livro de Jesus confessa emocionada que pensou em desistir: “Os me– um folheto: “Perguntei se elas podiam ler e a resposta dos que me assaltaram na minha chegada à Índia voltafoi não. Então orei a Deus dizendo: Elas desejam ter ram com mais força. Mas sentia o Senhor confirmando um folheto, pois fala de ti, Senhor; porém elas, sendo meu ministério naquele lugar. Sim, eu senti tudo isto dalits, não têm direito a ir à escola. Pedi que Deus as em meio às dores e foi um tempo de muitas reflexões e ajudasse e Deus me desafiou a abrir uma escola para questionamentos bem como momento de poder entenensiná-las a ler e a ler a Palavra de Deus.” E assim nasder a vontade de Deus em minha vida naquela aldeia, ceu a escola cristã na aldeia de Dakshin Barasat, que lugar este a que eu não desejava mais retornar após ver se tornou uma espécie de base de seu ministério. Ali, a morte tão de perto. Sabendo que a vontade de Deus em meio à carência generalizada, ela encontrou espaço é sempre a melhor, me submeti à mesma e no kairós de para montar uma clínica e uma escola. Os habitantes, Deus, e foi rápido, tudo aconteceu.” muitos dos quais jamais haviam tomado um antibiótiDe volta ao Brasil para um período de recuperação, co, aglomeravam-se à porta. Ela, então explica: “Havia Ana Maria, que sempre guardava suas lutas e desafios, muito o que fazer. Eu dava vitaminas, fazia pequenos perseguição, ameaças de morte, tendo sido internada curativos, ensinava hábitos de higiene.” Um médico locom problemas cardíacos, entre outras lutas que havia cal, também cristão, foi contratado para os atendimenpassado ali calada, resolveu-se por abrir o coração ao tos mais complexos. Centenas de pessoas apareciam a seu amado pastor Josué Rodrigues: “Com o zelo e amor cada dia: “Eu as atendia e orava por todos em nome de que tem por cada missionário, temeu por minha vida, Jesus. Logo, a casa ficou conhecida como ‘hospital de tentou me convencer a não retornar, visto que eu já haJesus’.” A essa altura, um médico cristão e um médico via sofrido muito naquele local.” Ana, entretanto, após hindu cooperavam conosco na clínica. Na escola, iniorar e ter convicção de que Deus a queria de volta em ciamos cultos e surgiu uma igreja junto à escola. Uma Calcutá, comunicou isto a seu pastor. Assim ela conta: equipe de obreiros locais, frutos da missão, já colabora“Naquela conversa, hoje eu creio piamente que Deus, va com o serviço. para provar minha fé e ver quanto eu era capaz de seAlém de abrir corações para a Palavra de Deus, o guir esta caminhada na total dependência dele, sim, ministério era um risco para Ana. Grupos de religioDeus fechou o coração do meu pastor, por um tempo, sos radicais, tanto hindus como muçulmanos, insapara provar minha fé exclusivamente em Deus. Saben-

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do o amor e dedicação que meu pastor tem por Deus e criança, dando-lhe educação, moradia e alimentação, por missões, eu pude entender o que estava acontecencom cerca de 30 dólares mensais (cerca de R$ 60 reais): do entre nós. Deus estava trabalhando com nossas vi“No Brasil, pode ser pouco, mas, na realidade da Índia, das naquele momento e requeria obediência nossa para é muito.” Mais que auxílio, os assistidos pela Missão gaque Sua vontade acontecesse em minha vida. Assim nham uma esperança para gente como a jovem Manju Deus fez até eu ser aprovada, e tempo depois, no Kairós e dezenas de outras meninas e meninos indianos, para de Deus, meu pastor me chamou e renovou seu cuiquem o ministério de Ana Maria representou a difedado missionário e compromisso comigo. A vontade rença entre a vida e a morte. de Deus muitas vezes é misteriosa e não conseguimos Hoje o deus Shunii e os milhares de deuses do panver claramente com os olhos de Deus. O que devemos teão hindu não representam mais uma ameaça para fazer é crer e obedecer, sabendo que Deus nunca há de aqueles que têm experimentado o amor do Deus vivo nos decepcionar na caminhada de amor e fé.” – Jesus, pois estes indianos assistidos agora podem desAna continua: “Meu pastor, temendo por minha vida, cansar à sombra do Onipotente. disse que eu não voltaria sob sua responsabilidade. O jeito foi tomar uma atitude de fé e retornar mesmo sem Fé em ação e em parceria. – Colheita Hoje (Harvest garantia de sustento, já que as ofertas que apareciam não Today) é um conjunto de ações sociais e evangelístiseriam suficientes para manter tudo funcionando.” Mas cas instalado na periferia de Calcutá. Inclui a Escola a providência divina veio na forma da solidariedade de Maranatha (ensino fundamental), onde 300 alunos de um alto funcionário do governo indiano, já aposentatempo integral recebem duas refeições diárias. Há aindo, que conheceu o trabalho da brasileira e ajudou-lhe da cursos de inglês para crianças e jovens e uma igreja: a institucionalizar o ministério e fazer parceria com a a Betany Bethel Church. A missão abriga, em regime de Compassion Mission que lhe pediu 300 crianças – na internato masculino e feminino, cerca de 50 meninas época só tinha 100. Após o registro público da Colheita e adolescentes e 20 meninos e adolescentes carentes, Hoje, a Compassion Mission lhe ajudou a dar uniformes, dentre os quais, alguns órfãos. Atualmente, a missão alimentação e tudo o que essas crianças e a Missão preciconta com 12 obreiros (2 brasileiras, 1 paraguaia e 9 savam. Este apoio durou 18 meses, pois esta conceituada autóctones). entidade só poderia continuar ajudando quem tem casa Juridicamente, foi necessário o Betel Brasileiro regisprópria e o FCRA, que ela não tinha naquela época. Ana trar, na Índia, como organização parceira da Harvest explica: “Até então, funcionávamos em uma base improToday, a entidade Bethel Today apta a abrir igrejas e sevisada. Mas a legalização nos capacitou a fazer convêminários teológicos e realizar eventos cristãos e sociais. nios com outras entidades.” A Agência Missionária Betel Brasileiro enviou à O retorno à terra, que Ana passou a amar, também Índia a missionária Eva Maria do Nascimento Dias, teve outras surpresas para ela. Um cristão que a conheque antes atuou no sertão nordestino brasileiro, na Escera havia mais de três anos pediu-a em casamento. panha, em Portugal e no Japão. Eva apoia os projetos “Relutei um pouco” – conta, meio encabulada –, “mas da Missão Harvest Today e dedica-se também ao Lar percebi naquilo a vontade do Senhor para minha vida.” Bethel, que acolhe idosas com necessidades, nas áreas A união com Malay Sarkar de alimentação e assistência proporcionou a Ana a cidaà saúde. Também foi enviada dania indiana e a garantia da pela igreja betelina no bairro permanência no País. Ela coFuncionários I, em João Pesmemora: “Antes, era preciso soa (PB), a enfermeira Fransair e retornar para renovar cisca Rocha para cooperar o visto, um processo cansaticom essa equipe de obreiros vo e dispendioso. Agora, isso em Calcutá. acabou.” A questão cultural inA trajetória de sua fé tem diana (com predominância inspirado outros. Ao percorhindu e presença muçulrer igrejas, ela fala da urgênmana) e escassos recursos cia do trabalho missionário financeiros tornam esse entre povos indianos não campo missionário um dos Os pastores Edmundo Jordão e José Sobrinho e o advogado Willemberg Andrade visitaram a Missão Haverst Today, em Calcutá, alcançados e busca patrocimais desafiadores. Que esses em novembro de 2009, com o propósito de conhecer e buscar nadores para a Harvest Toobreiros possam contar com novas formas de cooperar com essa obra. Na foto, eles estão day. Pelo sistema dessa Misa nossa intercessão e apoio ladeados pelas missionárias Eva Dias, Ana Miranda e seu esposo Malay Sarkar. são, é possível sustentar uma financeiro!

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BETEL NAS AMÉRICAS Expansão missionária no continente americano

Pr. Guarandy Nóbrega e missionária Eva Rego Nóbrega, líderes da base betelina no Distrito Federal e coordenadores da Agência Missionária Betel Brasileiro – Setor de Expansão para as Américas

Porque uma porta grande e oportuna se abriu…; Ide e fazei discípulos de todas as nações, ensinandoos a guardar todas as coisas que vos tenho ensinado. (1Co 16.9; Mt 28.19a-20a). A Agência Missionária Betel Brasileiro (AMBB) estruturou, em janeiro de 2010, seu setor de expansão para os países e povos americanos. Mediante a providência divina, portas têm-se aberto para atuação no Equador desde 1998 e, recentemente, no Paraguai, na Bolívia, no Peru e em Port Jervis, no Estado de Nova Iorque (EUA).

Missões existem para que haja adoração a Deus Se Deus deseja que todo joelho se dobre a Jesus e que toda língua o confesse, logo, nós devemos fazê-lo. Devemos ter “ciúmes” (como as Escrituras às vezes expressam) da honra de Seu nome – ficando preocupados quando Ele permanece desconhecido; feridos quando Ele é ignorado; indignados quando Ele é blasfemado; em todo o tempo, ansiosos e determinados para que sejam dadas devidamente honra e glória a Ele. A mais elevada de todas as motivações missionárias não é a obediência à Grande Comissão, embora isso seja importante, nem o amor pelos pecadores que estão alienados e perecendo, embora isso seja um forte incentivo, principalmente ao contemplarmos a ira de Deus, mas um zelo ardente e apaixonado pela glória de Jesus Cristo. [...] Diante desse alvo supremo da missão cristã, todos os outros motivos indignos murcham e morrem. – John Stott (A mensagem de Romanos, Editora ABU ). A missão de Deus é Seu amor dinâmico que o leva a buscar o máximo bem-estar e a bênção para os seres humanos, chamando-os a um relacionamento com Ele mesmo, no qual eles amam, adoram e glorificam ao Senhor, encontrando maior alegria ao fazerem isso. Assim, a missão do povo de Deus é também sermos agentes do Seu amor redentor. Vivemos para levar outros a adorar e glorificar o Deus vivo, porque é nele que eles encontrarão a maior satisfação e alegria eternas. Por essa razão, não devemos ver o evangelismo como algo que impomos aos outros, mas como a melhor obra que poderíamos fazer por eles a longo prazo. – Christopher Wright (A missão do povo de Deus, Edições Vida Nova e Betel Brasileiro).

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MISSÕES NO EQUADOR Na cidade mais populosa do Equador – Guayaquil –, o casal Manuel Jesús Solis Alvarez e Ylna Escobar Fernandez dedica-se ao ministério pastoral. Têm dois filhos, Milton e Joel, e dois netos. A dinâmica Igreja Betel do Equador, fundada em 1998, está hoje com cerca de 140 membros e estendeu suas atividades para as províncias de Santa Elena e Manabí, contando com as obreiras Ivete Franco e Liz Bermeo. uma

sempre Momento do batismo: sionário alegria no trabalho mis

Ivete Franco de Lira, missionária brasileira, atuou em Piura, no norte do Peru, durante sete anos. Desde 1997, está servindo ao Senhor no Equador. Colabora com os obreiros nacionais Jesús Solis, Ylna e Liz nas áreas de evangelismo, aconselhamento, Escola Bíblica Dominical com crianças e Escola Bíblica de Missionária Ivete Franco Férias. Na cidade de Santa Elena (capital da província Santa Elena, cerca de 200 km de Guayaquil), onde reside, Ivete dirige o núcleo fundado em 2001. Ela também dá reforço escolar e empreende ações de ajuda humanitária a crianças carentes, alargando a atuação numa comunidade com apenas 1% de evangélicos, onde condições econômicas e aspectos culturais compõem um cenário desafiador aos esforços missionários. O pastor Jesús Solis vem Liz Bermeo Guillén, casada e mãe de recuperando-se de um AVE três filhos, é obreira equatoriana encarre(acidente vascular encefálico) gada do núcleo em Porto Rico – uma pe- sofrido em 2010. A família, a igreja quena cidade na província de Manabí, na e o Betel Brasileiro têm-lhe dado especial apoio. costa sul do Equador (Rota do Sol).

Igreja em Porto Rico (Equador)

Salvação e missão entre o povo equatoriano “Em 2006, convidado pelo meu pai, veio um grupo de irmãos da Igreja Betel de Guayaquil à minha casa, em Porto Rico, o pastor Jesús Solis e sua esposa Yilna, a missionária Ivete Franco e outros irmãos. A mensagem desse dia foi: Edifica tua casa na rocha. Entendi que Deus me chamava para edificar minha vida espiritual, aceitei Jesus como meu Salvador, entreguei minha vida nas mãos de Deus, para ser usada por Ele. Fui crescendo pouco a pouco. As reuniões em minha casa foram tomando vida. Começamos a trabalhar com crianças; logo fiquei responsável pelo núcleo. Deus foi me dando graça e sabedoria e, com o apoio da igreja de Guayaquil e da missionária Ivete, o trabalho tem seguido adiante. Temos estudo com as crianças no sábado à tarde e mensagem às mães que acompanham os filhos. No domingo pela manhã EBD, oração, estudos, visitas. Hoje contamos com um grande número de crianças e algumas mães. Estamos seguindo adiante na certeza de que aquele que começou a boa obra vai continuar aperfeiçoando. Não há coisa melhor que servir a Jesus.”

Liz Bermeo, em Porto Rico, à frente do templo cujas paredes são feitas de bambu e madeira

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MISSÕES EM ASSUNÇÃO, PARAGUAI O paraguaio Carlos Domingues, cuja esposa é brasileira e membro da Igreja Betel Brasileiro no Lago Norte, em Brasília (DF), convidou a liderança desta igreja para ir ao seu país e fundar ali um trabalho de evangelização. Logo os membros da igreja no Lago Norte consideraram o convite e adotaram em oração a nação paraguaia. Em 2007, o pastor Guarandy Nóbrega e sua esposa, missionária Eva Rego, visitaram o Paraguai. Além do convívio com a família de Carlos Domingues, reencontraram Mônica Sartorio, uma empresária paraguaia que residiu em Brasília, e a ex-aluna betelina Maria Rosa, que, no ano seguinte, visitou a igreja em Brasília. Em dezembro de 2008, Guarandy e Eva retornaram ao país, desta vez acompanhados de alguns irmãos Salão de beleza: uma oportunidade bem aproveitada para a proclamação do evangelho

de Brasília e da ex-aluna betelina e pedagoga, Anaete Magalhães, membro da IMEBB Céu Azul (GO). Esta obreira, em 5 de junho de 2009, foi enviada. No dia 27 do mesmo mês, com a presença da missionária Eva Nóbrega, Missionária Anaete Magalhães ocorreu o culto inaugural do núcleo em Assunção. Anaete vem realizando o ministério nas áreas de evangelismo, aconselhamento e discipulado. Mediante a influência social de Mônica, a missionária tem aproveitado oportunidades para pregar a Palavra, inclusive em um salão de beleza, cuja proprietária se converteu e cede o próprio salão para reuniões de estudo bíblico com mulheres do bairro onde reside. Doze pessoas já foram batizadas. Roguemos a Deus que esta nova frente de ação missionária transcultural colabore para que muitos paraguaios possam ouvir a proclamação do evangelho e ser acolhidos na comunidade cristã.

MISSÕES NA BOLÍVIA O Seminário Betel Brasileiro formou, na década de 1980, duas alunas bolivianas: Blanca e Margarita Sausuri. Passados todos estes anos, a instituição volta a ter a Bolívia em foco, desta vez enviando missionários ao país. Maria Raimunda Carvalho era membro da Igreja Betel no Lago Norte (Brasíla, DF) quando saiu para participar de um projeto da Missão Horizontes. Passou a residir na cidade de Roboré (Bolívia), onde casou com o pastor batista boliviano Richard Chavez Alpire. Em visita ao Brasil, o pastor Richard é usado por Deus durante um culto na IMEBB, no Lago Norte, para despertamento, no que tange ao desafio missionário na Bolívia. Em resposta, o casal Gilmar e Cristiana Oliveira prontamente respondeu: “Eis-nos aqui, Senhor!” Em fevereiro de 2010, são enviados para residir em Santa Cruz de La Sierra e iniciar o ministério betelino na Bolívia. Logo são agraciados com frutos: muitas pessoas se convertem a Cristo, são batizadas e passam a servir ao Senhor. No final de dois anos, Gilmar e Cristiana

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Bolivianos recebem o evangelho


retornam para trabalhar na Agência igrejas de denominações diferentes. em Brasília. Nessa época, o pastor O último trabalho (desde novembro Richard e a missionária Raimunda, de 2011) é uma congregação indepor causa do tratamento de saúde do pendente, iniciada na própria resifilho, passam a residir em Santa Cruz dência do casal, onde improvisaram de La Sierra e, com a bênção da sua uma tenda para os cultos. denominação batista, assumem o Então, após se identificar e aprepastorado da Igreja Evangélica Betel sentar o esposo, os dois manifestaram Boliviano. Eles são, portanto, obreià missionária Eva Rego o desejo de ros betelinos nesse país. se filiar ao Betel. Todo o encaminhaEm março de 2012, os coordena- Pr. Guarandy e Eva Rego Nóbrega na posse de mento foi feito, de modo que Josinovos obreiros na Bolívia dores da AMBB – Setor de Expansão neide Bezerra e Henrry Huainoca para as Américas, estando na Bolíse tornaram obreiros betelinos intevia para dar posse a Richard e Raimunda, recebem a grantes da AMBB. Josineide assim resumiu seu entuvisita de Josineide Bezerra – que se identifica como siasmo: “Estou de volta à casa do Oleiro – Betel –, onde paraibana e ex-aluna do Betel. Informa que chegou tudo começou em minha vida”. Referia-se, também, ao àquele país em seu vínculo original à igreja betelina do bairro Alto do 2002, integrando Mateus, em João Pessoa (PB). um grupo da MisÉ deste modo, portanto, que duas novas igrejas são Horizontes, estão fortalecendo-se em Santa Cruz: com Richard e e que, após dois Raimunda, na zona leste, a oito quilômetros do cenanos, devido a seu tro da referida cidade chamado específico (um percurso de 45 a para trabalhar com 60 minutos no transpovos chineses, porte público), e com Pr. Richard e Maria Raimunda com o filho passa a ajudar na Josineide e Henrry, na igreja chinesa em urbanizacion Patuju, Santa Cruz de La Sierra, com o propósito de aprender 7º anillo. o idioma mandarim e evangelizar chineses residentes Que sejamos interna Bolívia. E que, em seu tempo livre, sempre se dedicessores a favor destes cou a ter contato com o povo boliviano. Foi aí que comissionários, suplinheceu seu esposo, Henrry Huainoca, quando estava cando a Deus toda a A missionária brasileira apoiando uma igreja batista boliviana. Eles se casaram provisão necessária à Josineide Bezerra e o músico boliviano em 2008. Juntos se dedicam a abrir novos trabalhos proclamação do evan- Henrry Huainoca servem a Deus em Santa Cruz de La Sierra de evangelização, tendo ajudado na fundação de três gelho na Bolívia. A Bolívia apresenta alta taxa de analfabetismo e o menor índice de desenvolvimento humano (IDH) da América do Sul. Situada no centro-oeste do continente, não tem saída para o mar. O país abriga a segunda maior reserva conhecida de gás natural da América do Sul, perdendo apenas para a Venezuela. Nos últimos anos, um grande movimento popular pela estatização do gás e do petróleo causou a queda de dois presidentes e a eleição de Evo Morales, primeiro indígena a presidir o país (ele é da etnia Aymara). O país com grande população indígena tem uma crescente população urbana que mistura as tradições indígenas com uma nova identidade globalizada Ocidental.

Santa Cruz, com cerca de dois milhões e meio de habitantes, é o atual motor da economia boliviana, com uma participação de aproximadamente 30% no PIB nacional. Está localizada grande parte em uma extensa planície fértil na fronteira com o Paraguai e com o Brasil, em um local propício para a agricultura e pecuária – atividades que se converteram em fonte importante para a riqueza do país, principalmente a soja, a cana-de-açúcar, o algodão, a carne, o couro e a madeira. Santa Cruz é uma cidade de migrantes e imigrantes: há gente de todos os cantos da Bolívia. Há também colônias de alemães, japoneses e brasileiros.

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MISSÕES NO PERU Norte do país e Serra Andina Tendo a crise econômica afetado o Japão, o peruano Carlos Seclén Salazar, que ali residia há uma década, desejou retornar a seu país. Ele se converteu em 1997 na Igreja Betel em Suzuka. Tornou-se líder do ministério betelino direcionado aos latino-americanos de língua espanhola que residem no Japão. Carlos e sua esposa Maria Érika Mitome Seclén (brasileira nissei) se formaram no Seminário Teológico Betel Japonês, em 2010. A ida desta família para o Peru mobilizou a AMBB – Setor de Expansão para as Américas e a Igreja em Suzuka, no propósito conjunto de enviá-los como obreiros para que iniciassem um trabalho no Peru. Isto ocorreu em fevereiro de 2011. Logo, uma equipe brasileira de 27 pessoas viajou a Chiclayo para participar da inauguração do núcleo ali. Durante dez dias, realizou evangelismo nas praças e colaborou na organização da sala oficializada para as reuniões da igreja. Entre os membros da equipe, alguns desejaram ter contato com comunidades indígenas. Subiram então as montanhas em direção ao distrito de Inkawasi (Lambayeque), a seis horas de Chiclayo. Ali conheceram uma das congregações quechuas, cujo líder Eulálio Calderón testemunhou acerca de sua conversão – tendo sido um revoltado guerrilheiro do Sendero Luminoso – e falou da sua extrema necessidade de ser apoiado no ministério entre os quechuas dessa região.

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Chiclayo – Situada na costa norte peruana, esta antiga vila de índios e mestiços tornou-se a quarta maior cidade do país. Hoje serve de rota estratégica de mercadorias entre as regiões do Peru (litoral, serra andina e selva amazônica). A 765 km de Lima, Chiclayo, capital do Estado de Lambayeque, além das belezas naturais que vão de praia a deserto e santuários ecológicos, reúne os traços de metrópole com a tranquilidade de cidade interiorana. Deste modo, o pastor Carlos Seclén, que está desenvolvendo a Igreja Betel em Chiclayo e assistindo dois pontos de pregação, nas cidades de Ferreñafe (cerca de 40 km de Chiclayo) e Illimo, também passou a apoiar os irmãos quechuas, ministrando cursos de ca- Pr. Carlos Seclén pacitação de obreiros, além da pregação da Palavra por meio de um programa semanal de rádio e outro na TV local.

Região de Ayacucho (sul do Peru) Em fevereiro de 2011, logo após a inauguração do trabalho em Chiclayo, a Agência Missionária Betel Brasileiro nas Américas recebeu do casal Máximo Candia e Raquel Yupanqui uma proposta de parceria para atuarem juntos na região de Ayacucho, com o propósito de fortalecerem ações missionárias já iniciadas pelo casal peruano.

Cordilheira dos ade camponesa na Atumpampa nid mu co a um em Igreja quechua tin de Porres de Andes, em San Mar

O casal Max Cand ia e Raquel Yupa nqui recebe a m enviada para tra issionária Edileuz balhar com eles a, em Ayacucho

No Peru, o quechua é um dos três idiomas oficiais junto com o espanhol e com o aymara. As mulheres incahuasinas, desde as mais jovens até às mais idosas, se protegem do frio e do vento, a três mil metros de altitude, usando chapéus de palha e elegantes roupas coloridas feitas por elas mesmas. A etnia enfrenta o

isolamento devido à precária condição das estradas, além de pouco acesso aos serviços básicos de saúde e educação. Os quechuas, com seu vínculo com a terra, são preferencialmente agricultores e cultuam a natureza – sol e terra, sobretudo – e os ancestrais.


PERU – Vem de longa data, o envolvimento do Betel com a igreja peruana e com o povo quechua. Em 1979, na cidade de Lima, durante o CLADE II (Congresso Latino-Americano de Evangelização), a Profª Lídia Almeida de Menezes conheceu Raquel Yupanqui e ofereceu-lhe uma bolsa de estudo. Em 1981, a missionária Durvalina Bezerra foi a Piura, com o apoio da família Ruiz Temoche, para ministrar um curso intensivo de Crescimento Cristão na Igreja Batista de Piura. Mais tarde, esta igreja recebeu Claudicéa Silveira e Ruth Alves como obreiras de tempo integral. Com o apoio do líder local, pastor Hugo Columbati, foram enviados ao Seminário Betel Brasileiro quatro alunos. Em 1989, a missionária Durvalina Bezerra organizou Raquel Yupanqui é quechua, ex-aluna do Betel Brasileiro, graduada em Enfermagem. Atua na cidade de Ayacucho, onde já foi vereadora. Prega nas diversas igrejas, promove capacitação de liderança, evangelização, projetos de saúde e de educação infantil. Na extensão da sua casa, no bairro San Melchor, Raquel abriu uma escola. Ali também se reúne uma igreja que congrega os alunos e seus familiares. Fundou (em 1990) a Associação Vidas (www.vidas-peru.com) para ajudar quechuas pobres que moram nas montanhas. Ela mesma a coordena. Cerca de 100 km de Ayacucho, na localidade de Quinua, Raquel fundou e administra uma clínica médica que assiste a população quechua. Em Yanamilla, o pastor Max e Raquel plantaram a única igreja existente, além de prestarem serviços de saúde e desenvolvimento comunitário. Na comunidade quechua de Condoray, a duas horas de viagem de Ayacucho, empreendem campanhas de saúde. Mediante a proposta feita por Raquel Yupanqui e Pr. Max Candia, os líderes Guarandy Nóbrega e Eva Rego, acompanhados de seus dois filhos, foram conhecer o campo de Ayacucho, em junho de 2011. Nessa ocasião, as duas partes firmaram uma parceria para fortalecimento das ações missionárias nessa região. Uma das necessidades imediatas alegadas foi o envio de obreiros. Atendendo a esta solicitação, mediante a providência do Senhor da Seara, Edileuza da Conceição foi enviada a Ayacucho, em abril de 2012. Ela era membro da IMEBB de Parauapebas (PA), quando se mudou para Brasília (DF), onde se tornou obreira betelina, colaborando na plantação das igrejas em Itapoã e em Águas Lindas (GO). É técnica em enfermagem e habilidosa no ministério com crianças e adolescentes. Com este seu perfil, cheia de amor cristão, ela já está somando forças com o casal Raquel e Max no Peru.

e liderou uma equipe de sete concluintes do curso de Missiologia, os quais, com ela e com o pastor Teófanes Viana, viajaram atravessando as Cordilheiras dos Andes. Realizaram evangelismo e apresentação de mensagens coreografadas, em igrejas do Paraguai, Argentina, Chile e Peru. Também foram organizadas conferências missionárias e evangelísticas na Assembleia de Deus em Lima, na Igreja Aliança Missionera em Piura e curso de capacitação de líderes na Presbiteriana de Ayacucho, entre o povo quechua. Até 2012, dezessete peruanos já se formaram no Seminário Betel Brasileiro, vindos de diversas denominações. Hoje trabalham tanto em sua terra como em outros países.

MISSÕES EM PORT JERVIS (Nova Iorque)

Pastor Butch Gilpin veio para o Brasil com uma equipe norte-americana para um projeto missionário de curta duração. Conheceram a brasiliense Késia, que atuou como intérprete do grupo. Ele casou com ela algum tempo depois e pastoreou uma igreja internacional no Lago Sul em Brasília (DF). Tendo concluído seu compromisso temporário ali, o casal se tornou membro da Igreja Betel no Lago Norte. Posteriormente, sentindo-se direcionados a ir morar nos Estados Unidos, desejaram ser enviados como obreiros da igreja no Lago Norte e da Agência Missionária Betel Brasileiro. Após pesquisas e intercessão, fixaram residência em Port Jervis, no Estado de Nova Iorque, para onde se mudaram no final de 2010. Iniciaram uma reunião semanal de oração com líderes, buscando avivamento espiritual e frutos na evangelização. Eles também têm visto dia a dia novas pessoas chegar aos cultos, que são realizados numa sala alugada. Késia faz um delicioso pão-de-queijo, que é oferecido aos vizinhos convidados para os cultos. Algumas dessas famílias também se têm unido ao grupo para o estudo bíblico. Com a graça do Senhor, a Agência Missionária Betel Brasileiro segue seu projeto de expansão nas Américas: um projeto de plantação de igrejas e capacitação de obreiros em todo o continente. Na Argentina, uma porta já se abre, de modo que, nos próximos meses chegaremos a esse país. Venha conosco! Seja uma IGREJA PARCEIRA e um PROMOTOR DE MISSÕES. Entre em contato conosco ainda hoje.

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Reflexão

O papel da igreja em missões

Barbara Burns

– Acredito que o papel de enviar missionários perque quando enviavam um de seus membros para camtence às juntas ou agências! A igreja não sabe nada sopo distante ou quando contribuíam para que o nome bre isto. do Senhor Jesus fosse proclamado perto ou ao redor do – Não concordo. Acho que é apenas a igreja local mundo. Era uma igreja que conhecia profundamente que precisa enviar, sem nenhuma interferência de uma a base bíblica, a estratégia e a importância de missões, agência! mas trabalhava em parceria com agências missionárias. Esta discussão acontece nessa época de mega-igreA agência principal que a igreja utilizava também comjas, individualismo e entusiasmo. Histopreendia o papel fundamental da igreja, ricamente, muitas agências assumiram por isso, os únicos candidatos aceitos todo o trabalho de enviar missionários, eram pessoas aprovadas, enviadas e susfazendo com que as igrejas se desligastentadas pessoalmente por suas igrejas sem de qualquer responsabilidade e locais. perdessem a oportunidade de obedeO primeiro modelo de uma igrecer ao Ide e, assim, ser bênção. Mas há, ja enviadora se acha em Atos 13.1-4. O também, igrejas dizendo que sozinhas Espírito Santo enviou, por intermédio vão mandar missionários, sem nenhum da igreja local, os dois homens mais auxílio de uma junta ou agência espepreparados e queridos em seu meio: cializada. seus líderes. Jesus mesmo disse que a Como podemos entender a vontade razão da existência de seus discípulos de Deus quanto a esse assunto? Há bons (os membros e líderes das igrejas) era Em 1983, Barbara Burns modelos de igrejas que seguem de forpregar o evangelho a toda criatura, de coordenou o primeiro curso intensivo de Missões ma equilibrada o envio de missionários, Jerusalém até aos confins da terra! Jesus Transculturais no Brasil, que sem delegar suas responsabilidades fitinha preparado os discípulos por três o Betel Brasileiro ofereceu nanceiras a outros. Existem parcerias, anos com esta finalidade. No fim deu a na Paraíba, ministrado por em que a igreja assume suas responsabiordem prioritária a eles e a todos quandiversos professores e agentes lidades, mas conta com a ajuda de pes- missionários aos alunos betelinos, tos vinham depois deles: “Portanto, vão soas com experiência na área e de quem no turno da manhã, e, no turno e façam discípulos de todas as nações” da noite, a pastores e líderes de pode acompanhar e orientar o missio(Mt 28.19). várias denominações. nário no campo. Também há agências Missões é responsabilidade de todos que sabem que os missionários precios discípulos de Jesus Cristo e a razão sam ter uma base sólida nas igrejas locais, pois foram central da existência das igrejas. Isto é claro em todo essas igrejas que investiram em seus candidatos, os ajuensinamento da Bíblia, desde Gênesis até Apocalipse. daram no preparo e os escolheram para serem servos O povo de Deus é canal do conhecimento e acesso a do Senhor dentro e fora da igreja, inclusive no meio de Deus. Além de todo o peso do ensinamento bíblico sooutra cultura. bre a missão do seu povo, Deus deixa claríssimo, em Tive o privilégio de ter sido criada numa igreja onde Êxodo 19.5, que a escolha do povo de Israel tinha motimissões sempre foi central em todos os seus propósitos. vo sacerdotal entre Ele e todos os que Ele tinha criado. Não havia nada que fizesse os irmãos mais felizes do Toda a nação de Israel tinha que compreender que a

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Lei que Moisés ia logo receber tinha razão de ser e não Senhor, em seu próprio trabalho evangelístico e disciera simples legalismo. Eles tinham que ser santos para pulador da vida cristã! Como é importante que o mispoder manifestar ao mundo a santidade do Deus criasionário tenha experiência profunda numa igreja que dor e Senhor de suas vidas. O mesmo texto é repetido, segue diretrizes bíblicas, em seu modo de ser e em seu desta vez para as igrejas – o povo de Deus no Novo Tesmodo de servir e louvar o Senhor! tamento: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio A prática do ministério faz parte do preparo, como real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunaconteceu com Saulo e Barnabé antes da sua primeiciar as grandezas daquele ra viagem missionáque os chamou das trevas ria. Uma experiência para a sua maravilhosa prática de ministério luz” (1Pe 2.9). Isto deixa profundo e abrangente, claro o papel apostólico como eles adquiriramcontínuo para poder al-na em Antioquia, só se cançar este mundo que pode obter numa igreDeus tanto ama. ja local. Deverão exisAs juntas e agências tir oportunidades de de missões foram estaexercer um ministério belecidas para ajudar as dentro da comunidade igrejas a cumprir esta de Deus. Os colegas e vontade de Deus: fazer líderes de uma igreja missões. Cada igreja inconhecem os dons, os dividual não tem posproblemas e as áreas de sibilidade de preparar, necessidade dos seus As veteranas missionárias Barbara Burns (educação missionária) coordenar, administrar membros e proporcioe Claudicéa Ayala (plantação e desenvolvimento de igrejas em e acompanhar missionánam base para aconsecomunidades ciganas portuguesas e na Sérvia) se encontram como palestrantes na Conferência Missionária da Igreja Betel Brasileiro, no rios a milhares de quilôlhamento, direcionabairro Funcionários II, em João Pessoa (PB). metros de distância. A mento e crescimento na maioria das pessoas nas vocação ministerial. igrejas carecem de conhecimento cultural, burocrátiA responsabilidade da escolha co ou político para poder auxiliar, de forma adequada, Assim, as igrejas é que podem reconhecer aqueles seus missionários. No entanto, existem atividades que, que são verdadeiramente aprovados em suas práticas por serem da responsabilidade das igrejas, as juntas e na vida cristã. Elas conhecem profundamente o cannão podem exercer. didato e devem, com toda honestidade, recomendar A seguinte lista fornece alguns exemplos das resou não recomendar as pessoas para missões. Faz parte ponsabilidades que cabem às igrejas na execução prádesta responsabilidade o conhecimento das qualificatica de missões: ções necessárias a um obreiro em missões. É preciso A responsabilidade do preparo enviar as pessoas certas, que darão fruto em situações O contato a longo prazo, o ensino da Palavra, a vida às vezes difíceis de comunicar e viver. Às vezes é necesem comunidade e o crescimento mútuo de cristãos que sário dizer a algumas pessoas que devem esperar mais, se amam e ajudam uns aos outros a viver dignamente devem se preparar melhor ou devem ajustar suas vidas para o Senhor constituem a melhor escola missionáem áreas de necessidade. Também faz parte discernir ria. O missionário vai levar consigo para os campos que algumas pessoas não são chamadas ou qualificadas as atitudes e o modelo que fizeram parte da sua forpara missões transculturais. mação cristã. Assim, ele repete e imita aquilo que exA responsabilidade do envio perimentou e viveu (muito mais do que ele aprendeu Em Atos 13, o Espírito Santo falou não só com Saulo numa escola formal, apesar da necessidade desse tipo e Barnabé, mas também com a igreja. Foram membros de preparação para completar o conhecimento teolóda igreja que impuseram as mãos sobre os dois, assim gico e missiológico necessários). Como é importante declarando solidariedade e identificação com eles. Eseste modelo ser o de uma igreja que serve fielmente o

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ses missionários eram embaixadores daquela igreja, conforme a direção do Espírito Santo. Hoje as igrejas devem estar alertas para saber a vontade de Deus sobre seus membros. Que privilégio Deus concede às igrejas em usá-las para enviar seus melhores membros a fim de serem pioneiros em campos desprovidos da Palavra e do conhecimento de Deus. No envio, a igreja precisa de ajuda burocrática e estratégica (nisto a agência missionária é uma grande bênção). A igreja deve procurar e indicar, cuidadosamente, para parceria agências dignas, com boa reputação e experiência.

A responsabilidade do apoio

Depois de longos anos de serviço frutífero, Paulo ainda reconhece a absoluta necessidade de apoio em oração. Em Efésios 6.18-20, ele pede que a igreja esteja: “Orando em todo o tempo, com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e suplica por todos os santos, e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a Palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar.” Paulo sabia que, sem a oração, nem ele teria sucesso em missões! A responsabilidade não termina com oração; apoio financeiro também é um importante ingrediente para missões. O apóstolo menciona este fato várias vezes, especialmente em Filipenses 4.10-20, onde ele agradece aos irmãos pobres da Macedônia pela oferta sacrificial, que foi uma bênção para ele, porque ela supriu necessidades e demonstrou o amor e a solidariedade da igreja para com ele. Acima de tudo, foi uma bênção para a própria igreja, porque a oferta foi como uma dádiva a Deus, colocada na conta celestial da igreja. Desta forma, temos o desafio e as responsabilidades missionárias das igrejas. Mas como fazê-lo? Eis alguns passos práticos: 1. Mensagens e ensino missionário. É difícil estudar a Bíblia sem estudar missões. Se enfatizamos missões na mesma medida que a Bíblia o faz, a igreja estará crescendo em conhecer o motivo e o modo de missões. 2. Testemunhos dos missionários. Devemos convidar missionários para pregarem e

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ensinarem nas igrejas, encorajando os membros a acolhê-los consigo, em casa. Devemos ser membros de igrejas que se alegram com a presença e com o trabalho dos missionários. 3. Oração semanal em favor de missões e dos missionários. Cada culto deve reservar um momento para a igreja orar a Deus pelas necessidades dos missionários. Podem ser lidas cartas, artigos de jornais e informações missionárias. Tudo isso ajudará os membros a se envolverem pessoalmente na vida dos missionários e nas necessidades que rodeiam o mundo. 4. Conferências missionárias. Missões pode ser enfatizado de uma forma especial uma ou duas vezes por ano. Pessoas de todos os departamentos da igreja podem participar e tomar responsabilidade de dirigir e partilhar informações missionárias durante as conferências. Os membros das igrejas, inclusive as crianças, devem chegar à conclusão de que podem ajudar na missão de Deus – o que não cabe somente a “especialistas” ou grandes oradores. 5. Conselhos missionários. Se a igreja for grande, um grupo pode se organizar para informar e ajudá-la no conhecimento e prática de missões. O conselho missionário não deve se tornar mais uma “junta” ou “agência”, mas deve levar a igreja toda a tomar decisões e se envolver no preparo, na escolha e no apoio de missionários. 6. Ser modelo de missões. Uma igreja ativa na evangelização e discipulado não só oferece oportunidades de prática de ministério, mas também se torna o modelo ideal que o missionário vai repetir em outros lugares. Cada igreja deve procurar expandir-se, formando pontos de pregação e congregações. Assim, providenciará oportunidades de treinamento e envolvimento pessoal no ministério da igreja, enquanto está cumprindo fielmente o propósito com que foi criada. Barbara Helen Burns, doutora em Missiologia e escritora, é missionária no Brasil desde 1969. No Paraná, seu primeiro campo, ajudou começar a Missão Antioquia. Lecionou missões na Faculdade Teológica Batista de São Paulo, entre 1984 a 1999, enquanto participava da Primeira Igreja Batista de Santo André, com o Pr. Edison Queiroz (por dez anos) e da Igreja Batista de Jardim Elba (oito anos). Desde 1999, tem sido a coordenadora pedagógica da Escola de Missões Transculturais da Missão Juvep em João Pessoa (PB).


Missões indígenas

Testemunho do evangelho entre o povo potiguara Da Escola Jardim Encantado, No litoral norte da Paraíba está a com cerca de 80 crianças do matribo potiguara, cuja principal ativiternal ao 5º ano, alguns ex-alunos dade é a pesca e, em menor escala, a continuaram seus estudos até a faagricultura. Em 1971, o Betel teve o culdade; entre eles: Josafá, que hoje é primeiro contato com os potiguaras. Secretário de Habitação Indígena da A partir de então, algumas missioTribo Potiguara; Martinha, formada nárias-educadoras foram enviadas em Pedagogia; Ivonaldo, professor para a região, destacando-se Rosália de tupi-guarani; Ivanize, secretária Lima Macedo, atuante desde 1979, da escola. realizando, ao longo dos anos, evanA educadora-missionária Marilegelismo e discipulado, ação social, Missionária Rosália Lima Macedo ao lado de ne Padilha dirige a Escola Tym’kûapa, alfabetização de adultos e educação Alcides Vital, seu ex-aluno e hoje cacique da Aldeia São Francisco organizada em 2009, na comunidade infantil. Rosália é membro da Igreja Benfica (Aldeia São Miguel), no muBatista Missionária da Independência (Salvador, BA). nicípio Baía da Traição. Centenas de índios foram evangelizados e assisValne Inácio de Paiva Júnior e Márcia Marize são tidos, tornando-se cristãos comprometidos. As duas obreiros residentes em Rio Tinto (PB): alcançam as alescolas betelinas entre os potiguaras dão ênfase à edudeias Monte-Mor e Jacaré (Município de Marcação). cação cristã respeitando a cultura local. Juventude potiguara recebe o evangelho Escola Tym’kûapa

Existem 340 etnias indígenas no nosso país

27 10

Reconhecidas oficialmente: 228

25 9 41 228

Isoladas:

27

Parcialmente isoladas:

10

A pesquisar:

25

Possivelmente extintas: Ressurgidas:

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DAI/AMTB

DEMONSTRATIVO ÉTNICO

9 41


Debaixo de cajueiros, conta histórias bíblicas Ivonete Freire dos Santos

Potiguara Marilene Freire: missionária e educadora

“O evangelho não apenas responde aos questionamentos da alma humana, como também contribui para a sobrevivência individual, social, cultural e linguística dos povos indígenas no Brasil.”

Pr. Valne e missionária Márcia Marize

“Lembro a primeira vez que ouvi uma história bíblica. Era uma narrativa sobre Adão, Eva, o pecado e o imenso amor de Deus pelo ser humano. Quem contava a história era a missionária Nellie Ernestine Horne, na primeira visita do Betel Brasileiro aos potiguaras. Com treze anos me converti. Fui discipulada pela missionária Luci Vasquez Vidal e encaminhada para o Seminário Betel em João Pessoa, juntamente com minha irmã, Marilene. Assim que concluímos o curso, voltamos a morar entre o nosso povo. O período no seminário acrescentou muito em minha vida e me ajuda a servir melhor na obra de Deus. Ao voltar para a Aldeia São Francisco, em 1980, fundei a escola Jardim Encantado, com cinco crianças. Foi uma semente que frutificou. A missionária Rosália Macedo é a diretora. A escola já formou centenas de crianças indígenas. Eu me casei com Gustavo Aureliano Santos e tive dois filhos: Jônatas, ex-aluno da nossa escola, hoje com 20 anos faz faculdade federal de Nutrição, e Yura Eva, com 12. Temos uma família missionária. Todos vamos aos cultos na Aldeia Santa Rita. O evangelismo começou ali há 13 anos, como ponto de pregação, debaixo de cajueiros. Hoje conta com um templo construído e cultos regulares. A participação dos adolescentes é marcante. Ao longo dos anos, tenho percebido os propósitos de Deus se concretizando em minha vida e no meio do povo potiguara. Meu coração se alegra em ver a vida dos meus irmãos índios senAs potiguaras Ivonete e Marilene como estudo alcançada pelo dantes no Betel Brasileiro (1978-1980). amor de Jesus.” Na foto, entre elas, a Profª Lídia Almeida

Escola Jardim Encantado, Aldeia São Francisco

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Plantação de igrejas no sertão nordestino O nordeste do Brasil ainda é a região menos evangelizada e a que detém a maior quantidade de municípios (cerca de 300) com menos de 3% de evangélicos. Além dos desafios próprios de missões urbanas nas capitais e nas maiores cidades do litoral e do agreste nordestino, existe o desafio do interior – o sertão urbano e o sertão rural – com suas peculiaridades que requerem especial atenção missionária. O povo sertanejo, festeiro e alegre, com forte sentimento religioso – todavia uma religião sincrética, legalista e com uma visão de Deus antibíblica –, é alvo do nosso compromisso com a proclamação genuína do evangelho. Geralmente, a capacidade de suportar adversidades (clima, seca, opressão e exploração) torna o sertanejo resistente a mudanças. Isto reflete no seu tradicionalismo. Entretanto, a experiência tem mostrado que, quando é realizada uma evangelização contextualizada (levando-se em conta a cultura do homem sertanejo), com perseverança e no poder do Espírito Santo, aliada a atividades da missão integral e à disposição de servir, os frutos não tardam.

Meio Norte Sertão Agreste Zona da Mata

Fundado no sertão paraibano em 1935, o Betel sempre priorizou proclamar o evangelho à população regional. Empreende esforços sistemáticos para a plantação de igrejas especialmente em pequenas cidades, povoados e sítios onde não há evangélicos ou onde há menor percentual de presença evangélica, e assiste esses núcleos até que eles se tornem igrejas estruturadas e autopropagadoras. Haja vista as igrejas em Serrita, Exu e Custódia (Pernambuco), Serra Negra, Parelhas e Equador (Rio Grande do Norte) e Brejo do Cruz, Catolé do Rocha, Juazeirinho e Junco do Seridó (Paraíba). Essas igrejas agora evangelizam em suas circunvizinhanças, de forma mais contextualizada e integral. Do meio delas também têm saído dezenas de discípulos do Senhor, os quais, tendo sido vocacionados ao ministério e preparados, hoje servem à igreja brasileira, em outras regiões do país e em missões transculturais. Este fato mostra uma parte do semiárido sendo, ao mesmo tempo, campo e celeiro missionário!

Capacitação de liderança No município de Junco do Seridó, a 265 km da capital paraibana, não existia igreja evangélica até o ano de 1978, quando alunas betelinas, em seu programa de estágio, foram enviadas àquele povo. A perseverança missionária ali foi agraciada com muitos frutos: uma escola, uma igreja e uma extensão teológica. Desde 2001, a extensão do S eminár io Te o l ó g i c o Betel BraCozete Almeida

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sileiro em June Soledade) e do co do Seridó já Rio Grande do formou cerca de Norte (Equa50 alunos, dos dor e Parelhas). quais grande Teologia Minisparte é atuante terial e Básico na igreja evanem Teologia gélica sertanesão os cursos ja: são obreioferecidos em ros, pastores, módulos, com formadores de Um grupo de alunos da extensão do Seminário aulas aos sábaTeológico em Junco do Seridó (PB) opinião, líderes dos. A diretora comprometidos e coordenadora com Jesus e com a proclamação do pedagógica é a missionária Cozete evangelho. Eles são residentes em Santos Almeida – a primeira pesJunco e em municípios circunvizi- soa convertida a Cristo na cidade nhos da Paraíba (Assunção, Juazei- de Junco, quando a Instituição inirinho, Pombal, São José do Sabugi ciou ali um núcleo evangélico.


Alguns frutos em meio a múltiplas ações evangelísticas e de fortalecimento da igreja local: Localidades rurais que ainda dependem de precária iluminação também reúnem grupos disposto a ouvir o Evangelho

Sítio

Igreja Betel em Custódia comemora 30 anos sendo sal e luz no Sertão de Moxotó, a 335 km da capital pernambucana

Juazeirinho (PB)

Escola Estrela da Manhã, em Junco do Seridó (PB)

Encontro de obreiros betelinos sertanejos: edificação, apoio mútuo, oração e planejamento

Em março de 2012, foi realizado em Juazeiro do Norte (CE), o Congresso Nacional de Evangelização do Sertão Nordestino, atraindo os olhares evangélicos de outras partes do Brasil para o sertão nordestino como um campo missionário. Alguns obreiros do Betel Brasileiro participaram do evento ministrando em uma plenária (Pr. Antônio Márcio) e em dois seminários temáticos – Desafios para a evangelização do sertão (missionários Neto e Tânia) e Formação de obreiros no sertão (Profª Cozete Almeida).

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Pastores, evangelistas e obreiros atuantes no cariri e sertão nordestino PARAÍBA:

Assunção Manoel Rodrigues de Lima e Maria do Céu Lima

Brejo do Cruz; Sítio Maniçoba; Sítio Saraiva Hugo Cunha e Djane

Cajazeiras Élson Henriques Duarte e Marinalva Duarte

Catolé do Rocha; Sítio Catolé do Baixo Francisco Carreiro

Cubati John Heimar Azevedo Souto, obreiro

Ibiara Venâncio Braz

São José do Sabugi José Francisco Félix e Francisca Félix

Junco do Seridó Fernando Carlindo S. Oliveira

Patos Osvaldo Magalhães Carvalho Neto

Pocinhos João Soares S. Júnior e Danúbia Soares

Pombal (Sítio Mufumbo) Paulo Sérgio Souto e família

Juazeirinho; Sítio Antônio Ferreira; Sítio Pendência dos Caetanos Alex Fabiano F. Cordeiro e família

RIO GRANDE DO NORTE:

Apodi; Sítio Lagoa do Mato Agnaldo Lopes da Silva

PERNAMBUCO:

Arcoverde Iraquitan da Silva e família

Equador; Sítio Malhada da Areia Cosme Alves de Almeida e Betânia Almeida

Custódia; Sítio Carvalho; Sítio DNCOS Eduardo Araújo Rocha

Exu (Asa Branca); Sítio Barro; Sítio Saudade João Carlos Nascimento

Parelhas Edízio Medeiros S. Júnior e Edjane Medeiros

Serrita; Sítio Varzinha; Sítio Urubu; Sítio Cruz; Sítio Quixaba Francisco das Chagas Amorim

Serra Negra do Norte José Maurício de Azevedo e Ana Lúcia

Sertânia Carlos Roberto Cavalcanti

Comunidades de adoração, proclamação e serviço cristão

O setor eclesial da Instituição é coordenado pela Superintendência Missionária Eclesial Betel Brasileiro (SUMEBB). É dirigida pelo ex-aluno e psicólogo, Pr. José Alcione Pinto, auxiliado por um conselho superintendente e por comissões de apoio pastoral, que se dedicam a cooperar com mais de uma centena de obreiros, no sentido de apoiá-los e equipá-los continuamente para o exercício do ministério, e busca o aprimoramento para enfrentar as mudanças do tempo atual, que exigem excelência na administração eclesiástica, no pastoreio, na evangelização contextualizada, no cumprimento da missão integral e dependência plena do Espírito Santo. Entre em contato com a SUMEBB e apoie obreiros atuantes no sertão nordestino – sumebb@terra.com.br

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PROMIBB: mobilização da igreja para a evangelização Todos os anos, em janeiro e julho, o casal missionário Neto e Tânia organiza um projeto convidando irmãos de vários Estados e de diferentes igrejas para dar parte de suas férias na evangelização do sertão nordestino. As equipes realizam evangelismo pessoal (adultos e crianças), classe Boas-Novas, cultos em praça pública, cursos intensivos para capacitação de líderes e atividades de ação social. Seja você também um integrante e um mantenedor das próximas equipes do Projeto Missionário Betel Brasileiro (PROMIBB), para levar a mensagem da salvação em Cristo Jesus, aos sertanejos das pequenas cidades, povoados e sítios. Sua participação pode ampliar o impacto nesta região.

contato: Entre em sileiro.com.br; ra omibb @betelb promibb rasileiro.com/pr telb www.be

Pr. Neto e Tânia: mobilização e acompanhamento de equipes para evangelização e desenvolvimento de igrejas no sertão nordestino

Saúde e oportunidade

Evangelismo na feira

Cultos em povoados

Há diversidade de dons e ministérios. Que todos nós estejamos unidos pela causa do Senhor Cristo, pois ele é quem opera tudo em todos, visando o aperfeiçoamento do Seu corpo e a glória do Seu nome. Gostaria de convocar profissionais cristãos a procurarem a Agência Missionária Betel Brasileiro e fazer parte dos Projetos de Ação Social – médicos, dentistas, advogados, nutricionistas, fisioterapeutas e outros – ou implantar em sua própria igreja ou denominação grupos de Ação Social e ministério de compaixão. Escreveu o apóstolo Tiago: Fé sem obras é morta. Participe conosco!

Trabalho especial de comunicação do evangelho a crianças sertanejas Leitura bíblica e oração, de casa em casa

Dr. Mário Sérgio, dentista, pastor da Igreja Nazareno, em João Pessoa (PB), integra as equipes do PROMIBB.

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Parceria estratégica: dezesseis princípios básicos Ao longo de muitos anos de trabalho para estabelecer parcerias de evangelismo entre agências no campo, Phill Butler e os colaboradores na Interdev descobriram que há vários princípios-chave que caracterizam parcerias bem sucedidas. Estes dezesseis princípios, publicados pela revista Mission Frontiers, nº 5 e 6, vol. 19,1 foram extraídos do material de treinamento da Interdev, usado na formação de Parcerias de Evangelismo Estratégico. 1. Parcerias eficazes são edificadas sobre confiança, abertura e respeito mútuo. Parcerias são mais do que coordenação, planejamento, estratégias e táticas. A essência de parcerias duradouras são relacionamentos restaurados.

de escrever uma declaração teológica comum. A partir destas necessidades, das prioridades do Reino, das barreiras e avanços espirituais e dos recursos disponíveis ou não, é necessário destilar e chegar a um acordo sobre prioridades realistas para a ação.

parceiros e, eventualmente, a própria parceria com suas crescentes expectativas. Há muito mais participantes ao redor da mesa do que aqueles que normalmente reconhecemos ou lembramos. Esqueçaos e, mais cedo ou mais tarde, a parceria fracassará.

2. Parcerias estáveis precisam de um facilitador ou coordenador – alguém que, 7. Parcerias são um processo, não um evento. 12. Parcerias eficazes têm um alto senso de Os estágios de início e de formação de uma participação e propriedade. Facilitadores mediante um consenso, recebeu o papel parceria geralmente tomam muito tempo. precisam dar atenção especial a uma de trazer a parceria à existência e mantêMarque um encontro de formação ou participação mais ampla possível na la ativa. Este “intermediário honesto” mesmo um encontro exploratório muito definição de metas, planejamento, frequentemente emprestado ou transferido precoce e você, provavelmente, destruirá a processo das reuniões e na comunicação temporariamente de uma agência possibilidade de uma parceria. Acima de continuada, aumentando a possibilidade de encarregada da tarefa, deve ser uma pessoa tudo, é necessário haver confiança pessoal. compromisso com uma visão comum. de visão que prosseguirá, a despeito de Gaste tempo para estabelecer isto de forma todos os desencorajamentos. Profeta, servo particular em encontros individuais. O 13. Parcerias eficazes mantêm o enfoque em e talentoso, este indivíduo deve ser treinado facilitador descobrirá que mais tarde, no seus alvos ou visão. Não são distraídas pelas e nutrido. Servir a todos em parceria é uma grupo, isto resultará em ricos dividendos. exigências operacionais diárias. É sempre tarefa solitária. mais fácil enfocar os “meios” mais do que o “fim”. Somente uma constante diligência 3. Parcerias eficazes têm um parceiro 8. Parcerias eficazes são ainda mais desafiadoras para se manter do que para manterá clara esta perspectiva de longo “campeão” dentro de cada parceiro de começar. Para que nos certifiquemos prazo. ministério – uma pessoa que vê como a de que a visão permanece viva, o foco agência dele pode se beneficiar de tal prática claro, a comunicação boa e os resultados 14. Parcerias eficazes consideram oração e de cooperação, um indivíduo que passará a compensadores é necessário grande comunhão como elementos poderosos visão aos colegas e manterá a parceria para concentração e compromisso de longo e singulares para unir os parceiros em realizar aqueles benefícios. prazo. Cristo. Parcerias eficazes são revigoradas e fortalecidas por frequentes orações em 4. Parcerias de sucesso se desenvolvem, visando pequenos grupos onde indivíduos podem alcançar alvos ou tarefas específicas. Parceria 9. Parcerias eficazes são construídas a partir de parceiros de ministério com identidade expressar preocupação mútua pelas pela parceria é uma receita para o fracasso. e visão claras. Eles precisam ter seus necessidades dos outros e pela celebração Isto significa que parcerias duradouras estatutos próprios com uma declaração conjunta da Ceia do Senhor. enfocam, principalmente, “o que” (objetivo) clara da própria missão e viver por eles. mais do que “como” (estruturação). A forma Ao contrário, nunca entenderão como se 15. Parcerias eficazes não acontecem de sempre acompanha a função, não o oposto encaixam nisto, como contribuir para o graça. Participar no planejamento e na disto. Consenso é normalmente melhor do quadro geral ou como beneficiar-se daquele coordenação leva tempo e dinheiro. que constituição! esforço conjunto. Compromissos mais profundos podem exigir ainda maiores investimentos. Mas 5. Parcerias eficazes devem ter objetivos o retorno no “investimento do Reino” limitados e alcançáveis, em princípio, 10. Parcerias eficazes reconhecem e até mesmo celebram as diferenças de história, visão e mediante parcerias deve compensar as ampliando-se cada vez mais à medida que serviços de suas agências parceiras. Mas contribuições que uma agência parceira o grupo experimenta sucesso. Embora as parcerias devem se concentrar no que pode fazer. limitados, estes objetivos devem ter um ambos têm em comum, como visão, valores sentido claro para o Reino, atraindo a e objetivos ministeriais, mais do que nas 16. Parcerias eficazes antecipam problemas e imaginação e provendo motivação para diferenças. planejam de antemão o modo de vencê-los. o grupo e relevância para cada visão e Certifique-se de estabelecer um processo na objetivo do parceiro de ministério. 11. Parcerias eficazes servem pelo menos parceria para lidar com mudanças, exceções, quatro participantes: o povo que está desapontamentos, compromissos não 6. Parcerias eficazes começam pela desejando alcançar, as agências parceiras cumpridos e simplesmente o inesperado. identificação das necessidades entre as com colaboradores e visão, os participantes O homem sábio sabe de uma coisa: a única pessoas que estão sendo alcançadas ou financeiros e de oração das agências dos coisa previsível é o inesperado. servidas. Não começam pela tentativa

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Traduzido por Jorge Noda.


Viagens e avanços missionários Promovemos a formação de equipes interdenominacionais para realizar viagens missionárias aos campos transculturais na América Latina e África, com o objetivo de apoiar a implantação de núcleos cristãos e fortalecer os trabalhos existentes. Há oportunidades para pregar, cantar, dar cursos intensivos, desenvolver atividades educativas com crianças, ouvir os obreiros locais e incentivar sua perseverança no ministério. Essas viagens põem o participante em contato direto com um povo e as peculiaridades próprias dele: língua, cultura, costumes, gastronomia, etc. Se você possui conhecimentos e habilidades profissionais, nas áreas mais diversas, e deseja identificar seu chamado ou desenvolver o ministério e, mais importante, partilhar o evangelho, em um contexto transcultural, venha participar do nosso próximo avanço missionário! Você pode integrar uma destas equipes e viver uma enriquecedora e inesquecível experiência.

Guiné-Bissau, 2010

Guiné-Bissau, 2006

Os irmãos Vilmar Rego e Eva Rego, unidos também no propósito comum de proclamar o evangelho, são grandes incentivadores das viagens missionárias

Peru e Equador, 2012

Paraguai, Bolívia, Peru e Equador, 2011

Entre em contato com a Agência Missionária Betel Brasileiro. João Pessoa (PB): agenciamissionaria@betelbrasileiro.com Brasília (DF): ambbbrasilia@hotmail.com 53


Passos ara práticos p io o minis tér o ã s s e c r e t n da i Durvalina Bezerra Algumas orientações àqueles que desejam formar ou ativar o ministério de oração em sua igreja: Autorização e apoio da liderança Se Deus estiver levantando você para iniciar um ministério de oração em sua igreja, busque autorização e apoio da sua liderança. É importante lembrar o que o Pr. Edison Queiroz afirma: “O pastor é a pessoa chave para missões mundiais na igreja local”. A partir do momento em que o programa de oração fizer parte do planejamento mensal e anual da igreja, terá boa aceitação e se desenvolverá melhor. Mobilização de intercessores Mobilize pessoas para orar e forme um grupo tanto para divulgar como para atuar junto a você nas iniciativas do ministério de oração. Organização de um local específico para oração A sala de oração deve ser de fácil acesso e, se possível, manter-se aberta para quem deseja orar. Se não houver uma sala específica, procure adaptar um espaço que seja adequado para este fim. Ao preparar a sala atente para alguns detalhes: a) Substitua as cadeiras por tapetes e almofadas. b) Exponha e procure manter sempre atualizado o maior número de informações de campos missionários. c) Inclua mapa-múndi e mapas regionais, bandeiras e adornos que lembrem diversos países e culturas do mundo. d) Prepare um mural com a exposição de fotos e de cartas de missionários. e) Catalogue boletins de agências missionárias e cartões de oração. f) Disponha catálogos, livros e artigos que incentivem a pesquisa e a oração missionária. Motivos de oração Mantenha uma relação de assuntos específicos que carecem de intercessão constante, tais como: • Igreja local: - Liderança, os vários ministérios, projetos etc.

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- Edificação espiritual dos membros. - Despertamento missionário envolvendo todos os membros. - Consciência e visão missionárias dos pastores e dos líderes. - Pessoas chamadas e vocacionadas para serem enviadas aos campos carentes. - Fidelidade da igreja no sustento financeiro dos missionários. - Pedidos pessoais dos intercessores e demais irmãos e familiares. • Avivamento na igreja evangélica brasileira. • Organizações missionárias. • Nações e povos não-alcançados. • Missionários e os campos onde eles atuam: - Saúde física, emocional e espiritual tanto do missionário quanto da sua família. - Sustento financeiro necessário para as suas necessidades. - Adaptação transcultural e sabedoria para a comunicação do evangelho, evitando confrontos desnecessários à cultura que os recebe. - Conservação íntegra da vocação perante as provações. - Programas e projetos. - Relacionamento com a equipe. - Integração com a agência e a igreja enviadora. - Frutos no ministério. Cronograma de oração a) Um dia específico da semana pode ser estabelecido para os grupos de oração se reunirem. b) Um momento de oração missionária nos cultos semanais e nas classes da Escola Bíblica Dominical pode ser promovido. Incentive a igreja a adotar um missionário e um povo específico e a manter contato com eles, na medida do possível. c) Datas históricas nacionais e mundiais podem ser aproveitadas no calendário de oração da igreja, tais como: Dia Internacional da Mulher (8 de março); Dia do índio (19 de abril); Dia mundial de oração pelas crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade (2 de junho); Dia mundial de oração pela igreja sofredora (10 de junho); Dia de oração pela criança africana (16 de junho); Dia da Independência do Brasil (7 de setembro); Dia da criança (12 de outubro); Dia mundial de oração pelos povos não-alcançados (15 de outubro); Dia nacional de oração pelo Brasil (15 de novembro). Organização de diferentes modelos de oração • Oração em trios: Este modelo de oração sugere o seguinte: Três irmãos (ou três casais) encontram-se uma vez por semana, na igreja ou fora dela, e cada um escolhe três pessoas não crentes e três nações ou povos não-alcançados para levá-los diante de Deus em oração, citando seus nomes e necessidades pessoais. Também oram uns pelos outros para que o grupo persevere. O intercessor busca oportunidade para a evangelização das três pessoas por quem está intercedendo e, quando elas se convertem, ele ajuda a integrá-las na igreja. Aquele que intercede também evangeliza e o que evangeliza, intercede. Desta forma, a evangelização do mundo será realizada por todos e em menos tempo. • Cadeia de oração SOS para pedidos de emergência: Tenha uma lista de pessoas com quem você pode contar a qualquer hora. Surgindo uma necessidade, telefone para a primeira pessoa, ela ligará para outra e assim, sucessivamente, em poucos minutos você pode contar com dezenas de pessoas em oração.


• Relógio de oração: Este modelo possibilita uma corrente ininterrupta de oração por 24hs, 48hs, 72hs, conforme o tempo que Deus orientar. Como funciona: Divida as 24 horas do dia com pessoas ou com grupos, especificando o tempo e os pedidos específicos (veja quadro sugestivo a seguir). Dependendo da disponibilidade de cada um e da quantidade de voluntários, o espaço de tempo entre um voluntário e outro pode ser reavaliado. É importante que, antes de iniciar o relógio de oração, seja feita uma reunião com todos os participantes para orientar e para distribuir com eles todos os pedidos de oração propostos. É importante o empenho pessoal e a disposição de cada integrante em estar lembrando ao seu sucessor que chegou seu momento de orar.

Tempo de oração 1:00h às 2:00hs 2:00h às 3:00hs ... 23:00h às 24:00hs

Voluntários para oração

Pedidos de oração

• Células de oração na igreja ou no lar: São grupos que se reúnem com uma proposta específica de oração. • Concertos de oração: São campanhas ou reuniões de oração na igreja local e em grandes concentrações. Elas geralmente têm a seguinte sequência: Confissão – reflexão e quebrantamento para confissão dos pecados. Oração silenciosa e leitura de textos sobre confissão (por exemplo: Salmo 51). Adoração – adorar com cânticos, com a leitura dos salmos e com oração. Consagração – oração de entrega (oferecer a vida no altar do Senhor), seguida da leitura de textos para dedicação (momento de oração individual). Intercessão pela igreja – sua liderança local, seus programas eclesiásticos (indicar pessoas para orar em voz alta). Intercessão missionária – orar por nações, povos não-alcançados, agências enviadoras, conselho de missões e missionários (diversificar os tipos de oração: em grupos, em duplas ou oração conjunta). Oração por avivamento – clamar pelo mover do Espírito Santo no Brasil e no mundo. Oração de combate – resistir à oposição de Satanás à obra de Deus. Louvor – cânticos, oração e leitura de salmos em gratidão pelo que o Senhor tem feito e fará em resposta às orações. Participação da igreja local em eventos Incentive a igreja a participar de eventos, como: • Marcha de oração: Arregimente o povo de Deus para sair às ruas de sua cidade para orar. Pode-se orar de casa em casa, entrar nos estabelecimentos e nas repartições públicas para orar. • Retiro de oração: Aproveite especialmente os feriados para, em lugares previamente reservados, desenvolver uma

programação inteiramente voltada para a oração, incluindo momentos de meditação na Palavra de Deus, louvor e testemunhos de orações já respondidas. • Vigília missionária: Selecione o maior número de informações e necessidades específicas para a intercessão. • Jornada de oração: Forme caravanas para orar em lugar específico. Programa de oração em grupo Organize programas de oração por faixa etária ou por grupos de interesse, tais como: Profissionais da área da Saúde; Militares; Estudantes. Ensino sistematizado sobre oração Programe seminários de oração (workshops) para treinar os intercessores e os líderes dos grupos de oração. O conteúdo deve incluir: 1. Ensino bíblico sobre a oração. 2. Ensino de estratégias, estabelecimento de alvos e projetos. Um compromisso individual de oração Cada cristão deve manter seu tempo pessoal de oração diária, pois a nossa responsabilidade tanto é pessoal quanto coletiva. Incentive a intercessão missionária particular. Organize seu tempo pessoal de oração: 1. Fazendo uma agenda de oração com a lista de pessoas e de povos incluindo pedidos específicos pelos quais se compromete a orar. 2. Usando os incidentes do dia como lista de oração não escrita. Ao assistir uma reportagem, ao ler um noticiário, ao presenciar algum fato nas ruas da cidade, podemos usar a oração de frases curtas para invocar a bênção divina para esses casos. 3. Munindo-se das informações para a intercessão. A oração deve ser específica; para isso, devemos atentar para o que vamos pedir. Precisamos receber informações da situação dos povos para orar especificamente e para estar atento aos resultados. Lembremo-nos de Neemias: ele estava no palácio, servindo ao rei da Pérsia, mas, quando ouviu do seu irmão Hanani como estava a situação de Jerusalém muros derribados, portas queimadas e o povo que lá restou em grande miséria lamentou, chorou, jejuou, orou e falou com o rei. Daí iniciou-se o processo de restauração, como conhecemos na história bíblica. 4. Organizando em seu lar um cantinho de oração, onde você possa colocar um mural com fotos e cartas de missionários, mapas para conduzir sua intercessão pessoal etc. Assinale no mapa as nações que você está adentrando de joelhos. Faça do seu tempo de oração uma tarefa missionária. Você verá na eternidade os efeitos da oração através da mão divina ao mover-se ao redor do mundo. Leia o livro A Missão de Interceder, escrito pela Profª. Durvalina Bezerra. www.betelpublicacoes.com.br

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Igreja missionária

Compromisso imperativo, intransferível e inadiável “Anunciai entre as nações a sua glória, entre todos os povos as suas maravilhas. Porque grande é o Senhor e mui digno de ser louvado, temível mais que todos os deuses.” (Sl 96.3-4).

O alvo da obra missionária é levar as nações a regozijarem-se em Deus e glorificá-lo acima de tudo; o alvo é a alegria dos povos na grandeza de Deus (Salmo 97.1; 67.3-4; cf. 47.1; 66.1; 72. 11, 17; 86.9; 102.15; 117.1; Isaías 25.6-9; 52.15; 56.7; 66.18-19. A glorificação de Deus, por causa da sua misericórdia salvadora, é a razão da obra missionária. O apóstolo Paulo, quando cita o salmo em Romanos 15.11, “Louvai o Senhor, vós todos os gentios, e todos os povos o louvem”, está dizendo que Deus é tão universalmente digno de louvor, tão profundamente belo, tão compreensivamente digno e tão profundamente satisfatório, que encontrará admiradores em cada grupo humano diverso do mundo. Deus está reunindo para Si um povo entre todas as nações. A missão é de Deus, pertence a Ele e vem dele. A igreja é serva da missão de Deus no mundo. Somos cooperadores de Deus. Nas palavras de Timóteo Carriker, “a missão, antes de ser da igreja, é missio Dei. Esta perspectiva nos guarda contra toda atitude de auto-suficiência e independência na tarefa missionária. Se a missão é de Deus, então é dele que a igreja deve depender para participar na tarefa. Isso implica uma profunda atitude de humildade e de oração para a capacitação missionária, uma dependência confiante em Deus.” Não há dúvida de que ser instrumento nas mãos de Deus para o cumprimento da missão integral no mundo é um imenso privilégio; é uma honra para a igreja ser serva desta missão. Afinal, o modelo maior da igreja é Aquele que “não veio para ser servido, mas para servir”. O servo não é maior que seu senhor. Envolvimento missionário está baseado na consagração total do cristão e de suas posses ao Senhor. Paulo escreveu sobre os cristãos na Macedônia: “Porque eles, testemunho eu, na medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários, (...), mas também deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus” (2Co 8.3-5). Compromisso com o Senhor e com as pessoas é condição essencial para um envolvimento de importância em missões. Isto inclui a contribuição financeira.

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A igreja é o principal instrumento de Deus para evangelização dos povos. Dentro dela se encontram todos os recursos humanos e financeiros para a realização dessa grande tarefa. Que você, amado leitor, esteja cada vez mais disposto a realizar a obra missionária! Uma participação mais efetiva é esperada. Envolva sua igreja local no projeto de plantação de novas igrejas.

Como se tornar uma igreja missionária:

■ Defina uma visão missionária como norte para a

igreja. “Apoiar um trabalho misssionário é um grande desafio aceito apenas por aqueles que são portadores de uma grande visão.” (Olinto Oliveira, missionário em Macau/China).

■ Realize palestras, pregações direcionadas para despertamento, encorajamento e compromisso missionário.

■ Prepare, envie e sustente missionários no campo

transcultural. “Se Deus quer a evangelização do mundo, mas te recusas a sustentar missões, então te opões à vontade de Deus.” (Oswald Smith)

■ Crie o conselho missionário na igreja local. ■ Promova anualmente uma conferência missionária e convide para testemunhar aqueles que estão atuando no campo transcultural.

■ Invista mensalmente uma percentagem da entrada bruta em missões. “Evangélicos brasileiros gastam mais com Coca-Cola do que investem naquilo que dizem acreditar: Missões.” (David Botelho)

■ Participe de uma viagem missionária em curto prazo.


■ Incentive o ministério de um promotor de missões

em sua igreja: ele é um cristão comprometido ativamente com a difusão do evangelho. O pastor é o principal motivador e influenciador de missões na igreja local. É importante que o promotor de missões trabalhe em harmonia e parceria com ele. A igreja, o pastor e o promotor, juntos, lutando pela causa do evangelho!

■ Realize vigílias e momentos de intercessão missionária.

“Muitos crentes consagrados jamais atingirão os campos missionários com os seus próprios pés, mas poderão alcançá-los com os seus joelhos.” (Adoniran Judson)

■ Adote um povo, um projeto ou um missionário.

Se você deseja ser uma igreja atuante em missões, entre em contato conosco hoje mesmo! Somos uma agência missionária para atuar em comunhão e cooperação com igrejas de diferentes denominações, num trabalho em conjunto no reino de Deus, canalizando recursos humanos e financeiros de forma prática e objetiva.

SEJA NOSSO PARCEIRO:

• missionário • intercessor • mantenedor financeiro • promotor de missões • integrante de viagens missionárias Agência Missionária Betel Brasileiro

Fone: (83) 3041 8118 8130 E-mail: agenciamissionaria@betelbrasileiro.com AMBB - Setor de Expansão para as Américas

Fone: (61) 3032 6384 / (61) 8314 1951 (Tim) (61) 9501 6134 (Claro) E-mail: ambbbrasilia@hotmail.com www.betelbrasileirodf.com Qualquer contribuição financeira para o trabalho missionário deve ser enviada nominal ao Instituto Bíblico Betel Brasileiro, CNPJ 09.132.432/0001-20

Consciência missionária “Por que alguém deveria ouvir do Evangelho duas vezes, quando há pessoas que não ouviram nenhuma vez?” (Oswaldo Smith) “Contribua de acordo com a sua renda para que Deus não transforme a sua renda de acordo com sua contribuição.” (Peter Marshall) “Deus usa aquele que se concentra mais em sua disponibilidade do que em sua própria habilidade.” (Howard Hendricks) “A obra de Deus começa difícil, torna-se impossível e então é feita.” (Hudson Taylor) “Se Jesus é Deus e morreu por mim, então nenhum sacrifício que eu fizer por Ele pode ser grande demais.” (Carlos T. Studd) “Estamos indo buscar para o Cordeiro o galardão pelo sacrifício dele.” (Declaração moraviana, a igreja mais missionária de todos os tempos – séc. XVII) “O campo da ação da fé começa onde as possibilidades cessam e onde a vista e a percepção falham.” (George Müller) “A vontade de Deus nunca levará você onde a graça de Deus não o possa sustentar.” (John Henry Jowett) “Nada está fora do alcance da oração, a não ser aquilo que está fora da vontade de Deus.” (J. Blanchard) “Cada coração com Cristo é um missionário e cada coração sem Cristo é um campo missionário.” (Dick Hills)

“Dos homens são os sonhos, de Deus as realizações.” (Lídia Almeida de Menezes)

Bradesco, Agência: 2108-3, Conta Corrente: 1045-6 (João Pessoa, PB) Caixa Econômica Federal Agência 3310 / Operação 022 Conta Poupança 18-8 (Brasília, DF)

Primeiras alunas do Betel Brasileiro, ladeadas pelas missionárias-educadoras: Ernestine Horne (à direita) e Lídia Almeida (à esquerda).

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E sabeis também vós, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja se associou comigo, no tocante a dar e receber, senão unicamente vós outros. (Fp 4.15) (...); a quem honra, honra. (Rm 13.7b) Corpo Administrativo da Instituição betelina Presidente: Pr. Edmundo Jordão de Vasconcelos Neto 1ª Vice-Presidente: Miss. Glícia Almeida F. Miranda 2º Vice-Presidente: Pr. José Alcione Pereira Pinto 1º Secretário: Pr. Jailson do Amaral Alves 2ª Secretária: Miss. Neide Gláucia M. Gontijo 1º Tesoureiro: João Batista A. Neto 2º Tesoureiro: Pr. Josué Alves da Rocha

Somos imensamente gratos ao Senhor por todos os amados cooperadores, mantenedores e intercessores desta obra que, no decorrer dos anos, têm sido instrumentos para cumprimento dos propósitos soberanos de Deus através desta casa de profetas, a qual também é celeiro de missões e casa de oração para todos os povos. Queremos honrar esses nobres homens e mulheres de Deus, reconhecendo sua participação na edificação e expansão do Betel no Brasil e no mundo. Na história do Instituto Bíblico Betel Brasileiro, Deus, em Sua providência e bondade, tem despertado irmãos, famílias, empresários, igrejas, pastores e profissionais liberais para se associarem ao Betel na manutenção de alunos, plantação de igrejas, treinamento e capacitação de líderes, projetos missionários em

TO s M E N ionário A Ç L A N : miss neos

ores temporâ d a e Sem tãos con cr i s

campos nacionais e transculturais, obras sociais, manutenção das estruturas físicas da Instituição, envio e sustento de missionários para estes, por sua vez, proclamarem a Glória de Cristo entre as nações. A história de missões é feita por todos os que são salvos e vocacionados por Deus para servi-lo como fiéis discípulos. Todos nós somos importantes para Deus; por isso devemos consagrar nossos talentos, dons, capacidade, recursos financeiros e poder de influência para usá-los na expansão do Reino. A obra missionária envolve múltiplos desafios e requer a cooperação efetiva de todos. Incentivamos você a participar conosco deste ministério; sua ajuda pode continuar fazendo toda a diferença!

Apoie o Betel Brasileiro e leia testemunhos missionários de ex-alunos que estão semeando a Palavra em diferentes campos ao redor do mundo • Para fazer sua oferta, use o boleto anexo, que poderá ser pago em qualquer agência bancária, caixa rápido, casa lotérica e agência dos Correios. • A oferta também pode ser feita via DOC bancário ou depósito bancário em nome do Instituto Bíblico Betel Brasileiro, na conta 14471-1, agência 2108-3, Banco Bradesco. • Envie um e-mail para parceiromantenedor@betelbrasileiro.com e nos informe sua oferta e seu endereço completo. Você também pode ligar (0__83) 3041 8110. O livro será enviado mediante boleto pago ou comprovante de depósito identificados.

a gratidão! s s o n ê c o A v

Ofertando R$ 45,00 ou mais, etos você apoia os proj do Betel Brasileiro e recebe o livro SEMEADORES


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