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3.2 O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES
difícil arrumar emprego. Já cheguei a entregar 40 currículos e não fui chamado.” –afirmou Wilson em matéria do Site G1 em 2017 (RIBEIRO Jr, 2017).
Wilson foi visto habitando as ruas de Sorocaba na Avenida Washigton Luis e também na Av. Antonio Carlos Comitre, (MAPS, 2019). Ele preferencialmente pedia dinheiro nas Avenidas do Bairro Campolim, mas já foi visto também no Bairro Centro utilizando a mesma manobra para conseguir dinheiro.
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O caso ficou famoso uma vez que roubaram seu cachorro enquanto ele estava dormindo, apontando a prática do pedido de esmola como “maus tratos”. Então as mídias sociais vieram a ajudar na disseminação de um vídeo em que ele fez um apelo para que devolvessem seu cachorro. Por fim, o cachorro foi parar numa clínica veterinária para buscar indícios de maus tratos, e então foi devolvido ao rapaz dois dias depois.
Foi um episódio de covardia contra o indivíduo em situação de rua, que demonstra apenas um caso específico de uma realidade vivida diariamente por várias pessoas desse grupo social, em que desconhecidos acham que têm razão ou motivos para interferir em suas vidas, às vezes até com a ignorância do discurso de “estar fazendo o que é melhor para o outro”.
3.2 O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES
Analisando as três PSR, obtivemos o exemplo de um dependente químico, um homem solitário acostumado com a dinâmica das ruas e um homem nômade que em um período de 5 anos passou por 2 casas e diferentes pontos de moradia na cidade junto ao seu cachorro.
A solução para as PSR não consiste apenas em oferecer um lar. Esse diagnóstico dos 3 estudos de caso nos leva a concluir que cada indivíduo dentre as PSR possuem uma forma de viver, e a forma de abordagem das instituições que oferecem assistência social deve ser direcionada a ouvir cada história e cada situação enfrentada pelo indivíduo para ajudá-lo a solucionar a questão da moradia e reinserção na sociedade.
Infograma: o papel ideal das instituições