MAR DO NORTE
Vanessa Diehl
Nordsee
Vanessa Diehl
mar do norte
Ebbe - maré baixa Flut - maré alta Deich - dique
A primeira vez que vi o Mar do Norte estava deitada na cama de ouvido bem atento. O vi através de uma janela fictícia que a minha imaginação construiu a partir das tuas histórias. A imagem do Mar do Norte era feita apenas de palavras, mas estava muito além da imaginação. A atmosfera de magia sobrevoava os meus pensamentos e me levava até lá. No Mar do Norte já era outono e meus olhos pintavam de laranja aquela estação do ano, tão distante. Aquém da minha janela fazia muito calor. Nossa, como eu queria ultrapassar aquela janela e sentir a brisa fria, avassaladora daquele mar misterioso! A primeira vez que o vi, suas águas estavam distantes. Era Ebbe. A areia úmida e movediça formava uma lama escura em suas entranhas. Era quando te via passar, caminhando em direção às águas, invadindo o mar. Eu tinha medo cada vez mais que o invadias, porque pensava que podias te perder ali. É que eu não entendia nada da tua amizade com ele! As folhas caíam laranja perto da minha janela, quando o vento fugia. À frente eu via aquele mar cinza feito de lama. Antes que as águas voltassem a preencher de vida aquele leito vazio e a Ebbe desse lugar à Flut, te via voltar, de pernas molhadas e olhos de criança. Claro, não podias me ver, porque não
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Als ich die Nordsee zum ersten Mal sah, lag ich auf dem Bett und hörte dir gespannt zu. Ich sah sie durch ein imaginäres Fenster, das deine Geschichten in mir entstehen ließen. Doch obwohl das Bild der Nordsee nur aus Wörtern bestand, war es viel mehr als nur eine Vorstellung.
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Die magische Atmosphäre ließ meine Gedanken hinter sich und brachte mich direkt an die Nordsee. Dort war es schon Herbst und in meinen Augen erschien diese so weit entfernte Jahreszeit in leuchtendem Orange. Auf meiner Seite des Fensters war es sehr heiß. Wie gerne wäre ich durch dieses Fenster gestiegen, um die kühle, überwältigende Brise jenes mysteriösen Meeres zu spüren! Als ich es zum ersten Mal sah, waren seine Wasser weit entfernt. Es war Ebbe. Der feuchte Untergrund und der Treibsand formten einen dunklen Schlamm, der sich im Meer verlor. In diesem Moment liefst du an mir vorbei, in Richtung des Wassers, in Richtung des Meeres. Je weiter du es betratest, desto mehr fürchtete ich, du könntest dich verlaufen. Denn noch wußte ich nichts von eurer Freundschaft! Mit jedem Windstoß fielen dicht vor meinem Fenster orangefarbene Blätter. Vor mir sah ich das graue Meer aus Schlamm. Vor der Rückkehr des Wassers, das den Meeresgrund wieder bedecken würde, bevor die Ebbe der Flut weichen würde, kehrtest du zurück, mit nassen Beinen und dem Blick
enxergavas a minha janela. Era impossível, eram dois tempos sem sincronia no espaço. Minha janela não era real e,embora eu estivesse ali, eu não estava, de fato. Fazia muito frio. O Mar do Norte figurava em mim cada vez mais inesquecível e misteriosamente. Quando o vi pela primeira vez nem pensava em conhecê-lo, porque não acreditava que um dia eu pudesse pular aquela janela, como a Alice invadiu o espelho de um mundo novo. Ele era teu. Não queria incomodá-lo com minha presença intrusa e curiosa. Pra mim, ele era também solidão, e metia medo. Estavas além e aquém da minha janela, mas tua presença era muito mais forte do lado de lá, a tal ponto que em certos momentos eu sentia um medo horrível de que a Flut não te deixasse mais alcançar a praia e voltar pra mim, pulando a minha janela feita de sonho, com teus braços brancos e fortes à mostra, apoiando-se no parapeito. Algumas pessoas haviam se perdido na Flut, quando suas águas chegavam por todos os lados e anulavam a orientação. Então, eu via o Mar do Norte também como um monstro que engolia gente, mesmo assim eu o amava sem nunca ter estado lá, senão encostada à minha janela, do lado de dentro, com os olhos voltados para aquele horizonte da cor do
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eines Kindes. Natürlich konntest du mich nicht sehen, so wenig, wie du mein Fenster sehen konntest. Es war unmöglich, zwei Orte zur selben Zeit. Das Fenster existierte nur in meiner Vorstellung, und obwohl ich mich dort befand, tat ich es in Wirklichkeit nicht. Es war sehr kalt.
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Die Nordsee entwickelte ein mysteriöses Eigenleben in mir. Als ich sie zum ersten Mal sah, dachte ich nicht, dass ich sie eines Tages wirklich kennenlernen würde. Denn ich bezweifelte, dass ich einmal durch dieses Fenster steigen könnte, so wie Alice den Spiegel in eine neue Welt betrat. Diese Welt gehörte zu dir, ich wollte sie nicht mit meiner Aufdringlichkeit und Neugierde stören. Diese Welt war aber auch einsam und angsteinflößend. Du befandest dich jenseits und diesseits von meinem Fenster, doch deine Präsenz auf der anderen Seite war viel stärker. Manchmal überkam mich eine schreckliche Angst, dass die Flut dich nicht mehr ans Ufer zu mir zurückkommen lassen könnte, und du nicht mehr auf deine weißen, starken Arme gestützt durch mein erträumtes Fenster klettern würdest. Schon viele Menschen haben während der Flut, als sich von allen Seiten das Wasser näherte, die Orientierung verloren. So wurde die Nordsee in meiner Vorstellung auch zu einem menschenfressenden Monster. Und trotzdem liebte ich sie, ohne jemals dort gewesen zu sein, nur an mein Fenster gelehnt, von wo aus sich meine Augen auf den ins Abendrot getauchten
entardecer. Tudo o que havia lá fora, somente eu podia ver naquele momento. Passaram-se três anos e o Mar do Norte só existia então dentro de mim, até o dia em que aquele trem levou o nosso carro até Sylt, a meia ilha em forma de pássaro, no Mar do Norte. Quando o trem abriu caminho ferindo o mar, eu já estava atenta, escutando a tua mãe gritar: “Vanessa, jetzt kannst Du das Meer sehen, siehst Du?” Já dá pra ver o mar, estás vendo? Sim, eu via aquele mar cortado violentamente pela estrada de ferro, mas ainda não era o Mar do Norte de que me contavas, o mar que eu queria conhecer... Quer dizer, conhecer eu já o conhecia há muito tempo… A primeira vez que eu o vi, de fato, foi através de uma janela feita de vidro, a imensa janela da casa de Morsum, numa tarde alaranjada. Era Flut. Pude observá-lo de longe, como uma menina que escondida observa o namorado atravessar a rua, apaixonada. Ele estava quase imperceptível atrás das pequenas colinas verdes, os Deiche. A janela agora era transponível, mas isso já não tinha a mínima importância pra mim. Abri a porta e senti o vento frio entrando pelas minhas narinas e ainda nem era outono. O Deich ainda estava verdinho. Eu sempre serei uma intrusa para aquele pedaço de mar... Não demoraria muito para anoitecer. Não consigo me lembrar das noites de Morsum, apenas do frio e do vento lá fora.
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Horizont richteten. Alles, was es da draußen gab, konnte nur ich in diesem Moment sehen.
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Es vergingen drei Jahre und die Nordsee existierte nur in mir, bis zu dem Tag, als ein Zug unser Auto nach Sylt brachte, jener Halbinsel mit der Silhouette eines Vogels. Als sich der Zug dem Meer näherte, hörte ich ganz gespannt, wie deine Mutter rief: „Vanessa, jetzt kannst Du das Meer sehen, siehst Du?“ Ja, ich sah das Meer, gewaltsam unterbrochen von der Eisenbahnstrecke. Es war aber noch nicht die Nordsee, von der du mir erzählt hattest, das Meer, das ich kennenlernen wollte… Doch eigentlich kannte ich es schon lange… Als ich es zum ersten Mal wirklich sah, war es durch ein Fenster aus Glas, durch das riesige Fenster in Morsum, an einem orangefarbenen Nachmittag. Es war Flut. Ich sah das Meer von weitem, wie ein verliebtes Mädchen, das ihren Freund heimlich beim Überqueren der Straße beobachtet. Es versteckte sich hinter den kleinen, grünen Hügeln, den Deichen. Das Fenster war jetzt Wirklichkeit, doch es machte keinen Unterschied für mich. Ich öffnete die Tür und fühlte, wie die kühle Luft in meine Nase drang, obwohl der Herbst noch gar nicht begonnen hatte. Der Deich war noch grün. Hier an diesem Meer werde ich mich immer wie ein Eindringling fühlen… Es dauerte nicht lange, bis es dunkel wurde. An die Nächte von Morsum kann ich mich nicht mehr erinnern, nur an die Kälte und an den Wind.
Me mostravas o caminho como alguém que guarda um tesouro e finalmente decide mostrá-lo. Muito seguro, muito feliz. Durante os dias na casa de Morsum, o Mar do Norte nunca esteve tão bonito como naquela tarde. “Aqui é o Mar do Norte”, disseste. Não sei exatamente o que senti quando me aproximei das suas águas, acho que não falei nada, fiquei apenas observando... E pode ser que eu tenha lembrado do dia em que o vi pela primeira vez deitada na cama através das tuas palavras. As águas vinham até a borda da estradinha de concreto, bem perto do banco de madeira, onde sentamos minutos depois e observamos calados a beleza da Flut, sentindo o vento frio nos poros, despedindo-se do último rastro de sol laranja do dia. De manhã o Mar do Norte estava nu. Ebbe. Os esqueletos de madeira que serviam para acumular a areia e formar caminhos firmes quando as águas da Flut vão embora, podiam ser vistos. Agora eu podia sentilo intimamente, pisar a lama movediça e traiçoeira de um lugar, pra mim, tão cheio de mistério: o mar que aprendi a chamar de teu. Me guiavas dedicado e cuidadoso ao longo das estacas de madeira fincadas na lama do chão, o caminho mais seguro. Às vezes eu hesitava, porque parecia que o mar me ia engolir. Quando quase caí, me seguraste e eu pude seguir tranquila pelos segredos do teu mar. Meu Deus, como aquela solidão era bonita! Se o Mar do Norte esconde
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Den Weg zeigtest du mir wie jemand, der einen Schatz hütet und sich schließlich entscheidet, sein Geheimnis zu lüften. Voll Gewissheit, voll Glück. Während der Tage in Morsum war die Nordsee nie so schön wie an jenem Nachmittag. „Aqui é o Mar do Norte“, hier ist die Nordsee, sagtest du. Ich weiß nicht mehr genau, was ich fühlte, als ich mich dem Wasser näherte, ich glaube, ich sagte nichts und beobachtete nur… Vielleicht erinnerte ich mich an den Tag, als ich die Nordsee zum ersten Mal gesehen hatte, auf dem Bett liegend und durch deine Worte. Das Wasser reichte bis zum asphaltierten Weg, fast bis an die Holzbank, auf die wir uns einige Minuten später setzten, von der aus wir schweigend die Flut beobachteten, den kalten Wind spürten und uns von den letzten orangefarbenen Sonnenstrahlen des Tages verabschiedeten. Am Morgen war die Nordsee wie nackt. Ebbe. Die Holzskelette, die dazu dienten, den Sand zu sammeln und feste Wege zu bilden, sobald die Flut sich zurückzog, wurden sichtbar. Jetzt spürte ich das Meer aus der Nähe, setzte meinen Fuß auf den tückischen Treibsand dieses mysteriösen Ortes: Das Meer, das deines war. Vorsichtig führtest du mich an den im Schlamm steckenden Holzpfählen entlang, dem sichersten Weg folgend. Manchmal zögerte ich, aus Angst, das Meer könnte mich verschlingen. Als ich das Gleichgewicht verlor, gabst du mir Halt und wir liefen weiter durch dein geheimnisvolles Meer. Mein Gott, wie schön war jene Einsamkeit! Sollte
um guardião, esse não gostou do meu atrevimento, por tão tola invadir um lugar assim! A primeira vez é sempre guiada pela inexperiência, que podia eu saber daquele mar além do que ouvia e criava? Ainda não havia me dado conta do quanto o mar de Morsum era sagrado pra ti. O guardião não podia ser gentil comigo... O caminho foi ficando cada vez mais movediço e as águas da Flut já se aproximavam devagarzinho, e ao mesmo tempo, perigosamente. Estava feliz porque me mostraste teu lugar secreto, porque caminhei na Ebbe contigo. Se não fosses tu o Mar do Norte não seria tão mágico! 14
Todos os dias a solidão do mar te abria um sorriso e retribuías fiel e leal. Visitá-lo, pra mim, era estar cara a cara com ela, eu não queria. Me bastava sentir uma única vez as entranhas do mar marcando a minha bota de borracha. Eu não o merecia. Quando partias para o mar, me sentia como aquelas mulheres cujos homens partem para uma guerra distante sem a certeza da volta. Elas ficavam, assim como eu me atrevi a ficar. Eras o soldado mais feliz que jamais tinha visto, e não era guerra lá dentro, guerra era aqui fora. Quando eu finalmente descobri que ali, caminhando sobre o mar, vencias todas as batalhas travadas em terra, e que lá, eras um soldado vitorioso, não quis apenas te deixar no cais como elas, mas invadir o navio, ir contigo. Tive que correr e ver se ainda era tempo de te
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die Nordsee einen Wächter versteckt halten, dann gefiel ihm bestimmt nicht, wie wagemutig und unbedarft ich einen Ort wie diesen betrat! Jeder Anfang wird von Unerfahrenheit begleitet, und was wusste ich schon über dieses Meer, bis auf das, was ich gehört hatte und zu kennen glaubte? Ich hatte noch nicht verstanden, wie heilig dir das Meer von Morsum war. Der Wächter war bestimmt nicht glücklich über meine Anwesenheit… Der Weg wurde immer weicher, langsam und bedrohlich näherte sich uns die Flut. Ich aber war glücklich, weil du mir deinen geheimen Ort gezeigt hattest und ich mit dir durch das Watt gelaufen war. Ohne dich wäre die Nordsee nicht so faszinierend gewesen! Jeden Tag schenkte dir die Einsamkeit des Meeres ein Lächeln, welches du treu erwidertest. Es zu besuchen, hatte für mich bedeutet, diese Einsamkeit spüren, und das wollte ich nicht. Es hatte mir gereicht, mit meinen Gummistiefeln ein einziges Mal durch das Meer gelaufen zu sein. Wenn du zum Meer gingst, fühlte ich mich wie eine jener Frauen, deren Männer in einen weit entfernten Krieg ziehen, ohne zu wissen, ob sie jemals zurückkehren werden. Sie bleiben zurück, so wie ich es wagte, zurückzubleiben. Du warst der glücklichste Soldat, den ich je gesehen hatte, denn die Nordsee bedeutete Frieden für dich. Als ich schließlich herausfand, dass du dort alle Schlachten hinter dir ließest, wollte ich mich nicht mehr von dir verabschieden, sondern mich auf das Schiff begeben und mit dir gehen. Ich musste mich
avistar, caminhando sozinho no mar que a Ebbe havia desnudado. Da minha bicicleta fiz um navio. Coloquei todas as armas: luvas, casaco, bota de borracha, patriotismo. Minha bicicleta subiu e desceu o Deich e tomou o caminho da estrada de concreto. Andei muito para o leste e meus olhos não viam nenhum sinal da tua presença. Seguindo para o oeste, o vento era um Poseidon enfurecido. Tive que ser forte e seguir viagem. Avistei tua bicicleta encostada na vegetação originada da terra que o mar havia carregado para a margem. Mas não te vi ao olhar em direção ao mar. O sol já estava baixando... A Ebbe estava indo embora. Quando olhei para o Deich, estavas em meio às ovelhas, abastecendo-lhes o recipiente de água. Sorri. Gritei teu nome. Sorriste, havias me entendido, mas eu havia chegado um pouco tarde. A tarde estava cor de laranja. Voltamos para a casa de Morsum e o Mar do Norte nos viu pedalar lado a lado sobre o caminho de concreto ao longo do Deich. Às vezes tenho a sensação de que ele sorriu para mim. Um vento frio invadia a pele. Essa foi a última vez que eu vi o Mar do Norte, quer dizer, a última vez que o Mar do Norte me viu...
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beeilen und dich finden, wohin auch immer die Ebbe dich führen würde.
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Mein Fahrrad verwandelte sich in ein Schiff, ich rüstete mich mit allen Waffen: Handschuhe, Mantel, Gummistiefel, Patriotismus. Ich fuhr mit meinem Rad den Deich hinauf und wieder hinunter und nahm den asphaltierten Weg. Lange fuhr ich in Richtung Osten, doch meine Augen suchten vergeblich nach einem Zeichen von dir. Als ich in Richtung Westen fuhr, kam mir der Wind wie ein wütend gewordener Poseidon entgegen. Ich musste stark bleiben und weiterfahren. Endlich entdeckte ich dein Fahrrad, das an das Gestrüpp gelehnt war, welches auf jener Erde wuchs, die das Meer ans Ufer gespült hatte. Doch in Richtung des Meeres sah ich dich nirgendwo. Die Sonne ging schon unter… Die Ebbe neigte sich dem Ende zu. Als ich schließlich zum Deich schaute, warst du inmitten der Schafe und fülltest ihre Tränke mit Wasser nach. Ich lächelte und rief deinen Namen. Du lächeltest zurück, hattest mich verstanden, aber ich war zu spät gekommen. Der Nachmittag war in Orange getaucht. Wir kehrten zum Haus zurück und die Nordsee beobachtete uns, wie wir Seite an Seite den asphaltierten Weg am Deich entlang fuhren. Manchmal glaube ich, dass sie mich anlächelte. Ich spürte den kalten Wind. Das war das letzte Mal, dass ich die Nordsee gesehen habe, oder besser gesagt, das letzte Mal, dass die Nordsee mich gesehen hat…
Morsum, vila tranquila localizada na ilha de Sylt, Alemanha, foi o lugar de inspiração para as memórias deste conto. Abriga um pedaço de mar, por onde é possível caminhar horas, durante a maré baixa.
Vanessa Diehl é formada em Letras e em Língua Alemã pela UFC. É professora, mãe do Max e vive na travessia entre a Alemanha e o Brasil. Em seu segundo conto publicado, nos convida a desvendar essa porção do oceano carregada de mistério e poesia que é o Mar do Norte.
Vanessa Diehl hat Sprach - und Literaturwissenschaft an der Universidade Federal do Ceará studiert. Sie ist Lehrerin, Mutter von Max und lebt momentan in Deutschland. In ihrer zweiten veröffentlichten Kurzgeschichte nimmt sie uns mit auf eine mysteriöse und poetische Reise an die Nordsee.
D559m DIEHL, Vanessa de Freire. Mar do norte / Vanessa Diehl. Fortaleza: nadifĂşndio, 2019. 20 p.
ISBN: 978-65-80574-09-4
1. Literatura brasileira 2. Poesia I. TĂtulo
Tradução Hannes Diehl Capa & Projeto gráfico Bianca Ziegler Editora nadifúndio nadifundio.com 1ª edição 2019
impresso de forma artesanal na cidade de fortaleza em setembro de dois mil e dezenove