2 minute read

8.1.1 Escultura de São Francisco de Assis Penitente (Esquema 10

Next Article
12.4 Vestes

12.4 Vestes

galerias internas principalmente nos pés, já que estas se encontravam carbonizadas internamente, sob a policromia original intacta. Concluiu-se, portanto, que os cupins que chegaram vivos junto com a peça em 2014, tratavam-se de uma recolonização. A base, em menores proporções, também apresentava os mesmos problemas que a escultura do São Francisco de Assis Penitente, pois se notaram regiões carbonizadas em sua parte inferior e na lateral direita, muitas entradas para galerias de xilófagos na face inferior e outras estabelecidas superficialmente na face superior. O exame de percussão permitiu observar a diferença de sonoridade das áreas ocas e maciças no suporte, indicando fragilidades. Sua realização foi fundamental para identificação das galerias internas, provocadas por cupins, na escultura do São Francisco de Assis Penitente na barba, no cabelo, no perímetro da tonsura, e na região superior da cabeça, mas igualmente na base. Caveira e cruz não demonstravam a presença ou deterioração causada por insetos e apenas na caveira observaram-se áreas de carbonização, fato que aumentou a suspeita de que a cruz não seria original.

8.1.1 Escultura de São Francisco de Assis Penitente (Esquema 10)

Advertisement

a) Carbonização superficial e visível (de 1,0 a 4,0 mm): - Calcanhares, parte lateral e planta dos pés – 4,0 mm de profundidade; - Pernas, região frontal e panturrilhas, subindo pelos joelhos, coxa, até a pélvis – 2,0 mm de profundidade; - Abdômen, tronco e costas, até cerca de 5,0 cm abaixo dos ombros – 1,0 mm de profundidade; - Parte interna dos braços, principalmente próximo à ligação com o tronco – até 1,0 mm de profundidade; - Parte externa dos braços e antebraços – até 1,0 mm de profundidade.

b) Carbonização sob policromia (repinturas e partes do original): - Pés, sobretudo nos dedos, no peito e nas laterais destes. O fogo percorreu internamente as galerias dos insetos xilófagos; - Mãos, principalmente nas costas da mão esquerda e alinhamento do polegar da mão direita; - Nuca;

- Pescoço – lateral.

interior;

interior; c) Perda de suporte (ataque de xilófagos): - Pé esquerdo – hálux; segundo artelho, parte superior e região da unha;

- Panturrilha esquerda – interior; - Barba do lado esquerdo – interior; - Tonsura (parte superior da cabeça e posterior, nas mechas dos cabelos) –

- Entradas de galerias generalizadas.

d) Perda de suporte (choque mecânico): Mão direita – polegar; dedo mínimo; dedo anular.

e) Rachadura: Duas nas costas.

f) Adesão de materiais metálicos (pregos): - Abdômen – lado direito; - Região central do tronco (junto do local onde estaria o coração); - Tonsura – fixação de haste metálica; - Dois no pé esquerdo (região plantar, próximo ao calcanhar e outro entre o hálux e o segundo pododáctilo); - Dois no pé direito (região plantar, próximo ao calcanhar e outro entre o quarto e quinto pododáctilo).

g) Oxidação de cravos: Seis cravos, dois em cada ligação dos braços com o tronco e um na conexão dos braços com os antebraços. Além de oxidados, os cravos de ligação dos braços com o tronco já não conferiam estabilidade. Oxidação atingiu a madeira.

h) Intervenção com acréscimo de material: Modelagem de áreas de perda do suporte com gesso.

This article is from: