proíbe a participação dos meninos nas aulas, mas também não há ações que incentivem a participação desses. No início do ano, por exemplo, quando são enviadas as circulares de divulgação das aulas de Balé e os convites para as aulas experimentais, estas são entregues apenas às meninas do colégio. As alunas são interessadas e envolvidas com o processo de ensino. Porém o grande número de alunas em sala, que tinham que se dividir em grupo para improvisar e ensaiar, fez com que, muitas vezes, a sala de aula se tornasse um ambiente agitado. Nessas horas, a classe em nada parecia com uma sala de aula de balé tradicional. Aparentemente, os grupos misturavam-se, e em vários momentos aconteciam cenas diferentes no mesmo lugar. É interessante marcar que, apesar do caos aparente, nós participantes conseguíamos compreender e trabalhar naquelas condições. Devido à idade das participantes, não era possível permitir que os grupos saíssem de sala para ensaiarem em ambientes separados, já que todas as alunas estavam sob minha responsabilidade e não havia outros funcionários na escola além do porteiro. Assim, acabamos construindo uma forma particular, porém eficiente de trabalho.
Grupos ensaiando as cenas simultaneamente
2.6. O trabalho com os conteúdos do balé Coppélia
Pretendo, a partir de agora, discutir brevemente os conteúdos escolhidos e a maneira como consegui aplicá-los em sala, refletindo sobre algumas questões pedagógicas, a dinâmica da sala de aula e escolar e sobre outros aspectos pertinentes. 25