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– questões da área de conhecimento de Música; 4) Teatro – questões da área de conhecimento de Teatro; 5) Manifestações culturais brasileiras – questões sobre a cultura brasileira. Uma característica que identifiquei dentro das questões é que, em sua grande maioria, são direcionadas às tradições e obras de artes mineiras. Portanto, há um discurso nesta prova que privilegia/demanda os docentes mineiros. A porcentagem encontrada entre o número de questões e as cinco áreas de conhecimentos, dentro desses parâmetros, foi de: a) 52 % das questões são sobre Artes Visuais; b) 30 % sobre CBC; c) 10% sobre Música; d) 5% sobre manifestações culturais brasileiras; e) 2,5% sobre Teatro; E, portanto, (f) 0% sobre dança. Além da desproporção evidente entre as áreas de conhecimento, saliento mais outros dois pontos: 1) A ausência de questões da área de conhecimento dança – uma das expressões artísticas previstas no CBC. 2) O grau de complexidade das questões entre as cinco áreas são diferentes. Como forma de comprovação dos dados que apurei, coloco no anexo desta monografia, a prova de Arte analisada e, com o objetivo que o leitor(a)/ espectador(a) possa compreender o raciocínio que me levou a identificar cinco áreas distintas de conhecimento e, portanto, o número de questões de cada área, eu construí uma legenda (Anexo A). A título de curiosidade, peço a você, caro leitor(a)/ espectador(a), que faça a única questão específica da área de Teatro (está marcada em amarelo) e, peço-lhes que reflitam: Para responder àquela questão precisaria ter feito um curso superior de licenciatura em Teatro?! Sei que de maneira geral, várias questões estão mal formuladas e existem também, na porcentagem referente às outras áreas de conhecimento, questões que não precisariam de um curso superior na área para serem respondidas. Entretanto, aquela ser a questão que representa a expressão artística Teatro, (re) produz uma grande desvalorização dos conhecimentos desta Arte.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS NADA É IMPOSSIVEL DE MUDAR Bertolt Brecht Desconfiai do mais trivial, Na aparência do singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: Não aceiteis o que é de hábito Como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta,