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Figura 5: Melindrosa (2014) –Performer Ana Luisa Santos

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Figura 5: Melindrosa (2014) – performer Ana Luisa Santos. Fonte: Disponível em: <https://www.anasantosnovo.com/MELINDROSA-1> Acesso, fevereiro de 2021.

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Um ponto comum presente nas três ações performáticas citadas acima é o trabalho evidente do corpo. O corpo é o “objeto”, quase sempre primordial, de uma ação performática. É evidente que o corpo é fundamental para a realização de qualquer atividade ou profissão. Mas a arte e, no caso da presente pesquisa, a Performance Arte deixam o corpo em evidência. Como escreve Fabião (2009), “se o performer evidencia corpo é para tornar evidente o ‘corpomundo’” (pág. 238.). Quando uma pessoa vivencia uma ação performática, seja como espectador, espectadora ou como o corpo que performa, são levantadas reflexões em torno daquele corpo, do espaço onde acontece e do contexto sociopolítico em que ela é executada. De alguma forma, ao assistir a uma performance e ao performar, aquela experiência fica registrada, permanece no corpo do espectador ou da espectadora e do ou da performer. Esse registro permanece com a pessoa e ganha outros significados, ele existe para além daquele espaço. Cada testemunha daquela experiência performática, daquela experiência de um corpo em ação que evidencia e polemiza o próprio corpo, leva a experiência vivida para outros lugares e a utiliza em outros tempos, a partir de suas lembranças.

1.1 O Corpo da Criança

Definir o que é corpo é ainda mais complexo do que definir o que é performance. Seria o corpo, na Performance Arte, aquele que não suporta tantas barreiras sociais, que questiona diariamente sua existência e seu lugar no mundo, fazendo surgir então um grito de

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