Sugestão de leitura Psicologia 09.2021
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Lachance, J. (2019). La famille connectée: de la surveillance parentale à la déconnexion des enfants. Ed. érès. (L’école des parents)
Sugestão de leitura
Psicologia 09.2021
Lachance, J. (2019). La famille connectée: de la surveillance parentale à la déconnexion des enfants. Ed. érès. (L’école des parents) TER/FAM LCH*FAM
Se os écrans se multiplicaram nos lares nestes últimos anos, a possibilidade de as pessoas se conectarem umas às outras em permanência também perturbou os indivíduos na da intimidade das suas famílias. Por um lado, podermos juntar-nos aos filhos em tempo real, enquanto vão para a escola ou ter com os amigos, transformou a experiência de separação. Por outro lado, a intrusão de pessoas exteriores à família, através das redes sociais, desorganiza cada vez mais os tempos familiares. Neste contexto onde reinam as TIC e se impõe a regra de se estar conectado, ligado, como alcançar o equilíbrio para acompanhar os mais novos na aventura digital? A tentação da vigilância é grande, num mundo que pais percecionam como perigoso… Esta obra não tem por objetivo legitimar nem deslegitimar as novas formas de vigilância das crianças e dos adolescentes num mundo conectado. Procura antes revelar os efeitos insuspeitos desta utilização específica das TIC no seio das famílias, apostando que as suas reflexões poderão ajudar os pais a realizar, por si mesmos e em função das situações, escolhas melhores no que toca a práticas digitais familiares. Apoiando-se na palavra de crianças, adolescentes e jovens adultos, mostra como a vigilância respeitante a estas tecnologias é percecionada pelos jovens e como, mais genericamente, eles vivenciam esta situação que, por vezes, perturba a sua relação com os seus pais. Conteúdos: 1. Quem tem medo de quem? 2. Sobre a vigilância parental 3. Interrogar os adolescentes na era do digital 4. Uma liberdade a conquistar 5. O desejo de desconectar 6. A conexão por defeito 7. Os rituais familiares
Curiosidades: Um em cada três utilizadores da internet na Europa são crianças, segundo dados da Comissão Europeia. Em muitos casos, os menores já sabem utilizar a internet antes de saberem ler ou escrever. Hoje em dia, existem inúmeras aplicações de controlo parental que ajudam os pais a manterem-se informados enquanto as crianças exploram os conteúdos na internet. Entre elas estão a Family Link, Family Locator, Kapersky Safe Kids, Qustodio Parental Control Dados do final de 2020 do INE sobre a Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação nas Famílias em Portugal indicam que, em 2020, 84,5% dos agregados familiares em Portugal têm ligação à internet em casa e 81,7% utilizam ligação através de banda larga, o que representa um aumento significativo em relação ao ano anterior. A população dos 16 aos 74 anos que utilizou a internet nos 3 meses anteriores à entrevista fê-lo principalmente para comunicar e aceder a informação, mas foram sobretudo as atividades relacionadas com aprendizagem as que registaram maior aumento em 2020: mais que duplicaram as proporções de utilizadores que comunicaram com professores ou colegas através de portais educativos (de 14,5% em 2019 para 30,8% em 2020) e que frequentaram cursos online (de 7,7% para 18,0%). Entre os utilizadores de internet empregados, 31,1% exerceram a sua profissão em teletrabalho, sobretudo na Área Metropolitana de Lisboa em que esta proporção foi 43,2%. Para 29,6% dos internautas empregados, o trabalho em casa foi associado à pandemia COVID-19. Por classes de rendimento, os agregados familiares do quintil mais elevado (20% dos agregados com maiores rendimentos) apresentam os maiores níveis de acesso à internet (96,8%) e à banda larga (94,5%). No outro extremo, o 1.º quintil (20% com menores rendimentos), as proporções reduzem-se para 66,9% com acesso à internet em casa e 62,4% através de banda larga.
Divisão de Documentação (Fontes: portal do INE e apresentação do livro)