Nóvoa, A. (2023). Professores: libertar o futuro. Diálogo Embalados.
FOR/PROF NOV*PROF
Nóvoa, A. (2023). Professores: libertar o futuro. Diálogo Embalados.
FOR/PROF NOV*PROF
O mais importante é sermos capazes de libertar o futuro […]. Ninguém sabe como será o futuro e nem sequer vale a pensa tentar adivinhá-lo. Mas, temos a obrigação de tudo fazer para não fechas as possibilidades de futuro, para garantir a liberdade das próximas gerações.
António NóvoaAntónio Nóvoa é professor do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e titular da Cátedra UNESCO Futuros da Educação.
Segundo o próprio autor, este é um livro para quem acredita no professor e na escola pública. Para quem se orienta pela bússola da liberdade e do bem comum. Para quem defende, acima de tudo, o humano, e os seus direitos. Para quem reconhece a Educação como processo inseparável do encontro entre pessoas, de relações humanas, de co-construção do sentido de humanidade.
Os professores que, hoje, habitam as escolas, são a geração da mudança. Durante as suas vidas profissionais, a educação e o ensino vão mudar profundamente. Há um grande mal-estar devido à falta de reconhecimento dos professores e a todas as incertezas que rodeiam o seu futuro. Mas, ainda assim, preconiza o autor, é preciso continuar a ter a capacidade de um gesto de esperança uma esperança que se aprende e se cultiva em comum.
É preciso criar um movimento de transformação da educação. E esse movimento começa nos professores, e com os professores.
Reunindo textos publicados em conceituadas revistas pedagógicas, bem como muitos ensaios inéditos, esta obra constrói uma ponte entre o passado da Escola e as suas perspectivas de futuros. Futuros no plural, sim, pois o futuro é uma escolha que os seres humanos, como indivíduos ou organizados em diferentes coletivos, devem fazer, dentro de um necessário e urgente novo contrato social.
Para deixar tudo claro: o que me interessa, desde sempre, é a defesa dos professores e da sua profissionalidade, no contexto de uma valorização da escola pública e do espaço público da educação. Assumo uma postura crítica em face dos discursos que diminuem ou corroem a profissão docente. Refiro-me às intermináveis discussões […] sobre a pertinência de aplicar à docência o conceito de profissão: é como se estivéssemos perante um círculo vicioso que só contribui para rebaixar os professores. Refiro-me também às expressões, cada vez mais correntes, que tratam os professores como colaboradores, facilitadores ou mediadores: é como se a palavra PROFESSOR fosse incómoda e inadequada para pessoas e grupos que pretendem diluir a profissionalidade docente.
António Nóvoa Divisão de Documentação (Produzido com excertos do livro) Sugestão de leitura jun’ 2023 Educação