Recensão PSI dez2021

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Sugestão de leitura Psicologia 12.2021

PSI/DES FRN*DES Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA

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França, F.I. (2021). O desabrochar da maternidade: a importância do bebê imaginário no vínculo materno fetal. Dialética.


Sugestão de leitura

Psicologia 12.2021

França, F.I. (2021). O desabrochar da maternidade: a importância do bebê imaginário no vínculo materno fetal. Dialética. PSI/DES FRN*DIA

Dedicar-se à escuta da maternidade pressupõe olhara para esses processos emocionais presentes, considerando as iniciativas da mãe e as correspondências do bebê. Aquilo que o bebê aos poucos vai apresentando aos seus genitores interage com a imagem que os adultos compõem do novo sujeito em advento. (…) A ideia do desabrochar que a autora nos apresenta expõe justamente esse processo dinâmico que aos poucos vai desvelando algo único, singular. Malaquias, J. V. (no Prefácio da obra) “Bebé imaginário”: expressão que a autora encontrou em Michel Soulé (pedopsiquiatra e psicanalista), que significa o bebé que um casal imagina ainda na gravidez, antes mesmo de ele nascer.

A presente obra aborda a relação existente entre a mãe e o seu feto ao longo da gravidez. Esta vinculação que a mãe vai estabelecer com o feto vai determinar a qualidade das futuras ligações afetivas que vão ocorrer ao longo da vida do indivíduo. A gravidez é encarada como um período de extrema importância na vida da mulher e do homem, onde eles saem do papel de filhos e passam a ser pais, e dos conflitos interiores para conseguirem vivenciar esta maravilhosa experiência. Enquanto o momento do parto marca de maneira brusca uma grande mudança, todo o processo de gestação caminha num ritmo diferente, com passadas lentas e graduais. Esta outra temporalidade garante a consolidação de uma nova parte dos (quase) pais. A vinculação é um crescimento progressivo, acompanhado por alterações emocionais que são úteis para aumentar as funções adaptativas. Assim, a introversão e a consciência do feto não são exclusivamente um fenómeno regressivo, mas sim uma preparação psicológica para a maternidade ativa. A idealização da mãe em relação ao seu bebé manifesta-se ao longo de toda a gestação. Este livro atenta para a complexidade dos afetos, das transformações psíquicas e vinculares em que a gestação se insere. Este livro é fruto de uma pesquisa de mestrado realizada na FPUL, cujo trabalho de campo foi realizado com mulheres grávidas no Centro de Saúde de Mafra e extensões e na rede de contactos informais da autora.

Conteúdos:                

Parte I A maternidade do ponto de vista psicológico A psicologia da gravidez A ligação materno-fetal A necessidade de cuidar O bebê imaginário A gravidez e as tarefas psicológicas Primeiro trimestre da gravidez O segundo trimestre da gravidez O terceiro trimestre da gravidez Adaptação fisiológica à gravidez: manifestações somáticas A patologia da gravidez A relação psicológica no trabalho de parto A ligação paterna durante a gravidez Vinculação pré-natal Da idealização para a realidade Álbum de família

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Parte II - Os mecanismos de defesa Os mecanismos de defesa na obra de Sigmund Freud Os mecanismos de defesa e a teoria psicanalítica na obra de Anna Freud Os mecanismos de defesa e a origem das relações objetais na obra de Melanie Klein Os mecanismos de defesa na psicologia em geral Estratégias de coping Um mecanismo de defesa: a idealização

Divisão de Documentação (Fontes: prefácio e apresentação do livro; abstract da tese)


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