13 05 ed standart primary science

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Faculdade de Psicologia | Instituto da Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA

Sugestão de Leitura

~ Educação

NEWTON, Lynn D. – Meeting the standards in primary science: A guide to the ITT NC. London and New York: Routledge Falmer, 2000, XIII, 309p.

Revisão e Arranjo gráfico Tatiana Sanches, Divisão de Documentação imagem Microsoft

Sugestão de Leitura— Educação Uma iniciativa da Divisão de Documentação Junho de 2013 Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação

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O livro começa por enaltecer a importante e gratificante profissão de professor do ensino primário pelo seu papel na sociedade e na formação das crianças, preparando-as para a vida adulta e para a vida ativa. A profissão docente está constantemente a ser bafejada por novos currículos e desafios, que tornam aliciante uma ocupação que exige dedicação, compromisso, imaginação e energia. As crianças são vistas como participantes no processo de aprendizagem e não apenas recetores passivos. O envolvimento ativo, uma consideração das suas necessidades, a correspondência aos currículos e o apoio às necessidades individuais e dos grupos são desenvolvimentos significativos nas crianças da educação primária. Fazendo uma revisão dos modelos curriculares existentes, verificou-se que os mesmos foram alterados, passando a reger-se pelos currículos nacionais dimanados pelos governos dos respetivos países, tendo como perspetiva dois aspetos fundamentais, a igualdade na educação e a qualidade da educação na definição de modelo como valor acrescentado. A perícia no ensino e aprendizagem variam de pessoa para pessoa e todos os estagiários dos programas de formação inicial de professores têm em comum serem potenciais professores, com uma série de capacidades que devem ser desenvolvidas e praticadas e um corpo de conhecimento e compreensão que deve adquirir como professor formado, isto é, sem experiência de ciência. Define -se ciência como um produto de um corpo de conhecimento que exige compreensão dos factos, leis, princípios e generalizações e como processo pelo modo de pensar e trabalhar que exige o desenvolvimento e prática de capacidades em vários contextos. A ciência envolve pessoas, realçando-se os três P que englobam a definição, que não é ciência intuitiva, mas se apoia na lógica dedutiva para testar hipóteses de verdadeiro e de falso. A ciência é um processo que compreende três fases: a descrição, a indução e a experimentação, segundo um método científico, que enfrenta questões éticas. Um método científico é um caminho que se segue para a descoberta de algo que se observa, a partir do qual se colocam hipóteses, se experimenta, se conclui e se tecem teorias. A evidência pode tomar uma variedade de formas, desde as notas descritivas aos dados tabulados. A investigação científica é um tipo de atividade, através da qual se desenvolvem as capacidades das crianças pensarem e trabalharem de modo científico. É importante conhecer a distinção entre know what (conhecimento conceptual) e know how (conhecimento processual). No contexto da investigação realizada pelas crianças, devem ser-lhes dadas oportunidades para reunirem as capacidades e os conhecimentos no quadro de investigações abertas, que devem ser cuidadosamente monitorizadas, equilibrando a sua independência com a necessidade de intervir de modo a dar apoio e evitar a frustração. Sugere-se, que a primeira investigação a incentivar às crianças deve ser sobre os processos de vida e seres vivos, cujas caraterísticas englobam os processos de maturação (crescimento e mudança), locomoção (movimento), nutrição (alimentação), respiração, excreção, irritabilidade (sensibilidade ao ambiente) e reprodução, salientando neles a genética e a hereditariedade. Apresentamse exemplos de organismos vivos, classificados em posições que constituem categorias numa hierarquia segundo classes, ordens, famílias, géneros e espécies no seu ambiente biofísico. A ecologia é uma ciência que estuda os seres vivos e como eles se adaptam em ambientes diferentes ou seja, nos seus ecossistemas. Nos ambientes científicos e tecnológicos encontramos ainda tipos e propriedades de materiais, cuja natureza é constituída por átomos e moléculas que formam 100 ou mais elementos de que são feitos e como se combinam e se comportam. Os átomos são muito ativos. Para entendermos esta atividade pensamos

Sugestão de Leitura na teoria cinética de partículas. Cinética significa “em movimento” e essas partículas estão sempre a vibrar, sempre a movimentar-se. Não basta olhar para as coisas vivas, mas é necessário entender os processos físicos que estão em ação, que envolvem forças e energia. No que respeita às forças, a lei do movimento de Newton e da gravidade são provas disso. Existem ainda outras forças, tais como a fricção, o arrasto e a resistência, o magnetismo, e as linhas de força. Quanto à energia, embora não seja algo de concreto, tem a capacidade de produzir trabalho e exemplos são a energia gravitacional, a energia química, a eletricidade, e o som, distinguindo-se os sons desejáveis e indesejáveis. Tal como em outras áreas científicas, as crianças chegam às suas atividades com imensas ideias relacionadas com os processos físicos. As suas ideias variam em exatidão e adequação no que respeita a esses processos, demonstrando capacidades principais úteis para a vida, tais como capacidades de numeracia, de comunicação, tecnologia de informação, de estudo, de trabalho em grupo e resolução de problemas. Explica-se, que a resolução do problema não é um assunto, mas um modo de pensar e de trabalhar, que permite tratar com situações difíceis, ultrapassar obstáculos, resolver questões complicadas e conseguir bons resultados. A tarefa do professor é a de planear e ajudar as crianças a usar as oportunidades para tingirem os objetivos desejados. Progredir na aprendizagem científica significa seguir os princípios que sustentam a aprendizagem no que respeita ao currículo planeado, nas experiências de aprendizagem oferecidas, na progressão e continuidade através dessas experiências. O currículo de uma escola ou curso ou sala de aula constituem uma série de eventos planeados intencionados a terem consequências educativas. Através de um planeamento consciente, a curto e a longo prazo, deve ser dado igual peso ao desenvolvimento das capacidades e à aquisição dos conceitos na ciência. As estratégias de ensino exigem que o professor faça mais do que simplesmente criar questões para a investigação. O processo de aprendizagem é progressivo e passa pelas fases de observação, procura, ligações entre o passado e o futuro, verificação, e alteração para confirmar se as ideias existentes criaram uma nova ideia. As ideias anteriores desempenham um papel muito importante no desenvolvimento do conhecimento e das investigações. Para facilitar as estratégias de investigação levadas a cabo pelas crianças, é necessário apoiar a compreensão por parte delas, com a explicação, modelos, analogias e trabalho prático com jogos e gráficos. O professor deve fazer constantemente juízos acerca do que se passa na sua sala de aula para que possa ir avaliando o decurso da investigação. Existem vários modelos de avaliação, que passam por questionar “o que se quer que as crianças sejam capazes de fazer”, “como fazer” e “quão bem” adquirir essas capacidades e o conhecimento, envolvendo as crianças na sua própria avaliação. Em ciência, avaliam-se as capacidades, o conhecimento e a compreensão, registando e guardando os registos no aspeto da comunicação que desempenha o papel principal no ensino da ciência. Devem ser guardados registos de tipo da atividade, das checklists dos critérios, das escalas de pontuações de classificação, e dos comentários livres. Apresentam-se considerações finais para o desenvolvimento profissional contínuo, candidaturas para entrevistas e empregos, com a apresentação do CV, o emprego baseado no programa governamental para novos professores qualificados (NQTs). Estas qualificações movem o professor a desenvolver competências para se tornar um professor reflexivo e coordenador científico. Recensão de Edma Satar, Bibliotecária


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