“A formação de grupos com pessoas que experimentam, quer sejam crises do desenvolvimento do seu ciclo vital, quer sejam crises decorrentes de situações ameaçadoras à sua existência, tem, de acordo com a literatura, um efeito terapêutico excelente. Mas independentemente do seu poder terapêutico, remediador, a condução dos grupos proporciona outras aplicações inseridas, quer numa prevenção primária, que se inicia cada vez mais cedo, quer num contexto pedagógico abrangente e diversificado. Este contexto pedagógico inclui a aprendizagem em meio escolar, bem como ações de formação dirigidas a adultos (estas também atualmente alargadas a grandes massas) e, ainda, a promoção e coesão em equipas pertencentes a empresas ou a associações desportivas.(…) Neste sentido, “os grupos” procuram assim congregar e promover a coesão e o encontro de pessoas para que reconheçam as similitudes dos seus problemas, encontrem uma forma de suporte social alternativo, necessário para apoiar a construção e o desenvolvimento da sua própria identidade e o equilíbrio nas mais variadas situações. Aliada ao benefício que os grupos propiciam como forma de suporte social, reconhecemos a redução nos custos e no tempo dos programas interventivos, destinados a grupos sobre a intervenção individual.(…) A este propósito convém referir que há duas abordagens complementares quando falamos genericamente de grupos. Uma tenta explicar os fenómenos emergentes, nos grupos naturais ou artificiais, que podem ocorrer com ou sem liderança profissional; outra é mais voltada para a intervenção psicológica, em determinados contextos, sendo planeada e fundamentada, procurando, à partida, estabelecer os objetivos específicos para o grupo em questão.(…) Grupos de sensibilidade, de desenvolvimento, de encontro, animação de grupos, trabalho de grupo, formação de equipa, grupos de laboratório, são conceitos utilizados na linguagem do senso comum como equivalentes, sobrepondo-se em alguns casos e não permitindo uma análise mais científica, baseada no saber dos vários ramos da Psicologia.(…) Verificamos que as tentativas de classificação dos grupos advêm, sobretudo, dos processos identificados nos mesmos (e.g. estrutura ou objetivos) ou dos modelos de intervenção psicológica tradicionais (internacional, humanista, psicodinâmicos, cognitivo-comportamental).(…) A divisão atrás referida pressupõe a existência de um terapeuta ou psicólogo, num grupo terapêutico, que domine os problemas de saúde mental e que esteja estribado num racional teórico, reconhecido na atualidade científica, e que poderá ser humanista, psicodinâmico, cognitivo-comportamental, interpessoal-interaccional, bem como incluir outros modelos de intervenção psicológica(…)” Guerra, M., Lima, L. (2014). História e evolução dos processos de grupo. In Guerra, M. P., Lima, L., Torres, S. Intervir em grupos na saúde (pp. 15-18). Lisboa: Climepsi.
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Mostra bibliográfica 02.2018
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