Sugestão de leitura Sugestão de Leitura - Psicologia Divisão de Documentação Maio de 2018
RIJO, D. …[et al.] (2017). Intervenção psicológica com jovens agressores. Lisboa: PACTOR. (Intervenção em psicologia) ISBN 9789896930721 PSI/FOR RIJ*INT
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Sugestão Portugal é o 15.º país com mais relatos de ‘bullying’ na Europa e na América do Norte, segundo um estudo divulgado recentemente pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O documento “Um Rosto Familiar: A violência nas vidas de crianças e adolescentes” usou dados oficiais de 2015 para mostrar que, no que se refere ao ‘bullying’, entre 31% e 40% dos adolescentes portugueses com idades entre os 11 os 15 anos confirmaram ter sido intimidados na escola uma vez em menos de dois meses. Por outro lado, uma equipa de investigadores da Direcção-Geral da Reinserção e Serviços Prisionais centrou-se na análise do percurso de ofensores com ligações ao sistema de justiça, e traçou um perfil a partir de um grupo de 1403 jovens. Uma primeira conclusão é que nas crianças e jovens com mais de 12 e menos de 16 anos, abrangidos pela Lei Tutelar Educativa, são muito mais aqueles que têm contacto com a justiça entre os 12 e os 14 anos — representam 70%. Os restantes 30% têm 15 anos. Quanto à reincidência de jovens, conclui-se que quanto mais novos são os jovens quando cometem o primeiro delito, maior será a probabilidade de reofenderem (cometerem um segundo) ou de reincidirem (cometerem delitos depois da passagem por centro educativo). À medida que as crianças e os jovens crescem, os delitos dos que reincidem são mais frequentes e mais graves. No sentido lato, a reincidência bate à porta de um terço dos casos. Na vida de um jovem que cometeu delitos, o que permite que ele ultrapasse essa má experiência e siga um percurso de vida diferente? Ou que reincida e volte a cometer crimes? Qual o momento de viragem? E o que faz desse momento uma oportunidade? Os jovens com problemas de comportamento representam um dos grupos mais desafiantes para intervenção em psicoterapia. Habitualmente, demonstram grande resistência ao tratamento e negam ou minimizam os
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seus problemas. No entanto, a patologia do comportamento tende a associarse a défices ao nível do sucesso académico, ao consumo de substâncias psicoativas e ao envolvimento em comportamentos de risco, podendo conduzir ao primeiro contacto destes jovens com o sistema de justiça. Trata-se, portanto, de um grupo de indivíduos com elevadas necessidades de intervenção. A investigação científica tem mostrado que as intervenções cognitivocomportamentais possuem eficácia demonstrada na reabilitação de jovens com patologia do comportamento, incluindo jovens agressores em contacto com a justiça. O livro aqui apresentado, resultante da experiência dos autores na investigação, ensino e intervenção com jovens agressores, foi pensado para auxiliar os psicólogos que avaliam e intervêm nesta população, tanto num setting de intervenção individual como em contexto de grupo. Tendo em conta os fatores de manutenção desta problemática, são também apresentadas estratégias de intervenção adequadas ao trabalho com pais e professores. Conteúdos abordados: - Avaliação psicológica de jovens agressores - Modelos cognitivo-comportamentais do comportamento antissocial - Entrevista motivacional com jovens agressores - Estratégias comportamentais, cognitivas e relacionais - Programas de intervenção em grupo - Intervenções em contexto escolar
Divisão de Documentação [Com recurso a informação em https://www.publico.pt/2017/12/04/sociedade/noticia/70-das-criancas-e-jovenscom-problemas-na-justica-tem-ate-14-anos-1794511 ; https://observador.pt/2017/11/01/portugal-teve-mais-relatos-de-casos-debullying-do-que-os-eua/]