Rotary em Acção - Julho 2011

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Sexta-feira, 29 de Julho de 2011 Ano II Nº 16 Assinatura 6€ Periocidade Bimestral Director A. Soares Carneiro

www.rotary.pt

NOVOS LÍDERES ROTÁRIOS

Envolver a comunidade é o lema do próximo ano rotário


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EDITORIAL

JULHO > AGOSTO 2011

ROTARY EM ACÇÃO

Rotary na Rede Em cada edição o Rotary em Acção apresenta-lhe uma página oficial, blogue ou outro espaço na rede onde pode encontrar informação importante, consultar documentos, ficar a par de novidades do Rotary em Portugal e no estrangeiro, mas também ter acesso a bons projectos e a ideias eficazes.

Editorial A. Soares Carneiro Director

Exemplo de solidariedade pela integração

www.rotaryatwork.com O Fim Anunciado do Estado Social Historicamente a questão dos direitos humanos está ligada à “eterna confrontação entre o poder e a liberdade, em função do carácter simultaneamente individual e colectivo da condição humana”. A sociedade actual é uma sociedade globalizada e é-o por força das novas tecnologias e, principalmente, dos meios de comunicação em massa. Simultaneamente o “Estado faliu” porque o Estado-Providência não conseguiu dar resposta a uma sociedade de consumo em massa, uma sociedade que deseja um elevado nível de bem estar, o que, consequentemente, leva a um aumento do consumo (consumo em massa) e este é a causa da produção massiva de bens e serviços, o que leva a uma forte concorrência, agora a nível internacional. Tudo isto é agravado porque os meios de comunicação em massa permitem uma publicidade muito agressiva que, aumentando as necessidades e o desejo, fazem disparar, ainda mais, o consumo. A falência do Estado-Providência coloca em causa os direitos dos indivíduos às prestações sociais e, assim sendo e com toda a probabilidade, acentuará as discriminações positivas apenas a favor de alguns e em detrimento de muitos outros, o que levantará, seguramente, problemas de coesão social e de igualdade de tratamento. Esperemos pois que a falência do Estado-Social não traga consigo, não só sacrifícios injustos, como um agravamento dramático das igualdades sociais. Porto, Julho de 2011

A página www.rotaryatwork. com mostra um exemplo do trabalho rotário em todo o mundo. Os clubes da região de Ontario, no Canadá, associaram-se a uma associação local, a Community Living Ontario, para aju-

dar habitantes com algum tipo de deficiência, a encontrar um trabalho digno e signficativo. A página na Internet serve para fazer a ponte entre as empresas e os trabalhadores. Apontam como objectivo ar-

ranjar 100 oportunidades de trabalho em três anos. O movimento apresenta ainda vários casos de sucesso, de jovens portadores de deficiência que encontraram trabalho graças a esta iniciativa.

Candidatura a Projectos de Apoio até 30 de Setembro

Fundação divulgou percentagens de apoio A nova fase de candidaturas a projectos ao abrigo do Regulamento de Candidatura a Projectos de Apoio da Fundação Rotária Portuguesa (FRP) decorre até 30 de Setembro. Na abertura do ano rotário de 2011/12 o Conselho de Administração da FRP e as governadorias dos dois distritos divulgaram, que para este ano rotário as percentagens de apoio a cada área são: Combate à Fome e Pobreza – 40% do valor do projecto apresentado; Alfabetização e Educação – 35% do valor do projecto apresentado; Promoção de Saúde

– 15% do valor do projecto apresentado e Recursos Hídricos e Ambiente – 10% do valor do projecto apresentado. Após aprovação segundo a valoração indicada na cláusula 8.º do regulamento, o projecto apresentado recebe a percentagem prédefinida, até um limite máximo de 2.500 euros. Recorde-se que as candidaturas aos Projectos de Apoio da Fundação Rotária Portuguesa são valoradas (cláusula 8.ª do regulamento) tendo em conta os seguintes parâmetros: enquadramento do

projecto nas áreas propostas pelos Governadores, para cada ano rotário; enquadramento do projecto nas ênfases presidenciais; impacto social e grau de urgência da acção proposta no quadro da comunidade a que se destina; número de clubes envolvidos, em regime de parceria, na acção proposta; relação custos/benefícios das acções a executar; ordem de chegada, com registo, para o efeito, da data em que deram entrada na Secretaria da FRP, numerados para o efeito e número de apoios que o clube proponente já teve da FRP.

Nota Para que o Rotary em Acção passe a ser a voz de todos os rotários de Portugal, passam a ter à disposição o endereço electrónico rotary.comunicacao@gmail.com, para onde podem enviar notícias dos clubes, eventos programados e todas as outras informações que desejarem. Este endereço passa a servir também para envio de conteúdos para a página oficial do Rotary em Portugal. Ficha Técnica Propriedade: Fundação Rotária Portuguesa NIF: 501129081 Morada: Rua João Machado, 100 - 3º, Salas 303/304, 3001-903 Coimbra; Edição: Gabinete de Comunicação e Imagem do Rotary em Portugal. Director: A. Soares Carneiro Design: Padrão Certo Paginação: O Progresso e Publicidade, Lda Redacção: Ana Lima e Valdemar Jorge Impressão: Diário do Minho Tiragem: 6000 exemplares Periodicidade: Bimestral Contactos: rotary.comunicacao@gmail.com, Tels.: 239 823 145 / 239 834 348, Fax: 239 837 180. Depósito Legal: 290346/09 Publicação Periódica nº 125744.


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Por todo o país, a imprensa local, regional e nacional reconhece o trabalho dos rotários em prol da comunidade. O Rotary em Acção dá agora a conhecer algumas das principais actividades do Rotary que fizeram notícia na comunicação social.

A Voz da Póvoa

Rádio Onda Viva

Gazeta das Caldas

Soberania do Povo

Gazeta dos Arcos

Jornal Audiência

Banco Alimentar recolheu 7,309 toneladas

Rotários com nova liderança e projecto social

Rotários de Arcos de Valdevez recebem carta constitucional

Rotary das Caldas adquire cadeira adaptada para jovem deficiente

O Mirante

O Setubalense

Algarve Notícias

Rádio Vizela

Ribeirinhas

Rotary Clube de Tavira organizou VI Gala de Beneficência

José Cunha é o novo presidente do Rotary Clube de Santarém

Carlos Martins assumiu presidência do Rotary Club

António Augusto Conde

em Acção

Ferreira Pinto lidera novo ano Rotário no vila nova de Gaia

Mafra Hoje

Ana Anselmo de Castro assumiu a presidência do Rotary Club de Mafra

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Biografias

Rotary na Imprensa

Mário Augusto falou de cinema ao Rotary de Vila do Conde

ACTUALIDADE

ROTARY EM ACÇÃO

Rotários de Setúbal unem-se num clube único

Universidade Sénior de Rotary em Estarreja

António Augusto Conde nasceu numa aldeia transmontana em 29 de Junho de 1932. Depois de terminar os estudos liceais e o curso da Escola do Magistério Primário, exerceu o ensino oficial em Paços de Ferreira, Cartaxo e Lisboa, onde acabou por se licenciar em Filosofia, com tese em Psicologia. Foi professor, trabalhou no âmbito da Psicologia Escolar, mas mais tarde dedicou-se à vida empresarial privada. Fundou várias empresas que administrou com sucesso. Ao Rotary chegou em 1982, ao Clube de Lisboa. Muito activo desde sempre, ocupou inúmeros cargos no seu Clube, mas também no Distrito 1960: esteve na organização da 47ª Conferência Distrital, foi Presidente da Sub-Comissão Distrital da Fundação Rotária Internacional para as Bolsas Educacionais e Culturais, entre muitos outros cargos. Até que em 2004-2005 assumiu a Governadoria do Distrito 1960 com o lema “CELEBREMOS ROTARY “. Era a celebração do 1º Centenário da Organização e foi um ano memorável a nível mundial. O Distrito 1960 esmerouse nas suas celebrações, e no dia 23 de Fevereiro de 2005 levou-se em acto um Tedeum na igreja dos Jerónimos em acção de graças pela vida e acção de tão

grande Organização. Pela tarde teve lugar uma Sessão Solene no Centro de Congressos do Estoril com a presença do Presidente da República Jorge Sampaio e do Presidente da Assembleia da República, de convidados e de grande número de companheiros dos dois Distritos. Nesta memorável sessão foi atribuída ao Rotary, pelo Presidente da República, a Comenda da Ordem de Mérito pelos serviços prestados por esta Organização. No ano do Centenário fundou um clube novo – Rotary Clube de Lisboa Centennarium, constituído por jovens companheiros, em grande parte vindos do Rotaract. E é a este Clube que pertence actualmente, onde foi recebido de braços abertos e diz ter aprendido bastante nos últimos tempos: “Optei pelo clube que tinha criado. Também pela sua juventude Até à minha média idade optei sempre pelo convívio dos mais velhos, para poder aprender pela sua experiência. Agora que começo a ter muita idade, gosto de conviver com os jovens para continuar a aprender. Disse isto mesmo na minha tomada de posse no Lisboa – Centennarium. E o meu propósito saiu certo: Tenho aprendido bastante. E continuarei em Rotary, onde tenho muitos e inestimáveis AMIGOS”.


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Novo Governador do Distrito 1960, José Coelho

“Mudar não significa colocar tudo em causa, mas antes adaptar e aprimorar”

Gostaria que recuasse no tempo e nos recordasse a sua entrada em Rotary e qual foi a sua principal motivação. A minha entrada na Organização remonta a Setembro de 1987. Antes de entrar tinha já uma certa curiosidade e interesse em conhecer melhor os propósitos do movimento, porquanto algumas das pessoas que compunham o Rotary Club de Setúbal na altura eram do meu conhecimento pessoal e tratando-se de pessoas com um elevado estatuto moral e de intervenção cívica na sociedade, pelo facto de serem membros desta or-

ganização, só poderiam atestar a virtuosidade da mesma. Deu-se, entretanto, a feliz coincidência de um colega de trabalho na altura ser membro do Rotary Club de Loures (companheiro Luís Filipe), que me explicou em detalhe os propósitos do movimento e, perante o meu interesse redobrado, conversou com um companheiro do Rotary Club de Setúbal, companheiro esse que viria a ser o meu padrinho. Trata-se do companheiro Leonardo Neto Pereira. Devo, portanto, a estes dois companheiros a honra de pertencer agora ao meu clube e a esta organização.

“Nesse tempo antes de se entrar para Rotary éramos “sujeitos” a uma análise muito detalhada.”

Sendo assim tenho dois padrinhos, um de registo e outro de baptismo, por assim dizer. Mas não se pense que a entrada foi imediata. Nesse tempo antes de se entrar para Rotary éramos “sujeitos” a uma análise muito detalhada. Assisti, por isso, a inúmeras reuniões do clube antes da proposta para a minha entrada ser aprovada (por unanimidade). Enfim e para concluir, passados todos estes anos, a minha motivação para servir, alicerçada no companheirismo e exemplo de tantos cidadãos que eu sempre admirei, encontrou no Rotary essa oportunidade. Os meus me-


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lhores amigos são rotários. O Rotary tem-se adaptado ao longo dos tempos, que diferenças verifica entre o Rotary dessa altura e o Rotary de hoje? Embora os princípios e a “razão de ser” do movimento permaneçam intactos desde a sua fundação, existem hoje desafios e oportunidades de servir muito próprios da realidade da época que atravessamos. As desigualdades serão porventura hoje mais evidentes e o “espaço” de intervenção dos rotários é mais amplo. Rotary organizou-se, sistematizou as suas acções e procedimentos, modernizou a sua estrutura com meios de comunicação e tratamento da informação. Assistiu-se, e em boa hora, à entrada de companheiras; Rotary aumentou a sua presença em número de países e regiões geográficas, aumentou também consideravelmente o número de clubes. O Rotary consolidou-se como a maior organização de serviços do mundo, capaz de empreender uma das maiores campanhas de saúde pública não governamental de que há memória – a erradicação da poliomielite no mundo. O Plano de visão de Futuro da Rotary Foundation é outro exemplo da adaptação estratégica de Rotary. Em suma, Rotary tem avançado imenso neste seu percurso de ajudar a mudar o mundo. Sem Rotary a humanidade não seria a mesma. Neste novo ano, o que é que os Rotários do Distrito 1960 podem esperar do seu Governador? Trabalho, dedicação, entusiasmo, contribuir para dar continuidade às coisas que fazemos bem e incentivar à mudança de coisas que ainda não fazemos ou fazemos em desacordo com os tempos que correm. Apenas como exemplos demonstrativos da inovação que pretendemos introduzir, destaco a execução do Guia Distrital conjunto dos dois Distritos portugueses (1960 e 1970), a realização conjunta do Seminário de Formação dos Presidentes Eleitos e Assembleia Distrital, a realização de Visitas Oficiais do Governador aos clubes em conjunto com vários clubes, a criação da Biblioteca Rotária com todo o manancial de informação num único acesso digital e o incentivo aos clubes para a criação e utilização de meios de comunicação em rede, nomeadamente o facebook e a mailing list de Rotary (inforotary). Qual será a sua grande prioridade durante o mandato? Ajudar a fortalecer os nossos clubes, au-

mentar a nossa notoriedade na comunidade, através do incentivo à divulgação daquilo que os nossos clubes fazem tão bem pelas suas comunidades e dar o maior enfoque possível aos serviços humanitários. Estes objectivos de natureza mais geral têm sido transmitidos aos novos dirigentes dos clubes, nomeadamente aos seus Presidentes, de uma forma mais detalhada sob a forma de Metas a atingir, nos vários eventos de formação e preparação das novas lideranças levados a cabo antes do início dos seus mandatos. Outro dos objectivos principais do nosso ano de mandato será a promoção da Convenção Internacional de RI de Lisboa/2013. Este vai ser o maior evento rotário a que o nosso país já assistiu. Por isso, é nossa obrigação promovê-lo por todas as formas ao nosso alcance.

“Outro dos pontos fortes do Rotary em Portugal será a realização da Convenção Internacional de RI de Lisboa/2013.” Neste momento, qual lhe parece ser a principal dificuldade dos clubes do Distrito? O nosso Quadro Social e o reflexo da crise nos recursos financeiros dos clubes e dos próprios companheiros. De que forma pretende ultrapassála? É preciso renovar o nosso quadro social com rotários mais jovens e senhoras e diversificar o mesmo, com o máximo de classificações profissionais relevantes na comunidade. Para além disso, é igualmente relevante promover programas aliciantes para despertar o interesse quer dos próprios membros do clube, quer da comunidade, bem como divulgar as nossas acções, coisa que muitos clubes ou ainda não fazem, ou fazem “timidamente”.

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Relativamente aos efeitos da crise nos nossos recursos, tratar-se-à de apelar à nossa criatividade e envolvimento com parceiros, mas tendo em conta que os rotários sempre foram criativos, nestas situações irão decerto superar-se. O trabalho “em rede” é também fundamental nos tempos que correm. Em termos de pontos fortes do Distrito 1960, quais são aqueles que podem dar ainda mais força ao movimento? Sem dúvida alguma, o companheirismo é o grande cimento da nossa acção. Por outro lado, as dificuldades que as nossas comunidades atravessam aumentou o nosso espaço de intervenção. Este é, paradoxalmente, um desafio acrescido que se coloca a todas as rotárias e rotários do nosso Distrito e também de todo o país e estou convencido que será uma mola impulsionadora na “vocação” do nosso movimento. Outro dos “pontes fortes” do Rotary em Portugal será a realização da Convenção Internacional de RI de Lisboa/2013 e estou certo que todas as companheiras e companheiros do nosso país e mais especificamente do nosso Distrito 1960 se vão empenhar e transcender para fazer desta a melhor Convenção a que o mundo rotário já assistiu. Qual a sua opinião acerca do lema deste ano “Conheça a Si Mesmo para Envolver a Humanidade”? De que forma vai aplicá-lo no seu mandato? Temos a “sorte” de este ano ter um Presidente que resolveu “mexer com o nosso interior”, com a nossa condição de rotários, enfim com a “substância” da nossa missão. “Conheça a Si mesmo para Envolver a Humanidade” foi o lema que o Presidente

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de Rotary International, Kalyan Banerjee, escolheu para servir de mote ao ano rotário 2011/2012. A sua apresentação na Assembleia Internacional de RI em San Diego foi extremamente inspiradora e, acima de tudo, despertadora de consciências. Sou rotário há quase 24 anos e, como muitos dos companheiros, já vivi muitos momentos emocionantes e significativos durante a minha vida rotária. Contudo este foi um dos mais marcantes, pois não houve ninguém que ficasse indiferente ao discurso de anúncio do lema. Teremos de reconhecer que é um lema que nos dá que pensar, essencialmente na nossa condição de rotários e no papel que nos está reservado neste mundo tão cheio de problemas e com tantas desigualdades. Pela primeira vez desde que há memória em Rotary, um Presidente assume a Mudança como uma das suas Ênfases. De facto e por norma, as mesmas têm assentado em objectivos, obras, metas a alcançar, enfim, apelos à concretização de determinadas “task forces”. Ao contrário, o Presidente Banerjee convida-nos à reflexão. Ele fala-nos em Família, em Continuidade e em Mudança. São estas as três Ênfases Presidenciais deste ano. É uma análise muito simples, mas tão adequada aos dias de hoje. Os rotários sempre foram criativos e hoje precisamos desafiar cada clube a ser realista e funcionar de acordo com os desafios do nosso tempo. Mudar não significa colocar tudo em causa, mas antes adaptar e aprimorar. Mahatma Gandhi disse um dia: “Você deve ser a mudança que deseja ver no mundo”. Estou certo de que conseguiremos em conjunto, à nossa dimensão, ajudar a mudar o mundo. É por isso e para isso que somos rotários. E a força para o fazer virá de dentro de nós próprios.


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António Goes Madeira, Governador do Distrito 1970

“SOU ROTÁRIO POR CONVICÇÃO E POR EMOÇÃO” Sei que a sua entrada no movimento rotário foi especial. Como recorda esses momentos? Momentos existem na nossa vida que, pela sua importância, nos deixam uma marca impressiva e que marcam o nosso percurso. A minha entrada em Rotary é claramente um deles. Fui admitido no RC Viseu em 4 de Janeiro de 1985, dia da visita do Governador Rui Sequeira ao Clube. Fui apadrinhado pelo Companheiro José Manuel Oliveira, então um jovem na idade e no Clube. Rotary não era para mim desconhecido, pois sou oriundo de uma família de rotários - o meu pai, o meu avô materno

e um tio irmão do meu pai. O meu pai, Fernando Madeira, já era membro do RC Viseu quando eu nasci e tendo abraçado o ideal rotário como padrão de vida, educou-me dentro dos princípios da solidariedade, da atenção e respeito pelos outros, e sobretudo pela disponibilidade e gratificação interior de Servir os que de nós precisam, mas preservando sempre a sua dignidade - os princípios que norteiam a acção rotária. A minha mãe, Melita, comungou desta vocação de meu pai, incentivando-o e acompanhando-o nos eventos rotários que então se realizavam. E foi assim que, ainda de calções, acompanhei os meus pais diversas vezes em reuniões de Clube e em Conferências de Distrito e

conheci e aprendi a respeitar muitos dos seus amigos que eram rotários. E, aos 14 anos, tive a oportunidade de integrar um grupo de Intercâmbio de Jovens que, durante 1 mês, esteve em casa de rotários franceses de Clubes geminados com o Clube de Viseu. E esta inolvidável experiência, que se repetiu nos 2 anos subsequentes, constituiu um enriquecimento pessoal que me marcou para sempre. Sou rotário por convicção e por emoção e a Isabel e eu temos procurado incutir nos nossos filhos e agora já também nos nossos netos os valores intemporais do rotarismo. Tendo entrado formalmente em Rotary após o falecimento do meu pai tenho pro-

curado, também como rotário, ser digno da sua memória. O que podem os rotários do Distrito esperar do novo Governador neste novo ano? As Companheiras e os Companheiros podem contar com o meu total empenho e dedicação no apoio aos Clubes, para que, conjuntamente com os Companheiros que integram a equipa Distrital, possamos alcançar os objectivos previstos, dignificando o Distrito. É minha intenção dar, também, uma particular atenção às relações interpessoais, pois valorizo o diálogo franco e aberto como meio de potenciar


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“Globalmente temos que contribuir para o fortalecimento dos clubes, dar maior enfoque aos serviços humanitários e melhorar a divulgação da acção rotária.”

o Companheirismo, elemento fundamental para o desenvolvimento harmonioso da acção rotária. Sinto-me motivado e procurarei transmitir essa motivação aos Clubes, sempre no respeito pela sua autonomia. O que destaca do plano de actividades para este ano? Qual é a sua prioridade. A Governadoria estabeleceu e divulgou em devido tempo as Metas para este ano rotário. Elas constituem um todo pelo que me parece desajustado estar a particularizar alguma. No entanto, e para responder concretamente à pergunta e tendo em atenção que Rotary se materializa através da acção dos Clubes, penso que o Quadro Social, nas suas vertentes da retenção e crescimento, tem de merecer uma atenção privilegiada. Globalmente temos que contribuir para o fortalecimento dos clubes, dar maior enfoque aos serviços humanitários e melhorar a divulgação da acção rotária dos Clubes junto das comunidades para que estas a reconheçam. Uma outra preocupação do Distrito, neste ano rotário, é contribuir para a divulgação da Convenção de RI de Lisboa 2013, motivando os Companheiros a participa-

rem neste acontecimento rotário tão relevante e tão importante para Portugal. Quais são as suas principais linhas orientadoras, o lema principal? O Lema que o Presidente de RI Kalyan Banerjee nos propõe para este ano, “Conheça-se a Si Mesmo para Envolver a Humanidade”, remete-nos para nós próprios, convoca-nos para uma atitude introspectiva que nos conduzirá a avaliarmo-nos como rotários. Assim, se é absolutamente pertinente sabermos O Que é Rotary, não podemos deixar de nos questionar, também, sobre Quem é Rotary. Por outro lado ao estabelecer novas ênfases – Família, Continuidade e Mudança – abre-nos um caminho a trilhar, um pano de fundo

que enquadrará a nossa acção rotária. Se bem que as três sejam complementares, há que reconhecer que a “Mudança” encerra um forte e explícito apelo à necessária e imperiosa adaptação de Rotary a um mundo em permanente transformação, suscitando a abertura dos Clubes à adequação de procedimentos que, no respeito pelos os ideais rotários fundadores do movimento, estejam conformes com as exigências da vida das pessoas nos dias de hoje. Qual acredita ser a principal dificuldade do Distrito neste momento? As graves dificuldades com que o nosso país se confronta não deixam de afectar também os Clubes rotários. A crise efecti-

va que se sente e que, por ventura, se irá agravar nos próximos tempos, potencia, também, o desânimo e a descrença de alguns. É pelo menos contra este último factor que teremos combater, pois Rotary é esperança e baseia-se na capacidade de reagir contra a adversidade. E qual a principal característica que pode fortalecer? Potenciar os valores intemporais de Rotary que fomentam a essência da sua dinâmica e que assentam no seu capital mais precioso – os rotários. Aglutinados pelo cimento do Companheirismo, eles são o garante da diversidade, da criatividade e do empenhamento com que se implementa a acção rotária.


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FRP

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II Bienal Internacional de Pintura – Bolsa FRP 2011

Jovens vencedores receberam bolsas na Covilhã A Fundação Rotária Portuguesa (FRP) entregou as bolsas de estudo aos vencedores da II Bienal Internacional de Pintura – Bolsa FRP 2011. A cerimónia teve lugar no decorrer da XXVIII Conferência do Distrito 1970 na Covilhã. Os vencedores da II Bienal Internacional de Pintura – Bolsa FRP 2011, Filipe Manuel Cortez Andrade, Maria Trabulo (representação composta por duas

obras) e Jeremy Gomes de Carvalho, receberam bolsas no valor de 4.500 euros; 2.000 euros e 1.000 euros, respectivamente. Recorde-se que o júri constituído por José-Luís Ferreira, (presidente), presidente do Conselho Geral da ANAP – Associação Nacional de Artistas Plásticos/Comité Nacional Português para a AIAP/Unesco; Joana Costa Brites, mestre em História de

Arte, doutoranda em História de Arte e professora de História de Arte Contemporânea e Métodos de Investigação em História de Arte na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e Francisco Rosa Dias, professor de Estética na Faculdade de Belas Artes de Lisboa, decidiu ainda (conforme consta da acta do concurso) atribuir declarações de mérito à representação de onze autores (19 trabalhos no

total, sem qualquer peça rejeitada). A II Bienal Internacional de Pintura – Bolsa Fundação Rotária Portuguesa teve como parceiro na organização o Rotary Club de Coimbra. A comissão organizadora foi presidida por Isabel de Carvalho Garcia e integrou ainda os rotários António Amorim Costa, José Ribeiro Ferreira, Manuel Rodrigues e António Brázio Gomes.

O que disseram os premiados Rotary em Acção (R.A.) – Fala-nos do teu percurso artístico. Quando é que te interessaste pelas artes plásticas? Filipe Cortez (F.C.) – O meu interesse pelas artes plásticas foi algo que se foi desenvolvendo ao longo de toda a minha formação. Após os meus 17 anos esse interesse passou a ser visto de uma forma mais séria, e com outra responsabilidade. Actualmente a minha vontade é valorizar cada vez mais a cultura, mais propriamente a pintura que se desenvolve no nosso país. R.A. – Como vê o público a tua pintura. És bem recebido? F.C. – Sim, a recepção do meu trabalho é normalmente bem vista, no entanto, algumas pessoas sentem uma sensação de alguma intranquilidade devido ao forte aspecto das minhas pinturas, chegando por vezes a ter um aspecto um pouco mórbido ou violento. Contudo a crítica tem sido sempre bastante positiva.

R.A. – O que te levou a concorrer à II Bienal Internacional de Pintura – Bolsa Fundação Rotária Portuguesa 2011? F.C. – A óptima bolsa que esta Bienal propunha e o ser mais uma forma de promover e divulgar o meu trabalho. R.A. – Qual foi a tua reacção quando soubeste que o júri te tinha atribuído o 1.º prémio? Foi uma boa sensação? F.C. – Claro, foi óptima. Fiquei mesmo muito contente. R.A. – Estás a frequentar o 1.º ano de Mestrado em Pintura na Faculdade de Belas Artes do Porto. Quais são os teus projectos para o futuro? F.C. – Acabar o mestrado e continuar a mostrar o meu trabalho em concursos e exposições dentro e fora de Portugal. R.A. – Como vais aplicar a Bolsa que agora recebeste? F.C. – Investir no meu trabalho, pois é uma profissão que requer bastantes gastos.

Maria Trabulo

Rotary em Acção (R.A.) – Fala-nos do teu percurso artístico. Quando é que te interessaste pelas artes plásticas? Maria Trabulo (M.A.) – O interesse pelas Artes Plásticas surgiu de uma forma muito natural, não posso considerar quando surgiu por certo, porque tem sido sempre presente e crescente de uma forma bastante positiva. R.A. – Como vê o público a tua pintura. És bem recebida? M.A. – Avaliando pela receptividade dos meus trabalhos quer em pintura quer em outros meios artísticos como fotografia, vídeo, instalação e escultura, diria que são bem sucedidos. Não tenho ainda currículo para poder dizer que tenho um “público” mas até agora os passos têm sido positivos, o que me encoraja a continuar. R.A. – O que te levou a concorrer à II Bienal Internacional de Pintura – Bolsa Fundação Rotária Portuguesa 2011? M.A. – Soube da Bienal a partir de um professor de pintura da Faculdade em que estudo. As condições de participação pareceramme óptimas e o prémio bastante incentivador para mim que invisto muito no trabalho que produzo. R.A. – Qual foi a tua reacção quando soubeste que o júri te

tinha atribuído a 2.ª Bolsa? Foi uma boa sensação? M.A. – Com certeza que sim, é sempre uma excelente sensação ser premiada pelo esforço e dedicação depositados em algo. Além de que ser premiada com a 2.ª Bolsa é um enorme incentivo para continuar o que faço. Aproveito para agradecer ao Júri que me seleccionou, assim como a todos por parte do Rotary Club de Coimbra que acreditaram o meu trabalho e dos meus colegas, e contribuem de forma tão generosa para o nosso futuro. R.A. – Estás a frequentar o 4.º ano de Pintura na Faculdade de Belas Artes do Porto. Quais são os teus projectos para o futuro? M.A. – Agora pretendo finalizar os estudos e realizar o programa Erasmus na cidade de Reiquejavique, na Islândia, que está previsto para 2012. Mais tarde certamente optarei por continuar os estudos superiores num mestrado da minha área. R.A. – Como vais aplicar a Bolsa que agora recebeste? M.A. – Tal como referi, invisto bastante no meu trabalho, e com toda a certeza que aplicarei a Bolsa na produção de trabalho, que me dará a oportunidade de utilizar materiais e técnicas que me eram inacessíveis pelos altos custos.

Jeremy Gomes de Carvalho

Rotary em Acção (R.A.) – Fala-nos do teu percurso artístico. Quando é que te interessaste pelas artes plásticas? Jeremy Carvalho (J.C.) – As artes plásticas revelaram-se desde de muito cedo como uma evidência, mesmo não tendo nenhum artista na família. Contudo, os meus pais sempre tiveram alguma sensibilidade e ligação à Arte, enquanto consumidores. Creio que ter tido a família que tive e ter nascido e vivido em Paris até à pouco foi fulcral para a minha formação e escolha de um futuro na Arte. R.A. – Como vê o público a tua pintura. És bem recebido? J.C. – Creio que o público é o alvo mais indicado para responder a esta questão. Tive um professor que me disse, que o meu trabalho nunca seria, “para um público fácil ”. Acredito que esta observação responda a questão… melhor que eu. R.A. – O que te levou a concorrer à II Bienal Internacional de Pintura – Bolsa Fundação Rotária Portuguesa 2011? J.C. – Um dos meus professores falou-me do prémio e convidoume a participar. Pretendia participar, mas parecia muito cedo para

isso, apontando sempre para o próximo ano. Mas avancei, com a também vencedora Maria Trabulo, e foi uma experiência muito positiva. R.A. – Qual foi a tua reacção quando soubeste que o júri te tinha atribuído o 3.º prémio? Foi uma boa sensação? J.C. – Foi peculiar. Fiquei dividido entre o contentamento e a insatisfação. Contentissimo por ser premiado na Bienal de Pintura, contudo não satisfeito por não ter atinjido o primeiro. R.A. – Estás a frequentar o 3.º ano de Pintura na Faculdade de Belas Artes do Porto. Quais são os teus projectos para o futuro? J.C. – Continuar a formar-me em artes plásticas e especializar-me na área da pintura. Também, estou a desenvolver uns trabalhos em vidro: mais ligados a área da escultura. R.A. – Como vais aplicar a Bolsa que agora recebeste? J.C. – Investir em materias de produção artística para realizar mais trabalho.

Filipe Manuel Cortez Andrade


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Tomada de posse do novo Conselho de Administração

Diamantino Gomes: «tudo faremos para continuar a engrandecer a FRP» Viseu foi o palco escolhido para a cerimónia de transmissão protocolar de tarefas do Conselho de Administração da Fundação Rotária Portuguesa (FRP). Diamantino Gomes (RC Senhora da Hora) sucede na presidência a Frederico Nascimento (RC Setúbal). A cerimónia decorreu em tom festivo, com a presença de representantes rotários de todo o país. O recém-empossado presidente alicerçou a intervenção de tomada de posse em três palavras «misto de felicidade, alguma saudade, e uma permanente gratidão». E explicou a saudade dos tempos de bolseiro do RC Luanda, quando mensalmente ia receber a bolsa de estudo junto do então responsável engenheiro Vítor Neves da IBM, em Luanda e as «reuniões anuais do clube em que eu participava como bolseiro juntamente com todos os outros bolseiros». Desses encontros lembra ouvir falar de uma Fundação de rotários «que na Metrópole dava bolsas de estudo a estudantes carenciados, tal como nós os bolseiros do RC de Luanda (…) 50 anos depois estou eu a presidir ao CA dessa mesma Fundação». «Confesso que sinto uma enorme gratidão aos rotários dessa época e os que a eles seguiram, que tiveram essa visão educativa e social e souberam interpretar as necessidades de apoio social e educativo das famílias e da sociedade portuguesa em geral, durante todos estes anos. Costumo dizer que se sou aquilo que sou, aos meus Pais e ao Rotary, especificamente ao RC de Luanda, e à FRP o devo», sublinhou Diamantino Gomes. O novo presidente do CA sustentou ainda que «poucos rotários terão a oportunidade de presidir aos destinos duma organização que os apoiou, e que influenciou positiva e decididamente as suas vidas, como no meu caso. Interpreto isso como uma honra, e sinto uma enorme felicidade e alguma expectativa neste desempenho». Diamantino Gomes colocou depois ênfase na atitude que o novo CA da FRP terá e que saberá honrar o legado de 52 anos de acção da fundação. «Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para continuarmos a engrandecer a FRP». No capítulo dedicado à juventude afirmou que será dada continuidade aos programas culturais, nomeadamente aos prémios, bolsas de Prosa e Poesia, Pintura, Cântico Lírico e Bolsa Paul Harris. A imagem pública de Rotary continuará a expandir-se não só através da colaboração com as duas Governadorias, mas também com a dinamização do jornal Rotary em Acção, o sítio na Internet, o facebook, os guias distritais conjuntos e as cartas mensais, a par da criação de «correios electrónicos específicos entre os rotários, a criação de uma base de dados permanentemente actualizada». «Procuraremos fazer compreender melhor, interna e externamente ao País, dentro e fora do movimento rotário, e a responsáveis de Rotary International e da Rotary Foundation, o papel que a FRP tem desempenhado e continuará a desempenhar, no apoio aos clubes e às Governadorias, bem como à sociedade portuguesa em geral».

Diamantino Gomes deixou ainda um apelo a todos os companheiros e companheiras que «procurem conhecer melhor e com plenitude a FRP». Dirigindo-se a Frederico Nascimento, dedicou-lhe uma palavra de apreço «pelo magnífico trabalho que desempenhou como presidente da FRP. Obrigado Frederico pelo que fizeste e nos ensinaste».

Frederico Nascimento desejou sucesso ao novo CA Frederico Nascimento, na hora da despedida, falou de mudança «palavra que o novo presidente do RI coloca no centro do discurso e da narrativa (…), dando-lhe honras de ênfase presidencial» e de novos horizontes afirmando que «o CA, da FRP, ao qual tive a honra de presidir, não se deixou ficar refém do passado; glorioso, sim, mas passado e quis, justamente, projectar uma nova visão para o futuro. Olhar para o horizonte que temos perante nós e tentar ver mais longe». No último discurso que proferiu Frederico Nascimento lembrou ainda as principais acções e iniciativas que o CA da FRP, sob a sua presidência concretizou nos últimos três

anos. Não esqueceu um especial reconhecimento aos governadores «Henrique Maria e Teresa Mayer; Mário Rebelo e Manuel Cordeiro; Armindo Carolino e Joaquim Esperança, cuja acção muito ajudou e prestigiou a nossa Fundação». A propósito dos agradecimento dirigiu também uma palavra de agradecimento aos companheiros(as) que trabalharam «afincadamente, para que a FRP possa cumprir com as suas responsabilidades» a todos com quem trabalhou no CA, CS e CRC, bem como aos funcionários «Vladimiro Santos, José Martins e Ana Costa, sempre disponíveis para atender aos pedidos e solicitações dos clubes». Aos novos administradores e membros da CRC que tomaram posse desejou os «maiores sucessos no desempenho das suas funções» e acrescentou «deixo, por isso, com tranquilidade e com a noção do dever cumprido, o cargo de presidente do CA da FRP e entrego-o a um homem bom. Diamantino Gomes, de quem podemos ter a certeza de que vai continuar a trilhar este caminho e a promover e provocar as mudanças que devem acontecer».

O novo elenco do CA O Conselho de Administração está assim constituído: Assembleia de Clubes – presidente, José Matias Charneca Coelho (RC Setúbal); vice-presidente, António Góis Madeira RC Viseu). CA – presidente, José Diamantino Martins Gomes (RC Senhora da Hora); vice-presidente Maria Teresa Rosa Mayer (RC Seixal); vogais – Felizardo José Valverde Cota (RC LisboaBelém); Alberto Mourão Soares Carneiro (RC Paredes); Manuel Domingos Cunha da Silva (RC Viana do Castelo); José António Nogueira dos Santos (RC Figueira da Foz); José Manuel Veiga Testos (RC Portela); Manuel Cabral de Deus Amaral (RC Coimbra Santa Clara); Mara Ribeiro Duarte (RC Algés); Silvério Guerreiro (RC Loulé) e José Ribeiro Ferreira (RC Coimbra). Comissão Revisora de Contas – presidente, António Francisco de Almeida Domingos (RC Cascais-Estoril); vice-presidente, Vítor Manuel Lopes Simões (RC Guarda) e vogal relator, António Manuel C. de Sousa Fortunato (RC Montijo).


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DISTRITO 1960

Gala solidária em Tavira O Clube de Tavira organizou a sua VI Grande Gala de Beneficência na Pousada de Tavira – Convento da Graça, sendo entidade beneficiária “O Pontão”- Associação de Solidariedade Social da Conceição de Tavira, uma instituição de Solidariedade Social que tem por objectivos a promoção social de carácter cívico, beneficente e filantrópico, dos diferentes grupos etários da população.

Palestra sobre Crianças Soldado

JULHO > AGOSTO 2011

ROTARY EM ACÇÃO

Clube de Sintra

Dê uma tampa à indiferença

O Rotary Club Cascais-Estoril organizou mais uma palestra no dia 14 de Junho. Paula Cremon (Directora do Departamento Juridico da Cruz Vermelha Portuguesa) foi à sede do Clube falar sobre “Crianças Soldado”, às 21h30.

Palestra sobre Lixo Espacial No dia do seu 6º Aniversário, o Rotary Club Lisboa Centennarium realizou a palestra “LIXO ESPACIAL: o Anel Artificial da Terra”, por Isabel Pessôa-Lopes.

Prémio de aluna companheira Em sessão plenária com alunos e Direcção da Escola Básica 2+3 Professor Galopim de Carvalho, o R. C. Amadora e elementos representativos dos Serviços Profissionais da Equipa Distrital, entregaram a uma aluna do 9ºC o Diploma de ALUNA MELHOR COMPANHEIRA, eleita pela maioria dos colegas.

Visita de clube italiano O Rotary Club Cascais-Estoril recebeu os Companheiros do Rotary Club Varedo e Del Seveso (Distrito 2040), clube geminado de Itália. Em 2009 ocorreu a visita do Rc Cascais-Estoril a Itália e, em 2011, os Companheiros Italianos retribuíram a visita, deslocando-se propositadamente para estarem presentes no 40º Aniversário do Clube.

Bolseiros e patrocinadores em convívio Inserido no mês dedicado à Fundação Rotaria Portuguesa, o Rotary Clube Cascais-Estoril convidou os seus Bolseiros e Patrocinadores para um jantar de confraternização. No evento procedeu-se à entrega de Diplomas de Reconhecimento de Mérito dos Patrocinadores, pelas boas acções praticados e pela ajuda que tal proporciona ao futuro dos jovens Bolseiros.

Palestra sobre fiscalidade

No âmbito do Projecto “Dê uma tampa à indiferença”, um dos mais emblemáticos do Rotary Clube de Sintra, no passado dia 25 de Junho teve lugar a entrega de 70 cadei-

ras de rodas, no Palácio Valenças. O evento contou com a presença da Presidente, Teresa Amaral, do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Sintra, Marco Almeida,

do PGD Henrique Gomes de Almeida e pautou pela boa disposição e orgulho no trabalho realizado: ao longo de seis anos já foram entregues 520 cadeiras de rodas.

Fusão dos Clubes de Setúbal e Setúbal-Sado

O Rotary Club Cascais-Estoril realizou uma palestra subordinada ao tema “Os Desafios da Fiscalidade”, proferida por Miguel Real Mendes. A palestra realizou-se na sede do Clube. O orador aproveitou o momento para esclarecer as dúvidas dos presentes sobre a actualidade e o futuro fiscal.

Apoio a jovens profissionais

Projecto Estágio Por Um Dia O Projecto Estágio Por Um Dia teve início no ano Rotário 2009-10, por iniciativa conjunta de Rita Pedro, enquanto Representante Distrital D1960 e de Inês Costa, dos Serviços Profissionais. Estágio Por Um Dia permite aos jovens estagiarem profissionalmente durante um dia numa empresa do sector privado ou público, acompanhados por um rotário do Distrito 1960. Desta forma, o que se pretende é contextualizar os jovens no mercado de trabalho, mostrar-lhes a diferença entre os livros e a realidade, bem como dar-lhes a conhecer os programas de Rotary para a juventude e todas as oportunidades de desenvolvimento pessoal. Ana Luísa Fernandes, aluna do Mestrado de Ciências Farmacêuticas que passou o seu dia na Farmácia António Lucas, no Entroncamento, confirma: “Tive a oportunidade de perceber toda a dinâmica que envolve o medicamento, desde a base farmacológica e sua aplicabilidade ao receituário, transporte e distribuição, armazenamento e acondicionamento dos medicamentos na farmácia. Familiarizaram-me com os serviços prestados no âmbito dos testes de diagnóstico e administração de vacinas não incluídas no Plano Nacional de Vacinação. Passei ainda pelo escritório da Farmácia, onde a contabilidade vai sendo organizada.”

O Rotary Clube de Setúbal e o Rotary Clube de Setúbal Sado são, a partir do dia 1 de Junho de 2011, um único clube, denominado Rotary Club de Setúbal, fusão aprovada por Rotary Internacional e a primeira realizada a nível mundial, por iniciativa de clubes. O principal objectivo é criar um clube mais forte, como afirmou

o Presidente do Rotary Clube de Setúbal para o novo ano rotário de 2011/2012, Neto de Campos. Opinião reforçada pelo Presidente do Rotary Clube de Setúbal 2010-2011 - Armando Serra - que sublinhou que esta fusão foi uma situação “bastante natural, visto que ambos os clubes já trabalhavam em conjunto para actividades e eventos em prol da

comunidade e em Rotary”. Presidente do Rotary Clube Setúbal Sado 2010-2011 e Vice Presidente do Rotary Clube de Setúbal 2011-2012, Carla Tavares justificou a decisão com o aumento da produtividade na prestação de serviços de ambos os clubes e com a transmissão da imagem pública de Rotary num prisma global na cidade de Setúbal.


JULHO > AGOSTO 2011

ROTARY EM ACÇÃO

Ratreio Visual em Vila Real de Santo António

O Rotary Club de Vila Real de Santo António, no âmbito da sua intervenção na comunidade, promoveu, em parceria com a Associação ODIANA, o Grupo OPTIVISÃO e a ÓPTICA OEIRAS, um rastreio oftalmológico gratuito a crianças da pré-primária com 5 anos, dos con-

celhos de Vila Real, Castro Marim e Alcoutim. Foram rastreadas 111 crianças das escolas EB1/JI Manuel Cabanas de Vila Nova de Cacela, Centro Infantil de Altura, JI A Cegonha de Monte Gordo, JI A Borboleta de Vila Real de Santo António, JI de Castro Marim, JI de

Casa da Cultura D. Pedro V.

A Maçonaria em debate em Mafra

Odeleite, Infantário de Alcoutim e Infantário de Martinlongo. Esta acção foi bastante positiva porque permitiu detectar 13 casos de deficiência visual que requerem acompanhamento e correcção imediata.

Cascais-Estoril

Concerto solidário com Japão A Estalagem Muchaxo e o Rotary ClubCascais-Estorillevaramacabouma iniciativa traduzida num Concerto pelo conjunto Japonês “Famirosa harmony”. Areceitadoconcertoreverteuafavor das crianças afectadas pelo Tsunami, pelo que, cada convidado pôde fazer o seu donativo que será entregue à Instituição Japonesa “Japan Lullaby Association”.

Clube de Almancil

Apresentação de livro para apoiar crianças Para assinalar o Dia Internacional da Criança, o Rotary Clube Almancil Internacional recebeu a escritora Paula Amaral, que proferiu uma palestra sobre o lançamento do seu mais recente livro “As Lições da Avó Patocha:

Arrumar é Divertido”, editado por Vitor Reis, da Editora Ver o Verso. Este livro foi ilustrado apenas com desenhos feitos pelas crianças do projecto Akreditar. Esta palestra antecedeu o lançamento público do livro. Da receita da venda

DISTRITO 1960 11

dos livros, que custarão 13€ cada um, reverterão sempre 3€ a favor dos projectos das crianças da AKREDITAR, oriundas de meios sociais desfavorecidos para que as conduzam a uma melhor integração social.

O Rotary Club de Mafra já recebeu a primeira de sete conferências que está a organizar, dedicadas à Maçonaria, no Auditório da Casa da Cultura D. Pedro V. Este conjunto de Tertúlias integra-se nas celebrações dos 100 anos da Maçonaria em Mafra, e tem por objectivo dar a conhecer uma realidade social e cultural transversal e omnipresente nas sociedades modernas mas que, pelo seu carácter discreto, é relativamente pouco conhecida e, muitas vezes, profundamente mistificada. Para esta 1ª. Tertúlia, subordinada ao tema “A Maçonaria no Concelho de Mafra”, foi convidado o Prof. António Ventura, Catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, investigador e historiador de reconhecido mérito, com uma extensa obra publicada, com particular destaque para a História da Maçonaria em Portugal, e que inclui um livro sobre a Maçonaria em Mafra. Durante cerca de uma hora e meia o Prof. António Ventura deliciou o auditório com o seu profundo conhecimento da Maçonaria, baseado na investigação, científica e rigorosa, da informação histórica disponível. Desmistificou muitos preconceitos sobre a Maçonaria em geral, e sobre a obra da Maçonaria em Portugal, e focalizou-se na obra de muitos maçons célebres, ou de outros menos conhecidos, mas não por isso menos importantes para a História da Maçonaria, e concentrou-se na parte pública e visível de muitos deles, tendo em atenção o período histórico e políticosocial em que cada um deles viveu e operou.


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DISTRITO 1970

JULHO > AGOSTO 2011

Conferência sobre alimentação Associando-se às comemorações de “Maio, Mês do Coração”, o Rotary Club de Ansião organizou uma conferência subordinada ao tema “Erros Alimentares, Obesidade e Prevenção”, proferida por especialistas da Unidade de Nutrição e Dietética dos Hospitais da Universidade de Coimbra.

Karting em Vila Verde O Rotary Club de Vila Verde organizou uma prova de Karting. Depois de uma alegre recepção aos corredores e acompanhantes seguiu-se um breefing para serem elucidados dos perigos e procedimentos a ter em pista. Foi uma prova muito renhida à qual se seguiu um almoço de confraternização.

Prova de vinhos verdes em Vila Verde Realizou-se no passado dia 28 de Maio a 23ª Prova dos Vinhos Verdes levada a efeito pelo Rotary Club de Vila Verde. De manhã foi feita a prova oficial de onde saíram os vencedores e pelas 19H00 teve inicio a prova popular onde toda a gente provou brancos, tintos e rosés. A reunião foi partilhada com o Rotary Clube de Lugo pela comemoração do 10º Aniversário da geminação com este Clube Rotário.

Mostra de Associações da Póvoa Nos dias 22 a 24 de Julho, o Rotaract Club da Póvoa de Varzim esteve presente na 1ª Mostra de Associações do Concelho da Póvoa de Varzim. Esta 1ª Mostra de Associações realizou-se no Passeio Alegre (ao lado do Casino da Póvoa).

Para distribuição de alimentos

Clube de Porto-Oeste apoia compra de carrinha

ROTARY EM ACÇÃO

O maior do Distrito 1970

Arcos de Valdevez já tem clube rotário O recém-criado Rotary Club de Arcos de Valdevez recebeu oficialmente a sua carta constitucional num almoço que contou com a presença de cerca de 150 pessoas (26 clubes representados e 13 Past Governadores e Governadores Eleitos/Indicados). O Clube nasce e torna-se automaticamente no maior do Distrito, com 54 sócios, incluindo o Presidente da Câmara local. Como padrinhos, tem os clubes de Ponte da Barca, Ponte de Lima e Viana do Castelo. Carlos Teixeira, representante do Governador para a Formação do Rotary Club Arcos, foi apontado como um dos principais responsáveis pela criação do Clube, lembrou que há 20 anos que não havia um novo clube no alto Minho e defendeu que este tem “gente com vontade de trabalhar, liderada por Germano Amorim, presidente este ano”. Francisco Araújo, membro do Clube e Presidente da Câmara, fez questão de elogiar as suas gentes: “Esta é uma terra de gente trabalhadora e que tem orgulho naquilo que

faz. Vão contribuir no serviço à comunidade e no bom relacionamento de afirmação do concelho na família rotária. Arcos de Valdevez fica mais rica mas não tenho duvidas de que a família rotária também fica mais rica”. Germano Amorim, presidente do Clube, agradeceu ao Governador o privilégio de ser o primeiro presidente: “O que nos une é uma enorme paixão

pela nossa terra. Cria-se um espaço de debate e reflexão onde existia uma lacuna. Temos um programa ambicioso. A primeira grande iniciativa é o Vez Limpo, em conjunto com a sociedade civil. Temos ainda outro programa na área da educação, no combate à alfabetização. É importante que a comunidade perceba que existe agora um grupo que está disponível”.

Câmara cede rotunda ao Rotary de Viana

O Rotary Club Porto Oeste, com o apoio da Fundação Rotária, numa cerimonia singela, mas plena de grande significado humanista, contribuiu para que a IPSS C.A.S.A, entidade que no Porto distribui alimentos aos sem abrigo e a outros extractos da sociedade carenciados de apoio, pudesse adquirir uma viatura, tornando mais fácil a aquisição e distribuição de bens aos cidadãos que deles necessitam. Nesta cerimónia, em que se procedeu à inauguração da cozinha onde são confeccionadas as refeições, foi solicitado ao Clube o apoio para a aquisição de equipamento

que possibilite um bom acondicionamento e confecção dos bens perecíveis. No mesmo acto, procedeuse à entrega simbólica da chave da viatura, que ostenta o logótipo do Rotary Club, o que muito dignifica o movimento. Esta cerimónia contou com a presença do fundador da IPSS C.A.S.A, Fernando Santos, o vice presidente da Fundação Rotária, Diamantino Gomes, o presidente do Rotary Club Porto-Oeste, Manuel Reis, o responsável pelo projecto C.A.S.A no Porto, Pedro Nicolau, assim como outros companheiros do Rc PortoOeste e vários voluntários.

Era pretensão do Rotary de Viana do Castelo, a exemplo da grande maioria dos clubes Rotários portugueses, mas também a nível mundial, ter um marco, um monumento, algo que na entrada da localidade assinalasse a existência do clube local. Foi este ano, ao comemorar o 55º aniversário da fundação do

Rotary Club de Viana do Castelo, sob a direcção de Eduardo Teixeira, que o Município de Viana, na pessoa do seu Presidente José Maria Costa, fez a entrega simbólica da Rotunda da entrada da cidade, (para Viana, Ponte de Lima/Porto, Meadela e Perre/Nogueira), ao clube para a montagem de uma (ins-

talação) já definida e aprovada. Foi no passado dia 25, sábado, e em plena Rotunda, que o acto teve lugar, com a presença dos respectivos presidentes e alguns dos membros deste clube, que há mais de meio século, está ao serviço da comunidade vianense, mas também internacional.


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DISTRITO 1970 13

ROTARY EM ACÇÃO

Armindo Carolino recebeu rotários do Distrito no final do ano rotário

Jorge Sampaio abrilhantou Conferência na Covilhã Nos dias 3 e 4 de Junho a Covilhã recebeu a XXVIII Conferência do Distrito 1970, este ano liderado por Armindo Carolino. Depois de içadas as bandeiras na Faculdade de Medicina teve início a abertura oficial Conferência, que contou com a presença do Reitor da UBI. Álvaro Gomes, Chairman da Conferência, disse “sempre acreditar na Covilhã e no seu Clube, por isso sabemos que a Conferência vai ser inesquecível”. Jorge Saraiva, Presidente da Comissão Executiva foi mais longe: “Temos a certeza de que podemos acabar com a violência e juntos estamos aqui para mostrar que é possível”. Frederico Nascimento, Presidente da FRP, agradeceu a Armindo Carolino o carinho e atenção que dedicou à Fundação durante este ano. Para João Queirós, Reitor da UBI, “é um privilégio receber a Conferência de Rotary” na sua Universidade. Joaquim Esperança, Governador do Distrito 1960 defendeu que “este ano os dois Distritos solidificaram a sua união” e “Vamos sair desta conferência com a certeza de agir com confiança, construir com esperança”.

Armando França e Jorge Sampaio Um dos convidados do dia foi Armando França, Director Regional da Economia do Centro, que falou de “Valores Comuns: garantia do progresso social”. ”A União Europeia tem graves problemas Demográficos de envelhecimento, de crescimento, de dependência energética, e de sustentação de políticas sociais”, lembrou o ex-deputado europeu, para quem “o futuro é muito incerto e este é um dos momentos mais difíceis da União Europeia”. Armando França defendeu ainda que precisamos de uma sociedade civil envolvida e activa, como é o caso do Rotary. Jorge Sampaio, Alto Representante da ONU, esteve na Covilhã para explicar a Aliança das Civilizações e para analisar brevemente a situação internacional. “A cada dia que passa percebemos que não fazemos nada sozinhos. Devemos acentuar a ideia de cada um de nós pode ter uma importância cada vez maior, como é o caso do Rotary”, defendeu. O ex-Presidente da República explicou o que é a Aliança das Civilizações:

“É uma iniciativa das Nações Unidas, e foi lançada num tempo marcado pelo choque de civilizações (11 de Setembro e seguintes ataques terroristas), para fomentar o diálogo entre povos e religiões, para criar pontes, lutar contra extremismos e discriminação. A Aliança promove

e apoia a elaboração de planos nacionais e, no terreno, a elaboração de projectos e estratégias. É aqui que a Aliança e o Rotary confluem. Porque as acções só existem com as pessoas”. E lançou um desafio aos rotários portugueses: “Deixo um desafio sincero e simples: asso-

ciem-se à Aliança. Comecem por pensar em fazer alguma coisa pela diversidade e depois façam uma proposta de cooperação. Vamos ter dias difíceis, onde a vossa solidariedade vai ser muito importante, o que demonstra a vitalidade rotária”.

No 47º aniversário

Clube da Póvoa dá nome a uma rua O Rotary Club da Póvoa do Varzim dá agora nome a uma rua do concelho. A placa toponímica foi descerrada no dia 25 de Maio, também pelo presidente da autarquia, dia do 47º aniversário do Clube. “O Rotary Club da Póvoa de Varzim é o 24.º em antiguidade a nível nacional e é o 15º em antiguidade a nível distrital, desde que foi implementada a divisão do território nacional em dois distritos, em 1970. Entre os anos setenta e noventa do século XX, o Rotary Club da Póvoa de Varzim foi responsável pela organização de diversos encontros rotários de âmbito nacional e internacional, o que atesta o prestígio dos seus membros. Além disso, em várias ocasiões, rotários poveiros assumiram cargos dirigentes a nível distrital. Ao longo dos anos, o Rotary Club da Póvoa de Varzim desenvolveu

“A Cidade e as Memórias”

Livro apresentado em Barcelos

projectos relevantes nas áreas do apoio social, da saúde e da educação e formação ao longo da vida, destacando-se a criação da Universidade Sénior em 2007. É ainda de notar que a actividade rotária está assinalada em vários espaços públicos da Cidade, onde foram plantadas árvores da amizade e foram colocadas pedras alusivas, a saber,

na Praça Marquês de Pombal, nos jardins do Hotel Vermar e na Praça Luís de Camões. A comprovada relevância da acção desenvolvida pelo Rotary Club da Póvoa de Varzim deve ser publicamente reconhecida através da inscrição, na toponímia local, do nome da instituição”, pode ler-se no sítio da autarquia.

Foi apresentado no dia 14 de Junho, na Biblioteca Municipal de Barcelos, o último livro do arquitecto José Gomes Fernandes intitulado “A Cidade das Memórias”. Numa iniciativa conjunta entre a Câmara Municipal de Barcelos e o Rotary Club de Barcelos, o autor e a obra foram apresentados por Victor Pinho, Chefe de Divisão de Biblioteca e Arquivos do Município de Barcelos. Este romance, que tem por personagem central um

dos mais conhecidos alfarrabistas da cidade, é um autêntico quadro vivo do que foi a vida portuense na segunda metade do século XX, desde a movimentação política e social (suscitada pelas campanhas de Norton de Matos e Humberto delgado), passando pelo quotidiano da população, até às manifestações culturais e literárias que fizeram época e foram, porventura, um momento alto da afirmação invicta.


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CLUBES

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ROTARY EM ACÇÃO

Exemplos de acção e empenho

Os Clubes em Acção Rotary Clube de Gondomar

Activo no apoio à sua comunidade Rotary Club de Faro

50 anos de história O Rotary Clube de Gondomar recebeu a sua Carta em Julho de 1991. Desde o início todos os Presidentes tiveram e têm como objectivo prioritário o apoio às populações mais próximas. Este Clube nunca ignorou as necessidades que o rodeiam e por esse motivo tem ao longo dos anos focalizado a sua acção no concelho em que se encontra sediado. O Clube tem um banco de cadeiras de rodas e camas articuladas: desde o início foram já entregues mais de 30 cadeiras de rodas e estão distribuídas pelo concelho mais

de 20 camas articuladas. Também têm vindo a conceder apoios a estudantes carenciados desde o ensino básico até ao ensino superior e já distribuíram cabazes de géneros alimentícios na época natalícia, entre outros projectos: criaram o prémio do melhor aluno do ensino secundário; apoiaram diversas Instituições que albergam ou educam crianças carenciadas; anualmente não descuram a distinção de um profissional do concelho; com a colaboração da Fundação Rotária Portuguesa, ofereceram aos

Bombeiros Voluntários de Gondomar, um desfibrilhador Automático Externo, bem como a formação específica para a sua utilização. Para darmos mais visibilidade a Rotary, com o apoio da Câmara Municipal, inauguraram em 2001 um marco rotário numa das mais movimentadas rotundas da cidade. Não esquecem ainda os grandes projectos mundiais do movimento. Assim, contabilizam onze Companheiros Paul Harris com doações superiores a USD 26 000,00.

Metropolitana do Porto. É sede de um município com 133,26 km² de área e 173 910 habitantes (2008), subdividido em 12 freguesias. O município é limitado a nordeste pelos mu-

nicípios de Valongo e Paredes, a sueste por Penafiel e Castelo de Paiva, a sul por Arouca e Santa Maria da Feira, a sudoeste por Vila Nova de Gaia, a oeste pelo Porto e a noroeste pela Maia.

Gondomar Gondomar é uma cidade portuguesa pertencente ao Distrito do Porto, região Norte e subregião do Grande Porto, com cerca de 25 700 habitantes. Está incluída ainda na Grande Área

O Rotary Club de Faro foi formado por iniciativa de Benigno Paulo da Cruz, que havia sido membro do Rotary Club de Matosinhos e que, em 1961, desempenhava, em Faro, as funções de gerente do Banco Nacional Ultramarino. Rotary Club de Faro foi reconhecido por Rotary Internacional em 16 de Novembro de 1961, através da Carta Constitucional, que foi solenemente entregue pelo Governador Lopes Pereira em Fevereiro de 1962. Passados mais de 50 anos sobre a data da sua fundação, o Club está em plena maioridade, podendo olhar com satisfação para um passado que foi vivido pleno de realizações e serviços prestados. O Rotary Club de Faro, orgulha-se de ter um passado rico de serviços, prestados no âmbito das 4 Avenidas de Serviço Rotárias (Serviços Internos, Serviços Profissionais, Serviços à Comunidade e Serviços Internacionais). Nos Serviços Internos, destacam a criação de 4 cubes: Portimão. V.R. de Santo António, Loulé e Tavira. Nos Serviços à Comunidade o Clueb desenvolve meritórias

acções, quer através dos seus membros, a título individual, quer como forma de serviço colectivo. No primeiro caso, há a destacar as funções exercidas durante muitos anos por rotários farenses em instituições de solidariedade social ou de serviço público, em regime de voluntariado, como a Casa dos Rapazes, a Mutualidade Popular, a Santa Casa da Misericórdia de Faro, a Delegação de Faro da Cruz Vermelha Portuguesa, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Faro e a CIMFARO – Casa do Idoso do Meio Rural de Faro. O Clube reúne à terça-feira de cada semana. Nessas reuniões, de trabalho e companheirismo, dedica uma parte da reunião para discutir e planear actividades considerando os Temas Mensais de Rotary. Os projectos em curso, foram implementados em anos anteriores e têm continuidade: Bolsas de Estudo; Prémios Escolares; Prémio Literário Paul Harris – desde 2001; Homenagem ao Profissional do Ano; Festa de Natal dos Doentes do Hospital Central de Faro; Programa “Saúde Brincando”, (desde 2001).


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ROTARY EM ACÇÃO

AGENDA 15

Comissão Internacional da Convenção de Lisboa reúne em Agosto Agosto Desenvolvimento do Quadro Social

Dia 4 Aniversário RC Leiria;

Dia 9 Dia Internacional dos Povos Indígenas; Entre os dias 4 e 6 de Agosto vai decorrer no Hotel Olissipo Oriente em Lisboa a primeira reunião da Comissão Internacional da Convenção de Lisboa, escolhida pelo Presidente Eleito Tanaka e nomeada pelo Presidente Barnerjee. A Comissão é constituída pelos seguintes membros: Ed Futa (Past Secretário Geral), Donald Cox, Australia, Luis Miguel Duarte, Portugal (HOC Chair) Sushil Gupta, India (PRID), Ekkehart Pandel, Alemanha (PRID), Yoshimasa Watanabe, Japão (PRID), e tem ainda como conselheiros T.D. Griley, EUA, (PRID e Aide do Presidente Tanaka), Michael McCullough, EUA, (PRID) e José Alfredo Pretoni, Brasil. O plano de trabalhos da reunião vai contemplar essencial-

mente o orçamento e o programa, entre outros assuntos. No dia 5 será feita a apresentação da Comissão Local da Convenção e no dia 6 terá lugar um jantar convívio para os participantes. Estarão presentes os Governadores José Coelho e António Goes Madeira, bem como a Governadora Indicada Maria Goreti Machado e o Governador Indicado Fernando Martins. Antes da reunião, entre os dias 1 e 3 de Agosto será filmado o vídeo de promoção da Convenção e nos dias 1 e 2 o Chair Ed Futa vai reunir-se com as autoridades locais. A Convenção Internacional de RI Lisboa 2013 será o maior evento rotário alguma vez realizado em Portugal.

III Bolsa Internacional de Poesia ou Prosa 2011

“A Sombra nos Lugares” vence prémio literário da FRP

Dia 12 Dia Internacional da Juventude;

Dia 19 Dia Mundial da Ajuda Humanitária;

Dia 23 Dia Internacional de Recordação do Tráfico de Escravos e da sua Abolição. Setembro Novas Gerações

Dia 2 VOG D 1970 – RC Cinfães; Aniversário RC Estoi Internacional; Aniversário RC Caminha;

Dia 4 Aniversário do RC S. Mamede Infesta;

Dia 6 VOG D 1960 – RC Évora; Manuel Felício Lourenço (pseudónimo Paul Kempe) foi o vencedor da III Bolsa Internacional de Poesia ou Prosa – Fundação Rotária Portuguesa 2011, com a obra poética “A Sombra nos Lugares”. O júri constituído por Maria Emília Andrées (coordenadora), Inês de Carvalho Roberto, Susana Maria Russo Neves e Isabel Maria Figueira Roldão Rocha da Silva atribuiu o segundo prémio ao trabalho “Cinza” (categoria poesia), de Andréa Castro Duarte Moura (pseudónimo Andréa Duarte). A autora, brasileira, aluna da Univer-

sidade da Universidade do Estado da Bahia, que concorreu através do Rotary Club Barreiras Rio Ondas. A cerimónia de entrega das bolsas aos vencedores decorreu, recentemente, durante a cerimónia de transmissão de tarefas do RC de Lisboa Centro, e contou com a presença de João Taveira, presidente da Junta de Freguesia de S. Jorge de Arroios, autarquia que patrocina o prémio. Além do valor pecuniário (2.500 euros para o 1.º prémio e 1.500 euros para o 2.º prémio) os vencedores receberam igualmente um diploma.

Dia 7 VOG D 1960 – RC Montijo; VOG D 1970 – RC Vila Nova de Foz Côa;

Dia 8 Dia Internacional da Alfabetização;

Dia 12 VOG D 1960 – RC Évora e RC Mafra;

Dia 13 VOG D 1970 – RC Braga;

Dia 14 VOG D 1960 – RC Tavira, RC Olhão e RC Vila Real de Santo António; VOG D 1970 – RC Vizela; Aniversário RC Ponta Delgada;

Dia 15 Dia Internacional da Democracia; VOG D 1960 – RC Estói-Internacional; VOG D 1970 – RC Sever do Vouga;

Dia 16 Dia Internacional da Preservação da Camada de Ozono; Semana Europeia da Mobilidade;

Dia 17 Campanha “Vamos Limpar o Mundo”; Semana Europeia da Mobilidade; Reunião do CA da FRP

Dia 18 Campanha “Vamos Limpar o Mundo”; Semana Europeia da Mobilidade; Aniversário RC Trofa;

Dia 19 Semana Europeia da Mobilidade; VOG D 1960 – RC Fátima; VOG D 1970 – RC Feira;

Dia 20 Semana Europeia da Mobilidade; VOG D 1960 – RC Castelo Branco; VOG D 1970 – RC Leiria; Aniversário RC Santarém;

Dia 21 Dia Internacional da Paz; Semana Europeia da Mobilidade;

Dia 22 Semana Europeia da Mobilidade; VOG D 1970 – RC Vila Real e RC Amarante;

Dia 23 Dia Marítimo Mundial (última semana de Setembro); Aniversário RC Santarém;

Dia 24 Seminário Distrital da Rotary Foundation – RC Peniche; Seminário Distrital do Desenvolvimento do Quadro Social e Expansão – RC Vila Real; VOG D 1960 – RC Peniche; Aniversário RC Braga Norte;

Dia 26 VOG D 1970 – RC Ansião;

Dia 27 VOG D 1970 – RC Seia;

Dia 28 VOG D 1960 – RC Lisboa-Benfica, RC Lisboa-Estrela, RC Lisboa-Lumiar, RC Lisboa-Olivais e RC Portela; Aniversário RC Lisboa-Benfica;

Dia 29 VOG D 1970 – RC Ponte da Barca; Aniversário do RC Curia-Bairrada;

Dia 30 VOG D 1960 – RC Lisboa-Centro, RC Lisboa-Centenarium, RC Lisboa-Belém e RC Lisboa-Oeste.


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ÚLTIMA

JULHO > AGOSTO 2011

Transmissão de tarefas do Distrito 1960

ROTARY EM ACÇÃO

Transmissão de Tarefas do Distrito 1970

José Coelho sucede Goes Madeira sucede a Joaquim Esperança a Armindo Carolino

No dia 25 de Junho de 2011 teve lugar a cerimónia de Transmissão de Tarefas do Governador Joaquim Esperança para o Governador José Coelho, no Hotel do Sado, em Setúbal. Antecedido de reunião de transmissão das pastas, na qual o Governador Joaquim Esperança e os membros das equipas distritais fizeram um balanço do ano rotário que agora termina, o início da noite deu lugar à cerimónia, Naquele que foi o seu último discurso enquanto Governador, Joaquim Esperança sublinhou a importância e a alegria deste dia que representa o girar da Roda, a motivação e pedra de toque do movimento rotário. Todos os que dele fazem parte devem sentir-se orgulhosos, disse, porque a sua acção contribui para direccionar o Mundo nos caminhos da paz e da compreensão, assente em valores de ética, companheirismo, responsa-

bilidade, frontalidade e solidariedade. Visivelmente emocionado, o Governador José Coelho recordou a sua entrada em Rotary, há 24 anos, todo o companheirismo e serviço prestado à Humanidade, e afirmou que toda a sua equipa está bastante motivada para esta nova missão, de entrega e compromisso com os valores que Rotary defende, mas também de liderança pro-activa, de forma a conseguir cumprir os objectivos previamente estabelecidos. Fez também a distinção entre aquilo que, na sua opinião, constitui a “forma”, nomeadamente os seminários de formação, assembleias, planos de acção, ou seja, a estrutura rotária, e aquilo a que designou de “substância”. E essa componente, a seu ver, é a mais importante, porque sem ela não faria sentido toda uma estrutura organizacional.

No dia 2 de Julho Viseu recebeu a Transmissão de Tarefas do Distrito 1970. António Goes Madeira sucede a Armindo Carolino na Governadoria e promete continuar o trabalho conjunto com o Distrito 1960. A cerimónia contou com a presença de inúmeros Past Governadores dos dois Distritos, rotários de Salamanca, e cerca de 60 clubes. O representante do edil de Viseu destacou “o valor e sentido ético de Rotary, e a sua forte ligação com a comunidade”, acrescentando que “estamos muito agradecidos e esperamos poder continuar a contar com o Rotary. Desejo ao novo governador todas as felicidades e o apelo para que continue a colaborar connosco”. No dia da sua despedida, Armindo Carolino falou para o novo Governador:

“Goes Madeira vai sentir um orgulho enorme em ter a responsabilidade de ser governador deste distrito. Não visitei um único clube que não trabalhasse”. Como é seu hábito, o agora Past Governador fez uma série de apelos a todos os presentes, nomeadamente no que diz respeito à criação de clubes novas gerações. Já Governador, António Goes Madeira mostrou “o apreço que o distrito tem por Armindo Carolino e Gina, por tudo o que nos deram este ano. Não é fácil suceder-lhe”. O novo Governador do Distrito 1970 acredita que os dois Distritos devem partilhar a divulgação da convenção 2013, entre outras questões: “No momento que o país atravessa os clubes rotários são chamados a agir e acho que devemos trabalhar em conjunto, os dois distritos”.

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