projeto educativo bienal de curitiba luz do mundo | 2015
O educativo da Bienal Internacional de Curitiba 2015 tem como foco principal a mediação nos espaços expositivos. Todos os espaços da mostra contam com mediadores que atendem os visitantes expontâneos e também os grupos escolares, universitários, de instituições públicas e privadas, de modo a estimular um contato maior com as obras de arte. A presença do educativo no espaço expositivo pode tornar o encontro com a obra de arte uma experiência ainda mais significativa, pois proporciona a troca por meio de perguntas e conversa, estimulando o aprendizado. Com curadoria de Vera Lacombe Miraglia, fundadora e diretora da Escola Anjo de Guarda, e Carmem Lúcia Kassis, professora de arte da escola, o educativo privilegia a mediação de arte, a condução à experiência artística.
“
As obras iluminam o espectador e são iluminadas por ele. Diante das obras de arte, não se faz necessário explicações e orientações descritivas. Basta apenas apreciar. A palavra vem depois. O olhar que vê, que explora, que se emociona, que reflete, torna o ser humano mais próximo do conhecimento, mais aberto ao diferente, mais aceitador do outro. Quando falamos demais corremos o risco de destruir a visão interior e reduzi-la a tagarelice objetiva. Nós temos que preservar a capacidade de admiração¹. Vera Miraglia
”
Com uma tendência a imersão e aproximação empírica, a mostra curada por Teixeira Coelho possui trabalhos que afetam diretamente o público. Essa afetação se dá pelo caráter próprio das obras. Segundo o curador: “ Entre todos os modos da arte, a arte da luz é possivelmente aquela que mais livre se mostra da injunção da retórica e da cerebralidade. Na arte da luz está presente um silêncio de palavras e imagens dos mais apropriados à criação, ao redor de quem a contempla, das condições ideais para um contato direto com a pura experiência estética…” Há uma inquietação ou euforia que torna os visitantes ativos no espaço, querendo compreender cada vez mais, e, se deslumbrando com a experiência. Essa comoção permeia os espaços em que a mostra se encontra e, por meio dela, é possível se aprofundar nos processos de conhecimento, pois há o principal: a entrega do espectador. O interesse despertado pelas exposições possibilita a troca de informações, questionamentos e aprofundamentos nos temas abordados. O tema curatorial “Luz do Mundo” abre espaço para a busca do conhecimento, a busca do sentido genuíno. A arte da luz é uma arte empírica, que pode ser vivenciada, e por meio de mediação ter seu alcance ampliado. Segundo Ana Paula Theiss: “ O mergulho nessas experiências permite, ao retornar, que a pessoa estabeleça uma nova relação consigo, com o mundo e com os outros. Encontros com a arte podem provocar assim encontro do si com sua própria alteridade. (...) a possibilidade da experiência, das ressonâncias e do retorno a si outro, depende do mediador nesse processo constituir-se como um “mestre ignorante”.” O mestre ignorante é o que se coloca como ouvinte entre uma obra de arte e o público. Seu papel é de interlocutor, porém de maneira alguma o saber é compartilhado como em uma sala de aula. De acordo com Jacques Rancière: “Também a experiência, e não a verdade, é o que dá sentido à educação. Educamos para transformar o que sabemos, não para transmitir o já sabido” ². Há no mediador a tarefa de receber esse visitante de forma a estar disponível, porém sem causar ruídos nessa apreciação do espectador. Ao mesmo tempo, o “estar disponível” é um estado de interferência, sendo perceptível uma grande alegria por parte do público em ter alguém para trocar ideias sobre a obra, trazer informações além dos textos, indicar possíveis formas de uma melhor apreciação daquele momento. O papel do mediador também é importante por ele ser aglutinador do conhecimento de diferentes áreas da Bienal de Curitiba. O educativo seleciona as informações que recebe de artistas, curadores, curador geral, montagem e museologia além de agregar as questões que vão surgindo de parte dos visitantes. Por
isso o papel de mestre ignorante, há o conteúdo, porém essa união entre o trabalho de arte e cada individuo que visita o espaço, é única, cada um tem sua própria percepção e conduta diante da obra de arte. A seleção da informação vem junto com a responsabilidade de compartilhar o conhecimento da melhor forma possível, e isso acontece quando há o entendimento de aprendiz da obra de arte. O mediador é o veículo instigante, responsável por perceber a necessidade do público, e incitar a abertura de sua percepção. Atendendo centenas de grupos de escolas públicas municipais e estaduais, e privadas de Educação básica, do Ensino fundamental, Ensino Médio e Universitário, o educativo atua juntamente com a coordenação de cada espaço expositivo. Museu Oscar Niemeyer, MuMA Museu Municipal de Arte, MUSA - Museu da Universidade Federal, Espaço Cultural BRDE Palacete dos Leões, Centro Cultural FIEP e a Catedral Metropolitana (que não é um espaço expositivo e pela primeira vez tornou-se um durante a Bienal) possuem públicos distintos e características próprias, porém as Visitas Guiadas como a Bienal a pé, realizadas todas as sextas e sábados gratuitamente, Bienal de Van, e Bienal de Bicicleta proporcionaram a democratização do acesso, que além de gratuito na maioria dos espaços (com excessão do MON), é integrado - os visitantes foram conduzidos por mediadores e orientadores para diferentes espaços, falando de suas características específicas, como também da Bienal como um todo. As visitas guiadas também aconteceram nos espaços do Circuito de Museus - o Museu de Arte Contemporânea, e do Circuito Universitário - o Sesc Paço da Liberdade. Nos espaços do Circuito Universitário houve a presença de mediadores, reinterando a proposta educativa dentro da própria universidade. A criação dessas fichas sobre esses artistas da mostra tem o sentido de informar e também abrir novas possibilidades para os interessados em vivenciar essa experiência na Bienal Luz do Mundo. As perguntas e informações contidas nesse guia de artistas, é um resumo do processo de mediação que é realizado nos espaços expositivos em que a Bienal de Curitiba 2015 se encontra. As perguntas foram criadas em um processo em que coordenação e mediadores atuaram conjuntamente ao longo do período expositivo.
¹ MAY, Rollo. Minha busca da beleza. Editora Vozes,1985 ² RANCIÉRE, Jacques. Mestre ignorante - Cinco lições sobre a emancipação intelectual. Educação: Experiência e Sentido, 1.Tradução de Lilian do Valle. Belo Horizonte: Auténtica, 2002. 144p.
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dan flavin julio le parc bill viola anthony mccall ivĂĄn navarro jeongmoon choi helga griffiths lars nilsson
Ăndice
dan flavin untitled (fondly to helen), 1976 luz fluorescente azul, verde e amarela 243,8 cm
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observando / o que podemos identificar? Quais cores podemos ver? Qual(is) forma(s) geométrica(s) podemos identificar? A obra é feita de que materiais? Quais são as cores das lâmpadas? Quais cores são possíveis de identificar no espaço? A obra de Dan Flavin é uma instalação na qual o objeto projetado é colocado no fundo de uma sala. Para o artista, é muito importante que a obra esteja inclinada entre duas paredes vazias. Qual é a importância do espaço arquitetonico para essa obra?
para pensar Os artistas da Minimal Art ou Arte Minimalista utilizaram materiais industriais para conceber suas obras. Segundo Teixeira Coelho, “A opção estética que o marcou formouse no início dos anos 60 do século 20, um momento marcado pela experimentação com novas linguagens
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sobre a obra “Alguém pode não pensar na luz como evidência, mas eu penso. É o modo da arte mais simples, aberto e direto que pode existir.”¹ Dan Flavin. O presente trabalho é uma rara escultura de canto feita
e conteúdos e que, no caso de seu território artístico,
por Flavin, e é compreendido como um longo tubo de
se seguiram ao aparecimento da arte cinética em suas
luz azul fluorescente de frente para o ambiente montado
variadas formas na década de 50.”
com dois tubos menores (amarelo e verde) que são direcionados para o canto do espaço. Nessa instalação,
Dan Flavin nega enfaticamente que suas instalações de
Flavin maneja o trabalho de arte com arquitetura,
luz tenham qualquer tipo de dimensões transcendentes,
simultaneamente enfatizando as paredes do entorno da
simbólicas ou sublimes, declarando: “Isso é o que é e nada
escultura com as luzes difusas.
mais,” e seus trabalhos são simples luzes fluorescentes respondendo a uma direção arquitetonica natural.
Esse trabalho foi dedicado à amiga do artista, Helen Winkler, que lhe deu apoio por meio de seu trabalho no Instituto de
“Existem muitos aspectos que aparecem, e você é apenas
Artes Rice University em Houston, Estados Unidos, e como
parcialmente consciente deles. Essa é a liberdade da arte.
uma das diretoras fundadoras do Dia Art Foundation.²
Pessoas vão experimentar o que você faz como elas devem, e talvez não como você gostaria de direcioná-las de acordo com o que você acredita. E que seja assim.”
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Dan Flavin.
sobre o artista Artista minimalista norte-americano. Durante o serviço
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para fazer Você já experimentou usar coisas prontas para fazer obras de arte? Experimente fazer uma obra de arte sem usar tinta ou mesmo cola, somente luz. É possível?
militar na Coréia, estudou arte num programa da University of Maryland. Ao retornar a Nova York, cursou história da arte na Universidade de Columbia. Em 1963, começou a construir com lâmpadas fluorescentes suas esculturas e instalações. Durante 30 anos, Dan Flavin foi uma das figuras mais importantes da arte americana. Em 1963, foi criado o Dan Flavin Art Institute em Brideghampton, Nova York com o intuito de preservar a obra do artista. No Brasil, fez individual no Centro Cultural Light, Rio de Janeiro em 1997.
conteúdos interdisciplinares Fundamentos da luz http://www.sofisica.com.br/conteudos/Otica/Fundamentos/ luz.php
para conhecer um pouco mais http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3229/minimalismo https://comunicacaoeartes20122.wordpress.com/2013/01/09/ minimalismo-2/
¹ Michael Govan, “Irony and Light,” in Michael Govan and Tiffany Bell, Dan Flavin: The Complete Lights 1961-1996 (New York: Dia Art Foundation, in association with Yale University Press, 2004), p. 56. ² Michael Govan and Tiffany Bell, Dan Flavin: The Complete Lights 1961-1996. Catalogue Raisonné (New York/New Haven: Dia Art Foundation/Yale University Press, 2005),
julio le parc sphére rouge, 2001/2012 2913 peças quadradas de acrílico vermelho translúcido Ø 520 cm
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observando / o que podemos identificar? Qual é a forma geométrica mais evidente na obra? É possível reconhecer outra? Quais são os materiais usados? O que é possível observar ao olhar a obra? - O que é arte cinética? - O que é Op Art?
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para pensar Segundo Teixeira Coelho: “Com
Julio Le Parc a arte voltava a ser visual, mas agora em
sentido ampliado para envolver não apenas o olho do observador e, sim, o olho como extensão do corpo, um corpo que sente por meio do olho mesmo se a ele não se limita. A nova ideia de que um corpo estava envolvido na operação contemporânea da arte foi decisiva.”
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sobre a obra Móbile continuo - Esfera Vermelha, feita pelo artista franco-argentino Julio Le Parc é composta por quase três mil elementos quadrados translúcidos vermelhos desenhando a impressionante forma esférica de 5 metros no ar. Com poucos meios, o artista explora noções de movimento e instabilidade. Ele baseia-se na reflexão de imagens e luz em movimento em pequenas formas feitas de acrílico, ligado simplesmente com cordas. Os numerosos elementos translúcidos ficam em movimento em função de uma pequena mudança nas correntes de ar. A luz está presa na estrutura, multiplicada e difusa em todas as direções. As vigas de luz são projetadas para o hall de exibições, tornando-se uma tela total. Iniciado no começo dos anos 60, o artista descreve a série Continuel Mobile como um passo importante em sua busca por um trabalho de arte aberto: Me ajudou a resolver o problema que me preocupava: A diversidade das situações, como uma experiência, a noção de movimento, de instabilidade e de probabilidade, as contigências externas do trabalho saem fora da noção de um trabalho estável e definitivo.
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sobre o artista Julio Le Parc prefere chamar várias de suas obras mais recentes de Alquimias. É uma palavra apropriada. O resultado de uma operação alquímica bem sucedida transparece na alteração do estado de uma matéria se uma dada matéria transformou-se em outra, a alquimia deu certo. Foi o que fez Julio Le Parc quando no começo dos anos 60, com outros artistas, alguns mais próximos e outros mais distanciados, num compartilhamento de sensibilidades estéticas próprias do momento e espalhadas geopoliticamente, alterou a matéria da arte. A fundação, por Le Parc e outros artistas, do GRAV, Groupe de Recherche d’Art Visual, ativo em Paris entre 1960 e 1968, foi um marco forte do cenário artístico da época. A própria denominação de todo um amplo setor das artes foi na sua maioria alterada a partir daquele período do século 20: até então, as artes eram chamadas de plásticas, designação genérica e imprecisa que incluía os vários modos da arte, a pintura tanto quanto a escultura, esta mais plástica do que aquela (se alguma propriedade havia no termo); depois dos anos 60, tornou-se regra cada vez mais difundida denominar de visual aquele mesmo grupo de artes. As artes eram definitivamente visuais, como propunha o GRAV de Le Parc, e envolviam muita coisa além do que até ali se admitia em arte; se o rótulo anterior era restrito, este era amplo demais (poderia incluir o cinema, de resto de fato não excluído) porém mesmo assim traduzia melhor o que queriam fazer aqueles artistas. No início do século 20 um movimento de vanguarda havia se erguido contra o que chamou de obsessão retínica da arte, ou excessiva atenção dada ao órgão visual do ser humano em detrimento da função cognitiva interior, do conceito, da ideia – do conhecimento ordenado, estruturado, ou assim apresentado.
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para fazer Móbiles de formas geométricas a partir de um elemento mínimo. De 3000 quadrados pode ser contruída uma esfera. Quais formas geométricas podem construir outras?
conteúdos interdisciplinares Geometria Espacial http://www.infoescola.com/geometria-espacial/
para conhecer um pouco mais http://bienaldecuritiba.com.br/artistas/julio-le-parc/ http://www.julioleparc.org/art.html http://www.grupotramas.com.ar/wp-content/uploads/2011/02/leparc.pdf http://www.malba.org.ar/evento/le-parc-lumiere/ http://www.revistaenie.clarin.com/arte/Julio-Le-Parc-Paris-PalaisTokyo_0_874112818.html http://www.aestheticamagazine.com/julio-le-parc/ https://vimeo.com/106049101
bill viola três mulheres, 2008. videoarte/instalação 155.5 cm x 92.5 cm x 12.7 cm ; 9:06 minutos. artistas: anika ballent, cornelia ballent, helena ballent. foto: kira perov © 2008 bill viola cortesia: bill viola studio e blainsouthern gallery
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observando / o que podemos identificar? Quem são essas personagens? O que elas fazem? Quais sensações são despertadas? Para onde caminham? Por quê mudam de ambiente? Existe alguma ligação entre elas? Quais são as idades das personagens?
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sobre o artista “Poemas visuais, alegorias na linguagem da percepção subjetiva,” é como
bill viola define suas obras.
Bill Viola nasceu em 1951 em Nova York nos Estados Unidos. Ele é reconhecido internacionalmente como um dos grandes expoentes na produção de videos de arte, seguimento no qual ele atua há 40 anos. Se formou em 1973 na Syracuse University em Estudos Experimentais.
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Sua obra abrangente foca nas experiências do universo
para pensar
humano – nascimento, morte e ressurreição – baseado
Bill Viola é talvez o artista contemporâneo mais
tanto em preceitos espirituais da cultura ocidental
interessado na dimensão espiritual do ser humano. Seu
quanto oriental e as distintas religiões como budismo,
trabalho tem referências evidentes de períodos da história
cristianismo e islamismo.
da arte como o Renascimento. As Três Graças que são representadas na obra Alegoria à Primavera, de Sandro Boticelli, podem ser relacionadas a essas três mulheres. O toque das mãos e as trocas de olhares ligam as personagens no vídeo, auxiliando a passagem.
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sobre a obra
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para fazer A obra de Bill Viola fala sobre rito e transição. Você já registrou alguma cerimônia que foi importante para você, como uma formatura ou um batizado?
A obra Três mulheres de Bill Viola faz parte da série Transfigurações. Ela olha para o feminino, três mulheres, de diferentes gerações. Quais relações são possíveis de existir entre as personagens? “O trabalho nos mostra três protagonistas femininas surgindo da escuridão e tornando presente paulatinamente ao espectador. Elas cruzam uma camada de luz acompanhada de uma parede de água a escorrer e delimitar o espaço compartilhado pelas mesmas. Água e Luz são aqui dois elementos de forte simbologia do ciclo de vida como a água da placenta e a luz a caminho da ressurreição. Após esta breve aparição, as três figuras femininas retornam para o crepúsculo original de onde vieram.” - Curadora Convidada Tereza de Arruda Segundo o curador Teixeira Coelho, “Esta obra tem por tema a passagem por um portal espiritual simbólico que, na obra deste artista, pode assumir diferentes formas, entre elas as da água, símbolo de nascimento
conteúdos interdisciplinares Renascimento na arte: http://www.suapesquisa.com/renascimento/ Mitologia Grega: Três moiras - O tempo, uma tece a história, outra cuida para que o fim não se arrebente a outra destrói. Mais em: http://www.infoescola.com/mitologia-grega/moiras/
e afastamento das trevas. “ Quais rituais você conhece em que a água é utilizada? Qual são as possíveis interpretações para a simbologia da água? Qual é a importância da água para as nossas vidas?
para conhecer um pouco mais Podemos conhecer muito sobre o trabalho de Bill Viola por seu website: http://www.billviola.com/
anthony mccall você e eu, horizontal (II), 2006 projeção horizontal com fumaça.
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observando / o que podemos identificar? O que é projetado? É um desenho? É uma projeção comum? O que há de diferente?
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Nascido em 1940, McCall estudou Design Gráfico na Ravensbourne College of Art e Design, em Bromley, Kent, Inglaterra, no final dos anos 60 e fez experimentos em cinema durante este período. Seus primeiros filmes são performances ao ar livre de documentos que eram notável para o uso mínimo de elementos, especialmente fogo. Vinte
para pensar Segundo
sobre o artista
anos depois, ele adquiriu uma nova dinâmica e reabriu
Anthony McCall , a coisa mais rápida do
a sua série de “luz sólida”, desta vez usando projetores
trabalho deve ser o espectador, que irá passar em meio
digitais em vez de filme de 16mm. Em 2012, McCall foi
ao desenho projetado, que se modifica lentamente.
premiado em £ 500.000 nos Jogos Olímpicos de Londres
A obra de McCall provoca imersão por meio de uma
pela criação de uma obra que consiste em uma coluna de
interferência de luz no espaço.
vapor, chamada Birkinhead, planejada para ser visível a uma distância de 100 km.
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sobre a obra A obra tem dois movimentos distintos, um é de elipse e o outro é de uma linha reta. As duas formas se relacionam, movendo de forma a contrair e expandir. Em termos esculturais, as formas são produzidas a partir do movimento das linhas que provocam mutações lentas. Segundo o artista, “O filme só existe enquanto existe a projeção, ele está no tempo real e não contém ilusões. É
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para fazer Você já experimentou usar uma lanterna para desenhar no escuro? E mais do que uma? A luz muda conforme o meio em que ela se propaga. E se o desenho de luz for feito em uma bacia de água?
uma experiência primária, e não secundária. A experiência é real e não referencial. O tempo é real e não referencial, o filme não tem começo nem fim.” Seu interesse é nas relações interpessoais e nos seus limites físicos em que
conteúdos interdisciplinares
essas relações se dão. Os elementos escultóricos aparecem
Ótica http://efisica.if.usp.br/otica/basico/geometrica/velocidade/ http://brasilescola.uol.com.br/fisica/a-velocidade-luz.htm
na projeção desses dois feixes de luz de naturezas opostas, em meio a uma névoa que existe no espaço expositivo. Assim, tal como uma escultura, o desenho se faz no ar e o espectador pode permanecer fora ou adentrar esse corredor de luz. O material se faz no próprio ar, e é variável.
para conhecer um pouco mais http://www.anthonymccall.com/ https://www.youtube.com/watch?v=J_UBanSW-Qc https://vimeo.com/106049101
iván navarro relay, 2011 videoarte, 12’18”.
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observando / o que podemos identificar?
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sobre a obra
O que acontece no vídeo? Quais são as palavras que estão nas jaquetas? Qual é o significado delas? Como funcionam as bicicletas? Onde eles estão? Como o áudio se conecta à ação que é mostrada no vídeo? Qual é o assunto do áudio?
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para pensar A luz é usada de uma forma diferente nas obras de Ivan Navarro. O artista se utiliza da luz para informar, alertar e trazer a verdade a tona. Por meio da sequência de palavras iluminadas é possível refletir sobre o papel da arte como propositora de reflexão e protesto.
O vídeo é um registro de uma performance que aconteceu em Nova York, e o áudio que acompanha é uma simulação em português de uma entrevista baseada nas entrevistas e relatos contidos em artigos de entrevistas e jornais. Essa junção do vídeo e do áudio faz a obra ter um tom peculiar de informação e fantasia. Em Relay, vemos a culminação da investigação proposta em Cara Metade - outra obra do artista. Assim, o tema politico abordado por Navarro, se desdobra em cada trabalho, tendo continuidade. Segundo a curadora Leonor Amarante, “O vídeo Relay traz uma entrevista fictícia com o militar francês Paul Aussaresses, capa da revista francesa Le Point, e pauta de outros veículos de comunicação. Ele é denunciado como introdutor de técnicas de tortura na América Latina. No Central Park, em Nova York, cidade onde Navarro reside (...), ciclistas em uma performance vestem jaquetas negras e exibem nas costas, entre outras palavras Pause, Forgot, Stay todas pontuais na ‘conversa’ com o torturador.” O mais assustador é ouvir os relatos do ditador Paul Aussaresses e perceber as relações políticas existentes entre os governos militares do Brasil, Argentina, Chile, Argélia e também com os Estados Unidos da América.
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sobre o artista Nasceu em Santiago, Chile, 1972. Vive e trabalha em Nova Iorque, Estados Unidos. O artista é conhecido pela união entre o néon e o fluorescente e mensagens sócio-políticas. Suas esculturas e instalações minimalistas e modernas são orientadas pela afiada crítica social e política, que tem sua
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para fazer Como é gerada a luz que brilha nos coletes e jaquetas? É possível criar energia por meio da pedalada? Como se cria energia limpa?
origem na história pessoal do artista – que nasceu em meio à ditadura militar do regime de Augusto Pinochet, em Santiago, na década de 1970. O ditador adotava, entre outras práticas absurdas, o corte de energia elétrica como maneira de impor toques de recolher aos habitantes. A luz para controlar as massas é uma memória de infância de Iván Navarro e acabou por se tornar o grande assunto de seu trabalho.
conteúdos interdisciplinares Golpe Militar na América Latina - Brasil, Argentina e Chile.
para conhecer um pouco mais http://barogaleria.com/artist/ivan-navarro/ Você pode ver o vídeo completo aqui: https://www.youtube.com/watch?v=2w344Nakg5o
jeongmoon choi in.visible, 2015 instalação com luz uv. 215m².
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observando / o que podemos identificar? Quais são as formas presentes no espaço? Estão separadas ou unidas? O que acontece com o espaço de exposição com a interferência da artista? Há um caminho a seguir?
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sobre o artista Nascida em Seul, na Coréia do Sul, vive e trabalha entre Berlim e Seul. É bacharel em Belas-Artes na HBK Kassel e tem mestrado na mesma área pela Sungshin University, em Seul. Como uma continuação espacial de ilustração, Jeongmoon Choi cria instalações de luz UV com fios fluorescentes. Recentes exposições solo: Na galeria Laurent Mueller, em Paris (2015), Maximilians Forum, em Munique (2014), Moeller Fine Art, em Berlim (2013), KARST Project, em
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para pensar
Plymouth (2013). Exposições em grupo: na Saatchi Gallery,
Nas palavras do curador Teixeira Coelho, “Na era do laser,
em Londres (2013), Das Weisse Haus, em Viena (2015).
Jeongmoon Choi utiliza o meio antigo de fio de algodão para criar seus ambientes luminosos, que são, no entanto, apresentados utilizando alta tecnologia. Há mais do que um jogo de ilusões no trabalho na sua arte. Ela emprega uma ideia fabricada, algo que é de se esperar em um artista oriental trabalhando em tempos pós-modernos: uma combinação de tecelagem tradicional e tecnologia contemporânea, o caso de Jeongmoon Choi traduzido para o meio da luz ultravioleta. Isso cria perspectivas geométricas e a imersão total não só está representada, mas experiente
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para fazer Você já se utilizou de fios para desenhar? E se você puder levantá-los e fazer o desenho no ar? Para essa experiência é necessário ter ajuda de mais um colega, em duas pessoas, você pode experimentar conduzir os fios pelo ar sem cortá-los.
como resultado.”
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sobre a obra A instalação de Jeongmon Choi foi construída pela própria artista no Museu Oscar Niemeyer em uma semana de trabalho. Ela se utiliza de fios de algodão para desenhar no espaço, transformando a sala de exposição em uma grande
conteúdos interdisciplinares História: História da Coreia do Sul e do Norte http://www.infoescola.com/historia/separacao-das-coreias/ http://revistaescola.abril.com.br/geografia/fundamentos/ qual-origem-divisao-coreia-norte-sul-473667.shtml
obra em que o espectador, ao adentrar o espaço, se torna parte. Além dos fios de algodão, há a instalação de luzes ultravioleta e pintura negra em todo o espaço.
para conhecer um pouco mais http://www.jeongmoon.de
helga griffiths identity analysis, 2003-2015 instalação. 120m².
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observando / o que podemos identificar? Qual é o material utilizado? O que há em cada prato? Como a obra foi feita? Por que a artista colocou os tubos de ensaio nessa configuração? O que se parece? O nome Análise de Identidade traz alguma questão para você? É possível andar pelo meio da obra, o que acontece com o
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para pensar
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sobre o artista
Segundo Teixeira Coelho, “
Helga Griffiths instala seu
trabalho sobre o tripé arte-ciência-natureza. A alusão aos modelos científicos de investigação da natureza são visíveis no tipo de objeto-suporte por ela utilizado (provetas, pratos petri) e nas imagens metafóricas construídas.”
espectador quando entra no espaço?
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sobre a obra Segundo o curador Teixeira Coelho, “Sua instalação nesta Bienal é uma representação do código DNA que, como diz a artista, replica sua estrutura genética, a informação mais irredutível que alguém pode ter sobre si mesmo, supostamente a mais objetiva.
Helga Griffiths é uma artista multi-sensorial que mora na Alemanha e trabalha com a intersecção entre ciência e artes. De 1986 a 1992, ela viveu nos Estados Unidos e estudou Belas-Artes pela Mason Gross School de Artes/ Rutgers University (1991). De 1992-1994, ela completou seus estudos de pós-graduação pela Kunstakademie
Materialmente, esta obra torna-se possível graças ao
Stuttgart, na Alemanha. Em 1994, ela Griffiths continuou
emprego de fluoresceína, um composto de coloração
com estudos adicionais em Novas Mídias pela Hochschule
amarelo-esverdeada usado em pesquisa científica e que
für Gestaltung, em Karlsuhe. Recebeu vários prêmios como
brilha sob uma luz ultra-violeta. A arte de Helga Griffiths
o First Prize, na Kunst auf Zeit, em Graz e uma Menção
busca aproximar o homem de sua própria verdade
Honrável na International Paper Biennial em Düren. Seu
científica ao mesmo tempo em que o próprio homem corre
trabalho está em coleções permanentes, tanto na TBA
o risco de afastar-se de si mesmo num momento em
TV Station, em Tokyo, na Deutsches Hygienemuseum, em
que a computação tudo invade, inclusive o ser humano.
Dresden, quanto no Leopold-Hoesch-Museum, em Düren,
É uma arte tanto ‘de convite’ a uma nova visão quanto de
na Alemanha. Ela tem exposto suas instalações multi-
admoestação.”
sensoriais em diversas bienais internacionais, como a Bienal do Cairo, a Trienal de Artes Echigo Tsumari, no Japão, a Bienal de Havana e a Seoul Media Art Biennial. Um retrato do seu trabalho foi publicado na Kunstforum International Magazine.
conteúdos interdisciplinares Ciência,Genética, DNA http://www.infoescola.com/biologia/dna/ http://www.infoescola.com/genetica/estrutura-do-dna/
para conhecer um pouco mais http://www.helgagriffiths.de/
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para fazer Como fazer arte a partir de experimentos científicos. http://alquimistaspontocom.blogspot.com.br/2009/12/ experimentos-explosao-de-cores.html http://alquimistaspontocom.blogspot.com.br/2010/01/ experimentos-estruturas-moleculares.html
lars nilsson ghosts, 2014 esculturas em composite.
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observando / o que podemos identificar? O que é uma instalação? Qual é o material usado nas esculturas? Por que a primeira escultura está inclinada? É possivel entendermos as esculturas individualmente?
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sobre a obra Seu trabalho mais recente, a instalação escultural Ghosts (2014), natureza e cultura estão atreladas à escolha de materiais de Lars Nilsson. Composite é um estranho tipo de material plástico que pode dar uma impressão mais natural, como argila. Mas os corpos esculturais não são naturais, eles também são culturais, como se as esculturas
para pensar
viessem de outros mundos, como teatro, filmes ou um
É possivel dar uma unica narrativa para a instalação?
museu, onde ficção e realidade se misturam. O resultado
Qual? É possivel fazer alguma relação desta instalação
é um estado de incerteza entre realidade e imaginação,
com o tema curatorial da Bienal? Se sim, qual? Segundo o
sonho e pesadelo, luz e a ausência da luz, com todas as
curador Teixeira Coelho: “À primeira vista, este parece um
consequências imaginárias ou bem reais dessa operação
conjunto de esculturas pós-clássicas ou, em todo caso,
de escurecimento.
pós-Rodin, pós-impressionistas. Vistas de perto, cada uma delas surge em estado de transformação como se saindo das trevas em direção à luz, como se emergindo da forma para a não-forma ou vice-versa, como se a matéria viva se transformasse em matéria morta ou vice-versa. O resultado é um estado de incerteza entre realidade e imaginação, sonho e pesadelo, luz e a retirada da luz com todas as consequências míticas ou bem reais dessa operação de escurecimento.(...) do ponto de vista desta exposição,
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sobre o artista
Lars Nilsson nasceu em Estolcomo, na Suécia, em 1956. Nos últimos anos, o trabalho de Lars está cada vez mais focado na tradição nórdico-romântica, com referências tanto da espiritualização pela natureza de Casper David Friedrichs, quanto dos trabalhos de paisagens escuras e
Fantasmas coloca-se numa dobra da luz, num movimento de
melancólicas contemporâneas manipulados pela mídia,
saída da luz ou de busca da luz.”
onde a sexualidade atrai por debaixo da superfície.
conteúdos interdisciplinares Segundo o artista, a instalação das esculturas é inspirada no livro Do Estudo das Leis de Montesquieu. http://www.escolapresidentevargas.com.br/base/www/ escolapresidentevargas.com.br/media/attachments/331/ 331/539ef6ac8641be2d6b331d74d2ecf96bc0ab67efa1c59 _montesquieu.-o-espirito-das-leis.pdf
para conhecer um pouco mais http://www.gsa.se/artists/lars-nilsson/
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para fazer Você já imitou as poses das esculturas? E dos seus colegas? Que tal experimentar? A partir das imitações você pôde compreender melhor o que esse personagem está fazendo? Ele poderia ser real? Qual seria seu nome? Onde ele poderia estar? Qual é sua idade?
patrocínio master:
patrocínio:
co-patrocínio:
realização:
Bienal Internacional de Curitiba Conselho de Honra
Alfredo Meyer Antônio Pereira da Silva e Oliveira Ernesto Meyer Filho Guilmar Maria Vieira Silva Idelfonso Pereira Correia Jorge Hermano Meyer Lívio Abramo Raquel Liberato Meyer Túlio Vargas Presidente
Luciana Casagrande Pereira Vice-Presidente
Luiz Carlos Brugnera
Curador Geral
Coordenador de Montagem
Curadores Convidados Mostra
Produção
Teixeira Coelho Bo Nilsson Daniel Rangel Fernando Ribeiro Leonor Amarante Tereza de Arruda Yamil Le Parc
Entrevista Julio Le Parc
Hans Ulrich Obrist
Prêmio Jovens Curadores
Projeto Especial
Curadoras Projeto Educativo
Identidade Visual
Ana Luisa Pernetta Caron
Carmem Lúcia Kassis Vera Miraglia
Diretor Geral
Curadores Circuito Museus
Diretor Administrativo-Financeiro
Luis Gustavo Tortatto
Coordenação Administrativa e Financeira
João Marcos Almeida Design Gráfico
Claudio Gonçalves Assistência
Deocélia Costa Martins Conselho Consultivo Presidente de Honra em Memória
Miguel Briante Presidente
Rodrigo Rocha Loures Membros
Ana Amélia Filiziola André Caldeira Claude Bélanger Denize Corrêa Araujo Eduardo Fausti Erlon Caramuru Tomasi Guido M. do Amaral Garcia Jayme Bernardo João Luiz Felix Luiz Fernando Casagrande Pereira Mario Pereira Michele Moura Rodrigo Oliveira de Araújo Pinheiro Sandra Meyer Nunes Conselho Fiscal Presidente
André Carnascialli Membros
Geni Aparecida Motin José Otávio Panek
Adriana Almada Alfons Hug Ana Gonzales Antonio Cava Dannys Montes de Oca Isadora Hofstaetter Lenora Pedroso Luiz Carlos Brugnera Joice Gumiel Passos Mauricio Vieira Oriete Heloísa Cavagnari Rodrigo Marques Royce W.Smith Vanessa Múrio Curadores Circuito Galerias
Cleverson Oliveira Keila Kern Livia Fontana Lucia Casillo Malucelli Márcia Aracheski Mauricio Pinheiro Lima Regina Casillo Roberto Pitella Tuca Nissel
Curadores Circuito Universitário
Angelo Luz Stephanie Dahn Batista Comitê de Seleção - CUBIC
Denise Bandeira (FAP/UNESPAR) Emerson Persona (EMBAP/UNESPAR) Tânia Bloomfield (DeArtes/UFPR) Curadores Festival de Cinema
Denize Correa Araujo Paulo Camargo
Assistentes de Curadoria
Carolina Loch Stefanie Brucinski Stocchero Coordenadora de Relações Internacionais
Stefanie Brucinski Stocchero
Bienal Internacional de Curitiba 2015
Coordenadora do Projeto Educativo
Presidente da Comissão Organizadora
Coordenadora do Circuitos
Luciana Casagrande Pereira
Mariana Souza Bernal
Diretor-Geral
Coordenadores de Produção
Luiz Ernesto Meyer Pereira
Afonso Jose Afonso Ernani Padilha Guilherme Jaccon Juliana Di Addario Kaley Michelle Pedro Mansa Rebeca Gavião Pinheiro Stefanie Brucinski Stocchero Talita Braga Yala Kerolin
Ana Rocha Goura Nataraj
Diretora Secretária
Luiz Ernesto Meyer Pereira
Rômulo Barroso Miranda
Shana Lima
Ana Rocha Rômulo Barroso Miranda
César Ferreira Claudio Gonçalves Coordenadora de Comunicação
Carolina Loch
Assessoria de Imprensa
Dani Brito Gabriel Castro
Assistentes de Comunicação
Anna Sens Milena Alves Valsui Junior
Gestão de Informação
Cintia Eitelwein Guilherme Henrique Martini Coordenação de Receptivo
Talita Braga
Projeto Museográfico
Rafael Felipe da Silva Souza Montadores
Christian Teles Fernanda Stancik Thiago Provin Vinícius Viana Corrêa Assessoria Jurídica
Gustavo Bonini Guedes Luiz Fernando Casagrande Pereira Web Design
Mídiaweb
Equipamentos e Instalação
Connect Net
Produção em Vídeo
Guilherme Artigas Seguro de obras e equipamentos
Pro Affinité Consultoria e Corretagem de Seguros Logística
IGT Assessoria e Consultoria em Comércio Exterior GoldLog Brazil Transporte e embalagem de obras de arte
Milenium Transporte Material Educativo Produção
Shana Lima Edição
Shana Lima
Guilherme Klock Jayme Bernardo
Projeto Gráfico
Assistente de Arquitetura
Diagramação
Ronald Borges Lúcio Monreal Construtora Diretores
Guido Murilo do Amaral Garcia Cassiano Murilo Costa Garcia Equipe Técnica
Alexandre Murilo Costa Garcia Audra Marília Nóbrega Martins Ketti Andréia Benato Coordenação Geral de Marcenaria
Leonir Luiz Leal Marcenaria
Jackson Luiz dos Santos Maicon dos Santos Maurício Aguiar de Lima Orivaldo José Tibera Apoio de Marcenaria Daniel Pereira da Silva José Carlos Machado Bonfim Jonata da Silva Souza Coordenação de Pintura
Mauro Cesar Oliveira Carvalho Pintura
Alex Ditkun Galdino dos Santos Daniel Clemente Elias Pereira da Silva Fabio Junior Alves
Claudio Golçalves Claudio Golçalves
bienaldecuritiba.org