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EDIÇÃO 20 JUNHO DE 2011 R$ 9,90
QUEENS OF THE STONE AGE Porrada nas regras do metal PAULA TOLLER Pronta para a festa de arromba do Kid
9
PÁGINAS DE RANKINGS
BRUNO MARS O cara que pôs o F em “Fuck You!”
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BILLBOARD AWARDS 2011 PAUL MCCARTNEY MÖTLEY CRÜE MILEY CYRUS
EXCLUSIVO: A NOVA FASE DE
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fOTO: divulgação
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18
p.
fOTO: fotoarena/gettyimages
Promessa pop: com muita ginga e carisma, BRUNO MARS conquista um número cada vez maior de fãs
28
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QUEENS OF THE STONE AGE: 15 anos depois de rasgar as regras do rock
fOTO: ethan miller/gettyimages
pesado, JOSH HOMME relança o álbum de estreia do grupo
52
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Mulheres no poder: BEYONCÉ é eleita a Artista do Milênio no Billboard Awards 2011 e fala, com exclusividade, sobre a carreira
24 Enquanto se prepara para as comemorações de
Nº 1 das Paradas
30 anos de carreira do Kid Abelha, PAULA TOLLER nacional
Pg
Artista/ Título
SANTANA/ BRASIL HOT 100 AIRPLAY 100 LUAN amar não é pecado
BRASIL HOT POP SONGS
101
JENNIFER LOPEZ (PART. PITBULL)/
BRASIL HOT POPULAR SONGS
101
LUAN SANTANA/
nata do indie e os veteranos do pós-punk
BELO HORIZONTE HOT SONGS
SANTANA/ 102 LUAN um beijo
MÚSICA
BRASÍLIA HOT SONGS
CAMPINAS HOT SONGS
CURITIBA HOT SONGS
FORTALEZA HOT SONGS
GOIÂNIA HOT SONGS
PORTO ALEGRE HOT SONGS
RECIFE HOT SONGS
RIBEIRÃO PRETO HOT SONGS
RIO DE JANEIRO HOT SONGS
SALVADOR HOT SONGS
SÃO PAULO HOT SONGS
46 Primavera Sound: Barcelona reuniu a
81 MARIZA: de Kurt Cobain a Amália Rodrigues 82 SIXX: A.M., o projeto paralelo de Nikki Sixx, do Mötley Crüe
85 JOHN FOGERTY, ex-líder do Creedence Clearwater Revival, em plena forma
INTRO
11 LADY GAGA vende um milhão de cópias do novo álbum em sua semana de estreia
12 Documentário faz retrato instantâneo da nova
internacional
E MAIS
67 ROAMING 70 OPINIÃO 72 LOOK DE ARTISTA 74 CLOSET
& BELUTTI/ 102 MARCOS DUPLA SOLIDÃO
BOSCO & VINICIUS (PART. JORGE &MATEUS)/ 102 JOÃO ABELHA GAROTA SAFADA/ 102 BANDA CLONADO FERNANDES/ 102 PAULA PRA VOCÊ SANTANA/ 102 LUAN amar não é pecado
(PART. REGINALDO ROSSI)/ 102 CALYPSO NÃO POSSO NEGAR QUE TE AMO FERNANDES/ 102 PAULA PRA VOCÊ MARS/ 102 BRUNO TALKING TO THE MOON
SANGALO (PART. SEU JORGE)/ 102 IVETE PENSANDO EM NÓS DOIS FERNANDES/ 102 PAULA PRA VOCÊ PG
Artista/ Título
SOCIAL 50 103 LADY GAGA THE BILLBOARD 200 104 ADELE/ 21
SANTANA/ 102 LUAN um beijo
SPEARS/ HOT DANCE CLUB SONGS 103 BRITNEY TILL THE WORLD ENDS
cena musical paulista
amar não é pecado
HOT DIGITAL SONGS 103 ADELE/ ROLLING IN THE DEEP
ON THE FLOOR
THE BILLBOARD HOT 100 106 ADELE/ ROLLING IN THE DEEP
the creator/ INDEPENDENT ALBUMS 107 tyler, goblin
sean feat. chris brown/ HEATSEEKERS SONGS 107 bimyglast
michael bublé/
love 76 MÚSICA&MODA TRADITIONAL JAZZ ALBUMS 107 crazy JAMES/ CONTEMPORARY JAZZ ALBUMS 107 BONEY CONTACT 78 OUR STUFF 80 AGENDA Digital, Autorretrato, Cifras, Hot Spot, 108 BACKSTAGE Trilha Pessoal, Antes e Depois e Fitness
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+
FOTO DE CAPA: Ethan
Miller/ Getty Images
foto: Adriano Vizoni
fala sobre família, terapia e, claro, música
34
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MARINA LIMA: recém-radicada em São Paulo, cantora diz estar vivendo seu ápice – não profissional, mas pessoal
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CARTA AO LEITOR
Publisher An TOn IO CAmAROTTI Diretor Geral BRun O SETu BAL Conselho Editorial ALEx And RE KTEn AS, JOã O mARCELLO Bô SCOLI,
Quem manda
mARIO VELLOSO E PEd RO Só Editorial Editora Ex Ecutiva Gabriela Arbex Editor- a ssist Ent E Rodrigo Ortega Editora d E moda & vari Edad Es Ana Carolina Ralston rE pórt Er Henrique Crespo Projeto Gráfico marcos Kotlhar
no mundo?
Arte Editor d E a rt E João martin Jr. dE sign Er d aniela Liquieri t ratam Ento d E imag Em André Ricci Romano Tradução Luiz marcondes Revisão marisa Ribeiro
O girl power já dominou a música pop outras vezes, mas nunca sobre um par de pernas tão belas e ágeis. Vale rever no YouTube o desempenho de Beyoncé no Billboard Music Awards 2011, onde foi consagrada Artista do Milênio: como um canivete suíço musical, ela solta a voz, se retorce na coreografia e comanda os efeitos visuais ao mesmo tempo. Sem dúvida, ela está no poder. Na capa desta edição da Billboard Brasil, nos rendemos à sua imponente imagem na performance de “Run The World (Girls)”. Em entrevista exclusiva, ela conta como tomou posse do próprio nariz (e dos ouvidos de milhões de fãs, certamente) com o seu novo disco, 4. “Quem manda no mundo?” Ela faz a pergunta e logo dá a resposta: “Garotas!”. Era nelas, não em homens cabeludos, que Josh Homme estava pensando quando pariu o Queens of the Stone Age. Essa é uma das revelações do herói alternativo americano, em outro destaque desta edição. Fomos a Miami Beach acompanhar um novo astro entrando em órbita no pop: Bruno Mars. Aos 25 anos, o havaiano é uma máquina de hits. O que mais reverberou foi o palavrão “Fuck You!”, criado por Bruno e proferido por Cee-Lo Green. Mas canções na voz de Bruno também crescem nas paradas, inclusive as brasileiras. Em outra missão internacional, desembarcamos em Barcelona, no festival Primavera Sound. Lá o poder não é individual, mas coletivo, representado pelo movimento Los Indignados e sua trilha sonora de última hora: o clássico “Common People”, na volta aos palcos dos britânicos do Pulp. O poder indie também aparece na conversa com o escocês Alan McGee, o homem que não confia no sistema, mas que soube acreditar em Oasis, Libertines, Primal Scream e outros nomes que ajudou a inscrever na história do rock com o selo Creation. Por aqui, tivemos excelentes conversas com duas grandes forças femininas que, em parceria ou em grupo, inventaram, nos anos 80, a música pop brasileira como a conhecemos. Idades à parte, Marina Lima e Paula Toller continuam sendo duas garotas cheias de poder. Elas reforçam o coro feminino na resposta à pergunta de Beyoncé: quem manda no mundo?
Colaboradores Adriano Vizoni e Luciano Oliveira (fotos); Alfredo Brant, Arnaldo Branco, Braulio Lorentz, daniel Tambarotti, Jean Felipe Rios, marcelo damaso, Roberto Sadovski e Tatiana Contreiras (textos)
Billboard Brasil É u ma Publicação da BPP Promoções e Publicações Ltda. Rua Tapinás, 118, Itaim Bibi, São Paulo - SP - Cep 04531-050 redacao@billboard.br.com Departamento Comercial g Er Ent E com Ercial d aniela Sosigan ds@billboard.br.com São Paulo - Tel. (11) 3078-7711 comercial@billboard.br.com anuncie@billboard.br.com Operações Comerciais Lucimar marostica opec@billboard.br.com Assinaturas www.billboard.br.com/assine assinaturas@billboard.br.com impr Essão IBEP Gráfica d istribuição d inap
publish Er Lisa Ryan Howard d ir Etor Editorial Bill Werde Editor Ray Rogers d ir Etor dE a rt E Andrew Horton d ir Etor dE r ankings Silvio Pietroluongo E5 Global Media, LLC
os Editores
pr Esid Ent E Richard d. Beckman d ir Etor Ex Ecutivo James A. Finkelstein d ir Etora Financ Eira d ebi Chirichella dE s Envolvim Ento d E nE gócios Howard Appelbaum d ir Etor d E tE cnologia Gautam Guliani v ic E-pr Esid Ent E d E mark Eting d oug Bachelis v ic E-pr Esid Ent E d E c irculação madeline Krakowsky v ic E-pr Esid Ent E d E rE cursos h umanos Rob Schoorl v ic E-pr Esid Ent E d E l ic Enciam Ento Andrew min Todos os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. É proibida a reprodução total ou parcial de textos ou imagens sem prévia autorização dos editores.
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edição 19
buzz
veja o que nossos leitores acharam da última edição
tuitadas que repercutiram do mundo da música:
Muito f**a a capa da última edição. Pena que a pressão da fama acabou com um dos últimos ídolos do rock. Imagino o que ele estaria fazendo hoje em dia.
Luciana Vianna,
de Belo Horizonte, MG
Termômetro As notícias mais acessadas no último mês no billboard.br.com
CINCO RAPIDINHAS COM A VJ DA MTV MARI MOON Influente no Twitter e na moda, a moça elegeu “Somewhere Over The Rainbow” como a música que melhor a define. BANDA CINE VS. LATINO A suposta briga entre os artistas – posteriormente esclarecida como uma campanha de marketing – causou polêmica . AS 72 MÚSICAS DE BEYONCÉ A artista do milênio exagerou e dificultou para a gravadora. BORN THIS WAY, DE GAGA Qualquer que seja a notícia, a cantora atrai milhares de acessos. VAZA JUDAS, NOVO VIDEOCLIPE DE LADY GAGA Ela de novo!
Me senti velho com esta matéria do Nirvana. Só de pensar que eu tinha uns 18 anos quando o movimento grunge estourou... Muito boa a matéria. Achei só que faltou falar mais sobre Soundgarden, Alice in Chains, Mudhoney e outras barulheiras da época. Luiz Amaral, do Rio de Janeiro, RJ A matéria do Foo Fighters explica por si só porque Dave Grohl é um dos caras mais legais da música
Adailton Nunes, de Barueri, SP
Legal ver o Paulinho Moska na Billboard. Bem que podia rolar uma entrevista com ele na próxima. Caio Miranda, de Belo Horizonte, MG Adorei ler a entrevista do Leoni. Ele sempre fala coisas interessantes. Joana Lima, de São Paulo, SP FACEBOOK
Só a matéria da capa já vale a revista. Eu quero! Fernanda Bechara Castilho, de Vitória, ES Essa revista tá perfeita! Obrigado, Kurt! Filei a
twitter A @BillboardBrasil perguntou:
Qual é o festival brasileiro que você mais quer ver este ano?
faculdade lendo ela! Matheus Carmo, de Salvador, BA Que capa linda!!! Sem dúvida, uma das melhores fases do rock’n’roll. Fabiana Never, de São Paulo, SP TWITTER
Muito boa a matéria de capa da Billboard Brasil sobre os 20 anos do grunge. Recomendo aos que gostam de boa música. Ale Rocha, @alerocha de Mogi das Cruzes, SP Eu já comprei a minha Billboard com a ótima entrevista com o Leoni. Esclarece muito sobre o mundo da música de hoje. Vanessa Fernandes, @Vanessaa_Lab, do Rio de Janeiro, RJ
39% Rock in Rio 30% SWU 26% Planeta Terra 5% Outros
TUÍTE DA REDAÇÃO
O que você achou de Born This Way, novo disco de Lady Gaga? @allandooug O disco está gerando uma
ele se torna um clássico em tão pouco tempo.
grande revolução. Ele nos faz sentir vivos e convictos de podemos ser livres. @wandersonleonel É muito menos do que se esperava, não tem nenhum grande sucesso, muito fraco em relação aos outros. @juniorbelo O CD é um pouco bizarro. Tem muito rock dos anos 80, mas no final
@danielmota Bem produzido, eclético,
cante para a billboard
Entre em contato conosco pelos canais ao lado. As mensagens selecionadas serão publicadas nesta seção. Nos reservamos o direito de resumir, corrigir e adaptar os textos enviados, sem que isso altere o conteúdo das mensagens. 10 billboard brasil Junho 2011
e porque sua banda lançou um disco tão bom quanto esse Wasting Light. O cara tem fome de rock!!!
explorou diferentes territórios musicais. O melhor trabalho da Gaga até agora. @mynickislu O melhor álbum pop dos últimos tempos e, com certeza, o melhor trabalho dela! Dançante e com letras espirituais. @JhonBooz É bom, mas estou esperando pelo álbum que revolucionaria o mundo da música.
Site www.billboard.br.com Facebook www.facebook.com/billboardbrasil Twitter @BillboardBrasil E-mail redacao@billboard.br.com
@Ticostacruz
“Recebi um e-mail da ABL me convidando para participar do núcleo de novos poetas e escritores p futura condecoração como IMORTAL – sabe pq? Pq fui o único poeta brasileiro q inseriu a palavra Brócolis numa cansão (sic) e fiz uma rima considerada raríssima na história das artes no Br”, TICO SANTA CRUZ, em momento de modéstia explícita. @LitaRee_real
“Sou o oposto da puta, tô pouco me fudendo se vc ñ entende, entendeu? Houston, they have a problem”, RITA LEE, sendo mais ela. @Ruleyork
“A culpa de eu não ter me apresentado no Urban Music Festival é do FabulousFabz. Se você está bravo, fique bravo com ele e não comigo. Eu amo o Brasil!”, JA RULE, transferindo a responsabilidade de sua ausência no festival de São Paulo para seu DJ oficial. @almirguineto
“Meus amigos, vou contar agora um grande segredo. Acabo de entrar no estúdio para gravar meu novo CD”, Almir Guineto, contando as novidades. @snoopdogg
“Descansem em paz todos que morreram no 11 de Setembro. Vamos trazer as tropas pra casa e diminuir o preço das bebidas e viver felizes para sempre”, SNOOP DOGG, comemorando a morte de Bin Laden de forma inusitada.
fOTOs: divulgação
feedback
CENA VIVA • novos paulistas • digital • autorretrato • insight • cifras • hot spot • trilha pessoal • antes e depois • espetáculo • fitness
12 aposta
Quinteto 5 a Seco grava seu primeiro DVD com convidados especiais
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12 documentário Passagem de Som retrata a nova cena musical paulistana
p.
14 avassaladores Funk carioca cheio de marra vira hit na internet
p.
16 teatro
Marina Abramovic estreia ópera ao som de Antony Hegarty
FOTO: Kevin Mazur/Getty Images
INTRO
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FEBRE LEGALIZADA Com edições deluxe e downloads a 99 cents, Lady Gaga vende um milhão de unidades do novo álbum Entrar em choque com aquilo que é socialmente aceito é uma das marcas registradas da ascensão meteórica de Lady Gaga – uma abordagem que agora se estende ao lançamento de seu novo álbum, Born This Way. O aguardado trabalho chegou ao varejo americano no dia 23 de maio em meio a uma intensa publicidade sobre a decisão da Amazon de oferecê-lo como o MP3 do Dia – uma promoção tradicional da loja online – a 99 cents. Isso, somado às robustas vendas no iTunes, fez com que o disco quebrasse o recorde de vendas em semana de estreia para álbuns digitais. Ao fim de uma semana foram vendidas, digitalmente, 440 mil cópias – número que ultrapassa, e muito, o recorde anterior do Coldplay: 288 mil
unidades de seu álbum Viva La Vida Or Death And All His Friends, de 2008. A pesada demanda gerada pela Amazon tornou a compra mais lenta e, no caso de alguns consumidores, até impediu o download do álbum, fazendo com que o varejista online repetisse a oferta três dias depois. Fontes do setor estimam que o dia de abertura das vendas de Born This Way na Amazon totalizou 330 mil unidades só do álbum digital. Não que a Interscope e Lady Gaga precisassem de ajuda para promover o álbum. “Todo mundo sabe da existência de algo novo de Gaga em algum lugar, de algum modo. Não consigo imaginar nenhum outro álbum que tenha esse tipo de consciência por parte do público”, diz o diretor da Newbury Comics, Carl Mello.
Esta consciência poderia ser sentida muito além da Amazon. A estimativa é de que o iTunes tenha escaneado 104 mil unidades no dia 23 – um número impressionante se levarmos em conta que as versões deluxe de US$ 15.99 do álbum responderam por mais da metade dessas vendas. Só na Best Buy, as vendas no primeiro dia totalizaram 45 mil. Outras 35 mil unidades foram comercializadas pela Target, 20 mil pelo Walmart e dez mil pela Starbucks – números que sugerem vendas de 500 mil no dia de lançamento do álbum. Algumas lojas físicas reclamaram das vendas da primeira semana do título na Amazon e na Best Buy, que deram o álbum de graça na compra de um handset para celular. Mas, apesar da estratégia de oferta
por Ed Christman
do produto mesmo sem lucro (loss-leader strategy) para sua loja de MP3 e serviço de Cloud Drive/Cloud Player, Born This Way também representou uma retomada de preço. Dos 2,1 milhões de unidades enviadas pela Universal Musical Group antes do lançamento nas lojas, 1,3 milhão foi de versões deluxe do álbum. A versão standard, com 14 músicas, teve preço sugerido de US$ 12.99 e está sendo vendida no atacado por US$ 10.35, enquanto a versão luxo, que traz três faixas bônus e um segundo álbum de remixes com dez faixas, custa US$ 21.98 (US$ 14 no atacado). A versão mais cara excedeu em muito as expectativas para o dia de lançamento e foi responsável por quase 70% das vendas fora da Amazon, tanto nas versões CD quanto digital. www.billboard.br.com 11
FOTO: divulgação
INTRO
APOSTA
Portas abertas
O quinteto 5 a Seco grava seu primeiro DVD com participação de Chico César, Lenine e Maria Gadú por Ana Carolina Ralston Cinco cabeças resolveram se unir para um projeto que teria a duração de poucas semanas. A temporada deu tão certo, que o tal projeto foi se estendendo até completar, em 2011, dois anos de existência. Assim, os jovens compositores do 5 a Seco não tiveram dúvidas: era hora de registrar, de verdade, o sucesso que já vinha sendo experimentado com os tantos shows de ingressos esgotados. O palco foi o Auditório Ibirapuera nos últimos dias 3, 4 e 5 de junho, com a presença de Lenine (3), Maria Gadú e Chico César (4) e Dani Black (5), integrante do quinteto original. A atual formação do grupo paulistano conta com Vinicius Calderoni, 25 anos, Tó Brandileone, 24, Leo Bianchini, 27, Pedro Altério, 22, e Pedro Viáfora, 21, todos violinistas, cantores e improvisadores, que transformam suas apresentações em performances de sons e ritmos variados por meio de inúmeras formas de percussão.
Por ser formado por cinco líderes, o grupo não deixa de se auto-intitular como projeto. Cada um de seus integrantes possui carreira solo paralela, como é o caso de Tó e Leo, que lançarão um disco juntos no final deste ano – início do próximo–, ou de Vinicius, que está com seu segundo disco solo previsto para março de 2012. Suas influências musicais são inúmeras e vindas de todas as partes. O pluralismo de cada um – característico de toda uma geração artística que se aproveita da atual facilidade de acesso à informação – e o gosto por inúmeros estilos musicais acabaram por tornar suas composições mais ricas. “Desde que me entendo por gente gosto de rock, samba e música erudita. As referências individuais, ou mesmo a forma com que cada um de nós metabolizou essas referências, faz com que um influencie o estilo do outro”, conta Vinicius. Mas se pedir nomes a lista fica enorme:
Os garotos do 5 a Seco: as referências de uns influenciam os estilos dos outros
desde clássicos da MPB como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil, até Camille Dalmais, Radiohead, Los Hermanos e Emicida. Para 2012,
muitos planos. Os cinco músicos pretendem iniciar uma turnê para divulgar o disco e o DVD que deve chegar ao mercado no final do ano.
CENA VIVA
Documento em movimento
por
Rodrigo Ortega
foto: DIVULGAÇÃO
Passagem de Som quer fazer um retrato instantâneo da nova cena musical de São Paulo
Da esquerda: Miranda, tatá aeroplano, kiko dinucci e MARIANA AYDAR em cenas do documentário
“Não quero contar a história depois que aconteceu. Quero fazer agora mesmo, enquanto tudo está sendo criado.” O diretor Marcelo Souza, 49 anos, responde a várias perguntas ao mesmo tempo, com o discurso rápido de quem tem muito trabalho a fazer. Documentários musicais costumam esbarrar no excesso de saudosismo, mas Passagem de Som tem o desafio oposto: falar sobre um cenário atual – a música produzida na cidade de São Paulo –, que muda a cada momento. “Antigamente a gente ficava meses esperando a música nova do Caetano, do Gil. Hoje, a cada semana tem 400 caras novos na área, um melhor que o outro”, espanta-se o diretor. O trabalho teve início em 2009, quando ele começou a filmar 12 billboard brasil Junho 2011
uma série chamada Estúdio A, para a gravadora Yb, com artistas como Tulipa Ruiz, Blubell e Lulina. “Já nas primeiras horas de gravação eu vi que ali havia uma história interessante a ser contada. Estes caras estão fazendo música de uma nova maneira, colaborativa. Geralmente sem grana, tudo na raça. Cada artista é um ponto da rede, todo mundo toca com todo mundo, tanto que surgem cada vez menos bandas e mais artistas solo”, nota. A produção do documentário é bem parecida com a forma de trabalhar dos músicos. Iniciativa independente com vários colaboradores, o filme começou a ser feito no ano passado, estreou um teaser de dez minutos no festival In-Edit, em São Paulo, em abril, mas ainda está sendo finalizado. Um dos
colaboradores, Romulo Fróes, teve que sair da produção para assumir seu trabalho principal do outro lado da tela, como músico. O teaser tem depoimentos de Mariana Aydar, Bruno Morais, Juliana R e outros músicos e produtores. Carlos Eduardo Miranda, produtor veterano, capta bem o novo espírito: “É um período de mudança, não dá pra falar que essa geração é ‘assim ou assado’. Se eu falar isso hoje, quando esse filme estiver pronto já não vai valer mais”, brinca.
DIGITAL • OPINIÃO
BITS & BEATS
O céu é o limite
e-vendas foto: reprodução
fOTO: divulgação
Será que a nuvem vai ajudar a aumentar o nicho de mercado dos audiófilos? por Antony Bruno
milhões
Total de visualizações do clipe da música “Oração”, do grupo curitibano A Banda Mais Bonita da Cidade, nas duas primeiras semanas de publicação no YouTube. Com seis minutos em plano-sequência, o filme mostra, além dos cinco integrantes – Uyara Torrente, Vinicius Nisi, Rodrigo Lemos, Diego Plaça e Luis Bourscheidt –, uma galera de amigos cantando e tocando instrumentos.
O SoundCloud – plataforma online de áudio criada em Berlim, em 2007, para a publicação e compartilhamento de música entre os compositores – passou a oferecer o serviço de venda de faixas. Graças à parceria com o sistema de pagamentos Minno e com o SoundRain, os artistas podem escolher as músicas que desejam vender ao preço fixo de US$ 0,99. Quando chegar aos US$ 10, recebem o dinheiro por meio do PayPal. A ideia é impulsionar a venda dos singles nos blogs e sites dos artistas antes mesmo que eles sejam lançados no mercado.
DIGITAL • CANAIS WWW
HQ, livros e muita música fOTO: divulgação
Thedy Corrêa, vocalista do Nenhum de Nós, conta quais são os seus endereços prediletos na web
Free fOTO: divulgação
A fita cassete matou a fita de oito canais. O CD matou o cassete. E formatos digitais estão matando o CD. Mas espera-se que a transição da música digital em aparelhos locais para a nuvem tenha o efeito oposto, já que a música pode ser armazenada em qualquer lugar e acessada de múltiplos dispositivos por diferentes redes. Devido ao fato de “o outro extremo” assumir muitas formas diferentes – celulares, PCs, alto-falantes de som surround, em breve até mesmo nuvens para carros –, os provedores de música em nuvem precisam de vários formatos também. Por exemplo: para cada música disponível no Rhapsody existem quase 12 formatos diferentes, que vão de arquivos MP3 de 64 kbps a arquivos 192 kbps AAC – armazenados para diferentes situações de uso, como fazer streaming para um celular ou baixar um stream encadeado para um PC. Um serviço baseado em nuvens poderia ser facilmente utilizado para armazenar arquivos, mas não poderia fazer streaming desses dados para todos os dispositivos. Isso sem falar no fato de que fazer um streaming de um arquivo de 32 MB em tempo real para um celular é quase impossível, pois os custos dessa operação seriam astronômicos. “Streaming de alta qualidade requer muito mais banda”, diz o presidente de produtos da Rhapsody, Brendan Benzing. É possível, no entanto, fazer o streaming de arquivos lossless de uma nuvem para um PC ou sistema de entretenimento conectado à internet. Mas fazer isso poderia trazer custos ao servidor de nuvem e, atualmente, não existe demanda suficiente para justificá-los. Conforme os serviços de nuvem crescem, oportunidades de mercado irão emergir. Afinal, isso poderia resultar em novas fontes de receita. Uma vez que haja assinantes suficientes para fazer com que valha a pena, os provedores de serviços de nuvem começarão a oferecer serviços voltados para audiófilos com streaming de arquivos de melhor qualidade e mais adequados aos sistemas de som de última geração. “O negócio voltado para lares ainda é relativamente pequeno”, diz Benzing. “Mas é aí que vemos oportunidade para aproveitar a banda que entra naquela casa sem as limitações que temos com o celular. É aí que as pessoas tendem a gastar muito dinheiro numa experiência de áudio.”
4,4 DIGITAL • NÚMERO
Um aplicativo musical independente que atua também como selo fonográfico e rede social. Essa é a missão do Bagagem, criado pela banda Projeto Axial para tentar retomar, ainda que virtualmente, o velho hábito de ouvir um álbum na íntegra, de manusear seus encartes e de acompanhar a ficha técnica de cada faixa. A plataforma, gratuita, reúne trabalhos de artistas plásticos, VJs e podcasts e foi pensada, inicialmente, para compartilhar o terceiro álbum da banda, Simbiose. Atualmente, já reúne obras de outros artistas, além dos dois primeiros discos do grupo.
1 2
Deezer.com/em/
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Omelete.com.br
4 5
Onde se pode ouvir um caminhão de coisas bacanas em streaming.
Blip.fm/home
Fico ouvindo e vendo coisas que me agradam e compartilho com meus followers no meu twitter (@thedycorrea).
Sou fanático por HQs, cinema, séries de TV e música e este site é o lugar onde todas essas coisas se juntam. Sempre muito por dentro de tudo!
Estantevirtual.com.br/
Meu site de busca de livros raros ou fora de catálogo. Uma espécie de central online de sebos!
Journal.neilgaiman.com Esse é o diário do escritor inglês Neil Gaiman, um cara que eu admiro como criador e pensador.
www.billboard.br.com 13
INTRO
AUTORRETRATO
CIFRAS
Muita calma nessa hora
Ramones
LUÍSA MAITA: preferência pela brasilidade
Dez anos depois da morte de Joey Ramone, o culto a sua banda continua fOTO: Jorgen Angel Redferns/Getty Images
fOTO: joão wainer/divulgação
Apesar da herança musical, Luísa Maita sempre soube que teria que tirar leite de pedra para se tornar cantora São Paulo pra você é: Quando penso na cidade, me vem a imagem de um motor. Acho que São Paulo tem essa função no país: é energética, um bom lugar para se trabalhar, mas suja e nada saudável para se viver. Uma referência musical: Cássia Eller, principalmente no Acústico MTV. Ela chegou a um nível expressivo alto, muito inteira e livre. Das bandas atuais, alguma te impressiona? Amo o Gorillaz. Acho muito urbano e emocional ao mesmo tempo. Um ídolo: Milton Nascimento. CD, vinil ou download? Estou grudada no meu iPod, não tem como... download! Melhor amigo (a): Mariana Aydar. Um arrependimento: Comecei a ser cantora já sabendo que teria que tirar leite de pedra. Hoje penso que poderia ter tido mais calma desde o início. João Gilberto ou Michael Jackson? João Gilberto. Pela brasilidade, ele é mais importante pra mim, apesar de amar a música dos dois.
2263
INSIGHT
Shows realizados pela banda em pouco mais de duas décadas.
Melô da autoestima sem noção
Sucesso na internet, “Sou Foda” é um funk carioca marrento assinado pelo grupo Avassaladores. O vídeo traz o líder Vitinho dançando, mordendo os lábios e levantando a camisa. Ele canta versos como: “Sou foda/ Na cama eu te esculacho/ Na sala ou no quarto/ No beco ou no carro/ Eu sou sinistro/ Melhor que seu marido/ Esculacho seu amigo”. O vocalista de 18 anos diz que fez a música querendo que todo mundo se VITINHO, à frente do Avassaladores: vem aí o “Sou Foda 2” sentisse bem ouvindo. “A gente queria que as pessoas gostassem de ouvir e que achassem que a música foi bastante, mas afirma que a música já feita para eles mesmos.” era conhecida antes: “Ela já era sucesso Mas houve quem não gostasse e encarasse a letra como antes de ir parar na internet, mas foi o provocação: não demorou para aparecer, também na internet, clipe que a fez estourar mesmo”. versões da música com respostas, em geral cantadas por A divulgação cibernética aumentou mulheres. Entre elas um outro funk bem direto na voz de MC o número de apresentação dos Penélope. Um trecho da letra diz: “Tu é foda/ Na cama é um Avassaladores, inclusive fora do estado. fracasso/ Não dá conta do recado/ Dá uma e cai pro lado/ Diz “A gente já fazia shows fora do Rio, mas que é sinistro/ Não sabe ser amigo/ Não serve como marido”. agora estamos indo com mais frequência.” Mesmo assim, Vitinho acha que a música não incomodou Com letra igualmente marrenta, o grupo as mulheres: “Elas revertem para o lado delas”. Mas e a fez outro funk, “Sou Delas”, e não parou namorada? “Não tive problemas com ela. É meu trabalho.” por aí: “Vamos gravar outro clipe, agora O autor do hit conta que não ficou preocupado com o com o Rafinha Bastos. Ele vai dirigir a palavrão na letra: “Eu não considero ‘foda’ um palavrão. Tem continuação da história, é a ‘Sou Foda 2’”, até em música da Pitty. É uma palavra que todo mundo usa no conta Vitinho, parecendo meio entediado dia a dia. Até pessoas mais ricas”. Segundo ele, o vídeo, que já ao dar entrevista. Seria marra? ultrapassa seis milhões de visualizações no YouTube, ajudou H.C. 14 billboard brasil Junho 2011
fOTO: DIVULGAÇÃO
autor de “sou foda” diz que “até ricos” usam a palavra no dia a dia
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Anos de existência. Em 1974 o grupo fez seu primeiro show e em 1996 o último.
8
Total de integrantes que fizeram parte das cinco formações diferentes do quarteto: Joey Ramone, Johnny Ramone, Dee Dee Ramone, Tommy Ramone, Marky Ramone, Richie Ramone, Elvis Ramone e C J Ramone.
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Discos, entre álbuns de estúdio e ao vivo, foram lançados pela banda.
30
Minutos é o tempo aproximado do disco homônimo de estreia, que traz 14 músicas.
5
Visitas ao Brasil, nos anos de 1987, 1991, 1992, 1994 e 1996. Entre as cidades palco de apresentações estão Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre.
HOT SPOT
TRILHA PESSOAL
Na ponte aérea
Uma Miranda moderninha
DANÇAR/ BEBER/ PAQUERAR Casa 92
Rock, pop ou música clássica? Rock, é claro! Um show inesquecível: Um? Impossível... Metallica, Radiohead, Aerosmith... Uma canção para sua personagem Miranda, em A Tempestade: Hum... difícil, mas a que me vem agora é “Somewhere Over The Rainbow”, do Mágico de Oz. Um artista musical com quem você gostaria de se sentar em uma mesa de bar para bater um papo: Kurt Cobain, Steven Tyler, Lobão... A música que não sai da sua cabeça hoje é: “Intro”, da banda The XX. Que show gostaria de ver no Brasil? Red Hot Chili Peppers. Para você, música é: PAIXÃO! Uma canção que marcou a sua infância: Muitaaaas. Sou dependente de música. Algumas delas são: “Metade”, da Adriana Calcanhoto, e “Tem Pouca Diferença”, da Gal Costa, além de todas as canções do Bon Jovi.
fOTO: luciano medeiros
Antes de se tornar um dos pontos de encontro mais cool de São Paulo, a Casa 92 era uma morada de imigrantes japoneses, construída na década de 30, cheia de árvores e plantas silvestres. A vegetação continua por lá, dando charme ao ambiente, e os cômodos foram transformados em espaços que seguem a temática de uma verdadeira casa. A diferença é que cada um desses espaços contou com o toque de gente que entende desse e de outros assuntos, como o arquiteto e paisagista Marcelo Faisal, a cineasta Bia Guedes e o estilista Marcelo Sommer. A música é diversificada. A trilha sonora é quase sempre comandada pelas picapes, com uma programação mensal que vai do eletrônico ao mais puro rock’n’roll. Às terças é dia do projeto Penélope, quando o som fica por conta de convidadas como Deborah Falci, Lara Gerin e Joana Hasse. Às quintas, a noite ganha o nome do cineasta Hitchcock e as escolhas do DJ residente Xavier Fabre.
Thaila Ayala interpreta A filha do mágico Próspero em A Tempestade, de Shakespeare, em cartaz em São Paulo até o final de junho
foto: DIVULgação
endereço cool em sp e casa tradicional de shows NO RJ são boas opções para curtir
Viciada em música, THAYLA AYALA espera ansiosa pelo show do Red Hot Chili Peppers
Rua Cristóvão Gonçalves, 92, Largo da Batata • Tel. (11) 3032-0371 • Horário de
ANTES E DEPOIS
funcionamento: terças, quintas, sextas e sábados, a partir das 22h30. Domingos,
Ric Ocasek
segundas e quartas aberto apenas para projetos especiais, festas e eventos • Capacidade: 300 pessoas • http://casa92.blogspot.com/
Rua Álvaro Alvim, 33 / 37 – subsolo, Cinelândia • Tel. (21) 2240-4469 • Funcionamento da casa: de segunda a sábado, das 14h às 22h • Capacidade: 500 pessoas • www.rivalpetrobras.com.br
A.C.R.
fOTO: Theo Wargo/Getty Images
fOTO: Peter Noble/Getty Images
Localizado na Cinelândia, um dos polos arquitetônicos e palco de importantes manifestações políticas do Rio, o teatro Rival Petrobras faz parte da cena cultural carioca há 77 anos. Hoje, sob a coordenação das atrizes Ângela Leal e Leandra Leal, o teatro é dedicado à música popular, recebendo nomes já consagrados e lançando novos artistas. Entre os músicos que já tocaram em seu palco, estão Alcione, Luiz Melodia, João Bosco, Ivan Lins, Zeca Pagodinho e muitos da nova geração, como Maria Gadú, Tiê, Thiago Petit e Thais Gulin. O local leva a assinatura do arquiteto Luiz Marinho, que preservou características de suas sete décadas. Entre os shows já agendados para junho estão Leila Pinheiros (11) e Mulheres de Hollanda (23/24).
foto: DIVULgação
ele pilotou o The Cars no auge da new wave. Depois de produzir bandas mais novas, ele está de volta com o seu grupo original
dançar/paquerar Teatro Rival
1978
Além de guitarra e vocais, Ric Ocasek tocava outros instrumentos no estúdio e compunha quase todo o material dos seis discos de estúdio do The Cars
2010
O cantor em um evento do site Huffington Post, em Nova York, em 2010, mesmo ano em que se reuniu com o antigo grupo para gravar o primeiro disco em 24 anos
Ric Ocasek, 63, liderou o The Cars de 1976 a 1988. O primeiro LP, de 1977, emplacou “Just What I Needed”. Foi a primeira de 18 músicas do The Cars no Billboard Hot 100, antes de o grupo se separar em 1988. Longe dos holofotes, Ric produziu No Doubt, Guided By Voices, Weezer e outros. Em 2011, o The Cars está de volta com o CD Move Like This. www.billboard.br.com 15
INTRO
espetáculo
Nascimentos e funerais musicados fOTO: CARLOS ROJALS
Referência na arte da performance, Marina AbramoviC estreia sua ópera ao som de Antony Hegarty e William Basinski
WILLEM DAFOE, MARINA ABRAMOVIć, ANTONY HEGARTY e ROBERT WILSON estreiam a nova peça no Festival Internacional de Manchester
Eles se conheceram há alguns anos durante uma festa na casa de Björk e do artista Matthew Barney. “A voz de Antony traz sentimento a todos que a ouvem. Com isso, nos faz pensar sobre a nossa própria mortalidade”, descreve Marina Abramović sobre o dia em que ouviu pela primeira vez o inglês Antony Hegarty, que se projetou no grupo Antony and the Johnsons. A partir de então, não houve nenhuma dúvida de que ele faria parte de um dos grandes projetos da artista sérvia: a peça The Life and Death of Marina Abramović (A
Vida e a Morte de Marina Abramović), que estreia no Festival Internacional de Manchester, no dia 30 de junho. Dirigida por Robert Wilson, a biografia da artista conta alguns dos momentos mais marcantes de sua infância e carreira performática. “A peça é uma série de nascimentos e funerais da minha alma”, relata. Ao lado de Antony, está o compositor experimental americano William Basinski, responsável por várias das músicas escolhidas a dedo por Wilson para ilustrar as fases de Marina durante a ópera. “Fiz longas pesquisas sobre as músicas que tocavam nos Balcãs durante a infância de Marina. Queria aprender as canções que fizeram parte dos diferentes períodos de sua vida”, conta Basinski. O compositor e Antony são amigos de longa data. Foi o próprio Basinski quem ajudou a produzir o primeiro demo do cantor, que chegou a se apresentar inúmeras vezes em seu cabaré, Arcádia, em Williamsburg, Virgínia. Além disso, Basinski fez parte da formação original dos Johnsons – atual banda do cantor –, durante alguns anos, até deslanchar em carreira solo em 2002. Entre as composições da ópera estão canções criadas por Antony especificamente para Marina e para o ator Willem Dafoe, um dos grandes nomes internacionais do casting. Dos hits atuais, Marina fez questão de colocar
por
Ana Carolina Ralston
a regravação de Antony para “Snowy Angel”, composta originalmente por Baby Dee. A Vida e a Morte de Marina Abramović é o grande projeto da artista depois de sua individual The Artist Is Present (A Artista Está Presente) que levou filas quilométricas ao MoMA no final de 2010. No início deste ano, Marina esteve no Brasil por poucos dias para sua mostra solo Back to Simplicity (De Volta à Simplicidade), na Luciana Brito Galeria, onde apresentou obras fotográficas criadas recentemente, além de algumas peças de sua retrospectiva. Já Antony não voltou ao país desde seu show em São Paulo durante o último Tim Festival, em 2007. Para quem gosta de um bom coquetel de gênios, a ida a Manchester pode ser uma oportunidade de reunir alguns mestres de vários braços artísticos em uma só voz.
FITNESS
Para cada dinâmica, um gênero musical
Cada vez que a dançarina e professora de pilates Thaís Bandeira chega à unidade da Physio Pilates localizada em Ondina, Salvador, para uma nova aula, vai direto à gaveta dos CDs escolher a trilha sonora. “Fico pensando diante deles como quem está decidindo qual suco vai acompanhar a refeição. A escolha do disco que vai tocar durante a aula segue essa lógica de adequação e combinação”, explica. De acordo com Thaís, o pilates é uma modalidade que possibilita variar muito a dinâmica das aulas. “Junto à integração de movimento, característica fundamental na técnica, o professor pode sugerir um tônus diferente em cada aula. Em todos os casos, a seleção musical faz parte da dinâmica e deve acompanhar essa variação, pois entre instrumental, violão ou percussão há muita coisa pra usufruir com diferentes funções para preencher.” Thaís conta também que leva em consideração o perfil da turma. “Essa é uma variante capaz de modificar tanto a programação de alguns exercícios da aula quanto a trilha sonora, pois às vezes manifesta interesse em uma aula mais leve ou mais puxada. Como a música possui poder terapêutico e é capaz de trazer sensações, a escolha tem que ser consciente. É importante atentar pra que a sonoridade não dispute com a voz do professor, já que na aula nossa fala deve chegar clara e limpa aos alunos.” 16 billboard brasil Junho 2011
DISCOGRAFIA PARA AULAS COM VARIADAS DINÂMICAS “Aulas mais leves justificam a escolha de alguma MPB suave, bossa ou o violão brasileiro de Aderbal Duarte.” 1. Qualquer Coisa • Caetano Veloso 2. João Voz E Violão • João Gilberto 3. Toque Com Bossa • Aderbal Duarte “Aulas mais puxadas sugerem automaticamente uma linha percussiva, empolgante.” 4. Olho De Peixe • Lenine 5. Oiapok Xui • Uakti “Procuro variar as opções de discos sobre uma discografia previamente escolhida. Em geral, tenho como escolha estética referências brasileiras, como o músico independente baiano Lourimbau, mas também encontro opções cheias de clima e sons bonitos na música internacional.” 6. Lunatico • Gothan Projet 7. Moon Safari • Air 8. Entre Dos Águas • Paco de Lucía 9. Toyébi Té • Lokua Kanza 10. A Lo Cubano • Orishas
foto: Geri Lavrov/getty images
Boa discografia é aliada das aulas de pilates, trazendo cadência e bom proveito de ritmo e melodia
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foto: Dave J Hogan/Getty Images
BRUNO MARS, durante performance no evento Radio 1’s Big Weekend 2011, em Carlisle, Inglaterra, em 15 de maio: muita ginga e carisma raro
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Prodígio pop Como Michael Jackson, ele começou na música empurrado pelo pai, aos quatro anos, junto com os irmãos. Mas Bruno Mars só foi fazer sucesso adulto, inicialmente como compositor, e agora, como astro em disco e nos palcos Antonio Camarotti por
O céu ainda estava claro e fazia muito calor quando cheguei ao tradicionalíssimo The Fillmore, no Jack Gleason Theater, em Miami Beach. A casa já teve em seu palco nomes como The Who, Cream, Pink Floyd, The Doors, Aretha Franklin e Caetano Veloso, o que dá a medida do ecletismo da programação ao longo de mais de 60 anos de história. Uma fila enorme dava a volta no quarteirão, prenúncio de que se tratava de um “sold out concert”, algo que já está ficando comum na turnê Hooligans in Wondaland, de Bruno Mars e Janelle Monáe (cantora que no início do ano cativou plateias brasileiras abrindo os shows da Amy Winehouse). Do lado de dentro, um público que fazia questão de mostrar quem ditava a moda ali vestia jaquetas imitando o estilo do novo ídolo. A maioria das músicas foi cantada na íntegra pelos mais de 2,5 mil espectadores. Mas frenesi mesmo só durante os hits que catapultaram o sorridente cantor e compositor havaiano ao topo da parada da Billboard americana, fazendo dele o primeiro artista desde 1998 a alcançar o número 1 dos rankings com os dois primeiros singles (“Grenade” e “Just The Way You Are”) de seu álbum de estreia, Doo-Wops & Hooligans. No palco, Bruno mostra um carisma raro. É um entertainer com qualidade de artista 360 graus: canta, toca, dança e interage com o público com uma naturalidade
, de Miami Beach
que parece que nada daquilo foi feito antes. Mas começou se destacando como compositor: cantou e coescreveu “Billionaire” (com Travie McCoy) e “Nothin On You” (com B.o.B.); e também emplacou como parceiro em “Right Round” (gravado por Flo Rida e Ke$ha) e o tema da Copa de 2010, “Wavin' Flag” (cantado por K’naan) e “Fuck You” (cantado e escrito também por Cee-Lo Green). No dia seguinte ao show, a Billboard Brasil foi o único veículo brasileiro a conversar com Peter Gene Hernandez, em seu quarto no hotel Gasenvoort em Miami Beach. Nascido há 25 anos no Havaí, filho de pai porto-riquenho e mãe filipina, ele começou a cantar e dançar ao vivo aos quatro anos, como parte de um grupo familiar (tem outros cinco irmãos), The Love Notes. E a primeira pergunta da entrevista quem fez foi Bruno: “Posso ir para o Brasil rápido?”. Com “Talkin To The Moon”, de seu disco de estreia, estourada no país a partir da execução na novela Insensato Coração, da TV Globo, não resta dúvida de que, em breve, ele nos visitará. Ao dar uma folheada nas edições recentes da Billboard Brasil, Bruno repara em um anúncio da Adidas com seu parceiro B.o.B., garoto-propaganda da marca e faz um novo pedido, entre risos: “Posso ganhar alguns tênis, por favor?”. Brincando, respondi: “Você pode ligar pro seu amigo”. Confira como foi o restante da conversa.
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fotos: divulgação
Álém da força nos palcos, BRUNO MARS é também um compositor de melodias de sucesso, influenciado pelo doo-wop dos anos 50
Como está indo a turnê nos EUA com a Janelle Monáe? Incrível. Eu acho que a união é perfeita. Nós compartilhamos as mesmas influências, a mesma paixão pela música. E a beleza em Janelle é que não há truques nos shows dela. Ela é uma cantora boa, uma garota linda, uma entertainer incrível. O show dela te faz sentir como em um mundo de fantasia. O meu é mais simples: chegamos e tocamos as nossas canções. Um pouco... Como dizer?... Menos desafiador, menos enfeitado. O contraste entre o que ela faz e o que eu faço é lindo. Ela lhe falou que esteve no Brasil há pouco tempo abrindo para a Amy Winehouse? Sim, ela me falou, fiquei com muita inveja. Foi logo antes do Grammy. E eu falei: “Ah, sua cachorrinha sortuda!”. Você sabe que muitos críticos disseram que ela foi muito melhor que Amy... Sério? Janelle é um monstro! E o que ela disse sobre o Brasil? Eu me lembro de ter ligado para falar sobre a nossa performance no Grammy e a mensagem de voz dela estava em brasileiro [sic]. Eu pensei: “Ok, ela se tornou uma pessoa diferente lá. Ela foi para o Brasil e se abrasileirou”. Falando de um dueto com outra cantora: você acabou de fazer um com a Beyoncé, para o novo disco do Jay-Z e do Kanye West? Sim, mas eu não sei o que vai acontecer com isso. Eu cantei algo, eles têm os meus vocais. Mas você conhece o Kanye, ele coloca os vocais de todo mundo nas faixas. Então você nunca sabe, não gostaria de dizer “eu estarei na música”, e depois eu não estar. Você adora cantar em falsete. Toma algum cuidado especial com a voz ou isso é uma coisa natural? Às vezes é fácil, às vezes não, depende do quão estressante a minha semana foi. A minha voz tem que estar em boa forma para eu fazer um bom falsete. Na noite passada, eu estava muito bem com isso. O falsete vem de ouvir muito Prince, Earth, Wind and Fire e coisas assim. São minhas referências em falsete, chegam a tons muito altos. Como chegar lá de um jeito “de homem”– esses caras sabiam 20 billboard brasil Junho 2011
como fazer isso bem. Eddie Holman [cantor americano de R&B e gospel], que canta “Hey There Lonely Girl”, também é incrível nisso. Conte um pouco sobre a infância que você viveu no Havaí: sua mãe era cantora e dançarina de hula-hula, é verdade? Sim [risos]. Você sabe dançar hula também? Não sei nada, gostaria. Vi como é feito, mas nunca consegui pegar. Meu amigo que estava ali ao lado trabalhava na Disneyworld no show de hula-hula. Mas eu nunca consegui. Mas você fez bons movimentos na noite de ontem. Eu pensei: esse cara sabe dançar... Obrigado. É como eu me sinto quando estou lá em cima. Nascido e criado no Havaí, lugar de surfistas... Você surfa? Um pouco. Eu consigo ficar em pé por um segundo. Mas faço música desde os quatro anos, tinha um trabalho de tempo integral, cinco noites por semana. Depois da escola eu tinha que ir para casa tirar uma soneca e me aprontar para o trabalho – dos quatro aos 18 anos foi assim. Então eu nunca fui o cara mais atlético do mundo. Mas, sendo do Havaí, você tem que saber nadar, tem que saber ficar em pé na prancha, essas coisas. Eu fiz isso um pouco. Mas deixo para os surfistas de verdade. Como era a participação do seu pai no grupo infantil que vocês tinham, The Love Notes? Ele lhe ensinou a tocar violão? Tudo. Meu pai me colocou na música e me ensinou a velha maneira de ser um showman. Meu pai era um grande fã de James Brown, Elvis Presley, Little Richard, Chuck Berry, Beach Boys, doo-wop, música dos anos 50. Sempre me mostrava vídeos e eu sempre queria aprender, assistindo à aqueles caras comandarem o público... Não havia truques naquela época. Eles não tinham o luxo que temos, a tecnologia, as luzes. Eram só os caras que chegavam crus, as músicas eram tão incríveis e poderosas. E tudo se valorizava com as performances ao vivo! Até o apelo sexual deles, como eles faziam as mulheres pirarem, essas coisas... Eu tentei aprender com o pessoal old school.
“O que você gostaria de dizer para uma garota que te deixou por um cara com mais dinheiro? Você não quer dizer ‘forget you’, você quer dizer ‘fuck you’”, sobre a parceria com Cee-Lo Green, “Fuck You”
Mas, quando se lembra, fica feliz de não ter se tornado uma criança superstar, como... [Interrompe] Absolutamente. Aprendi tanto nos últimos quatro anos! Antes de ter sucesso... Definitivamente sinto que eu não estaria pronto.. Isso é muito sério, é intenso. É como se fosse: “Ok, aqui está uma nova vida”. Qual é a influência dos ritmos latinos na sua música? Seu pai é porto-riquenho... Meu pai tocava percussão, tocou em várias bandas. Ele me mostrou todos os tipos de batidas: brasileira, africana, salsa... Eu acho que esse é o meu relógio eterno, o ritmo. Toda vez que faço uma música, a coisa mais importante é fazer as pessoas se mexerem. Até nas baladas: “Grenade”, “Nothin On You”... Eu acredito que isso vem muito da influência latina que eu tive. Você não é humano se ouvir música brasileira e não dançar. Se você ouvir alguns grooves latinos e não sentir, você é um robô. Você tem alguma influência brasileira, conhece a música do país? Eu já fiz um pouco de capoeira. Foi a relação mais próxima que eu tive, com berimbau e tal.... Você toca? Sim, sim. E sabe jogar capoeira? Eu sabia. Quando tinha 14, 15 anos, aprendi um pouco. Também sabemos que você é um grande fã de Bob Marley e que já tocou com o filho dele, Damian. Vocês dois falaram sobre o pai dele? Damian é um ser humano incrível. Você consegue sentir a sua presença quando está na sala, é um grande espírito. A primeira coisa que ele disse para mim quando nos conhecemos foi: “Venha para a Jamaica, venha para o estúdio do meu pai e vamos gravar algumas músicas. Nós temos todas as coisas originais que ele usou nos discos dele, você tem que vir para o estúdio”. Eu liguei para ele para fazer parte do meu disco, e ele topou. Puxa, um cara como ele topar o convite de um desconhecido como eu!!
foto: Catherine McGann/Getty Images
(“Forget You”, na versão família)
Aos quatro anos, encenando Elvis Presley www.billboard.br.com 21
fotos: divulgação
Hitmaker versátil Bruno Mars sabe fazer hits em qualquer posição. no papel de compositor, convidado ou estrela principal: Por trás • “Fuck You!” – Foi com a voz de Cee-Lo Green que a música ficou famosa, mas Bruno é o pai do “fuck” na letra (que depois virou “forget”). • “Right Round” – Primeiro grande sucesso com seu nome, a faixa (2007) é um poperô de Flo Rida que não combina com os hits seguintes de Bruno. • “Wavin’ Flag” – Bruno esteve no time que compôs o hino promocional da Coca-Cola para a Copa de 2010 cantado por K’naan (com o Skank na versão brasileira). De lado • “Nothin’ On You” – O refrão apaixonadinho foi a estreia da voz de Bruno Mars, em parceria com o rapper B.o.B., no topo das paradas. • “Billionaire” – Foi o primeiro single de Travie McCoy, junto com Bruno. Ganhou até uma versão em português cantada por Claudia Leitte, “Famo$a”. • “Liquor Store Blues” – A faixa foi o primeiro single promocional do CD solo de Bruno, mas está na lista dos duetos – com Damian Marley, filho do homem. De frente • “Just The Way You Are” – A resposta esperta à clássica pegadinha feminina “estou bonita?” finalmente levou Bruno sozinho ao primeiro lugar do Hot 100. • “Grenade” – O segundo single, tão romântico quanto o primeiro, rendeu outro número 1 e um efeito indesejado: fãs jogam granadas de plástico nele nos shows. • “The Lazy Song” – O single mais recente troca as juras de amor por um Bruno mais engraçadinho, mas também chegou entre as primeiras do Hot 100.
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Influência latina: “Você não é humano se ouvir música brasileira e não dançar”
De onde vem essas melodias bonitas que você cria? Eu acho que... Bem, eu não sou o cara mais poético... O doo-wop tem um papel nisso? Absolutamente. Era uma época [anos 50] mais simples na música. Se você me pedisse para compor uma música para a minha namorada para fazê-la se sentir especial, se sentir bonita, seria como “Just The Way You Are”. As letras que escrevo são como eu falo, são quem eu sou. Espero que as pessoas possam ouvir e sentir isso genuinamente. Então, se for romântico demais, é porque eu sou assim [risos]. Se for pouco ortodoxo o disco, é porque eu sou assim. A minha personalidade aparece nas músicas quando eu escrevo. Então, “The Lazy Song” mostra um cara diferente, mais engraçado. É uma mudança de caminho? Não é isso. “Just The Way You Are” e “Grenade” eram como eu me sentia em um dia e “The Lazy Song” era como eu me sentia no outro dia. Então eu peguei meu violão e escrevi sobre isso. Também a canção que fiz com o Cee-Lo, é como nos sentíamos naquele dia. Falando sobre o Cee-Lo Green e a parceria de vocês, “Fuck You”. As pessoas dizem que você foi o responsável por incluir a “palavra com f” na música. É verdade? Ele chegou ao estúdio e eu estava nervoso para mostrar a música para ele, por que achei que ele ia pensar que era uma piada. Então eu disse: “Cee-Lo, olha o que eu tenho aqui... ‘I see you drivin´ round town with the girl I love/ Fuck You...[Vejo você dirigindo pela cidade com a garota que eu amo/ Vai se f...]’”. E perguntei pra ele o que achava. Ele disse: “Amei isso, vamos continuar”. E aí ele entrou num transe e começou a ter ótimas ideias. E falou: “Bruno, eu realmente queria dizer ‘fuck you too’, eu não quero só mandar o cara se foder, eu quero dizer para ela ‘fuck you’”. Então ele mandou “fuck you and fuck her too” [algo como “f...-se você e ela também”]. E também “If I was richer, I´d still be with her, ain´t that some shit?” [“Se eu fosse mais rico, ainda estaria com ele/ isso não é uma m...?”]. Então eu posso ser o cara que começou, mas foi definitivamente uma colaboração. Essa música não teria sido assim se ele não tivesse chegado criando esses versos
geniais. E não acho que há outra pessoa no mundo que possa cantar essa canção melhor. E vocês pensaram algo sobre o que a gravadora ia achar? Não, essa é a beleza do Cee-Lo, ele não dá a mínima. Claro que não era para a rádio, não era para a TV, era uma coisa tipo “isso soa bem, isso soa real, o que você gostaria de dizer para uma garota que te deixou por um cara com mais dinheiro?”. Você não quer dizer “forget you”, você quer dizer “fuck you”. E quando o “Fuck You” se tornou “Forget You”? Foi quando a gravadora chegou e a política entrou. Você sabe, eles adoraram a canção, mas não iam conseguir tocar no rádio. Então, para mim, para o Cee-Lo, para todo mundo que estava envolvido, sabendo que aquela palavra mudava tudo, foi muito difícil de engolir. Mas aquilo era preciso para ter o sucesso comercial que a música teve. Porque trocamos aquela palavra tivemos a oportunidade de ir para o Glee, para o Grammy, para todos os lugares... [Na piscina lotada, logo abaixo da varanda do segundo andar onde estamos, começa a tocar bem alto “Just The Way You Are”, e Bruno irrompe: “Mí musica!”]. E aí? Alguma pista sobre o seu segundo álbum? Vai ser melhor. Vai ser melhor que o primeiro. Eu sinto que aprendi tanto na turnê, sinto que tenho tempo de realmente criar um disco, criar um som. Esse primeiro disco, mesmo que tenha muito orgulho dele, eu escrevi canção por canção. No meu próximo disco eu vou me focar em fazer um pacote completo. Quando você ouvir vai querer ouvir da primeira à última. Para terminar: tem algum plano ou interesse especial para quando for ao Brasil? Conhecer a paisagem. Não importa qual a cidade. Vindo do Havaí, qualquer lugar que tenha uma praia, qualquer lugar que tenha sol. Você consegue ver o sorriso quando eu falo Rio? Acho que eu vou me apaixonar no Brasil e nunca vou voltar para cá. [Levanta-se, vira-se pra piscina e faz um dueto com a própria gravação, àquela altura já nos acordes finais... “Cause you are amazing, just the way you are”, manda, de braços abertos. Depois, vira-se, me dá um abraço, agradece a entrevista e, com o gravador desligado, pede pela última vez: “Please take me to Brazil!”.]
Apresentação:
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Aos 48 anos, Paula Toller retoma a estrada com o Kid Abelha para celebrar, em clima de “festa de arromba”, os 30 anos de frescor pop do grupo Paula brinca que, se o Kid surgisse hoje, seria chamado de “pop universitário”
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por
Henrique Crespo
“Nos últimos tempos tive momentos barra-pesada: perdi irmão, pai, fiquei com diabetes, e ainda estou sofrendo as sequelas físicas e emocionais disso. Mas tenho uma vida ótima, um marido maravilhoso, um filho amoroso, uma carreira de sucesso” O recesso de pouco mais de três anos não deixou só os velhos fãs na fissura. Prova disso é que o DVD Acústico MTV, lançado em 2002, mais de um milhão de cópias comercializadas, seguiu vendendo como se a banda nunca tivesse saído da estrada – só em 2011, foram cerca de 30 mil cópias. No novo espetáculo, que estreou em Curitiba, em 14 de abril, novas e antigas gerações reencontraram a banda e conheceram duas músicas inéditas, “Veio Do Tempo” e “Glitter De Principiante” (também título da nova turnê). Com três décadas de carreira, reconhecido pela incessante produção de hits, o Kid deixou na poeira as patrulhas roqueiras dos anos 80. “Se fosse hoje, chamariam de pop universitário [risos]”, ironiza Paula Toller, 48 anos incríveis, aparentando uns 15 a menos. Mas preferindo conversar por e-mail, bem ao estilo de uma possível madrinha, Rita Lee. O nome da turnê, Glitter De Principiante, remete a celebração e a fôlego renovado. A ideia era essa mesma? Esta turnê é para celebrar, sim, mas não pelo simples prazer, e sim por uma vontade de reavaliar a nossa história, a história da nossa época, chamada de “década perdida” por causa da crise econômica [em termos cronológicos, refere-se aos anos 80, embora a recessão tenha avançado até o princípio dos 90]. Nessa década perdida foi que nossa geração se encontrou. E, claro, também reavaliar o papel do Kid nisso tudo, uma banda com uma mulher na liderança quando às mulheres era reservado apenas o papel de musa. É como se, após uma grande empreitada, pudéssemos parar um pouco, respirar, e perceber que fizemos um bom trabalho. Por isso temos o direito de comemorar, estendendo essa comemoração a todo mundo, não só aos artistas, mas a todas as pessoas que também viveram essa fase de transição do Brasil autoritário e recessivo para este de agora, cheio de problemas, claro, mas democrático e em ascensão econômica. O que motivou a volta do Kid Abelha? A inspiração foi a frase do Vinicius de Moraes: “É melhor ser alegre que ser triste”, de “Samba Da Bênção” [parceria com Baden Powell]. A canção “Glitter De Principiante” começa com uma citação de “Águas De Março” (“Agora que acabou fevereiro e outras águas virão”) e chega ao refrão com “não vou levar a vida carregada de tristeza”. Queríamos fazer um show com todas as músicas mais pedidas, mas não igual ao Acústico. Naquela época a proposta era realçar a delicadeza das canções, as melodias, a voz. Agora está mais para o lado da eletricidade, dos solos de guitarra, da festa de arromba.
Além de “Glitter De Principiante” e “Veio Do Tempo” – que estão no repertório do show – já existem outras canções inéditas prontas? Não estamos compondo, isso vai ficar mais para a frente. Por enquanto tenho feito músicas soltas, com parceiros “off-George”. Como foi decidido o repertório do novo show? Tudo que tocava na minha academia eu fui colocando no roteiro. Músicas que não tocávamos fazia tempo, como “Seu Espião”, “Garotos”... Eu ficava lá, malhando...e ia correndo pro vestiário anotar. Então acabou ficando um repertório mais acelerado. Mas eu não tenho nenhuma influência do DJ da academia, foi uma maneira de perceber as músicas que as pessoas gostavam de ouvir e a gente não lembrava, não valorizava. Você canta “Não vou levar a vida carregada de tristeza” (“Glitter De Principiante”). Esse verso parece uma tomada de decisão depois de ter ficado triste. A canção foi uma reação a um momento difícil? A tristeza sempre vem, é isso que aprendi. Aliás, é isso que se aprende, né? Não dá pra ficar parada esperando por ela, chamando por ela. Eu digo que não quero mais fazer músicas tristes. Não sei se não vou mais fazer, mas querer, não quero! Fui uma adolescente triste, achava charmoso, achava existencialista. Mas eu era uma garota de Copacabana que adorava praia e odiava chuva, andava de bicicleta, adorava rock e Carnaval... Aos cinco anos, me perdi num baile infantil e fui encontrada no palco, dançando no meio da banda! Nos últimos tempos tive momentos barra-pesada, perdi irmão, pai, fiquei com diabetes, e ainda estou sofrendo as sequelas físicas e emocionais disso. Mas tenho uma vida ótima, um marido maravilhoso, um filho amoroso, uma carreira de sucesso. A maternidade e a maturidade me deram muita força vital. No show, antes de cantar o sucesso “Dizer Não É Dizer Sim”, você conta que seu analista chamou a atenção para o fato de que suas músicas tinham sempre uma negação (“Por Que Não Eu”, “Hoje Eu Não Vou”...). O Kid Abelha teve que dizer muito não na carreira? Nós tivemos muita sorte, porque fizemos sucesso rápido, com as nossas próprias músicas e nosso próprio estilo. Então os sins, as coisas que efetivamente nos propusemos e realizamos, são o mais importante. Lógico que você tem que dizer nãos, porque às vezes tentam te colocar numa moldura. Nessa hora você tem que saber para que lado aquela decisão vai te levar, tem que manter alguns fundamentos: não vender show para políticos, não modificar as músicas nem as letras para se adequar a essa ou àquela rádio, ou mesmo aos comerciais. São negativas que se encaixam bem na ideia de “Dizer Não É Dizer Sim”. Alguma música já foi inspirada em sua experiência com as sessões de análise? As minhas ideias vêm da vida mesmo, das angústias, das ilusões... A análise ajuda a viver melhor, mas as músicas saem de uma fonte mais profunda. O show vai virar um CD/DVD? Quando vão gravar? Alguma previsão de lançamento? Existe uma expectativa por parte do público, a partir dessa estreia, de que o show seja registrado ao vivo. Se isso se confirmar, não vamos refugar. Talvez a gente consiga gravar em julho ou agosto para lançar no fim do ano.
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fotoS: christian gaul/Divulgação
Kid Abelha se aproxima dos 30 anos de carreira
Você chegou a dizer que um dos motivos que tem a falar mais abertamente disso, como na nova música para comemorar é que o Brasil está melhor. Como “Veio Do Tempo”, que fala “eu continuo fervendo”? vê o país atualmente? Feliz com o novo governo? “Eu continuo fervendo” quer dizer mais do que apenas Este Brasil de que eu falo não é o do governo brasileiro, é o do vontade de fazer sexo, embora não exclua a vontade de fazer brasileiro pessoa física, a nossa sociedade real, palpável. Nunca sexo. É vontade de fazer tudo. Isso de escrever sobre sexo faz parte tive nem quero ter ligação partidária. Eu penso a política do ponto de de escrever sobre tudo. Agora, o personagem que apresenta essas vista de mulher, mãe, dona de casa e artista, penso como uma pessoa canções tem que ser provocante, não pode ser tedioso. Sempre independente. Gostei da postura discreta da nova presidente em relação que eu achar uma nova maneira de falar sobre sexo, vou falar. ao cargo, achei importante a ênfase na educação e nos direitos humanos, Com o marco de 30 anos de carreira, vocês fizeram um balanço nos direitos das mulheres. Quero mais empenho, interno? Algo na carreira discográfica de todos os três poderes, é no combate à corrupção. incomoda? O que mais a orgulha? Por outro lado, também estamos vivendo um excesso Fizemos muita coisa boa, às vezes mexendo no de proibições, paternalismo de estado, patrulhamento conceito, às vezes no processo. Nos isolamos para gravar de opinião... Eu vim de uma ditadura, de repressão, temo Seu Espião [1984] e Meu Mundo [...Gira em Torno de qualquer coisa levemente semelhante a isso. Você, 1996], montamos uma comunidade de criação para A turnê Glitter de Foi noticiado que vocês tiveram problemas compor o Autolove [1998], e esses foram álbuns muito bons. Principiante segue com o cenário do show pouco antes da estreia. Cometemos erros também. Temos um disco ao vivo dos anos pelo Brasil. Que problemas foram esses? 80 [1986] que não é bom, mas serviu para aprendermos a tocar Levamos um calote do designer que chamamos para produzir direito, gravamos o Pega Vida [2005] inédito ao vivo, que não JUNHO/2011 as imagens dos painéis de LED; ele sumiu e não apresentou o vingou; enfim, algumas coisas resultaram bem, outras não, 11/06 • Porto Alegre (RS) trabalho. Refizemos tudo da estaca zero dois dias antes da estreia. mas em todas nós mergulhamos por inteiro, então valeu. Teatro do Sesi A sorte foi que o pessoal do OEstudio topou a loucura, botou Orgulho mesmo eu tenho de ouvir nossas músicas tocarem JULHO/2011 a mão na massa e tivemos um belíssimo show em Curitiba. ao lado das de Jorge Benjor, Tim Maia, Rita Lee... fico boba. 15/07 • Campinas (SP) Vocês estão tocando vários sucessos antigos Nos anos 80 chegou a existir certo preconceito Campinas Hall no novo show. Lá atrás, as canções do Kid tinham com o pop. O Kid sofreu com isso, certo? Depois, 16/07 • Sorocaba (SP) um tom adolescente. Como vê essas músicas esse panorama mudou e a vertente pop da banda Clube de Campo do Recreativo hoje e como é cantá-las agora? foi valorizada. Quem mudou: a banda ou a crítica? 22/07 • São João Del Rei (MG) As que são universais podem ser cantadas sempre. O que a banda sente hoje com relação a isso? Praça Pública “Grand’ Hotel”, “Como Eu Quero”... Algumas de humor, como Pelo lado do público, fomos muito bem-sucedidos desde o 23/07 • Belo Horizonte (MG) “Alice” ou “Seu Espião’, canto com o espírito das marchinhas início, então tivemos cacife para bancar a nossa postura, jovem, Chevrolet Hall de Carnaval. Outras meio posudas, tipo “A Fórmula Do pop, mas inteligente e bem escrita, não desmiolada. Se você 30/07 • Vitória (ES) Amor”, saíram do repertório porque a gente não está mais olhar pelo lado da imprensa, sim, sofremos, e injustamente, Ginásio Álvares Cabral acreditando. Acreditando, posso cantar qualquer coisa. por puro preconceito ou apenas porque era diferente da AGOSTO/2011 Há tempos você lida com a imagem de símbolo sexual, postura “meninos rebeldes”, era popular e brasileiro, apesar 20/08 • Brasília (DF) mas pouco explorou isso. No entanto o tema sexo de inspirado na new wave de design anglo-americano. Centro de Convenções passou a aparecer mais nas suas letras. O que a levou Se fosse hoje, chamariam de pop universitário [risos]. 26 billboard brasil Junho 2011
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foto: Sandy Caspers/Getty Images
Há 15 anos, Josh Homme rasgou as regras do rock pesado e criou o “trance rock‘n’roll para garotas dançarem” do Queens of the Stone Age. Agora, o relançamento do álbum de estreia da banda está dando forma ao próximo disco: “Os robôs estão de volta” por Rodrigo Ortega
JOSH HOMME na Alemanha, um dos shows em que tocou o disco de estreia na íntegra
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“Cumprimos nosso objetivo. Nós fomos ao Brasil para causar sensação. E a sensação foi criada pelo pau do Nick Oliveri”, sobre a primeira Uma namorada psicótica, dois discos de Iggy Pop e uma overdose de desenhos animados dos anos 50. Para um garoto californiano de 23 anos em meados da década de 90, parecem pedaços de uma vida sem rumo, típica da “slacker generation” (“geração preguiçosa”), um dos – preguiçosos – rótulos dados à juventude da época. Mas quebrar regras é especialidade do guitarrista, vocalista e workaholic Josh Homme, que juntou referências desconexas para criar, em 1998, um álbum com o mesmo nome da banda formada dois anos antes: Queens of the Stone Age. Quinze anos depois de parir o Queens, Josh recupera o direito de colocar o disco de estreia no mercado. No embalo, faz shows com o antigo repertório. O mergulho no passado ajudou a inspirar as músicas já compostas para o sexto disco da banda, a ser gravado neste ano. “Nosso primeiro disco estava simplesmente fora de catálogo. Nos dias de hoje, isso é ridículo", reclama Josh Homme, ao telefone com a Billboard Brasil. O relançamento, com edição brasileira pelo selo Lab 344, teve participação de Stone Gossard, guitarrista do Pearl Jam. Mas a ajuda não foi com a guitarra. Gossard era dono do pequeno selo Loosegroove, que lançou originalmente o álbum em 1998. Após o fim de outros contratos que impediam Josh de colocar seu próprio disco no mercado, a liberação estava na mão de Gossard.
foto: divulgaçÃO
vez no Brasil, em 2001, para o Rock in Rio III
O líder do Queens: “Coloquei tudo o que tinha no primeiro disco”
"Como ele não é executivo, e sim músico, liberou na hora. Conheçoos há anos, são ótimos caras e uma ótima banda", diz Josh sobre o Pearl Jam. Não é por acaso que o Queens of the Stone Age só deve sair do estúdio no segundo semestre para tocar no festival que vai comemorar 20 anos de Pearl Jam, em setembro. Toda essa história chegou muito perto de não acontecer. Depois do fim da sua primeira banda em 1995, a até hoje cultuada Kyuss (veja boxe), que rendeu muitos fãs e nenhuma expectativa profissional, Josh Homme tomou uma decisão: desistir da música e estudar Negócios Internacionais com ênfase no Mercado de Artes. A obsessão por dois discos gravados em 1977 o levou inicialmente a uma frustrante conclusão em relação à música: “Por que eu preciso dizer algo se isso que ouço já é exatamente o que eu quero dizer?”. Os discos eram The Idiot e Lust For Life, de Iggy Pop. Por coincidência, The Idiot marcou outro momento de crise de um personagem do rock. O vinil estava na vitrola de Ian Curtis, líder do Joy Division, quando ele se matou em 1980 (veja matéria sobre o grupo inglês na página 40). Mas, para Josh Homme, acabou tendo o efeito contrário: “Estes dois discos me tiraram do precipício em que eu estava. No início fiquei paralisado, mas depois comecei a perceber que aquilo era forte, mas não havia www.billboard.br.com 29
foto: divulgaçÃO
“Há um lapso misterioso entre o Queens of the Stone Age e o Brasil que precisa ser coberto. Acho que deveríamos tocar em várias cidades, não apenas em São Paulo e no Rio. Queremos começar a turnê do próximo disco em países como o Brasil”
sido dito por mim. Essa foi a parte importante. Fazer o seu próprio discurso artístico não é reinventar a roda, é criar a sua própria roda”. Com essa certeza, em 1996, ele resolveu criar o Queens of the Stone Age (o nome inicial, Gamma Ray, foi contestado pela banda homônima alemã). Hoje, Josh é um dos nomes mais influentes do rock atual, cheio de projetos paralelos (ver boxe) e reconhecido como um autêntico guitar-hero para figuras como Dave Grohl, dos Foo Fighters e Alex Turner, dos Arctic Monkeys. Mas, no início, era só mais um das centenas de músicos que se mudaram para Seattle depois do furacão grunge. Ele chegou a tocar com os Screaming Trees, mas não queria viver de ideias que não fossem dele.
Cartoon e psicose
"Fiz meu primeiro dinheiro na vida lançando um EP pela Man's Ruin Records [Kyuss/Queens Of The Stone Age, de 1997]: US$ 40 mil. Gastei US$ 39,8 mil no primeiro LP do Queens, tinha 200 dólares quando acabamos. Nunca gerenciei muito bem meu dinheiro..."Josh brinca, mas conclui sério: "Coloquei tudo o que eu tinha nesse disco". Desde o início, estava claro que o Queens of the Stone Age era ele. "Alfredo [Henández, ex-baterista do grupo] e eu estávamos tocando com outras pessoas, quatro ou cinco, mas não estava funcionando bem. Dois dias antes de começar a gravar no deserto [já de volta a Palm Springs, California, sua terra natal], demiti os outros caras e só Alfredo e eu fomos", conta. Mais do que dinheiro ou uma formação convencional, Josh procurava criações novas. "Eu estava vivendo em uma casa em que não pegava TV, mas tinha vários desenhos animados da Warner Brothers. Estava vendo um 30 billboard brasil Junho 2011
sobre a casa do futuro, na perspectiva dos anos 50. Nas casas do amanhã, robôs saíam das paredes e limpavam a casa para você. Mas eles não acreditavam que os robôs iam quebrar e fazer coisas erradas repetidamente. Assistir a isso muitas vezes e ouvir Raymond Scott e outros músicos que escreveram coisas para esses desenhos velhos de propaganda me influenciou bastante", conta. “Estava ouvindo muito James Brown também. Tem uma grande dose de repetição nele. É tudo sobre cada pessoa fazer algo simples e a união da performance de cada pessoa cria uma matemática repetitiva. Assim começou a aparecer na cabeça de Josh o que ele chama de “robot rock” (ele rejeita o rótulo “stoner”, frequentemente atribuído ao Queens, referindo-se mais ao uso de drogas do que à música). “Pensei: ‘Aqui está algo que eu não ouvi antes, que era ‘trance rock’n’roll’ para garotas dançarem’.” O repertório de 1998 ainda o agrada. “Adoro ‘Walkin’ On The Sidewalks’. É um bom exemplo de como me sentia, de como a música funciona quando é repetitiva, robótica e alcança um transe. E é também muito simples." Outra preferida do guitarrista é “You Can´t Quit Me, Baby”, o auge de outra
Da esquerda: JOHN GARCIA, BRANT BJORK, NICK OLIVERI e BRUNO FEVERY
O Kyuss vive! Em 2010, os integrantes originais da primeira banda de Josh Homme, exceto o próprio, decidiram se reunir sob o nome de Kyuss Lives! A banda tem show marcado para o próximo dia 13 de novembro em São Paulo. O ex-guitarrista não integra, mas apoia o projeto: “Eu não vi o show ainda, mas já falei com John [Garcia, vocalista] e Nick [Oliveri, baixista], sempre amei esses caras. Eu apoio qualquer coisa que John e Nick façam, são dois sujeitos talentosos. Desejo tudo de bom para eles”, diz, afastando os eternos boatos de brigas com Oliveri. O Kyuss foi formado em 1988 ( já se chamou Katzenjammer e Sons of Kyuss) e virou uma lenda na Califórnia, por shows improvisados no meio do deserto, com energia à base de geradores. Os quatro discos de estúdio, especialmente Blues ForThe Red Sun, de 1992, são bastante cultuados. A banda terminou em 1995, mas, no ano passado, ressurgiu como Kyuss Lives!. “Tocar com o Kyuss hoje não é para mim. Mas tenho orgulho de ter sido parte de algo que durou tanto. Os fãs de Kyuss são incríveis. Eles são a razão pela qual os músicos puderam fazer essa turnê. Nunca fizemos nem uma camiseta, nada. E os fãs mantiveram tudo vivo”, espanta-se.
curtindo heavy metal ou coisas do tipo. Minha música é pesada por acidente", afirma.
Sensação no Rock In Rio
Os promotores do Rock in Rio discordam do parágrafo acima. “Eu falei para o promotor: ‘Nós estamos na noite metal, mas nós não somos heavy metal’. E ele disse: ‘Se quiserem tocar no Rock in Rio, vocês são’.”, lembra Josh sobre as negociações para tocar no festival em 2001. O americano cedeu. “Era uma oportunidade de chegar ao Brasil. Para ir até aí, tocaríamos na noite de death metal se tivesse uma. Porque no Queens of the Stone Age nós não nos importamos se também não gostarem da gente”, diz. O público de Sepultura e Iron Maiden não foi mesmo receptivo à banda de Josh, conhecido por aqui na época apenas pela leve repercussão do segundo disco Rated R, de 2000, do hino chapado “Feel Good Hit Of The
Summer”. “Eu estava curtindo, mas nunca vi tantas pessoas não curtindo a gente de uma vez só”, conta. Apesar dos dedos do meio de metaleiros em riste, a grande imagem do show é do baixista Nick Oliveri no palco, vestido apenas com seu contrabaixo. Nick foi detido logo que desceu do palco, depois liberado. Mesmo assim, Josh teve medo: “Eu estava assustado porque a polícia estava ameaçando com cassetetes os fotógrafos que tentavam registrar. Pensei: ‘Aqui estou em um lugar onde não tenho nenhum controle sobre o que pode acontecer. Não existe piedade’”, lembra. No fim das contas, o episódio serviu aos objetivos da primeira visita: “O que aconteceu é que Nick se transformou numa sensação instantânea. Todo mundo se lembra do pau dele. Realizamos o que fomos para fazer. Nós fomos ao Brasil para causar sensação. E a sensação foi criada pelo pau do Nick Oliveri”, comemora Josh.
A segunda visita do Queens ao Brasil, já sem Nick Oliveri, foi mais tranquila. Com outros três discos na bagagem (Songs For The Deaf, de 2002, Lullabies To Paralyze, de 2005 e Era Vulgaris, de 2007) e mais conhecidos no país por hits como “No One Knows”, “Go With The Flow” e “Little Sister”, eles fizeram uma elogiada apresentação no festival SWU do ano passado. “Lembro que estava muito frio. Mas foi interessante viajar tão longe para o meio do nada. Foi um sentimento muito ‘tribal’ tocar lá”, define Josh. “Realmente queria voltar ao país. Há um lapso misterioso entre o Queens of the Stone Age e o Brasil que precisa ser coberto. Acho que deveríamos tocar em várias cidades do Brasil. Não apenas em São Paulo e no Rio. Queremos começar a turnê do próximo disco em lugares onde normalmente não vamos. Brasil e América do Sul é o que temos falado”, garante. foto: foto arena/gettyimages
inspiração do trabalho. "Fiz pensando em uma namorada particularmente psicótica que tive na época. Ela invadia a minha casa e se cortava. Achei que nas músicas não fazia sentido a posição de perseguido, então tomei a posição dela muitas vezes no disco. Também já estive louco de amor antes – não por ela [risos] –, tive essa experiência de quando você quase implora para ser aceito de volta. A cada vez que você implora, mais fica longe do seu objetivo", diz, revelando um aspecto humano na repetição matemática de riffs. Mas o objetivo principal de Josh era mudar as regras de sua banda anterior: "Percebi que no Kyuss a gente tocava só para os homens. Eu nunca desejei tocar só para os garotos. Eu sempre quis tocar para as garotas e aí os caras apareceriam". Josh não estava cansado só de fazer heavy metal para meninos baterem cabeça: estava cansado do metal em si. "Eu acho que o elemento chave para mim é que eu não estava
JOSH HOMME no "clima tribal" do SWU em 2010 www.billboard.br.com 31
Se tudo der certo, o Brasil vai conhecer em primeira mão as novas músicas influenciadas pelo primeiro LP. “Não tínhamos ideia de que tocar os shows com repertório do primeiro disco provocaria na gente e na música que começaríamos a fazer. Está tendo realmente um impacto nas novas composições. Porque há algo de certo e confortante em ‘menos’. Naquelas músicas há muita coisa deixada de lado e muita coisa simples, direta. E isso está dando forma ao novo disco”, adianta o compositor. Em um artigo recente para o jornal inglês Guardian, ele resumiu: “Os robôs estão de volta”. “É difícil dizer com mais precisão: elas são ‘bluesy’, têm o mesmo lamento repugnante de coisas como ‘Burn The Witch’ [de Lullabies To Paralyze], mas misturada com o tipo de ‘transe-robótico-jamesbrownesco’ do primeiro. Está soando bem, só um pouco difícil de colocar uma batida”, acrescenta. Sobre convidados especiais, uma constante nos discos do Queens, ele diz que “está havendo todo o tipo de conversa, mas não gosta de comentar antes que a pessoa tenha realmente participado”. Ele promete que o disco fica pronto antes do fim do ano. O trabalho com o grupo principal deve manter Josh afastado de seus outros projetos musicais em 2011. “Eu sempre fui um workaholic, só não tenho tido tanto tempo. Eu definitivamente queria fazer as Desert Sessions para sempre. Também tenho o
Eagles of Death Metal e os Vultures, muita coisa acontecendo”. Mas há outro compromisso marcado para agosto, este inadiável: “Vou ser pai, pela segunda vez”, conta. Josh acaba de participar de outro grande lançamento recente: Suck It And See, dos Arctic Monkeys. Produtor do disco anterior dos ingleses, dessa vez a participação foi menor, apenas com os vocais em “All My Own Stunts”. “Ouvi algumas coisas no estúdio antes de terminado e realmente amei. Eles são tão talentosos... Eu acho que o Alex é o melhor letrista contemporâneo. É pura poesia saindo da cabeça daquele cara. E Matt Helders é um dos melhores bateristas de rock atuais. E tem uma boa voz também”, elogia . Se os reizinhos do rock inglês são protegidos de Josh, os atuais mandachuvas dos EUA, Foo Fighters, também renovaram o som desde que Dave Grohl começou a andar com o líder
do Queens. Há muita empatia entre os dois músicos. Josh comenta a declaração de Dave à Billboard sobre o rock ter que ser “imperfeito” e “meio bêbado”: “Eu acho que a beleza na música está mesmo na imperfeição. Está em ousar e assumir riscos. A perfeição é uma coisa a ser buscada, mas não soa bem quando você a alcança. Como na música completamente programada, a razão pela qual é fraca para mim é porque é muito linear. O universo existe só por causa de erros. Imperfeição é humanidade e é a coisa mais bonita da nossa música”, filosofa. A lição pode servir para um disco cheio de hits do Foo Fighters ou para um álbum sem nenhum hit, que há pouco tempo nem estava em catálogo, tecnicamente imperfeito – inclusive nos vocais do “não-vocalista” Josh, que não se importou em se arriscar ao microfone –, mas que mudou a história do músico e a do rock atual. “Sei de uma coisa: sempre quis fazer uma música que você pudesse reconhecer em três segundos. Sempre foi o meu objetivo. Eu não preciso estar na maior banda do mundo, eu quero estar na melhor banda do mundo. Se as pessoas pensam ou não que você está na melhor banda é com elas, mas eu quero tentar o meu máximo, ser o melhor que posso. Às vezes você falha, às vezes você alcança, mas nada disso me incomoda. Não me importo em ganhar ou perder, só me importo em sentir, do fundo do meu coração, que eu me arrisquei”, conclui.
Homme multitarefas
Josh compete com Jack White no quesito “rockstar que está em mais bandas ao mesmo tempo”. Além do Queens, ele toca no...
- Them Crooked Vultures A superbanda formada com Dave Grohl e John Paul Johnes, ex-baixista do Led Zeppelin, lançou um disco em 2009 e ganhou um Grammy na categoria Hard Rock (ao qual o Queens já foi indicado quatro vezes, sem êxito). Eles prometem um segundo disco, mas não em 2011.
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- Desert Sessions O projeto é o que mais aproxima Josh da alcunha “desert rock” depois do fim do Kyuss. No estilo “Josh convida”, músicos vão a Palm Desert para jams e composições instantâneas. PJ Harvey, Dean Ween e Mark Lanegan já fizeram parte das dez sessões.
- Eagles of Death Metal Nesta banda, Josh é coadjuvante. O vocalista e guitarrista é o maluco Jesse Hughes, e Josh Homme toca bateria. A banda já esteve no Brasil em 2007 e 2009 (sem o baterista original). O nome é uma piada: o som garageiro não tem nada a ver com death metal.
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MELHOR FESTA DE 2010
PROGRAMAÇÃO
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entrevista do mês
Feliz e já influenciada musicalmente pela mudança para São Paulo, Marina Lima lança seu 19o álbum e, aos 55 anos, diz estar vivendo o ápice. Não da carreira, mas da vida, da sua história
#SPFEELINGS por Henrique Crespo
Numa tarde de sol, mas com certo frio nos lembrando que estávamos no meio do outono paulistano, a cantora e compositora Marina Lima, 55 anos, surge pelas ruas de Higienópolis, bairro aristocrático da cidade que escolheu para viver. Vestida de preto e de óculos escuros, ela chega com um sorriso. No caminho para um café da vizinhança, depois de uma sessão de fotos na simpática Praça Buenos Aires, a conversa foi sobre morar em São Paulo, papo quase obrigatório para dois cariocas radicados há pouco na cidade. Marina trocou seu Rio de Janeiro natal pela capital paulista em setembro de 2010 e não se cansa de tecer elogios à nova morada. Mas o assunto principal da entrevista é outro: cinco anos depois de Lá Nos Primórdios, seu último CD, Marina lança neste mês, de forma independente, um novo álbum de inéditas com um título carregado de símbolos. Trata-se de Climax, que vem sem acento mesmo, para não ficar restrito à língua portuguesa, como chegou a dizer em sua conta no Twitter. O novo disco traz dez canções inéditas – sete compostas apenas por ela – e uma regravação de “Call Me” (clássico pop eternizado em 1965 pela voz pequena e andrógina do americano Chris Montez). Climax, o título do seu novo disco, pode ser encarado de várias maneiras. De alguma forma você vê esse momento como ponto culminante da sua carreira? Da minha vida. Esse momento da minha vida é um ápice. Ao mesmo tempo eu gosto de esporte radical e o X eu tirei de eXtreme sports. O meu nome é Correia Lima. Tirei o C do Correia e juntei com o Lima. Eu só botei um X na realidade, para virar Climax. Então partiu da grafia também. Também. Todo mundo dá uma conotação muito sexual, né? Pra mim é o auge de um enredo, de uma vida. 34 billboard brasil Junho 2011
Você sempre foi muito ligada ao Rio de Janeiro. O que a trouxe para São Paulo? Morei fora antes (EUA) e tinha uma ligação forte com a cultura americana, mas sou carioca. Essa coisa de me ligarem muito ao Rio pode ter a ver, primeiro, porque eu descrevia muito o meu habitat. Mas eu me sinto uma estrangeira em qualquer lugar. No próprio Rio. Talvez pelo fato de ter mudado muitas vezes de colégio... Eu nasci no Rio, no Brasil, mas eu consigo ter esse olhar de fora. Então São Paulo, pra mim, na realidade foi fácil, porque é muito perto e é a mesma língua. E também muito fascinante, porque é uma cidade enorme. O que a rege não é a topografia. O mar e todos os programas onde as pessoas se cruzam no Rio há muito tempo não fazem parte da minha vida. Eu não vou à praia há muitos anos. Aqui em São Paulo, na realidade, o que rege são os encontros, as pessoas. Então pra mim foi muito bom ter vindo. Eu ficava muito isolada no Rio, me sentia meio sobrando. Eu não ia à praia, não trabalho na Globo, não estava no auge, na moda. Então eu ficava ali achando que estava gastando o meu talento e o meu tempo meio que por nada. Eu estava agoniada lá e era pra cá que eu queria vir. Há muitos anos. Na música “#spfeelings” há o verso: “essa cidade faz meu som vibrar”. São Paulo influenciou na sonoridade do novo álbum? Na sonoridade eu acho que particularmente... Venho buscando isso desde 1998, quando eu vim fazer um curso aqui de linguagem MIDI (interface para instrumentos digitais). Fiquei três meses morando em São Paulo. Aí fiquei vendo que aqui tinha muito mais daquilo que eu queria fazer sonoramente. Sou meio uma ilha e o computador me trouxe uma chance de ser uma ilha bem equipada [risos]. São Paulo consolidou a certeza de que eu podia fazer isso no Brasil. E quando eu fiz o curso eu pude arranjar melhor.
fotoS:Adriano vizoni
MARINA LIMA: “Eu ficava muito isolada no Rio, me sentia meio sobrando. Eu não ia à praia, não trabalho na Globo, não estava no auge, na moda” www.billboard.br.com 35
entrevista do mês
À vontade na Praça Buenos Aires, em Higienópolis: mudança pensada desde o fim dos anos 90
Você mexe com a música eletrônica há bastante tempo e ela continua no seu som. Mas estaria errado dizer que o rock também está presente em Climax? Está certo. Na realidade, o rock... Essa coisa de rock eu discutia muito com o Renato [Russo]. Ele me ligava de madrugada pra dizer assim: “Marina, você é muito mais rock, tá legal?” [risos]. Eu dizia pra ele que não achava isso tão importante, mas ele insistia. Esse disco tem mais rock, sim. Rock é um estado de espírito radical. Esse disco tem umas quatro canções mais radicais que foram feitas na guitarra: “Lex”, “Não Me Venha Mais Com Amor”, “Keep Walking” e “Doce De Nós”. São canções que foram feitas há mais tempo? São. Eu comecei a fazer esse disco tem uns dois anos. Essas foram as primeiras que eu fiz. Em “Não Me Venha Mais Com Amor” chamei a Adriana [Calcanhotto] para botar a letra. As outras eu fiz só, mas essa eu achava que... Eu achava que estrategicamente seria muito interessante ter uma música com a Adriana. Eu poderia fazer aquela música só, mas achava que iria ficar 36 billboard brasil Junho 2011
demais. Porque era muita coisa feita sozinha e podiam implicar. Eu tenho anos de carreira e já conheço um pouco o mundo em que a gente vive. A música estava pronta e eu tinha uma ideia de assunto. Falei pra ela o assunto e ela veio com essa ideia de “não me venha mais com amor”, que eu achei genial. A gente fez a letra a quatro mãos. “Doce De Nós” é uma música que tem a ver com uma mulher chamada Lhasa de Sela, que é uma cantora mexicana que morreu há pouco tempo. Ela é nascida nos EUA, foi criada no México e estourou na Europa. A música foi influenciada por ela. “Keep Walking” foi facílima, já estava dentro de mim. “Lex” é a sigla do aeroporto de Lisboa. Foi feita pra alguém de Portugal. Foi a minha descoberta de Portugal. Através de uma pessoa? Foi. A alma portuguesa eu conheci através de uma pessoa. Não foi através do país só, foi através de alguém especial. Você chegou a fazer um show dirigido por Monique Gardenberg (Primórdios – 2006) que tinha uma produção maior. No seu novo show são apenas três pessoas no palco – contando com você – num formato mais enxuto...
“A vontade de parar de ficar ressentida, de começar uma outra coisa, foi muito mais forte. Eu achava que ia morrer de tristeza. Saí porque não aguentava mais não estar feliz. A felicidade venceu”
foto: divulgação
foto: divulgação
No disco novo, parcerias com Calcanhotto e Samuel Rosa
Somos eu e os dois produtores, só. O Alex [Fonseca] está comigo desde o Próxima Parada [disco de 1989]. O Edu [Martins] entrou depois, mas já tem um tempo. Eles tocam muitas coisas. Eu achei que ia ser bom só nos três. Até para as pessoas verem como eles são bons. Não é uma questão financeira, eu realmente escolhi isso. Em “A Parte Que Me Cabe” (música de Climax) tem o verso “me deixa quieta com a minha solidão”. Essa solidão se estende à música? Você se sente sozinha na cena musical brasileira? Você esteve sempre à parte de turmas, movimentos... Isso tem um preço, sabia? As pessoas ficam meio putas com isso. É como se dissessem: “Porque ela não diz o que eu mando?”. Tribos são monarquias [risos]. Mas não me sinto sozinha. Estou bem acompanhada. Essa música foi meio assim: eu tenho 55 anos, e qual a idade em que se pode ou que é tido de bomtom se fazer certas coisas? Essas coisas morais... Quando eu disse que estava me mudando pra São Paulo muitas pessoas disseram que era uma loucura, uma aventura. A gente vê os outros muito por nós. Através do nosso olhar. Se a gente
começar a entender que cada um tem uma história... é tão libertador. O que pra nós parece ser uma mera aventura, pode ser na realidade a pedra cal da pessoa. Então, a letra era sobre isso. Você abriu a cena de cantoras/ compositoras, que era uma coisa rara na época. Além disso, você é uma referência no pop brasileiro. Quero aproveitar que você tocou no assunto que ninguém toca. Quando morei anos fora, eu tinha uma coisa muito roqueira. Tenho três bandas que eu acho as mais importantes na minha formação do rock, que são Beatles, Nirvana e depois o Radiohead. Nirvana me fez voltar a me interessar pelo rock. Enfim, voltei para o Brasil com 12 anos e entrei em contato direto com a música que era feita no Brasil na época. Pra mim aquilo já era pop. Era o tropicalismo, era um monte de coisa acontecendo. O meu som acabou virando uma coisa diferente. Rock misturado com uma coisa brasileira moderna. Virou um pop brasileiro. Na realidade, inaugurou com o Dalto [cantor e compositor de Niterói (RJ), autor do sucesso “Muito Estranho”]. Quando eu ouvi esse cara na rádio, vi que ele tinha a ver comigo. Em seguida,
criei o meu som e o Lulu Santos criou o dele. Dalto, eu e o Lulu abrimos esse leque na música brasileira. A cena de cantoras/compositoras hoje é bem maior do que quando você começou. Como vê isso? Acho bom que tenha mulher em tudo que é área. Eu crivo pela qualidade, mas quanto mais mulheres cantando melhor porque há mais chance de ter coisas boas. Você vê sua influência em algumas delas? [Pensativa] Eu acho que devo ser uma referência, mas influência eu não sei. Tem que perguntar para elas. Eu quis compor com a Adriana, o que achei ótimo. Eu chamei a Vanessa da Matta que é uma voz linda e é uma compositora também. Eu queria ter a voz dela no meu disco. E a participação do Samuel Rosa (Skank), como aconteceu? Na época em que o Skank fez aquela música “Garota Nacional” eu fiquei de queixo caído. Acho que agora eu já posso falar certas coisas sem soar pretensiosa – que eu, Lulu e o Dalto introduzimos uma música pop no Brasil. E eu com meu irmão [Antonio Cícero] criamos uma grande parceria. Eram canções modernas com sonoridade de rádio,
eram diferentes e eram bem feitas. Quando eu ouvi “Garota Nacional”, pensei: queria ter feito aquela música. Fiquei louca por aquilo. Cheguei a comentar com eles. Tempos depois eu fiz o show de Pierrot Do Brasil [disco de 1998] no Palácio das Artes em BH e era um show de um disco bem dark. Eu não estava estourada na rádio, mas quem estava com saudade do meu trabalho foi ver o show. O Samuel apareceu, foi ao camarim e comentou sobre música e tal. Aí ficamos de compor juntos, mas isso nunca se concretizou. Eu sou tímida e ele também. Eu morava no Rio e ele em BH. Até que meu empresário perguntou se tinha alguém com quem eu queria trabalhar. Falei que um homem com quem eu queria compor era o Samuel. Convidamos e ele topou. Samuel disse que tinha umas duas músicas e mandou pra mim por e-mail. Eu escolhi aquela [“Pra Sempre”] e botei a letra. Você surgiu pro grande público no especial de TV Mulher 80 (exibido pela Rede Globo em 1979)... Esse programa me mostrou a vida como ela é [risos]. Na minha carreira teve muito televisão. Fazia parte da engrenagem. O programa me mostrou que existia edição. Que uma matéria www.billboard.br.com 37
entrevista do mês
de jornal ou de televisão pode ser editada. Às vezes, uma matéria pode sair pronta da redação. Às vezes, o programa antes de ser feito já sabe o que ele quer de cada entrevistado. Eu percebi como as coisas eram mais complexas. Eu era inocente, eu não sabia. Você não se sente à vontade quando revê o programa. Não gosta dele? [Rindo] Eu gosto hoje em dia. Entendo e tenho compaixão por mim. Na verdade, saí dali felicíssima. Fui ver o programa na casa do Caetano. Aí apareço eu dizendo que estava recriando o Caetano como ele fez com Lupicínio. A maneira como foi ao ar parecia que eu estava dizendo que o Caetano já era velho. Ficou estranho. Me fez parecer também uma mulher agressiva, e eu não sou agressiva. Eu sou muito decidida. Mas ficou parecendo arrogante. Hoje em dia eu vejo uma menina dizendo aquelas coisas sem saber das consequências. Eu aprendi assim [risos]. A sexualidade é tema presente na sua obra, e você já tornou pública sua opção bissexual algum tempo atrás. Em tempos em que um político faz declarações homofóbicas na TV, como você vê essa questão atualmente? Acha que avançamos? Acho que sim. Essas pessoas aparecem porque os espaços estão começando a ser ocupados. Na época do meu avô essas pessoas deviam ser abatidas a tiro. O mundo era muito mais intolerante. Tem uma Preta Gil para um Bolsonaro [Jair, deputado federal pelo PP-RJ]. O Brasil aprovou agora a lei de união civil. Já a questão religiosa, não tenho interesse em entrar. Nunca tive. Não tenho interesse em religião. Ela sempre faz o homem ter culpa. Você já falou várias vezes sobre esse assunto, mas parece que as pessoas ainda têm curiosidade em saber o problema que teve com a voz... Todo mundo tem curiosidade pelo abismo. Pelo que dá medo. Eu já falei, mas é um assunto que também me fascina. Não como uma coisa que me monopolize, mas como uma gaveta muito rica. É bom olhar para ela porque assim tiro munição pra saber lidar com situações mais difíceis hoje em dia. Às vezes na vida, por alguma razão, você fica muito infeliz. Eu acredito que é uma soma de coisas. São turning points. É uma crise mais estrutural e que não tem a ver com crise da adolescência, tem a ver com maturidade. Aí você fica vendo como agiu até ali, se errou seu caminho e tal. Teve um momento em que eu fiquei na dúvida sobre o impulso que me levou à música, que me levou a achar que ela era a minha verdadeira expressão no mundo. Assinei um contrato com uma gravadora com 17 anos. Foi uma coisa muito forte, muito transformadora. Era um ímpeto, um instinto. Mas teve um momento na minha vida em que eu fiquei na dúvida se eu tinha me perdido ou não, se esse negócio da música era tão forte que podia atrapalhar... Enfim, eu comecei a perceber que tinha que parar e avaliar como estruturar a minha vida para não me perder de vista. A demanda externa era muito grande. Muita tentação. Era convite para fazer filme, posar nua, fazer novela... Eu me perguntava se eu não tinha me desviado. Foi durante o disco Abrigo [1995]. Um disco que eu fiz de intérprete, e que eu achava genial. Pela escolha do repertório, por ter crescido como cantora, os arranjos, era um disco muito peculiar. E talvez eu tenha achado que ele tinha passado muito batido. Me causou um
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certo ressentimento. Eu não queria mais fazer o show, não queria mais falar sobre o disco, cancelei 60 shows. Eu estava num momento muito em dúvida: se eu devia ter tido filho, se num determinado momento eu escolhi um amor e não outra coisa – a minha estrutura toda estava em dúvida. Então eu tinha que parar. Para uma figura pública, isso é muito difícil. Eu não queria falar sobre aquilo, mas tinha que responder. Mas você acabou falando. Eu não queria falar. Então eu falava pra dentro. Por outro lado eu não queria ir embora. Não queria fugir. Eu achava que tinha que enfrentar. Mas o confronto foi demais pra mim. E aí minha voz ficou pra dentro.
O que fez você sair dessa? Foi porque eu não aguentei mais. Porque eu amo a vida. A vontade de parar de ficar ressentida, de começar uma outra coisa, foi muito mais forte. Mas demorou um tempo. E esse tempo foi difícil. Eu achava que ia morrer de tristeza. Saí porque não aguentava mais não estar feliz. A felicidade venceu [sorri]. Você descobriu o mistério do charme do mundo? [Risos] Eu descobri que a vida faz charme em várias idades. Eu canto essa música [“Charme Do Mundo” do disco Certos Acordes – de 1981] no show com alegria. Quando nós fizemos – o Cícero e eu – ele tinha na época 33 e eu 23, e a gente achava que o mundo fazia charme. Ele achava, mas para uma mulher era mais fácil dizer [risos]. Então ele colocou na minha boca as nossas palavras. Hoje em dia eu acho que o mundo faz muito charme pra mim. E eu tento prestar atenção e responder à altura. Marina, em paz e otimista: “O mundo era muito mais intolerante. Hoje tem uma Preta Gil para cada Bolsonaro”
SARAH Vaughan
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IAN CURTIS: a lenda ĂŠ relembrada no novo projeto de Peter Hook
REANIMATOR
PETER HOOK: “A boa música vive para sempre”
Peter Hook tira da gaveta as memórias de Ian Curtis e reinterpreta o seu próprio passado no Joy Division por Rodrigo Ortega
Quando Peter Hook, corpulento inglês de 55 anos, pisa no palco com a The Light, ele não é mais Peter Hook, o ex-baixista do Joy Division e do New Order. À frente do microfone ele faz o papel de Ian Curtis, vocalista do Joy Divison, que teve a carreira curta e legendária interrompida pelo suicídio aos 23 anos, em 1980. Quem interpreta Hook no mesmo palco é o seu filho e baixista Jack Bates, de 21 anos, a mesma idade que o pai tinha ao gravar o primeiro disco do Joy Division (veja boxe). Unknown Pleasures: A Celebration of Joy Division é o nome da turnê que passa por São Paulo nos dias 16 e 17 de junho e pelo Rio de Janeiro no dia 18. Além da óbvia celebração do passado, a experiência mostra a força presente do Joy Division, uma banda periodicamente redescoberta
pelo público – e até pelo próprio Hook. A faixa inédita “Pictures In My Mind”, da qual nem ele se lembrava, foi encontrada no ano passado em uma antiga fita de ensaios de 1978, quando ele, Curtis, Stephen Morris (bateria) e Bernard Summer (guitarra) ainda se chamavam Warsaw. Hook resolveu finalizar a música e gravá-la com a The Light. Ele também promete lançar em breve a gravação original. “Retratos na minha cabeça/ que me levam direto para ontem”, cantava Ian Curtis na época, sem saber do sentido que isso ganharia na voz de Hook 33
anos depois. Neste mês ele também lança Total: From Joy Division To New Order, coletânea que junta os hits das duas bandas. Em entrevista à Billboard Brasil, Hook fala sobre o projeto e sobre como superou as críticas da “patrulha do caça-níquel”. Ele sabe que o Joy Division continua presente para fãs e bandas – antigas ou jovens –, em uma época em que idades são cada vez menos importantes que ideais. Quando você teve a ideia de voltar a tocar as músicas do Joy Division? Por todo o tempo em que estivemos no New Order tentamos ignorar o Joy Division. Depois que nos separamos, eu comecei a olhar para trás de uma maneira diferente.Comecei a sentir falta da música do Joy Division. www.billboard.br.com 41
foto: reprodução
O punk expandido
foto: Chris mills / getty images
Unknown Pleasures, de junho de 1979, foi o primeiro LP do quarteto de Manchester, o único lançado enquanto o vocalista Ian Curtis estava vivo. Nas mãos do produtor Martin Hannett (falecido em 1991), o som punk, que tinha a cara de inferninhos apertados e barulhentos, ganhou ecos e silêncios e passou a evocar espaços grandiosos. No início, até a banda estranhou a produção, e hoje Hannett é reconhecido por criar a “sonoridade Joy Division”. Mas são as composições sombrias e geniais de Ian Curtis, como “She´s Lost Control” e “Shadowplay”, as maiores responsáveis por fazer do álbum um clássico. A imagem da capa, um dos maiores hits de camisetas de rock até hoje, foi tirada de uma enciclopédia de astronomia de Cambridge, um registro da radiação de uma estrela de nêutron. Closer, o segundo e também clássico disco do grupo, foi lançado em julho de 1980, dois meses depois do suicídio de Ian Curtis.
IAN CURTIS e PETER HOOK ao fundo
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“Estou certo de que ele [Ian Curtis] teria feito exatamente o mesmo que o New Order. Antes de ele morrer, já estávamos nesse caminho, comprando teclados e sintetizadores. Então não teria sido diferente, teria sido o New Order com o Ian cantando.” No ano passado, com os 30 anos da morte do Ian Curtis, muitas pessoas tentaram fazer homenagens. Para mim foi mais fácil, pois tinha aberto o meu próprio clube em Manchester, o FAC251, então foi só chamar os amigos para tocar. A banda [The Light] foi criada para isso, com pessoas que já tinham tocado comigo em outros projetos e o meu filho, Jack. E como é tocar com o seu filho? É bom, ele é um ótimo baixista. Mas temos sempre algumas discussões. Ele acha que sabe tudo. Claro, ele tem 21 anos. O que é interessante, porque é exatamente a mesma idade que eu tinha quando gravamos Unknown Pleasures. É justamente o que vocês vão tocar aqui. O que você acha que o álbum pode representar para uma geração mais jovem, como a de Jack? A boa música vive para sempre. Coisas grandes como Led Zeppelin, Velvet Underground, Iggy Pop e Joy Division acabam durando e sempre influenciando as bandas novas. Grupos como Editors e White Lies vêm buscar inspiração no que fizemos. Noto que a plateia dos shows tem muitas pessoas bem jovens – e também pessoas mais velhas, todas juntas. Eu acho que, no mundo da música, a idade não é tão importante quanto era há 30 anos. E qual é a reação dos fãs na primeira fila? Vejo muitas pessoas chorando. Espero que pelo motivo certo, porque elas se conectaram com a música, e não porque somos ruins [risos]. Mas muitas pessoas vêm falar comigo emocionadas, sobre o quanto ficaram felizes, e isso valida tudo para mim. Na verdade, só ouço reclamações de quem não foi ao show... Então agora não me importo mais com as críticas. E a reação mais surpreendente que você viu nesta turnê? Depende, temos reações muito "punk", energéticas, parecidas com as dos shows no começo do Joy Division.
E também pessoas totalmente paradas e concentradas, tentando absorver a música. Geralmente quando tocamos os discos inteiros, na ordem, tendemos a ter essa resposta mais "séria", mas quando tocamos as músicas separadas as pessoas se soltam mais. Como vocês conseguiram achar a canção perdida do Joy Division, "Pictures In My Mind"? Isso foi coisa dos superfãs de Joy Division, colecionadores. Eles me chamaram a atenção para uma fita de ensaio que foi roubada de um produtor nosso e ficou muito tempo por baixo dos panos. Então um fã americano, Seth, me mostrou uma cópia. Eu nunca tinha ouvido. Quando chegamos a "Pictures In My Mind", pensei: essa canção já está quase terminada! Era boa, então disse: por que não terminar? E aí finalizei e gravei neste novo EP, para satisfazer aos fãs. É uma música bem simples e direta. Você se lembra da situação em que a compuseram? Cara, eu não me lembro de nada! [risos]. Acho que quando você é jovem, você produz muito e vai jogando fora um monte de coisas que acha que não vai dar certo. Então eu ouvi isso 30 anos depois, com um gosto musical diferente, como se fosse a primeira vez, e foi mágico. Vi que era bom.
foto: mark metcalfe / getty images
Quero que as pessoas ouçam a gravação original também, então vou disponibilizar como um single em breve, com renda para algum projeto de caridade. A letra de Ian fala sobre nostalgia e ao mesmo tempo sobre viver o presente. Como você se sente ao cantá-la? Fico muito orgulhoso de cantar todas as maravilhosas canções do Ian. Cada uma tem uma história bem diferente. Sobre "Pictures In My Mind", gosto da ideia de memórias, de lembrar as pessoas que não estão mais conosco. Manter o passado, mas olhar para o futuro... Por que você decidiu ser o vocalista nestes shows? Porque eu não consegui outro cantor e porque eu tenho uma conexão muito melhor com Ian do que se fosse um estranho. Aí eu lembrei que o meu filho é um baixista muito bom. Fiquei feliz em deixar o baixo com ele, pelo menos para as partes mais difíceis. E aí eu aprendi a curtir o vocal e os instrumentos, o melhor dos dois mundos. Como acha que vai ser tocar essa música para os brasileiros, um público que você já conhece bastante? A plateia do New Order aí sempre foi maravilhosa, muito entusiasmada. Já que a banda terminou, fico orgulhoso que tenhamos fechado com os shows no Brasil e na Argentina e não em qualquer outro lugar do mundo. Sempre gostei de tocar aí como DJ também. O melhor set que já fiz na minha vida foi em São Paulo, no clube Pachá. Então acho que estes shows, de novo, vão ser incríveis. Como você imagina que teria sido um show do Joy Division no Brasil há três décadas? Completamente insano. Esse é o ponto: estamos indo a todos os lugares onde gostaríamos de ter ido com o Joy Division. Começando pelos EUA, para onde teríamos ido naquela época se o Ian não tivesse morrido, e agora América do Sul... Estou muito animado de cobrir todo o mapa, todos os lugares em que não pudemos tocar. O que você está aprendendo sobre o Joy Division com estes shows? A lição principal é o quão fantástico letrista e vocalista o Ian era. Claro que eu sempre soube que ele era bom. Mas agora que eu tive que parar para analisar tudo, decupar as músicas para os shows, consigo ver melhor o quanto ele era genial, um músico inteligente e habilidoso. Já pensou no que teria acontecido com ele, musicalmente, se não tivesse morrido? Sim, estou certo de que ele teria feito exatamente o mesmo que o New Order. Antes de ele morrer, já estávamos nesse caminho, comprando teclados e sintetizadores. Então não teria sido diferente, teria sido o New Order com o Ian Curtis cantando. Mas infelizmente não foi o que aconteceu... E sobre as bandas novas influenciadas por vocês? Você citou Editors e White Lies, as acompanha? De qual mais gosta? Sim, e fico feliz quando ouço esses grupos, para mim é uma honra. A minha favorita é uma banda daqui de Manchester, os Courteeners. Em geral, Manchester tem uma herança musical muito boa e as bandas têm aproveitado isso. Everything Everything, Elbow, Ting Tings e muitas outras.
HOOK em show com a The Light na Austrália
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Música. Leia do que é feita.
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GENTE DIFERENCIADA
Jarvis Cocker, do Pulp, agitou o público em Barcelona
Em meio às manifestações de rua do movimento Los Indignados, O festival Primavera de Barcelona reúne hipsters para ver a nata do indie e veteranos do pós-punk. A apoteose? “Common People”, em histórico show de retorno do Pulp texto e fotos por Alfredo Brant
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No início de uma noite de sábado em Barcelona, por volta de 20h30, centenas de pessoas se dirigem a um grande palco montado na extremidade do Parc del Fòrum, ao lado do mar. Nenhuma apresentação está marcada para o horário. A organização do festival Primavera Sound decidiu transmitir a final da Copa dos Campeões da Europa, entre Barcelona e Manchester United, direto de Londres. E o público acabou assistindo a um grande show – partidaço histórico dos jogadores do Barcelona, comandados por Messi – e ganhando mais um motivo para celebrar. Na véspera, porém, um choque entre policiais e manifestantes do movimento Democracia Real Ya, que ocupava a Plaza Catalunya, havia deixado mais de 120 feridos. Conhecidos pela alcunha Los Indignados, os jovens mobilizados reivindicavam reforma na lei eleitoral espanhola, medidas contra o desemprego e controle do poder dos grandes conglomerados financeiros. O clima quente das ruas do centro da cidade contagiou o festival, culminando com uma apoteose cívica ao som de “Common People”, no histórico show de retorno da banda inglesa Pulp. Politizada ou não, a capital catalã tem vocação natural e cultural para a festa, o que se reflete no clima do Primavera Sound, um dos melhores festivais de música alternativa do mundo. O evento, que ocorreu dos dias 26 a 28 de maio em Barcelona, não deixa nada a desejar aos hypados americanos South by Southwest e Coachella, ou aos tradicionais ingleses Reading e Glastonbury. Foram 276 shows, a maior parte nos dez palcos do Parc del Fòrum, um grande espaço com construções modernas ao lado do mar. Pergunto a uma jornalista londrina habituada a cobrir o festival por que ela prefere o Primavera aos eventos do seu país. Sua resposta
é tão clara quanto óbvia: “Porque na Inglaterra chove”. Realmente, não é muito fácil competir com o clima praiano de Barcelona. A curadoria do Primavera é outro ponto forte. Não há no line-up grandes discrepâncias em relação à notoriedade dos artistas. A opção por uma programação homogênea, sem grupos “grandes” demais que atraiam um público exclusivo, torna o festival agradável e bem distribuído. Em geral, a linha da programação é um grande apanhado de importantes artistas alternativos contemporâneos – PJ Harvey, Flaming Lips, Animal Collective e, em especial neste ano, a volta do Pulp – ou de outras décadas, casos de P.I.L., John Cale e Nick Cave. Há espaço também para novas tendências do indie e da eletrônica – praticadas por nomes como James Blake, Odd Future e Ariel Pink’s Haunted Graffiti. Além dos shows do Fòrum, o festival estende sua programação a outros pontos da cidade. Excelentes shows paralelos (Echo and The Bunnymen, Mercury Rev, Caribou, BMX Bandits) acontecem antes e depois dos três dias oficiais do
festival, no Poble Espanyol, um museu a céu aberto. Outros eventos em boates, bares e teatros reúnem grupos locais e estrangeiros. Boas ideias, como bandas que tocam mais de uma vez, e um auditório para concertos mais intimistas (Sufjan Stevens, Arto Linday), também ajudam no êxito do festival. Mas, na memória dos que estiveram nesta edição, nada, nem o título do Barcelona de Messi (e do técnico Guardiola), foi tão marcante quanto o clima inflamado das ruas do centro cidade.
Pulp
A trajetória desta banda emblemática do britpop dos anos 90 está marcada por Barcelona. Em 2002, o Pulp fez seu último show neste mesmo festival, antes de se retirar por um período de nove anos. E escolheu o Primavera para voltar agora, pela primeira vez em 15 anos com a formação original. Antes de iniciar a primeira música, o vocalista Jarvis Cocker prometeu: “Estamos de volta para fazer história”. Numa retrospectiva com as principais canções de todos os períodos da carreira, o grupo se impôs com grandiosidade. Eloquente e afiado, por volta da metade do concerto, Jarvis anunciou que a canção seguinte seria dedicada às vítimas da violência policial na manifestação por “democracia real” ocorrida horas antes na Plaza Catalunya. Entre os cartazes e faixas de repúdio brandidos pela plateia, a frase: “Spanish Revolution: sing along with the common people”. Nessa hora, ao atacar a clássica “Common People”, o Pulp proporcionou o grande momento de êxtase do festival.
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PJ Harvey
Vestida com um suntuoso vestido branco, excêntrico arranjo de penas sobre a cabeça, a cantora inglesa se apresentou junto com o fiel colaborador John Parish e surpreendeu ao fazer um belo apanhado de sua produtiva carreira. O histórico recente indicava que teríamos um show baseado no último trabalho, Let England Shake, mas logo na segunda música veio “C’mon Billy”, do disco To Bring You My Love, de 1995. A partir daí, foram alternadas canções atuais e de outras épocas. A unidade foi garantida com alterações nos arranjos. Em várias das antigas, originalmente baseadas na guitarra, PJ tocou uma pequena harpa elétrica, seu atual instrumento fetiche. Viscerais, “The Sky Lit Up” e “Big Exit”, ganharam versões mais contidas. Já outras mais sombrias, como “The Devil”, seguiram caminho oposto. Em show, sóbrio, sem muitos jogos de luz, PJ ficou em um canto do palco, como se fosse um integrante da banda. E ganhou o jogo no repertório.
James Blake
Uma das grandes revelações de 2011, o inglês subiu ao palco Pitchfork por volta das 20h, com o sol ainda presente. Junto com um baterista e um guitarrista que também se ocupava do sintetizador, Blake foi parcialmente prejudicado pelo som pesado que vazava de um palco vizinho. A eletrônica minimalista do dubstep misturada aos vocais soul provavelmente soaria melhor mais tarde, no escuro da noite. Mas nada disso estragou a apresentação, iniciada com baladas e aplausos comedidos. Lá pela quarta música, as bases eletrônicas mais ritmadas entraram em ação, culminando com a dançante “Limit To Your Love” e finalizando com ótima impressão geral.
Grinderman
Nick Cave (foto) subiu ao palco tendo ao lado parte de sua fiel banda, The Bad Seeds, sob a forma do Grinderman, o “novo” grupo com o qual já lançou dois discos. Ao vivo, o som rústico das gravações toma formas ainda mais assustadoras. Tocados como se fossem os últimos da vida de cada um dos músicos, os blues satânicos são exorcizados por um cantor possuído, que parece não se dirigir diretamente ao público, mas a si mesmo. “I just wanna rest, please. I just wanna relax”, berrou Cave em cima da grade que o separa do público. Ele não seguiu a estrutura das músicas, improvisando versos falados. E a banda chegou junto em todas, com destaque para o barbudo Warren Ellis tocando maracas e um insano bandolim distorcido.
John Cale & Band + BCN216
Um dos espaços mais interessantes do festival era um auditório situado na entrada do Parc del Fòrum. Foi lá que, bem sentados, espectadores puderam assistir a John Cale, ex-integrante do Velvet Underground, num show dedicado ao cultuado disco Paris 1919, de 1973. Vestido com o tradicional kilt, o galês foi acompanhado por sua banda e por uma miniorquestra, com regente e tudo. O som perfeito favoreceu a complexidade dos arranjos e Cale mostrou-se um excelente intérprete vocal para as grandiosas baladas rock do repertório. Revezando-se entre teclados e guitarra, ele comandou duas metades bem distintas do concerto: uma com a orquestra, outra, só com a banda, em levadas mais pop. E o público saiu com fortes impressões das canções “Paris 1919” e “MacBeth”.
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Of Montreal
O palco principal do festival recebeu seu primeiro grande show quando Kevin Barnes (na foto à esquerda, com Bryan Poole) entrou em cena com seu eufórico grupo. Entre o indie-pop e a dance music afetada, a trupe de Athens (também berço do R.E.M., na Geórgia, sul dos EUA) levou para o palco confete, serpentinas, quilos de maquiagem e as fantasias mais esdrúxulas possíveis. Pulando e dançando sem parar, o vocalista emendou as músicas sem pausas, impulsionado pelo baixo pulsante e sintetizadores kitsch. No auge da farra, o palco virou um ringue para lutadores de telecatch mascarados se enfrentarem entre homens fantasiados de porcos: performance surrealista que acendeu realmente o evento.
Fleet Foxes
Das atrações top no palco principal, o grupo americano é o que tem menos discos lançados e menos tempo de carreira. A apresentação foi competente, mas um tanto quanto contida. A novidade foi a presença de um novo integrante, o multiinstrumentista Morgan Henderson. Simpático e um pouco tímido, o vocalista e guitarrista Robin Pecknold (na foto) comentou como ainda era estranho para eles tocar em um grande festival. Apesar das canções mais coesas e carregadas do recém-lançado Helplessness Blues funcionarem bem, o repertório do primeiro disco é mais contagiante. Pérolas como “Mykonos”, “Your Protector” e “Blue Ridge Mountains” foram as mais aplaudidas. Infelizmente, o show foi curto. Após agradecer e anunciar duas vezes o show seguinte, de PJ Harvey, Robin saiu sem bis.
Echo & The Bunnymen
O aquecimento para o festival aconteceu no Poble Espanyol, museu a céu aberto construído originalmente para a Exposição Internacional de 1929. Metida em roupas militares, a turma de Ian McCulloch (foto) destoava um pouco do ambiente ao entrar no palco, às 21h, com dia ainda claro, disposta a repassar a íntegra de seus dois primeiros LPs, Crocodiles (1980) e Heaven Up Here (1981). Ligeiramente mais pesado que nos discos, o Echo mostrou que o charme arrogante das interpretações do vocalista se manteve pouco alterado. No bis, vieram hits de outras eras, como “Lips Like Sugar”, sem tirar o clima de nostalgia do ar.
P.I.L. (Public Image Ltd.)
No mesmo momento em que o rapper Big Boi, mais conhecido pelas rimas no duo OutKast, apresentava seu elogiado primeiro trabalho solo e que o bardo Sufjan Stevens fazia o show mais disputado do festival, o veterano John Lydon (foto) tomava a cena do palco Levant com seu Public Image Limited. Mesmo lendo as letras, o carismático sex pistol segurou a atenção do público. Favorecido pela excelente qualidade do som, agitou o local com hits como “This Is Not A Love Song” e “Albatross”, emendando com discursos ácidos. “Nós somos a única banda deste festival que não se vendeu por um punhado de dinheiro”, bradou, lá pelas tantas. Os cinquentões presentes aplaudiram, bebendo tranquilamente suas cervejas a uma distância confortável da fúria de Lydon. www.billboard.br.com 49
Belo Horizonte • Brasília • Campinas • Campo Grande • Curitiba • Florianópolis • Goiânia • Londrina • Porto Alegre • Santos • São José dos Campos • São Paulo
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BEYONCÉ no cenário do clipe de “Run The World (Girls)”: “Nesta altura, eu realmente sei quem sou”
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foto: divulgaçÃO
Perto dos 30 anos e cada vez mais dona de seu nariz, Beyoncé, ganhadora do Billboard Music Awards do milênio, fala do novo disco 4 e da nova fase na carreira Ray Rogers por
Beyoncé parece dedicada a conquistar novos territórios. Seu novo single, "Run The World (Girls)", avança por uma linha pouco convencional – ao menos, para quem é uma das mais populares estrelas pop. A gravação foi construída em torno de um sample excêntrico de "Pon De Floor”, canção dançante relativamente obscura dos queridinhos indie Major Lazer (duo do qual faz parte o DJ Diplo, fã do funk carioca que já colaborou com DJ Marlboro, CSS e Bonde do Rolê) . E esta é apenas a primeira rajada da colagem inesperada de texturas sonoras e estruturas musicais únicas de seu próximo álbum, que irá trazer novos e arrojados colaboradores como Switch (o outro integrante do Major Lazer), e o já consagrado produtor de hits The-Dream (nascido Terius Youngdell Nash). “Não há nada de seguro nisso, tenho certeza”, afirma The-Dream. Ele é coautor do hino que redefiniu a carreira de Beyoncé, "Single Ladies (Put A Ring On It)", e foi convocado para ajudar a compor o single inicial do novo álbum. “Esse tipo de tratamento para a música jamais aconteceria com qualquer outro artista do porte dela, homem ou mulher”, garante. Beyoncé também não usa de falsa modéstia. “Sinto que minha função na indústria é expandir os limites e eu evoluí o tempo todo”, diz a artista, enquanto um motorista a leva de uma sessão de fotos em Long Island a um estúdio de gravação em Manhattan para um encontro com a nova equipe criativa que reuniu. Ao se aproximar dos 30 anos de idade (que completa em 4 de setembro), casada com Jay- Z, Beyoncé assumiu as rédeas de sua carreira como nunca antes. E agora quer que todos saibam que é ela quem está no comando. Seu próximo álbum solo, 4, foi gravado no ano passado sem a orientação de Matthew Knowles, seu pai e empresário de longa data. Ela anunciou em 28 de março que os dois haviam se separado “no âmbito dos negócios”. Levantando um punho na capa do novo single, "Run The World (Girls)", Beyoncé claramente transmite sua mensagem de poder para as mulheres, algo que é sua marca registrada. Nesta primeira entrevista exclusiva sobre a nova fase, a estrela olha para o futuro e contempla os emocionantes novos sons e esforços criativos que a aguardam e, ao mesmo tempo, relembra os diversos marcos ao longo do caminho que lhe renderam o Billboard's Millennium Award.
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Evolução Fashion
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Ao longo de uma trajetória de quase 15 anos, Beyoncé aprendeu bastante sobre seu próprio estilo, combinando peças que valorizam o corpo. Acompanhe as mudanças da musa pop durante sua carreira. por Ana Carolina Ralston
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Na formação original do Destiny’s Child, em 1998: Beyoncé ao lado de Kelly Rowland, LaTavia Roberson e LeToya Luckett. O grupo venceu a categoria “Melhor Álbum do Ano de R&B/Soul”, com seu disco homônimo, no 4th Annual Soul Train Lady of Soul Awards. Beyoncé usava uma canga inspirada nas roupas típicas indianas (sári) e top.
Durante a edição 2001 do Kids’ Choice Awards, o trio ( já com a formação pela qual seria mais amplamente reconhecido) levou o modelito schoolgirl – em voga graças ao sucesso de Britney Spears em “Baby One More Time” – para um outro patamar. Beyoncé, Kelly Rowland e Michelle Williams vestiram um look bem sexy à escoteiras.
2003 foi um ano de muitas realizações para a cantora. Após o fim do Destiny’s Child no ano anterior, Beyoncé lançou seu primeiro disco em carreira solo: Dangerously In Love. A musa apareceu com um lindo vestido de rendas metalizadas na premiação Billboard Music Awards no MGM Grand, em Las Vegas.
Influências como o afrobeat de Fela Kuti e bandas como Muse e Rage Against The Machine se somaram a R&B dos anos 90, Adele e Florence+The Machine Toda vez que você lança uma música nova parece que ela gera um bordão. Isso é algo no qual você pensa? É isso o que eu sempre quero fazer – eu me sinto atraída por músicas que irão se tornar assunto durante o jantar! [risos] Com “Single Ladies” eu tinha acabado de me casar e as pessoas querem se casar todo dia – então aconteceu todo aquele lance com Justin Timberlake [recriando o vídeo] no Saturday Night Live. Também foi o ano em que o YouTube arrebentou. "Irreplaceable" tinha a letra agressiva, o violão e a 808 [bateria eletrônica] – essas coisas normalmente não andam juntas e isso soava novo. “Crazy In Love” foi mais um daqueles momentos clássicos da cultura pop que ninguém esperava. Pedi a Jay para trabalhar na música na noite de véspera da data de entrega do álbum pronto – e, graças a Deus, ele aceitou. Essa música nunca me cansa, não importa quantas vezes eu a cante. O novo single "Run The World (Girls)" é uma declaração muito ousada de sua parte. Com certeza é mais arriscado do que algo mais... simples. Eu apenas ouvi a faixa e amei o quão diferente ela era: parecia um pouco africana, um pouco eletrônica e futurista. Ela me
lembrou do que eu amo, que é misturar diferentes culturas – coisas que normalmente não ficam bem juntas – para criar um novo som. Eu nunca posso jogar só na segurança. Sempre tento ir contra a maré. Tão logo eu conquisto uma coisa, já estabeleço um novo objetivo mais alto. Foi assim que cheguei aonde estou. O novo álbum se chama 4. Fora o fato de este ser meu quarto álbum solo, que significado esse número tem para você? Todos nós temos números especiais em nossas vidas e o 4 é especial para mim. É o dia em que nasci, o dia do aniversário da minha mãe e o dia do aniversário de muitos dos meus amigos. E 4 de abril é a data do meu casamento. Como começou seu processo criativo com esse novo trabalho? Gravei mais de 60 músicas: tudo que nunca quis tentar, eu fiz. Comecei sendo inspirada pelo [pioneiro do afrobeat] Fela Kuti. Eu, na verdade, trabalhei com a banda de Fela [o musical baseado na vida do artista que foi hit na Broadway] durante alguns dias, só pra sentir a alma e o coração da música. É tão sexy e tem um groove excelente que você se perde nele. Eu adorei a percussão, os metais, como tudo soava como se fosse um. O que
foto: L.Cohen/wireimage/gettyimages
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mais aprendi com Fela foi liberdade artística: ele simplesmente sentia o espírito. Também encontrei inspiração no R&B dos anos 90, em Earth, Wind & Fire, DeBarge, Lionel Richie, Teena Marie... Ouvi muito Jackson 5 e New Edition, mas também Adele, Florence+The Machine e Prince. E minhas influências de hip hop. Dá para ouvir o quanto são abrangentes. Eu também me permiti ter maior liberdade para realmente cantar forte algumas das canções e trazer o estilo soul de cantar de volta – usei muita agressividade e força em minha voz, algo que as pessoas ouvem nas minhas apresentações ao vivo, mas não necessariamente nas minhas gravações. Você é um ícone do poder feminino. O que esse poder significa para você? O poder significa felicidade, o poder significa trabalhar duro e fazer sacrifícios. Para mim, trata-se de estabelecer um bom exemplo e não abusar do poder! Você ainda precisa ter humildade: eu já vi como se pode liderar pelo exemplo, não pelo medo. Minha visita ao Egito foi uma enorme inspiração. Depois que o sol se punha, eu não via mais nenhuma mulher. Era chocante e fascinante para mim, porque era algo tão extremo. Eu via
milhares de homens andando pelas ruas, socializando nos bares, rezando nas mesquitas – e nenhuma mulher. Eu me senti muito orgulhosa quando me apresentei e vi a força que as mulheres estão recebendo por meio da música. Eu me lembro de estar no Japão quando o Destiny’s Child lançou “Independent Women” e as mulheres estavam falando sobre o quanto se orgulhavam de ter seus próprios empregos, seu próprio pensamento independente e seus próprios objetivos. Isso fez com que eu me sentisse bem e percebi que uma das minhas responsabilidades era inspirar as mulheres de uma maneira mais profunda. Você está sempre em movimento. Não descansa nunca? Eu tive um dia de folga para levar meu sobrinho à Disney, o que foi muito divertido. Eu não fazia algo assim há uns dez anos – a última vez em que estive num parque temático foi com o Destiny’s Child! Andamos em todos os brinquedos, em alguns duas vezes, e foi a primeira vez que meu sobrinho andou numa montanha-russa. Havia milhares de pessoas lá porque era Páscoa, mas todo mundo era muito educado e respeitoso e deixaram a gente circular por lá tranquilamente. Nos divertimos muito. Eu estava
A artista acertou em cheio na escolha feita para desfilar pelo red carpet do Academy Awards, em 2005: um lindo vestido preto vintage da grife Versace. O toque final ficou por conta do penteado clássico e grandes brincos em formato geométrico em conjunto com a pulseira.
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A cantora em sua apresentação cheia de efeitos visuais no Billboard Music Awards 2011
foto: SGranitz/Wireimage/gettyimage
A cantora ganhou cinco Grammys na edição 2004. Para receber os troféus, optou por um incrementado vestido amarelo-ouro. O modelo acabou não favorecendo suas curvas: o cetim, tecido leve demais, com um nó anterior aumentou seus quadris.
Cores vivas voltaram a fazer parte dos modelitos preferidos da cantora em 2007. Durante o Movies Rock, realizado no Kodak Theater, em Los Angeles, Beyoncé exibiu sua voluptuosa silhueta em uma criação do estilista americano Zac Posen. O corte sereia, uma das paixões fashion da diva, não poderia ficar de fora.
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foto: Chris Walter/gettyimages foto: jeff kravitz/gettyimages foto: Dimitrios Kambouris/gettyimages
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Para o BET Awards, a escolha foi o míni da coleção primavera 2009 da grife Balmain. O vestido caiu como uma luva na cantora, que apostou nos ombros marcados, no mix de materiais e nas formas geométricas dos recortes. Para completar, um belo par de brincos de argola, muito em alta na temporada.
Em 2010, para o festival Coachella, na Califórnia, Beyoncé apareceu mais descontraída para acompanhar o marido Jay-Z no palco durante a apresentação: shorts jeans curtinho – preferido das frequentadoras do festival –, chapéu e botas de tachas. O estilo hipster rendeu muitos comentários positivos da mídia especializada.
Beyoncé mostrou mais uma vez seu amor pelo corte sereia: a criação escolhida para o Costume Institute Gala, realizado no ano passado, foi do estilista italiano Emilio Pucci. Todo trabalhado com fios de ouro, o vestido contava com um ousado decote oval. O modelo era tão justo que a cantora teve que pedir ajuda ao marido Jay-Z na hora de subir as escadas.
usando um chapéu do Pateta gigante! [risos] Era pra ser meu disfarce, com uma aba enorme pra cobrir meu rosto e as orelhas caídas dos lados, mas no fim da viagem percebi que as pessoas sabiam que eu estava fazendo papel de boba com esse chapéu [risos]. É uma recordação muito especial para mim. Este é o primeiro álbum que você fez sem seu pai como empresário. Quais opções foram abertas que talvez sejam diferentes das que existiam antes? Não é que algo de mal tenha acontecido entre nós. Minha família sempre me apoiou e eles me apoiam ainda, mas quando você trabalha com as mesmas pessoas há 15 anos, é natural acabar querendo ter suas próprias ideias. Acredito que os pais preparam os filhos para o momento em que viverão por conta própria. A esta altura, estou pegando tudo que minha mãe e meu pai me ensinaram e tenho a capacidade de fazer as coisas ao meu modo. Estávamos num ponto em que aprendíamos muito uns com os outros e agora é empolgante para mim fazer isto por conta própria e contratar minha própria equipe. Comecei a empresariar a mim mesma. Sua carreira cinematográfica teve uma reviravolta interessante. Você passou de Dreamgirls para Cadillac Records e para Obsessed e agora está trabalhando com Clint Eastwood na mais nova refilmagem de A Star Is Born [Nasce uma Estrela]. É um sonho que se realiza. Ainda estou em estado de choque sem acreditar que isso possa realmente estar acontecendo. Clint Eastwood é com certeza o melhor e estou muito honrada e me sinto humilde por isso. Eu não estava com pressa alguma para fazer um novo filme a não ser que fosse o filme certo e nem ao menos queria chegar perto de A Star Is Born, a não ser que fosse com ele. Eu, na verdade, fiquei sabendo que esse projeto existia e meio que me apossei dele. Quero começar a trabalhar imediatamente! Nasce uma Estrela é uma escolha apropriada, pois segue a ascensão de uma cantora ao estrelato. Qual foi o marco na sua subida? Acho que foi quando o Destiny's Child
trabalhou com Wyclef Jean em "No, No, No Part 2" – éramos tão jovens e inexperientes e encantadas com tudo, eu mal podia esperar para cantar com ele. E ganhar nosso Grammy por “Say My Name” foi incrível. Eu me lembro de ouvir a música no rádio pela primeira vez: eu tinha uma sensação de “uau, isso soa clássico – algo que vai durar para sempre”. Essas melodias e aquela maneira acelerada de cantar em staccato criaram um novo estilo. Isso inspirou todo um novo movimento de R&B. Ser parte disso foi incrível. Depois de todas essas realizações, como é partir para carreira solo? Assustador e, ao mesmo tempo, me dá força! Todos no grupo estão muito nervosos e com muito medo de fazer coisas por conta própria. Tínhamos saudade uns dos outros. Foi duro ter de tomar minhas próprias decisões e não ter alguém pra dizer “concordo” ou “discordo”. Mas passar por isso foi parte da vida, foi o primeiro passo para mim, mas um dos muitos passos que tenho certeza de que darei. Eu me sinto um pouco assim de novo, agora. Estou chegando aos 30 anos e finalmente fiz uma pausa em minha vida, que é algo que eu nunca havia feito antes. Tirei um ano de férias, viajei, passei um tempo com meu marido, acordei na minha própria cama, comi tudo que queria, fui a museus, vi peças da Broadway, assisti a documentários e tive experiências de vida. Eu nunca vou a shows porque normalmente estou tocando, por isso vi muitos shows, bandas excelentes, como Muse e Rage Against the Machine, e isso inspirou o novo álbum. Existem muitos artistas aos quais eu nunca fui exposta: sou como uma esponja, absorvo tudo e aprendi muito assistindo a essas incríveis performances. Ter tempo de crescer como ser humano foi realmente muito inspirador e me deu muito de onde tirar forças. Estou empolgada com a ideia de crescer. Posso simplesmente me divertir, e a liberdade artística que tenho me permite fazer o que quiser. Nesta altura, eu realmente sei quem sou e não sinto que tenha de me enquadrar num rótulo. Não tenho medo de me arriscar – ninguém pode me definir.
“Eu nunca posso jogar só no que é seguro. Sempre tento ir contra a maré. Tão logo eu conquisto uma coisa, já estabeleço um novo objetivo mais alto. Foi assim que cheguei Aonde estou” www.billboard.br.com 57
foto: Ethan Miller/Getty Images
BRITNEY e RIHANNA se beijaram, fizeram guerra de travesseiro e deixaram o resto por conta da sua imaginação
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Billboard Awards
SUPERFESTA Após cinco anos de hiato, premiação ressurge com performances incríveis e a consagração de Justin Bieber e Eminem por Jason imagens de vídeo e, em seguida, foi acompanhada por dançarinas de preto trazendo bandeiras. Antes, foi saudada por uma videomontagem em preto e branco com depoimentos de Barbra Streisand, Bono, Lady Gaga, Stevie Wonder e Michelle Obama, além de seu pai, Mathew Knowles, e de sua mãe, Tina, que entregou o Millennium Award à filha. E o agraciado com o prêmio Billboard Icon Award (algo como Prêmio Ícone), Neil Diamond, encerrou a noite tocando dois de seus clássicos, “Sweet Caroline” e “America”. Ao aceitar o prêmio, Diamond disse: “Não sei exatamente o que significa ser um ícone, mas sempre quis ser um”. “O mais especial no Billboard Music Awards é que é um prêmio de fãs”, disse o diretor editorial da Billboard, Bill Werde. “Tudo gira em torno das pessoas que compram a música, ouvem rádio e vão aos shows. Isso representa um objetivo alcançado: o contato entre o fã e o artista.” Os finalistas e vencedores da premiação foram determinados por uma combinação de desempenho nas paradas com atividades de streaming, conforme publicado na Billboard e na Billboard.com durante o período de elegibilidade (28 de fevereiro de 2010 a 1º de março de 2011). As 46 categorias de premiação foram baseadas na mensuração dada pelos parceiros de dados da Billboard, incluindo o Nielsen SoundScan, execuções de rádio monitoradas pelo Nielsen BDS, dados de streaming medidos pela TubeMogul e Nielsen BDS, consumo de mídias sociais medido pelo Next Big Sound e receita das turnês aferidas pelo Billboard Boxscore.
Jubileu de diamante Quando Neil Diamond conduziu o público para cantar com ele os clássicos “Sweet Caroline” e “America”, provou que a Velha Guarda ainda é o máximo. Seu animado encerramento do Billboard Music Awards também deixou bem claro porque ele foi escolhido para receber um Billboard Icon Award. O astro de Glee, Matthew Morrison, apresentou o prêmio, que honra o impacto cultural de um artista cujo talento extraordinário como criador,
por Gail Mitchell
compositor e artista foi realmente duradouro. Uma presença constante nas paradas da Billboard há mais de 40 anos, Diamond já teve 39 singles no top 10 e 18 álbuns de platina. Com 17 álbuns no top 10, Diamond é um dos quatro artistas que subiram ao top 10 da Billboard 200 em todas as décadas desde os anos 60. “Eu teria aceitado um álbum no top 10”, declarou Diamond, brincando, ao aceitar o prêmio. “Nem precisavam fazer esse negócio todo de prêmio.” foto: Ethan miller/Getty Images
“O Billboard Music Awards está de volta!”. Com esta frase, a ABC apresentou o retorno do evento à MGM Grand Arena em Las Vegas, em 22 de maio. Ao fim da transmissão, apresentada pelo astro do filme Se beber não case II, Ken Jeong, um prêmio adicional: a melhor audiência da noite na TV americana. Mais de 3,8 milhões de espectadores vibraram com inesperadas performances musicais. Teve Britney Spears com Rihanna e Nicki Minaj, um Cee-Lo Green voador, tocando com um piano que levitava... E Beyoncé recebendo o prêmio de Artista do Milênio depois da primeira apresentação de seu mais recente single, “Run The World (Girls)”. Justin Bieber e Eminem reinaram como grandes vencedores da noite. O canadense levou sete prêmios, e o rapper ficou com seis (entre eles, Melhor Artista, Melhor Artista Masculino e Melhor Álbum do Billboard 200). Além do Fan Favorite Award da Billboard.com, Bieber faturou em categorias baseadas nas paradas, como Melhor Artista Novo e Melhor Álbum Pop. Ao ser aplaudido de pé após aceitar a honraria de Melhor Artista, Bieber agradeceu à mãe e observou que “todo dia é uma loucura, tendo a oportunidade de fazer tanta gente sorrir”. Além de celebrar os artistas mais quentes da atualidade, o Billboard Music Awards fez um tributo a nomes legendários. Beyoncé se enquadrou nas duas categorias ao cantar seu novo single “Run The World (Girls)”. A cantora se apresentou tendo uma tela em branco como fundo em sincronia com várias
Lipshutz e Gail Mitchell, com reportagem de Phil Gallo
NEIL DIAMOND, ícone: “Eu teria aceitado um álbum no top 10”
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Melhor Artista
Eminem
Artista Revelação
Justin Bieber
Artista Masculino
Eminem
Artista Feminina
Rihanna
Melhor Grupo
Black Eyed Peas
Artista Top Billboard 200
Taylor Swift
Artista Top Hot 100 / Digital
Katy Perry
Artista Top Radio
Rihanna
Artista Top Social / Streaming Justin Bieber Artista Top Digital Media
Justin Bieber
Artista Pop
Lady Gaga
Artista R&B
Usher
Artista Rap
Eminem
Artista Country
Taylor Swift
Artista Rock
Train
Artista Música Alternativa
Mumford & Sons
Artista Música Latina
Shakira
Artista Dance/Eletrônica
Lady Gaga
MÚSICAS
Canção Top Hot 100 Canção Top Digital
“Dynamite”, Taio Cruz “Dynamite”, Taio Cruz
Canção Top Radio
“Just The Way You Are”, Bruno Mars
Beyoncé, musa do milênio
Uma performance brilhante, lágrimas com a mãe, os parabéns da primeira-dama Michelle Obama, de Lady Gaga e de Bono... O Billboard’s Millenium Award é dela! por Phil Gallo Numa noite repleta de astros, Beyoncé estreou seu novo single, "Run The World (Girls)", e arrasou. Com tecnologia deslumbrante, atléticos movimentos da cantora e de um exército de 50 dançarinos, a performance causou furor na MGM Arena e no Twitter. Sua mãe, Tina Knowles, apresentou o Billboard Milennium Award depois que o público assistiu a um vídeo com depoimentos de Michelle Obama, Lady Gaga, Bono e seus pais, entre outros. “Tenho muito orgulho dela”, disse a primeiradama. “Muito orgulho de ver a mulher que ela é e o modelo de comportamento que ela representa para as mulheres”, completou. Barbra Streisand: “As grandes artistas têm um som e um estilo que é todo delas e é isso que tanta gente ama em Beyoncé. E eu também”. Stevie Wonder sublinhou: “Ela consegue adotar muitos estilos diferentes e manter a classe. Gosto disso”. Já Bono previu: “Ela cria músicas que durarão para sempre”. Assim que recuperou o fôlego, Beyoncé agradeceu à família, aos atuais e antigos membros do Destiny's Child e ao maridão – “Amo meu Jay-Z”. Ele estava na primeira fila, de pé, como o resto do auditório inteiro. “Agradeço a todas as lendas que disseram todas essas coisas bonitas sobre mim”, completou Beyoncé. “Eu cresci amando e admirando todas essas pessoas que estavam nesse vídeo. Este é um momento que tenho de guardar porque é uma das melhores lembranças da minha vida.” foto: Ethan Miller/Getty Images
BILLBOARD AWARDS 2011
ARTISTAS
Canção Top Streaming (Áudio) “Just A Dream”, Nelly Canção Top Streaming (Vídeo) “Baby”, Justin Bieber feat. Ludacris Canção Top Pop
“Dynamite”, Taio Cruz
Canção Top R&B
“OMG”, Usher feat. will.i.am
Canção Top Rap Canção Top Country Canção Top Rock Canção Top Latino Canção Top Dance
“Love The Way You Lie”, Eminem feat. Rihanna “Need You Now”, Lady Antebellum “Hey, Soul Sister”, Train “Waka Waka (This Time For Africa)”, Shakira feat. Freshleyground “Stereo Love”, Edward Maya & Vika Jigulina
PRÊMIOS ESPECIAIS Prêmio do Milênio Prêmio Turnê Prêmio Ícone
Beyoncé U2 Neil Diamond
PRÊMIOS PARA ÁLBUNS Álbum Top Billboard 200 Álbum Top Pop
Recovery, Eminem My World 2.0, Justin Bieber, e Teenage Dream, Katy Perry
Álbum Top R&B
Raymond v. Raymond, Usher
Álbum Rap
Recovery, Eminem
Álbum Top Country
Speak Now, Taylor Swift
Álbum Top Rock /Alternativo Sigh No More, Mumford & Sons Álbum Top Dance/ Eletrônico
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The Fame, Lady Gaga
BEYONCÉ: uma escultura segurando outra
Premiação fashion
ENQUANTO ISSO, NO BACKSTAGE Pílulas do que rolou entre os artistas, nos camarins e áreas reservadas
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O U2 fez uma visita surpresa ao backstage depois de receber o prêmio de Melhor Artista em Turnê. “É um truque de mágica”, declarou Bono, referindo-se a como a equipe da banda fez com que a turnê 360º parecesse algo íntimo mesmo em estádios. The Edge ainda acrescentou: “Pensando em quantas pessoas vieram ver os shows – sete milhões –, ainda não consigo entender esse número”. Bono mencionou que a banda continua a trabalhar em novo material. “Existem muitos álbuns do U2”, disse ele. “Por que iriam querer outro? Estamos no laboratório, fazendo experiências.”
A cantora e estrela das produções Disney Selena Gomez escolheu o modelo mais sexy que encontrou no armário: liso e com recortes ousados. Agradou em cheio. Os cabelos soltos e as poucas joias deixaram o modelito reinar quase sozinho – dividindo atenção apenas com os sapatos vermelhos que trouxeram cor ao visual da namorada de Justin Bieber.
Apesar da pouca idade, a musa country Taylor Swift já está sendo reconhecida pelos experts da moda. Seus looks têm sido muito elogiados e não é à toa: a cantora aposta em vestidos poderosos quando sai de casa para alguma ocasião especial. O modelo nude (cor da pele) brilhante deu um ar elegante, mostrando que o clássico nunca sai de moda.
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O astro do seriado Glee Matthew Morrison optou pelo duo jeans e paletó. A calça curinga em tonalidades mais escuras é uma ótima pedida para quem busca um visual elegante, mas com um quê despojado. A combinação ficou ainda mais harmônica com o sapato social e a camisa azul de botões abertos. Um look com pouca margem de erro para a ala masculina.
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foto: Isaac Brekken/stringer/Getty Images
foto: Isaac Brekken/stringer/Getty Images
O cantor de rap Nas apostou em uma combinação mais descontraída e acertou. A jaqueta de couro com jeito de gasta deixou o visual mais cool, junto aos óculos estilo aviador. E para não dizer que seu estilo musical e sua fé ficaram de lado, fez questão de colocar a correntinha de prata. Afinal, para ter estilo é preciso dar um toque pessoal.
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Em uma noite especial é preciso investir no seu melhor look. Confira nossa lista com os quatro mais bem vestidos do evento e suas apostas certeiras por Ana Carolina Ralston
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Ao falar sobre os sete prêmios do Billboard Music Awards que recebeu, Justin Bieber declarou que o que lhe deu mais orgulho foi o de Melhor Artista Novo. “O melhor momento”, declarou, “foi ver os olhos de minha mãe e o quanto ela estava orgulhosa de mim.”
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Artistas responderam com quem gostariam de fazer uma parceria: Justin Bieber mencionou Jay-Z e Will.i.am; Snoop Dogg foi enfático ao mencionar Sade.
BIEBER, artista com mais prêmios na noite, também levou pra casa uma foto com THE EDGE, WILL.I.AM e BONO
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BILLBOARD MUSIC AWARDS 2011 BILLBOARD MUSIC AWARDS 2011 BILLBOARD MUSIC AWAR
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stage 1. Nada de perder a hora: THE BLACK EYED PEAS, o quarteto fantástico, a postos, para receber o prêmio de Melhor Grupo
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2. JAY-Z: ele não ganhou nenhum prêmio, mas levou pra casa o principal troféu da noite, a esposa Beyoncé
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4. TAIO CRUZ e a estrela de Glee, MATTHEW MORRISON
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3. Reencontro: a Artista do Milênio, Beyoncé, e as ex-colegas de Destiny’s Child KELLY ROWLAND (à esquerda) e MICHELLE WILLIAMS (à direita)
5. Depois de subir ao palco com a tia Beyoncé, DANIEL JULEZ descansa no colo de RIHANNA, vencedora dos prêmios de Melhor Artista Feminina e Melhor Artista Top Radio 6. LIL WAYNE abraça a amiga NICKI MINAJ: ela foi indicada em quatro categorias, não levou nenhuma, mas animou a plateia do MGM Grand Garden Arena com suas performances
7. O publisher da Billboard Brasil ANTONIO CAMAROTTI acompanhou a cerimônia ao lado de LISA RYAN HOWARD, publisher da edição americana 8. O diretor editorial da Billboard BILL WERDE aproveitou a oportunidade para entrevistar PAUL MCGUINNESS, empresário do U2, banda condecorada com os troféus de Melhor Artista em Turnê e Melhor Turnê por 360º
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foto: Stephen Lovekin/Getty Images for IMG
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RDS 2011 BILLBOARD MUSIC AWARDS 2011 BILLBOARD MUSIC AWARDS 2011 BILLBOARD MUSIC AWARDS 2011 BILLBOARD M
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fOTO: maria tuca fanchin
Indie desgarrrado
ALLAN MCGEE leva ao alto sua guitarra imaginรกria na noite em que discotecou em Sรฃo Paulo
Depois de construir a grande casa do rock independente britânico, Alan McGee não quer mais saber de trabalhar com música: “Vou vender toda a minha coleção de discos” por Rodrigo Ortega De sobretudo, chapéu, óculos escuros e sempre de olho em seu Blackberry, Alan McGee parece cheio de negócios importantes. Mas há três anos ele deixou de ser um homem de negócios. O escocês de 50 anos se aposentou em 2008 e hoje vive no País de Gales com a família, certo de já ter cumprido sua missão profissional. Alan fundou em 1983 a Creation, um dos selos responsáveis pela massificação do indie rock britânico. Jesus and Mary Chain, Primal Scream, Ride, My Bloody Valentine e Teenage Fanclub tiveram a sua marca. Depois, a explosão do Oasis levou a Creation às alturas e acordos milionários. Nada, porém, que a impedisse de fechar, em 1999. Alan ainda continuou com empreitadas musicais – a maior delas com os Libertines – por um tempo, antes de sair de cena. A viagem ao Brasil para o Festival da Cultura Inglesa, onde discutiu o novo documentário Upside Down: The Creation Record’s Story e discotecou em uma festa, foi um pequeno revival dos tempos de Creation – mas em um país, que, segundo ele, ainda não foi ferrado pelo sistema. Em conversa com a Billboard Brasil, ele conta como foi da euforia dos anos 80 e 90 ao olhar deprimido com que encara o mercado de hoje.
Você acha que a época atual, com muitos artistas escolhendo ser independentes, é semelhante à do início da Creation, nos anos 80, quando surgiu o “indie”? Não, acho que naquela época as pessoas acreditavam no sistema. Mas eu não, então fui atrás. Havia só algumas pessoas como eu: Rough Trade, Factory, 4AD, Mute Records [outros selos independentes britânicos da época], nós fizemos o nosso caminho. Há alguns bons selos de música hoje também, a Domino é legal. Não era tão óbvio o caminho que escolhemos de ser indies. Nós fizemos porque... Eu não sei por que eu comecei um selo... Acho que é porque eu não queria outro emprego. Não porque eu era um megafã de música. Eu gostava de música. Mas não queria ser um motorista de táxi ou coisa assim – não que seja um emprego ruim, mas eu não queria. Dei sorte de ser bom com música. Mas você teve um emprego “comum” (na British Rail) antes, não é? Foi com o dinheiro dele que você começou a Creation? Não, não foi com isso. Eu tinha um clube noturno chamado Living Room, e consegui fazer dinheiro com ele. E então eu comecei a fazer discos, assinei com algumas bandas que começaram a crescer, e foi então que começou de verdade. No documentário (Upside Down), você diz que “quando você tem pouco, isso aumenta as coisas”. Pode explicar isso? Se você tem muito dinheiro, você pode fazer 20 coisas diferentes. Mas, se você não tem, só tem uma ou duas alternativas, e provavelmente vai lutar para fazer alguma delas do jeito certo. Não ter tanto dinheiro definiu a nossa história e provavelmente nos ajudou a longo prazo. Não parecia que estava nos ajudando na época, mas provavelmente, olhando para trás, foi bom. Foi o excesso de dinheiro que lhe fez perder o interesse na Creation? Não, foi porque eu parei de tomar drogas [risos]. As drogas também “aumentam as coisas”.... Elas são ótimas. Mas eu tive que parar de tomá-las porque eu quase morri. Eu tive uma grande crise em um voo de Los Angeles. Então tive que parar. Meu interesse pela música não diminuiu. Gosto de música, gosto dos Beatles... Mas meu interesse pelo negócio é inexistente, eu não me importo mais.
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Um homem e suas bandas Alan McGee lembra os grupos que ajudou a botar no mapa e na história do rock
Por isso decidiu abandonar seu trabalho? Eu perdi o interesse, para ser honesto. O negócio da música mudou muito desde os anos 80 e 90 para as gravadoras. Acho que é uma coisa pessoal também, porque agora eu tenho 50 anos. Meus interesses são diferentes. Eu ainda amo música, mas o negócio não me interessa mais. Mesmo não participando, como você vê o mercado hoje? Eu acho que é muito difícil para todos, para gravadoras também. É muito difícil ser notado, há 15, 20 anos era muito mais fácil. Nos anos 80 ou 90 você podia fazer as bandas crescerem. Agora você tem que ser Lady Gaga: grande imediatamente, senão você está demitido. E que direção você acha que as gravadoras grandes deviam tomar? Morrer. Eles são dinossauros, horríveis, babacas. Mas músicos novos ainda lhe procuram, entregam discos? E o que diz para eles? O tempo todo. Eu digo para eles honestamente que deixei de trabalhar com música, mas se eles quiserem deixar o disco comigo, tudo bem. E digo para que não assinem contratos, que façam as coisas eles mesmos. Algumas bandas são legais. Gostei de uma banda chamada The Grants, de Liverpool. E Glasvegas, de Glasgow. Eu amo Glasvegas. O álbum novo [Euphoric /// Heartbreak \\\] é bom. Allan [James Allan, o vocalista] é um talento impressionante. E quais são seus interesses agora? Eu ainda gosto de bandas novas, as vejo às vezes, gosto de discotecar. Mas gosto principalmente de livros e filmes. Eu vou vender a minha coleção de discos. Sim, quando eu voltar, semana que vem, vou vender tudo relacionado à música: prêmios, contratos. Eu não quero isso mais. Você escreveu em 2009 um artigo entusiasmado sobre um artista brasileiro chamado Babe, Terror. Falou sobre tropicália também. Qual é seu contato com o Brasil? Sim, me lembro do Babe, Terror, era insano, muito bom. Seria legal encontrá-lo aqui. Era interessante e boa a música dele. O Brasil é muito interessante, porque parece um universo à parte do sistema atual. Obama, Cameron, Sarkozy, eles são só marionetes. O sistema bancário domina o mundo. O Brasil é interessante, porque não parece ser dominado por eles como os EUA, a Grã-Bretanha e a França. O que é incomum em países como o Brasil e Alemanha é que são autossuficientes, mesmo que eles tentem ferrar vocês também [risos].
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Jesus and Mary Chain
“Bobby Gillespie me falou deles pela primeira vez [Gillespie era amigo de adolescência de Alan em Glasgow e foi baterista do Jesus and Mary Chain, antes de formar o Primal Scream]. Foi a nossa primeira banda a estourar. Eles eram boas pessoas, ainda sou amigo de Jim e William [Reed, irmãos líderes da banda].”
Oasis
Teenage Fanclub
“Eu não esperava nada disso [que Bandwagonesque, de 1991, fosse um possível sucesso como Nevermind, no Nirvana]. Nós nem esperávamos que fosse um bom disco, nós só os deixamos fazer. E quando nós ouvimos, dissemos “cara, isso é impressionante”. E foi grande, para ser honesto. Vendeu 400 mil, o que é muito. Nos EUA poderia ter vendido um milhão. Mas a gravadora de lá, Geffen, fodeu tudo. Eles os tiraram da MTV. Acharam que não era bom o suficiente, foi surreal.”
Primal Scream
“Foi um tempo incrível [a gravação de Screamadelica, de 1991], e foi um disco ótimo que passou pelo teste do tempo. Ótima banda. O Oasis nos mudou comercialmente, mas a banda que define a Creation é o Primal Scream.”
“As minhas primeiras impressões foram de que eles eram só uma boa banda. Eu já tinha visto toneladas de boas bandas, não tinha a mínima ideia de que eles iriam vender 50 milhões de discos [Alan chutou baixo, foram 70 milhões]. Definitely Maybe vendeu sete milhões, já dava pra ver que era uma coisa grande. É um clichê, mas o momento em que realmente tive certeza do enorme sucesso foi quando eu ouvi “Wonderwall” – tive certeza de que ia vender dez milhões, e no fim das contas vendemos 21 milhões [de What’s The Story (Morning Glory), de 1995].”
Libertines
“Eu só fui o empresário, achei que eram bons. A gravadora me pediu para empresariar. Eu fiz isso até que chegamos ao número 1. Fui convencido. Eu estava em Nova York, me ligaram: ‘Quer voltar para a festa?’. Retornei à Grã-Bretanha, mas, na verdade, não estava muito interessado em fazer isso. Agora eu não sei se eles deveriam voltar. O Pete está na prisão no momento, então eu não faço ideia. Não sei, não sou a pessoa mais adequada para responder isso, você deveria perguntar a alguém mais jovem [risos].”
roaming
por
Ana Carolina Ralston
Algo de delicioso na Dinamarca
Aproveite o tradicional festival de Roskilde para conhecer uma irresistível capital europeia
Programe sua viagem PASSAGEM preço médio (ida/volta): R$ 4.800 HOSPEDAGEM Scandic Palace Hotel ** preço médio: R$ 336/noite •www.scandichotels.com Ansgar Hotel * preço médio: R$ 230/noite • www.ansgar-hotel.dk FESTIVAL Roskilde • www.roskilde-festival.dk NA DINAMARCA Vega • www.vega.dk Copenhagen Jazz House • www.jazzhouse.dk Noma • www.noma.dk M/S Amerika • www.msamerika.dk/ Louisiana Museum of Modern Art • www.louisiana.dk
tradicionais deliciosos como o Grørften, dentro do famoso parque Tivoli. A lista de locais imperdíveis inclui também o M/S Amerika, localizado no cais de Nordhavn, ou algum charmoso bar onde se possa experimentar o típico smørrebrød (sanduíche aberto). De preferência, no bairro de Porto Novo, Nyhavn, região conhecida pela ativa vida noturna, entre bares e boates. Outro sentido a ser aguçado está a apenas 37 km de Copenhague, em Roskilde. A cidade, que foi capital da Dinamarca por 500 anos, abriga desde 1971 um dos mais importantes festivais de música do norte europeu. Ele é organizado por uma entidade homônima – Roskilde Festival –, sem fins lucrativos, que doa o lucro para organizações direcionadas ao desenvolvimento da música, da cultura e do humanismo. Este ano, cerca de 170 artistas se apresentam entre 30 de junho e 3 de julho. Outros quatro dias que antecedem a abertura entram como parte da comemoração, com bandas experimentais e novos talentos da região. O festival acontece em seis locais. O principal, Orange Stage, chega a abrigar 60 mil convidados ao ar livre.
Entre as principais atrações estão: Arctic Monkeys, Iron Maiden, Kings of Leon, The Strokes, Mastodon, PJ Harvey, M.I.A. e Bad Religion. Novas apostas da cena musical também marcarão presença, como Tame Impala, Anna Calvi e Janelle Monáe. O Brasil estará representado nesta edição pela pernambucana Karina Buhr. Ir de Copenhague a Roskilde é fácil. Há em média quatro trens diários que ligam as duas cidades. A viagem dura 20 minutos, o que torna viável o bate-volta para o festival. E, se você quiser música na capital mesmo, o Vega, casa de shows apontada como uma das melhores da Europa, tem em junho shows de Journey, PIL, Eels e Social Distortion. Outra pedida é a Copenhagen Jazz House, que tem shows e até festas com música jazzística para dançar. Para inspirar mais, outro endereço obrigatório é o Louisiana Museum of Modern Art. O museu fica a 35 km da capital (20 minutos de trem) e possui uma incrível coleção permanente de obras, exibições itinerantes e concertos de música clássica. Sua construção é considerada um marco na arquitetura moderna dinamarquesa e uma referência na integração com a natureza. Pronto para conhecer o destino mais visitado do norte da Europa?
No norte do globo: o bairro de Nyhavn, em Copenhague (à esq.) e o Orange Stage no festival de Roskilde que trará este ano TAME IMPALA, KARINA BUHR e KINGS OF LEON fOTOS: copenhague: Guy Vanderelst/Getty Images; orange stage: Klavs Bo Christensen; tame impala: divulgação; karina buhr: Ariel Martini; kings of leon: Jon Furniss/getty images
A Dinamarca anda mexendo com os cinco sentidos do restante do globo. E o curto, mas aprazível, verão local é boa época para conferir por quê. A gastronomia vem sendo um dos principais motivos: mais uma vez o Noma, orientado pelo chef René Redzepi, foi considerado pela revista britânica Restaurant o melhor restaurante do mundo. Para conhecêlo, é preciso reservar com três meses de antecedência, mas existem outros 11 restaurantes com estrelas Michelin na cidade, além de estabelecimentos
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opinião
por João
Marcello Bôscoli
Pílulas soul, pop e um gênio brasileiro Clay Shirky: “Quanto mais fácil para a pessoa média é a publicação, mais médio se torna aquilo que é publicado”.
foto: Frank Micelotta/getty images
Tenho acompanhado muitas matérias falando do neo-soul nos jornais, revistas e TV como se fosse uma novidade muito recente. Citam Cee-lo Green, John Legend e Janelle Monae, mas se esquecem daqueles que lançaram o sub-gênero: Erykah Badu e D'Angelo. O nome “neo classic soul” foi criado pelo empresário-produtor Kedar Massenburg, no meio da década de 90, para descrever o som de seus artistas e causou muitos debates. Por causa do sucesso de sua proposta, Kedar virou presidente da mitológica Motown.
George Michael é o último pop star inglês. Talentoso, carismático e autoconfiante, teria emprego na Motown, Stax ou Atlantic. Jogou a carreira no ralo por livre e espontânea vontade. Assim como Madonna e U2, poderia estar no topo do jogo.
Falando em soul, a onda atual de emular os formatos de composição, os timbres dos instrumentos, microfones e gravadores dos anos 60, tem um componente que também esteve presente no nascimento do neo-soul: o talentoso Raphael Saadiq, fundador do grupo Tony! Toni! Toné!, estar envolvido em dois movimentos de renovação musical na América em curto espaço de tempo não é pouca coisa.
Um dos fundadores da Banda de Ipanema, célebre bloco de rua carioca, foi o agitador e produtor cultural Albino Pinheiro – sobrinho do Custódio Mesquita.
Bruno Mars teria emprego como compositor e produtor na Motown, Stax ou Atlantic dos anos 60?
Seguir artistas no Twitter? E o mito fica onde? Fazendo compras ou almoçando? Os últimos artistas norte-americanos a modernizarem a linguagem musical do R&B sem copiar ou samplear o passado são Stevie Wonder, Michael Jackson e Prince. Quando acontecerá de novo?
Tudo é criado a partir de algo, claro. Todavia, o verdadeiro autor (do latim auctor, augere, aumentar) acrescenta algo pessoal, tornando determinada obra única. É algo pra poucos. Já sua apreciação está ao alcance de todos.
D'Angelo: soul renovado nos anos 90
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Compositor, pianista, baterista e regente, o brilhante Custódio Mesquita (1910-1945) é uma referência para muitos “artistas-referência”. Frequentemente chamado de Tom Jobim dos anos 30 e 40 – por causa de suas harmonias e melodias de outro planeta –, foi gravado por Carmem Miranda, Orlando Silva, Mário Reis, Angela Maria, Dalva de Oliveira e, mais recentemente, por Nana Caymmi e Gal Costa. Parceiro de Noel Rosa, Evaldo Ruy, Geysa Bôscoli e Mario Lago, também escreveu peças teatrais e atuou no cinema com Grande Otelo. É considerado precursor da moderna música brasileira. Desconhecê-lo torna o Brasil menor.
JOÃO MARCELLO BÔSCOLI é músico, produtor e responsável pela gravadora Trama.
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LOOK DE ARTISTA ARTISTA
por
Ana Carolina Ralston
Jaqueta de algodão MCD R$ 650
Polos de algodão
RICARDO ALMEIDA R$ 245
Relógio de aço com strass SWATCH R$ 600 SWATCH
Chapéu de feltro C&A R$ 40
Óculos de sol tipo aviador de metal
RAY-BAN PARA RAY-BAN PARALUXOTTICA LUXOTTICA R$ 693
Cinto de couro Calça jeans
FOTO: MARCEL THOMAS
SIDE WALK R$ 198
Sapato de couro PARAMOUNT R$ 480
LE POSTICHE R$ 139
Jack White Referência no rock contemporâneo, Jack White anunciou em fevereiro a dissolução do White Stripes, duo que o consagrou no começo do milênio. Mas, para tranquiiidade da legião de fãs, suas duas outras bem-sucedidas bandas continuam na ativa: The Raconteurs e The Dead Weather. Nelas, Jack canta, toca guitarra e ainda mostra seu talento com as baquetas. Antes mesmo de se casar com a modelo e cantora Karen Elson, ele já investia em um visual diferente. Preocupado em criar um estilo próprio para suas performances, o músico tratou de usar referências musicais em acessórios e peças de roupas que parecem ter saltado de uma produção de Tim Burton. Já esteve em alguns importantes editoriais de moda masculina e chegou a posar, no ano passado, ao lado da esposa para a Vogue América.
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Karen Elson CRÉDITOS: WWW.RICARDOALMEIDA.COM.BR; WWW.SIDEWALK.COM.BR; WWW.LEPOSTICHE.COM.BR; WWW.CEA.COM.BR; WWW.SWATCH.COM.BR; WWW.MCDBRASIL.NET; WWW.LANCAPERFUME.COM.BR, WWW.PARAMOUNTBRASIL. COM.BR; WWW.LITAMORTARI.COM.BR; WWW.ACCESSORIZE.COM.BR; WWW.MARIAFILO.COM.BR; WWW.CORELLO.COM.BR; WWW.D-FRENT.COM.BR; WWW.DMYLR.COM.BR; WWW.VIVARA.COM.BR; WWW.LUXOTTICA.COM.
A modelo britânica foi capa das revistas de moda mais cobiçadas do mundo. Também colocou sua cabeleira ruiva e seus lindos olhos claros nas campanhas de Yves Saint Laurent, Louis Vuitton, Christian Dior e Chanel. Recentemente, a esposa do músico Jack White resolveu realizar um sonho de infância: produzir um disco com canções próprias. The Ghost Who Walks, lançado este ano no Brasil, leva como título o apelido um tanto cruel que Karen tinha na época de colégio por ser alta e branca – algo como o “fantasma que anda”. E, para sanar esse trauma da adolescência, ela resolveu colocar tudo para fora em canções que trazem uma forte influência folk-rock. E parece que o mundo da moda deixou mais digitais na senhora White do que apenas as tantas capas de revistas e campanhas das quais participou. Seu estilo pessoal, com uma pitada retrô, é bastante admirado.
Casaqueto de tweed com organza LITA MORTARI R$ 2,3 mil
Cardigã de tricô
LANÇA-PERFUME R$ 330
Brincos de ouro branco e diamantes VIVARA R$ 2 mil
Fivela de metal ACCESSORIZE R$ 36
Vestido de algodão e renda DAMYLLER R$ 255
Cinto de couro envernizado
Bolsa carteiro de couro MARIA FILÓ R$ 596
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Sapato boneca de couro D.FRENT R$ 935
FOTO: PASCAL LE SEGRETAIN/GETTY IMAGES
FOTOS: DIVULGAÇÃO
CORELLO R$ 79
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closet
por
Ana Carolina Ralston
O fabuloso destino de Tulipa Ruiz
As surpresas que inspiraram seu primeiro disco, Efêmera
Não é apenas pela curtíssima franja que Tulipa Ruiz lembra a personagem principal do longa de Jean-Pierre Jounet. Seu apartamento, na Consolação, em São Paulo, revela mais semelhanças entre a cantora e Amélie Poulain. Além dos objetos divertidos que possui espalhados pela casa, ambas dão atenção a um tema que Tulipa resumiu no nome que deu ao seu primeiro e único disco, Efêmera: a fugacidade dos acontecimentos da vida contemporânea. “Situações duradouras, assim como momentos vividos em flashes, me interessam. Gosto de pensar sobre o tempo das coisas”, diz. Tulipa acaba de voltar de sua primeira turnê internacional, apenas com voz e violão. Para o segundo semestre, já adianta nova turnê na Europa. Seu primeiro videoclipe – que deu nome ao disco – será lançado neste mês, e o segundo, Sushi, chega em julho, com direção da atriz Leandra Leal. E suas gravuras, que vemos em projeções durante os shows, onde entram? “Pretendo ilustrar a capa do vinil Efêmera que lançaremos em alguns meses. Sonho de infância”, conta. Um velho disquinho não poderia deixar de estar entre seus objetos favoritos.
“Estava andando por Paris e encontrei este disco da trilha sonora do filme Jules et Jim, de François Truffaut. Foi a melhor compra da viagem. Comecei a gostar ainda mais depois que li o Milton Nascimento falando sobre ele. É um dos filmes preferidos do Milton também.”
Lomo Fisheye
“Gosto de tirar fotos com ela por ser analógica e acidental: as fotos com esta câmera são sempre uma surpresa. Ela sai do imediatismo das 40 mil fotos digitais. Você compra um filme de 36 poses e escolhe cada uma delas.”
Regador
fOTOs: ADRIANO VIZONI
“Tinha o sonho de ter uma casa com varanda, plantas e um regador. Quando fui morar sozinha, fui montando tudo aos pouquinhos, e o regador foi a finalização disso! Queria um que fosse como os de desenho animado.”
Caixinha de música Cílios postiços
“Eu adoro! Por isso, a Tiê me deu vários que eram dela. Acabei encontrando um igualzinho ao meu preferido em Londres, durante a turnê. Usei este aqui no show que fizemos por lá.”
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“Fiz aniversário e, um tempo depois, fui presenteada com esta caixinha de música de uma amiga que tinha ido para a Rússia. Este foi o presente mais inesperado e bonito que já ganhei. Todos que chegam em casa a colocam para tocar. É como se a caixinha desse boasvindas a todos que entram aqui.”
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música&moda
por
Ana Carolina Ralston
À moda antiga
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partir dos grandes acontecimentos e passou a ser ditada por estilistas da altacostura, como Pierre Balmain, Hubert de Givenchy e Christian Dior. Os grandes influenciadores de tendências, nos dias de hoje, são os movimentos que acontecem nas ruas. Isso quer dizer que a força da moda saiu, em parte, das grandes maisons e está na leitura individual sobre as últimas décadas – não vividas pela geração atual, porém extremamente admirada por ela. A criação de um estilo próprio, por meio da releitura da moda antiga, chega com força para o inverno 2011: em cores, como o verde e o âmbar; em peças, como o revisitado trenchcoat e o sapato oxford (old school); e em estampas, como os poás (bolas) e listras de marinheiro. Visite as fotografias antigas de família e inspire-se!
foto: t ony barson/wireima Ge
foto: Gilbert carrasquillo/filmma
foto: shirlaine f orest/wireima
Ge
Gic
Costumes, atitudes, ideias de outras épocas... Tudo que já foi inventado serve para entendermos onde estamos e para onde vamos. Na moda não é diferente. O estilo vintage – ou retrô – se baseia na interpretação das roupas usadas nas décadas de 20, 30, 40, 50 e 60. Esta moda, muito em alta na atual temporada, traz à tona um universo vivido tempos atrás. As referências fashion dos anos 20, por exemplo, foram inspiradas principalmente pelo som das jazz bands e pelo charme das melindrosas. Já na década seguinte, com a Grande Depressão que sucedeu o crash da Bolsa de Valores de Nova York em 1929, o vestuário tornou-se mais austero, com peças sem muita ousadia, em cortes mais retos. Ano após ano, a moda foi marcada e reinventada a
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Ge
fo t o: v ict or v ir Gile/ Gammarapho
fo t o: r and y broo Ke /contribut or/ w ireima Ge
Agnes B
Sonia Rykiel
fo t o: vit or vir Gile/contribut
or/ Gamma rapho
fo t o: Karl prouse/ca tw al Kin/ Get t y ima Ges
fo t o: Joe scarnici/wireima
Mundialmente conhecida por ser a voz feminina do grupo The Black Eyed Peas, Fer Gie é presença assídua em inúmeros desfiles das semanas de moda internacionais. Seguindo direitinho a tendência da estação, a cantora esteve nos arredores do Lincoln Center durante o Mercedes-Benz Fashion Week, em Nova York, em fevereiro deste ano.
Além de atriz – ela é o rostinho angelical que ilumina o longa 500 Dias com Ela –, Zooe y Des chane L também faz parte da dupla folk-pop She & Him, ao lado de M. Ward. A moça esteve no PlayStation Lounge, durante o evento The Silver, em Utah, com um visual old school.
Philip Lim
Conhecida por seu jeitinho pin-up, Ka ty Perr y não perde a oportunidade de seguir o estilo retrô. Ela marcou presença no desfile de outono/inverno 2012 de Jean-Charles de Castelbajac, durante a semana de moda de Paris, vestindo um modelito navy e ostentando marcantes madeixas azuis.
Anna Sui
Ex-Oasis, atualmente no grupo Beady Eye, Liam Ga LLa Gher planeja produzir um filme sobre os anos finais dos Beatles. Dono de sua própria marca de roupas, a Pretty Green, ele esteve no lançamento da Black Collection da grife, na Selfriges, em Manchester.
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our stuff
por
Ana Carolina Ralston
Nanonovidades Gadgets com tecnologia de ponta em compartimentos cada vez menores estão entre os principais lançamentos no mundo da música
Reino animal Para aqueles que não resistem a um motivo infantil, a Maxprint anuncia as caixas de som Cartoon Octopus, Panda e Mini Panda. Os aparelhos em formato de bichinhos podem ser usados em computadores, iPods, iPhones, MP3/MP4 players, CD/DVD players e celulares. Com nariz de LED, indicando se o aparelho está ligado ou desligado, a opção animada vai além do rostinho bonito. O Cartoon Octopus possui 20W de potência total, 10W de subwoofer e mais dois canais estéreos amplificados com 5W RMS cada. A caixa de som Panda traz dois canais estéreos amplificados com 3W RMS cada e controle de volume sensível ao toque. Já o Mini Panda chega a um total de 4W RMS, em dois canais amplificados de 2W cada. Sua alimentação de energia é simples, pode ser feita por entrada USB ou três pilhas AAA. Disponíveis por R$ 190, R$ 150 e R$ 77, respectivamente. Informações sobre os pontos de venda estão no site www.maxprint.com.br.
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Na palma da mão
MP3 mini ultra pocket
Quem disse que tamanho não é documento? No mundo tecnológico, quanto mais funções acumuladas em um aparelho bem pequeno, melhor para o consumidor. É por isso que a novidade da Sceptre, conhecida por suas televisões LCDs e monitores de computador, tem dado o que falar. O novo Sceptre Luna Pocket Video Projector & MP3 Player faz tudo aquilo que seu nome diz. Nele, você pode compartilhar imagens, assistir a vídeos ou até apresentar um projeto em uma reunião de negócios. Além, é claro, de escutar a sua playlist favorita. Todas essas funções estão embaladas em um dispositivo que pesa apenas 2,6 gramas, com um centímetro de espessura. A memória do mimo chega a 32GB. Por US$ 120 na loja online www.qvc.com.
Você pode até levá-lo no bolso, mas vai ter que tomar cuidado para não perdê-lo lá dentro: a novidade da Creative chega com 5,5 cm de altura, 4,4 cm de largura e pouco mais de um centímetro de espessura. O ZEN Style M300 é um miniaparelho MP3/Vídeo com até 16GB de memória. O mascote também conta com Bluetooth, entrada Micro-SD e rádio FM. Sua tela é touchscreen e a bateria permite até 20 horas de som. Além do formato MP3, o aparelho identifica WMA (DRM9) e WAV (IMA-ADPCM). O preço vai de US$ 40 a US$ 90, dependendo das especificações, e chega à Europa e aos Estados Unidos neste mês.
Anos 50 high tecH Ele nos faz lembrar os antigos microfones usados nas gravadoras dos anos 50. Mas não é bem assim: entre os equipamentos da época de Elvis Presley e estes aqui existem mais diferenças do que julga nossa vã filosofia. O novo Samson Meteor Mic é um microfone USB, com cápsula de condensador, perfeito para estúdios domésticos, sistemas de podcasting ou para garage bands. A peça é uma solução portátil de alta qualidade para gravar suas performances diretamente do seu computador. O Meteor Mic conta com diafragma largo (25 mm) e uma resolução profissional de 16 bit, 44.1/48Hz. Por US$ 100 na loja online www.bestbuy.com
Você gosta da dobradinha música & esporte? Então vem novidade por aí: os fones de ouvido ActionFit SHQ3000/10 são fabricados com materiais à prova d’água e agentes bactericidas que ajudam a eliminar germes. Os ganchos, ajustáveis para as orelhas, possibilitam um encaixe muito melhor para o usuário durante a prática das atividades físicas. Além disso, o aparelho vem com três tamanhos de protetores de silicone, que ajudam a bloquear ruídos externos. O ActionFit chega às lojas este mês com preço médio de R$ 70. Mais informações sobre pontos de venda no site www.philips.com.br.
Te cuida, iPod! O iPod Touch continua ocupando o primeiro lugar no coração dos amantes da música. Mas, para quem busca uma opção de boa qualidade sonora, economicamente mais acessível e desvinculada do quase onipresente iTunes, o Zune HD 64GB, novo modelo criado pela Microsoft, pode ser uma ótima opção. Sem a riqueza de aplicativos do irmão Macintosh, o aparelho touchscreen permite a você escutar uma boa seleção musical e assistir a vídeos pelo seu acesso Wi-Fi. Você encontra o Zune HD por US$ 260 no site www.buy.com.
Save energy
1, 2, 3... gravando!
Os amantes da música exigem ainda mais energia de seus celulares. Não só para colocar em prática todas as funções musicais que existem atualmente, mas também para ficar horas a fio escutando sua playlist. Além do mais, não há bateria que aguente tantas atualizações no Twitter e no Facebook enquanto rolam os festivais. Por isso, a MiLi lançou no mercado a capa de silicone Power Skin, que vem com um carregador acoplado que chega a duplicar a duração da bateria. A supercapa aumenta a autonomia do iPhone para 19 horas seguidas de música, 5,4 horas de videoclipes e cerca de 230 horas em modo stand by. Pra completar, protege seu companheiro de acidentes de percurso, como quedas e arranhões. A MiLi Power Skin sai por £ 40. Mais informações para compra no site http://www.powerskin.co.uk.
Conhecida pelas pedaleiras e gravadores profissionais, a Zoom chega ao Brasil (pela Royal Music) com a câmera Q3HD. O aparelho faz gravações de imagens em Full HD (1920 X 1080) com dois microfones condensadores, que captam o áudio com qualidade de estúdio, em 24bit/96kHz surround, em ambientes fechados e abertos. A câmera vem com o software Handy Share já instalado, para você editar áudio e vídeo, colocar efeitos e subir o material final para a internet. Com alto-falante, tem memória expansível que chega a 32GB. À venda em www.reference.com.br por R$ 1,2 mil.
fOTOs: divulgaçÃO
Para os esportistas
www.billboard.br.com 79
agenda • junho / julho
Junho QUARTA,
Slayer
Curitiba (PR) Master Hall
8
Junho QUINTA,
Scott Stapp
Belo Horizonte (MG) Chevrolet Hall
9
Slayer
Zélia Duncan
São Paulo (SP) • Via Funchal
SESC Belenzinho São Paulo (SP)
Cut Copy
Scott Stapp
15
Porto Alegre (RS) Teatro do Bourbon Country
Zélia Duncan
SESC Belenzinho São Paulo (SP)
Junho sábado,
Ana Carolina
Natal (RN) Teatro Riachuelo
Curitiba (PR) • Master Hall
Pitty
Porto Alegre (RS) Bar Opinião
16
São Paulo (SP) • Auditório Ibirapuera
A Day to Remember
Curitiba (PR) • Master Hall
Marcelo Jeneci
São Paulo (SP) • Tom Jazz
Roberta Campos
Seu Jorge
Peter Hook & The Light
Billy Paul
Scott Stapp
Scott Stapp
São Paulo (SP) Credicard Hall
14
Junho terça,
ATRAÇÕES: SHARON JONES & THE DAP KINGS, WAYNE SHORTER, JOSHUA REDMAN E MARCUS MILLER
Rio de Janeiro (RJ) • Teatro Oi Casagrande
São Paulo (SP) HSBC Brasil
Rio (RJ) • Citibank Hall
São Paulo (SP) • HSBC Brasil
(GO) São Paulo (SP) • Citibank Hall Anápolis Estádio Municipal
Junho domingo,
Curitiba (PR) • Master Hall
Ribeirão Preto (SP) Radio Club
19
Pitty
São Paulo (SP) • Citibank Hall
Men At Work by Colin Hay
Jota Quest
São Paulo (SP) • HSBC Brasil
Kaki King
22
Junho quarta,
São Paulo (SP) SESC Belenzinho
Gusttavo Lima
Campinas (SP) • SESC
Jota Quest
São Paulo (SP) Villa Country
Marcelo Jeneci
São Paulo (SP) • Tom Jazz
Amado Batista
Porto Alegre (RS) Pepsi On Stage
Ana Carolina
Rio de Janeiro (RJ) • Vivo Rio
João Pessoa (PB) Espaço Cultural
São Paulo (SP) • Estúdio Emme
Rio (RJ) • Vivo Rio
Peter Hook & The Light
Jorge Vercillo
Renato Teixeira
Arlindo Cruz
Djavan
São Paulo (SP) SESC Belenzinho
Natiruts
NX Zero
São Paulo (SP) • Credicard Hall
Kaki King
Belo Horizonte (MG) Chevrolet Hall
17
Junho sexta,
Jota Quest
São Paulo (SP) Credicard Hall
Rio (RJ) • Vivo Rio
Rita Lee
Cut Copy
São Paulo (SP) Estúdio Emme
Nando Reis
Billy Paul
São Paulo (SP) Citibank Hall
Colin Hay
Lages (SC) Parque de Exposição
Roberta Campos
São Paulo (SP) Credicard Hall
Milton Nascimento
Junho sexta,
São Paulo (SP) Via Funchal
Seu Jorge
CPM 22 + Smille + Solar
Belo Horizonte (MG) Chevrolet Hall
Rio de Janeiro (RJ) Vivo Rio
24
Fernanda Takai & Maki Nomiya
Angela Ro Ro
SESC Belenzinho São Paulo (SP)
Curitiba (PR) Master Hall
Junho quinta,
Jorge Aragão
Curitiba (PR) Teatro Positivo
Ed Kowalczyk
Indaiatuba (SP) Parque Ecológico
Oswaldo Bosbah
Jota Quest
São Paulo (SP) HSBC Brasil
Peter Hook
São Paulo (SP) Tom Jazz
Rio de Janeiro (RJ) Circo Voador
Julho domingo,
Ed Kowalczyk
Porto Alegre (RS) Pepsi On Stage
3
Julho quinta,
Marcos e Belutti
São Paulo (SP) Villa Country
7
São Paulo (SP) Tom Jazz
Porto Alegre (RS) Teatro do Bourbon Country
30
SESC Belenzinho São Paulo (SP)
Julho sexta,
Ed Kowalczyk
Rio de Janeiro (RJ) Vivo Rio
1º
19
Julho sexta,
Black Na Cena Music Festival
22
Julho sábado,
Junho quarta,
Revamp
Porto Alegre (RS) Bar Opinião
29
Goldfinger & Reel Big Fisch
Victor & Leo
Os Paralamas do Sucesso
Americana (SP) Parque de Eventos CCA
Julho sábado,
Skank
Castelo (ES) Castelão
Os Paralamas do Sucesso
Os Paralamas do Sucesso
SESC Belenzinho São Paulo (SP)
Julho sábado,
Sérgio Britto
São Paulo (SP) Tom Jazz
Julho domingo,
Rio de Janeiro (RJ) Circo Voador
27
Porto Alegre (RS) Bar Opinião SESC Belenzinho São Paulo (SP)
2
Rio (RJ) Vivo Rio
9
Mr. Big & Jorn
23
Junho SEGUNda,
Revamp
Fernanda Takai & Maki Nomiya
Jorge Vercillo
SESC Belenzinho São Paulo (SP)
Julho sexta,
Dead Fish & Raimundos Rio de Janeiro (RJ) Circo Voador
15
Emmerson Nogueira
São Paulo (SP) HSBC Brasil
Julho terça,
Rio (RJ) • Circo Voador
Adriana Godoy
São Paulo (SP) Tom Jazz
8
26
Junho domingo,
Goldfinger & Reel Big Fisch
São Paulo (SP) • SESC Pinheiros
Os Paralamas do Sucesso
Julho sexta,
Dalua
25
Junho sábado,
Zizi Possi
São Paulo (SP) SESC Pinheiros
Os Paralamas do Sucesso
Nando Reis
Brasília (DF) • Teatro Oi
Fernanda Takai & Maki Nomiya
São Paulo (SP) SESC Pinheiros
Brasília (DF) Teatro Oi
São Paulo (SP) Teatro Abril
13
Junho segunda,
BMW Jazz Festival
Mostra Instrumental Contemporânea
Djavan
Katherine Jenkins
12
Junho domingo,
Atrações: Wayne Shorter, Billy Harper, Sharon Jones, Marcus Miller, Joshua Redman, Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz, Funk Off Brass Band, Renaud Garcia-Fons, Tord Gustavsen e Zion Harmonizers.
Brasília (DF) • Teatro Oi
Porto Alegre (RS) Teatro do Bourbon Country
18
11
Junho sábado,
Rio de Janeiro (RJ) • CAIXA Cultural Rio de Janeiro • Teatro Nelson Rodrigues
Colin Hay
Junho quinta,
10
Atrações: Aeromoças e Tenistas Russas e Eu Serei a Hiena (10); Mostro e Mestre Vieira (11); Fantasmagore e Burro Morto (12)
Rio (RJ) • Circo Voador
Junho quarta,
Junho sexta,
BMW Jazz Festival
Julho sábado,
Danzig
São Paulo (SP) HSBC Brasil
16
Julho domingo,
Danzig
São Paulo (SP) HSBC Brasil
17
Curitiba (PR) Teatro Positivo
24
Atrações: George Clinton, Sandra de Sá, O Baile do Simonal, Tony Tornado (22); Public Enemy, Jorge Ben Jor, Marcelo Yuka, Xis, Black Rio (23); Naughty by Nature, Method Man, Redman, Racionais MCs, Thaíde, Funk Como Le Gusta (24)
São Paulo (SP) • Arena Anhembi
Victor & Leo
Julho quinta,
Bobby McFerrin
São Paulo (SP) Via Funchal
28
Capital Inicial
Belém (PA) Hangar
Julho Sábado,
Elymar Santos
Rio de Janeiro (RJ) Vivo Rio
30
Belo
Jaguariúna (SP) Red Eventos
São Bernardo do Campo (SP) Estância Alto da Serra
As datas e locais estão sujeitos à alteração por parte dos organizadores. sugerimos consultá-los para confirmação das informações. fotos: JOTA QUEST: TOM ANDRADE, ANA CAROLINA:divulgação, skank: weber padua
Black Label Society
ANOTE:
13 de agosto São Paulo (SP) HSBC Brasil
Never Shout Never & Hey Monday 25 e 26 de agosto Porto Alegre (RS) Teatro do Bourbon Country 27 de agosto São Paulo (SP) • Via Funchal 28 de agosto Curitiba (PR) • Master Hall
Judas Priest + Whitesnake
ROCK IN RIO
TEARS FOR FEARS
Eric Clapton
10 de setembro São Paulo • Arena Anhembi
23, 24, 25, 30 de setembro e 1o e 2 de outubro Parque Olímpico Cidade do Rock (RJ)
4 de outubro Porto Alegre (RS) Pepsi on Stage
6 de outubro Porto Alegre (RS) • Fiergs
11 de setembro Rio • Citibank Hall 13 de setembro BH • Chevrolet Hall
8 de outubro Rio (RJ) • Citibank Hall
15 de setembro Brasília • Nilson Nelson
Dionne Warwick
Blind Guardian
x-japan
Katy perry
16 de agosto São Paulo (SP) Teatro Bradesco
9 de setembro São Paulo (SP) Via Funchal
11 de setembro São Paulo (SP) HSBC Brasil
25 de setembro São Paulo (SP) Chácara do Jockey
10 de setembro Curitiba (PR) Master Hall
80 billboard brasil Junho 2011
6 de outubro São Paulo (SP) • Credicard Hall
9 de outubro Belo Horizonte (MG) Chevrolet Hall 11 de outubro Brasília (DF) Centro de Convenções 15 de outubro Fortaleza (CE) • Siara Hall
9 de outubro Rio (RJ) • HSBC Arena 12 de outubro São Paulo (SP) • Morumbi
planeta terra 5 de novembro
Atrações Confirmadas: beady eye, The Strokes, The Vaccines, Peter Bjorn and John e Toro y Moi
São Paulo (SP) Local a ser definido
Nikki Sixx • Rod Stewart • Rancore • Arctic Monkeys • Lady Gaga • John Fogerty • Teenage Fanclub • Eddie Vedder •Jamie Lidell
82 Leandro Sapucahy troca o "samba de bandido" pelo romantismo
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84 Marcelo Yuka: “Funk é o folclore do futuro"
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86 Paul McCartney volta ao Brasil para cantar aos "cariocash"
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87 Mötley Crüe mostra com quantos fios se faz um hair metal duradouro
fOTO: Isabel Pinto
MÚSICA
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Fado ousado Mariza leva as raízes portuguesas ao seu “laboratório do coração”, renova a tradição e vai de Kurt Cobain a Amália Rodrigues Uma das cenas mais marcantes do Rock in Rio é a cantora de voz grave e cabelos curtos fazendo cover de Nirvana com o dia ainda claro, acompanhada em coro pela multidão. Quem pensou só em Cássia Eller berrando “Smells Like Teen Spirit”, em 2001, com certeza não esteve no Rock in Rio Lisboa de 2010. Mariza, 37 anos, fez uma versão mais suave, mas não menos emocionante de “Come As You Are”. A cantora nascida em Moçambique e criada em Portugal achou uma bela conexão com os versos angustiados de Kurt Cobain, mesmo que eles pouco tenham a ver com o gênero que a transformou em estrela portuguesa e queridinha da imprensa mundial: o fado. Mariza não acha que o momento
roqueiro foi a maior ousadia daquele show. Pelo contrário. “Fiz todo o resto do meu concerto de fado em um festival que é só rock, no meio de tantas bandas do gênero. Esse foi o fato mais impressionante, não ter cantado Nirvana”, defende. Desde 2001, com o seu primeiro disco, Fado Em Mim, a “diva da world music”, segundo o jornal britânico The Guardian, dá roupagem mais contemporânea à música tradicional portuguesa. No entanto, seu álbum mais recente, Fado Tradicional (2010), é um mergulho mais profundo, como o título diz, nas recordações musicais e afetivas. “Depois de dez anos de viagens e concertos, este é o disco em que eu tento partilhar as
minhas memórias de infância, do meu bairro, da taberna onde comecei a cantar. São os fados que eu costumava ouvir e que fazem parte da minha cultura fadista”, explica a cantora, que aos cinco anos já cantava no restaurante de seus pais, no bairro da Mouraria, em Lisboa. Em interpretações como a de “Ai, Esta Pena De Mim”, da fadista maior Amália Rodrigues e de José António Serôdio, ela se entrega à intensidade emocional do gênero. “Eu não sou uma artista cerebral, que vai para o estúdio com tudo programado. Gosto quando as coisas vão acontecendo e eu me envolvo. Fazer um disco é como entrar para um laboratório do coração. Tem que haver uma identificação, cantar para expressar
por
Rodrigo Ortega
a nossa alma, os nossos sentimentos. Já que eu não sou autora das músicas, os poemas têm que ser um pouco aquilo que eu gostaria de dizer.” Apesar de saber que no Brasil o fado é “uma música de culto, para pessoas mais atentas culturalmente”, ela está satisfeita com a recepção. “Cantar no Brasil tem sido uma agradável surpresa. O meu público aí tem uma visão de música, de cultura, muito modernizada”, diz. Mariza, que já cantou em navios de cruzeiros no Brasil antes das gravações profissionais, acha que “essa história da distância entre Brasil e Portugal não é bem assim”. Ela comemora o fato de que “os artistas brasileiros também são muito bem recebidos aqui, assim como eu sou aí”. www.billboard.br.com 81
fOTO: divulgacão
AGORA
multimídia
Estética extrema
banda paralela de Nikki Sixx, do Mötley Crüe, redefine o significado de beleza em This Is Gonna Hurt por Christa Titus Parece obra do destino que a edição anual com a lista das pessoas mais bonitas da revista People tenha chegado às bancas ao mesmo tempo em que “Lies Of The Beautiful People”, primeiro single do novo álbum do Sixx: A.M., detona nas paradas de rádio rock da Billboard. Afinal, a música foi inspirada no desprezo do baixista Nikki Sixx por rankings de beleza. “Não é das pessoas da revista [que eu não gosto]”, diz Sixx sobre a música que abre This Is Gonna Hurt, lançado nos EUA em maio pela Eleven Seven Music. “É que [a vida] pode ser mais do que apenas uma versão da beleza.” Em três semanas, “Lies” vendeu 25 mil cópias, de acordo com o Nielsen SoundScan. O álbum de estreia do Sixx: A.M., The Heroin Diaries Soundtrack, de 2007, foi um hit inesperado cujo single, “Life Is Beautiful”, chegou ao número 2 tanto na parada Active Rock quanto
na Heritage Rock. O disco acompanha o perturbador relato de Sixx sobre seu vício em heroína, The Heroin Diaries: A Year In The Life of a Shattered Rock Star. O álbum teve 344 mil cópias comercializadas e o livro estreou em quarto lugar na lista de mais vendidos do The New York Times. O Sixx: A.M. é um projeto feito na base do “amor”. O vocalista James Michael é um compositor/produtor bastante requisitado (Papa Roach, Scorpions). O guitarrista DJ Ashba também produz, compõe música para filmes e toca no Guns N’ Roses. E Sixx equilibra o tempo que passa como baixista do Mötley Crüe com o trabalho em fotografia, a supervisão de sua linha de roupas Royal Underground e a produção de dois programas de rádio. A banda não pretendia fazer de seu novo álbum uma peça para acompanhar
Novo single do Sixx: A.M. faz sucesso
outro livro. Mas, quando Ashba e Michael viram as fotos que Sixx ia incluir (This Is Gonna Hurt: Music, Photographyand Life Through the Distorted Lens of Nikki Sixx, publicado em abril pela Harper Collins), surgiu a centelha criativa para o novo álbum. A série This Is Gonna Hurt: The Documentaries (disponível na web) reforça o desejo de Sixx de transformar o projeto numa experiência multimídia.
Samba
Nova bossa
Malandro noutra onda
Tons e tais
82 billboard brasil Junho 2011
Chega de falar de violência
Malandro Também Ama é na verdade o quarto disco da carreira dele, que antes tinha gravado também Leandro Sapucahy Cantando Roberto Ribeiro (2009) homenagem ao cultuado intérprete (1940-1996). “Eu quero ter um histórico de sambista. Olhar para trás e ver uma discografia bacana. Ver minhas músicas tocando nas rodas, mesmo que não toque no rádio.”
o carioca Rodrigo Sha renova standards sob o diapasão de Roberto Menescal
fOTO: divulgação
fOTO: Washington Possato
LEANDRO SAPUCAHY DEIXA NO PASSADO O SAMBA DE CRÔNICA POLICIAL E ABRAÇA O ROMANTISMO por Henrique Crespo Em Cotidiano (2006) e Favela Brasil (2008), seus dois primeiros discos, ele foi fundo em um samba de crítica social, que também funcionava como uma espécie de crônica policial do Rio de Janeiro. Agora, Leandro Sapucahy volta com Malandro Também Ama, que representa uma guinada de 180º e se mostra um compositor romântico e esperançoso. Os álbuns anteriores foram elogiados, mas também receberam críticas que classificavam sua música como “samba de bandido”. Questionado se teria sido essa a motivação para a mudança, Leandro responde: “Eu fiquei realmente com esse rótulo e isso começou a influenciar o meu dia a dia. As pessoas começaram a dizer que eu só falava em violência”, e completa: “A tentativa desse disco é de mostrar que eu também sou um cara doce. Já protestei e fiquei indignado como todo mundo. Não quer dizer que eu tenha que ficar protestando o resto da vida”.
Os segmentos de vídeo mostram a banda discutindo o que o novo álbum significa e apresenta algumas das pessoas fotografadas por Sixx, como Amy Purdy, que perdeu as pernas devido à meningite viral. Sixx está fazendo a promoção do álbum com uma turnê de autógrafos em seu livro por 11 cidades americanas – rotina que interrompeu para vir ao Brasil e que irá retomar em junho, quando começa a turnê de verão com o Poison.
O pai do Tom
Tom é o nome do filho de Rodrigo Sha, mas também do seu novo álbum. O título do mais recente filho musical desse instrumentista e compositor, que já tocou com Bebel Gilberto e BossaCucaNova, entre outros, é, sim, uma homenagem ao rebento. Mas também faz referência a “todos os tons da vida, inclusive a Tom Jobim, claro”, diz Rodrigo. Roberto Menescal, um dos principais nomes
relacionados à história da bossa nova, coassina três canções com ele (sozinho ou com outros parceiros) e também os arranjos. E é justamente o gênero mais associado ao conhecido músico e produtor que permeia todo o disco do pai do Tom. Além das seis músicas inéditas, o álbum traz cinco versões para standards como “My Funny Valentine” (Rodgers e Hart) e “Night And Day” (Cole Porter). “O projeto nasceu dessa ideia do Menescal de regravar músicas conhecidas mesmo. Foi um desafio”, conta ele. A atmosfera suave desse terceiro disco solo – antes ele lançou Corpo E Alma (2002) e Todo Mundo (2008) – foi proposital. “O disco tem a intenção de ser agradável.” Sua estreia discográfica, em 1997, com Em Movimento, disco da sua extinta banda Ideia Rara, aparentemente mostrava um outro Rodrigo, que ele garante ainda estar ali. “Eu continuo sendo pop.” H.C.
fOTO: Jim Paussa
INDIE
Bardo novo
3
perguntas
para Rod Stewart
O londrino Rod Stewart, 66 anos, encarna o termo “ícone musical”. Tocou em bandas clássicas como o Jeff Beck Group e o Faces, fez sucesso pop e com sua série de álbuns Great American Songbook. Em 2001, ultrapassou a marca dos 100 milhões de álbuns. A partir de 24 de agosto, o Cantor inicia uma residência como atração fixa por dois anos e 52 shows no Colosseum at Caesars Palace, em Las Vegas. Com o sub-título The Hits, o show de Stewart terá como foco “músicas que me fizeram famoso”, diz. Uma banda com 13 integrantes vai lhe permitir explorar seu repertório de standards e também o 40º aniversário de dois de seus trabalhos mais marcantes, Every Picture Tells A Story (1971) e Never
Na casa de show londrina The Forum, no bairro de Camden Town, meninas entre 18 e 25 anos não desgrudavam a bunda do chão, coladinhas no palco. Estavam ali para ver Benjamin Francis Leftwich. O cantor e compositor nascido há 21 anos, em York, foi uma das sensações do Camden Crawl Festival 2011, em abril. No teatro, a programação do dia ainda traria Wolfgang, The Guillemots e Lemonheads. Mas ali, às 18h30, o palco era dele. Tímido, cabelo cuidadosamente arrepiado e minimalista, sussurrou um “hi” e tocou seus 30 minutos de folk intimista. Por mais que a promessa de novo suspiro indie fosse endereçada às jovens que povoavam 70% da plateia, o som de Benjamin Francis comoveu a todos os marmanjos e curiosos com canções como “Pictures”, “Box Of Stones” e “Atlas Hands”, que fazem parte de seu primeiro álbum, Last Smoke Before The Snowstorm. O disco sai em julho na Inglaterra, onde a imprensa já destacou seus EPs anteriores (Pictures e A Million Miles Out) com adjetivos que vão do “lindo” ao “magnífico”. Benjamin traz em sua música ecos dos falecidos Elliott Smith e Nick Drake, além da canadense Feist. Mas garante que suas grandes influências de berço são Rolling Stones, Bob Dylan e Nina Simone. O fato é que, cercada de boas referências,
fOTO: kate elson
Benjamin Francis Leftwich causa sensação no circuito folk londrino e promete ganhar espaço nos festivais ingleses de verão por Marcelo Damaso
Novo nome do folk
sua timidez melodiosa e afinada tem tudo para ganhar plateias maiores. Após sair em turnê com a banda folk inglesa Noah and The Whale, Leftwich foi chamado para participar dos festivais Glastonbury, Dot-To-Dot, Bestival, Boardmasters e Green Man.
A Dull Moment (1972), bem como o material que será parte de um álbum voltado para o blues no qual está
1 2
3
Phil Gallo
Elton John e Celine Dion criaram shows que só seriam possíveis em Las Vegas. O que você terá que só será possível em Las Vegas? Nada. É um show de rock'n'roll. Não haverá mágicos ou anões, só um bom show de rock. O quanto você já evoluiu no álbum que está gravando com Jeff Beck? Não será um álbum só de blues. Será 70% blues: músicas de Muddy Waters, Howlin' Wolf, uma faixa de Jimmy Reed. Mas nós as atualizamos bastante. Refizemos “Tiger In The Tank”, de Muddy – ele deve estar se revirando na sepultura. Acho que todos eles vão se revirar: Little Walter, Jimmy Reed... Nós viramos essas canções de cabeça para baixo. Jeff e eu teremos uma reunião de cúpula para decidir o que faremos em seguida. Não há pressa para este álbum. Há boatos sobre uma reunião dos Faces com Ron Wood. Vai realmente acontecer? O problema com o Ronnie é que a gente se encontra e faz um som, mas ele ainda está comprometido com os [Rolling] Stones. Falando por mim e pelo resto da banda, precisamos de alguém com comprometimento. Quando ele tiver terminado com os Stones, não importa quando isso acontecer, vou adorar fazer isso.
Peso sem bandeira
Pra lá do tum-pá-tum-pá
Tatuados mas sem rótulos, Rancore conta com produtor Rafael Ramos para ir além do hardcore
fOTO: divulgação
trabalhando com o guitarrista Jeff Beck. por
Eles não querem rótulos
A sinopse é repetida: banda pescada do circuito hardcore paulista quer ampliar público além da roda de pogo. Mas a história do Rancore, com o novo disco, Seiva, produzido por Rafael Ramos (Los Hermanos, Pitty), é peculiar. Em vez das referências emo e colorida recentes, a base foi o som dos anos 90 de Rancid, Fugazi e At The Drive In. Outra diferença é que eles não vêm em cardume. “A gente não levanta a bandeira de movimento nenhum”, afirma o vocalista Teco, 24. A partir do segundo disco independente, Liberta (2008), o público cresceu com uma marca visível. “Fiz uma tatuagem com a imagem da capa do disco. Logo apareceram três fãs com a tatoo. Depois cinco. Hoje tenho fotos de 300 pessoas com a tatuagem”,
por
Rodrigo Ortega
conta Teco. Os shows lotados no Hangar 110 chegaram aos ouvidos de Rafael Ramos. “Tinha uma seita seguindo o Rancore que nem eles sabiam de onde tinha saído. Em uma semana, dez pessoas diferentes vieram me falar deles”, lembra Rafael. Ele resolveu produzi-los, mas não na velocidade do 1-2-3-4. “Foram nove meses ensaiando e dois no estúdio. E eu acompanhei tudo”, diz Rafael sobre Seiva. O som foi além das referências iniciais. “Eu disse: ‘Não quero igual a Pixies, ou a Fugazi. Quero que entendam a liberdade dos Pixies de serem diferentes e do Fugazi de ir além do ‘tum-pá-tum-pá’”, conta. “Jeito Livre”, música de trabalho com um pé no freio e outro na distorção, indica que eles entenderam o recado. “Por enquanto ninguém rotulou a gente – ainda bem”, comemora Teco. www.billboard.br.com 83
AGORA
Rock de fé
Vida após o Live fOTO: divulgacão
Ed Kowalczyk segue na luta com álbum cristão, mas não quer perder seguidores dos velhos hits
Ex-Live toca no Brasil
“Quando me mudei para a Califórnia, falei de brincadeira com os meus amigos que, mesmo não sendo ator, eu deveria fazer um filme, já que estava em Los Angeles. O David Fincher, que era fã da minha música, levou a sério e me mostrou um roteiro, pra saber o que eu achava. Gostei muito, então ele me chamou para fazer uma ponta como garçom”. O filme era o clássico Clube da Luta, de 1999, dirigido por Fincher, e o ator por acidente foi Ed Kowalczyk (pronuncia-se “co-uoltchec”), então vocalista do Live. Mesmo com um pequeno papel, as gravações foram cansativas, e só serviram para Ed ter certeza de que “isso é muito mais difícil do que estar em uma banda de rock” e seguir com a música. Em carreira solo desde 2009, quando o Live terminou, o americano vem ao Brasil para shows em São Paulo (30/6), Rio de Janeiro (1º/7) e Porto Alegre
por
Rodrigo Ortega
(3/7), na turnê do seu disco Alive, de 2010. A semelhança entre o nome da antiga banda (que terminou de uma maneira pouco amigável, com brigas por pagamentos que Ed não comenta) e do novo disco solo não é mera coincidência: “No meu show, além das faixas novas, toco todas as músicas clássicas do Live: ‘Pain Lies On The Riverside’, ‘Operation Spirit’, ‘Lightning Crashes’”, ele faz questão de citar. Ed sabe que o Brasil é um grande reduto de antigos fãs do grupo: “Foi o primeiro país em que fizemos bastante sucesso fora dos EUA, por causa de ‘Pain Lies On The Riverside’ [de 1991], que foi a primeira canção que eu escrevi na vida”, conta Ed. Além de antigos hits, os fãs podem esperar novas faixas ainda mais carregadas de temas espirituais – Alive chegou ao 6º lugar das paradas de álbuns cristãos da Billboard. O single “Grace”, por exemplo, foi feito depois que ele assistiu às imagens dos terremotos do Haiti em 2010 e “ficou emocionado com as pessoas que conseguiram encontrar a esperança no meio de tanta tragédia”. Mas Ed diz que não quer restringir seu trabalho a uma só religião, e cita o líder do U2 como modelo: “Sempre admirei o Bono por ser um cara associado à fé cristã, mas ao mesmo tempo fazer música que qualquer pessoa do mundo, de qualquer religião – ou sem religião – possa se identificar”, diz.
Novo disco
Funk, mulheres e outras armas Marcelo Yuka está há seis anos sem lançar disco. O último trabalho foi com o F.UR.T.O. (Sangueaudiência) – projeto que teve depois de sair da banda O Rappa –, mas ele já está preparando sua estreia solo. “É um disco que estou fazendo com calma. Tenho um estúdio em casa e trabalho todo dia”, explica, antes de dar algumas pistas. “Tem teclados vintage, sintetizadores antigos...” A produção de Apollo 9 vai trazer o dub como um elemento forte, assim como o funk carioca, gênero que o entusiasma. “É o folclore do futuro, a primeira música digital brasileira, é popular, moderno e desafiador”, enumera. O samba é outro elemento que não poderia faltar: “Originalmente eu pensei em fazer um disco de samba, mas depois mudei os planos”. Uma composição inédita do gênero, ainda sem título, vai estar no álbum, com 84 billboard brasil Junho 2011
a participação de Seu Jorge. E por falar nisso, Yuka diz que tem planos de lançar em breve um disco junto com o compositor de “Burguesinha”. “Já tem até título – vai ser Padrinho e Afilhado. Foi ele que veio com essa ideia.” No álbum solo, Yuka vai contar com as vozes de Céu, Cibelle, Amora Pêra e Marisa Monte – esta última também como coautora de uma das canções. “Fui vendo com o tempo que a voz feminina pode cantar bem e com propriedade aquilo que eu escrevo. Eu costumava achar que era um universo muito masculino, mas não é” explica. As letras de Yuka sempre foram engajadas, e versos como “todo preso é político/ só ele que não sabe disso”, de uma música ainda sem título, mostram que essa vertente continua. Mas ele diz que agora de uma maneira um pouco diferente. “Eu estou olhando pra dentro para entender melhor o meu redor – mas continuo batendo nas portas. Este disco novo apresenta outras armas pra lutar.” Dia 23 de julho, Marcelo se apresenta no festival Black na Cena, na Arena do Anhembi. No show ele vai adiantar duas novas músicas e tocar também algumas de suas composições mais antigas como “A Carne”, que já foi gravada por Elza Soares e pelo Farofa Carioca. Amora Pêra – uma das integrantes do grupo Chicas – vai estar no vocal da banda.
por
Henrique Crespo fOTO: Paulo Gouvea
MARCELO YUKA VOLTA COM NOVAS INFLUÊNCIAS E ACOMPANHADO DE MARISA MONTE, CÉU, CIBELLE E AMORA PÊRA
Yuka estreia solo
AO VIVO
JOHN FOGERTY • CITIBANK HALL (RJ) • 6/5
Flanelinha eterno fOTO: luciano oliveira/divulgação
aos 66 anos, ex-líder do Creedence Clearwater Revival mostra que o tempo, para alguns, não passa
Em sua primeira vez na América do Sul, JOHN FOGERTY trouxe simpatia, carisma e uma voz praticamente intacta
A banalização do adjetivo histórico é idiotizante, mas, veja bem, quando Erasmo Carlos, do alto de suas 69 bem vividas primaveras, sai de um show de rock’n’roll impressionado feito um moleque, a tentação de cuspir o clichê é grande. “Não tem telão, não tem negócio de luz, é só som, bicho!”, vibrava o Tremendão, logo depois de pagar o estacionamento do shopping Via Parque, na Barra da Tijuca. O responsável por essa empolgação toda completaria 66 anos alguns dias depois daquela noite, e estava se apresentando pela primeira vez na América do Sul: John Fogerty, o homem, o mito, as canções do Creedence Clearwater Revival. Cabelos pintados, boa forma física, voz praticamente intacta, atingindo notas altas em seu estilo rascante ímpar, e tocando muito, com ataque e técnica invejáveis, ele também foi uma flor de simpatia e carisma. Trocando de guitarra sem parar (usou sete ou oito modelos ao longo de cerca de 100 minutos no palco), John encheu de carisma e emoção uma casa de shows bizarramente não lotada (o genérico Creedence Clearwater Revisited, em passagens anteriores, atraiu mais gente, vai entender...). Menos constrangedor que os lugares vazios foram devidamente invadidos antes do fim da primeira música, “Hey Tonight”. E o irresistível balanço de “Green River”, emendada a seguir, trouxe à tona a legendária cordialidade do carioca. Com pelo menos 500 pessoas sacolejando em pé e obstruindo a visão de quem não tirou o bumbum da cadeira, ecoaram gritos de “senta, pooorraaa!” e respostas à altura. Era a hora certa para John lembrar Woodstock e citar “o meu amigo Carlos Santana”, na introdução de “Who’ll Stop The Rain”. Foi uma trégua breve, pois o embalo de “Susie Q” levantaria a plateia logo depois. Inútil gritar palavrões. Fogerty fez velhos e novos traseiros decolarem ao enfileirar “Lodi”, “Born On The Bayou” (a favorita do Erasmo) e “Ramble Tamble”. Em arranjos pouco distantes
por
Pedro Só
dos originais, a banda foi aos poucos mostrando seus valores individuais, a começar pelo excelente batera Kenny Aronoff, requisitadíssimo em estúdio e no palco (entre seus clientes, de Elton John a Smashing Pumpkins, passando por Bon Jovi). Nas guitarras, o rocker insuspeito James Intvedl (exThe Blasters) e um sósia de Michael Anthony, do Van Halen, Hunter Perrin. No baixo, um preciso David Santos e, nos teclados (e eventuais violão e guitarra), o surpreendente dinamarquês, Anders Mouridsen. Foi lindo ver essa turma toda (à exceção de Kenny) fazendo duck walk durante “Old Man Down The Road”. Raro sobrevivente da geração Woodstock que jamais foi além de baseados recreativos, John Fogerty mostrou-se superfamília nas falas de palco. “Have You Ever Seen The Rain”, originalmente uma amarga constatação da crise que acabaria com o Creedence, foi introduzida com agradecimentos à “maravilhosa esposa Julie, arco-íris em minha vida há 20 anos”. Antes de “Rock’N’Roll Girls”, menção carinhosa à filha Laurie. Galante em sua indefectível camisa xadrez, ele homenageou as mulheres presentes com uma ótima versão de “Oh, Pretty Woman”, de Roy Orbison (que pareceu feita sob medida para seu timbre vocal), sucedida por “I Heard It Through The Grapevine”, clássico da Motown, em versão bem mais concisa que a gravada pelo Creedence. Depois de esmerilhar na guitarra em “Keep On Chooglin”, que contou até com introdução à Van Halen, foi a vez do próprio John ser saudado pelo público com um coro de aclamação espontânea: “Fo-guer-tí! Fo-guertí!” Dali em diante, rolou farta retribuição do artista, culminando com os petardos “Bad Moon Rising” e “Fortunate Son”, e um bis com o hino “Rockin’ All Over TheWorld” e “Proud Mary” em meio a autógrafos, distribuição de palhetas e carinhos nos marmanjos – infelizmente com fim. Que volte sempre, santo homem! www.billboard.br.com 85
AO VIVO
WHISKY FESTIVAL • CIRCO VOADOR (RJ) • 12/5
A banda menos cínica da cidade fOTO: luciano oliveira/divulgação
Teenage Fanclub comove cariocas com doces canções destiladas artesanalmente durante a carreira
NORMAN BLAKE: som precioso em estreia carioca
Em 2004, eles encantaram Recife, Curitiba e São Paulo (com TRÊS noites no Sesc-Pompeia a preços populares). Desta vez, voltaram à capital paulista para tocar no The Week e finalmente conseguiram conhecer o Rio de Janeiro, onde até apelido particular têm junto a sua torcida: Teenajão (pronuncia-se rimando com Molejão). O Circo Voador, meio que ao estilo Engenhão do rock, não lotou – mas quem estava lá não tem por que lamentar o fato. Nunca foi tão confortável ver um show internacional maravilhoso na fila do gargarejo: dava para rodopiar de olhos fechados (era um festival de scotch, e o ingresso dava direito à primeira dose...) ou girar os braços feito uma libélula numa boa, sem agredir ninguém na periferia. Se, de 2004 pra cá, a discografia do grupo escocês não teve acréscimos de alto impacto (dois álbuns medianos, Man-Made e Shadows), pouco importa. O sacolão de doces melodias de Norman Blake, Ray McGinley e Gerard Love, todos cantantes, todos autores, já seria um tesouro se eles tivessem parado de produzir há mais de uma década. Sem forçar a máquina, à meia pressão, Blake e seus colegas tiraram um som precioso do PA, valorizando as canções deliciosamente melosas que ensinaram gerações de indies e simpatizantes cariocas a amar (nem todo mundo no balneário começa com a Marrom).
Os quarentões iniciaram com repertório recente, delicadinho e menos conhecido, fazendo a curva a partir de “Don’t Look Back” e decolando com uma sequência de seis legítimas herdeiras da escola Byrds- BeatlesBig Star de power pop... Puro malte auditivo, “Alcoholiday” levou ao êxtase velhos cultores de Bandwagonesque (disco de 1991 que projetou a banda), boa parte deles a harmonizar um “ããã... ããã” com versos férias ao superego como “went to bed, but I’m not ready/ baby, I’ve been fucked already”. As manifestações de carinho devem ter desconcertado os astros : teve desde invasão de palco para agarrar integrantes até gritos nonsense de “Lacraia!” perto do fim. Mas, para nenhum tolinho reclamar de flacidez ou excesso de fofura, o final foi com a distorcida “Everything Flows”, a satisfazer os fãs “true” da banda menos P.S. cínica da cidade de Glasgow.
PAUL MCCARTNEY • ENGENHÃO (RJ) • 23/5
Olha ele aí de novo... A gente já sabia bem que ele diz isso pra todas – estava bem fresquinho na memória – mas, e daí? Em novembro do ano passado, apenas cinco meses atrás, Paul tinha começado se derretendo pelo gaúchos, depois passou duas noites galanteando paulistas. No Rio não poderia ser diferente: sua primeira vez no Brasil tinha sido na Cidade Maravilhosa; aliás, as duas primeiras vezes. Em 20 e 21 de abril de 1990, aos 47 anos, em um estádio que não existe mais (o Maracanã, atualmente em obras), o ex-beatle cantou para cerca de 180 mil pessoas – na mais cheia das noites, a segunda, o feito registrado pelo Livro Guinness aponta 184 mil pagantes, recorde para eventos com apenas uma atração. Vinte e um anos depois, ele voltou ao balneário para encarar outras duas noites em um estádio pouco amado pelos cariocas, o Engenhão, apelidado Vazião por sediar alto número de eventos esportivos com público pequeno. 86 billboard brasil Junho 2011
Ali, cumpriu seu primeiro papel sem precisar entrar em cena: os 45 mil ingressos colocados à venda para cada data se esgotaram rapidamente. A excelência musical na execução, a espantosa performance física – e principalmente vocal – do senhor de 68 anos, o repertório incrustado de joias da canção popular ocidental... Tudo isso se repetiu no Rio – com pequenas alterações, no caso do set list. O que mudou mais foi a porção entertainer/ bajulador de multidões. Mais relaxado (ou mais fanfarrão), Paul carregou no esforço fonético para emular o sotaque carioca, pontuando as duas horas e meia de show com “djimaish”, “valhieu” e declarações de amor aos “cariocash”. Rolou o tradicional número de receber mocinhas no palco e interagir com elas de maneira gentil, permitindo a elas uma casta casquinha... A plateia, que na véspera havia emocionado com uma ação previamente arquitetada (milhares de cartões com “na” brandidos durante “Hey Jude”), se
fOTO: luciano oliveira
Ex-beatle volta ao Brasil cinco meses depois da última passagem, e plateia carioca se esforça para fazer a diferença
PAUL MCCARTNEY, no Engenhão, e o panfleto de instruções para a homenagem carioca
mobilizou para surpreender de novo (veja ao lado as “instruções” distribuídas). Mais interessantes, porém, foram as interações musicais espontâneas ao fim de “Back In The U.S.S.R”, com as harmonias vocais a cargo da multidão. Pouquíssimos dominam um estádio como Paul. Mas só ele tem P.S. a sedução dessas canções geniais.
MÖTLEY CRÜE • CREDICARD HALL (SP) • 17/5
Urros de virgem
Quem precisa de calças pegando fogo? A primeira vez com uma lenda dos excessos hard rock provoca espasmos de alegria selvagem e descabela até os mais glabros por Arnaldo Branco Envelhecer pode ser a pior desgraça para uma banda como o Mötley Crüe, que tem um compromisso vitalício com o espírito adolescente tanto na obra (“Too Young To Fall In Love”, de 1984, e a cover “Smoking In The Boys Room”, que a sucedeu como single) quanto no estilo de vida (tretas, sex tapes, irresponsabilidade no trânsito etc). Mas e quando a plateia segue o exemplo dos ídolos e se recusa a amadurecer? O resultado é um Credicard Hall lotado de fãs de primeira hora (gente com déficit capilar para curtir um gênero que já foi chamado de hair metal) e mais alguns de primeira viagem, os únicos que ficavam bem nas calças justas. A abertura ficou a cargo do Buckcherry, banda cujo feature mais impressionante é a habilidade do guitarrista de traços asiáticos Stevie D. para arremessar palhetas longe como se fossem shurikens. Com uma postura de palco de altos teores de sensualização, o Buckcherry às vezes lembra paródias do estilo rock farofa como Darkness e Steel Panthers, mas agradou aos iniciados que cantaram juntos hits como “Crazy Bitch”. Com a pontualidade de um senhor de idade que precisa tomar remédio, o Mötley Crüe entrou em cena pela primeira vez em território brasileiro com “Wild Side”, provocando o primeiro urro de reconhecimento coletivo – aquele que se dá segundos depois das notas iniciais de uma canção. Foram mais quinze desses ao longo da noite, registrando queda de intensidade apenas em “Saints Of Los Angeles”, única da fase mais recente (2008) e obscura da banda. Foi um show cronometrado, principalmente porque o guitarrista Micky Mars sofre de uma artrite degenerativa que paralisa sua coluna vertebral e o está transformando em uma estátua – tocou alguns solos escorado no cenário (uma tentativa de metrópole pós-apocalipse de papelão). Mas o repertório racionado serviu para condensar a alegria selvagem com que cada música era recebida. Em “Shout At The Devil” e “Girls, Girls, Girls”, músicos e público competiram no quesito volume. Embora seja confundido com grupos mais suaves como Poison e Bon Jovi, o Mötley é uma banda de rock pesado que exagerou na maquiagem e, como o lobo da fábula, pagou por estar com o dress code errado quando o grunge varreu o glam metal das paradas nos anos noventa. Por isso, apesar do visual andrógino dominar a pista e das muitas mulheres com força na peruca em circulação pela casa, várias rodas de pogo se formaram e os presentes bateram cabeça à vontade. E a banda correspondeu ao clima roquenrou: o baterista Tommy Lee deu uma garrafa de uísque para a turma do gargarejo beber e passar adiante; o baixista Nikki Sixx brincava com um microfone especial que fazia evoluções no ritmo das músicas e o vocalista Vince Neil batia palmas para o grito (não muito roquenrou) de “olê, olê, olê, olê, Mötley, Mötley”. A noite terminou com o bis de uma música só, “Looks That Kill”. Talvez alguns puristas se ressintam de ter perdido os shows do tempo em que Nikki Sixx botava fogo nas calças (não é imageria homoerótica, o baixista realmente fazia isso com fluido de isqueiro). Mas esses não deram as caras no Credicard Hall.
Mötley Crüe: uma grande banda na metrópole de papelão
TOMMY LEE, estrela de sex tape, firme na baqueta
VINCE NEIL cheira o cangote de NIKKI SIX
VINCE faz pose para o YouTube www.billboard.br.com 87
AO VIVO
Natura Nós • Chácara do Jóquei (SP) • 21/5
Marcha relax Correria, gritos, explosões e tropa de choque. A tarde de sábado não foi calma em São Paulo. Poucas horas antes do festival Natura Nós, a “Marcha da liberdade de expressão”, na Av. Paulista, terminou em clima hardcore. O oposto rolou à noite, para 20 mil pessoas na Chácara do Jóquei. Sem sobressaltos – e sem chuva, para sorte dos presentes na piscina de lama em potencial do local –, o festival foi uma celebração pacífica da corrente mais relax e take it easy da música atual. Coxinha-pop, diriam os detratores – mas não era uma noite de confronto. A marcha se resumiu a caminhar do Palco Azul (Roberta Sá e o português Antônio Zambujo, Maria Gadú, BiD e convidados) para o Palco Verde (G. Love, Laura Marling, Cullum e Johnson). Para ter uma ideia, o momento mais radical ficou por conta do jazz jovem de Jamie Cullum.
O havaiano Jack Johnson proporcionou momentos praianos na noite fria. Em frente a um telão com imagens do mar, o músico chegou de chinelo e tocou guitarra e ukulele. Mas o público esperava mesmo ele pegar o violão para apresentar um set list generoso, que incluiu, além das mais recentes de To The Sea (2010), os hits “Better Together”, “Taylor” e a divertida “Upside Down”, além de Ramones (“I Wanna Be Your Boyfriend”, em versão acústica, claro). “Mas Que Nada”, de Jorge Ben, com participação de Vanessa da Mata, encerrou o show. O outro destaque do Palco Verde foi o hiperativo britânico Jamie Cullum. Ele subiu no piano, tomou uísque com guaraná e se jogou no chão. Em seu traje esporte-fino com tênis brilhante, o Luan Santana do jazz-pop comandou pulos do público. Mas a ocasião combinava mais com o romantismo da boa versão de “High And Dry”, do Radiohead. Mais cedo, muita gente nem se levantou para ver as lindas canções da bela inglesa Laura Marling. No Palco Azul os destaques foram nacionais. O suingue teve bravo representante no produtor BiD e seus convidados do baile jamaicano. O baixo de Bi Ribeiro fez tremer a área de imprensa e foi base para os versos do jamaicano Sizzla. Mas o público queria mesmo a voz e o violão de Maria Gadú. A cantora mandou uma versão esquálida do samba “Trem Das Onze” – como a noite mandava, sem “quasquás” nem “pascaringundum”.
por
Rodrigo Ortega
fOTO: marcos hermes/divulgação
Em sábado tenso em SP, a multidão na Chácara do Jóquei só queria paz, amor e violão
JACK JOHNSON: momentos praianos na fria noite paulistana
Conexão Vivo • Belo Horizonte • 27 a 29/5
Para entender BH
As turmas alternativas da capital mineira se encontraram no fim de semana do Parque Municipal Tilelândia
“Tilelê” é a ótima denominação local para a turma que curte um tambor mineiro e adjacências de raiz. Os shows do domingo foram “tilelê-família”. O folclore infantil do Catibiribão, as batidas africanas da Suíte para os Orixás e o samba florido de Aline Calixto eram perfeitos para as mães com flores de crochê no cabelo e seus filhos no belo dia de sol no parque. fOTO: netun lima/divulgação
“Belo Horizonte é a cidade do sorriso. Até quando vocês falam ‘vai tomar no c...’, são gentis”. O paulista Thiago Pethit ficou encantado com a cortesia mineira no show de encerramento da etapa de BH do Conexão Vivo. O clima do fim de semana foi especial, graças ao carinho que o público local tem pelo Conexão, o programa nacional de palestras, workshops e encontros musicais que começou há 11 anos em BH. Jornalistas e artistas de fora podem ficar confusos com a diversidade de estilos na grande quermesse no Parque Municipal, mas os mineiros têm sua lógica para arrumar os ingredientes musicais na mesa.
88 billboard brasil Junho 2011
Rodrigo Ortega
Alcova libertina
Uma das atrações mais esperada no sábado foi a local Graveola e o Lixo Polifônico. O show avacalhado (no bom sentido) pelo carioca Jards Macalé representou bem a vertente mais depravada da cena de BH. Rock, romantismo e psicodelia servem à turma que mais produz boas novidades na cidade – vale ir atrás da marchinha do bloco Alcova Libertina no renovado carnaval da cidade: “Chuta, chuta, chuta/ Chuta a Família Mineira!”.
Savassi da deprê
O centro da “mudernidade” belorizontina anda em baixa. A Savassi (com descrição genial no Twitter @savassidadepre) não foi bem representada no parque. Mas o público antenado nos novos hypes fez a festa com os novos paulistas Marcelo Jeneci, que encerrou a sexta com o mais belo show do fim de semana, e Thiago Pethit, que tocou no domingo.
BHip-hop
JARDS MACALÉ entre os integrantes da banda mineira GRAVEOLA E O LIXO POLIFÔNICO: rock, romantismo e psicodelia
por
O rapper Renegado (que fez o show final e um dos mais animados do sábado) e o grupo Julgamento (que tocou na sexta) foram os nomes da crescente cena rap de BH. Em “A Coisa É Séria”, Renegado dá o recado: “Te amo, pode crer que é à vera”. Não se fazem rappers gentis como em BH.
MILEY CYRUS • HSBC ARENA (RJ) • 13/5
Princesinha em metamorfose Quando Miley Cyrus entrou no palco da HSBC Arena, às 21h30 de uma sexta-feira 13, muitas das pequenas fãs que esperavam por Hannah Montana já estavam entregues ao sono – ou em vias de se render a ele, diante de uma séria constatação: quem estava ali não era a lourinha fofa do seriado da TV, grande sucesso do Disney Channel. A garota que surgiu no palco, diante de 13 mil pessoas, era a jovem polêmica, de roupas sensuais e sem o menor apelo infantil. Com um pé no country (vinda do Tennessee, ela é filha de Billy Ray Cyrus, que fez fama no gênero) e outro no rock, Miley acabou surpreendendo os pobres pais, que estavam ali prontos para uma noite de babysitting. Em seu repertório, a mocinha de 18 anos foi de Joan Jett a Poison, passando por Nirvana. Nada mal para quem tinha apenas dois anos quando “Smells Like Teen Spirit” levou a banda de Kurt Cobain ao topo das paradas. “Oi, Rio, muito obrigada. Tenho que dizer, vocês são a razão da turnê Gypsy Heart existir”, disse Miley, de shortinho, jaqueta de couro vermelha e algo parecido com uma cinta-liga depois da terceira música do show, “Kicking And Screaming”. A cantora abriu a noite com “Liberty Walk”, seguida do hit “Party In The USA” – no palco, dançarinos em coreografias um tanto quanto cafonas destoavam do clima. Mas foi depois de “Robot” que Miley mostrou um pouco de suas influências: em um medley de Joan Jett, ela emendou “I Love Rock ‘N’Roll”, “Cherry Bomb” e “Bad Reputation” com um vigor que falta a outras jovens cantoras. Sem apelar para playbacks, Miley ainda entoou um clássico oitentista, reconhecido por muitos dos pais que estavam na Arena: “Every Rose Has Its Thorn”, do Poison. Bret Michaels provavelmente não se incomodaria com a apropriação indébita da canção, já parte do repertório da turnê. Com os adultos no mínimo intrigados – e as pré-adolescentes eufóricas –, Miley seguiu seu show, com direito a seis figurinos diferentes.
fOTO: felipe panfili/divulgação
Hannah Montana já era: no palco, uma cantora de verdade suRpreende pais e filhos com visual sexy e covers roqueiros
MILEY CYRUS: princesinha da Disney em performance que foi de Poison a Nirvana diante de pais estupefatos
por
Tatiana Contreiras
A estrutura do palco, bastante simples, se completava com um telão onde projeções e vídeos eram exibidos. O recurso foi explorado ao máximo nas canções seguintes: “Obsessed”, “Forgiveness And Love” (“vamos nos acalmar, vou cantar uma música mais lenta”, disse Miley, preocupada com o calor na fila do gargarejo e os faniquitos das fãs) e “Fly On The Wall”, outro sucesso de sua fase “sou sexy”. Logo depois de “7 Things” e “Scars”, a cantora puxou uma homenagem a Kurt Cobain. “Essa música é para todos os artistas que me inspiraram e que me deram coragem para seguir adiante. Espero que eu possa significar o mesmo para vocês, e que vocês possam ir atrás de seus sonhos”, disse Miley, com camiseta do Nirvana, antes de botar pais (a esta altura, estupefatos) e crianças para cantar “Smells Like Teen Spirit”. Num momento Lady Gaga, de corpete e ao lado de dançarinos que a manobravam e levantavam a todo momento, ela atacou de “Can’t Be Tamed”, single de seu álbum mais recente e talvez o momento mais sensual da noite. A apresentação, de cerca de uma hora e meia, ainda seguiu com “Landslide” (do Fleetwood Mac), “Take Me Along”, “The Driveway” e a balada “The Climb” – provavelmente a mais forte remanescente dos tempos de Hannah Montana e trilha do filme... Hannah Montana, o Filme. Pois é. Sem bandeira do Brasil nas mãos, nem camiseta amarela no peito – houve quem ficasse desapontado pelo fato de a cantora não ter trocado o verso “it’s a party in the USA” por “it’s a party in Rio” durante “Party In The USA” –, Miley voltou para o bis. O verdeamarelo da bandeira ficou reservado ao telão, enquanto a cantora mandava as três últimas canções da noite: “See You Again”, “My Heart Beats For Love” e “Who Owns My Heart”. No fim, fica a certeza de que Miley está em processo de transição. Mas a pegada rock e a voz potente podem ajudar a mudar ainda mais a imagem de princesinha Disney. www.billboard.br.com 89
fOTO: adriano vizoni
AO VIVO
Jamie Lidell • Clash Club (SP) • 5/5
Gente bonita sem clima de paquera Uivos do soulman branco atrapalham o programa dos baladeiros, mas satisfazem A quem tinha vindo pelo som “Esse estilo ‘soul’ é assim, né? Sempre fica no zero a zero.” Duas modeletes desavisadas conversam de costas para Jamie Lidell enquanto o americano, sozinho no palco, parece satisfeito com suas próprias mãos e gemidos. As moçoilas fazem parte de uma espécie antiga, mas cada vez mais comum em shows médios, especialmente em boates: baladeiros que caem de paraquedas nos eventos, com mais interesse na “night” do que na música. O show do americano Jamie Lidell na Clash Club estava cheio deles. Era difícil desviar das mãos com copos de vodca e energético, geralmente na direção contrária do palco. Felizmente, eles não eram maioria: quem foi interessado em ver o músico saiu satisfeito. O show foi curto, com 13 músicas em uma hora, mas foi uma boa mostra do soul futurista do rapaz.
por
Rodrigo Ortega
Lidell entrou com “What Is The Time”, de Multiply (2005), mas ao contrário do show no Tim Festival daquele ano, quando fez a apresentação sozinho, na base da voz e sintetizadores, ele tinha um tecladista e um baterista ao seu lado. O clima, assim como em todo o restante do show, era animado sem chegar a estourar. Quem parecia se divertir mais era o próprio Lidell, que fazia questão de dar o microfone para o público cantar (por sorte, achou um fã com vozeirão surpreendente). Os momentos mais quentes rolaram no início e no fim: a segunda música, “Another Day”, de Jim (2008), e a penúltima, antes do bis, com “Multiply”. No meio do show, Lidell dá uma mostra de sua apresentação solitária. “You Got Me Up” e “A Little Bit More”, de Multiply, são tocadas à velha maneira: apenas com loops de voz e efeitos eletrônicos. Nesse momento, o público (pelo menos a parte que foi ver o show) fica mais atento. Valeu pela curiosidade de ver o habilidoso músico tirar uma banda de sua garganta, mas cercado pelas boas performances de um grupo de verdade, ficou com cara de brincadeira esquisita. Com a formação – que não chega a fazer um som “orgânico”, já que também abusa de teclados –, o cantor e os fãs se soltaram mais. O bis curto, só com duas músicas, deixou alguns desapontados e outros aliviados: a balada finalmente começava.
JAMIE LIDELL: soul futurista no QG dos baladeiros
URBAN MUSIC • ANHEMBI (SP) • 29/5
Consolação valiosa
fOTO: adriano vizoni
Em festival com desfalques inglórios, John Legend & The Roots salvam o que poderia ser uma noite perdida por Henrique Crespo
JOHN LEGEND: o salvador da pátria
90 billboard brasil Junho 2011
O cancelamento de uma atração inédita no Brasil a poucos dias do evento e a desistência de outra no calor dos acontecimentos poderiam dar um tom irremediavelmente menor ao evento, não fosse a ótima apresentação de John Legend & The Roots. O cantor americano e o grupo de rap lançaram juntos, no ano passado, o álbum Wake Up! – com releitura de canções engajadas da soul music e do funk – e foi o show desse disco que trouxeram para São Paulo. “Hard Times”, de Curtis Mayfield, abriu a apresentação, marcada pela boa performance vocal e instrumental. Alguns hits de Legend solo tiveram espaço, como “Save Room” e “P.D.A. (We Just Don’t Care)”. The Roots também tocaram músicas de seu repertório, entre elas “The Seed (2.0)”. No bis, a participação de Ana Carolina na música “Entreolhares (The Way You're Looking At Me)” – gravada em dueto com Legend no disco N9ve da cantora – pode até ter soado um tanto deslocada no roteiro, mas foi bem recebida pelo público. Muito provavelmente, esse mesmo espetáculo num local menor e fechado teria funcionado melhor, mas não há dúvida de que os 100 minutos de apresentação foram dignos de muitos aplausos. Ja Rule estava programado para se apresentar às 19h, mas uma estranha mudança em cima da hora
o jogou para fechar o festival. Depois de 40 minutos de espera, um responsável pela produção avisou no palco que o rapper se recusara a fazer um show para 200 pessoas. Sim, a grande maioria do público tinha ido embora. Assim o Urban somou duas baixas. Cee-Lo Green, principal “âncora” do evento, tinha cancelado, quatro dias antes – sem maiores explicações – sua vinda ao Brasil. Entre as demais atrações do festival, que teve início no começo da tarde, Emicida fez bonito acompanhado pelo coletivo Instituto e com várias participações especiais como as de Fabiana Cozza e Criolo. No repertório, “Rua Augusta” e “Vacilão” – destaques de um bom show que também contou com uma homenagem ao rap brasileiro em medley com músicas de Racionais MCs, Thaíde & DJ Hum e Xis, entre outros.
LANÇAMENTOs • cds
macacos maduros
Coxinha beNfeita
Arctic Monkeys
Death Cab For Cutie
Codes and Keys por Braulio Lorentz
Suck it And See
EMI
No primeiro disco, Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not (2006), o grupo inglês revelava imenso potencial, mas o segundo lançamento, Favourite Worst Nightmare (2007), representou um passo atrás. Quando chegaram ao terceiro, Humbug (2009), até voltaram a chamar a atenção, mas foi mesmo agora com Suck It And See que fizeram um álbum de gente grande. Isso fica mais claro para quem começar a ouvir o CD pela penúltima faixa, a que dá título ao disco. Ela é quase um resumo do ponto alcançado pela turma de Sheffield: rock mais maduro, mas também com certo apelo pop. Os que preferirem descobrir isso aos poucos vão encontrar já na abertura uma boa composição, “She’s Thunderstorms”, “Brick By Brick” e “Library Pictures” são exemplos daquela urgência que apresentou a banda em 2006. Eles colocam um pé lá nos anos 80 em “The Hellcat Spangled Shalalala”, mas também trazem um pouco do grunge em “Don't Sit Down 'Cause I've Moved Your Chair”. No mais, mesmo visitando, de fininho, até o folk, tudo parece coeso e benfeito. por Henrique
Acústico do contra
Crespo
Beleza dark
Thurston Moore
Jagjaguwar
O sétimo CD do quarteto americano é o menos guitarreiro e mais ambicioso do Death Cab. Longe da fossa cantada em Narrow Stairs (2008), o primeiro deles no topo do Billboard 200, a banda pesa a mão nas texturas, estica partes instrumentais quando dá na telha (nas meditativas “Doors Unlocked And Open” e “Unobstructed Views”) e entrega alguns dos arranjos mais bem sacados do indie coxinha nesta década. Pianos, quarteto de cordas (“Codes And Keys”) e toda sorte de equipamento vintage são as armas do vocalista Ben Gibbard e do guitarrista Chris Walla, que assina como produtor. Fãs das batidas indie dançantes manjadas de semi-hits anteriores ainda encontram afago nas mais ralinhas “Monday Morning” e “Underneath The Sycammore”.
A metáfora das estações do ano é inevitável: três anos após a surpreendente estreia For Emma, Forever Ago, gravada na solidão de um inverno, Justin Vernon chega com seu “álbum de primavera”, como ele mesmo classificou. Bon Iver, em vez de codinome, passa a ser uma banda: ele se cansou da solidão e chamou os músicos Colin Stetson, Rob Moose e Greg Leisz para acompanhá-lo. O coração partido do primeiro disco volta à vida em arranjos mais animados e igualmente belos. As cidades imaginárias que dão título às músicas são o oposto da claustrofóbica estreia. As batidas mais fortes são de “Calgary”, escolhida como primeiro single para quebrar o gelo. Outra pepita é “Perth”, com guitarras que começam R.O. dedilhadas e terminam raivosas.
Moby
Anna Calvi
Bon Iver
Bon Iver
Atlantic/Warner
Insônia criativa
Anna Calvi
Demolished Thoughts
Gelo quebrado
Destroyed
por Jean
Sob a influência
Felipe Rios
Snoop Dogg
Doggumentary
Matador
Lab 344
EMI
EMI
Dois músicos sem compromisso com convenções se encontram em um disco fora de seus projetos principais. O álbum solo de Thurston Moore, do Sonic Youth, produzido por Beck, tinha tudo para terminar em piração com barulhos de guitarras do primeiro ou efeitos eletrônicos do segundo. Do contra que são, fizeram o oposto. Arranjos de cordas, violões e melodias doces são a base das nove faixas do disco. “Benediction”, canção de amor direta e sem ironia, é uma das coisas mais fofas já feitas com o vocal grave de Thurston. “Circulation” e “Orchard Street” se parecem mais com versões unplugged do Sonic Youth, com barulheira e dissonância mesmo com instrumentos acústicos. Mas o melhor está nas cândidas “Iluminine”, “January” R.O. e principalmente “Benediction”.
“Rider To The Sea”, a instrumental que abre o disco, parece trilha sonora de algum filme com imagens dos desertos americanos. Mas Anna é inglesa, e a badalação no Reino Unido em torno da cantora se justifica na audição deste seu primeiro álbum. As dez faixas possuem uma atmosfera dark, mas também traços de blues e country – ainda que em aproximações do universo do rock gótico. A voz de Anna tem força dramática levemente operística – na música “The Devil” isso fica mais evidente – e citar Siouxsie & the Banshees como influência não soa estranho, especialmente quando se ouve “Desire”. Realçada por arranjo de cordas, a melodia triste de “First We Kiss” é um dos destaques do trabalho. H.C.
Um disco composto e gravado durante várias noites sem dormir em turnês pelo mundo todo poderia dar errado com qualquer outro artista, mas a insônia foi o principal trunfo deste décimo CD do músico. O álbum ainda flerta com todas as vertentes da eletrônica que ele costuma usar em seus materiais: dance, techno, chill out, ambient, house. Mas a novidade de Destroyed é a dose mais alta de melancolia que emana das faixas, a maioria sem vocais. Canções como “The Broken Places”, “Be The One”, “The Day” e a belíssima “Lie Down In Darkness” merecem destaque. Gélido, mas belo, Destroyed não foi feito para as pistas, mas para se ouvir em momentos de reflexão.
A intro, “Toyz N Da Hood” (com o lendário baixista Bootsy Collins), entrega: o 11º disco de Snoop Dogg é uma viagem musical sobre suas influências. As 21 faixas têm ajudinhas de Kanye West, Willie Nelson, John Legend e Gorilla, entre outros. Dogg bota o povo para dançar com “Wonder What I Do”, “We Rest In Cali”e “The Weedz Is Mine” (citação a Michael Jackson). “My Fucn House”, ”Peer Pressure” e “Raised In Da Hood” retomam o som gangsta dos anos 90, deixado de lado nos CDs anteriores. O single “Boom” sampleia “Situation”, hit synthpop do Yazoo, nos anos 80, e o trio “Sumthing Like This Night", “Eyez Closed” e “Superman” (country???!) dá J.F.R novas cores ao divertido disco. www.billboard.br.com 91
LANÇAMENTOs • CDs
Acendendo agora
Nascida para chocar fOTO: Kevin Mazur/Getty Images
Lady Gaga
Wiz Khalifa
Rolling Papers
Born This Way
Universal
Há um tipo de bêbado na balada interessante de ser observado. Sempre prestes a derrubar o copo ou cair no chão, a pessoa consegue, no entanto, dançar com pose e ainda encantar os apreciadores da coragem. À beira do desastre total, mas cheio de personalidade: assim é Born This Way. A falta de senso de ridículo é uma das características mais atraentes no pop atual, vide Rebecca Black e sua “friday fun”. Mas Lady Gaga é uma Rebecca Black que acerta, pelo menos em parte deste disco. Born This Way é o trabalho em que Gaga tem menos pudor de ir fundo em suas próprias ideias. Ou ““próprias ideias””. Um par de aspas vai para Madonna, copiada na autoajuda homoafetiva e nas referências cristãs pretensamente chocantes. O outro par pode ser dividido entre Corona, representando a comunidade dancepoperô dos anos 90, e Bon Jovi, em nome
Lado B genial
Vários intérpretes
Sem ninguém
dos refrãos histriônicos de hard rock. O bate-estaca só é interrompido em “You And I”, balada temperada com um solo de (sim!) saxofone. Mas a insistência do conceito (house pesada com hard rock farofa) e das batidas cria monstros atraentes, como o verso entre infantil e genial “I am my hair”, de “Hair”, e o refrão assustadoramente grudento de “Americano” – breve em um toque de celular perto de você. por Rodrigo Ortega
Com apenas 23 anos, ele é visto como um dos músicos mais promissores do hip hop americano. Em seu terceiro disco, fica claro seu talento: as letras sobre o sonho da fama e a infância pobre em Pittsburgh são substituídas por outras sobre os excessos da fama (o cantor foi preso por posse de drogas no ano passado), incluindo aí um namoro com Amber Rose, ex de Kanye West. Com produção de figurões como Jim Jonsin (o mesmo de Beyoncé e Lil Wayne) e Benny Blanco (Britney, Ke$ha), o hip hop come solto em faixas como “Black And Yellow”, “Roll Up”, “No Sleep” e “Get Your Shit”. Os flertes com o pop e o R&B garantem a fórmula J.F.R. do sucesso do rapper. Bola da vez certeira
Outra praia
Ben Harper
Warner
Eddie Vedder
Tyler, The Creator
Goblin
Tambarotti
Give Till It’s Gone EMI
Universal
Lab 344
Conhecido por obras-primas como “Oh, Seu Oscar!” e “Acertei No Milhar” e por uma polêmica com Noel Rosa que deu bons sambas, Wilson Baptista (1913-1968) é um gigante com muito mais para mostrar. Este lançamento mistura nomes consagrados como Roberto Silva, Elza Soares, Wilson das Neves e Rosa Passos com uma turma nova e talentosa – o grupo Samba de Fato, Nina Becker e Céu – para celebrar seu admirável repertório. O primeiro CD recupera maravilhas pouco conhecidas, incluindo as inéditas “Que Malandro Você É!”, bem cantada por Zélia Duncan, e “Não Me Pise O Calo”, em interpretação surpreendente de Mart’nália. O segundo reproduz os números do musical, com direito a breve palhinha da voz e da caixiP.S. nha de fósforos do próprio Wilson.
Não há como ouvir “Feel Love” sem se perguntar: “O que está rolando na vida desse sujeito para ele cantar dessa forma?” Ben Harper, 41 anos, se separou da atriz Laura Dern. Estar sem as bandas com as quais lançou discos em 2007 (Innocent Criminals) e 2009 (Relentless7) o deixa solto para “encontrar um significado para a vida”, como definiu as intenções do CD. Jams com um ex-beatle ajudam a extravasar, claro. Ringo Starr coescreve e toca bateria em “Spilling Faith” e “Get There From Here”. Gravado no estúdio de Jackson Browne, voz que o apoia em “Pray That Your Love Sees The Dawn”, a mágoa é cantada com delicadeza em folks (“I Will Not Be Broken”, B.L. “Rock’N’Roll Is Free”) e blues.
Se tentarmos criar uma ligação de Ukulele Songs com qualquer disco do Pearl Jam vamos perder tempo, mas se entre eles a gente colocar Into The Wild (o outro álbum solo do vocalista da banda de Seattle), aí as coisas começam a fazer sentido. Aqui Eddie Vedder dá prosseguimento a sua viagem por um universo menos roqueiro. Faz uso de apenas um instrumento – o ukulele, espécie de cavaquinho havaiano – para gravar canções próprias e algumas versões, como “Dream A Little Dream” – sucesso com The Mamas and The Papas. São 16 faixas curtas – poucas chegam a mais de três minutos – que dão a impressão de se estar numa varanda de frente para praia, contemplando o mar. Cat Power participa de H.C. “Tonight You Belong To Me”.
Capa da Billboard americana, frisson no SXSW, show disputadíssimo no Coachella, turnê sold out pelos EUA... Tyler, The Creator, 19 anos, é a bola da vez no hip hop. Principal cabeça do coletivo Odd Future Wolf Gang Kill Them All, o rapper recoloca L.A. novamente na briga pelo troféu do rap americano. Este terceiro álbum é um belo trabalho: o que se ouve aqui passa longe do que domina o mainstream do gênero. Parte do burburinho em cima do moleque tem um pé na polêmica – as letras recuperam o discurso “guns and bitches” violento do gangsta rap e são de extremo baixo-astral, falando de suicídio, estupros filmados e tiros na escola. Mas o trunfo do álbum são as bases e arranjos: é uma batida melhor que a outra, com destaque para “Yonkers”, “Transylvania” e “Tron Cat”.
92 billboard brasil Junho 2011
Ukulele Songs
por Daniel
O SAMBA CARIOCA DE WILSON BAPTISTA Biscoito Fino
Brilho raro
Mistureba fina
Chico Adnet
Pagode Jazz Sardinha’s Club
Alma do Brasil Independente
O ex-arranjador do grupo vocal Céu da Boca e pai do humorista Marcelo (que participa da empolgante “De Qualquer Maneira”) estreia em disco solo tardiamente, com esta espécie de antologia de músicas feitas nos últimos 25 anos. Dedicado às trilhas de cinema e publicidade, ele se mostra compositor sofisticado, em temas de extração jobiniana, choros, valsas ou sambas. Um deles, precioso, é parceria inédita com o bamba Pedro Caetano (1911-1992), “Arquiteto”. As limitações como cantor são compensadas pela alta octanagem musical dos instrumentistas – “Choro Para Luis Eça” tem o bandolim de Hamilton de Holanda – e os belíssimos arranjos. P.S. Música brasileira da rara.
Cidade Mestiça
Bacaneza da TV
Gostosa de ouvir
Pedro Luís, Ney Matogrosso e outros
Biscoito Fino
O terceiro disco do septeto carioca é praticamente um manifesto em favor dos hibridismos musicais. Samba, jaz, choro, bossa, jongo, morna cabo-verdiana e um bem-vindo veneno funk se fundem sem artificialismos ao longo das 13 faixas. Um dos destaques é a estreia do percussionista Marcos Esguleba nos vocais de “Machucando O Jiló”, com os versos de Geraldo Babão (1926-1988), celebrando a mistureba preconizada por Paulo Moura: “Não existe distinção/ quando entra a bateria/ a linguagem é uma só”. Mas ninguém precisa curtir a conceituação para apreciar as tramas e tabelinhas musicais de altíssimo nível apresentadas. “Olha A Pretinha”, dedicada a Tom Jobim e João Donato, P.S. honra os mestres com saliência.
As Cariocas
Rumer
Seasons Of My Soul
Som Livre
Warner
O seriado exibido pela TV Globo em 2010 ganhou acompanhamento musical especial, com alguns temas produzidos sob medida. Pedro Luís, um dos diretores do projeto, empresta seu bom gosto na seleção da trilha e mostra faceta sensualizada e malandra na inédita “Bela Fera” (gravada com os colegas habituais da Parede). Duas regravações se destacam: Ney Matogrosso deitando e rolando em uma amaxixada “Só O Ômi”, contraste puro com o original de Noriel Vilela, e Nina Becker trazendo “cooleza” ao clássico pop “Só Love”, de Claudinho e Buchecha. Entre outras ousadias, nem tudo reluz. Mas há bacaneza especial – ainda que não recomendada a ouvidos ortodoxos e talibambas – em ouvir Alcione cantando “Malandro”, de Jorge Aragão, em meio ao wha-wha da guitarra. P.S.
Como uma Adele mais comportada (sim, é possível), Rumer dá a entender que só não vai estourar se o bonde das divas recatadas descarrilar. Paquistanesa criada na Inglaterra, Sarah Rumer Joyce assina nove das 12 suaves faixas de sua estreia. Sem o vigor da concorrente, a cantora é menos chiclete e mais bala soft. Há um pouco de Carly Simon (“Aretha”), Joni Mitchell (“Thankful”) e Karen Carpenter (“Blackbird”) nos 45 minutos e 21 segundos de CD. “Alfie”, de Burt Bacharach; “Goodbye Girl”, da fase solo de David Gates, do Bread; e “It Might Be You” (trilha do filme Totsie, de 1982) completam o cardápio em arranjos que indicam a despreocupação com a falta de molho. Rumer faz parecer que não é difícil ser easy listening. B.L.
Tesouro cultural
tempos modernos
Burro Morto
Baptista Virou Máquina
Villa-Lobos, choro e viola Catálogo da kuarup
Independente
“Rock instrumental é aquele que as músicas não têm história, né?”, perguntaria um desavisado mais interessado em narrativas do que no som. Ele não poderia estar mais errado no caso de Baptista Virou Máquina, primeiro CD completo do quinteto instrumental paraibano Burro Morto. A banda criou um personagem, o operário Baptista, e as músicas acompanham sua tentativa de se libertar do trabalho braçal. O disco vem acompanhado de um DVD com a história em filme. As músicas reforçam a narrativa, com ritmo mais marcado (afrobeat, para delírio hipster) na parte da fábrica, e mais soltas e puxadas pela ótima guitarra psicodélica de Léo Marinho nas cenas da libertação de Baptista. Fernando Catatau, do Cidadão Instigado, toca na R.O. tropicalista “Cataclisma”.
Kuarup/ Sony BMG
Ao longo de mais de três décadas (1977 a 2009), o trabalho de amor de Mario de Aratanha na gravadora Kuarup produziu um catálogo valiosíssimo, tesouro cultural de vertentes regionais e de música instrumental e uma MPB
artesã hoje pouco divulgada. O acordo firmado com a Sony começa agora repondo em circulação nove dos mais de 200 títulos do selo. Entre eles estão fantásticos quatro LPs de choro: Sempre Jacob, com Deo Rian, Joel Nascimento e outros grandes instrumentistas homenageando o mestre do bandolim, os dois registros de concertos do Municipal carioca intitulados Noites Cariocas, com Altamiro Carrilho, Paulo Moura, Paulinho da Viola e seu pai, Cesar Faria, Paulo Sérgio Santos e outros feras; e ainda Os Choros De Câmara, com repertório de toda a produção de Villa-Lobos no gênero. Outra obra do maestro, a suíte A Floresta Do Amazonas,
é objeto de discaço de 1988 também relançado agora, com interpretação a cargo do pianista João Carlos Assis Brasil e de Ney Matogrosso e Wagner Tiso. O best-seller da leva, porém, é Renato Teixeira, trovador brilhante que reaparece com seu antológico Ao Vivo Em Tatuí, junto da dupla Pena Branca & Xavantinho (sertanejos à prova de qualquer preconceito) e em outros dois belos trabalhos (o do encontro com Rolando Boldrin, de 2000, com participação de Almir Sater, e Ao Vivo no Rio, de 1997). O disco de estreia do sambista mineiro Wander Lee, que depois assumiria contornos pop, é outro título de sucesso recuperado. E a leva se completa com um inédito, da jovem cantora Luciana Pires, por Pedro Só de belo timbre.
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LANÇAMENTOs • dvds
É rock mesmo
LENDA IRLANDESA
AC/DC
Faniquitos no Circo
RORY GALLAGHER
Pitty
IRISH TOUR ‘74
Live At River Plate
ST2
A Trupe Delirante No Circo Voador
Deck
Sony Music fOTOs: divulgação
Depois do DVD duplo com o documentário Ghost Blues, chega ao Brasil mais um registro do cultuado guitarrista irlandês de blues (1948-1995) e sua Fender virtuosa sem efeitos e sem firulas. Só que este aqui não é apenas “mais um”, trata-se de “o” registro, pois a turnê filmada por Tony Palmer deu origem ao disco homônimo, o maior sucesso na carreira de Gallagher. Performances vigorosas (“A Million Miles Away”) e acústicas que empolgam a plateia (confira a interação em “Hands Off”) são alternadas com saborosas imagens de cidades como Dublin e Belfast em um tempo politicamente tenso. Nos extras, um filmete que mostra Rory em tour pelo Japão, e um documentário, produzido P.S. para a TV, com imagens de 1972. Força do Planalto
As quase duas horas de palco aqui juntam trechos das três apresentações que o quinteto fez em Buenos Aires, em dezembro de 2009. Sem surpresas, como usual na carreira do AC/DC, o repertório vai buscar músicas até no primeiro álbum deles, High Voltage (de 1976). No caso, “T.N.T.” e “The Jack”, que, colocadas lado a lado com “Rock And Roll Train” e “Big Jack” – faixas do último disco de inéditas, Black Ice (2008) – mostram que o passado e o presente da banda parecem fazer parte do mesmo tempo, para o bem e para o mal. Obviamente, clássicos como “Back In Black” e “You Shook Me All Night Long” estão entre as 19 escolhas do set list, em arranjos também sem novidade ou susto. As mais de 60 mil pessoas concentradas no estádio do River Plate pulam como um mar de gente, em imagens impressionantes. Aliás, a qualidade visual das imagens, captadas com 32 câmeras em full HD, parece ser a única inovação adotada. Vários close ups deixam claro o nível de devoção dos fãs argentinos – o que pode fazer invejinha ao público brasileiro de rock’n’roll. Nos extras, um pequeno documentário registra os bastidores da turnê argentina e traz depoimentos do público. Não falta também a divertida animação que é exibida no telão do show – assistido pelo Brasil apenas no Morumbi. por Henrique
94 billboard brasil Junho 2011
Crespo
Plebe Rude
Pitty tem uma ótima banda de rock, boa performance ao vivo e, com três CDs de estúdio, um repertório que os fãs cantam do início ao fim. Mas o que salva este DVD da redundância em relação a {Des}Concerto Ao Vivo (2007) não está no palco. O mágico Circo Voador, no Rio de Janeiro, é perfeito para shows de porte médio e permite bons registros como este. O segundo mérito é do pobre câmera responsável por filmar do meio do público. Seus movimentos bruscos dão ideia de como deve ter sido difícil trabalhar em meio a tanta excitação. As fãs tiram a camisa na feminista “Desconstruindo Amélia”, soltam bolhas de sabão em “Só Agora” e têm faniquitos contínuos. Pitty só fica devendo na fraca R.O. música nova, “Comum De Dois”. choro humano
Vários
Rachando Concreto – ao vivo em Brasília Coqueiro Verde
NAS RODAS DO CHORO
Gravado em Brasília com o Lago Paranoá ao fundo, este DVD traz de volta o grupo que marcou os anos 80 e segue ativo. R Ao Contrário, o último disco da banda, de 2006, contribui com seis músicas do repertório. O bemsucedido álbum O Concreto Já Rachou (1985), marco na carreira do quarteto, comparece na íntegra. Hoje as letras soam ingênuas, mas não dá para negar a força de canções como “Até Quando Esperar”. “Tudo Que Poderia Ser”, composição do líder Philippe Seabra, é a única inédita. O punk paulista é homenageado com versões de “Medo”, do Cólera, e “Pátria Amada”, dos Inocentes, esta última cantada por Clemente, vocalista da banda, hoje também membro oficial da Plebe. Nos extras, uma entrevista e clipes. H.C.
O documentário dirigido e produzido pela pernambucana Milena Sá capta o clima das reuniões dos músicos de forma despretensiosa, mas agradável e com olhar feminino, espelhado em talentos como Odette Ernest Dias, Luciana Rabello e Nilze Carvalho. Focado no lado humano – convívio, aprendizado, cultura específica –, mas com pinceladas de história, o filme se apoia em ótimos números musicais que fogem dos clichês do gênero, e em personagens carismáticos como Deo Rian, Joel Nascimento e Bozó 7 Cordas. Com ótimo ritmo (talvez porque a cineasta também seja pandeirista), recupera histórias dos legendários saraus de Jacob do Bandolim, mas aponta também para o futuro, mostrando novos talentos P.S. e visões musicais no Recife.
Biscoito Fino
LANÇAMENTOs • livros
SUPERAÇÃO
O Tempo não Para – Viva Cazuza
50 anos de rock’n’roll
Elton John – A Biografia
David Buckley Ed. globo
Companhia Ed.Nacional
Como diz Glória Perez no prefácio da publicação, “um filho não se conjuga no passado”. É por isso que Lucinha Araújo continua sua batalha em memória a Cazuza, com o terceiro título lançado desde a morte do cantor e compositor, em julho de 1990. Aqui, ela conta como tomou a frente da ONG que dá suporte a crianças e adolescentes portadores do HIV, a Sociedade Viva Cazuza. São histórias sobre as tantas crianças que passaram pela instituição e sua relação com Lucinha. É uma história de superação, que conta com depoimentos de pessoas importantes na vida de seu filho: Ney Matogrosso, Sandra de Sá, Frejat, Ezequiel Neves e Serginho, considerado o relacionamento mais duradouro da vida de Cazuza. A.C.R.
O autor, David Buckley, não é marinheiro de primeira viagem: tem no currículo livros sobre David Bowie, R.E.M. e Roxy Music e já admitiu que, inicialmente, não era fã de Elton. Mas o trabalho de pesquisa demonstrado aqui e as descrições do trabalho apontam para uma “conversão” sincera. Acostumado a não esconder seus problemas com drogas e práticas sexuais, Elton facilita as coisas para Buckley, que mantém um nível de elegância mesmo ao comentar incidentes bizarros e não deixa a peteca cair mesmo depois que a própria vida do artista se torna mais monótona. O livro conta com uma discografia compilada especialmente H.C. para a publicação.
According to The Rolling Stones: A banda conta sua história
cosac naify
fOTO: Munro Sounds/divulgação
Lucinha Araújo
stones em primeira pessoa
Livro aberto
NÃO AUTORIZADO LEGAL
Beatle em silêncio
A Vida de John Lennon
John Blaney
Escrituras
“O homem por trás do mito” é a velha promessa aqui. Os próprios textos escorregam na mitificação: “Lennon sempre defendia os oprimidos”, “era um homem do povo, um líder nato” e “seu espírito vive em todos que imaginam o mundo sem preconceito, fome ou guerra”. Mas os textos são só complementos para 180 fotos, de Lennon garoto com tia Mimi ao disco pelado com Yoko. Suas fotos são recomendáveis para guardar recordações silenciosas, sem os versos conhecidos ou teorias de terceiros. Basta observar os raros momentos sozinho, os sorrisos sempre irônicos e a evolução do seu nariz, de formato cada vez mais estranho até a morte em 1980. O “prefácio de Yoko” prometido na capa é curto, mas ela não R.O. costuma fazer falta ao fãs...
Paul McCartney – Uma Vida
Peter Ames Carlin
Nova Fronteira
Lançado lá fora em 2009, o trabalho do ex-repórter da revista People não acrescenta muito para quem já atravessou as 700 páginas de Many Years From Now, de Barry Miles, única biografia autorizada de Paul. Dois anos de apuração se mostram insuficientes para obra desta natureza, e o excesso de fontes secundárias fragiliza uma narrativa com solavancos e problemas de ritmo. Ainda assim, é um prazer topar aqui e ali com as impressões do americano Carlin sobre a obra pós-Beatles de Paul – sua paixão é traída em análises e apreciações originais. Uma coisa bonita: o gênio emerge destas 370 páginas como um ser humano dos mais bacanas, ainda que, ora bolas, humanamente sujeito a P.S. mesquinharias e erros.
A diferença deste para os tantos outros que estão pipocando por aí? “É um livro que conta a paixão de músicos pela música. Tudo narrado na primeira pessoa por cada um dos integrantes”, explica Philip Dodd, um dos organizadores do volume. O tom natural e sem pudor desses relatos é outro mérito da publicação, e resulta da consultoria editorial do próprio Charlie Watts e da idealizadora do projeto Dora Loewenstein. A moça é filha do gerente financeiro da banda, príncipe Rupert Loewenstein, e parte legítima da família Stones desde que nasceu. As entrevistas foram realizadas em quatro rodadas, durante a turnê Forty Licks, iniciada em 2002, quando o grupo completava 40 anos de estrada. As conversas foram divididas em 12 capítulos, em ordem cronológica, e revelam como cada um dos músicos sobreviveu às pressões do estrelato, às drogas e às divergências internas. São mais de 300 fotografias selecionadas cuidadosamente a partir do arquivo pessoal da banda e de alguns grandes fotógrafos contemporâneos, como David Bailey, Mario Testino, Anton Corbijn, Norman Seef, Jim Marshall, Val Wilmer, Gered Mankowitz e Terry O’Neill. Lançado em 2003 na Inglaterra, o livro conta com as devidas atualizações cronológicas e discográficas até o fim de 2010. por Ana
Carolina Ralston
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POPCORN
por
Roberto Sadovski
CINEMA
Evolução no passado Nunca os cinemas estiveram tão coalhados de super-heróis e outros personagens dos quadrinhos. Na última década, o que era veneno nas bilheterias (graças ao desastre que foi Batman & Robin em 1997), hoje toma as rédeas da indústria. Ou seja, não é difícil enxergar por que alguns estúdios seguram certas marcas com tanta propriedade. É o caso de X-Men. Embora os quadrinhos sejam publicados pela Marvel (que hoje também é um estúdio de cinema, vinculado à Disney), os direitos para cinema dos mutantes são de um estúdio rival, a Fox. O contrato é claro: se eles não produzem filmes com os heróis por um determinado tempo, os direitos revertem para a Marvel. Assim, X-Men Primeira Classe é tanto uma tentativa de reacender a série dos mutantes no cinema como também é um meio da Fox tomar conta de seu produto. Decisões corporativas à parte, o que importa para o grande público é a direção artística da coisa. Para recapitular o estado dos X-Men no cinemão, Bryan Singer praticamente inaugurou a “era dos super-heróis” no
cinema moderno com o filme de 2000, e criou uma das melhores aventuras de heróis de papel em celulóide três anos depois com X2 – de quebra, ele fez de Hugh Jackman, o Wolverine, um astro. X-Men – O Confronto Final, de 2006, passou o comando da aventura para Brett Ratner, e Jackman encarou uma aventura solo em X-Men Origens: Wolverine em 2009. O que nos leva a X-Men Primeira Classe. Com o argumento de reinventar a série, o estúdio convocou Singer, agora no papel de produtor e responsável pela nova história, e colocou Matthew Vaughn (Kick Ass) na cadeira de diretor. Daí, a trama voltou no tempo. Charles Xavier (James McAvoy) e Erik Lensherr (Michael Fassbender) são mutantes, jovens, idealistas e ainda aliados. Em meio à crise dos mísseis de Cuba, na primeira metade dos anos 60, os dois decidem interferir no conflito para mostrar à humanidade que não há o que temer nessa nova evolução de nossa raça. Claro que, no meio do caminho, Xavier e Lensherr encontram uma
fOTOs: divulgação
Bryan Singer volta ao universo mutante (agora como produtor) na surpreendente viagem no tempo X-Men Primeira Classe
MICHAEL FASSBENDER (à esq.) e JAMES MCAVOY (à dir.): mutantes, jovens, idealistas e aliados, mas apenas por um curto espaço de tempo
bifurcação – para quem acompanha os gibis, o primeiro em algum ponto fica careca, confinado a uma cadeira de rodas e atende por Professor X; o segundo acha que paz é uma bobagem e se torna o terrorista conhecido por Magneto. É uma premissa bacana que
pode, sim, reacender o interesse na marca, e também é uma prova de fogo para Vaughn: escalado para comandar o terceiro filme dos mutantes, o que foi lançado em 2006, ele deixou o barco temendo não estar à altura do desafio. Agora, todas as cartas estão na mesa.
Profundo feito cartão-postal Woody Allen continua sua volta pelo mundo (e em busca de bons investidores) no simpático Meia-Noite em Paris
OWEN WILSON e RACHEL MCADAMS: romance tem como pano de fundo uma frágil Paris de cartão-postal
Maio 2011 2011 96 billboard brasil Junho
Assim como o Rio de Janeiro de Velozes & Furiosos 5 só existe na mente do roteirista da aventura, a Paris mostrada na última comédia de Woody Allen não é uma cidade de verdade, e sim sua versão romantizada pelo diretor workaholic. Seu alter ego desta vez é Owen Wilson, roteirista hollywoodiano que chega à capital francesa com sua noiva (Rachel McAdams, refazendo o par de Penetras Bons de Bico) e, por estripulias do texto fantasioso, volta no tempo e passa a dividir a cena em pé de igualdade com luminares artísticos e culturais como Salvador Dalí, Ernest Hemingway e Pablo Picasso – no elenco cheio de gente bacana deixada à vontade por Allen, a primeira dama Carla Bruni faz uma ponta. Tudo muito bonitinho, mas sem muito estofo. Essa Paris de cartão-postal exposta por Allen é frágil como pano de fundo para um
roteiro mais profundo, e termina como uma desculpa rasa para que o diretor passeie com sua câmera por pontos turísticos que enfeitam a jornada do personagem de Wilson. É triste ver um diretor com a força de Allen preso a este tipo de restrição ditada por seus financiadores – como seus filmes não se traduzem em bilheterias gordas, ele basicamente tem ficado à espera de um convite para filmar. Meia-Noite em Paris está longe de ser um incômodo, e na paisagem atual coloca-se acima da média. Ainda assim, é mais satisfatório rever A Rosa Púrpura do Cairo ou Hannah e Suas Irmãs no conforto do lar. Ali, sim, Woody tinha – e muito – o que dizer.
GAMES
Cidade proibida
L.A. Noire leva a mesma arquitetura de GTA para uma aventura na Los Angeles dos anos 40
O retorno de Relâmpago McQueen e Po: qual deles levará a melhor na briga pela bilheteria?
Sobremesa em dose dupla
Carros 2 e Kung Fu Panda 2 retomam seus universos familiares alterando as regras do jogo
As grandes animações do ano são um retorno a terrenos já visitados, mas desta vez expandidos. Não significa falta de originalidade ou escassez de ideias: é simplesmente sinal de que a briga nas bilheterias faz as apostas se concentrarem em produtos conhecidos. Ok, ok, pode até ser desculpa, mas o fato é que o panda Po e o carro de corrida Relâmpago McQueen estão de volta numa briga furiosa por dólares. Po é quem sai na frente, expandindo o elenco de personagens e fazendo de Kung Fu Panda 2 uma jornada para salvar uma tradição. Numa metáfora nada sutil à nossa vida cada vez mais dependente de tecnologia, Po e seus companheiros
(no casting de voz original, retornam Angelina Jolie, Seth Rogen, Jackie Chan e Lucy Liu, além do mestre Dustin Hoffman) precisam enfrentar um mestre inimigo (voz de Gary Oldman) que quer extinguir o kung fu. Mas o que eu quero mesmo ver é Jean-Claude Van Damme, aliado do panda, em seu primeiro papel no cinemão americano desde (gasp) Soldado Universal: O Retorno. Por falar em expandir, é exatamente o que faz o chefão da Pixar, John Lasseter, em Carros 2. Vamos aos fatos. Apesar de sua bilheteria bacana em 2005, Carros é um dos únicos filmes da Pixar que não foi verdadeiramente amado. Em compensação, é o que mais rende
em produtos licenciados. Ainda assim, Lasseter garante que o motivo da continuação não foi grana, e sim uma ideia que pintou na viagem promocional do primeiro filme, em que ele rodou o mundo e imaginou como reagiria o reboque Mate, companheiro caipira de McQueen, ao se deparar com culturas diferentes na Itália, Inglaterra e Japão. É o que acontece quando Mate acompanha seu amigo no grand prix mundial e é, claro, confundido com um espião – parte em que Carros 2 deixa de ser um filme de corridas para se tornar uma aventura de espionagem com direito a um agente secreto britânico – que ganha voz e charme de Michael Caine.
Ser, não ser ou tanto faz?
Brad Pitt é a âncora emocional de A Árvore da Vida, vencedor da Palma de Ouro em Cannes
Já são dois anos que o mítico diretor Terrence Malick está dando forma a este A Árvore da Vida, drama literalmente profundo que pretende examinar as maravilhas do universo e que existe sob o prisma de uma família americana nos anos 50. Tanto tempo para esculpir um produto perfeito pode embaçar o foco, e talvez por isso o filme, ancorado por uma performance brilhante de Brad Pitt, pareça fazer água e ameace ceder a seu próprio peso. Pitt é um pai autoritário que acredita que assim seus filhos vão se tornar pessoas prontas para a vida, que é dura – seu filho mais velho é o narrador da trama, e reaparece mais velho como Sean Penn.
O grande problema do excesso de pretensão é que as intenções podem se perder em meio ao discurso – ou falta dele, já que Malick não aparece em público e não conversa sobre seus filmes. Sempre foi assim. Terra de Ninguém, de 1973, mostrou a América sob a ótica de um casal de assassinos em fuga – o terror era filtrado pela beleza bucólica de um país sendo descoberto. Dias de Paraíso, de 1978, continuava explorando tema similar, com Richard Gere no começo do século passado, tentando escapar da pobreza. Foram duas décadas para Malick voltar em cena com Além da Linha Vermelha, que usou uma batalha decisiva da Segunda Guerra para explorar a mente humana.
BRAD PITT: um pai autoritário que comanda uma família na década de 50
Um Novo Mundo, seu trabalho menos interessante, basicamente reconta a história de Pocahontas e a colonização da América. Menos narrativo, Malick opta pela poesia de imagens, uma viagem sufocante de tão bela que nem sempre é de fácil assimilação. É o caso de A Árvore da Vida. É arte. Para o bem ou para o mal.
Violência e glamour numa cidade incrível recriada com pixels
Existe algo incrível em L.A. Noire, em que você assume o papel de um policial numa Los Angeles infestada de glamour e corrupção nos anos 40. Não é só a mecânica do jogo, emprestada do clássico GTA e do espetacular western Red Dead Redemption. Nem o incrível movimento dos personagens – obtido com atores trabalhando com captura de movimento. O mais bacana é uma, digamos, mudança de ritmo. Não importa o tema ou o estilo, os jogos modernos são dinâmicos, em que a ação e a trama proporcionam um número quase infinito de sustos, de movimento, com a ação fazendo os gamers não desgrudar os olhos da tela. Em L.A. Noire é como se seus criadores pedissem para a gente se reclinar e aproveitar a jornada. Assim como em casos policiais reais (ou realistas), a atenção para detalhes e a paciência são fundamentais para decodificar a expressão visual dos personagens – desvendar os mistérios está nos detalhes. E que detalhes! A Los Angeles recriada com pixels é o sonho de qualquer diretor de arte, uma máquina do tempo que não só reproduz uma época como também seu tom, o que influencia o andamento do jogo e a resposta dos personagens que habitam o game. É um jogo de imersão, e quando você menos perceber, será tragado, com prazer, para este mundo. www.billboard.br.com 97
Patrocinadora:
Realização:
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Realização:
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Garagem Show Carioca
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Lançamento do CD “Depois de Um Longo Inverno”
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18.jun
Elymar Santos 30 de julho
“Elymar Canta Marrom” PARTICIPAÇÃO ESPECIAL DE
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02
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BRASIL HOT 100 • POP & POPULAR • REGIONAL • SOCIAL 50• BILLBOARD 200 • HOT 100 • INDEPENDENT ALBUMS • TRADITIONAL JAZZ • COMTEMPORARY JAZZ
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LUAN SANTANA
Quatro músicas no Brasil Hot 100, incluindo o 1o lugar
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BRITNEY SPEARS No topo do Hot Dance Club Songs com “Till The World Ends”
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THE LONELY ISLAND
Trio cômico californiano estreia em 3o lugar no Billboard 200
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LADY GAGA
A nova “The Edge Of Glory” vai direto para a 3a posição do Hot 100
foto: Dave Hogan/getty images
Paradas
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O fundo do poço e o alto das paradas nunca estiveram tão próximos quanto no reinado da inglesa Adele nos principais rankings da Billboard. As canções cheias de tristeza e dor de cotovelo de 21, seu disco mais recente, estão coladas há 12 semanas no Billboard 200, oito delas no 1º lugar. De quebra, elas arrastaram a estreia, 19, disco anterior, de 2008, de volta para o 15º lugar do ranking, aonde chegou pela primeira vez há 82 semanas. Os potentes lamentos de “Rolling In The Deep”, primeiro single do disco, chegaram em duas semanas ao topo do Hot 100 e lá continuam, com maior aumento de execuções no último período, tanto nas rádios quanto em downloads. A canção também é líder do Hot Digital Songs. Como se não bastasse, “Turning Tables”, do álbum mais recente, que ainda nem foi lançada oficialmente como single, já está na 96º posição na parada. Na próxima vez que você tomar um pé na bunda, lembre-se da história da Adele: sacudir a poeira pode te levar ao topo. www.billboard.br.com 99
18 Mai MARçO
4
6
PRA VOCÊ
3
1
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uM BEIJO
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-
ÁGuA DE OCEANO
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QuEM É?
6
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MENTES TÃO BEM (MIENTES TAN BIEN)
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ABELHA
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VIVER SEM TI
1
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GraVadora
LuAN SANTANA
ORIGINAL
SOM LIVRE
PAuLA FERNANDES
AO VIVO
UNIVERSAL
LuAN SANTANA
AO VIVO
SOM LIVRE
VICTOR & LEO
ORIGINAL
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
EDuARDO COSTA
AO VIVO
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
ORIGINAL ORIGINAL
ZEZÉ DI CAMARGO & LuCIANO
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
JOÃO BOSCO & VINICIuS (PART. JORGE & MATEuS)
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
EXALTASAMBA (PART. MARIANA RIOS)
ORIGINAL
INOVASHOW
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TEuS SEGREDOS
ME APAIXONEI POR TI (ME ENAMORÉ DE TI)
FERNANDO & SOROCABA
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TÁ NO CORAÇÃO
DANIEL
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ORIGINAL AO VIVO
ORIGINAL
LEONARDO UNIVERSAL
SOM LIVRE
AbRIL
Artista
Versão
11
Em sua segunda semana no ranking, a romântica “Tá No Coração”, de Daniel, registra o maior salto da lista (62 posições), passando de 73º para 11º lugar. Divulgada no início de abril, a música fará parte do novo álbum do cantor, que será lançado em breve.
SOM LIVRE
62 63 64
- 54
67 68 69 70 71
CLICHÊ
7
TENTATIVAS EM VÃO
BRuNO & MARRONE
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-
DuPLA SOLIDÃO
MARCOS & BELuTTI
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JENNIFER LOPEZ (PART. PITBuLL)
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TALKING TO THE MOON
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PENSANDO EM NÓS DOIS
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ONDE ESTIVER
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BORN THIS WAY
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SISSI
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JuST CAN’T GET ENOuGH
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FIREWORK
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AO VIVO
ON THE FLOOR ORIGINAL ORIGINAL AO VIVO
ORIGINAL ORIGINAL
INDEPENDENTE
UNIVERSAL
BRuNO MARS WARNER
IVETE SANGALO (PART. SEu JORGE)
UNIVERSAL
NX ZERO
UNIVERSAL
LADY GAGA
UNIVERSAL
ALEXANDRE PIRES
ORIGINAL
EMI
ORIGINAL REMIX
A GENTE FAZ A FESTA
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-
TILL THE WORLD ENDS
25
29
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S&M
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COR DE OuRO
NOvO
AO VIVO
ORIGINAL
THE BLACK EYED PEAS
UNIVERSAL
KATY PERRY
EMI
EXALTASAMBA (PART. MR CATRA)
INOVASHOW
BRITNEY SPEARS SONY MUSIC ENTERTAINMENT
RIHANNA
ORIGINAL
UNIVERSAL
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MEu CORAÇÃO PEDE CARONA
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NINGuÉM TEM NADA COM ISSO
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-
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RAZÃO DE VIVER
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LOCA
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THE TIME (THE DIRTY BIT)
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Aí JÁ ERA
JORGE & MATEuS
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SEu ASTRAL
JORGE & MATEuS
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JuST A DREAM
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NOvO
Eu, VOCÊ E MAIS NINGuÉM
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NOvO
PRICE TAG
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-
O MEu AMOR É BELO
NOvO
NOvO
AO VIVO
LARGA DE BOBEIRA AO VIVO AO VIVO AO VIVO
E.T.
ORIGINAL
GuSTTAVO LIMA
ORIGINAL
ORIGINAL AO VIVO
ORIGINAL AO VIVO
ORIGINAL ORIGINAL
JuDAS
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AS CORES
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QuEM QuISER ME BEIJAR
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ADRENALINA
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NEED YOu NOW
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DE REPENTE
JESSIE J. (PART. B.O.B.)
UNIVERSAL
BELO
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
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WHAT’S MY NAME?
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NOvO
SOM LIVRE
JOTA QuEST
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
FAR EAST MOVEMENT (PART. THE CATARACS)
UNIVERSAL EMI
INDEPENDENTE
TIKO’S GROOVE (PART. GOSHA)
BUILDING
ORIGINAL ORIGINAL
VEM CAMILA ORIGINAL
BRuNO MARS
WARNER
RIHANNA (PART. DRAKE)
UNIVERSAL TALISMA
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AIRPLANES
47
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YEAH 3X
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27
26
JuST THE WAY YOu ARE
BRuNO MARS
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49
58
CLuB CAN’T HANDLE ME
FLO RIDA (PART. DAVID GuETTA)
54
75
-
PLANOS IMPOSSíVEIS
55
17
1
QuíMICA DO AMOR
56
35
21
DO LADO DE CÁ
57
60
51
DYNAMITE
58
28
25
PRA VOCÊ LEMBRAR
59
79
91
FuCKING PERFECT
60
19
7
uM MINuTO
ORIGINAL ORIGINAL ORIGINAL ORIGINAL AO VIVO AO VIVO
ORIGINAL ORIGINAL ORIGINAL ORIGINAL AO VIVO
100 billboard brasil
brasil100 BB20.indd 100
B.O.B. (PART. HAILEY WILLIAMS)
WARNER
CHRIS BROWN
SONY MUSIC ENTERTAINMENT WARNER WARNER
MANu GAVASSI
MIDAS
LuAN SANTANA (PART. IVETE SANGALO)
SOM LIVRE
CHIMARRuTS
EMI
TAIO CRuZ
UNIVERSAL
RESTART
MAYNARD ENTERPRISES
P!NK
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
EXALTASAMBA INOVASHOW
99
-
NOvO 40
29
INDEPENDENTE
BRuNO & MARRONE
ORIGINAL AO VIVO
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
MARIA CECíLIA & RODOLFO (PART. EXALTASAMBA)
SOM LIVRE
HuGO PENA & GABRIEL
AO VIVO
SOM LIVRE
MuNHOZ & MARIANO
AO VIVO
INDEPENDENTE
KATY PERRY
ORIGINAL
EMI
JOÃO BOSCO & VINICIuS
ORIGINAL
NEVER SAY NEVER ORIGINAL
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
JuSTIN BIEBER (PART. JADEN SMITH)
ORIGINAL ORIGINAL AO VIVO AO VIVO
ORIGINAL AO VIVO
UNIVERSAL
LEONARDO
UNIVERSAL
CINE
UNIVERSAL
INIMIGOS DA HP
MAYNARD ENTERPRISES
LuAN SANTANA
SOM LIVRE
LADY ANTEBELLuM
EMI
SKANK
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
Eu JuRO
ADRYANA RIBEIRO
u SMILE
JuSTIN BIEBER
ORIGINAL ORIGINAL
INDEPENDENTE
UNIVERSAL
entenda os rankings
Os rankings brasileiros – HOT 100 AIRPLAY, BRASIL HOT POP SONGS, BRASIL HOT POPULAR SONGS e HOT BRASIL REGIONAL – são fornecidos, com exclusividade, para a Billboard Brasil pela Crowley/MusicMedia e desenvolvidos por meio de metodologia própria de aferição, feita de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, na grade de emissoras-básicas Crowley (www.crowley.com. br). Essa grade contempla as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Ribeirão Preto, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Salvador e Fortaleza. d atas de apuração: de 19 de fevereiro de 2010 a 18 de março de 2011 para as colunas intituladas MARÇO; de 19 de março de 2011 a 18 de abril de 2011 para as colunas intituladas ABRIL; de 19 de abril de 2011 a 18 de maio de 2011 para as colunas intituladas MAIO.
RICK SOLLO
46
FOTOS: DIv ULGAÇãO; DANIEL: MARCOS HERMES
50
GuILHERME & SANTIAGO
Presença recorrente nas listas internacionais, Bruno Mars conquista também os rankings brasileiros. Depois de emplacar “Just The Way You Are”, em novembro do ano passado, e “Grenade”, em fevereiro, o cantor havaiano de 25 anos agora faz uma trinca nas paradas com a estreia de “Talking To The Moon” em 16º lugar – sua melhor posição até o momento.
ASA DE ÁGuIA
ORIGINAL
94
INDEPENDENTE
UNIVERSAL
DÊ NO QuE DER
ZuAR E BEBER
JEITO MOLEQuE
UNIVERSAL
REVELAÇÃO
AO VIVO
-
UNIVERSAL
UNIVERSAL
LEONARDO
ORIGINAL
13
UNIVERSAL
INDEPENDENTE
COLBIE CAILLAT
TRILHA DO AMOR
48
NELLY
KE$HA
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
HuMBERTO & RONALDO (PART. GuSTTAVO LIMA)
ALuCINAÇÃO
90
-
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
ORIGINAL
93
UNIVERSAL
33
GRENADE
AO VIVO
92
16,47 &52
BRITNEY SPEARS
I DO
SHAKIRA (PART. DIZZEE RASCAL)
LADY GAGA
ORIGINAL
44
CHEGA MAIS PRA CÁ
CHuVA
UNIVERSAL
WARNER
INDEPENDENTE
ORIGINAL
TEENAGE DREAM
UNIVERSAL
FLO RIDA (PART. AKON) JOÃO MARCIO & FABIANO
ORIGINAL
5
EDSON
NOvO
67
WE R WHO WE R
48
É SÓ VOCÊ ME AMAR
HOLD IT AGAINST ME
56
25
DAVID GuETTA (PART. RIHANNA)
47
35
65
38
46
51
91
WHO’S THAT CHICK?
ORIGINAL
79
90
THE BLACK EYED PEAS
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
AO VIVO
PIXOTE
LIKE A G6
ORIGINAL
-
KATY PERRY (PART. KANYE WEST)
38
I DON’T KNOW WHAT TO DO
95
SONHO BOM
EMI
SOM LIVRE
CHARLIE BROWN JR.
ORIGINAL
81
27
-
RECONCILIAÇÃO
91
26
70
WHO DAT GIRL
FERNANDO & SOROCABA
ORIGINAL
89
H.R.P
42
62
-
UNIVERSAL
AO VIVO
QuATRO ESTAÇÕES
HuGO & TIAGO
SOM LIVRE
KLEO DIBAH & RAFAEL
ORIGINAL
87
86
MICHEL TELÓ
ORIGINAL
78
NOvO
BELO
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
SE Eu ME ENTREGAR
77
85
INDEPENDENTE
ORIGINAL
70
-
TuRMA DO PAGODE
AO VIVO
SÓ OS LOuCOS SABEM
84
UNIVERSAL
CAMISA 10
TÔ PASSANDO MAL
84
INDEPENDENTE
JORGE & MATEuS
AO VIVO
55
20
PEDRO PAuLO & MATHEuS
AO VIVO
73
É PRECISO (A PRÓXIMA PARADA)
30
DIZEM
39
41
INDEPENDENTE
AVRIL LAVIGNE
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
CHOVE, CHOVE
66
83
RICARDO & JOÃO FERNANDO
ORIGINAL
58
INDEPENDENTE
-
ORIGINAL
AO VIVO
88
JOÃO NETO & FREDERICO
92
ORIGINAL
RELÓGIO
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
WHAT THE HELL
59
NOvO
INDEPENDENTE
uSHER (PART. PITBuLL)
ORIGINAL
FuGIDINHA
NOvO
ART POPuLAR
ORIGINAL
31
SOM LIVRE
41
ORIGINAL
PRONTO, FALEI!
DIREITO DE TE AMAR
82
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
DJ GOT uS FALLIN’ IN LOVE
28
INDEPENDENTE
CAPITAL INICIAL
ORIGINAL
34
81
RODRIGO RIOS
ORIGINAL
76
80
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
COMO SE SENTE
57
NOvO
INDEPENDENTE
CHRIS BROWN (PART. JuSTIN BIEBER)
VELHOS SONHOS
O TROCO
-
AO VIVO
NOvO
ORIGINAL
SONHANDO
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
ORIGINAL
18
GraVadora
CuPIM NA MESA
AO VIVO
NEXT 2 YOu
12
EMI
AO VIVO
NOvO 44
Artista
Versão
15
74
45
Além de marcar presença na 8ª posição com “viver Sem Ti”, que aparece na lista pela 5ª semana consecutiva, e na 60ª, com “Um Minuto”, há seis meses no ranking, o Exaltasamba ainda estreia “A Gente Faz A Festa” em 23º lugar. As três faixas fazem parte de Exaltasamba 25 Anos, o mais recente álbum do grupo, lançado em 2010.
57
TíTuLO
56
TuDO TEM uM PORQuÊ
44
8, 23 &60
-
NOvO 69
CROWLEY
MuLHER 100%
87
SOM LIVRE
MICHEL TELÓ
40
43
72
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
72
NOvO
61
82
ORIGINAL
83
81
16
UNIVERSAL
NOvO
66
6
AO VIVO
52
83
65
13
NOvO
SORRISO MAROTO
61
feveReIRO
AbRIL
11
AMAR NÃO É PECADO
MAIO
TíTuLO
-
MARçO
brasil hot 100 airplay
2011
AIRPLAY MONITORADO PeLA
®
41
Em tempo de comemoração dos 15 anos de carreira e agenda apertada, o Jota Quest aproveita para arrasar também nos rankings. “É Preciso (A Próxima Parada)”, que estreou na lista em abril, acumula o segundo maior salto do mês: 51 posições.
brasil Hot 100 airpla Y: as 100 primeiras colocações, tanto de títulos nacionais quanto internacionais, dos mais variados gêneros, computadas com base no número total de execuções no período indicado e na grade de emissoras-básicas Crowley das 12 cidades cobertas. Músicas com maior ganho de posições. brasil Hot re Gio Nal : as dez primeiras colocações, tanto de títulos internacionais quanto nacionais, dos mais variados gêneros, para cada uma das cidades monitoradas, computadas com base no número total de execuções no período indicado e na grade de emissoras-básicas Crowley da referida cidade. brasil Hot pop so NGs : as 40 primeiras colocações, tanto de títulos internacionais quanto nacionais, compu tadas com base no número total de execuções no período indicado e na grade de emissoras-básicas Crowley classificadas no segmento pop nas 11 cidades cobertas. brasil Hot popular so NGs : as 40 primeiras colocações, de títulos nacionais, computadas com base no número total de execuções no período indicado e na grade de emissoras-básicas Crowley classificadas no segmento popular nas 11 cidades cobertas.
Junho 2011
02/06/11 15:31
brasil hot POP & popular
AIRPLAY MONITORaDo pela
CROWLEY
ON THE FLOOR
2
NOVO
3
3
4
ONDE ESTIVER
4
2
6
BORN THIS WAY
5
14
26
JUST CAN’T GET ENOUGH
6
1
2
FIREWORK
7
26
-
TILL THE WORLD ENDS
8
10
28
S&M
RIHANNA
9
22
-
E.T.
KATY PERRY (Part. KANYE WEST)
10
5
3
LOCA
11
4
1
THE TIME (THE DIRTY BIT)
12
12
13
JUST A DREAM
13
NOVO
AMAR NÃO É PECADO
4
6
PRA VOCÊ
3
1
-
UM BEIJO
4
9
-
ÁGUA DE OCEANO
5
3
2
QUEM É?
6
5
3
MENTES TÃO BEM (MIENTES TAN BIEN)
7
23
-
ABELHA
8
2
4
VIVER SEM TI
9
25
-
ME APAIXONEI POR TI (ME ENAMORé DE TI)
SHAKIRA (Part. DIZZEE RASCAL)
10
8
20
THE BLACK EYED PEAS
11
NOVO
NELLY
12
6
12
JESSIE J. (Part. B.O.B.)
13
7
-
TENTATIVAS EM VÃO
BRUNO & MARRONE
JOTA QUEST
14
17
-
DUPLA SOLIDÃO
MARCOS & BELUTTI
FAR EAST MOVEMENT (Part. THE CATARACS)
15
15
-
PENSANDO EM NÓS DOIS
DAVID GUETTA (Part. RIHANNA)
16
18
36
TIKO’S GROOVE (Part. GOSHA)
17
LADY GAGA
18
BRUNO MARS
19
RIHANNA (Part. DRAKE)
20
1
BRUNO MARS
2
UNIVERSAL
ORIGINAL
WARNER
NX ZERO
ORIGINAL
UNIVERSAL
LADY GAGA
ORIGINAL ORIGINAL
UNIVERSAL
THE BLACK EYED PEAS
UNIVERSAL
KATY PERRY
REMIX
ORIGINAL
EMI
BRITNEY SPEARS SONY MUSIC ENTERTAINMENT
ORIGINAL ORIGINAL ORIGINAL ORIGINAL
UNIVERSAL
ORIGINAL
-
É PRECISO (A PRÓXIMA PARADA)
15
7
9
LIKE A G6
16
16
14
WHO’S THAT CHICK?
17
25
31
I DON’T KNOW WHAT TO DO
ORIGINAL ORIGINAL ORIGINAL ORIGINAL
UNIVERSAL UNIVERSAL UNIVERSAL
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
UNIVERSAL EMI
BUILDING
ORIGINAL
UNIVERSAL
19
11
17
GRENADE
20
14
11
WHAT’S MY NAME?
21
18
18
AIRPLANES
22
19
15
YEAH 3X
23
8
8
JUST THE WAY YOU ARE
BRUNO MARS
24
25
16
CLUB CAN’T HANDLE ME
FLO RIDA (Part. DAVID GUETTA)
25
32
-
PLANOS IMPOSSÍVEIS
26
13
5
DO LADO DE CÁ DYNAMITE
27
ORIGINAL
ORIGINAL ORIGINAL
WARNER
UNIVERSAL
B.O.B. (Part. HAILEY WILLIAMS)
WARNER
CHRIS BROWN
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
ORIGINAL ORIGINAL AO VIVO
WARNER WARNER
MANU GAVASSI
MIDAS
CHIMARRUTS
ORIGINAL
23
20
28
9
7
PRA VOCÊ LEMBRAR
29
34
37
FUCKING PERFECT
EMI
TAIO CRUZ
ORIGINAL
UNIVERSAL
RESTART
ORIGINAL ORIGINAL
30
NOVO
NEXT 2 YOU
31
NOVO
COMO SE SENTE
ORIGINAL ORIGINAL
MAYNARD ENTERPRISES
P!NK
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
7&9
“Abelha”, música resultante da parceria entre as duplas João Bosco & Vinicius (foto) e Jorge & Mateus, deixa a 23ª posição para ocupar o 7º lugar em seu segundo mês na lista. O salto de 16 posições é o mesmo registrado pela faixa “Me Apaixonei Por Ti (Me Enamoré De Ti)”, de Leonardo.
21
TÁ NO CORAÇÃO
DANIEL
AO VIVO
ORIGINAL
AO VIVO
A GENTE FAZ A FESTA AO VIVO
AO VIVO
AÍ JÁ ERA
JORGE & MATEUS
24
28
-
SEU ASTRAL
JORGE & MATEUS
25 26 27 28 29
NOVO 38 NOVO 20
TUDO TEM UM PORQUÊ
-
É SÓ VOCÊ ME AMAR
AO VIVO
QUÍMICA DO AMOR AO VIVO
39
35
37
ORIGINAL
NEVER SAY NEVER ORIGINAL
EMI
JUSTIN BIEBER (Part. JADEN SMITH)
UNIVERSAL
Para ferver
O DJ e produtor brasileiro Tiko’s Groove conquistou as pistas de dança do país com “I Don’t Know What To Do”. A faixa, que faz parte da trilha sonora da novela Insensato Coração, da TV Globo, conta com a participação especial do cantor russo Gosha no refrão. Depois de ocupar o 31º lugar da lista em março, o hit passou para 25º e, atualmente, ocupa a 17ª posição.
-
TALISMA
LUAN SANTANA (Part. IVETE SANGALO)
SOM LIVRE
EXALTASAMBA INOVASHOW
CUPIM NA MESA
AO VIVO
KATY PERRY
TEENAGE DREAM
NOVO
RICK SOLLO
MULHER 100%
38
UNIVERSAL
SOM LIVRE
EDSON
INDEPENDENTE
ORIGINAL
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
14
GUILHERME & SANTIAGO
VEM CAMILA
COLBIE CAILLAT
ORIGINAL
27
BELO
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
ORIGINAL
ORIGINAL
WE R WHO WE R
INDEPENDENTE
ORIGINAL
I DO
23
UNIVERSAL
JEITO MOLEQUE
AO VIVO
O MEU AMOR É BELO
UNIVERSAL
EU, VOCÊ E MAIS NINGUÉM
-
NOVO
EMI
AO VIVO
-
NOVO
PIXOTE
ORIGINAL
31
WARNER
H.R.P
8
MINUTO 7 UM AO VIVO
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
HUGO & TIAGO
AO VIVO
37
28
ORIGINAL
INDEPENDENTE
AO VIVO
KE$HA
37
ORIGINAL
SOM LIVRE
JOÃO NETO & FREDERICO
NINGUÉM TEM NADA COM ISSO
DIZEM
HOLD IT AGAINST ME
MICHEL TELÓ
AO VIVO
MEU CORAÇÃO PEDE CARONA
NOVO
12
SOM LIVRE
LARGA DE BOBEIRA
36
21
INOVASHOW
GUSTTAVO LIMA
AO VIVO
BRITNEY SPEARS
36
EMI
EXALTASAMBA (Part. MR CATRA)
COR DE OURO
RELÓGIO
WHO DAT GIRL
UNIVERSAL
ALEXANDRE PIRES
ORIGINAL
NOVO
-
INDEPENDENTE
IVETE SANGALO (Part. SEU JORGE)
SISSI
35
37
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
AO VIVO
14
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
UNIVERSAL
ORIGINAL
FLO RIDA (Part. AKON)
35
ORIGINAL
SOM LIVRE
SORRISO MAROTO
AO VIVO
30
SOM LIVRE
CLICHÊ
31
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
UNIVERSAL
FERNANDO & SOROCABA
NOVO
ORIGINAL
INOVASHOW
LEONARDO
TEUS SEGREDOS
34
SÓ OS LOUCOS SABEM
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
EXALTASAMBA (Part. MARIANA RIOS)
ORIGINAL
CAPITAL INICIAL SONY MUSIC ENTERTAINMENT
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
JOÃO BOSCO & VINICIUS (Part. JORGE & MATEUS)
ORIGINAL
33
WHAT THE HELL
22
-
ORIGINAL
1
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
ZEZÉ DI CAMARGO & LUCIANO
ORIGINAL
12
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
EDUARDO COSTA
AO VIVO
30
CHRIS BROWN (Part. JUSTIN BIEBER)
SOM LIVRE
VICTOR & LEO
ORIGINAL
AVRIL LAVIGNE
24
38
NOVO
UNIVERSAL
LUAN SANTANA
AO VIVO
CHARLIE BROWN JR.
29
34
19
24
AO VIVO
11
33
27
16
SOM LIVRE
PAULA FERNANDES
23
32
40
NOVO
ORIGINAL
RAZÃO DE VIVER
DJ GOT US FALLIN’ IN LOVE USHER (Part. PITBULL)
39
15
Gravadora
LUAN SANTANA
30
21
NOVO
13
Artista
Versão
22
24
ORIGINAL
NOVO
Título
22
32
38
FOTOS: DIVULGAÇÃO
“Till The World Ends”, faixa que faz parte do álbum Femme Fatale e que estreou na lista em abril, leva Britney Spears a registrar um salto de 19 posições no ranking.
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
JUDAS
ORIGINAL
7
EMI
ORIGINAL
PRICE TAG
maio
Gravadora
JENNIFER LOPEZ (Part. PITBULL)
TALKING TO THE MOON
39
NOVO
10
-
Artista
Versão
14
18
março
6
30
abril
março
1
maio
Título
ORIGINAL
2011
hot popular songs
abril
hot pop songs
18 mai
®
INDEPENDENTE
VELHOS SONHOS
RODRIGO RIOS
PRONTO, FALEI!
ART POPULAR
ORIGINAL
INDEPENDENTE
ORIGINAL AO VIVO AO VIVO
INDEPENDENTE
RICARDO & JOÃO FERNANDO
INDEPENDENTE
PEDRO PAULO & MATHEUS
INDEPENDENTE
CHOVE, CHOVE
JORGE & MATEUS
AO VIVO
UNIVERSAL
CAMISA 10
TURMA DO PAGODE
AO VIVO
23
DIREITO DE TE AMAR
19
FUGIDINHA
INDEPENDENTE
BELO
ORIGINAL
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
MICHEL TELÓ
ORIGINAL
SOM LIVRE
recomeço
Após uma fase pessoal difícil, Belo retomou a carreira e, desde que o ranking começou a ser publicado, em outubro de 2008 – pouco depois de sua saída definitiva da prisão –, já emplacou pelo menos quatro músicas no Hot 100. Agora, com “O Meu Amor É Belo”, que aparece pela segunda vez no Hot Popular, Belo ganha 12 posições e ensaia uma chegada aos top ten. www.billboard.br.com 101
18 MAI
BRASIL HOT REGIONAL
NOVO
6
6
7
NOVO
PAULA FERNANDES
AO VIVO
UNIVERSAL
EXALTASAMBA (PART. MARIANA RIOS)
AO VIVO
INOVASHOW
PÁSSARO DE FOGO
PAULA FERNANDES
ORIGINAL
UNIVERSAL
AMO AMAR VOCÊ (NO AIR)
BANDA MALA 100 ALÇA
ORIGINAL
INDEPENDENTE
EU, VOCÊ E MAIS NINGUÉM
JEITO MOLEQUE
AO VIVO
INDEPENDENTE
FAMÍLIA
REGIS DANESE
8
10
9
NOVO
RAZÃO DE VIVER
10
NOVO
UM BEIJO
ORIGINAL
INDEPENDENTE
PIXOTE
AO VIVO
EMI
LUAN SANTANA
AO VIVO
SOM LIVRE
ABRIL
MAIO
GOIÂNIA HOT SONGS Artista
VERSÃO
1
2
PRA VOCÊ
1
QUEM É?
3
NOVO
GRAVADORA
PAULA FERNANDES
AO VIVO
UNIVERSAL
EDUARDO COSTA
AO VIVO
ABELHA
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
JOÃO BOSCO & VINICIUS (PART. JORGE & MATEUS)
ORIGINAL
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
4
5
UM BEIJO
5
7
TEUS SEGREDOS
6
10
AMAR NÃO É PECADO
7
NOVO
8
6
LUAN SANTANA
AO VIVO
SOM LIVRE
FERNANDO & SOROCABA
AO VIVO
SOM LIVRE
LUAN SANTANA
ORIGINAL
SOM LIVRE
ME APAIXONEI POR TI (ME ENAMORÉ DE TI)
LEONARDO
ORIGINAL
UNIVERSAL
VIVER SEM TI
EXALTASAMBA (PART. MARIANA RIOS)
AO VIVO
INOVASHOW
9
NOVO
EFEITOS CRISTIANO ARAÚJO (PART.JORGE & MATEUS)
10
NOVO
NINGUÉM TEM NADA COM ISSO
AO VIVO
INDEPENDENTE
HUGO & TIAGO
AO VIVO
H.R.P
ABRIL
MAIO
CAMPINAS HOT SONGS
1
NOVO
2
5
Artista
VERSÃO
GRAVADORA
MARCOS & BELUTTI
AO VIVO
INDEPENDENTE
MEU CORAÇÃO PEDE CARONA
JOÃO NETO & FREDERICO
AO VIVO
INDEPENDENTE
3
NOVO
NINGUÉM TEM NADA COM ISSO
4
NOVO
TÁ NO CORAÇÃO
5
8
6
NOVO
HUGO & TIAGO
AO VIVO
H.R.P
DANIEL
ORIGINAL
SOM LIVRE
COR DE OURO
GUSTTAVO LIMA
AO VIVO
SOM LIVRE
ME APAIXONEI POR TI (ME ENAMORÉ DE TI)
LEONARDO
ORIGINAL
UNIVERSAL
PIXOTE
7
6
RAZÃO DE VIVER
8
3
QUEM É?
9
NOVO
10
2
AO VIVO
EMI
EDUARDO COSTA
AO VIVO
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
ÁGUA DE OCEANO ORIGINAL
VICTOR & LEO SONY MUSIC ENTERTAINMENT
PRA VOCÊ
PAULA FERNANDES
AO VIVO
UNIVERSAL
MAIO
ABRIL
TÍTULO
1
NOVO 2
UM BEIJO
3
1
AMAR NÃO É PECADO
4
NOVO
Artista
VERSÃO
ABELHA
GRAVADORA
JOÃO BOSCO & VINICIUS (PART. JORGE & MATEUS)
ORIGINAL
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
LUAN SANTANA
ORIGINAL
SOM LIVRE
LUAN SANTANA
AO VIVO
SOM LIVRE
PRA VOCÊ
PAULA FERNANDES
AO VIVO
5
3
TEUS SEGREDOS
6
NOVO
ÁGUA DE OCEANO
UNIVERSAL
FERNANDO & SOROCABA
AO VIVO ORIGINAL
7
7
DUPLA SOLIDÃO
8
8
COR DE OURO
9
NOVO
PLANOS IMPOSSÍVEIS
10
NOVO
CURTINHO SOLIDÃO
SOM LIVRE
VICTOR & LEO SONY MUSIC ENTERTAINMENT
MARCOS & BELUTTI
AO VIVO AO VIVO AO VIVO ORIGINAL
102 BILLBOARD BRASIL Junho 2011
brasilRegional BB20.indd 102
NOVO
PENSANDO EM NÓS DOIS IVETE SANGALO (PART. SEU JORGE)
4
NOVO
DÊ NO QUE DER
5
NOVO
TÁ NO CORRAÇÃO
DANIEL
ORIGINAL
SOM LIVRE
6
1
7
NOVO
ME APAIXONEI POR TI (ME ENAMORÉ DE TI) LEONARDO
-
NOVO
S&M
9
NOVO
TILL THE WORLD ENDS
10
NOVO
CLONADO
INDEPENDENTE
LUAN SANTANA
ORIGINAL
SOM LIVRE
AO VIVO
UNIVERSAL
ASA DE ÁGUIA
ORIGINAL
VIVER SEM TI
INDEPENDENTE
EXALTASAMBA (PART. MARIANA RIOS)
AO VIVO
INOVASHOW
ORIGINAL
UNIVERSAL
RIHANNA
ORIGINAL
UNIVERSAL
BRITNEY SPEARS
ORIGINAL
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
GAROTA SAFADA
ORIGINAL
INDEPENDENTE
TÍTULO
Artista
VERSÃO
GRAVADORA
LUAN SANTANA
1
2
2
3
MENTESTÃOBEM (MIENTESTANBIEN) ZEZÉDI CAMARGO&LUCIANO
3
1
AO VIVO
SOM LIVRE SONY MUSIC ENTERTAINMENT
AÍ JÁ ERA
JORGE & MATEUS
ORIGINAL
UNIVERSAL
4
NOVO
TEUS SEGREDOS
5
NOVO
AMAR NÃO É PECADO
6
4
7
NOVO
8
7
FERNANDO & SOROCABA
AO VIVO
SOM LIVRE
LUAN SANTANA
ORIGINAL
SOM LIVRE
QUEM É?
EDUARDO COSTA
AO VIVO
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
ÁGUA DE OCEANO
VICTOR & LEO
ORIGINAL
VIVER SEM TI
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
EXALTASAMBA (PART. MARIANA RIOS)
AO VIVO
INOVASHOW
9
NOVO
DUPLA SOLIDÃO
10
NOVO
TENTATIVAS EM VÃO
MARCOS & BELUTTI
AO VIVO
INDEPENDENTE
BRUNO & MARRONE
ORIGINAL
NOVO
DÊ NO QUE DER
3
1
MEU CORAÇÃO VÔOU
4
2
PRA VOCÊ
5
NOVO
EU QUERO
6
5
7
NOVO
HIMALAIA
8
7
QUEM É?
9
3
MINHA VIDA
10
NOVO
AMOR É FATO AO VIVO
INDEPENDENTE
-
NOVO
ME APAIXONEI POR TI (ME ENAMORÉ DE TI)
LEONARDO
AO VIVO
UNIVERSAL
ASA DE ÁGUIA
ORIGINAL
INDEPENDENTE
CHICLETE COM BANANA
ORIGINAL
INDEPENDENTE
PAULA FERNANDES
AO VIVO
UNIVERSAL
CHEIRO DE AMOR
ORIGINAL
INDEPENDENTE
CHOVENDO PAIXÃO
ALESSANDRO LEALE
ORIGINAL
INDEPENDENTE
NETINHO (PART. JORGE VERCILLO)
AO VIVO
INDEPENDENTE
EDUARDO COSTA
AO VIVO
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
OITO7NOVE4
ORIGINAL
INDEPENDENTE
JEITO MOLEQUE
ORIGINAL
UNIVERSAL
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
TÍTULO
GRAVADORA
1
NOVO
TALKING TO THE MOON
2
NOVO
A GENTE FAZ A FESTA
3
2
PENSANDO EM NÓS DOIS IVETE SANGALO (PART. SEU JORGE)
4
3
CLICHÊ AO VIVO
UNIVERSAL
5
9
SISSI
ALEXANDRE PIRES
6
NOVO
7
8
8
1
BRUNO MARS
ORIGINAL
WARNER
EXALTASAMBA (PART. MR CATRA)
AO VIVO
INOVASHOW
AO VIVO
UNIVERSAL
SORRISO MAROTO
ORIGINAL
EMI
O MEU AMOR É BELO
BELO
ORIGINAL
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
ONDE ESTIVER
NX ZERO
ORIGINAL
UNIVERSAL
VIVER SEM TI
EXALTASAMBA (PART. MARIANA RIOS)
AO VIVO
INOVASHOW
9
NOVO
O AMOR É FATO
10
NOVO
PLANOS IMPOSSÍVEIS
GRUPO NEM TE CONTO
AO VIVO
INDEPENDENTE
MANU GAVASSI
AO VIVO
TÍTULO
MIDAS
1
6
2
10
ON THE FLOOR
3
7
JUST CAN’T GET ENOUGH
4
1
FIREWORK
5
NOVO
ÁGUA DE OCEANO
6
NOVO
E.T.
AO VIVO
INDEPENDENTE
GUSTTAVO LIMA SOM LIVRE
MANU GAVASSI MIDAS
MICHEL TELÓ SOM LIVRE
ABRIL
BORN THIS WAY
3
1
AO VIVO
SOM LIVRE
LADY GAGA
ORIGINAL
UNIVERSAL
FIREWORK
KATY PERRY
REMIX
EMI
MENTES TÃO BEM (MIENTES TANBIEN) ZEZÉDICAMARGO & LUCIANO
4
NOVO
-
3
6
NOVO
7
2
LOCA
8
4
WHAT’S MY NAME?
9
NOVO
-
8
-
NOVO
ORIGINAL
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
ONDE ESTIVER
NX ZERO
ORIGINAL
UNIVERSAL
TILL THE WORLD ENDS
BRITNEY SPEARS
ORIGINAL
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
SHAKIRA (PART. DIZZEE RASCAL)
ORIGINAL
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
RIHANNA (PART. DRAKE)
ORIGINAL
UNIVERSAL
ÁGUA DE OCEANO
VICTOR & LEO
ORIGINAL
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
CLICHÊ
SORRISO MAROTO
AO VIVO
UNIVERSAL
QUEM É?
EDUARDO COSTA
AO VIVO
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
TÍTULO
1
3
2
NOVO
3
8
Artista
VERSÃO
GRAVADORA
PRA VOCÊ
PAULA FERNANDES
AO VIVO
ABELHA
UNIVERSAL
JOÃO BOSCO & VINICIUS (PART. JORGE & MATEUS)
ORIGINAL
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
AMAR NÃO É PECADO
LUAN SANTANA
ORIGINAL
SOM LIVRE
ME APAIXONEI POR TI (ME ENAMORÉ DE TI)
LEONARDO
-
NOVO
5
10
DUPLA SOLIDÃO
6
1
UM BEIJO
7
5
MEU CORAÇÃO PEDE CARONAJOÃO NETO & FREDERICO
8
7
ORIGINAL
UNIVERSAL
MARCOS & BELUTTI
AO VIVO
INDEPENDENTE
LUAN SANTANA
AO VIVO
SOM LIVRE
AO VIVO
INDEPENDENTE
COR DE OURO
GUSTTAVO LIMA
AO VIVO
SOM LIVRE
9
NOVO
TUDO TEM UM PORQUÊ
10
NOVO
SEU ASTRAL
GUILHERME & SANTIAGO
AO VIVO
SOM LIVRE
JORGE & MATEUS
AO VIVO
UNIVERSAL
1o 1o
UNIVERSAL UNIVERSAL
ORIGINAL
Recife Calypso
THE BLACK EYED PEAS UNIVERSAL
KATY PERRY
REMIX
EMI
VICTOR & LEO
ORIGINAL
1o
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
KATY PERRY (PART. KANYE WEST)
ORIGINAL
7
NOVO
TALKING TO THE MOON
NOVO
S&M
9
2
10
NOVO
EMI
ORIGINAL
WARNER
RIHANNA UNIVERSAL
MENTESTÃOBEM(MIENTESTANBIEN) ZEZÉDICAMARGO&LUCIANO ORIGINAL
AMAR NÃO É PECADO ORIGINAL
2
BRUNO MARS
ORIGINAL
TÍTULO
1
7
AMAR NÃO É PECADO
2
1
UM BEIJO
3
NOVO
4
3
5
NOVO
VERSÃO ORIGINAL
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
AO VIVO AO VIVO
TEUS SEGREDOS AO VIVO
LARGA DE BOBEIRA AO VIVO AO VIVO
Brasília Zezé Di Camargo & Luciano
SOM LIVRE
2
Belo Horizonte Lady Gaga
Goiânia Eduardo Costa
Artista
1o
LUAN SANTANA SOM LIVRE
LUAN SANTANA SOM LIVRE INDEPENDENTE
FERNANDO & SOROCABA SOM LIVRE
MICHEL TELÓ
1
Ribeirão Preto Paula Fernandes
o
Campinas Marcos & Belutti
1o
SOM LIVRE
Rio de Janeiro Bruno Mars
PAULA FERNANDES UNIVERSAL
7
NOVO
8
NOVO
A GENTE FAZ A FESTA
9
NOVO
TILL THE WORLD ENDS ORIGINAL
SONY MUSIC ENTERTAINMENT
10
NOVO
PERDOA
NOSSO SENTIMENTO
AO VIVO
2o
o
GRAVADORA
AÍ JÁ ERA ORIGINAL
Salvador Ivete Sangalo
o
LUAN SANTANA
APAIXONITEAGUDA LALUNA&VINICIUS(P.ZEZÉDICAMARGO&LUCIANO)
AO VIVO
5 9
JENNIFER LOPEZ (PART. PITBULL)
ORIGINAL
6
1 2
PAULA FERNANDES
8
6
GRAVADORA
LUAN SANTANA
GRAVADORA
PRA VOCÊ
PRA VOCÊ
Artista
VERSÃO
Fortaleza Banda Garota Safada
Artista
VERSÃO
TÍTULO UM BEIJO
RIBEIRÃO PRETO HOT SONGS
Artista
VERSÃO
MARÇO
ABRIL
NOVO
RIO DE JANEIRO HOT SONGS
UM BEIJO
ORIGINAL
1 2
PORTO ALEGRE HOT SONGS
CURITIBA HOT SONGS
2
3
ORIGINAL
GRAVADORA
SÃO PAULO HOT SONGS
TÍTULO DUPLA SOLIDÃO
AMAR NÃO É PECADO
BRASÍLIA HOT SONGS
TÍTULO
2
2 10
Artista
VERSÃO
ABRIL
5
PRA VOCÊ VIVER SEM TI
1
TÍTULO
MAIO
2
SOM LIVRE
BELO HORIZONTE HOT SONGS
PENSANDO EM NÓS DOIS IVETE SANGALO (PART. SEU JORGE)
ABRIL
4
ORIGINAL
GRAVADORA
2
ABRIL
NOVO
INDEPENDENTE
LUAN SANTANA
ABRIL
3
ORIGINAL
Artista
VERSÃO
ABRIL
AMAR NÃO É PECADO
MAIO
1 7
TÍTULO
NÃOPOSSONEGARQUETEAMO CALYPSO(PART.REGINALDOROSSI)
MAIO
1 2
CROWLEY
SALVADOR HOT SONGS MAIO
GRAVADORA
GAROTA SAFADA
ABRIL
Artista
VERSÃO
MAIO
ABRIL
MAIO
TÍTULO CLONADO
MAIO
RECIFE HOT SONGS
FORTALEZA HOT SONGS
MAIO
2011
FOTOS: DIVULGAÇÃO
AIRPLAY MONITORADO PELA
®
JORGE & MATEUS UNIVERSAL
EXALTASAMBA (PART. MR CATRA) INOVASHOW
BRITNEY SPEARS
INDEPENDENTE
1o
2o
Curitiba João Bosco & Vinicius
São Paulo Jennifer Lopez
1o
Porto Alegre Luan Santana
02/06/11 15:34
28 MAI
ENTENDA OS
DADOS DE VENDAS COMPILADOS POR
RANKINGS
2011
ÁLBUNS
HOT DIGITAL SONGS
40 32 JAR OF HEARTS
1
51
50 12 I WON’T LET GO
27
24
6 HONEY BEE
52
59
28
–
1 JAR OF HEARTS
53
44 33 GRENADE
29
6
2 WHERE THEM GIRLS AT DAVID GUETTA FT. FLO RIDA&NICKI MINAJ (WHAT A MUSIC/ASTRALWERKS/CAPITOL)
54
51
30
26
6 DIRT ROAD ANTHEM
55
39 25 COMING HOME
2
42 20 F**KIN’ PERFECT
56
53 11 A LITTLE BIT STRONGER
0
32
22 15 I NEED A DOCTOR
57
–
33
32
58
46 22 6 FOOT 7 FOOT
34
25 10 PRICE TAG JESSIE J FEAT. B.O.B (LAVA/UNIVERSAL REPUBLIC)
59
19
35
27 13 BACKSEAT
60
49 18 WHAT THE HELL
61
71
1
18
2
–
1 THE EDGE OF GLORY
3
2
14 E.T.
4
7
7 GIVE ME EVERYTHING PITBULL FEAT. NE-YO, AFROJACK & NAYER (MR. 305/POLO GROUNDS/J/RMG)
5
5
10 THE LAZY SONG
0
6
4
12 ON THE FLOOR
1
31
7
8
11 JUST CAN’T GET ENOUGH
8
3
2 JUST A KISS
9
–
1 DIRTY DANCER ENRIQUE IGLESIAS WTIH USHER FEAT. LIL WAYNE (UNIVERSAL REPUBLIC)
10
10 15 LOOK AT ME NOW
LADY GAGA (STREAMLINE/KONLIVE/INTERSCOPE) KATY PERRY FEAT. KANYE WEST (CAPITOL)
BRUNO MARS (ELEKTRA/ATLANTIC) JENNIFER LOPEZ FEAT. PITBULL (ISLAND/IDJMG)
2
THE BLACK EYED PEAS (INTERSCOPE)
LADY ANTEBELLUM (CAPITOL NASHVILLE)
CHRIS BROWN FEAT. LIL WAYNE & BUSTA RHYMES (JIVE/JLG)
11 TILL THE WORLD ENDS BRITNEY SPEARS (JIVE/JLG)
11
9
12
13 20 THE SHOW GOES ON
13
20
14
17 14 BORN THIS WAY
LUPE FIASCO (1ST & 15TH/ATLANTIC)
1
7 PARTY ROCK ANTHEM
LMFAO FT. LAUREN BENNETT & GOONROCK (P.ROCK/WILL.I.AM/CHERRYTREE/INTERSC.) LADY GAGA (STREAMLINE/KONLIVE/INTERSCOPE)
TÍTULO
ARTISTA (GRAVADORA/PROMOTORA)
CHRISTINA PERRI (MS. PERRI LANE/ATLANTIC/RRP) BLAKE SHELTON (WARNER BROS. (NASHVILLE)/WMN) GLEE CAST (20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA)
JASON ALDEAN (BROKEN BOW) P!NK (LAFACE/JLG)
DR. DRE FEAT. EMINEM & SKYLAR GREY (AFTERMATH/INTERSCOPE)
5 MOTIVATION
KELLY ROWLAND FEAT. LIL WAYNE (UNIVERSAL MOTOWN)
NEW BOYZ FEAT. THE CATARACS & DEV (SHOTTY/WARNER BROS.)
9 WHO SAYS SELENA GOMEZ & THE SCENE (HOLLYWOOD)
0
TÍTULO
ARTISTA (GRAVADORA/PROMOTORA) RASCAL FLATTS (BIG MACHINE)
1 I AM WOMAN
JORDIN SPARKS (19/JIVE/JLG) LIL WAYNE FEAT. CORY GUNZ (CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN) BAD MEETS EVIL (SHADY/INTERSCOPE) AVRIL LAVIGNE (RCA/RMG)
3 HOMEBOY
29
37
30 18 ALL OF THE LIGHTS
62
57 19 ARE YOU GONNA KISS ME OR NOT
38
28 11 BOW CHICKA WOW WOW
63
66
39
33
4 COUNTRY GIRL (SHAKE IT FOR ME)
64
47 19 MOMENT 4 LIFE
MIKE POSNER FEAT. LIL WAYNE (J/RMG) LUKE BRYAN (CAPITOL NASHVILLE)
1
2 FAST LANE
36
KANYE WEST (ROC-A-FELLA/DEF JAM/IDJMG)
4
8 BEST LOVE SONG T-PAIN FEAT. CHRIS BROWN (KONVICT/NAPPY BOY/JIVE/JLG)
SARA EVANS (RCA NASHVILLE)
Preços de CDs/cassetes seguem tabelas ou preços equivalentes, calculados a partir dos preços do atacado, em dólar. / depois do preço indica álbum disponível apenas em DualDisc. CD/DVD depois do preço indica disponibilidade somente no formato combo CD/DVD. / DualDisc disponível. b combo CD/DVD disponível. *disponível em LP (vinil). Os preços e a disponibilidade de LPs não aparecem em todas as listas. EX depois de número de catálogo indica que um título é exclusivo de determinada conta ou tem distribuição limitada.
MÚSICAS O ranking é baseado nas vendas (digitais e físicas) e no quanto a música tocou nas rádios naquela semana. A semana de contagem das vendas vai de segunda a domingo, enquanto a semana de medida de audiência vai de quarta a terça-feira. Toda quinta-feira é criado e publicado um novo ranking. O número de vendas é levantado pelo sistema Nielsen SoundScan, enquanto a preferência da audiência é rastreada pela Nielsen Broadcast Data Systems (BDS), que inclui o monitoramento de estações de rádio em mais de 140 mercados dos EUA. Os rankings de audiência são compilados a partir de uma amostra norte-americana de dados fornecida pela BDS. As paradas são ranqueadas a partir de um número de impressões totais, computadas por meio de referência cruzada entre os números exatos de execução em rádios e os dados de ouvintes da Arbitron. 0 Músicas que mostram aumento de execuções com relação à semana anterior, independentemente da movimentação do ranking.
ERIC CHURCH (EMI NASHVILLE) THOMPSON SQUARE (STONEY CREEK)
Quando incluído, indica o título com maior aumento de execuções nas emissoras de rádio.
1
2 HELLO
Quando incluído, indica o título com maior venda digital (por download). CONFIGURAÇÕES
MARTIN SOLVEIG & DRAGONETTE (BIG BEAT/ATLANTIC) NICKI MINAJ FT. DRAKE (YOUNG MONEY/CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN)
Quando incluído, indica o título que passou para o top 100 do ranking The Billboard 200 e saiu da lista Heatseeker.
PREÇOS/CONFIGURAÇÃO/DISPONIBILIDADE
YC FEAT. FUTURE (BIG PLAY/UNIVERSAL REPUBLIC)
DIDDY - DIRTY MONEY FEAT. SKYLAR GREY (BAD BOY/INTERSCOPE)
Quando incluído, indica o título com a maior porcentagem de crescimento. EX HEATSEEKER
3 RACKS
BRUNO MARS (ELEKTRA/ATLANTIC)
Quando incluído, indica o título com o maior crescimento de unidades.
CERT.
SEMANA DE 28/5
26
SEMANA DE 21/5 Nº DE SEMANAS
CERT.
2
1
2 SEMANAS
SEMANA DE 21/5 Nº DE SEMANAS
IN THE DEEP Nº 1 ROLLING ADELE (XL/COLUMBIA)
ARTISTA (GRAVADORA/PROMOTORA)
SEMANA DE 28/5
TÍTULO
Dados de vendas compilados pela ferramenta Nielsen SoundScan a partir de uma cadeia de lojas de música nos EUA. 0 Álbuns com maiores ganhos em vendas na semana.
CERT.
SEMANAS
SEMANA DE 21/5 Nº DE
SEMANA DE 28/5
TM
0
C Single disponível em CD . Download Digital disponível M Single disponível em DVD , Maxi-single disponível em vinil v Single disponível em vinil x Maxi-single disponível em CD. Estas confi gurações não estão em todos os rankings de singles.
15
–
1 ROLLING IN THE DEEP
40
38
5 GOOD LIFE
65
64
4 SURE THING
16
31
2 SUPER BASS
41
–
1 ISN’T SHE LOVELY
66
56
5 OLD ALABAMA
17
12 38 F**K YOU (FORGET YOU)
42
35 30 FIREWORK
4
67
52 16 COLDER WEATHER
0
Compilado a partir de uma amostra (EUA) de dados fornecidos por DJs de casas noturnas. 0 Maior aumento de execuções. Indica o título que, abaixo do top 20 e presente na semana anterior, teve o maior crescimento em pontos.
18
16 26 DOWN ON ME JEREMIH FEAT. 50 CENT (MICK SCHULTZ/DEF JAM/IDJMG)
0
68
69 49 DYNAMITE
4
11 15 BLOW
69
65 43 JUST THE WAY YOU ARE
NÍVEIS DE CERTIFICAÇÃO
19
3
70
60 20 MORE USHER (LAFACE/JLG)
71
67 27 DON’T YOU WANNA STAY
4 1
KE$HA (KEMOSABE/RCA/RMG)
–
21
18
5 JUDAS
22
15 17 S&M
23
14 11 WRITTEN IN THE STARS TINIE TEMPAH FT. ERIC TURNER (DISTURBING LONDON/PARLOPHONE/CAPITOL)
LADY GAGA (STREAMLINE/KONLIVE/INTERSCOPE) RIHANNA (SRP/DEF JAM/IDJMG)
–
21 12 ROLL UP
44
–
1 9 PIECE
1 JACK SPARROW THE LONELY ISLAND FEAT. MICHAEL BOLTON (UNIVERSAL REPUBLIC)
RICK ROSS FEAT. LIL WAYNE (MAYBACH/SLIP-N-SLIDE/DEF JAM/IDJMG)
–
46
36 15 FOR THE FIRST TIME
47
–
1 I’M NOT GONNA TEACH YOUR BOYFRIEND...
72
–
41
3 TONIGHT TONIGHT HOT CHELLE RAE (JIVE/JLG)
73
61 33 HEY BABY (DROP IT TO THE FLOOR)
THE SCRIPT (PHONOGENIC/EPIC)
0
GLEE CAST (20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA)
2
5
7
ORIGINAL SIN
1 DANCING QUEEN
74
–
3 TURNING TABLES
0
6 TOMORROW
75
–
1 MY LAST
GLEE CAST (20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA) CHRIS YOUNG (RCA NASHVILLE)
INXS FEAT. ROB THOMAS & INTRODUCING DJ YALEIDYS PETROL ELECTRIC/ATCO/RHINO
SEMANA DE 21/5 Nº DE SEMANAS
26
33
5
TÍTULO
ARTISTA (GRAVADORA/PROMOTORA)
SEXY SEXY CHARO UNIVERSAL WAVE
27
24 12 TACALACATEO
28
32
6
WHAT A FEELING
29
36
5
YOU CAN’T STOP THE RAIN
30
35
5
DANCE WITH ME
31
38
4
PARTY ROCK ANTHEM
32
GRANDE ESTREIA
33
37
3
TAKING OVER NOW
34
41
3
NOT MY DADDY
35
23 14 E.T.
36
42
37
31 13 ON THE FLOOR
38
45
39
17 12 CALL MY NAME
40
49
2
PRICE TAG
41
46
2
SWEET SUGAR POISON
42
12 13 GOOD GIRL
INDIA & PEPPE CITARELLA ANGEL EYES
3
7
8
4
10
5
HOLLYWOOD TONIGHT
5
8
8
WORLD KEEPS TURNING
6
11
8
KICK US OUT
7
1
11 BEAUTIFUL PEOPLE
8
4
9
9
3
10 WHERE YOU AT
10
15
6
11
6
10 DANCING TONIGHT
12
13 14 ARMY OF LOVE
13
18
8
SAN FRANCISCO IS MY DISCO
14
14
8
ROLLING IN THE DEEP
15
9
13 TURN IT UP
16
27
3
JUDAS
17
21
7
ALL HERE NOW
18
26
4
CALL YOUR GIRLFRIEND
19
19
8
CHANGES
20
25
5
WE OWN THE NIGHT
21
16 12 PUSH IT
22
28
23
20 12 HEY (NAH NEH NAH)
48
40
24
30
4
CATCH A FIRE
49
34 16 S&M
25
22
7
PERFECT STRANGER
50
43
SYLVIA TOSUN SEA TO SUN HYPER CRUSH UNIVERSAL MOTOWN CHRIS BROWN FEAT. BENNY BENASSI JIVE/JLG
SWEAT SNOOP DOGG DOGGYSTYLE/PRIORITY/CAPITOL JENNIFER HUDSON ARISTA/RMG
MIRRORS NATALIA KILLS CHERRYTREE/INTERSCOPE KAT DELUNA GLOBAL MUSIC BRAND/UNIVERSAL MUSIC BELGIUM KERLI ISLAND/IDJMG LAURA LARUE NEAR ADELE XL/COLUMBIA ULTRA NATE DEEP SUGAR/STRICTLY RHYTHM LADY GAGA STREAMLINE/KONLIVE/INTERSCOPE DAVID GARCIA & HIGH SPIES FEAT. SARAH TANCER SOLMATIC ROBYN KONICHIWA/CHERRYTREE/INTERSCOPE DIRTY VEGAS OM ANDREA ROSARIO HECHTIC JESSIE AND THE TOY BOYS FEAT. YELAWOLF PROSPECT PARK
5
ESCALADA
MOVE WITH IT LINNEA LINNEA & CO.
RICO BERNASCONI VS. VAYA CON DIOS STARSHIT/CAPP/SILVER BLUE JOHN LEPAGE FEAT. DEBBY HOLIDAY & LFB GROOVE MAGNETIC MAN FEAT. KATY B COLUMBIA
43
ALEX GAUDINO FEAT. KELLY ROWLAND ULTRA MARTIN CLANCY & THE WITNESS PROTECTION PROGRAMME SEAPORT HOT ROD G NOTE LMFAO FT. LAUREN BENNETT & GOONROCK P.ROCK/WILL.I.AM/CHERRYTREE/INTERSC.
LAST FRIDAY NIGHT (T.G.I.F.) KATY PERRY CAPITOL HMC: HANNAH & MIAMI CALLING SNOWDOG EVA IN YA FACE/BUNGALO KATY PERRY CAPITOL
3
SEE THE NEW HONG KONG JOSIE COTTON SCRUFFY JENNIFER LOPEZ FEAT. PITBULL ISLAND/IDJMG
2
GAVE UP ON LOVE KELLI DENTZ SULTAN & NED SHEPARD FEAT. NADIA ALI HAREM JESSIE J FEAT. B.O.B LAVA/UNIVERSAL REPUBLIC DAVE MATTHIAS VS. JULISSA VELOZ CARRILLO ALEXIS JORDAN STARROC/ROC NATION/COLUMBIA
NOVO
RUN THE WORLD (GIRLS) BEYONCE COLUMBIA
44
44
4
DO YOU WANT TO OR NOT?
45
47
2
ALL ABOUT SEX
46
29 13 BORN THIS WAY
47
PITBULL FEAT. T-PAIN (MR. 305/POLO GROUNDS/J/RMG) ADELE (XL/COLUMBIA)
BIG SEAN FEAT. CHRIS BROWN (G.O.O.D./DEF JAM/IDJMG)
1
ÁLBUNS
0 Certifi cado de distribuição de 500 mil álbuns (Ouro) emitido pela Associação Americana da Indústria de Gravação (RIAA – Recording Industry Association of America). 1 Certifi cado da RIAA de
distribuição de 1 milhão de cópias (Platina). 0 Certifi cado da RIAA de distribuição de 10 milhões de cópias (Diamante). Números junto aos símbolos de Platina ou Diamante indicam nível multiplatina do disco. Para boxes e discos duplos com 100 minutos ou mais de tempo corrido, a RIAA multiplica a distribuição pelo número de discos e/ou fi tas.) Certifi cação de distribuição de 100 mil unidades (Ouro). ! Certifi cação de 200 mil unidades (Platina).@ Certifi cação de 400 mil unidades (Multiplatina). MÚSICAS
0 Certifi cação da RIAA para 500 mil downloads pagos (Ouro).1 Certifi cação da RIAA para 1 milhão de downloads pagos (Platina). Números junto ao símbolo de platina indicam o nível multiplatina da canção. ) Certifi cação da RIAA para distribuição de 500 mil singles (Ouro).
SOCIAL 50 0 Maior ganho de pontos. Lista os artistas mais ativos nas principais redes de relacionamento. A popularidade é medida por um sistema de pontos baseado em uma fórmula que contempla as adições, na semana, de amigos, seguidores e fãs do artista em suas redes sociais, o número de page views em seu website e o total de execuções de suas músicas, na semana, no MySpace, YouTube, Facebook, Twitter e iLike.
SOCIAL 50
FADE MICHAEL JACKSON MJJ/EPIC
ACE HOOD (WE THE BEST/DEF JAM/IDJMG)
–
1 SEMANA
KRISTINE W FLY AGAIN
1 HUSTLE HARD
45
SEMANA DE 28/5
SEMANA DE 21/5 Nº DE SEMANAS
SEMANA DE 28/5
THE WORLD ENDS Nº 1 TILL BRITNEY SPEARS JIVE/JLG
JASON ALDEAN WITH KELLY CLARKSON (BROKEN BOW)
49
ARTISTA (GRAVADORA/PROMOTORA)
6
BRUNO MARS (ELEKTRA/ATLANTIC)
50
TÍTULO
2
TAIO CRUZ (MERCURY/IDJMG)
45
HOT DANCE CLUB SONGSTM 1
ZAC BROWN BAND (SOUTHERN GROUND/ATLANTIC/BIGGER PICTURE)
48
STEVEN TYLER (COLUMBIA)
WIZ KHALIFA (ROSTRUM/ATLANTIC/RRP)
48
BRAD PAISLEY FEAT. ALABAMA (ARISTA NASHVILLE)
1
1 (IT) FEELS SO GOOD
24 25
43
HOT DANCE CLUB SONGS
MIGUEL (BLACK ICE/BYSTORM/JIVE/JLG)
I LIKE IT ELECTRIC FEAT. SOPHIA LOLLEY BEAT CONGRESS/STRICTLY RHYTHM SARIAH REIGNING HEARTS LADY GAGA STREAMLINE/KONLIVE/INTERSCOPE
NOVO
8
WHO SAYS SELENA GOMEZ & THE SCENE HOLLYWOOD
YOU LIKE IT WILD RANNY FEAT. JESSICA WILD ROCKBERRY RIHANNA SRP/DEF JAM/IDJMG
9
BLOW KE$HA KEMOSABE/RCA/RMG
SEMANA DE 21/5 Nº DE SEMANAS
20
1 FRIDAY GLEE CAST (20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA)
KATY PERRY (CAPITOL)
7 MEAN TAYLOR SWIFT (BIG MACHINE)
SEMANA DE 28/5
CEE LO GREEN (RADICULTURE/ELEKTRA/RRP)
GLEE CAST (20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA)
ARTISTA
GRAVADORA/PROMOTORA
GAGA Nº 1 LADY STREAMLINE/KONLIVE/INTERSCOPE
DADOS FORNECIDOS POR SEMANA DE 21/5 Nº DE SEMANAS
NICKI MINAJ (YOUNG MONEY/CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN)
ONEREPUBLIC (MOSLEY/INTERSCOPE)
SEMANA DE 28/5
GLEE CAST FEAT. JONATHAN GROFF (20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA)
ARTISTA
GRAVADORA/PROMOTORA
26
24 22 BRITNEY SPEARS
25 JUSTIN BIEBER
27
30 24 LUDACRIS
25 RIHANNA
28
23 23 SNOOP DOGG
5
25 SHAKIRA
29
34 25 DON OMAR
5
4
25 EMINEM
30
42 25 ENRIQUE IGLESIAS
6
6
25 AKON
31
21 25 DAVID GUETTA
7
7
25 KATY PERRY
32
22 22 WIZ KHALIFA
8
9
25 BEYONCÉ
33
35 17 KANYE WEST
9
8
25 NICKI MINAJ
34
31 25 50 CENT
10
11 24 LIL WAYNE
35
28 25 KE$HA
11
19 15 ADELE
36
33 23 DRAKE
12
15 25 AVRIL LAVIGNE
37
44
13
13 23 CHRIS BROWN
38
36 25 GREEN DAY
14
14 11 JENNIFER LOPEZ
39
RETORNO
15
10
DEADMAU5
40
40 25 COLDPLAY
16
12 25 THE BLACK EYED PEAS
41
38 12 JUSTIN TIMBERLAKE
17
17 25 TAYLOR SWIFT
42
32 25 TIESTO
18
18 25 SELENA GOMEZ
43
RETORNO
19
29 23 BOB MARLEY
44
45 19 DEMI LOVATO
20
27 23 PITBULL MR.
45
41 23 P!NK
21
26 25 MICHAEL JACKSON
46
43 18 ALICIA KEYS
22
20 25 LINKIN PARK
47
47 15 THIRTY SECONDS TO MARS
23
16
3
BEASTIE BOYS
48
50
24
39
2
LMFAO
49
46 21 MY CHEMICAL ROMANCE
25
25 25 USHER
50
49
1
1
25
2
2
3
3
4
8 SEMANAS
SCHOOLBOY/RAYMOND BRAUN/ISLAND/IDJMG SRP/DEF JAM/IDJMG SONY MUSIC LATIN/EPIC WEB/SHADY/AFTERMATH/INTERSCOPE KONVICT/UPFRONT/SRC/UNIVERSAL MOTOWN CAPITOL
MUSIC WORLD/COLUMBIA YOUNG MONEY/CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN XL/COLUMBIA ARISTA/RMG JIVE/JLG
ISLAND/IDJMG
6
MAU5TRAP/ULTRA INTERSCOPE
BIG MACHINE HOLLYWOOD
TUFF GONG/ISLAND/UME
305/FAMOUS ARTIST/POLO GROUNDS/SONY MUSIC LATIN/RMG MJJ/EPIC
MACHINE SHOP/WARNER BROS. BROOKLYN DUST/CAPITOL PARTY ROCK/WILL.I.AM/CHERRYTREE/INTERSCOPE LAFACE/JLG
JIVE/JLG
DTP/DEF JAM/IDJMG PRIORITY/CAPITOL
ORFANATO/MACHETE
UNIVERSAL MUSIC LATINO/UNIVERSAL REPUBLIC GUM/VIRGIN/CAPITOL ROSTRUM/ATLANTIC
ROC-A-FELLA/DEF JAM/IDJMG SHADY/AFTERMATH/INTERSCOPE KEMOSABE/RCA/RMG YOUNG MONEY/CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN
6
AVENGED SEVENFOLD HOPELESS/SIRE/WARNER BROS. REPRISE
CHRISTINA GRIMMIE UNSIGNED CAPITOL
JIVE/JLG
MUSICAL FREEDOM
BRUNO MARS ELEKTRA HOLLYWOOD LAFACE/JLG J/RMG
IMMORTAL/VIRGIN/CAPITOL
8
DAFT PUNK VIRGIN/CAPITOL REPRISE
9
GUNS N’ ROSES GEFFEN
www.billboard.br.com 103
_rankingDiversos BB20.indd 103
02/06/11 15:35
28
the billboard 200
mai 2011
dados de vendas compilados por
®
1
2
BAND PERRY 48 42 31 THE REPUBLIC NASHVILLE 014839/UMRG (10.98)
The Band Perry
0
4
54
33 32
I Remember Me
0
2
55
+ THE MACHINE 49 39 50 FLORENCE UNIVERSAL REPUBLIC 013170*/UMRG (13.98)
56
EVANS 42 40 10 SARA RCA NASHVILLE 49693/SMN (10.98)
Stronger
6
57
57 31
6 HOLLYWOOD UNDEAD
American Tragedy
4
58
40 26
y Luz 5 MANA Drama WARNER LATINA 526530 (16.98) b
5
59
AMBROSIUS 51 41 11 MARSHA J 64826/RMG (9.98)
Late Nights & Early Mornings
2
60
Strong 46 33 21 SOUNDTRACK Country RCA NASHVILLE 72911/SMN (11.98)
6
61
41 47 10 SOUNDTRACK 20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA 85852/SONY MUSIC (13.98)
3
LONELY ISLAND 1 THE UNIVERSAL REPUBLIC 015547*/UMRG (15.98 CD/DVD) b
Turtleneck & Chain
3
Novo 4
PERRI 1 CHRISTINA ATLANTIC 525853/AG (13.98) b
lovestrong.
4
Novo 5
THE CREATOR 1 TYLER, XL 529* (11.98)
Goblin
5
6
BOYS 2 BEASTIE BROOKLYN DUST 05639/CAPITOL (18.98)
Hot Sauce Committee Part Two
2
Novo 7
CARS 1 THE SYNCRO 4/HEAR 32872*/CONCORD (14.98)
8
4
–
FOXES 2 FLEET SUB POP 888* (13.98)
9
5
–
LOPEZ 2 JENNIFER ISLAND 014975/IDJMG (13.98)
Move Like This
7
Helplessness Blues
4
Love?
5
4
O álbum completo da cantora Christina Perri, que fez sucesso com a música “Jar Of Hearts, chega às paradas com vendas de 58 mil unidades. Ele vem depois do EP Ocean Way Sessions, que chegou ao 144º lugar no ano passado.
Kelly
MY BLOCK/SANG GIRL! 32101/MALACO (14.98)
My Kinda Party
1
2
11
maior aumento JUSTIN BIEBER Never Say Never: The Remixes (EP) 32 22 13 unid. SCHOOLBOY/RAYMOND BRAUN/ISLAND 015397/IDJMG (9.98)
1
1
1
2
62
59 44
Lemonade Mouth
4
63
85
Stone Rollin’
14
64
W. SMITH 39 46 43 MICHAEL REUNION 10133/SONY MUSIC (13.98)
13
3
& SONS 60 MUMFORD GENTLEMAN OF THE ROAD 0109*/GLASSNOTE (12.98) b
14
5
5 SOUNDTRACK
14 Novo
Sigh No More
WALT DISNEY 013440 (13.98)
SAADIQ 1 RAPHAEL COLUMBIA 62560*/SONY MUSIC (11.98)
15
24 20 82 ADELE XL/COLUMBIA 31859*/SONY MUSIC (12.98)
16
19
1
6
–
NICKS 2 STEVIE REPRISE 527247/WARNER BROS. (18.98)
17
13
2
5 FOO FIGHTERS
Wasting Light
0
1
18
MARS Doo-Wops & Hooligans 15 13 32 BRUNO ELEKTRA 525393* (10.98) b
1
3
ROSWELL/RCA 84493*/RMG (11.98) b
19 Novo
HAYNES 1 WARREN STAX 32912*/CONCORD (15.98)
20
BROWN 8 CHRIS JIVE 86067/JLG (11.98)
19
6
In Your Dreams
10
Man In Motion F.A.M.E.
21 Novo
ORCHESTRA 1 MANCHESTER FAVORITE GENTLEMAN/COLUMBIA 74341*/SONY MUSIC (11.98)
22
17
8
38 KATY PERRY
23
25
9
KHALIFA 7 WIZ ROSTRUM/ATLANTIC 527099/AG (13.98) b MORRISON 1 MATTHEW MERCURY 015501/IDJMG (13.98)
25
18 10
5 PAUL SIMON
26
SWIFT 28 30 29 TAYLOR BIG MACHINE TS0300A (18.98) b
27
BIEBER 43 25 60 JUSTIN SCHOOLBOY/RAYMOND BRAUN/ISLAND 014063/IDJMG (10.98) b
28
21 23 26 P!NK LAFACE 80657/JLG (13.98)
30
7
–
2 SADE EPIC 90454/SONY MUSIC (17.98)
31
16 12
32 novo
35
35 14 26 RIHANNA SRP/DEF JAM 014927/IDJMG (13.98) b 7
23
MINAJ 38 28 25 NICKI YOUNG MONEY/CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN 015021*/UMRG (13.98)
38
11
1
0 1
Paper Airplane
3
I Am Very Far
32
You Get What You Give
0 1 1 o
39
ANTEBELLUM Need You Now 27 43 68 LADY CAPITOL NASHVILLE 97702 (18.98)
3
40
ARTISTS NOW 37 34 21 14 VARIOUS UNIVERSAL/EMI/SONY MUSIC 46746/CAPITOL (18.98) The Song Remains Not The Same
FIASCO 56 35 10 LUPE 1ST & 15TH/ATLANTIC 520870*/AG (18.98) –
The Fame
3
Lasers
44
8
45
31 15
46
26
–
47
44 34 47 EMINEM WEB/SHADY/AFTERMATH/INTERSCOPE 014411*/IGA (13.98)
1 7
Rumours
43
5
The Ultimate Collection
MAC – 136 FLEETWOOD WARNER BROS. 3010* (18.98)
maior aumento LADY GAGA 65 64 133 perc. STREAMLINE/KONLIVE/CHERRYTREE/INTERSCOPE 011805*/IGA (12.98)
1 5 3 2
1 6
49
45 37 19 MIGUEL BLACK ICE/BYSTORM/JIVE 75487/JLG (9.98)
All I Want Is You
37
50
10
This Is Gonna Hurt
10
b
Bad Company................110 The Band Perry.............53 Francesca Battistelli..... . ....................................151 Beastie Boys.....................6 Pat Benatar..................183 Justin Bieber...11, 27, 70, 93 Big Time Rush.................67
104 billboard brasil Junho 2011
Black Label Society.....41 The Black Eyed Peas......... . ..............................52, 125 The Black Keys..............74 Blue October.................79 Bon Jovi...........................80 Boyz II Men....................101 Chris Brown..................20 Zac Brown Band......33, 81 Bruno Mars...................18 Building 429.................115
c
Brandi Carlile With The Seattle Symphony.........192 The Cars...........................7 Johnny Cash/Willie Nelson...........................75 Casting Crowns..........197 Cristian Castro..........153 Kenny Chesney...............86 Eric Church.................154 The Civil Wars.............118
Eric Clapton..................94 Easton Corbin.............196 The Countdown Kids........ . ............................ 144, 166 Creedence Clearwater Revival........................116 Creedence Clearwater Revisited.....................104 Jim Croce......................152 Billy Currington.........146 d
Daft Punk............. 129, 177 deadmau5.....................172 Donny & Marie Osmond.... . ......................................84 Drake.............................184 e
Steve Earle..................133 Eminem.............. 47, 97, 160 Sara Evans.....................56 Explosions In The Sky....... . ....................................155
The Foundation
2 0
5 9 82 6
T. JONES 1 BOOKER ANTI- 87101*/EPITAPH (16.98)
The Road From Memphis
85
Hemingway’s Whiskey
1
CHESNEY 71 73 33 KENNY BNA 57445/SMN (11.98) b
75 85 79 TRAIN COLUMBIA 07736/SONY MUSIC (12.98)
26
0
30
92
1
79
Greatest Hits
& MARIE Donny & Marie 2 DONNY MPCA 25742/BDG (14.98)
60 105 3 SOUNDTRACK ABKCO 88392 (13.98)
FLATTS Nothing Like This 37 36 26 RASCAL BIG MACHINE RF0100A (13.98)
Asking Alexandria......199 Avenged Sevenfold.....132
30
70 155 168 JOURNEY COLUMBIA/LEGACY 85889/SONY MUSIC (13.98) b
A performance de Ellie Goulding no Saturday Night Life, em 7 de maio, impactou por duas semanas as vendas de seu álbum Lights. Embora a alta seja de menos de 1%, o índice é considerado uma proeza, já que foi registrado logo depois do Dia das Mães, quando as vendas acusam quedas de 9%.
78
Ugly Side: An Acoustic Evening With Blue October
Love Letter
91
8
Yolanda Adams.............99 Adele...........................1, 15 Aerosmith..............95, 109 The Airborne Toxic Event...........................126 Jason Aldean.................10 Marsha Ambrosius.......59 The Antlers...................82 Arcade Fire.......... 119, 159
84
3
24
Burst Apart
90
5
Índice
KELLY 78 93 22 R. JIVE 80874/JLG (11.98)
5 10
Let’s Cheers To This
ANTLERS 1 THE FRENCHKISS 048* (12.98)
83
7
76
BROWN BAND 77 84 130 ZAC ROAR/BIGGER PICTURE/HOME GROWN/ATLANTIC 516931/AG (13.98)
SKYNYRD 88 75 41 LYNYRD MCA 111941 (9.98)
2
0
7
Loaded: The Best Of Blake Shelton
81
89
76
1
UP DOWN 1102/BRANDO (14.98)
1
41
9 8
Lights
JOVI 72 89 27 BON ISLAND 014903/IDJMG (13.98)
WAYNE 86 66 33 LIL CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN 015002/UMRG (13.98)
1
1
56
80
–
3
Brothers
94
Songs For Japan
Recovery
1 BLUE OCTOBER
86
1
0
AMERICAN/COLUMBIA/SONY MUSIC CMG 58490/SONY MUSIC (6.98)
79 Novo
85 Novo
1
BTR (Soundtrack)
VH1 Storytellers
GOULDING 3 ELLIE CHERRYTREE/INTERSCOPE 015329/IGA (10.98)
WITH SIRENS 1 SLEEPING RISE 132 (12.98)
–
The Incredible Machine
Something Big
9 JOHNNY CASH/WILLIE NELSON
78 Novo
82 Novo
65
My Worlds Acoustic
MARY 7 MARY MY BLOCK/COLUMBIA 62330/SONY MUSIC (11.98)
88
ARTISTS 8 VARIOUS EMI/WARNER BROS./SONY/UNIVERSAL 90504/UMRG/UMRG/SONY MUSIC/SONY MUSIC (9.98)
A.M. 2 SIXX: ELEVEN SEVEN 860 (13.98)
47 49
1
musiqinthemagiq
AVERAGE JOE’S 226 (14.98)
Graças à Starbucks, a coletânea de Roy Orbison alcançou a melhor posição já conquistada pelo cantor do Tennessee no Top Country Albums – 12ª, com vendas de sete mil unidades. Anteriormente, The Big O tinha chegado ao 15º lugar com Class Of ’55, de 1986, dois anos antes de sua morte.
19
Opus Collection
Born Free
1
SOULCHILD 2 MUSIQ SONGBOOK/ATLANTIC 524542/AG (18.98)
2 COLT FORD Every Chance I Get
65
A New Hallelujah
Revolution
87
48
–
73
SHELTON 69 71 27 BLAKE REPRISE (NASHVILLE) 525092/WMN (18.98)
2
20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA 89813/SONY MUSIC (11.98)
42
ROCK 64 53 26 KID TOP DOG/ATLANTIC 521682*/AG (18.98) b
77
My World 2.0
Glee, The Music Presents: The Warblers
LABEL SOCIETY 1 BLACK EONE 2363 (9.98)
72
–
63
Town Line (EP)
82
1
Pink Friday
41 novo
LEWIS 74 57 11 AARON STROUDAVARIOUS 01013 (7.98)
76
3
Loud
37
71
4
Speak Now
3
Randy Travis
The Lady Killer
70 24 JUSTIN BIEBER retorno SCHOOLBOY/RAYMOND BRAUN/ISLAND 015084 EX/IDJMG (12.98)
68 56
Hello Fear
4 SOUNDTRACK
LAMBERT 61 55 85 MIRANDA COLUMBIA (NASHVILLE) 46854/SMN (12.98)
BLACK KEYS 76 59 52 THE NONESUCH 520266*/WARNER BROS. (15.98)
FRANKLIN 8 KIRK FO YO SOUL/VERITY 77917/JLG (11.98)
36
69
75
RIVER 1 OKKERVIL JAGJAGUWAR 185* (14.98)
22 19
LO GREEN 62 48 27 CEE RADICULTURE 525601/ELEKTRA (18.98)
74
KRAUSS & UNION STATION 5 ALISON ROUNDER 610665*/CONCORD (18.98)
34
68
24
JIVE 85332/JLG (13.98)
BROWN BAND 29 27 34 ZAC SOUTHERN GROUND/ROAR/BIGGER PICTURE/ATLANTIC 524722/AG (18.98) b
TIME RUSH 73 50 31 BIG NICKELODEON/COLUMBIA 42918/SONY MUSIC (8.98)
Matthew Morrison
Femme Fatale
33
53 63 30 SUGARLAND MERCURY NASHVILLE 014758*/UMGN (13.98) b
67
1
Greatest Hits... So Far!!!
20
21
66
6
The King Of Limbs
ORBISON/LEGACY 89568 EX/STARBUCKS (12.98)
2
HEAR 32814*/CONCORD (13.98) b
7 BRITNEY SPEARS
1
1 ROY ORBISON
Rolling Papers
So Beautiful Or So What
4
19
Com vendas de 17 mil, o álbum do grupo de Atlanta Manchester Orchestra tem sua melhor venda da semana, ultrapassando os 12 mil de seu trabalho anterior, Mean Everything To Nothing (que atingiu o 37º lugar em sua estreia).
65 Novo
TRAVIS 2 RANDY WARNER BROS. 8635 EX/CRACKER BARREL (11.98)
36
0 14
Glee: The Music, Season Two: Volume 5
7 RADIOHEAD XL/TICKER TAPE 001*/TBD (7.98)
Teenage Dream
CAPITOL 84601* (18.98)
24 Novo
29
0
Simple Math
6
21
–
Lungs
A&M/OCTONE 015275*/IGA (13.98)
ALDEAN 12 11 28 JASON BROKEN BOW 7697 (18.98)
9
The Beginning
HUDSON 8 JENNIFER ARISTA 60819/RMG (11.98) b
10
12
melhor posição
53
Grande 3 Estreia
2 KELLY PRICE
Cert.
nº de Semanas
2
BLACK EYED PEAS 52 45 24 THE INTERSCOPE 015039*/IGA (13.98)
3
–
semana de 21/5 semana de 14/5
36
ARTISTS NOW 38 2 VARIOUS UNIVERSAL/EMI/SONY MUSIC 95749/CAPITOL (18.98)
2
Título
Gravadora & número de série / Distribuidora (PReço em dólar)
52
–
–
ARTISTa
1
1
8 SEManas
51
12
2
21
semana de 28/5
Nº 1 XL/COLUMBIA 44699*/SONY MUSIC (11.98) ADELE
melhor posição
Título
Gravadora & número de série / Distribuidora (PReço em dólar)
Cert.
nº de Semanas
ARTISTa
1
LEWIS & THE NEWS 18 HUEY CAPITOL 62996 (18.98) b
0
Greatest Hits
70
I Am Not A Human Being
0
1
The Best Of Lynyrd Skynyrd: 20th Century Masters The Millennium Collection
2
60
t
10
Journey’s Greatest Hits
Fast Five
93 77 JUSTIN BIEBER retorno SCHOOLBOY/RAYMOND BRAUN/ISLAND 013719/IDJMG (9.98)
Save Me, San Francisco
0
My World (EP)
1
60 17 5
94
CLAPTON The Best Of Eric Clapton: 20th Century Masters The Millennium Collection 95 74 20 ERIC CHRONICLES/POLYDOR 002759/UME (9.98)
95
91 92
The Best Of Aerosmith: 20th Century Masters The Millennium Collection 6 AEROSMITH GEFFEN 001101/UME (9.98)
67
96
55 18
HARRIS 3 EMMYLOU NONESUCH 525966/WARNER BROS. (18.98) b
18
97
93 70 95 EMINEM WEB/AFTERMATH 490629*/INTERSCOPE (13.98)
98
LAVIGNE 80 52 10 AVRIL RCA 55870/RMG (11.98) b
99 novo 100
Hard Bargain The Marshall Mathers LP
ADAMS 1 YOLANDA N-HOUSE 100300 EX (13.98)
SQUARE 79 72 14 THOMPSON STONEY CREEK 7677 (13.98)
f
Lupe Fiasco.....................43 Five Finger Death Punch..........................149 Fleetwood Mac.....38, 187 Fleet Foxes.......................8 Florence + The Machine...55 Foo Fighters..................17 Colt Ford........................46 Foreigner.....................117 Aretha Franklin..........106
Kirk Franklin.................34 g
Selena Gomez & The Scene...........................173 Ellie Goulding...............76 Cee Lo Green..................68 Josh Groban................102 h
Hank Williams Jr........122 Emmylou Harris............96 Warren Haynes..............19
Hollywood Undead.......57 Jennifer Hudson............54 j
Michael Jackson.........145 Jessie J..........................112 Norah Jones.................168 Janis Joplin..................140 Journey...........................90 k
Ke$ha..................... 108, 142 R. Kelly............................83
Kem................................170 Kid Rock..........................72 Kidz Bop Kids................128 Kings Of Leon...............178 Alison Krauss + Union Station..........................31 l
Lady Antebellum...........39 Lady Gaga....... 42, 176, 193 Miranda Lambert..........69 k.d. lang And The Siss
0
66
1
Goodbye Lullaby
4
Becoming
99
Thompson Square
15
Boom Bang..................188 Avril Lavigne.................98 Led Zeppelin.................189 Aaron Lewis...................71 Huey Lewis & The News..... . ......................................87 Lil Wayne........................88 Linkin Park...................200 The Lonely Island....3, 138 Jennifer Lopez.................9 Lynyrd Skynyrd.............89
Veja as Legendas para mais informações. © 2011, e5 Global Media, LLC e Nielsen SoundScan, Inc. Todos os direitos reservados.
semana de 21/5 semana de 14/5
semana de 28/5
the billboard 200
dados de vendas compilados por
the billboard 200
28 mai
®
2011
II MEN The Best Of Boyz II Men: 20th Century Masters The Millennium Collection 99 78 12 BOYZ MOTOWN/CHRONICLES 001098/UME (9.98)
70
102
GROBAN 66 169 25 JOSH 143/REPRISE 524833/WARNER BROS. (18.98) b
4
103
110 83
AGAINST Endgame 9 RISE DGC/INTERSCOPE 015325*/IGA (13.98)
2
104
CLEARWATER REVISITED Extended Versions 105 90 12 CREEDENCE POOR BOY/SONY MUSIC CMG 52336/SONY MUSIC (6.98)
74
105
MCGRAW Number One Hits 81 77 24 TIM CURB 79205 (18.98)
106
54
107
ROYCE 106 101 27 PRINCE TOP STOP 30020/SONY MUSIC LATIN (10.98)
108
102 69 25 KE$HA Cannibal KEMOSABE/RCA 80560/RMG (9.98)
–
Illuminations
1
FRANKLIN 2 ARETHA ARETHA’S RECORDS 70313 EX (12.98)
0 27
A Woman Falling Out Of Love Prince Royce
@
54 77 15
109 Novo
1 AEROSMITH GEFFEN 015499 EX/UME (13.98)
Tough Love: Best Of The Ballads
109
110
COMPANY Extended Versions 7 BAD ORIGINAL BAD COMPANY TOURING/SONY MUSIC CMG 80851/SONY MUSIC (6.98)
82
103 82
111
MARLEY AND THE WAILERS 171 145 183 BOB TUFF GONG/ISLAND 422-846-210/IDJMG (13.98/8.98) b
112
96 51
113
100 132 31 NEWSBOYS INPOP 71521 (13.98)
114
98 88
Legend: The Best Of Bob Marley And The Wailers
J 5 JESSIE LAVA/UNIVERSAL REPUBLIC 015337/UMRG (10.98)
PRESLEY 9 ELVIS RCA/SONY MUSIC COMMERCIAL MUSIC GROUP 70971/SONY MUSIC (6.98)
0
11
Born Again
4
An Afternoon In The Garden
85
Listen To The Sound
115
116
CLEARWATER REVIVAL Chronicle The 20 Greatest Hits 129 108 99 CREEDENCE FANTASY 2*/CONCORD (17.98/12.98)
117
117 97
118
CIVIL WARS 146 153 15 THE SENSIBILITY 017* (11.98)
119
FIRE 109 80 41 ARCADE MERGE 385* (15.98)
120
WEST 118 86 25 KANYE ROC-A-FELLA/DEF JAM 014695*/IDJMG (13.98) b
121
104 94 25 SOUNDTRACK RCA 80205/RMG (11.98)
122
WILLIAMS JR. 121 102 7 HANK CURB 77638 (9.98)
123
130 96 90 SKILLET ARDENT/INO/ATLANTIC 519927/AG (13.98)
124
SCRIPT 124 148 16 THE PHONOGENIC/EPIC 81227/SONY MUSIC (11.98)
125
BLACK EYED PEAS 111 113 101 THE INTERSCOPE 012887*/IGA (13.98)
126
97 17
127
5 108 106 30 MAROON A&M/OCTONE 014821/IGA (13.98)
128
BOP KIDS 149 162 17 KIDZ RAZOR & TIE 89244 (18.98)
129
PUNK 116 76 23 DAFT WALT DISNEY 005872* (13.98)
130
92
131
126 62 16 SOUNDTRACK WALT DISNEY 006508 (13.98)
Tangled
44
132
SEVENFOLD Nightmare 142 167 42 AVENGED HOPELESS/SIRE 524026*/WARNER BROS. (18.98)
1
133
67 24
134
107 126 6 MANDISA SPARROW 67863 (13.98)
135
ORBISON 143 104 7 ROY SONY BMG CUSTOM MARKETING GROUP 05283/SONY MUSIC (5.98)
136
120 79
STROKES 8 THE RCA 53472*/RMG (11.98)
137
136 99
7 STEVIE RAY VAUGHAN
–
8
Versions 6 FOREIGNER Extended TRIGGER/SONY MUSIC CMG 82725/SONY MUSIC (6.98)
The Suburbs
1
Greatest Hits, Vol. 1 Awake
1 5 0
Science & Faith The E.N.D.
2
All At Once Hands All Over
0
Kidz Bop 19 Tron: Legacy (Soundtrack)
TWAIN 69 SHANIA MERCURY NASHVILLE 003072/UMGN (13.98)
Greatest Hits
3 STEVE EARLE
88 12
Burlesque
AIRBORNE TOXIC EVENT 3 THE MAJORDOMO/ISLAND 015293/IDJMG (13.98) b
67
Barton Hollow
My Beautiful Dark Twisted Fantasy
4
EPIC/SONY MUSIC CMG 26655/SONY MUSIC (6.98)
17 2 2 4 2
4 99
WHITE The Best Of Barry White: 20th Century Masters The Millennium Collection 131 107 14 BARRY ISLAND/CHRONICLES/IDJMG 000884/UME (9.98)
100
142
140 98 71 KE$HA KEMOSABE/RCA 49209*/RMG (11.98)
Animal
1
143
STRAIT The Best Of George Strait: 20th Century Masters The Millennium Collection 119 109 27 GEORGE MCA NASHVILLE 170280/UMGN (9.98)
0
144
COUNTDOWN KIDS 156 129 6 THE SONOMA 3978 (6.98)
145
JACKSON Number Ones 147 171 109 MICHAEL MJJ/EPIC 88998/SONY MUSIC (14.98)
146
CURRINGTON Enjoy Yourself 132 147 34 BILLY MERCURY NASHVILLE 014407/UMGN (9.98)
147
114 –
148
SPEEDWAGON 155 125 7 REO EPIC/SONY MUSIC CMG 48527/SONY MUSIC (12.98)
149
FINGER DEATH PUNCH 138 121 80 FIVE PROSPECT PARK 50100* (13.98) b
War Is The Answer
0
7
150
RUCKER Charleston, SC 1966 112 115 31 DARIUS CAPITOL NASHVILLE 26939 (18.98)
0
2
r
Okkervil River...............32 Roy Orbison...........65, 135
n
Panic! At The Disco......179 Christina Perri................4 Katy Perry......................22 P!nk..................................28 Elvis Presley...............114
Radiohead.......................62 Rascal Flatts........48, 191 REO Speedwagon.........148 Rihanna...........................35 Rise Against.................103 Rick Ross......................186 Darius Rucker.............150 Rush..............................181
Willie Nelson...............163 newsboys.....................113 Nickelback...................162 Nicki Minaj......................37
p
136
Curioso pra saber quais foram os LPs de vinil mais vendidos do ano até agora? Abbey Road, dos Beatles, está no topo, com 15 mil. Em segundo lugar vem King Of Limbs, do Radiohead, com 13 mil. Angels, do Strokes, é o oitavo da lista, com sete mil unidades vendidas.
176
Enquanto a promoção para Born This Way está a todo vapor, os outros álbuns de Lady Gaga registram ganhos – as vendas do EP The Fame Monster, por exemplo, cresceram 27%.
12
1 MAN MAN
157
Taylor Swift
Funeral
160
Call: The Hits 161 135 117 EMINEM Curtain SHADY/AFTERMATH/INTERSCOPE 005881*/IGA (13.98/8.98)
2
1
161
AYLOR SWIFT 191 177 131 T BIG MACHINE 0200 (18.98) b
Fearless
6
1
162
Horse 159 144 127 NICKELBACK Dark ROADRUNNER 618028 (18.98)
3
2
163
NELSON 152 133 7 WILLIE SONY BMG CUSTOM MARKETING GROUP 05812/SONY MUSIC (9.98)
2 125
164
STORY 127 193 5 LAURA INO/COLUMBIA 86417/SONY MUSIC (10.98)
165
NIEMANN 145 151 43 JERROD SEA GAYLE/ARISTA NASHVILLE 65720/SMN (9.98)
166
COUNTDOWN KIDS 188 149 6 THE SONOMA 3980 (6.98)
167
SEGER & THE SILVER BULLET BAND 164 161 164 BOB CAPITOL 30334* (16.98)
Super Hits
Blessings Judge Jerrod & The Hung Jury 50 Fun Songs For Kids
7 104
8 0
1
169
DOG NIGHT The Best Of Three Dog Night: 20th Century Masters The Millennium Collection 180 142 7 THREE MCA 112073/UME (9.98)
0
126
Intimacy: Album III
2 23
4X4=12 A Year Without Rain
0
Passion, Pain & Pleasure
0
The Essentials
176 69 LADY GAGA retorno STREAMLINE/KONLIVE/CHERRYTREE/INTERSCOPE 013872*/IGA (10.98) 177
8
Strong: More Music From The Motion Picture 9 SOUNDTRACK Country SCREEN GEMS PRODUCTIONS 34817/MADISON GATE (10.98)
The Fame Monster (EP)
AFT PUNK 157 120 6 D WALT DISNEY 013540 (13.98)
Tron: Legacy Reconfigured
178 28 KINGS OF LEON Come Around Sundown retorno RCA 64698*/RMG (13.98)
47 4 2 131
1
5
16
0
2
179
AT THE DISCO 168 137 8 PANIC! DECAYDANCE 526550/FUELED BY RAMEN (10.98)
Vices & Virtues
180
148 152 24 SOUNDTRACK 20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA 79214/SONY MUSIC (13.98)
181
122 159 75 RUSH MERCURY 015272/UME (29.98 CD/DVD) b
182
ARTISTS 113 164 32 VARIOUS PROVIDENT-INTEGRITY/WORD-CURB/EMI 09516/EMI CMG (17.98)
WOW Hits 2011
26
183
BENATAR 181 156 5 PAT CAPITOL 09436 (7.98)
10 Great Songs
123
185
0
5
Moving Pictures
4
51
Thank Me Later
FLOCKA FLAME 192 163 32 WAKA 1017 BRICK SQUAD/ASYLUM 522740/WARNER BROS. (18.98)
–
90
188
84 60
MAC 29 FLEETWOOD WARNER BROS. 25801 (18.98) LANG AND THE SISS BOOM BANG 5 K.D. NONESUCH 525874/WARNER BROS. (11.98)
Teflon Don
0
2
Greatest Hits
8
14
Sing It Loud Mothership
2
And If Our God Is For Us...
CARLILE WITH THE SEATTLE SYMPHONY 2 BRANDI COLUMBIA 85087*/SONY MUSIC (11.98)
1 6
189 110 LED ZEPPELIN retorno SWAN SONG 313148*/ATLANTIC (19.98) b
–
1
Flockaveli
186 39 RICK ROSS retorno MAYBACH/SLIP-N-SLIDE/DEF JAM 014366*/IDJMG (9.98) 187
7
Glee, The Music: Season Two: Volume 4
184 47 DRAKE retorno YOUNG MONEY/CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN 014325/UMRG (13.98)
193 21 LADY GAGA retorno STREAMLINE/KONLIVE/CHERRYTREE/INTERSCOPE 014633*/IGA (9.98)
s
102
Greatest Hits
76
Raphael Saadiq.............14 Sade.................................30 The Script.....................124 Bob Seger & The Silver Bullet Band...............167 Blake Shelton................77 Paul Simon......................25 Sixx: A.M..........................50 Skillet...........................123 Sleeping With Sirens....78
131
168 155 NORAH JONES Come Away With Me retorno BLUE NOTE 32088*/BLG (17.98)
63
108
5
FIRE 134 190 13 ARCADE MERGE 225* (15.98)
192
114
5
49
159
1
9
0
ANTI- 87114*/EPITAPH (15.98)
FLATTS 166 185 106 RASCAL LYRIC STREET 002764 (13.98)
A oferta do dia na loja de MP3 da Amazon, em 14 de maio, levou o álbum do My Chemical Romance, vendido a US$ 3.99, a registrar um crescimento de 67%. Só em downloads, o ganho foi de 277%.
116
158 232 TAYLOR SWIFT retorno BIG MACHINE 079012 (18.98) b
191
194
16
Bad, Bad Leroy Brown & Other Favorites
Life Fantastic
TOMLIN 141 157 26 CHRIS SIXSTEPS 93444/SPARROW (17.98) b
99
melhor posição
ON THE RADIO Nine Types Of Light 5 TV INTERSCOPE 015455*/IGA (13.98)
190
13
Cert.
nº de Semanas
semana de 21/5 semana de 14/5
123 67
JAMES AND THE SHONDELLS 176 140 7 TOMMY RHINO 76039 (9.98)
141
Kelly Price.....................51 Prince Royce................107
156
175
1
113
o
16
SONGZ 162 150 35 TREY SONGBOOK/ATLANTIC 524539/AG (18.98) b
Super Hits
Stevie Nicks....................16 Jerrod Niemann...........165
Take Care, Take Care, Take Care
174
3
JOPLIN 137 118 6 JANIS SONY MUSIC CMG 05280/SONY MUSIC (6.98)
Miguel.............................49 Matthew Morrison.......24 Mumford & Sons...........12 Musiq Soulchild...........44 My Chemical Romance..... . ....................................194
IN THE SKY 3 EXPLOSIONS TEMPORARY RESIDENCE 199* (14.98)
2
140
m
89 16
GOMEZ & THE SCENE 175 160 34 SELENA HOLLYWOOD 004625 (10.98) b
29
Mana................................58 Manchester Orchestra....................21 Mandisa........................134 Man Man........................157 Bob Marley And The Wailers.......................111 Maroon 5......................127 Mary Mary......................73 Tim McGraw..................105
17
155
178 188 22 DEADMAU5 MAU5TRAP 2518/ULTRA (15.98)
ARTISTS WOW Gospel 2011: The Year’s 30 Top Gospel Artists And Songs 101 100 15 VARIOUS WORD-CURB/EMI CMG/VERITY 77918/JLG (13.98)
The Second Decade of Rock & Roll 1981-1991
CHURCH Carolina 170 168 72 ERIC CAPITOL NASHVILLE 20810* (12.98)
173
139
ARTISTS NOW That’s What I Call The 80’s Hits 2 VARIOUS UNIVERSAL/EMI/SONY MUSIC 95750/CAPITOL (18.98)
154
157 novo
Hundred More Years
Viva El Principe
172
13
3
CASTRO 87 143 21 CRISTIAN UNIVERSAL MUSIC LATINO 015013/UMLE (10.98) b
101
Incredibad
50 Silly Songs
153
158 87
66
138 32 THE LONELY ISLAND retorno UNIVERSAL REPUBLIC 012576*/UMRG (13.98 CD/DVD) b
CROCE 150 116 7 JIM CEMA SPECIAL PRODUCTS 57445/CAPITOL (6.98)
EM 133 154 39 K UNIVERSAL MOTOWN 014469/UMRG (13.98) b
0 104
Angles
A coleção de 12 faixas do Aerosmith – com lançamento programado para aproveitar ao máximo a exposição de Steven Tyler como jurado do American Idol – começou com vendas de cinco mil unidades.
152
171
What If We Were Real
Martin Scorsese Presents The Blues: Stevie Ray Vaughan
109
Título
Gravadora & número de série / Distribuidora (PReço em dólar)
BATTISTELLI 50 111 11 FRANCESCA FERVENT 888086/WARNER BROS. (18.98)
170
1
24
Super Hits
A exclusividade do álbum de Yolanda Adams garantida ao Wal-Mart começou com vendas de cinco mil unidades e o levou ao 3º lugar na parada Gospel Albums. É a 16ª vez que a cantora chega entre os top ten. Sua melhor posição foi um 8º lugar em 1988 com Just As I Am.
ARTISTa
151
18
I’ll Never Get Out Of This World Alive
NEW WEST 6195* (17.98) b
99
59
Who You Are
429 1 BUILDING ESSENTIAL 10932/SONY MUSIC (9.98)
semana de 28/5
Cert.
Título
Gravadora & número de série / Distribuidora (PReço em dólar)
melhor posição
ARTISTa
101
115 Novo
Veja as Legendas para mais informações. © 2011, e5 Global Media, LLC e Nielsen SoundScan, Inc. Todos os direitos reservados. FOTOS: DIVULGAÇÃO
nº de Semanas
semana de 21/5 semana de 14/5
semana de 28/5
the billboard 200
32 7 17
Greatest Hits Volume 1
6
Live At Benaroya Hall
63
The Remix
6
194 15 MY CHEMICAL ROMANCE Danger Days: The True Lives Of The Fabulous Killjoys retorno REPRISE 521752*/WARNER BROS. (18.98)
8
195
139 –
196
CORBIN Easton Corbin 198 200 57 EASTON MERCURY NASHVILLE 013644/UMGN (10.98)
10
197
CROWNS 115 138 58 CASTING BEACH STREET/REUNION 10135/SONY MUSIC (11.98)
4
198
DOGG Doggumentary 154 103 7 SNOOP DOGGYSTYLE/PRIORITY 07952/CAPITOL (18.98)
8
199
ALEXANDRIA 184 117 6 ASKING SUMERIAN 50 (11.98)
9
200
PARK 195 179 35 LINKIN MACHINE SHOP 525375*/WARNER BROS. (18.98)
Michael W. Smith...........64 Snoop Dogg..................198 Britney Spears..............29 Laura Story.................164 George Strait..............143 The Strokes.................136 Sugarland.....................66 Taylor Swift... 26, 158, 161 Soundtrack Burlesque....................121 Country Strong............60
URBAN 25 KEITH CAPITOL NASHVILLE 47695 (11.98)
Country Strong: More Music From The Motion Picture........................171 Fast Five..........................91 Glee, The Music Presents: The Warblers..............36 Glee, The Music: Season Two: Vol. 4....180 Glee: The Music, Season Two: Vol. 5......61 Lemonade Mouth...........13
Get Closer
Until The Whole World Hears
0 0
Reckless & Relentless
Tangled.........................131 t
Booker T. Jones.............85 Thompson Square.......100 Three Dog Night..........169 Chris Tomlin................190 Tommy James And The Shondells..................175 Train................................92 Randy Travis..................63 Trey Songz...................174
A Thousand Suns
TV On The Radio............156 Shania Twain................130 Tyler, The Creator.........5
v
The 80’s Hits...............147 Songs For Japan............45 WOW Gospel 2011: The Year’s 30 Top Gospel Artists And Songs....139 WOW Hits 2011..............182
Stevie Ray Vaughan.....137 various Artists NOW 37.............................40 NOW 38...............................2 NOW That’s What I Call
Waka Flocka Flame.....185 Kanye West...................120 Barry White.................141 Wiz Khalifa.....................23
u
Keith Urban..................195
0
7
1
w
www.billboard.br.com 105
28 MAI
DADOS DE VENDAS COMPILADOS POR
BILLBOARD HOT 100
DADOS DE VENDAS COMPILADOS POR
®
2011
2
19
2
1
14 E.T. DR. LUKE,MAX MARTIN,AMMO (K.PERRY,L.GOTTWALD,J.COLEMAN,MAX MARTIN)
GRANDE ESTREIA
1
THE EDGE OF GLORY GIVE ME EVERYTHING
. CAPITOL
Lady Gaga Pitbull Featuring Ne-Yo, AfroJack & Nayer
4
8
13
7
5
4
4
CAN’T GET ENOUGH The Black Eyed Peas 13 JUST DJ AMMO,R.JERKINS (W.ADAMS,A.PINEDA,J.GOMEZ,S.FERGUSON,J.ALVAREZ,S.SHADOWEN,R.JERKINS) . INTERSCOPE
6
3
7
THE FLOOR Jennifer Lopez Featuring Pitbull 12 ON REDONE,K.HARRELL (N.KHAYAT,K.HAMID,AJ JUNIOR,T.SKY,TEDDY.SKY,B.HAJJI,A.C.PEREZ,G.HERMOSA,U.HERMOSA) . ISLAND/IDJMG
7
5
5
8
6
3
THE WORLD ENDS 11 TILL DR. LUKE,MAX MARTIN,BILLBOARD (L.GOTTWALD,A.KRONLUND,MAX MARTIN,K.SEBERT)
9
10
10
AT ME NOW Chris Brown Featuring Lil Wayne & Busta Rhymes 15 LOOK DIPLO,AFROJACK,FREE SCHOOL (C.BROWN,R.BUENDIA,D.CARTER,T.SMITH,W.PENTZ,J.BAPTISTE,N.VAN DE WALL) . JIVE/JLG
10
12
9
ON ME 27 DOWN M.SCHULTZ (J.FELTON,M.SCHULTZ,C.J.JACKSON, JR.)
11
9
6
18 S&M STARGATE,SANDY VEE (M.S.ERIKSEN,T.E.HERMANSEN,S.WILHELM,E.DEAN)
Bruno Mars . ELEKTRA/ATLANTIC
Jeremih Featuring 50 Cent . MICK SCHULTZ/DEF JAM/IDJMG
13
13
11
YOU (FORGET YOU) 38 F**K THE SMEEZINGTONS (T.CALLAWAY,BRUNO MARS,P.LAWRENCE,A.LEVINE,C.BROWN)
Lupe Fiasco ., 1ST & 15TH/ATLANTIC
Cee Lo Green c., RADICULTURE/ELEKTRA/RRP
JUST A KISS
7
–
2
15
11
8
17 BLOW DR. LUKE,MAX MARTIN,B.BLANCO,KOOL KOJAK (K.SEBERT,K.AHLUND,L.GOTTWALD,A.GRIGG,B.LEVIN,MAX MARTIN)
16
15
12
IN THE STARS 13 WRITTEN ISHI (E.MUGHAL,P.OKOGWU,E.TURNER,C.BERNARDO)
17
17
15
UP 14 ROLL STARGATE (C.J.THOMAZ,M.S.ERIKSEN,T.E.HERMANSEN)
. DISTURBING LONDON/PARLOPHONE/CAPITOL
Wiz Khalifa c. ROSTRUM/ATLANTIC/RRP
19
18
16
20
24
38
8
21
22
19
PERFECT 20 F**KIN’ MAX MARTIN,SHELLBACK (P!NK,MAX MARTIN,SHELLBACK)
22
48
98
3
23
20
18
OF THE LIGHTS 20 ALL K.WEST (K.WEST,J. BHASKER,M. JONES,W. TROTTER)
24
23
24
THE FIRST TIME 20 FOR D.O’DONOGHUE,M.SHEEHAN (D.O’DONOGHUE,M.SHEEHAN)
25
27
29
6
HONEY BEE
The Script . PHONOGENIC/EPIC
Blake Shelton c. WARNER BROS. (NASHVILLE)/WMN
S.HENDRICKS (B.HAYSLIP,R.AKINS)
26
31
43
5
MOTIVATION
27
19
20
5
JUDAS
28
25
23
30 FIREWORK STARGATE,SANDY VEE (K.PERRY,M.S.ERIKSEN,T.E.HERMANSEN,S.WILHELM,E.DEAN)
NOVO
1
Kelly Rowland Featuring Lil Wayne Lady Gaga
ROLLING IN THE DEEP
Katy Perry . CAPITOL
Glee Cast Featuring Jonathan Groff
30
26
26
31
21
17
NEED A DOCTOR 15 IALEX DA KID (A.YOUNG,M.MATHERS,A.GRANT,S.GRAY)
32
29
25
TAG 15 PRICE DR. LUKE (J.CORNISH,L.GOTTWALD,C.KELLY,B.R.SIMMONS, JR.)
33
37
50
6
DIRT ROAD ANTHEM
Dr. Dre Featuring Eminem & Skylar Grey . AFTERMATH/INTERSCOPE
Jessie J Featuring B.o.B Jason Aldean
NOVO
1
35
NOVO
1
(IT) FEELS SO GOOD
Glee Cast Steven Tyler
36
30
27
33 GRENADE THE SMEEZINGTONS (BRUNO MARS,P.LAWRENCE,A.LEVINE,B.BROWN,C.KELLY,A. WYATT)
37
46
54
9
Bruno Mars . ELEKTRA/ATLANTIC
MEAN
Taylor Swift c. BIG MACHINE/UNIVERSAL REPUBLIC
N.CHAPMAN,T.SWIFT (T.SWIFT)
38
33
33
THE WAY YOU ARE 43 JUST THE SMEEZINGTONS,NEEDLZ (BRUNO MARS,P.LAWRENCE,A.LEVINE,K.CAIN,K.WALTON)
39
38
45
WON’T LET GO 16 ID.HUFF,RASCAL FLATTS (S.ROBSON,J.SELLERS)
40
35
28
9
WHO SAYS WHERE THEM GIRLS AT
Bruno Mars . ELEKTRA/ATLANTIC
. HOLLYWOOD
41
14
–
2
28
21
4 LIFE 22 MOMENT T-MINUS (O.T.MARAJ,A.GRAHAM,T.WILLIAMS,N. SEETHERAM)
43
42
56
THING 10 SURE H.PEREZ (M.PIMENTEL,N.PEREZ)
44
51
66
7
45
34
37
LITTLE BIT STRONGER 20 A T.BROWN (L.LAIRD,H.LINDSEY,H.SCOTT)
46
40
47
6
OLD ALABAMA
47
50
55
7
RACKS
48
36
30
CHICKA WOW WOW Mike Posner Featuring Lil Wayne 12 BOW THE SMEEZINGTONS (M.POSNER,BRUNO MARS,P.LAWRENCE,A.LEVINE,C.S.BROWN,D.CARTER) . J/RMG
49
NOVO
1
Nicki Minaj Featuring Drake . YOUNG MONEY/CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN
Miguel OneRepublic Sara Evans . RCA NASHVILLE
Brad Paisley Featuring Alabama YC Featuring Future
Glee Cast
39
34
(I’M LOVIN’ YOU) Enrique Iglesias Featuring Ludacris & DJ Frank E 25 TONIGHT DJ FRANK E,J.LUTTRELL (L.CHRISTY,J. LUTTRELL,J.FRANKS,E.IGLESIAS,C.BRIDGES) . UNIVERSAL REPUBLIC
51
41
36
4
52
52
61
10 TOMORROW J.STROUD (C.YOUNG,F.J.MYERS,A.SMITH)
53
55
74
5
SHE AIN’T YOU
54
54
63
8
MY LAST
55
53
52
LIKE MINE 14 HEART F.LIDDELL,M.WRUCKE (M.LAMBERT,T.HOWARD,A.MONROE)
COUNTRY GIRL (SHAKE IT FOR ME)
Luke Bryan . CAPITOL NASHVILLE
M.BRIGHT,J.STEVENS (L.BRYAN,D.DAVIDSON)
Chris Young . RCA NASHVILLE
Chris Brown
FREE SCHOOL (C.BROWN,J.BAPTISTE,R.BUENDIA,K.MCCALL,J.BOYD,J.BETTIS,S.PORCARO,B.A.MORGAN) NO I.D. (S.ANDERSON,E.WILSON,J.S.HARRIS III,T.S.LEWIS,C.BROWN)
. JIVE/JLG
Big Sean Featuring Chris Brown . G.O.O.D./DEF JAM/IDJMG
Miranda Lambert . COLUMBIA (NASHVILLE)
RED 14 BLEED R.DUNN (A.DORFF,T.L.JAMES) 1
JACK SPARROW JOHN
Ronnie Dunn
Lil Wayne Featuring Rick Ross
73
72
8
71
60
57
IT ON’EM 11 DID S.CRAWFORD (O.T.MARAJ,S.CRAWFORD,J.ELLINGTON,S.SAMUELS)
Nicki Minaj
NOVO
1
I’M NOT GONNA TEACH YOUR BOYFRIEND TO DANCE WITH YOU
73
NOVO
1
KNEE DEEP
1
DANCING QUEEN
A.ANDERS,P.ASTROM,R.MURPHY (O.HOLMES,K.SNOW,D.WATLEY,A.YOUNGBLOOD,R.YOUNGBLOOD)
Glee Cast
. 20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA
Glee Cast
77
83 100
3
NEVER GONNA LEAVE THIS BED
18
78
76
77
9
COUNTRY SONG
23
79
74
73
CAVE 15 THE M.DRAVS (M.MUMFORD,B.LOVETT,T.DWANE,W.MARSHALL)
13
80
77
79
CAN’T LOVE YOU BACK 10 IC.CHAMBERLAIN (C.CHAMBERLAIN,C.DANIELS,J.HYDE)
1
26 4
1
24
13
34
Três anos depois de ganhar o American Idol, Jordin Sparks esteve no palco da edição de 12 de maio fazendo uma performance de sua nova música “I Am Woman” (33 mil downloads), de seu terceiro álbum de estúdio.
98
O salto de “Mean” no Hot Country Songs (46-37) e o ganho de uma posição no Top 40 (31-30) estimularam a volta de Taylor Swifµ ao Hot 100 com “The Story Of Us”. A música passou uma semana na 41ª posição depois do lançamento de seu terceiro trabalho, Speak Now, em novembro.
–
NOVO
Kenny Chesney
Seether . GENTLEMAN OF THE ROAD/RED/GLASSNOTE
Easton Corbin . MERCURY NASHVILLE
2
J.R.STEWART (J.BEAVERS,J.R.STEWART,D.BENTLEY)
. CAPITOL NASHVILLE
1
I AM WOMAN FAR AWAY
Jordin Sparks . 19/JIVE/JLG
D.W.JOSIAH,R.M.TEDDER (R.M.TEDDER,D.W.JOSIAH,A.PIERRE)
Marsha Ambrosius
83
87
91
9
84
32
–
2
FAST LANE
Bad Meets Evil
NOT LISTED (NOT LISTED)
. SHADY/INTERSCOPE
86
88
96
3
PUMPED UP KICKS
87
82
–
2
DANZA KUDURO
88
75
68
20 THIS F.ROGERS (D.RUCKER,F.ROGERS,K.DIOGUARDI)
Jake Owen . RCA NASHVILLE
J.MOI,R.CLAWSON (D.ALTMAN,E.PASLAY,T.SAWCHUK)
Foster The People ., STARTIME/COLUMBIA
M.FOSTER (M.FOSTER)
Don Omar & Lucenzo
F.BARKATI,F.TOIGO,D.O.PHILIPPE LOUIS (W.O.LANDRON,F.BARKATI,F.TOIGO,D.O.PHILIPPE LOUIS) . YANIS/ORFANATO/MACHETE/UNIVERSAL MUSIC LATINO
89
86
97
GIRL 10 CRAZY M.WRUCKE (L.BRICE,L.ROSE)
90
80
78
14 SING R.CAVALLO,MY CHEMICAL ROMANCE (F.IERO,R.TORO,G.WAY,M.WAY)
91
72
–
2
I’M INTO YOU
92
94
–
4
SOMEWHERE ELSE I DO
Darius Rucker . CAPITOL NASHVILLE
Eli Young Band . REPUBLIC NASHVILLE
My Chemical Romance . REPRISE
Jennifer Lopez Featuring Lil Wayne . ISLAND/IDJMG
STARGATE (T.CRUZ,M.S.ERIKSEN,T.E.HERMANSEN,D.CARTER)
Toby Keith . SHOW DOG-UNIVERSAL
T.KEITH (T.KEITH,B.PINSON)
Colbie Caillat
93
78
75
7
94
90
92
10 BOYFRIEND L.SECON (L.SECON,W.A.HECTOR,C.C.BROADUS JR.,D.A.THOMAS,E.H.BENJAMIN V)
95
91
84
9
BRING IT BACK
3
TURNING TABLES
96 97 98
RETORNO
95
94
RETORNO
. J/RMG
JUST BLAZE (M.AMBROSIUS,J.SMITH,S.SIMMS,L.DOZIER,B.HOLLAND,E.HOLLAND, JR.)
3
. UNIVERSAL REPUBLIC
G.WELLS (C.CAILLAT,T.GAD)
Big Time Rush . NICKELODEON/COLUMBIA
Travis Porter . PORTER HOUSE/JIVE/JLG
T.MARKOUS ROBERTS, JR. (T.MARKOUS ROBERTS, JR.,H.DUNCAN,D.WOODS,L.MATTOX)
Adele . XL/COLUMBIA
J.ABBISS (A.ADKINS,R.M.TEDDER)
11 ROPE B.VIG (FOO FIGHTERS) 2
THE STORY OF US
Foo Fighters . ROSWELL/RCA/RMG
Taylor Swift . BIG MACHINE/UNIVERSAL REPUBLIC
N.CHAPMAN,T.SWIFT (T.SWIFT)
99
98
–
8
I SMILE
100
93
86
9
GROVE ST. PARTY
Kirk Franklin
K.FRANKLIN,H.MARTIN (K.FRANKLIN,F.TACKETT,J.S.HARRIS III,T.S.LEWIS) LEX LUGER (J.MALPHURS,D.CHATMAN,L.A.LEWIS)
74
. WIND-UP
Mumford & Sons
Dierks Bentley
–
77
. A&M/OCTONE/INTERSCOPE
AM I THE ONLY ONE
96
33
Maroon 5
B.O’BRIEN (S.MORGAN,SEETHER)
85
61
. BNA
R.J.LANGE (A.LEVINE)
BAREFOOT BLUE JEAN NIGHT
74
. 20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA
A.ANDERS,P.ASTROM (S.ANDERSON,B.ANDERSSON,B.ULVAEUS)
. COLUMBIA
89
73
. SOUTHERN GROUND/ATLANTIC/BIGGER PICTURE
Beyoncé
81
72
Zac Brown Band Featuring Jimmy Buffett
K.STEGALL,Z.BROWN (Z.BROWN,W.DURRETTE,C.BOWLES,J.STEELE)
SWITCH (T.NASH,B.KNOWLES,D.TAYLOR,N.VAN DE WALL,W.PENTZ,A.PALMER)
82
49
. YOUNG MONEY/CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN
RUN THE WORLD (GIRLS)
82
22
. CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN
POLOW DA DON,R.HOLLADAY (D.CARTER,J.JONES,R.HOLLADAY,W.ROBERTS II)
72
NOVO
69
. UNIVERSAL REPUBLIC
M.WOODS (A.SAMBERG,A.SCHAFFER,J.TACCONE,M.WOODS)
70
74
62
. ARISTA NASHVILLE
The Lonely Island Featuring Michael Bolton
4
30 49
. 20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA
50
70
48
47
. BIG PLAY/UNIVERSAL REPUBLIC
JAR OF HEARTS
67
67
c. FO YO SOUL/GOSPO CENTRIC/VERITY/JLG
Waka Flocka Flame Featuring Kebo Gotti . 1017 BRICK SQUAD/ASYLUM/WARNER BROS.
0
27 76 81 82 83 32 85 86 82 51 59 58 72 92 23 72 75 63 68 41 90 74
38
. ARISTA NASHVILLE
F.ROGERS (B.PAISLEY,C.DUBOIS,D.TURNBULL,R.OWEN)
A.ANDERS,P.ASTROM,R.MURPHY (C.PERRI,D.LAWRENCE,B.YERETSIAN)
0
68
62
. VALORY
65
44
. MOSLEY/INTERSCOPE
R.M.TEDDER,B.KUTZLE,N.ZANCANELLA (R.M.TEDDER,B.KUTZLE,N.ZANCANELLA,E.FISHER)
Justin Moore
76
42
. BLACK ICE/BYSTORM/JIVE/JLG
GOOD LIFE
SONNY DIGITAL (R.BROOKS,S.C.UWAEZUOKE,N.WILBURN,C.MILLER)
0
9
65
. 20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA
A LITTLE 10 LIVE B.CANNON,K.CHESNEY (S.MINOR,D.L.MURPHY)
14
D.GUETTA,SANDY VEE (J.COTTER,M.CAREN,T.DILLARD,O.T.MARAJ,J.SALINAS, JR.,O.SALINAS,D.GUETTA,S.WILHELM) . WHAT A MUSIC/ASTRALWERKS/CAPITOL
82
NOVO
Glee Cast
J.STOVER (D.DAVIDSON,R.HATCH,B.JONES)
29 33
. KONVICT/NAPPY BOY/JIVE/JLG
A.ANDERS,P.ASTROM (S.H.MORRIS)
71
0
T-Pain Featuring Chris Brown
YOUNG FYRE (T-PAIN,C.BROWN,T.WINFREY)
67
69
. SOUTHERN GROUND/ATLANTIC/BIGGER PICTURE
64
38
0
No programa de 12 de maio do American Idol, Steven Tyler lançou o vídeo de seu primeiro single solo, “(It) Feels So Good”, que já registrou 77 mil downloads, garantindo assim um lugar no Hot 100. Com o Aerosmith, Tyler já marcou presença na lista 28 vezes: a primeira delas em 1973, com “Dream On”.
67
Zac Brown Band
66
11
3
35
69
62
. WE THE BEST/DEF JAM/IDJMG
LEX LUGER (A.MCCOLISTER)
75
0
David Guetta Featuring Flo Rida & Nicki Minaj
42
. EMI NASHVILLE
1
. BIG MACHINE
E.KIRIAKOU (E.KIRIAKOU,P.R.HAMILTON)
Eric Church
J.JOYCE (E.CHURCH,C.BEATHARD)
4
Rascal Flatts Selena Gomez & The Scene
HOMEBOY
35
. COLUMBIA
M.FREDERIKSEN,S.TYLER (S.TYLER,M.FREDERIKSEN)
IF HEAVEN WASN’T SO FAR AWAY
34
. 20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA
A.ANDERS,P.ASTROM,R.MURPHY (C.JEY,P.WILSON)
Ace Hood
8
NOVO
61
. MAYBACH/SLIP-N-SLIDE/DEF JAM/IDJMG
66
33
. BROKEN BOW
Rick Ross Featuring Lil Wayne Or T.I.
LEX LUGER (W.ROBERTS II,L.LEWIS,D.CARTER)
1
23
. LAVA/UNIVERSAL REPUBLIC
M.KNOX (B.GILBERT,C.FORD)
9 PIECE HUSTLE HARD
ISN’T SHE LOVELY
29
. 20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA
A.ANDERS,P.ASTROM (A.ADKINS,P.EPWORTH)
New Boyz Featuring The Cataracs & Dev 13 BACKSEAT THE CATARACS (D.A.THOMAS,E.H.BENJAMIN V,N.HOLLOWELL-DHAR,D.SINGER-VINE,D.DAILES) . SHOTTY/WARNER BROS.
34
4
1
60
. BIG BEAT/ATLANTIC
1
10
. STREAMLINE/KONLIVE/INTERSCOPE
LADY GAGA,REDONE (S.G.GERMANOTTA,N.KHAYAT)
NOVO
Martin Solveig & Dragonette
M.SOLVEIG (M.SOLVEIG,M.SORBARA)
65
26
. UNIVERSAL MOTOWN
JIM JONSIN,RICO LOVE (J.G.SCHEFFER,RICO LOVE,D.MORRIS,D.CARTER)
FRIDAY
0
61
11
c. RCA/RMG
HELLO
4
22
Kanye West
6
BEST LOVE SONG
2
. ROC-A-FELLA/DEF JAM/IDJMG
76
8
1
. YOUNG MONEY/CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN
KANE,JMIKE (O.T.MIRAJ,D.A.JOHNSON,E.DEAN)
32
62
Avril Lavigne
62
20
Nicki Minaj
49
60
52
. REPUBLIC NASHVILLE
63
18
. LAFACE/JLG
SUPER BASS
59
THE HELL 18 WHAT MAX MARTIN,SHELLBACK (A.LAVIGNE,MAX MARTIN,SHELLBACK)
56
. CAPITOL NASHVILLE
The Band Perry
64
0
P!nk
LIE 11 YOU P.WORLEY (B.HENNINGSEN,C.HENNINGSEN,A.HENNINGSEN)
6
15
.,x STREAMLINE/KONLIVE/INTERSCOPE
58
WEATHER 17 COLDER K.STEGALL,Z.BROWN (Z.BROWN,W.DURRETTE,L.LOWREY,C.BOWLES)
12
. PARTY ROCK/WILL.I.AM/CHERRYTREE/INTERSCOPE
56
56
. JIVE/JLG
Keith Urban
51
0
LMFAO Featuring Lauren Bennett & GoonRock
PARTY ROCK (S.K.GORDY,S.A.GORDY,J.LISTENBEE,P.SCHROEDER,F.SULLIVAN)
58
Hot Chelle Rae
E.KIRIAKOU (R.K.FOLLESE,N.OVERSTREET,E.KIRIAKOU,E.K.BOGART,L.ROBBINS)
58
7
Lady Gaga
YOU 10 WITHOUT D.HUFF,K.URBAN (D.PAHANISH,J.WEST)
63
7
. UNIVERSAL REPUBLIC
5
60
6
2
Enrique Iglesias Wtih Usher Featuring Lil Wayne
REDONE (E.IGLESIAS,N.KHAYAT,E.K.BOGART,E.NURI,D.QUINONES)
69
59
90
4
. KEMOSABE/RCA/RMG
Tinie Tempah Featuring Eric Turner
57
57
84
12
Ke$ha
O ex-líder do Hot 100 torna-se agora o primeiro Nº 1 de Katy Perry na lista Adult Contemporary. A música também chegou ao topo do Mainstream e Adult Top 40, Dance Club Songs e Dance Airplay.
TONIGHT TONIGHT
56
62
5
1
c. CAPITOL NASHVILLE
P.WORLEY,LADY ANTEBELLUM (D.HAYWOOD,C.KELLEY,H.SCOTT,D.DAVIDSON)
THIS WAY 14 BORN LADY GAGA,J.LAURSEN,F.GARIBAY,DJ WHITE SHADOW (S.G.GERMANOTTA,J.LAURSEN)
29
1
Lady Antebellum
14
3
3
Rihanna
14
PARTY ROCK ANTHEM
0
. SRP/DEF JAM/IDJMG
16
DIRTY DANCER
1
. JIVE/JLG
12
1
3
Britney Spears
SHOW GOES ON 20 THE KANE BEATZ (W.JACO,D.A.JOHNSON,D.W.BROWER,J.K.BROWN,I.BROCK,E.JUDY,D.GALLUCCI)
NOVO
4
. MR. 305/POLO GROUNDS/J/RMG
AFROJACK (A.C.PEREZ,N.VAN DE WALL,S.C.SMITH)
LAZY SONG 12 THE THE SMEEZINGTONS (BRUNO MARS,P.LAWRENCE,A.LEVINE,K.WARSAME)
18
3
. STREAMLINE/KONLIVE/INTERSCOPE
LADY GAGA,F.GARIBAY (S.G.GERMANOTTA,F.GARIBAY,P.BLAIR)
28
GRAVADORA / DISTRIBUIDORA
MELHOR POSIÇÃO
2
1
Artista
PRODUTOR (COMPOSITOR)
CERT.
1
Nº DE SEMANAS
2
Katy Perry Featuring Kanye West
SEMANA DE 21/5 SEMANA DE 14/5
Adele ., XL/COLUMBIA
P.EPWORTH (A.ADKINS,P.EPWORTH)
TÍTULO
AS MÚSICAS MAIS POPULARES DE ACORDO COM AS IMPRESSÕES DE TODOS OS FORMATOS DE AUDIÊNCIA MEDIDOS PELA NIELSEN BROADCAST DATA SYSTEMS E DADOS DE VENDAS COMPILADOS PELA NIELSEN SOUNDSCAN. CONSULTE A LEGENDA PARA MAIS EXPLICAÇÕES. © 2010, E5 GLOBAL MEDIA, LLC E NIELSEN SOUNDSCAN, INC. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. FOTO BRUNO MARS: KEVIN MAZUR WIREIMAGE/GETTY IMAGES
ROLLING IN THE DEEP
1
2
2 SEMANAS
Artista
GRAVADORA / DISTRIBUIDORA
SEMANA DE 28/5
Nº 1
M. A. E. / M. A. E. / DIGITAL AIRPLAY
MELHOR POSIÇÃO
PRODUTOR (COMPOSITOR)
CERT.
Nº DE SEMANAS
TÍTULO
1
3
FOTOS: DIVULGAÇÃO
SEMANA DE 21/5 SEMANA DE 14/5
SEMANA DE 28/5
THE BILLBOARD HOT 100
2
4 22 52 53 54 44
GLÓRIA A LADY GAGA
“The Edge Of Glory” estreia no 3º lugar do Hot 100. O terceiro single de Born This Way surge como a melhor estreia no Hot Digital Songs (2º lugar, 266 mil downloads de acordo com Nielsen SoundScan) e no Hot 100 Airplay (54º, 20 milhões de execuções segundo Nielsen BDS). “Glory” dá a Gaga seu 10º lançamento consecutivo entre as dez primeiras posições do Hot 100 – trajetória que começou com “Just Dance” no 1º lugar há menos de três anos. Nas últimas cinco décadas, só Mariah Carey, entre as mulheres, conquistou tantos singles consecutivos em início de carreira. Gary Trust
106 BILLBOARD BRASIL Junho 2011
_rankingHot100 BB20.indd 106
02/06/11 15:41
DADOS DE VENDAS COMPILADOS POR
DADOS DE VENDAS COMPILADOS POR
28
MAI 2011
2
65
MUNFORD & SONS
BLACK LABEL SOCIETY EONE 2363 | (9.98)
2
COLT FORD
9
7
2
KELLY PRICE
10
10
7
RADIOHEAD
11
14
2
RANDY TRAVIS
12
11 AARON LEWIS
14
NOVO
15
NOVO
6
2
17
NOVO
18
NOVO
The Song Remains Not The Same
31
28
6
Every Chance I Get
32
27
3
This Is Gonna Hurt
33
Kelly
34
39
6
The King Of Limbs
35
43
18
MY BLOCK/SANG GIRL! 32101 | MALACO | (14.98) XL/TICKER TAPE 001* | TBD | (7.98)
Randy Travis
WARNER BROS. 8635 EX | CRACKER BARREL | (11.98)
NOVO
38
NOVO
Ugly Side: An Acoustic Evening With Blue October
39
NOVO
Burst Apart
40
38
6
Donny & Marie
41
30
5
The Road From Memphis
42
32
5
FRENCHKISS 048* | (12.98)
DONNY & MARIE MPCA 25742 | BDG | (14.98)
BOOKER T. JONES ANTI- 87101* | EPITAPH | (16.98)
YOLANDA ADAMS
43
45
6
Thompson Square
44
36
3
A Woman Falling Out Of Love
45
The Civil Wars
46
49
7
The Suburbs
47
41
6
I’ll Never Get Out Of This World Alive
48
44
4
50 Silly Songs
49
War Is The Answer
50
STONEY CREEK 7677 (13.98)
20
8
2
21
20
15
BARTON HOLLOW
22
16
41
ARCADE FIRE
23
11
3
STEVE EARLE
24
22
14
THE COUNTDOWN KIDS
25
19
76
FIVE FINGER DEATH PUNCH
ARETHA’S RECORDS 70313 EX | (12.98) SENSIBILITY 017* (11.98) MERGE 385* (15.98) NEW WEST 6195* | (17.98) SONOMA 3978 | (6.98) PROSPECT PARK 50100* (13.98)
HEATSEEKERS SONGS SEMANA DE 21/5 Nº DE SEMANAS
Becoming
N-HOUSE 100300 EX | (13.98)
THOMPSON SQUARE
TÍTULO
ARTISTA (GRAVADORA/PROMOTORA)
LAST Nº 1 MY BIG SEAN FEATURING CHRIS BROWN (G.O.O.D./DEF JAM/IDJMG)
ARTISTA
2
4
6
HELLO
3
2
CONNICK, JR. 11 HARRY IN CONCERT ON BROADWAY COLUMBIA/LEGACY 77295/SONY MUSIC b
2
2
6
3
3
7
7
HARD 11 HUSTLE ACE HOOD (WE THE BEST/DEF JAM/IDJMG)
5
10 HOMEBOY ERIC CHURCH (EMI NASHVILLE)
6
9
AWAY 11 FAR MARSHA AMBROSIUS (J/RMG)
7
13
4
8
UP KICKS 10 10 PUMPED FOSTER THE PEOPLE (STARTIME/COLUMBIA)
2 SEMANAS
HOT CHELLE RAE (JIVE/JLG)
MARTIN SOLVEIG & DRAGONETTE (BIG BEAT/ATLANTIC)
BAREFOOT BLUE JEAN NIGHT JAKE OWEN (RCA NASHVILLE)
6
KUDURO 31 DANZA DON OMAR & LUCENZO (YANIS/ORFANATO/MACHETE/UNIVERSAL MUSIC LATINO)
10
8
GIRL 10 CRAZY ELI YOUNG BAND (REPUBLIC NASHVILLE)
11
X5 DIGITAL EX | (5.98)
THE COUNTDOWN KIDS CAGE THE ELEPHANT
Thank You Happy Birthday
DSP 81421*/ JIVE (13.98)
JIM JONES
Capo
EONE 2115 | (17.98)
THE FELICE BROTHERS
Celebration, Florida
FAT POSSUM 1246* | (12.98)
GANG GANG DANCE
Eye Contact
4AD 3107* | (14.98)
TROY SNEED
My Heart Says Yes
EMTRO GOSPEL 931530 | TASEIS | (13.98)
MINT CONDITION
7 ...
CAGED BIRD 5787 | SHANACHIE | (18.98)
ATMOSPHERE
The Family Sign
RHYMESAYERS 0130* | (15.98)
PANDA BEAR
Tomboy
PAW TRACKS 36* | (13.98)
THE KILLS
Blood Pressures
DOMINO 283* | (11.98)
MARTHA MUNIZZI
Make It Loud!
MARTHA MUNIZZI 3865 | (14.98)
MÖTLEY CRUE
Greatest Hits
MOTLEY 380* | ELEVEN SEVEN | (13.98)
INTOCABLE
2011
G.I.M. 029 | DASMI | (15.98)
ROBBIE ROBERTSON
How To Become Clairvoyant
429 17821 | SLG | (15.98)
TUNE-YARDS
WHOKILL
4AD 3106* | (14.98)
RAY LAMONTAGNE AND THE PARIAH DOGS RCA 65086* | (16.98)
Keep Living
LIGHT 7235 | EONE | (13.98)
CONTEMPORARY JAZZ ALBUMS 2
1
1
7
2
4
SHORTY 56 TROMBONE BACKATOWN VERVE FORECAST 014194/VG
3
2
SPALDING 39 ESPERANZA CHAMBER MUSIC SOCIETY HEADS UP 31810*/CONCORD
ARTISTA
TÍTULO (GRAVADORA & NÚMERO DE SÉRIE/DISTRIBUIDORA)
JAMES Nº 1 BONEY CONTACT VERVE FORECAST 015375/VG 7 SEMANAS
2
6
5
6
5
G 46 KENNY HEART AND SOUL CONCORD 32048
7
8
2
7
8
29 FOURPLAY LET’S TOUCH THE SKY HEADS UP 32030/CONCORD
7
BUBLÉ 29 MICHAEL HOLLYWOOD: THE DELUXE 143/REPRISE 526141/WARNER BROS.
8 9
10
‘ROUND MIDNIGHT CONCORD JAZZ 32662/CONCORD
11
THE OTHER SIDE OF MIDNIGHT: LIVE ANTI- 87152/EPITAPH
8
MATSUI 12 16 KEIKO THE ROAD ... SHANACHIE 5188
6
9
RIPPINGTONS FT. RUSS FREEMAN 10 15 THE COTE D’AZUR PEAK 32580/CONCORD
8
CHARLIE HADEN QUARTET WEST
10
7
2
11
9
HARDCASTLE 15 PAUL DESIRE TRIPPIN ‘N’ RHYTHM 46
CULBERTSON 11 43 BRIAN XII GRP 014460/VG
THE REBIRTH OF NEW ORLEANS BASIN STREET 1202
14
14
GALACTIC
REBIRTH BRASS BAND
SOPHISTICATED LADIES EMARCY 015347/DECCA
VARIOUS ARTISTS
SMOOTH JAZZ NUMBER 1 HITS CONCORD JAZZ/PEAK/HEADS UP 32854/CONCORD
GERALD CLAYTON
12
3
J. REDMAN/A. PARKS/M. PENMAN/E. HARLAND
13
HANCOCK 13 47 HERBIE THE IMAGINE PROJECT HANCOCK 0001*
3
IRVIN MAYFIELD
14
RETORNO
NOVO
14
God Willin’ & The Creek Don’t Rise
RICKY DILLARD AND NEW G
3
KARRIN ALLYSON
BOND: THE PARIS SESSIONS EMARCY 015393/DECCA JAMES FARM NONESUCH 526294/WARNER BROS.
LOVE LETTER TO NEW ORLEANS BASIN STREET 0406
ERIC DARIUS
ON A MISSION SHANACHIE 5182
LOOK IT UP
15
19
5
GORDON GOODWIN’S BIG PHAT BAND
15
17
YOU
16
12
3
BILL FRISELL
16
15 43 JAZZMASTERS JAZZMASTERS VI TRIPPIN ‘N’ RHYTHM 41
4
CAT DADDY
17
RETORNO
KEVIN EUBANKS
17
WRIGHT 22 33 LIZZ FELLOWSHIP VERVE FORECAST 014673/VG
5
DETERMINATE
KERMIT RUFFINS
18
ALPERT & LANI HALL 19 14 HERB I FEEL YOU CONCORD JAZZ 32757/CONCORD
7
NOVO
NOVO
20
25
2
21
RETORNO
22
24
2
NOVO
5
NOVO
ASHTON SHEPHERD (MCA NASHVILLE) ROMEO SANTOS (SONY MUSIC LATIN) REJ3CTZ (700/RENAISSANCE MUSIC/THE AURELIUS GROUP) BRIDGIT MENDLER, ADAM HICKS, NAOMI SCOTT & HAYLEY KIYOKO (WALT DISNEY)
WALKING
MARY MARY (MY BLOCK/COLUMBIA)
9
THAT’S HOW WE ROLL TELARC 32363/CONCORD SIGN OF LIFE SAVOY JAZZ 17818/SLG ZEN FOOD MACK AVENUE 1054
18
16
19
ARMSTRONG 18 32 LOUIS LOUIS ARMSTRONG SONOMA 0018
HAPPY TALK BASIN STREET 01112
OF POWER 16 12 TOWER 40TH ANNIVERSARY TOP 300207 B
20
RETORNO
AMBROSE AKINMUSIRE
21
RETORNO
ANNA WILSON
22
RETORNO
DIONNE WARWICK
23
RETORNO
24
WHALUM 14 56 KIRK THE GOSPEL ACCORDING TO JAZZ CHAPTER III TOP DRAWER/MACK AVENUE 5142/RENDEZVOUS
25
TISDALE FEATURING TIZ & THE FONKIE PLANETARIANS 23 26 WAYMAN THE FONK RECORD MACK AVENUE 5144/RENDEZVOUS
RETORNO
LLUVIA AL CORAZÓN
21
17
TABOO
22
RETORNO
I DO IT
23
RETORNO
THE BIG BANG
24
ARTISTS 15 20 VARIOUS CLASS ACTS OF THE VEGAS STRIP EMI SPECIAL MARKETS 19867 EX/STARBUCKS
KEEP YOUR HEAD UP
25
RETORNO
MANA (WARNER LATINA)
DON OMAR (ORFANATO/MACHETE/UNIVERSAL MUSIC LATINO) BIG SEAN (G.O.O.D./DEF JAM/IDJMG) ROCKMAFIA (RMR)
ANDY GRAMMER (S-CURVE)
6
JACKIEM JOYNER MACK AVENUE 7022/ARTISTRY
19
20
LAURA STORY (INO)
9
JACKIEM JOYNER
MICHAEL BUBLÉ
BLESSINGS
SPECIAL DELIVERY (EP) 143/REPRISE DIGITAL EX/WARNER BROS. WHEN THE HEART EMERGES GLISTEN BLUE NOTE 70619/BLG ANNA WILSON & FRIENDS: COUNTRYPOLITAN DUETS TRANSFER 5716/MUSIC WORLD ONLY TRUST YOUR HEART MPCA 2573/BDG
PRESERVATION HALL JAZZ BAND PRESERVATION PRESERVATION HALL 01*
CERT.
50 Sing Along Songs For Kids
SONOMA 0058 | (6.98)
5
TO THE EDGE 15 10 CLOSER THIRTY SECONDS TO MARS (IMMORTAL/VIRGIN/CAPITOL)
25
The 99 Most Essential Gregorian Chants
SINATRA, DEAN MARTIN & SAMMY DAVIS JR 16 FRANK THE VERY BEST OF THE RAT PACK FRANK SINATRA ENT./REPRISE 526241/WARNER BROS.
13
20
VARIOUS ARTISTS
6
5
12
24
Rescue
HOPELESS 726* | (13.98)
KOZ 31 DAVE HELLO TOMORROW CONCORD 31753
SMILE 14 13 IKIRK FRANKLIN (FO YO SOUL/GOSPO CENTRIC/VERITY/JLG)
23
SILVERSTEIN
6
IT BACK 12 12 BRING TRAVIS PORTER (PORTER HOUSE/JIVE/JLG)
19
Reckless & Relentless
SUMERIAN 50 | (11.98)
4
HERE WE GO AGAIN BLUE NOTE 96388/BLG
13
16
ASKING ALEXANDRIA
33 SOUNDTRACK TREME: SEASON 1 HBO/GEFFEN 014910/IGA
12
18
4X4=12
MAU5TRAP 2518 / ULTRA (15.98)
7
SIMONE 13 13 NINA S.O.U.L.: NINA SIMON SONY MUSIC CMG 83788/SONY MUSIC
19
DEADMAU5
3
4
Soundtrack
SCREEN GEMS PRODUCTIONS 34817 | MADISON GATE | (10.98)
WILLIE NELSON & WYNTON MARSALIS FT. NORAH JONES
11
17
COUNTRY STRONG: MORE MUSIC FROM THE MOTION PICTURE
THE LOST AND FOUND OBLIQSOUND 113
11 14 BOYFRIEND BIG TIME RUSH (NICKELODEON/COLUMBIA)
18
3
50 Fun Songs For Kids
SONOMA 3980 | (6.98)
GRETCHEN PARLATO
9
15
21
THE COUNTDOWN KIDS
70 SEMANAS
10
16
RETORNO
Life Fantastic
ANTI- 87114* | EPITAPH | (15.98)
TÍTULO (GRAVADORA & NÚMERO DE SÉRIE/DISTRIBUIDORA)
TONIGHT TONIGHT
9
80
BUBLÉ Nº 1 MICHAEL CRAZY LOVE 143/REPRISE 520733/WARNER BROS. b
1
1
RETORNO
MAN MAN
TRADITIONAL JAZZ ALBUMS 1
1
6
37
THE ANTLERS
14
31
Let’s Cheers To This
RISE 132 | (12.98) UP DOWN 1102 | BRANDO | (14.98)
36
NOVO
Town Line (EP)
SLEEPING WITH SIRENS BLUE OCTOBER
CERT.
23
ELEVEN SEVEN 860 | (13.98)
ARETHA FRANKLIN
SEMANA DE 28/5
25
SEMANA DE 21/5 Nº DE SEMANAS
NOVO
9
30
STROUDAVARIOUS 01013 (7.98)
13
5
I Am Very Far
AVERAGE JOE’S 226 | (14.98)
2
4
10
JAGJAGUWAR 185* | (14.98)
3
13
9
23
OKKERVIL RIVER
8
19
29
29
GENTLEMAN OF THE ROAD 0109* / GLASSNOTE (12.98)
SIXX: A.M.
16
28
Sigh No More
BROKEN BOW 7697 (18.98)
Take Care, Take Care, Take Care
TEMPORARY RESIDENCE 199* | (14.98)
CERT.
4
My Kinda Party
EXPLOSIONS IN THE SKY
SEMANA DE 21/5 Nº DE SEMANAS
JASON ALDEAN
SUB POP 888* | (13.98)
Título
GRAVADORA & NÚMERO DE SÉRIE / DISTRIBUIDORA (PREÇO EM DÓLAR)
SEMANA DE 28/5
28
12
3
NOVO
ARTISTA
CERT.
4
5
Nº DE SEMANAS
3
7
SEMANA DE 21/5
FLEET FOXES
NOVO
15
27
XL 529* | (11.98)
2
6
26
TYLER, THE CREATOR
1
NOVO
Goblin Helplessness Blues
Título
GRAVADORA & NÚMERO DE SÉRIE / DISTRIBUIDORA (PREÇO EM DÓLAR)
2
5
SEMANA DE 28/5
NOVO
ARTISTA
SEMANA DE 28/5
1
Nº DE SEMANAS
SEMANA DE 21/5
SEMANA DE 28/5
INDEPENDENT ALBUMS
MINDI ABAIR
IN HI-FI STEREO HEADS UP 31837/CONCORD
GIL SCOTT-HERON
I’M NEW HERE XL 471*
DAVID BENOIT
EARTHGLOW HEADS UP 31975/CONCORD
VARIOUS ARTISTS
LEE RITENOUR’S 6 STRING THEORY CONCORD 31911
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108 billboard brasil Junho 2011 foto: Divulgação
foto: Roberto Rodrigues/ Divulgação
foto: Marcos Hermes/ Divulgação
foto: Luciano Santos/ TalentMix
foto: Marcos Hermes/ Divulgação
ACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE
1
3
5
stage 1. Caras e bocas: CHINA, VJ da MTV, e MARIA GADÚ, em 21 de maio, primeiro dia do Festival Natura Nós, em São Paulo 2. A cantora VERONICA FERRIANI, convidada especial de TOQUINHO, em “O Caderno”, no Natura Nós
6 foto: Divulgação
3. A rapper americana EVE, que esteve em São Paulo para duas apresentações, visita a galeria de Romero Britto e é presenteada pela irmã do artista brasileiro, ROBERTA BRITTO
foto: Divulgação
BACK
BACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE
foto: Marcos Hermes/ Divulgação
4. O funkeiro carioca BUCHECHA lotou a unidade paulistana do Royal Club na noite de 12 de maio 5. Bem acompanhado: o DJ francês Bob Sinclair entre as beldades da etapa catarinense do Monange Dream Fashion Tour 2011, em Florianópolis, em 7 de maio
7. Que azar, que nada: a atriz FERNANDA PAES LEME foi a principal atração do Royal Club Vitória, no Espírito Santo, na sexta-feira, 13 de maio
7
8. ANTONIO CAMAROTTI, publisher da Billboard Brasil, com BRUNO MARS em Miami, um dia depois do show realizado pelo artista em 11 de maio, no Fillmore Miami Beach 9. Parceria promissora: no estúdio da casa de MARINA LIMA (veja entrevistão à página 34), em São Paulo, VANESSA DA MATA prepara participação especial em Climax, novo álbum da cantora carioca 10. CAIO RAMALHO, da Talent, e MARCELO BOLLA, da Young & Rubicam, são recebidos no camarim de DIOGO NOGUEIRA após o show de 21 de maio, no HSBC Brasil, em São Paulo
8
9
foto: Divulgação
6. Corrente de energia: LUIZA POSSI, de bóbis, antes da gravação de seu DVD Seguir Cantando em São Paulo, em 29 de abril, com o empresário ROGÉRIO BOLZAN (de branco e fone), DITO (produtor da Ivete), o tio ZÉ POSSI NETO, IVETE SANGALO, participação especial no show, e a mãe, ZIZI POSSI
foto: Divulgação
E
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arquivo
Bruce Spring
HUNGRY HEART
Steen
[1980]
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semanas no hot 100
DANCING IN THE DARK
[1984]
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semanas no hot 100
foto: t om Hill/Getty
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posição máxima no hot 100
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