Billboard Brasil - Junho de 2011

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www.billboard.br.com

EDIÇÃO 20 JUNHO DE 2011 R$ 9,90

QUEENS OF THE STONE AGE Porrada nas regras do metal PAULA TOLLER Pronta para a festa de arromba do Kid

9

PÁGINAS DE RANKINGS

BRUNO MARS O cara que pôs o F em “Fuck You!”

+

BILLBOARD AWARDS 2011 PAUL MCCARTNEY MÖTLEY CRÜE MILEY CYRUS

EXCLUSIVO: A NOVA FASE DE

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fOTO: divulgação

Junho 2011

18

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fOTO: fotoarena/gettyimages

Promessa pop: com muita ginga e carisma, BRUNO MARS conquista um número cada vez maior de fãs

28

p.

QUEENS OF THE STONE AGE: 15 anos depois de rasgar as regras do rock

fOTO: ethan miller/gettyimages

pesado, JOSH HOMME relança o álbum de estreia do grupo

52

p.

Mulheres no poder: BEYONCÉ é eleita a Artista do Milênio no Billboard Awards 2011 e fala, com exclusividade, sobre a carreira

24 Enquanto se prepara para as comemorações de

Nº 1 das Paradas

30 anos de carreira do Kid Abelha, PAULA TOLLER nacional

Pg

Artista/ Título

SANTANA/ BRASIL HOT 100 AIRPLAY 100 LUAN amar não é pecado

BRASIL HOT POP SONGS

101

JENNIFER LOPEZ (PART. PITBULL)/

BRASIL HOT POPULAR SONGS

101

LUAN SANTANA/

nata do indie e os veteranos do pós-punk

BELO HORIZONTE HOT SONGS

SANTANA/ 102 LUAN um beijo

MÚSICA

BRASÍLIA HOT SONGS

CAMPINAS HOT SONGS

CURITIBA HOT SONGS

FORTALEZA HOT SONGS

GOIÂNIA HOT SONGS

PORTO ALEGRE HOT SONGS

RECIFE HOT SONGS

RIBEIRÃO PRETO HOT SONGS

RIO DE JANEIRO HOT SONGS

SALVADOR HOT SONGS

SÃO PAULO HOT SONGS

46 Primavera Sound: Barcelona reuniu a

81 MARIZA: de Kurt Cobain a Amália Rodrigues 82 SIXX: A.M., o projeto paralelo de Nikki Sixx, do Mötley Crüe

85 JOHN FOGERTY, ex-líder do Creedence Clearwater Revival, em plena forma

INTRO

11 LADY GAGA vende um milhão de cópias do novo álbum em sua semana de estreia

12 Documentário faz retrato instantâneo da nova

internacional

E MAIS

67 ROAMING 70 OPINIÃO 72 LOOK DE ARTISTA 74 CLOSET

& BELUTTI/ 102 MARCOS DUPLA SOLIDÃO

BOSCO & VINICIUS (PART. JORGE &MATEUS)/ 102 JOÃO ABELHA GAROTA SAFADA/ 102 BANDA CLONADO FERNANDES/ 102 PAULA PRA VOCÊ SANTANA/ 102 LUAN amar não é pecado

(PART. REGINALDO ROSSI)/ 102 CALYPSO NÃO POSSO NEGAR QUE TE AMO FERNANDES/ 102 PAULA PRA VOCÊ MARS/ 102 BRUNO TALKING TO THE MOON

SANGALO (PART. SEU JORGE)/ 102 IVETE PENSANDO EM NÓS DOIS FERNANDES/ 102 PAULA PRA VOCÊ PG

Artista/ Título

SOCIAL 50 103 LADY GAGA THE BILLBOARD 200 104 ADELE/ 21

SANTANA/ 102 LUAN um beijo

SPEARS/ HOT DANCE CLUB SONGS 103 BRITNEY TILL THE WORLD ENDS

cena musical paulista

amar não é pecado

HOT DIGITAL SONGS 103 ADELE/ ROLLING IN THE DEEP

ON THE FLOOR

THE BILLBOARD HOT 100 106 ADELE/ ROLLING IN THE DEEP

the creator/ INDEPENDENT ALBUMS 107 tyler, goblin

sean feat. chris brown/ HEATSEEKERS SONGS 107 bimyglast

michael bublé/

love 76 MÚSICA&MODA TRADITIONAL JAZZ ALBUMS 107 crazy JAMES/ CONTEMPORARY JAZZ ALBUMS 107 BONEY CONTACT 78 OUR STUFF 80 AGENDA Digital, Autorretrato, Cifras, Hot Spot, 108 BACKSTAGE Trilha Pessoal, Antes e Depois e Fitness

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+

FOTO DE CAPA: Ethan

Miller/ Getty Images

foto: Adriano Vizoni

fala sobre família, terapia e, claro, música

34

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MARINA LIMA: recém-radicada em São Paulo, cantora diz estar vivendo seu ápice – não profissional, mas pessoal


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CARTA AO LEITOR

Publisher An TOn IO CAmAROTTI Diretor Geral BRun O SETu BAL Conselho Editorial ALEx And RE KTEn AS, JOã O mARCELLO Bô SCOLI,

Quem manda

mARIO VELLOSO E PEd RO Só Editorial Editora Ex Ecutiva Gabriela Arbex Editor- a ssist Ent E Rodrigo Ortega Editora d E moda & vari Edad Es Ana Carolina Ralston rE pórt Er Henrique Crespo Projeto Gráfico marcos Kotlhar

no mundo?

Arte Editor d E a rt E João martin Jr. dE sign Er d aniela Liquieri t ratam Ento d E imag Em André Ricci Romano Tradução Luiz marcondes Revisão marisa Ribeiro

O girl power já dominou a música pop outras vezes, mas nunca sobre um par de pernas tão belas e ágeis. Vale rever no YouTube o desempenho de Beyoncé no Billboard Music Awards 2011, onde foi consagrada Artista do Milênio: como um canivete suíço musical, ela solta a voz, se retorce na coreografia e comanda os efeitos visuais ao mesmo tempo. Sem dúvida, ela está no poder. Na capa desta edição da Billboard Brasil, nos rendemos à sua imponente imagem na performance de “Run The World (Girls)”. Em entrevista exclusiva, ela conta como tomou posse do próprio nariz (e dos ouvidos de milhões de fãs, certamente) com o seu novo disco, 4. “Quem manda no mundo?” Ela faz a pergunta e logo dá a resposta: “Garotas!”. Era nelas, não em homens cabeludos, que Josh Homme estava pensando quando pariu o Queens of the Stone Age. Essa é uma das revelações do herói alternativo americano, em outro destaque desta edição. Fomos a Miami Beach acompanhar um novo astro entrando em órbita no pop: Bruno Mars. Aos 25 anos, o havaiano é uma máquina de hits. O que mais reverberou foi o palavrão “Fuck You!”, criado por Bruno e proferido por Cee-Lo Green. Mas canções na voz de Bruno também crescem nas paradas, inclusive as brasileiras. Em outra missão internacional, desembarcamos em Barcelona, no festival Primavera Sound. Lá o poder não é individual, mas coletivo, representado pelo movimento Los Indignados e sua trilha sonora de última hora: o clássico “Common People”, na volta aos palcos dos britânicos do Pulp. O poder indie também aparece na conversa com o escocês Alan McGee, o homem que não confia no sistema, mas que soube acreditar em Oasis, Libertines, Primal Scream e outros nomes que ajudou a inscrever na história do rock com o selo Creation. Por aqui, tivemos excelentes conversas com duas grandes forças femininas que, em parceria ou em grupo, inventaram, nos anos 80, a música pop brasileira como a conhecemos. Idades à parte, Marina Lima e Paula Toller continuam sendo duas garotas cheias de poder. Elas reforçam o coro feminino na resposta à pergunta de Beyoncé: quem manda no mundo?

Colaboradores Adriano Vizoni e Luciano Oliveira (fotos); Alfredo Brant, Arnaldo Branco, Braulio Lorentz, daniel Tambarotti, Jean Felipe Rios, marcelo damaso, Roberto Sadovski e Tatiana Contreiras (textos)

Billboard Brasil É u ma Publicação da BPP Promoções e Publicações Ltda. Rua Tapinás, 118, Itaim Bibi, São Paulo - SP - Cep 04531-050 redacao@billboard.br.com Departamento Comercial g Er Ent E com Ercial d aniela Sosigan ds@billboard.br.com São Paulo - Tel. (11) 3078-7711 comercial@billboard.br.com anuncie@billboard.br.com Operações Comerciais Lucimar marostica opec@billboard.br.com Assinaturas www.billboard.br.com/assine assinaturas@billboard.br.com impr Essão IBEP Gráfica d istribuição d inap

publish Er Lisa Ryan Howard d ir Etor Editorial Bill Werde Editor Ray Rogers d ir Etor dE a rt E Andrew Horton d ir Etor dE r ankings Silvio Pietroluongo E5 Global Media, LLC

os Editores

pr Esid Ent E Richard d. Beckman d ir Etor Ex Ecutivo James A. Finkelstein d ir Etora Financ Eira d ebi Chirichella dE s Envolvim Ento d E nE gócios Howard Appelbaum d ir Etor d E tE cnologia Gautam Guliani v ic E-pr Esid Ent E d E mark Eting d oug Bachelis v ic E-pr Esid Ent E d E c irculação madeline Krakowsky v ic E-pr Esid Ent E d E rE cursos h umanos Rob Schoorl v ic E-pr Esid Ent E d E l ic Enciam Ento Andrew min Todos os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. É proibida a reprodução total ou parcial de textos ou imagens sem prévia autorização dos editores.

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edição 19

buzz

veja o que nossos leitores acharam da última edição

tuitadas que repercutiram do mundo da música:

E-MAIL

Muito f**a a capa da última edição. Pena que a pressão da fama acabou com um dos últimos ídolos do rock. Imagino o que ele estaria fazendo hoje em dia.

Luciana Vianna,

de Belo Horizonte, MG

Termômetro As notícias mais acessadas no último mês no billboard.br.com

CINCO RAPIDINHAS COM A VJ DA MTV MARI MOON Influente no Twitter e na moda, a moça elegeu “Somewhere Over The Rainbow” como a música que melhor a define. BANDA CINE VS. LATINO A suposta briga entre os artistas – posteriormente esclarecida como uma campanha de marketing – causou polêmica . AS 72 MÚSICAS DE BEYONCÉ A artista do milênio exagerou e dificultou para a gravadora. BORN THIS WAY, DE GAGA Qualquer que seja a notícia, a cantora atrai milhares de acessos. VAZA JUDAS, NOVO VIDEOCLIPE DE LADY GAGA Ela de novo!

Me senti velho com esta matéria do Nirvana. Só de pensar que eu tinha uns 18 anos quando o movimento grunge estourou... Muito boa a matéria. Achei só que faltou falar mais sobre Soundgarden, Alice in Chains, Mudhoney e outras barulheiras da época. Luiz Amaral, do Rio de Janeiro, RJ A matéria do Foo Fighters explica por si só porque Dave Grohl é um dos caras mais legais da música

Adailton Nunes, de Barueri, SP

Legal ver o Paulinho Moska na Billboard. Bem que podia rolar uma entrevista com ele na próxima. Caio Miranda, de Belo Horizonte, MG Adorei ler a entrevista do Leoni. Ele sempre fala coisas interessantes. Joana Lima, de São Paulo, SP FACEBOOK

Só a matéria da capa já vale a revista. Eu quero! Fernanda Bechara Castilho, de Vitória, ES Essa revista tá perfeita! Obrigado, Kurt! Filei a

twitter A @BillboardBrasil perguntou:

Qual é o festival brasileiro que você mais quer ver este ano?

faculdade lendo ela! Matheus Carmo, de Salvador, BA Que capa linda!!! Sem dúvida, uma das melhores fases do rock’n’roll. Fabiana Never, de São Paulo, SP TWITTER

Muito boa a matéria de capa da Billboard Brasil sobre os 20 anos do grunge. Recomendo aos que gostam de boa música. Ale Rocha, @alerocha de Mogi das Cruzes, SP Eu já comprei a minha Billboard com a ótima entrevista com o Leoni. Esclarece muito sobre o mundo da música de hoje. Vanessa Fernandes, @Vanessaa_Lab, do Rio de Janeiro, RJ

39% Rock in Rio 30% SWU 26% Planeta Terra 5% Outros

TUÍTE DA REDAÇÃO

O que você achou de Born This Way, novo disco de Lady Gaga? @allandooug O disco está gerando uma

ele se torna um clássico em tão pouco tempo.

grande revolução. Ele nos faz sentir vivos e convictos de podemos ser livres. @wandersonleonel É muito menos do que se esperava, não tem nenhum grande sucesso, muito fraco em relação aos outros. @juniorbelo O CD é um pouco bizarro. Tem muito rock dos anos 80, mas no final

@danielmota Bem produzido, eclético,

cante para a billboard

Entre em contato conosco pelos canais ao lado. As mensagens selecionadas serão publicadas nesta seção. Nos reservamos o direito de resumir, corrigir e adaptar os textos enviados, sem que isso altere o conteúdo das mensagens. 10 billboard brasil Junho 2011

e porque sua banda lançou um disco tão bom quanto esse Wasting Light. O cara tem fome de rock!!!

explorou diferentes territórios musicais. O melhor trabalho da Gaga até agora. @mynickislu O melhor álbum pop dos últimos tempos e, com certeza, o melhor trabalho dela! Dançante e com letras espirituais. @JhonBooz É bom, mas estou esperando pelo álbum que revolucionaria o mundo da música.

Site www.billboard.br.com Facebook www.facebook.com/billboardbrasil Twitter @BillboardBrasil E-mail redacao@billboard.br.com

@Ticostacruz

“Recebi um e-mail da ABL me convidando para participar do núcleo de novos poetas e escritores p futura condecoração como IMORTAL – sabe pq? Pq fui o único poeta brasileiro q inseriu a palavra Brócolis numa cansão (sic) e fiz uma rima considerada raríssima na história das artes no Br”, TICO SANTA CRUZ, em momento de modéstia explícita. @LitaRee_real

“Sou o oposto da puta, tô pouco me fudendo se vc ñ entende, entendeu? Houston, they have a problem”, RITA LEE, sendo mais ela. @Ruleyork

“A culpa de eu não ter me apresentado no Urban Music Festival é do FabulousFabz. Se você está bravo, fique bravo com ele e não comigo. Eu amo o Brasil!”, JA RULE, transferindo a responsabilidade de sua ausência no festival de São Paulo para seu DJ oficial. @almirguineto

“Meus amigos, vou contar agora um grande segredo. Acabo de entrar no estúdio para gravar meu novo CD”, Almir Guineto, contando as novidades. @snoopdogg

“Descansem em paz todos que morreram no 11 de Setembro. Vamos trazer as tropas pra casa e diminuir o preço das bebidas e viver felizes para sempre”, SNOOP DOGG, comemorando a morte de Bin Laden de forma inusitada.

fOTOs: divulgação

feedback


CENA VIVA • novos paulistas • digital • autorretrato • insight • cifras • hot spot • trilha pessoal • antes e depois • espetáculo • fitness

12 aposta

Quinteto 5 a Seco grava seu primeiro DVD com convidados especiais

p.

12 documentário Passagem de Som retrata a nova cena musical paulistana

p.

14 avassaladores Funk carioca cheio de marra vira hit na internet

p.

16 teatro

Marina Abramovic estreia ópera ao som de Antony Hegarty

FOTO: Kevin Mazur/Getty Images

INTRO

p.

FEBRE LEGALIZADA Com edições deluxe e downloads a 99 cents, Lady Gaga vende um milhão de unidades do novo álbum Entrar em choque com aquilo que é socialmente aceito é uma das marcas registradas da ascensão meteórica de Lady Gaga – uma abordagem que agora se estende ao lançamento de seu novo álbum, Born This Way. O aguardado trabalho chegou ao varejo americano no dia 23 de maio em meio a uma intensa publicidade sobre a decisão da Amazon de oferecê-lo como o MP3 do Dia – uma promoção tradicional da loja online – a 99 cents. Isso, somado às robustas vendas no iTunes, fez com que o disco quebrasse o recorde de vendas em semana de estreia para álbuns digitais. Ao fim de uma semana foram vendidas, digitalmente, 440 mil cópias – número que ultrapassa, e muito, o recorde anterior do Coldplay: 288 mil

unidades de seu álbum Viva La Vida Or Death And All His Friends, de 2008. A pesada demanda gerada pela Amazon tornou a compra mais lenta e, no caso de alguns consumidores, até impediu o download do álbum, fazendo com que o varejista online repetisse a oferta três dias depois. Fontes do setor estimam que o dia de abertura das vendas de Born This Way na Amazon totalizou 330 mil unidades só do álbum digital. Não que a Interscope e Lady Gaga precisassem de ajuda para promover o álbum. “Todo mundo sabe da existência de algo novo de Gaga em algum lugar, de algum modo. Não consigo imaginar nenhum outro álbum que tenha esse tipo de consciência por parte do público”, diz o diretor da Newbury Comics, Carl Mello.

Esta consciência poderia ser sentida muito além da Amazon. A estimativa é de que o iTunes tenha escaneado 104 mil unidades no dia 23 – um número impressionante se levarmos em conta que as versões deluxe de US$ 15.99 do álbum responderam por mais da metade dessas vendas. Só na Best Buy, as vendas no primeiro dia totalizaram 45 mil. Outras 35 mil unidades foram comercializadas pela Target, 20 mil pelo Walmart e dez mil pela Starbucks – números que sugerem vendas de 500 mil no dia de lançamento do álbum. Algumas lojas físicas reclamaram das vendas da primeira semana do título na Amazon e na Best Buy, que deram o álbum de graça na compra de um handset para celular. Mas, apesar da estratégia de oferta

por Ed Christman

do produto mesmo sem lucro (loss-leader strategy) para sua loja de MP3 e serviço de Cloud Drive/Cloud Player, Born This Way também representou uma retomada de preço. Dos 2,1 milhões de unidades enviadas pela Universal Musical Group antes do lançamento nas lojas, 1,3 milhão foi de versões deluxe do álbum. A versão standard, com 14 músicas, teve preço sugerido de US$ 12.99 e está sendo vendida no atacado por US$ 10.35, enquanto a versão luxo, que traz três faixas bônus e um segundo álbum de remixes com dez faixas, custa US$ 21.98 (US$ 14 no atacado). A versão mais cara excedeu em muito as expectativas para o dia de lançamento e foi responsável por quase 70% das vendas fora da Amazon, tanto nas versões CD quanto digital. www.billboard.br.com 11


FOTO: divulgação

INTRO

APOSTA

Portas abertas

O quinteto 5 a Seco grava seu primeiro DVD com participação de Chico César, Lenine e Maria Gadú por Ana Carolina Ralston Cinco cabeças resolveram se unir para um projeto que teria a duração de poucas semanas. A temporada deu tão certo, que o tal projeto foi se estendendo até completar, em 2011, dois anos de existência. Assim, os jovens compositores do 5 a Seco não tiveram dúvidas: era hora de registrar, de verdade, o sucesso que já vinha sendo experimentado com os tantos shows de ingressos esgotados. O palco foi o Auditório Ibirapuera nos últimos dias 3, 4 e 5 de junho, com a presença de Lenine (3), Maria Gadú e Chico César (4) e Dani Black (5), integrante do quinteto original. A atual formação do grupo paulistano conta com Vinicius Calderoni, 25 anos, Tó Brandileone, 24, Leo Bianchini, 27, Pedro Altério, 22, e Pedro Viáfora, 21, todos violinistas, cantores e improvisadores, que transformam suas apresentações em performances de sons e ritmos variados por meio de inúmeras formas de percussão.

Por ser formado por cinco líderes, o grupo não deixa de se auto-intitular como projeto. Cada um de seus integrantes possui carreira solo paralela, como é o caso de Tó e Leo, que lançarão um disco juntos no final deste ano – início do próximo–, ou de Vinicius, que está com seu segundo disco solo previsto para março de 2012. Suas influências musicais são inúmeras e vindas de todas as partes. O pluralismo de cada um – característico de toda uma geração artística que se aproveita da atual facilidade de acesso à informação – e o gosto por inúmeros estilos musicais acabaram por tornar suas composições mais ricas. “Desde que me entendo por gente gosto de rock, samba e música erudita. As referências individuais, ou mesmo a forma com que cada um de nós metabolizou essas referências, faz com que um influencie o estilo do outro”, conta Vinicius. Mas se pedir nomes a lista fica enorme:

Os garotos do 5 a Seco: as referências de uns influenciam os estilos dos outros

desde clássicos da MPB como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil, até Camille Dalmais, Radiohead, Los Hermanos e Emicida. Para 2012,

muitos planos. Os cinco músicos pretendem iniciar uma turnê para divulgar o disco e o DVD que deve chegar ao mercado no final do ano.

CENA VIVA

Documento em movimento

por

Rodrigo Ortega

foto: DIVULGAÇÃO

Passagem de Som quer fazer um retrato instantâneo da nova cena musical de São Paulo

Da esquerda: Miranda, tatá aeroplano, kiko dinucci e MARIANA AYDAR em cenas do documentário

“Não quero contar a história depois que aconteceu. Quero fazer agora mesmo, enquanto tudo está sendo criado.” O diretor Marcelo Souza, 49 anos, responde a várias perguntas ao mesmo tempo, com o discurso rápido de quem tem muito trabalho a fazer. Documentários musicais costumam esbarrar no excesso de saudosismo, mas Passagem de Som tem o desafio oposto: falar sobre um cenário atual – a música produzida na cidade de São Paulo –, que muda a cada momento. “Antigamente a gente ficava meses esperando a música nova do Caetano, do Gil. Hoje, a cada semana tem 400 caras novos na área, um melhor que o outro”, espanta-se o diretor. O trabalho teve início em 2009, quando ele começou a filmar 12 billboard brasil Junho 2011

uma série chamada Estúdio A, para a gravadora Yb, com artistas como Tulipa Ruiz, Blubell e Lulina. “Já nas primeiras horas de gravação eu vi que ali havia uma história interessante a ser contada. Estes caras estão fazendo música de uma nova maneira, colaborativa. Geralmente sem grana, tudo na raça. Cada artista é um ponto da rede, todo mundo toca com todo mundo, tanto que surgem cada vez menos bandas e mais artistas solo”, nota. A produção do documentário é bem parecida com a forma de trabalhar dos músicos. Iniciativa independente com vários colaboradores, o filme começou a ser feito no ano passado, estreou um teaser de dez minutos no festival In-Edit, em São Paulo, em abril, mas ainda está sendo finalizado. Um dos

colaboradores, Romulo Fróes, teve que sair da produção para assumir seu trabalho principal do outro lado da tela, como músico. O teaser tem depoimentos de Mariana Aydar, Bruno Morais, Juliana R e outros músicos e produtores. Carlos Eduardo Miranda, produtor veterano, capta bem o novo espírito: “É um período de mudança, não dá pra falar que essa geração é ‘assim ou assado’. Se eu falar isso hoje, quando esse filme estiver pronto já não vai valer mais”, brinca.


DIGITAL • OPINIÃO

BITS & BEATS

O céu é o limite

e-vendas foto: reprodução

fOTO: divulgação

Será que a nuvem vai ajudar a aumentar o nicho de mercado dos audiófilos? por Antony Bruno

milhões

Total de visualizações do clipe da música “Oração”, do grupo curitibano A Banda Mais Bonita da Cidade, nas duas primeiras semanas de publicação no YouTube. Com seis minutos em plano-sequência, o filme mostra, além dos cinco integrantes – Uyara Torrente, Vinicius Nisi, Rodrigo Lemos, Diego Plaça e Luis Bourscheidt –, uma galera de amigos cantando e tocando instrumentos.

O SoundCloud – plataforma online de áudio criada em Berlim, em 2007, para a publicação e compartilhamento de música entre os compositores – passou a oferecer o serviço de venda de faixas. Graças à parceria com o sistema de pagamentos Minno e com o SoundRain, os artistas podem escolher as músicas que desejam vender ao preço fixo de US$ 0,99. Quando chegar aos US$ 10, recebem o dinheiro por meio do PayPal. A ideia é impulsionar a venda dos singles nos blogs e sites dos artistas antes mesmo que eles sejam lançados no mercado.

DIGITAL • CANAIS WWW

HQ, livros e muita música fOTO: divulgação

Thedy Corrêa, vocalista do Nenhum de Nós, conta quais são os seus endereços prediletos na web

Free fOTO: divulgação

A fita cassete matou a fita de oito canais. O CD matou o cassete. E formatos digitais estão matando o CD. Mas espera-se que a transição da música digital em aparelhos locais para a nuvem tenha o efeito oposto, já que a música pode ser armazenada em qualquer lugar e acessada de múltiplos dispositivos por diferentes redes. Devido ao fato de “o outro extremo” assumir muitas formas diferentes – celulares, PCs, alto-falantes de som surround, em breve até mesmo nuvens para carros –, os provedores de música em nuvem precisam de vários formatos também. Por exemplo: para cada música disponível no Rhapsody existem quase 12 formatos diferentes, que vão de arquivos MP3 de 64 kbps a arquivos 192 kbps AAC – armazenados para diferentes situações de uso, como fazer streaming para um celular ou baixar um stream encadeado para um PC. Um serviço baseado em nuvens poderia ser facilmente utilizado para armazenar arquivos, mas não poderia fazer streaming desses dados para todos os dispositivos. Isso sem falar no fato de que fazer um streaming de um arquivo de 32 MB em tempo real para um celular é quase impossível, pois os custos dessa operação seriam astronômicos. “Streaming de alta qualidade requer muito mais banda”, diz o presidente de produtos da Rhapsody, Brendan Benzing. É possível, no entanto, fazer o streaming de arquivos lossless de uma nuvem para um PC ou sistema de entretenimento conectado à internet. Mas fazer isso poderia trazer custos ao servidor de nuvem e, atualmente, não existe demanda suficiente para justificá-los. Conforme os serviços de nuvem crescem, oportunidades de mercado irão emergir. Afinal, isso poderia resultar em novas fontes de receita. Uma vez que haja assinantes suficientes para fazer com que valha a pena, os provedores de serviços de nuvem começarão a oferecer serviços voltados para audiófilos com streaming de arquivos de melhor qualidade e mais adequados aos sistemas de som de última geração. “O negócio voltado para lares ainda é relativamente pequeno”, diz Benzing. “Mas é aí que vemos oportunidade para aproveitar a banda que entra naquela casa sem as limitações que temos com o celular. É aí que as pessoas tendem a gastar muito dinheiro numa experiência de áudio.”

4,4 DIGITAL • NÚMERO

Um aplicativo musical independente que atua também como selo fonográfico e rede social. Essa é a missão do Bagagem, criado pela banda Projeto Axial para tentar retomar, ainda que virtualmente, o velho hábito de ouvir um álbum na íntegra, de manusear seus encartes e de acompanhar a ficha técnica de cada faixa. A plataforma, gratuita, reúne trabalhos de artistas plásticos, VJs e podcasts e foi pensada, inicialmente, para compartilhar o terceiro álbum da banda, Simbiose. Atualmente, já reúne obras de outros artistas, além dos dois primeiros discos do grupo.

1 2

Deezer.com/em/

3

Omelete.com.br

4 5

Onde se pode ouvir um caminhão de coisas bacanas em streaming.

Blip.fm/home

Fico ouvindo e vendo coisas que me agradam e compartilho com meus followers no meu twitter (@thedycorrea).

Sou fanático por HQs, cinema, séries de TV e música e este site é o lugar onde todas essas coisas se juntam. Sempre muito por dentro de tudo!

Estantevirtual.com.br/

Meu site de busca de livros raros ou fora de catálogo. Uma espécie de central online de sebos!

Journal.neilgaiman.com Esse é o diário do escritor inglês Neil Gaiman, um cara que eu admiro como criador e pensador.

www.billboard.br.com 13


INTRO

AUTORRETRATO

CIFRAS

Muita calma nessa hora

Ramones

LUÍSA MAITA: preferência pela brasilidade

Dez anos depois da morte de Joey Ramone, o culto a sua banda continua fOTO: Jorgen Angel Redferns/Getty Images

fOTO: joão wainer/divulgação

Apesar da herança musical, Luísa Maita sempre soube que teria que tirar leite de pedra para se tornar cantora São Paulo pra você é: Quando penso na cidade, me vem a imagem de um motor. Acho que São Paulo tem essa função no país: é energética, um bom lugar para se trabalhar, mas suja e nada saudável para se viver. Uma referência musical: Cássia Eller, principalmente no Acústico MTV. Ela chegou a um nível expressivo alto, muito inteira e livre. Das bandas atuais, alguma te impressiona? Amo o Gorillaz. Acho muito urbano e emocional ao mesmo tempo. Um ídolo: Milton Nascimento. CD, vinil ou download? Estou grudada no meu iPod, não tem como... download! Melhor amigo (a): Mariana Aydar. Um arrependimento: Comecei a ser cantora já sabendo que teria que tirar leite de pedra. Hoje penso que poderia ter tido mais calma desde o início. João Gilberto ou Michael Jackson? João Gilberto. Pela brasilidade, ele é mais importante pra mim, apesar de amar a música dos dois.

2263

INSIGHT

Shows realizados pela banda em pouco mais de duas décadas.

Melô da autoestima sem noção

Sucesso na internet, “Sou Foda” é um funk carioca marrento assinado pelo grupo Avassaladores. O vídeo traz o líder Vitinho dançando, mordendo os lábios e levantando a camisa. Ele canta versos como: “Sou foda/ Na cama eu te esculacho/ Na sala ou no quarto/ No beco ou no carro/ Eu sou sinistro/ Melhor que seu marido/ Esculacho seu amigo”. O vocalista de 18 anos diz que fez a música querendo que todo mundo se VITINHO, à frente do Avassaladores: vem aí o “Sou Foda 2” sentisse bem ouvindo. “A gente queria que as pessoas gostassem de ouvir e que achassem que a música foi bastante, mas afirma que a música já feita para eles mesmos.” era conhecida antes: “Ela já era sucesso Mas houve quem não gostasse e encarasse a letra como antes de ir parar na internet, mas foi o provocação: não demorou para aparecer, também na internet, clipe que a fez estourar mesmo”. versões da música com respostas, em geral cantadas por A divulgação cibernética aumentou mulheres. Entre elas um outro funk bem direto na voz de MC o número de apresentação dos Penélope. Um trecho da letra diz: “Tu é foda/ Na cama é um Avassaladores, inclusive fora do estado. fracasso/ Não dá conta do recado/ Dá uma e cai pro lado/ Diz “A gente já fazia shows fora do Rio, mas que é sinistro/ Não sabe ser amigo/ Não serve como marido”. agora estamos indo com mais frequência.” Mesmo assim, Vitinho acha que a música não incomodou Com letra igualmente marrenta, o grupo as mulheres: “Elas revertem para o lado delas”. Mas e a fez outro funk, “Sou Delas”, e não parou namorada? “Não tive problemas com ela. É meu trabalho.” por aí: “Vamos gravar outro clipe, agora O autor do hit conta que não ficou preocupado com o com o Rafinha Bastos. Ele vai dirigir a palavrão na letra: “Eu não considero ‘foda’ um palavrão. Tem continuação da história, é a ‘Sou Foda 2’”, até em música da Pitty. É uma palavra que todo mundo usa no conta Vitinho, parecendo meio entediado dia a dia. Até pessoas mais ricas”. Segundo ele, o vídeo, que já ao dar entrevista. Seria marra? ultrapassa seis milhões de visualizações no YouTube, ajudou H.C. 14 billboard brasil Junho 2011

fOTO: DIVULGAÇÃO

autor de “sou foda” diz que “até ricos” usam a palavra no dia a dia

22

Anos de existência. Em 1974 o grupo fez seu primeiro show e em 1996 o último.

8

Total de integrantes que fizeram parte das cinco formações diferentes do quarteto: Joey Ramone, Johnny Ramone, Dee Dee Ramone, Tommy Ramone, Marky Ramone, Richie Ramone, Elvis Ramone e C J Ramone.

23

Discos, entre álbuns de estúdio e ao vivo, foram lançados pela banda.

30

Minutos é o tempo aproximado do disco homônimo de estreia, que traz 14 músicas.

5

Visitas ao Brasil, nos anos de 1987, 1991, 1992, 1994 e 1996. Entre as cidades palco de apresentações estão Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre.


HOT SPOT

TRILHA PESSOAL

Na ponte aérea

Uma Miranda moderninha

DANÇAR/ BEBER/ PAQUERAR Casa 92

Rock, pop ou música clássica? Rock, é claro! Um show inesquecível: Um? Impossível... Metallica, Radiohead, Aerosmith... Uma canção para sua personagem Miranda, em A Tempestade: Hum... difícil, mas a que me vem agora é “Somewhere Over The Rainbow”, do Mágico de Oz. Um artista musical com quem você gostaria de se sentar em uma mesa de bar para bater um papo: Kurt Cobain, Steven Tyler, Lobão... A música que não sai da sua cabeça hoje é: “Intro”, da banda The XX. Que show gostaria de ver no Brasil? Red Hot Chili Peppers. Para você, música é: PAIXÃO! Uma canção que marcou a sua infância: Muitaaaas. Sou dependente de música. Algumas delas são: “Metade”, da Adriana Calcanhoto, e “Tem Pouca Diferença”, da Gal Costa, além de todas as canções do Bon Jovi.

fOTO: luciano medeiros

Antes de se tornar um dos pontos de encontro mais cool de São Paulo, a Casa 92 era uma morada de imigrantes japoneses, construída na década de 30, cheia de árvores e plantas silvestres. A vegetação continua por lá, dando charme ao ambiente, e os cômodos foram transformados em espaços que seguem a temática de uma verdadeira casa. A diferença é que cada um desses espaços contou com o toque de gente que entende desse e de outros assuntos, como o arquiteto e paisagista Marcelo Faisal, a cineasta Bia Guedes e o estilista Marcelo Sommer. A música é diversificada. A trilha sonora é quase sempre comandada pelas picapes, com uma programação mensal que vai do eletrônico ao mais puro rock’n’roll. Às terças é dia do projeto Penélope, quando o som fica por conta de convidadas como Deborah Falci, Lara Gerin e Joana Hasse. Às quintas, a noite ganha o nome do cineasta Hitchcock e as escolhas do DJ residente Xavier Fabre.

Thaila Ayala interpreta A filha do mágico Próspero em A Tempestade, de Shakespeare, em cartaz em São Paulo até o final de junho

foto: DIVULgação

endereço cool em sp e casa tradicional de shows NO RJ são boas opções para curtir

Viciada em música, THAYLA AYALA espera ansiosa pelo show do Red Hot Chili Peppers

Rua Cristóvão Gonçalves, 92, Largo da Batata • Tel. (11) 3032-0371 • Horário de

ANTES E DEPOIS

funcionamento: terças, quintas, sextas e sábados, a partir das 22h30. Domingos,

Ric Ocasek

segundas e quartas aberto apenas para projetos especiais, festas e eventos • Capacidade: 300 pessoas • http://casa92.blogspot.com/

Rua Álvaro Alvim, 33 / 37 – subsolo, Cinelândia • Tel. (21) 2240-4469 • Funcionamento da casa: de segunda a sábado, das 14h às 22h • Capacidade: 500 pessoas • www.rivalpetrobras.com.br

A.C.R.

fOTO: Theo Wargo/Getty Images

fOTO: Peter Noble/Getty Images

Localizado na Cinelândia, um dos polos arquitetônicos e palco de importantes manifestações políticas do Rio, o teatro Rival Petrobras faz parte da cena cultural carioca há 77 anos. Hoje, sob a coordenação das atrizes Ângela Leal e Leandra Leal, o teatro é dedicado à música popular, recebendo nomes já consagrados e lançando novos artistas. Entre os músicos que já tocaram em seu palco, estão Alcione, Luiz Melodia, João Bosco, Ivan Lins, Zeca Pagodinho e muitos da nova geração, como Maria Gadú, Tiê, Thiago Petit e Thais Gulin. O local leva a assinatura do arquiteto Luiz Marinho, que preservou características de suas sete décadas. Entre os shows já agendados para junho estão Leila Pinheiros (11) e Mulheres de Hollanda (23/24).

foto: DIVULgação

ele pilotou o The Cars no auge da new wave. Depois de produzir bandas mais novas, ele está de volta com o seu grupo original

dançar/paquerar Teatro Rival

1978

Além de guitarra e vocais, Ric Ocasek tocava outros instrumentos no estúdio e compunha quase todo o material dos seis discos de estúdio do The Cars

2010

O cantor em um evento do site Huffington Post, em Nova York, em 2010, mesmo ano em que se reuniu com o antigo grupo para gravar o primeiro disco em 24 anos

Ric Ocasek, 63, liderou o The Cars de 1976 a 1988. O primeiro LP, de 1977, emplacou “Just What I Needed”. Foi a primeira de 18 músicas do The Cars no Billboard Hot 100, antes de o grupo se separar em 1988. Longe dos holofotes, Ric produziu No Doubt, Guided By Voices, Weezer e outros. Em 2011, o The Cars está de volta com o CD Move Like This. www.billboard.br.com 15


INTRO

espetáculo

Nascimentos e funerais musicados fOTO: CARLOS ROJALS

Referência na arte da performance, Marina AbramoviC estreia sua ópera ao som de Antony Hegarty e William Basinski

WILLEM DAFOE, MARINA ABRAMOVIć, ANTONY HEGARTY e ROBERT WILSON estreiam a nova peça no Festival Internacional de Manchester

Eles se conheceram há alguns anos durante uma festa na casa de Björk e do artista Matthew Barney. “A voz de Antony traz sentimento a todos que a ouvem. Com isso, nos faz pensar sobre a nossa própria mortalidade”, descreve Marina Abramović sobre o dia em que ouviu pela primeira vez o inglês Antony Hegarty, que se projetou no grupo Antony and the Johnsons. A partir de então, não houve nenhuma dúvida de que ele faria parte de um dos grandes projetos da artista sérvia: a peça The Life and Death of Marina Abramović (A

Vida e a Morte de Marina Abramović), que estreia no Festival Internacional de Manchester, no dia 30 de junho. Dirigida por Robert Wilson, a biografia da artista conta alguns dos momentos mais marcantes de sua infância e carreira performática. “A peça é uma série de nascimentos e funerais da minha alma”, relata. Ao lado de Antony, está o compositor experimental americano William Basinski, responsável por várias das músicas escolhidas a dedo por Wilson para ilustrar as fases de Marina durante a ópera. “Fiz longas pesquisas sobre as músicas que tocavam nos Balcãs durante a infância de Marina. Queria aprender as canções que fizeram parte dos diferentes períodos de sua vida”, conta Basinski. O compositor e Antony são amigos de longa data. Foi o próprio Basinski quem ajudou a produzir o primeiro demo do cantor, que chegou a se apresentar inúmeras vezes em seu cabaré, Arcádia, em Williamsburg, Virgínia. Além disso, Basinski fez parte da formação original dos Johnsons – atual banda do cantor –, durante alguns anos, até deslanchar em carreira solo em 2002. Entre as composições da ópera estão canções criadas por Antony especificamente para Marina e para o ator Willem Dafoe, um dos grandes nomes internacionais do casting. Dos hits atuais, Marina fez questão de colocar

por

Ana Carolina Ralston

a regravação de Antony para “Snowy Angel”, composta originalmente por Baby Dee. A Vida e a Morte de Marina Abramović é o grande projeto da artista depois de sua individual The Artist Is Present (A Artista Está Presente) que levou filas quilométricas ao MoMA no final de 2010. No início deste ano, Marina esteve no Brasil por poucos dias para sua mostra solo Back to Simplicity (De Volta à Simplicidade), na Luciana Brito Galeria, onde apresentou obras fotográficas criadas recentemente, além de algumas peças de sua retrospectiva. Já Antony não voltou ao país desde seu show em São Paulo durante o último Tim Festival, em 2007. Para quem gosta de um bom coquetel de gênios, a ida a Manchester pode ser uma oportunidade de reunir alguns mestres de vários braços artísticos em uma só voz.

FITNESS

Para cada dinâmica, um gênero musical

Cada vez que a dançarina e professora de pilates Thaís Bandeira chega à unidade da Physio Pilates localizada em Ondina, Salvador, para uma nova aula, vai direto à gaveta dos CDs escolher a trilha sonora. “Fico pensando diante deles como quem está decidindo qual suco vai acompanhar a refeição. A escolha do disco que vai tocar durante a aula segue essa lógica de adequação e combinação”, explica. De acordo com Thaís, o pilates é uma modalidade que possibilita variar muito a dinâmica das aulas. “Junto à integração de movimento, característica fundamental na técnica, o professor pode sugerir um tônus diferente em cada aula. Em todos os casos, a seleção musical faz parte da dinâmica e deve acompanhar essa variação, pois entre instrumental, violão ou percussão há muita coisa pra usufruir com diferentes funções para preencher.” Thaís conta também que leva em consideração o perfil da turma. “Essa é uma variante capaz de modificar tanto a programação de alguns exercícios da aula quanto a trilha sonora, pois às vezes manifesta interesse em uma aula mais leve ou mais puxada. Como a música possui poder terapêutico e é capaz de trazer sensações, a escolha tem que ser consciente. É importante atentar pra que a sonoridade não dispute com a voz do professor, já que na aula nossa fala deve chegar clara e limpa aos alunos.” 16 billboard brasil Junho 2011

DISCOGRAFIA PARA AULAS COM VARIADAS DINÂMICAS “Aulas mais leves justificam a escolha de alguma MPB suave, bossa ou o violão brasileiro de Aderbal Duarte.” 1. Qualquer Coisa • Caetano Veloso 2. João Voz E Violão • João Gilberto 3. Toque Com Bossa • Aderbal Duarte “Aulas mais puxadas sugerem automaticamente uma linha percussiva, empolgante.” 4. Olho De Peixe • Lenine 5. Oiapok Xui • Uakti “Procuro variar as opções de discos sobre uma discografia previamente escolhida. Em geral, tenho como escolha estética referências brasileiras, como o músico independente baiano Lourimbau, mas também encontro opções cheias de clima e sons bonitos na música internacional.” 6. Lunatico • Gothan Projet 7. Moon Safari • Air 8. Entre Dos Águas • Paco de Lucía 9. Toyébi Té • Lokua Kanza 10. A Lo Cubano • Orishas

foto: Geri Lavrov/getty images

Boa discografia é aliada das aulas de pilates, trazendo cadência e bom proveito de ritmo e melodia


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foto: Dave J Hogan/Getty Images

BRUNO MARS, durante performance no evento Radio 1’s Big Weekend 2011, em Carlisle, Inglaterra, em 15 de maio: muita ginga e carisma raro

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Prodígio pop Como Michael Jackson, ele começou na música empurrado pelo pai, aos quatro anos, junto com os irmãos. Mas Bruno Mars só foi fazer sucesso adulto, inicialmente como compositor, e agora, como astro em disco e nos palcos Antonio Camarotti por

O céu ainda estava claro e fazia muito calor quando cheguei ao tradicionalíssimo The Fillmore, no Jack Gleason Theater, em Miami Beach. A casa já teve em seu palco nomes como The Who, Cream, Pink Floyd, The Doors, Aretha Franklin e Caetano Veloso, o que dá a medida do ecletismo da programação ao longo de mais de 60 anos de história. Uma fila enorme dava a volta no quarteirão, prenúncio de que se tratava de um “sold out concert”, algo que já está ficando comum na turnê Hooligans in Wondaland, de Bruno Mars e Janelle Monáe (cantora que no início do ano cativou plateias brasileiras abrindo os shows da Amy Winehouse). Do lado de dentro, um público que fazia questão de mostrar quem ditava a moda ali vestia jaquetas imitando o estilo do novo ídolo. A maioria das músicas foi cantada na íntegra pelos mais de 2,5 mil espectadores. Mas frenesi mesmo só durante os hits que catapultaram o sorridente cantor e compositor havaiano ao topo da parada da Billboard americana, fazendo dele o primeiro artista desde 1998 a alcançar o número 1 dos rankings com os dois primeiros singles (“Grenade” e “Just The Way You Are”) de seu álbum de estreia, Doo-Wops & Hooligans. No palco, Bruno mostra um carisma raro. É um entertainer com qualidade de artista 360 graus: canta, toca, dança e interage com o público com uma naturalidade

, de Miami Beach

que parece que nada daquilo foi feito antes. Mas começou se destacando como compositor: cantou e coescreveu “Billionaire” (com Travie McCoy) e “Nothin On You” (com B.o.B.); e também emplacou como parceiro em “Right Round” (gravado por Flo Rida e Ke$ha) e o tema da Copa de 2010, “Wavin' Flag” (cantado por K’naan) e “Fuck You” (cantado e escrito também por Cee-Lo Green). No dia seguinte ao show, a Billboard Brasil foi o único veículo brasileiro a conversar com Peter Gene Hernandez, em seu quarto no hotel Gasenvoort em Miami Beach. Nascido há 25 anos no Havaí, filho de pai porto-riquenho e mãe filipina, ele começou a cantar e dançar ao vivo aos quatro anos, como parte de um grupo familiar (tem outros cinco irmãos), The Love Notes. E a primeira pergunta da entrevista quem fez foi Bruno: “Posso ir para o Brasil rápido?”. Com “Talkin To The Moon”, de seu disco de estreia, estourada no país a partir da execução na novela Insensato Coração, da TV Globo, não resta dúvida de que, em breve, ele nos visitará. Ao dar uma folheada nas edições recentes da Billboard Brasil, Bruno repara em um anúncio da Adidas com seu parceiro B.o.B., garoto-propaganda da marca e faz um novo pedido, entre risos: “Posso ganhar alguns tênis, por favor?”. Brincando, respondi: “Você pode ligar pro seu amigo”. Confira como foi o restante da conversa.

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fotos: divulgação

Álém da força nos palcos, BRUNO MARS é também um compositor de melodias de sucesso, influenciado pelo doo-wop dos anos 50

Como está indo a turnê nos EUA com a Janelle Monáe? Incrível. Eu acho que a união é perfeita. Nós compartilhamos as mesmas influências, a mesma paixão pela música. E a beleza em Janelle é que não há truques nos shows dela. Ela é uma cantora boa, uma garota linda, uma entertainer incrível. O show dela te faz sentir como em um mundo de fantasia. O meu é mais simples: chegamos e tocamos as nossas canções. Um pouco... Como dizer?... Menos desafiador, menos enfeitado. O contraste entre o que ela faz e o que eu faço é lindo. Ela lhe falou que esteve no Brasil há pouco tempo abrindo para a Amy Winehouse? Sim, ela me falou, fiquei com muita inveja. Foi logo antes do Grammy. E eu falei: “Ah, sua cachorrinha sortuda!”. Você sabe que muitos críticos disseram que ela foi muito melhor que Amy... Sério? Janelle é um monstro! E o que ela disse sobre o Brasil? Eu me lembro de ter ligado para falar sobre a nossa performance no Grammy e a mensagem de voz dela estava em brasileiro [sic]. Eu pensei: “Ok, ela se tornou uma pessoa diferente lá. Ela foi para o Brasil e se abrasileirou”. Falando de um dueto com outra cantora: você acabou de fazer um com a Beyoncé, para o novo disco do Jay-Z e do Kanye West? Sim, mas eu não sei o que vai acontecer com isso. Eu cantei algo, eles têm os meus vocais. Mas você conhece o Kanye, ele coloca os vocais de todo mundo nas faixas. Então você nunca sabe, não gostaria de dizer “eu estarei na música”, e depois eu não estar. Você adora cantar em falsete. Toma algum cuidado especial com a voz ou isso é uma coisa natural? Às vezes é fácil, às vezes não, depende do quão estressante a minha semana foi. A minha voz tem que estar em boa forma para eu fazer um bom falsete. Na noite passada, eu estava muito bem com isso. O falsete vem de ouvir muito Prince, Earth, Wind and Fire e coisas assim. São minhas referências em falsete, chegam a tons muito altos. Como chegar lá de um jeito “de homem”– esses caras sabiam 20 billboard brasil Junho 2011

como fazer isso bem. Eddie Holman [cantor americano de R&B e gospel], que canta “Hey There Lonely Girl”, também é incrível nisso. Conte um pouco sobre a infância que você viveu no Havaí: sua mãe era cantora e dançarina de hula-hula, é verdade? Sim [risos]. Você sabe dançar hula também? Não sei nada, gostaria. Vi como é feito, mas nunca consegui pegar. Meu amigo que estava ali ao lado trabalhava na Disneyworld no show de hula-hula. Mas eu nunca consegui. Mas você fez bons movimentos na noite de ontem. Eu pensei: esse cara sabe dançar... Obrigado. É como eu me sinto quando estou lá em cima. Nascido e criado no Havaí, lugar de surfistas... Você surfa? Um pouco. Eu consigo ficar em pé por um segundo. Mas faço música desde os quatro anos, tinha um trabalho de tempo integral, cinco noites por semana. Depois da escola eu tinha que ir para casa tirar uma soneca e me aprontar para o trabalho – dos quatro aos 18 anos foi assim. Então eu nunca fui o cara mais atlético do mundo. Mas, sendo do Havaí, você tem que saber nadar, tem que saber ficar em pé na prancha, essas coisas. Eu fiz isso um pouco. Mas deixo para os surfistas de verdade. Como era a participação do seu pai no grupo infantil que vocês tinham, The Love Notes? Ele lhe ensinou a tocar violão? Tudo. Meu pai me colocou na música e me ensinou a velha maneira de ser um showman. Meu pai era um grande fã de James Brown, Elvis Presley, Little Richard, Chuck Berry, Beach Boys, doo-wop, música dos anos 50. Sempre me mostrava vídeos e eu sempre queria aprender, assistindo à aqueles caras comandarem o público... Não havia truques naquela época. Eles não tinham o luxo que temos, a tecnologia, as luzes. Eram só os caras que chegavam crus, as músicas eram tão incríveis e poderosas. E tudo se valorizava com as performances ao vivo! Até o apelo sexual deles, como eles faziam as mulheres pirarem, essas coisas... Eu tentei aprender com o pessoal old school.


“O que você gostaria de dizer para uma garota que te deixou por um cara com mais dinheiro? Você não quer dizer ‘forget you’, você quer dizer ‘fuck you’”, sobre a parceria com Cee-Lo Green, “Fuck You”

Mas, quando se lembra, fica feliz de não ter se tornado uma criança superstar, como... [Interrompe] Absolutamente. Aprendi tanto nos últimos quatro anos! Antes de ter sucesso... Definitivamente sinto que eu não estaria pronto.. Isso é muito sério, é intenso. É como se fosse: “Ok, aqui está uma nova vida”. Qual é a influência dos ritmos latinos na sua música? Seu pai é porto-riquenho... Meu pai tocava percussão, tocou em várias bandas. Ele me mostrou todos os tipos de batidas: brasileira, africana, salsa... Eu acho que esse é o meu relógio eterno, o ritmo. Toda vez que faço uma música, a coisa mais importante é fazer as pessoas se mexerem. Até nas baladas: “Grenade”, “Nothin On You”... Eu acredito que isso vem muito da influência latina que eu tive. Você não é humano se ouvir música brasileira e não dançar. Se você ouvir alguns grooves latinos e não sentir, você é um robô. Você tem alguma influência brasileira, conhece a música do país? Eu já fiz um pouco de capoeira. Foi a relação mais próxima que eu tive, com berimbau e tal.... Você toca? Sim, sim. E sabe jogar capoeira? Eu sabia. Quando tinha 14, 15 anos, aprendi um pouco. Também sabemos que você é um grande fã de Bob Marley e que já tocou com o filho dele, Damian. Vocês dois falaram sobre o pai dele? Damian é um ser humano incrível. Você consegue sentir a sua presença quando está na sala, é um grande espírito. A primeira coisa que ele disse para mim quando nos conhecemos foi: “Venha para a Jamaica, venha para o estúdio do meu pai e vamos gravar algumas músicas. Nós temos todas as coisas originais que ele usou nos discos dele, você tem que vir para o estúdio”. Eu liguei para ele para fazer parte do meu disco, e ele topou. Puxa, um cara como ele topar o convite de um desconhecido como eu!!

foto: Catherine McGann/Getty Images

(“Forget You”, na versão família)

Aos quatro anos, encenando Elvis Presley www.billboard.br.com 21


fotos: divulgação

Hitmaker versátil Bruno Mars sabe fazer hits em qualquer posição. no papel de compositor, convidado ou estrela principal: Por trás • “Fuck You!” – Foi com a voz de Cee-Lo Green que a música ficou famosa, mas Bruno é o pai do “fuck” na letra (que depois virou “forget”). • “Right Round” – Primeiro grande sucesso com seu nome, a faixa (2007) é um poperô de Flo Rida que não combina com os hits seguintes de Bruno. • “Wavin’ Flag” – Bruno esteve no time que compôs o hino promocional da Coca-Cola para a Copa de 2010 cantado por K’naan (com o Skank na versão brasileira). De lado • “Nothin’ On You” – O refrão apaixonadinho foi a estreia da voz de Bruno Mars, em parceria com o rapper B.o.B., no topo das paradas. • “Billionaire” – Foi o primeiro single de Travie McCoy, junto com Bruno. Ganhou até uma versão em português cantada por Claudia Leitte, “Famo$a”. • “Liquor Store Blues” – A faixa foi o primeiro single promocional do CD solo de Bruno, mas está na lista dos duetos – com Damian Marley, filho do homem. De frente • “Just The Way You Are” – A resposta esperta à clássica pegadinha feminina “estou bonita?” finalmente levou Bruno sozinho ao primeiro lugar do Hot 100. • “Grenade” – O segundo single, tão romântico quanto o primeiro, rendeu outro número 1 e um efeito indesejado: fãs jogam granadas de plástico nele nos shows. • “The Lazy Song” – O single mais recente troca as juras de amor por um Bruno mais engraçadinho, mas também chegou entre as primeiras do Hot 100.

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Influência latina: “Você não é humano se ouvir música brasileira e não dançar”

De onde vem essas melodias bonitas que você cria? Eu acho que... Bem, eu não sou o cara mais poético... O doo-wop tem um papel nisso? Absolutamente. Era uma época [anos 50] mais simples na música. Se você me pedisse para compor uma música para a minha namorada para fazê-la se sentir especial, se sentir bonita, seria como “Just The Way You Are”. As letras que escrevo são como eu falo, são quem eu sou. Espero que as pessoas possam ouvir e sentir isso genuinamente. Então, se for romântico demais, é porque eu sou assim [risos]. Se for pouco ortodoxo o disco, é porque eu sou assim. A minha personalidade aparece nas músicas quando eu escrevo. Então, “The Lazy Song” mostra um cara diferente, mais engraçado. É uma mudança de caminho? Não é isso. “Just The Way You Are” e “Grenade” eram como eu me sentia em um dia e “The Lazy Song” era como eu me sentia no outro dia. Então eu peguei meu violão e escrevi sobre isso. Também a canção que fiz com o Cee-Lo, é como nos sentíamos naquele dia. Falando sobre o Cee-Lo Green e a parceria de vocês, “Fuck You”. As pessoas dizem que você foi o responsável por incluir a “palavra com f” na música. É verdade? Ele chegou ao estúdio e eu estava nervoso para mostrar a música para ele, por que achei que ele ia pensar que era uma piada. Então eu disse: “Cee-Lo, olha o que eu tenho aqui... ‘I see you drivin´ round town with the girl I love/ Fuck You...[Vejo você dirigindo pela cidade com a garota que eu amo/ Vai se f...]’”. E perguntei pra ele o que achava. Ele disse: “Amei isso, vamos continuar”. E aí ele entrou num transe e começou a ter ótimas ideias. E falou: “Bruno, eu realmente queria dizer ‘fuck you too’, eu não quero só mandar o cara se foder, eu quero dizer para ela ‘fuck you’”. Então ele mandou “fuck you and fuck her too” [algo como “f...-se você e ela também”]. E também “If I was richer, I´d still be with her, ain´t that some shit?” [“Se eu fosse mais rico, ainda estaria com ele/ isso não é uma m...?”]. Então eu posso ser o cara que começou, mas foi definitivamente uma colaboração. Essa música não teria sido assim se ele não tivesse chegado criando esses versos

geniais. E não acho que há outra pessoa no mundo que possa cantar essa canção melhor. E vocês pensaram algo sobre o que a gravadora ia achar? Não, essa é a beleza do Cee-Lo, ele não dá a mínima. Claro que não era para a rádio, não era para a TV, era uma coisa tipo “isso soa bem, isso soa real, o que você gostaria de dizer para uma garota que te deixou por um cara com mais dinheiro?”. Você não quer dizer “forget you”, você quer dizer “fuck you”. E quando o “Fuck You” se tornou “Forget You”? Foi quando a gravadora chegou e a política entrou. Você sabe, eles adoraram a canção, mas não iam conseguir tocar no rádio. Então, para mim, para o Cee-Lo, para todo mundo que estava envolvido, sabendo que aquela palavra mudava tudo, foi muito difícil de engolir. Mas aquilo era preciso para ter o sucesso comercial que a música teve. Porque trocamos aquela palavra tivemos a oportunidade de ir para o Glee, para o Grammy, para todos os lugares... [Na piscina lotada, logo abaixo da varanda do segundo andar onde estamos, começa a tocar bem alto “Just The Way You Are”, e Bruno irrompe: “Mí musica!”]. E aí? Alguma pista sobre o seu segundo álbum? Vai ser melhor. Vai ser melhor que o primeiro. Eu sinto que aprendi tanto na turnê, sinto que tenho tempo de realmente criar um disco, criar um som. Esse primeiro disco, mesmo que tenha muito orgulho dele, eu escrevi canção por canção. No meu próximo disco eu vou me focar em fazer um pacote completo. Quando você ouvir vai querer ouvir da primeira à última. Para terminar: tem algum plano ou interesse especial para quando for ao Brasil? Conhecer a paisagem. Não importa qual a cidade. Vindo do Havaí, qualquer lugar que tenha uma praia, qualquer lugar que tenha sol. Você consegue ver o sorriso quando eu falo Rio? Acho que eu vou me apaixonar no Brasil e nunca vou voltar para cá. [Levanta-se, vira-se pra piscina e faz um dueto com a própria gravação, àquela altura já nos acordes finais... “Cause you are amazing, just the way you are”, manda, de braços abertos. Depois, vira-se, me dá um abraço, agradece a entrevista e, com o gravador desligado, pede pela última vez: “Please take me to Brazil!”.]


Apresentação:

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Aos 48 anos, Paula Toller retoma a estrada com o Kid Abelha para celebrar, em clima de “festa de arromba”, os 30 anos de frescor pop do grupo Paula brinca que, se o Kid surgisse hoje, seria chamado de “pop universitário”

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por

Henrique Crespo


“Nos últimos tempos tive momentos barra-pesada: perdi irmão, pai, fiquei com diabetes, e ainda estou sofrendo as sequelas físicas e emocionais disso. Mas tenho uma vida ótima, um marido maravilhoso, um filho amoroso, uma carreira de sucesso” O recesso de pouco mais de três anos não deixou só os velhos fãs na fissura. Prova disso é que o DVD Acústico MTV, lançado em 2002, mais de um milhão de cópias comercializadas, seguiu vendendo como se a banda nunca tivesse saído da estrada – só em 2011, foram cerca de 30 mil cópias. No novo espetáculo, que estreou em Curitiba, em 14 de abril, novas e antigas gerações reencontraram a banda e conheceram duas músicas inéditas, “Veio Do Tempo” e “Glitter De Principiante” (também título da nova turnê). Com três décadas de carreira, reconhecido pela incessante produção de hits, o Kid deixou na poeira as patrulhas roqueiras dos anos 80. “Se fosse hoje, chamariam de pop universitário [risos]”, ironiza Paula Toller, 48 anos incríveis, aparentando uns 15 a menos. Mas preferindo conversar por e-mail, bem ao estilo de uma possível madrinha, Rita Lee. O nome da turnê, Glitter De Principiante, remete a celebração e a fôlego renovado. A ideia era essa mesma? Esta turnê é para celebrar, sim, mas não pelo simples prazer, e sim por uma vontade de reavaliar a nossa história, a história da nossa época, chamada de “década perdida” por causa da crise econômica [em termos cronológicos, refere-se aos anos 80, embora a recessão tenha avançado até o princípio dos 90]. Nessa década perdida foi que nossa geração se encontrou. E, claro, também reavaliar o papel do Kid nisso tudo, uma banda com uma mulher na liderança quando às mulheres era reservado apenas o papel de musa. É como se, após uma grande empreitada, pudéssemos parar um pouco, respirar, e perceber que fizemos um bom trabalho. Por isso temos o direito de comemorar, estendendo essa comemoração a todo mundo, não só aos artistas, mas a todas as pessoas que também viveram essa fase de transição do Brasil autoritário e recessivo para este de agora, cheio de problemas, claro, mas democrático e em ascensão econômica. O que motivou a volta do Kid Abelha? A inspiração foi a frase do Vinicius de Moraes: “É melhor ser alegre que ser triste”, de “Samba Da Bênção” [parceria com Baden Powell]. A canção “Glitter De Principiante” começa com uma citação de “Águas De Março” (“Agora que acabou fevereiro e outras águas virão”) e chega ao refrão com “não vou levar a vida carregada de tristeza”. Queríamos fazer um show com todas as músicas mais pedidas, mas não igual ao Acústico. Naquela época a proposta era realçar a delicadeza das canções, as melodias, a voz. Agora está mais para o lado da eletricidade, dos solos de guitarra, da festa de arromba.

Além de “Glitter De Principiante” e “Veio Do Tempo” – que estão no repertório do show – já existem outras canções inéditas prontas? Não estamos compondo, isso vai ficar mais para a frente. Por enquanto tenho feito músicas soltas, com parceiros “off-George”. Como foi decidido o repertório do novo show? Tudo que tocava na minha academia eu fui colocando no roteiro. Músicas que não tocávamos fazia tempo, como “Seu Espião”, “Garotos”... Eu ficava lá, malhando...e ia correndo pro vestiário anotar. Então acabou ficando um repertório mais acelerado. Mas eu não tenho nenhuma influência do DJ da academia, foi uma maneira de perceber as músicas que as pessoas gostavam de ouvir e a gente não lembrava, não valorizava. Você canta “Não vou levar a vida carregada de tristeza” (“Glitter De Principiante”). Esse verso parece uma tomada de decisão depois de ter ficado triste. A canção foi uma reação a um momento difícil? A tristeza sempre vem, é isso que aprendi. Aliás, é isso que se aprende, né? Não dá pra ficar parada esperando por ela, chamando por ela. Eu digo que não quero mais fazer músicas tristes. Não sei se não vou mais fazer, mas querer, não quero! Fui uma adolescente triste, achava charmoso, achava existencialista. Mas eu era uma garota de Copacabana que adorava praia e odiava chuva, andava de bicicleta, adorava rock e Carnaval... Aos cinco anos, me perdi num baile infantil e fui encontrada no palco, dançando no meio da banda! Nos últimos tempos tive momentos barra-pesada, perdi irmão, pai, fiquei com diabetes, e ainda estou sofrendo as sequelas físicas e emocionais disso. Mas tenho uma vida ótima, um marido maravilhoso, um filho amoroso, uma carreira de sucesso. A maternidade e a maturidade me deram muita força vital. No show, antes de cantar o sucesso “Dizer Não É Dizer Sim”, você conta que seu analista chamou a atenção para o fato de que suas músicas tinham sempre uma negação (“Por Que Não Eu”, “Hoje Eu Não Vou”...). O Kid Abelha teve que dizer muito não na carreira? Nós tivemos muita sorte, porque fizemos sucesso rápido, com as nossas próprias músicas e nosso próprio estilo. Então os sins, as coisas que efetivamente nos propusemos e realizamos, são o mais importante. Lógico que você tem que dizer nãos, porque às vezes tentam te colocar numa moldura. Nessa hora você tem que saber para que lado aquela decisão vai te levar, tem que manter alguns fundamentos: não vender show para políticos, não modificar as músicas nem as letras para se adequar a essa ou àquela rádio, ou mesmo aos comerciais. São negativas que se encaixam bem na ideia de “Dizer Não É Dizer Sim”. Alguma música já foi inspirada em sua experiência com as sessões de análise? As minhas ideias vêm da vida mesmo, das angústias, das ilusões... A análise ajuda a viver melhor, mas as músicas saem de uma fonte mais profunda. O show vai virar um CD/DVD? Quando vão gravar? Alguma previsão de lançamento? Existe uma expectativa por parte do público, a partir dessa estreia, de que o show seja registrado ao vivo. Se isso se confirmar, não vamos refugar. Talvez a gente consiga gravar em julho ou agosto para lançar no fim do ano.

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fotoS: christian gaul/Divulgação

Kid Abelha se aproxima dos 30 anos de carreira

Você chegou a dizer que um dos motivos que tem a falar mais abertamente disso, como na nova música para comemorar é que o Brasil está melhor. Como “Veio Do Tempo”, que fala “eu continuo fervendo”? vê o país atualmente? Feliz com o novo governo? “Eu continuo fervendo” quer dizer mais do que apenas Este Brasil de que eu falo não é o do governo brasileiro, é o do vontade de fazer sexo, embora não exclua a vontade de fazer brasileiro pessoa física, a nossa sociedade real, palpável. Nunca sexo. É vontade de fazer tudo. Isso de escrever sobre sexo faz parte tive nem quero ter ligação partidária. Eu penso a política do ponto de de escrever sobre tudo. Agora, o personagem que apresenta essas vista de mulher, mãe, dona de casa e artista, penso como uma pessoa canções tem que ser provocante, não pode ser tedioso. Sempre independente. Gostei da postura discreta da nova presidente em relação que eu achar uma nova maneira de falar sobre sexo, vou falar. ao cargo, achei importante a ênfase na educação e nos direitos humanos, Com o marco de 30 anos de carreira, vocês fizeram um balanço nos direitos das mulheres. Quero mais empenho, interno? Algo na carreira discográfica de todos os três poderes, é no combate à corrupção. incomoda? O que mais a orgulha? Por outro lado, também estamos vivendo um excesso Fizemos muita coisa boa, às vezes mexendo no de proibições, paternalismo de estado, patrulhamento conceito, às vezes no processo. Nos isolamos para gravar de opinião... Eu vim de uma ditadura, de repressão, temo Seu Espião [1984] e Meu Mundo [...Gira em Torno de qualquer coisa levemente semelhante a isso. Você, 1996], montamos uma comunidade de criação para A turnê Glitter de Foi noticiado que vocês tiveram problemas compor o Autolove [1998], e esses foram álbuns muito bons. Principiante segue com o cenário do show pouco antes da estreia. Cometemos erros também. Temos um disco ao vivo dos anos pelo Brasil. Que problemas foram esses? 80 [1986] que não é bom, mas serviu para aprendermos a tocar Levamos um calote do designer que chamamos para produzir direito, gravamos o Pega Vida [2005] inédito ao vivo, que não JUNHO/2011 as imagens dos painéis de LED; ele sumiu e não apresentou o vingou; enfim, algumas coisas resultaram bem, outras não, 11/06 • Porto Alegre (RS) trabalho. Refizemos tudo da estaca zero dois dias antes da estreia. mas em todas nós mergulhamos por inteiro, então valeu. Teatro do Sesi A sorte foi que o pessoal do OEstudio topou a loucura, botou Orgulho mesmo eu tenho de ouvir nossas músicas tocarem JULHO/2011 a mão na massa e tivemos um belíssimo show em Curitiba. ao lado das de Jorge Benjor, Tim Maia, Rita Lee... fico boba. 15/07 • Campinas (SP) Vocês estão tocando vários sucessos antigos Nos anos 80 chegou a existir certo preconceito Campinas Hall no novo show. Lá atrás, as canções do Kid tinham com o pop. O Kid sofreu com isso, certo? Depois, 16/07 • Sorocaba (SP) um tom adolescente. Como vê essas músicas esse panorama mudou e a vertente pop da banda Clube de Campo do Recreativo hoje e como é cantá-las agora? foi valorizada. Quem mudou: a banda ou a crítica? 22/07 • São João Del Rei (MG) As que são universais podem ser cantadas sempre. O que a banda sente hoje com relação a isso? Praça Pública “Grand’ Hotel”, “Como Eu Quero”... Algumas de humor, como Pelo lado do público, fomos muito bem-sucedidos desde o 23/07 • Belo Horizonte (MG) “Alice” ou “Seu Espião’, canto com o espírito das marchinhas início, então tivemos cacife para bancar a nossa postura, jovem, Chevrolet Hall de Carnaval. Outras meio posudas, tipo “A Fórmula Do pop, mas inteligente e bem escrita, não desmiolada. Se você 30/07 • Vitória (ES) Amor”, saíram do repertório porque a gente não está mais olhar pelo lado da imprensa, sim, sofremos, e injustamente, Ginásio Álvares Cabral acreditando. Acreditando, posso cantar qualquer coisa. por puro preconceito ou apenas porque era diferente da AGOSTO/2011 Há tempos você lida com a imagem de símbolo sexual, postura “meninos rebeldes”, era popular e brasileiro, apesar 20/08 • Brasília (DF) mas pouco explorou isso. No entanto o tema sexo de inspirado na new wave de design anglo-americano. Centro de Convenções passou a aparecer mais nas suas letras. O que a levou Se fosse hoje, chamariam de pop universitário [risos]. 26 billboard brasil Junho 2011


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foto: Sandy Caspers/Getty Images

Há 15 anos, Josh Homme rasgou as regras do rock pesado e criou o “trance rock‘n’roll para garotas dançarem” do Queens of the Stone Age. Agora, o relançamento do álbum de estreia da banda está dando forma ao próximo disco: “Os robôs estão de volta” por Rodrigo Ortega

JOSH HOMME na Alemanha, um dos shows em que tocou o disco de estreia na íntegra

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“Cumprimos nosso objetivo. Nós fomos ao Brasil para causar sensação. E a sensação foi criada pelo pau do Nick Oliveri”, sobre a primeira Uma namorada psicótica, dois discos de Iggy Pop e uma overdose de desenhos animados dos anos 50. Para um garoto californiano de 23 anos em meados da década de 90, parecem pedaços de uma vida sem rumo, típica da “slacker generation” (“geração preguiçosa”), um dos – preguiçosos – rótulos dados à juventude da época. Mas quebrar regras é especialidade do guitarrista, vocalista e workaholic Josh Homme, que juntou referências desconexas para criar, em 1998, um álbum com o mesmo nome da banda formada dois anos antes: Queens of the Stone Age. Quinze anos depois de parir o Queens, Josh recupera o direito de colocar o disco de estreia no mercado. No embalo, faz shows com o antigo repertório. O mergulho no passado ajudou a inspirar as músicas já compostas para o sexto disco da banda, a ser gravado neste ano. “Nosso primeiro disco estava simplesmente fora de catálogo. Nos dias de hoje, isso é ridículo", reclama Josh Homme, ao telefone com a Billboard Brasil. O relançamento, com edição brasileira pelo selo Lab 344, teve participação de Stone Gossard, guitarrista do Pearl Jam. Mas a ajuda não foi com a guitarra. Gossard era dono do pequeno selo Loosegroove, que lançou originalmente o álbum em 1998. Após o fim de outros contratos que impediam Josh de colocar seu próprio disco no mercado, a liberação estava na mão de Gossard.

foto: divulgaçÃO

vez no Brasil, em 2001, para o Rock in Rio III

O líder do Queens: “Coloquei tudo o que tinha no primeiro disco”

"Como ele não é executivo, e sim músico, liberou na hora. Conheçoos há anos, são ótimos caras e uma ótima banda", diz Josh sobre o Pearl Jam. Não é por acaso que o Queens of the Stone Age só deve sair do estúdio no segundo semestre para tocar no festival que vai comemorar 20 anos de Pearl Jam, em setembro. Toda essa história chegou muito perto de não acontecer. Depois do fim da sua primeira banda em 1995, a até hoje cultuada Kyuss (veja boxe), que rendeu muitos fãs e nenhuma expectativa profissional, Josh Homme tomou uma decisão: desistir da música e estudar Negócios Internacionais com ênfase no Mercado de Artes. A obsessão por dois discos gravados em 1977 o levou inicialmente a uma frustrante conclusão em relação à música: “Por que eu preciso dizer algo se isso que ouço já é exatamente o que eu quero dizer?”. Os discos eram The Idiot e Lust For Life, de Iggy Pop. Por coincidência, The Idiot marcou outro momento de crise de um personagem do rock. O vinil estava na vitrola de Ian Curtis, líder do Joy Division, quando ele se matou em 1980 (veja matéria sobre o grupo inglês na página 40). Mas, para Josh Homme, acabou tendo o efeito contrário: “Estes dois discos me tiraram do precipício em que eu estava. No início fiquei paralisado, mas depois comecei a perceber que aquilo era forte, mas não havia www.billboard.br.com 29


foto: divulgaçÃO

“Há um lapso misterioso entre o Queens of the Stone Age e o Brasil que precisa ser coberto. Acho que deveríamos tocar em várias cidades, não apenas em São Paulo e no Rio. Queremos começar a turnê do próximo disco em países como o Brasil”

sido dito por mim. Essa foi a parte importante. Fazer o seu próprio discurso artístico não é reinventar a roda, é criar a sua própria roda”. Com essa certeza, em 1996, ele resolveu criar o Queens of the Stone Age (o nome inicial, Gamma Ray, foi contestado pela banda homônima alemã). Hoje, Josh é um dos nomes mais influentes do rock atual, cheio de projetos paralelos (ver boxe) e reconhecido como um autêntico guitar-hero para figuras como Dave Grohl, dos Foo Fighters e Alex Turner, dos Arctic Monkeys. Mas, no início, era só mais um das centenas de músicos que se mudaram para Seattle depois do furacão grunge. Ele chegou a tocar com os Screaming Trees, mas não queria viver de ideias que não fossem dele.

Cartoon e psicose

"Fiz meu primeiro dinheiro na vida lançando um EP pela Man's Ruin Records [Kyuss/Queens Of The Stone Age, de 1997]: US$ 40 mil. Gastei US$ 39,8 mil no primeiro LP do Queens, tinha 200 dólares quando acabamos. Nunca gerenciei muito bem meu dinheiro..."Josh brinca, mas conclui sério: "Coloquei tudo o que eu tinha nesse disco". Desde o início, estava claro que o Queens of the Stone Age era ele. "Alfredo [Henández, ex-baterista do grupo] e eu estávamos tocando com outras pessoas, quatro ou cinco, mas não estava funcionando bem. Dois dias antes de começar a gravar no deserto [já de volta a Palm Springs, California, sua terra natal], demiti os outros caras e só Alfredo e eu fomos", conta. Mais do que dinheiro ou uma formação convencional, Josh procurava criações novas. "Eu estava vivendo em uma casa em que não pegava TV, mas tinha vários desenhos animados da Warner Brothers. Estava vendo um 30 billboard brasil Junho 2011

sobre a casa do futuro, na perspectiva dos anos 50. Nas casas do amanhã, robôs saíam das paredes e limpavam a casa para você. Mas eles não acreditavam que os robôs iam quebrar e fazer coisas erradas repetidamente. Assistir a isso muitas vezes e ouvir Raymond Scott e outros músicos que escreveram coisas para esses desenhos velhos de propaganda me influenciou bastante", conta. “Estava ouvindo muito James Brown também. Tem uma grande dose de repetição nele. É tudo sobre cada pessoa fazer algo simples e a união da performance de cada pessoa cria uma matemática repetitiva. Assim começou a aparecer na cabeça de Josh o que ele chama de “robot rock” (ele rejeita o rótulo “stoner”, frequentemente atribuído ao Queens, referindo-se mais ao uso de drogas do que à música). “Pensei: ‘Aqui está algo que eu não ouvi antes, que era ‘trance rock’n’roll’ para garotas dançarem’.” O repertório de 1998 ainda o agrada. “Adoro ‘Walkin’ On The Sidewalks’. É um bom exemplo de como me sentia, de como a música funciona quando é repetitiva, robótica e alcança um transe. E é também muito simples." Outra preferida do guitarrista é “You Can´t Quit Me, Baby”, o auge de outra

Da esquerda: JOHN GARCIA, BRANT BJORK, NICK OLIVERI e BRUNO FEVERY

O Kyuss vive! Em 2010, os integrantes originais da primeira banda de Josh Homme, exceto o próprio, decidiram se reunir sob o nome de Kyuss Lives! A banda tem show marcado para o próximo dia 13 de novembro em São Paulo. O ex-guitarrista não integra, mas apoia o projeto: “Eu não vi o show ainda, mas já falei com John [Garcia, vocalista] e Nick [Oliveri, baixista], sempre amei esses caras. Eu apoio qualquer coisa que John e Nick façam, são dois sujeitos talentosos. Desejo tudo de bom para eles”, diz, afastando os eternos boatos de brigas com Oliveri. O Kyuss foi formado em 1988 ( já se chamou Katzenjammer e Sons of Kyuss) e virou uma lenda na Califórnia, por shows improvisados no meio do deserto, com energia à base de geradores. Os quatro discos de estúdio, especialmente Blues ForThe Red Sun, de 1992, são bastante cultuados. A banda terminou em 1995, mas, no ano passado, ressurgiu como Kyuss Lives!. “Tocar com o Kyuss hoje não é para mim. Mas tenho orgulho de ter sido parte de algo que durou tanto. Os fãs de Kyuss são incríveis. Eles são a razão pela qual os músicos puderam fazer essa turnê. Nunca fizemos nem uma camiseta, nada. E os fãs mantiveram tudo vivo”, espanta-se.


curtindo heavy metal ou coisas do tipo. Minha música é pesada por acidente", afirma.

Sensação no Rock In Rio

Os promotores do Rock in Rio discordam do parágrafo acima. “Eu falei para o promotor: ‘Nós estamos na noite metal, mas nós não somos heavy metal’. E ele disse: ‘Se quiserem tocar no Rock in Rio, vocês são’.”, lembra Josh sobre as negociações para tocar no festival em 2001. O americano cedeu. “Era uma oportunidade de chegar ao Brasil. Para ir até aí, tocaríamos na noite de death metal se tivesse uma. Porque no Queens of the Stone Age nós não nos importamos se também não gostarem da gente”, diz. O público de Sepultura e Iron Maiden não foi mesmo receptivo à banda de Josh, conhecido por aqui na época apenas pela leve repercussão do segundo disco Rated R, de 2000, do hino chapado “Feel Good Hit Of The

Summer”. “Eu estava curtindo, mas nunca vi tantas pessoas não curtindo a gente de uma vez só”, conta. Apesar dos dedos do meio de metaleiros em riste, a grande imagem do show é do baixista Nick Oliveri no palco, vestido apenas com seu contrabaixo. Nick foi detido logo que desceu do palco, depois liberado. Mesmo assim, Josh teve medo: “Eu estava assustado porque a polícia estava ameaçando com cassetetes os fotógrafos que tentavam registrar. Pensei: ‘Aqui estou em um lugar onde não tenho nenhum controle sobre o que pode acontecer. Não existe piedade’”, lembra. No fim das contas, o episódio serviu aos objetivos da primeira visita: “O que aconteceu é que Nick se transformou numa sensação instantânea. Todo mundo se lembra do pau dele. Realizamos o que fomos para fazer. Nós fomos ao Brasil para causar sensação. E a sensação foi criada pelo pau do Nick Oliveri”, comemora Josh.

A segunda visita do Queens ao Brasil, já sem Nick Oliveri, foi mais tranquila. Com outros três discos na bagagem (Songs For The Deaf, de 2002, Lullabies To Paralyze, de 2005 e Era Vulgaris, de 2007) e mais conhecidos no país por hits como “No One Knows”, “Go With The Flow” e “Little Sister”, eles fizeram uma elogiada apresentação no festival SWU do ano passado. “Lembro que estava muito frio. Mas foi interessante viajar tão longe para o meio do nada. Foi um sentimento muito ‘tribal’ tocar lá”, define Josh. “Realmente queria voltar ao país. Há um lapso misterioso entre o Queens of the Stone Age e o Brasil que precisa ser coberto. Acho que deveríamos tocar em várias cidades do Brasil. Não apenas em São Paulo e no Rio. Queremos começar a turnê do próximo disco em lugares onde normalmente não vamos. Brasil e América do Sul é o que temos falado”, garante. foto: foto arena/gettyimages

inspiração do trabalho. "Fiz pensando em uma namorada particularmente psicótica que tive na época. Ela invadia a minha casa e se cortava. Achei que nas músicas não fazia sentido a posição de perseguido, então tomei a posição dela muitas vezes no disco. Também já estive louco de amor antes – não por ela [risos] –, tive essa experiência de quando você quase implora para ser aceito de volta. A cada vez que você implora, mais fica longe do seu objetivo", diz, revelando um aspecto humano na repetição matemática de riffs. Mas o objetivo principal de Josh era mudar as regras de sua banda anterior: "Percebi que no Kyuss a gente tocava só para os homens. Eu nunca desejei tocar só para os garotos. Eu sempre quis tocar para as garotas e aí os caras apareceriam". Josh não estava cansado só de fazer heavy metal para meninos baterem cabeça: estava cansado do metal em si. "Eu acho que o elemento chave para mim é que eu não estava

JOSH HOMME no "clima tribal" do SWU em 2010 www.billboard.br.com 31


Se tudo der certo, o Brasil vai conhecer em primeira mão as novas músicas influenciadas pelo primeiro LP. “Não tínhamos ideia de que tocar os shows com repertório do primeiro disco provocaria na gente e na música que começaríamos a fazer. Está tendo realmente um impacto nas novas composições. Porque há algo de certo e confortante em ‘menos’. Naquelas músicas há muita coisa deixada de lado e muita coisa simples, direta. E isso está dando forma ao novo disco”, adianta o compositor. Em um artigo recente para o jornal inglês Guardian, ele resumiu: “Os robôs estão de volta”. “É difícil dizer com mais precisão: elas são ‘bluesy’, têm o mesmo lamento repugnante de coisas como ‘Burn The Witch’ [de Lullabies To Paralyze], mas misturada com o tipo de ‘transe-robótico-jamesbrownesco’ do primeiro. Está soando bem, só um pouco difícil de colocar uma batida”, acrescenta. Sobre convidados especiais, uma constante nos discos do Queens, ele diz que “está havendo todo o tipo de conversa, mas não gosta de comentar antes que a pessoa tenha realmente participado”. Ele promete que o disco fica pronto antes do fim do ano. O trabalho com o grupo principal deve manter Josh afastado de seus outros projetos musicais em 2011. “Eu sempre fui um workaholic, só não tenho tido tanto tempo. Eu definitivamente queria fazer as Desert Sessions para sempre. Também tenho o

Eagles of Death Metal e os Vultures, muita coisa acontecendo”. Mas há outro compromisso marcado para agosto, este inadiável: “Vou ser pai, pela segunda vez”, conta. Josh acaba de participar de outro grande lançamento recente: Suck It And See, dos Arctic Monkeys. Produtor do disco anterior dos ingleses, dessa vez a participação foi menor, apenas com os vocais em “All My Own Stunts”. “Ouvi algumas coisas no estúdio antes de terminado e realmente amei. Eles são tão talentosos... Eu acho que o Alex é o melhor letrista contemporâneo. É pura poesia saindo da cabeça daquele cara. E Matt Helders é um dos melhores bateristas de rock atuais. E tem uma boa voz também”, elogia . Se os reizinhos do rock inglês são protegidos de Josh, os atuais mandachuvas dos EUA, Foo Fighters, também renovaram o som desde que Dave Grohl começou a andar com o líder

do Queens. Há muita empatia entre os dois músicos. Josh comenta a declaração de Dave à Billboard sobre o rock ter que ser “imperfeito” e “meio bêbado”: “Eu acho que a beleza na música está mesmo na imperfeição. Está em ousar e assumir riscos. A perfeição é uma coisa a ser buscada, mas não soa bem quando você a alcança. Como na música completamente programada, a razão pela qual é fraca para mim é porque é muito linear. O universo existe só por causa de erros. Imperfeição é humanidade e é a coisa mais bonita da nossa música”, filosofa. A lição pode servir para um disco cheio de hits do Foo Fighters ou para um álbum sem nenhum hit, que há pouco tempo nem estava em catálogo, tecnicamente imperfeito – inclusive nos vocais do “não-vocalista” Josh, que não se importou em se arriscar ao microfone –, mas que mudou a história do músico e a do rock atual. “Sei de uma coisa: sempre quis fazer uma música que você pudesse reconhecer em três segundos. Sempre foi o meu objetivo. Eu não preciso estar na maior banda do mundo, eu quero estar na melhor banda do mundo. Se as pessoas pensam ou não que você está na melhor banda é com elas, mas eu quero tentar o meu máximo, ser o melhor que posso. Às vezes você falha, às vezes você alcança, mas nada disso me incomoda. Não me importo em ganhar ou perder, só me importo em sentir, do fundo do meu coração, que eu me arrisquei”, conclui.

Homme multitarefas

Josh compete com Jack White no quesito “rockstar que está em mais bandas ao mesmo tempo”. Além do Queens, ele toca no...

- Them Crooked Vultures A superbanda formada com Dave Grohl e John Paul Johnes, ex-baixista do Led Zeppelin, lançou um disco em 2009 e ganhou um Grammy na categoria Hard Rock (ao qual o Queens já foi indicado quatro vezes, sem êxito). Eles prometem um segundo disco, mas não em 2011.

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- Desert Sessions O projeto é o que mais aproxima Josh da alcunha “desert rock” depois do fim do Kyuss. No estilo “Josh convida”, músicos vão a Palm Desert para jams e composições instantâneas. PJ Harvey, Dean Ween e Mark Lanegan já fizeram parte das dez sessões.

- Eagles of Death Metal Nesta banda, Josh é coadjuvante. O vocalista e guitarrista é o maluco Jesse Hughes, e Josh Homme toca bateria. A banda já esteve no Brasil em 2007 e 2009 (sem o baterista original). O nome é uma piada: o som garageiro não tem nada a ver com death metal.


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MELHOR FESTA DE 2010

PROGRAMAÇÃO

Y

10.06 - SEXTA-FEIRA 14h - Check-in 18h - Welcome Drink at Il Campanario 23h - Opening Party at Music Park 11.06 - SÁBADO 6h-11h - Café da manhã 16h - Veuve Clicquot Sunset 23h - Heineken Main Party at Music Park 12.06 - DOMINGO 6h-11h - café da manhã 15h - check-out

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entrevista do mês

Feliz e já influenciada musicalmente pela mudança para São Paulo, Marina Lima lança seu 19o álbum e, aos 55 anos, diz estar vivendo o ápice. Não da carreira, mas da vida, da sua história

#SPFEELINGS por Henrique Crespo

Numa tarde de sol, mas com certo frio nos lembrando que estávamos no meio do outono paulistano, a cantora e compositora Marina Lima, 55 anos, surge pelas ruas de Higienópolis, bairro aristocrático da cidade que escolheu para viver. Vestida de preto e de óculos escuros, ela chega com um sorriso. No caminho para um café da vizinhança, depois de uma sessão de fotos na simpática Praça Buenos Aires, a conversa foi sobre morar em São Paulo, papo quase obrigatório para dois cariocas radicados há pouco na cidade. Marina trocou seu Rio de Janeiro natal pela capital paulista em setembro de 2010 e não se cansa de tecer elogios à nova morada. Mas o assunto principal da entrevista é outro: cinco anos depois de Lá Nos Primórdios, seu último CD, Marina lança neste mês, de forma independente, um novo álbum de inéditas com um título carregado de símbolos. Trata-se de Climax, que vem sem acento mesmo, para não ficar restrito à língua portuguesa, como chegou a dizer em sua conta no Twitter. O novo disco traz dez canções inéditas – sete compostas apenas por ela – e uma regravação de “Call Me” (clássico pop eternizado em 1965 pela voz pequena e andrógina do americano Chris Montez). Climax, o título do seu novo disco, pode ser encarado de várias maneiras. De alguma forma você vê esse momento como ponto culminante da sua carreira? Da minha vida. Esse momento da minha vida é um ápice. Ao mesmo tempo eu gosto de esporte radical e o X eu tirei de eXtreme sports. O meu nome é Correia Lima. Tirei o C do Correia e juntei com o Lima. Eu só botei um X na realidade, para virar Climax. Então partiu da grafia também. Também. Todo mundo dá uma conotação muito sexual, né? Pra mim é o auge de um enredo, de uma vida. 34 billboard brasil Junho 2011

Você sempre foi muito ligada ao Rio de Janeiro. O que a trouxe para São Paulo? Morei fora antes (EUA) e tinha uma ligação forte com a cultura americana, mas sou carioca. Essa coisa de me ligarem muito ao Rio pode ter a ver, primeiro, porque eu descrevia muito o meu habitat. Mas eu me sinto uma estrangeira em qualquer lugar. No próprio Rio. Talvez pelo fato de ter mudado muitas vezes de colégio... Eu nasci no Rio, no Brasil, mas eu consigo ter esse olhar de fora. Então São Paulo, pra mim, na realidade foi fácil, porque é muito perto e é a mesma língua. E também muito fascinante, porque é uma cidade enorme. O que a rege não é a topografia. O mar e todos os programas onde as pessoas se cruzam no Rio há muito tempo não fazem parte da minha vida. Eu não vou à praia há muitos anos. Aqui em São Paulo, na realidade, o que rege são os encontros, as pessoas. Então pra mim foi muito bom ter vindo. Eu ficava muito isolada no Rio, me sentia meio sobrando. Eu não ia à praia, não trabalho na Globo, não estava no auge, na moda. Então eu ficava ali achando que estava gastando o meu talento e o meu tempo meio que por nada. Eu estava agoniada lá e era pra cá que eu queria vir. Há muitos anos. Na música “#spfeelings” há o verso: “essa cidade faz meu som vibrar”. São Paulo influenciou na sonoridade do novo álbum? Na sonoridade eu acho que particularmente... Venho buscando isso desde 1998, quando eu vim fazer um curso aqui de linguagem MIDI (interface para instrumentos digitais). Fiquei três meses morando em São Paulo. Aí fiquei vendo que aqui tinha muito mais daquilo que eu queria fazer sonoramente. Sou meio uma ilha e o computador me trouxe uma chance de ser uma ilha bem equipada [risos]. São Paulo consolidou a certeza de que eu podia fazer isso no Brasil. E quando eu fiz o curso eu pude arranjar melhor.


fotoS:Adriano vizoni

MARINA LIMA: “Eu ficava muito isolada no Rio, me sentia meio sobrando. Eu não ia à praia, não trabalho na Globo, não estava no auge, na moda” www.billboard.br.com 35


entrevista do mês

À vontade na Praça Buenos Aires, em Higienópolis: mudança pensada desde o fim dos anos 90

Você mexe com a música eletrônica há bastante tempo e ela continua no seu som. Mas estaria errado dizer que o rock também está presente em Climax? Está certo. Na realidade, o rock... Essa coisa de rock eu discutia muito com o Renato [Russo]. Ele me ligava de madrugada pra dizer assim: “Marina, você é muito mais rock, tá legal?” [risos]. Eu dizia pra ele que não achava isso tão importante, mas ele insistia. Esse disco tem mais rock, sim. Rock é um estado de espírito radical. Esse disco tem umas quatro canções mais radicais que foram feitas na guitarra: “Lex”, “Não Me Venha Mais Com Amor”, “Keep Walking” e “Doce De Nós”. São canções que foram feitas há mais tempo? São. Eu comecei a fazer esse disco tem uns dois anos. Essas foram as primeiras que eu fiz. Em “Não Me Venha Mais Com Amor” chamei a Adriana [Calcanhotto] para botar a letra. As outras eu fiz só, mas essa eu achava que... Eu achava que estrategicamente seria muito interessante ter uma música com a Adriana. Eu poderia fazer aquela música só, mas achava que iria ficar 36 billboard brasil Junho 2011

demais. Porque era muita coisa feita sozinha e podiam implicar. Eu tenho anos de carreira e já conheço um pouco o mundo em que a gente vive. A música estava pronta e eu tinha uma ideia de assunto. Falei pra ela o assunto e ela veio com essa ideia de “não me venha mais com amor”, que eu achei genial. A gente fez a letra a quatro mãos. “Doce De Nós” é uma música que tem a ver com uma mulher chamada Lhasa de Sela, que é uma cantora mexicana que morreu há pouco tempo. Ela é nascida nos EUA, foi criada no México e estourou na Europa. A música foi influenciada por ela. “Keep Walking” foi facílima, já estava dentro de mim. “Lex” é a sigla do aeroporto de Lisboa. Foi feita pra alguém de Portugal. Foi a minha descoberta de Portugal. Através de uma pessoa? Foi. A alma portuguesa eu conheci através de uma pessoa. Não foi através do país só, foi através de alguém especial. Você chegou a fazer um show dirigido por Monique Gardenberg (Primórdios – 2006) que tinha uma produção maior. No seu novo show são apenas três pessoas no palco – contando com você – num formato mais enxuto...

“A vontade de parar de ficar ressentida, de começar uma outra coisa, foi muito mais forte. Eu achava que ia morrer de tristeza. Saí porque não aguentava mais não estar feliz. A felicidade venceu”


foto: divulgação

foto: divulgação

No disco novo, parcerias com Calcanhotto e Samuel Rosa

Somos eu e os dois produtores, só. O Alex [Fonseca] está comigo desde o Próxima Parada [disco de 1989]. O Edu [Martins] entrou depois, mas já tem um tempo. Eles tocam muitas coisas. Eu achei que ia ser bom só nos três. Até para as pessoas verem como eles são bons. Não é uma questão financeira, eu realmente escolhi isso. Em “A Parte Que Me Cabe” (música de Climax) tem o verso “me deixa quieta com a minha solidão”. Essa solidão se estende à música? Você se sente sozinha na cena musical brasileira? Você esteve sempre à parte de turmas, movimentos... Isso tem um preço, sabia? As pessoas ficam meio putas com isso. É como se dissessem: “Porque ela não diz o que eu mando?”. Tribos são monarquias [risos]. Mas não me sinto sozinha. Estou bem acompanhada. Essa música foi meio assim: eu tenho 55 anos, e qual a idade em que se pode ou que é tido de bomtom se fazer certas coisas? Essas coisas morais... Quando eu disse que estava me mudando pra São Paulo muitas pessoas disseram que era uma loucura, uma aventura. A gente vê os outros muito por nós. Através do nosso olhar. Se a gente

começar a entender que cada um tem uma história... é tão libertador. O que pra nós parece ser uma mera aventura, pode ser na realidade a pedra cal da pessoa. Então, a letra era sobre isso. Você abriu a cena de cantoras/ compositoras, que era uma coisa rara na época. Além disso, você é uma referência no pop brasileiro. Quero aproveitar que você tocou no assunto que ninguém toca. Quando morei anos fora, eu tinha uma coisa muito roqueira. Tenho três bandas que eu acho as mais importantes na minha formação do rock, que são Beatles, Nirvana e depois o Radiohead. Nirvana me fez voltar a me interessar pelo rock. Enfim, voltei para o Brasil com 12 anos e entrei em contato direto com a música que era feita no Brasil na época. Pra mim aquilo já era pop. Era o tropicalismo, era um monte de coisa acontecendo. O meu som acabou virando uma coisa diferente. Rock misturado com uma coisa brasileira moderna. Virou um pop brasileiro. Na realidade, inaugurou com o Dalto [cantor e compositor de Niterói (RJ), autor do sucesso “Muito Estranho”]. Quando eu ouvi esse cara na rádio, vi que ele tinha a ver comigo. Em seguida,

criei o meu som e o Lulu Santos criou o dele. Dalto, eu e o Lulu abrimos esse leque na música brasileira. A cena de cantoras/compositoras hoje é bem maior do que quando você começou. Como vê isso? Acho bom que tenha mulher em tudo que é área. Eu crivo pela qualidade, mas quanto mais mulheres cantando melhor porque há mais chance de ter coisas boas. Você vê sua influência em algumas delas? [Pensativa] Eu acho que devo ser uma referência, mas influência eu não sei. Tem que perguntar para elas. Eu quis compor com a Adriana, o que achei ótimo. Eu chamei a Vanessa da Matta que é uma voz linda e é uma compositora também. Eu queria ter a voz dela no meu disco. E a participação do Samuel Rosa (Skank), como aconteceu? Na época em que o Skank fez aquela música “Garota Nacional” eu fiquei de queixo caído. Acho que agora eu já posso falar certas coisas sem soar pretensiosa – que eu, Lulu e o Dalto introduzimos uma música pop no Brasil. E eu com meu irmão [Antonio Cícero] criamos uma grande parceria. Eram canções modernas com sonoridade de rádio,

eram diferentes e eram bem feitas. Quando eu ouvi “Garota Nacional”, pensei: queria ter feito aquela música. Fiquei louca por aquilo. Cheguei a comentar com eles. Tempos depois eu fiz o show de Pierrot Do Brasil [disco de 1998] no Palácio das Artes em BH e era um show de um disco bem dark. Eu não estava estourada na rádio, mas quem estava com saudade do meu trabalho foi ver o show. O Samuel apareceu, foi ao camarim e comentou sobre música e tal. Aí ficamos de compor juntos, mas isso nunca se concretizou. Eu sou tímida e ele também. Eu morava no Rio e ele em BH. Até que meu empresário perguntou se tinha alguém com quem eu queria trabalhar. Falei que um homem com quem eu queria compor era o Samuel. Convidamos e ele topou. Samuel disse que tinha umas duas músicas e mandou pra mim por e-mail. Eu escolhi aquela [“Pra Sempre”] e botei a letra. Você surgiu pro grande público no especial de TV Mulher 80 (exibido pela Rede Globo em 1979)... Esse programa me mostrou a vida como ela é [risos]. Na minha carreira teve muito televisão. Fazia parte da engrenagem. O programa me mostrou que existia edição. Que uma matéria www.billboard.br.com 37


entrevista do mês

de jornal ou de televisão pode ser editada. Às vezes, uma matéria pode sair pronta da redação. Às vezes, o programa antes de ser feito já sabe o que ele quer de cada entrevistado. Eu percebi como as coisas eram mais complexas. Eu era inocente, eu não sabia. Você não se sente à vontade quando revê o programa. Não gosta dele? [Rindo] Eu gosto hoje em dia. Entendo e tenho compaixão por mim. Na verdade, saí dali felicíssima. Fui ver o programa na casa do Caetano. Aí apareço eu dizendo que estava recriando o Caetano como ele fez com Lupicínio. A maneira como foi ao ar parecia que eu estava dizendo que o Caetano já era velho. Ficou estranho. Me fez parecer também uma mulher agressiva, e eu não sou agressiva. Eu sou muito decidida. Mas ficou parecendo arrogante. Hoje em dia eu vejo uma menina dizendo aquelas coisas sem saber das consequências. Eu aprendi assim [risos]. A sexualidade é tema presente na sua obra, e você já tornou pública sua opção bissexual algum tempo atrás. Em tempos em que um político faz declarações homofóbicas na TV, como você vê essa questão atualmente? Acha que avançamos? Acho que sim. Essas pessoas aparecem porque os espaços estão começando a ser ocupados. Na época do meu avô essas pessoas deviam ser abatidas a tiro. O mundo era muito mais intolerante. Tem uma Preta Gil para um Bolsonaro [Jair, deputado federal pelo PP-RJ]. O Brasil aprovou agora a lei de união civil. Já a questão religiosa, não tenho interesse em entrar. Nunca tive. Não tenho interesse em religião. Ela sempre faz o homem ter culpa. Você já falou várias vezes sobre esse assunto, mas parece que as pessoas ainda têm curiosidade em saber o problema que teve com a voz... Todo mundo tem curiosidade pelo abismo. Pelo que dá medo. Eu já falei, mas é um assunto que também me fascina. Não como uma coisa que me monopolize, mas como uma gaveta muito rica. É bom olhar para ela porque assim tiro munição pra saber lidar com situações mais difíceis hoje em dia. Às vezes na vida, por alguma razão, você fica muito infeliz. Eu acredito que é uma soma de coisas. São turning points. É uma crise mais estrutural e que não tem a ver com crise da adolescência, tem a ver com maturidade. Aí você fica vendo como agiu até ali, se errou seu caminho e tal. Teve um momento em que eu fiquei na dúvida sobre o impulso que me levou à música, que me levou a achar que ela era a minha verdadeira expressão no mundo. Assinei um contrato com uma gravadora com 17 anos. Foi uma coisa muito forte, muito transformadora. Era um ímpeto, um instinto. Mas teve um momento na minha vida em que eu fiquei na dúvida se eu tinha me perdido ou não, se esse negócio da música era tão forte que podia atrapalhar... Enfim, eu comecei a perceber que tinha que parar e avaliar como estruturar a minha vida para não me perder de vista. A demanda externa era muito grande. Muita tentação. Era convite para fazer filme, posar nua, fazer novela... Eu me perguntava se eu não tinha me desviado. Foi durante o disco Abrigo [1995]. Um disco que eu fiz de intérprete, e que eu achava genial. Pela escolha do repertório, por ter crescido como cantora, os arranjos, era um disco muito peculiar. E talvez eu tenha achado que ele tinha passado muito batido. Me causou um

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certo ressentimento. Eu não queria mais fazer o show, não queria mais falar sobre o disco, cancelei 60 shows. Eu estava num momento muito em dúvida: se eu devia ter tido filho, se num determinado momento eu escolhi um amor e não outra coisa – a minha estrutura toda estava em dúvida. Então eu tinha que parar. Para uma figura pública, isso é muito difícil. Eu não queria falar sobre aquilo, mas tinha que responder. Mas você acabou falando. Eu não queria falar. Então eu falava pra dentro. Por outro lado eu não queria ir embora. Não queria fugir. Eu achava que tinha que enfrentar. Mas o confronto foi demais pra mim. E aí minha voz ficou pra dentro.

O que fez você sair dessa? Foi porque eu não aguentei mais. Porque eu amo a vida. A vontade de parar de ficar ressentida, de começar uma outra coisa, foi muito mais forte. Mas demorou um tempo. E esse tempo foi difícil. Eu achava que ia morrer de tristeza. Saí porque não aguentava mais não estar feliz. A felicidade venceu [sorri]. Você descobriu o mistério do charme do mundo? [Risos] Eu descobri que a vida faz charme em várias idades. Eu canto essa música [“Charme Do Mundo” do disco Certos Acordes – de 1981] no show com alegria. Quando nós fizemos – o Cícero e eu – ele tinha na época 33 e eu 23, e a gente achava que o mundo fazia charme. Ele achava, mas para uma mulher era mais fácil dizer [risos]. Então ele colocou na minha boca as nossas palavras. Hoje em dia eu acho que o mundo faz muito charme pra mim. E eu tento prestar atenção e responder à altura. Marina, em paz e otimista: “O mundo era muito mais intolerante. Hoje tem uma Preta Gil para cada Bolsonaro”


SARAH Vaughan

BROKEN-HEARTED MELODY

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foto: Gilles Petard/Getty Images

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fotos: collexxx lex van rossen/ getty images e matt carr / getty images

IAN CURTIS: a lenda ĂŠ relembrada no novo projeto de Peter Hook


REANIMATOR

PETER HOOK: “A boa música vive para sempre”

Peter Hook tira da gaveta as memórias de Ian Curtis e reinterpreta o seu próprio passado no Joy Division por Rodrigo Ortega

Quando Peter Hook, corpulento inglês de 55 anos, pisa no palco com a The Light, ele não é mais Peter Hook, o ex-baixista do Joy Division e do New Order. À frente do microfone ele faz o papel de Ian Curtis, vocalista do Joy Divison, que teve a carreira curta e legendária interrompida pelo suicídio aos 23 anos, em 1980. Quem interpreta Hook no mesmo palco é o seu filho e baixista Jack Bates, de 21 anos, a mesma idade que o pai tinha ao gravar o primeiro disco do Joy Division (veja boxe). Unknown Pleasures: A Celebration of Joy Division é o nome da turnê que passa por São Paulo nos dias 16 e 17 de junho e pelo Rio de Janeiro no dia 18. Além da óbvia celebração do passado, a experiência mostra a força presente do Joy Division, uma banda periodicamente redescoberta

pelo público – e até pelo próprio Hook. A faixa inédita “Pictures In My Mind”, da qual nem ele se lembrava, foi encontrada no ano passado em uma antiga fita de ensaios de 1978, quando ele, Curtis, Stephen Morris (bateria) e Bernard Summer (guitarra) ainda se chamavam Warsaw. Hook resolveu finalizar a música e gravá-la com a The Light. Ele também promete lançar em breve a gravação original. “Retratos na minha cabeça/ que me levam direto para ontem”, cantava Ian Curtis na época, sem saber do sentido que isso ganharia na voz de Hook 33

anos depois. Neste mês ele também lança Total: From Joy Division To New Order, coletânea que junta os hits das duas bandas. Em entrevista à Billboard Brasil, Hook fala sobre o projeto e sobre como superou as críticas da “patrulha do caça-níquel”. Ele sabe que o Joy Division continua presente para fãs e bandas – antigas ou jovens –, em uma época em que idades são cada vez menos importantes que ideais. Quando você teve a ideia de voltar a tocar as músicas do Joy Division? Por todo o tempo em que estivemos no New Order tentamos ignorar o Joy Division. Depois que nos separamos, eu comecei a olhar para trás de uma maneira diferente.Comecei a sentir falta da música do Joy Division. www.billboard.br.com 41


foto: reprodução

O punk expandido

foto: Chris mills / getty images

Unknown Pleasures, de junho de 1979, foi o primeiro LP do quarteto de Manchester, o único lançado enquanto o vocalista Ian Curtis estava vivo. Nas mãos do produtor Martin Hannett (falecido em 1991), o som punk, que tinha a cara de inferninhos apertados e barulhentos, ganhou ecos e silêncios e passou a evocar espaços grandiosos. No início, até a banda estranhou a produção, e hoje Hannett é reconhecido por criar a “sonoridade Joy Division”. Mas são as composições sombrias e geniais de Ian Curtis, como “She´s Lost Control” e “Shadowplay”, as maiores responsáveis por fazer do álbum um clássico. A imagem da capa, um dos maiores hits de camisetas de rock até hoje, foi tirada de uma enciclopédia de astronomia de Cambridge, um registro da radiação de uma estrela de nêutron. Closer, o segundo e também clássico disco do grupo, foi lançado em julho de 1980, dois meses depois do suicídio de Ian Curtis.

IAN CURTIS e PETER HOOK ao fundo

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“Estou certo de que ele [Ian Curtis] teria feito exatamente o mesmo que o New Order. Antes de ele morrer, já estávamos nesse caminho, comprando teclados e sintetizadores. Então não teria sido diferente, teria sido o New Order com o Ian cantando.” No ano passado, com os 30 anos da morte do Ian Curtis, muitas pessoas tentaram fazer homenagens. Para mim foi mais fácil, pois tinha aberto o meu próprio clube em Manchester, o FAC251, então foi só chamar os amigos para tocar. A banda [The Light] foi criada para isso, com pessoas que já tinham tocado comigo em outros projetos e o meu filho, Jack. E como é tocar com o seu filho? É bom, ele é um ótimo baixista. Mas temos sempre algumas discussões. Ele acha que sabe tudo. Claro, ele tem 21 anos. O que é interessante, porque é exatamente a mesma idade que eu tinha quando gravamos Unknown Pleasures. É justamente o que vocês vão tocar aqui. O que você acha que o álbum pode representar para uma geração mais jovem, como a de Jack? A boa música vive para sempre. Coisas grandes como Led Zeppelin, Velvet Underground, Iggy Pop e Joy Division acabam durando e sempre influenciando as bandas novas. Grupos como Editors e White Lies vêm buscar inspiração no que fizemos. Noto que a plateia dos shows tem muitas pessoas bem jovens – e também pessoas mais velhas, todas juntas. Eu acho que, no mundo da música, a idade não é tão importante quanto era há 30 anos. E qual é a reação dos fãs na primeira fila? Vejo muitas pessoas chorando. Espero que pelo motivo certo, porque elas se conectaram com a música, e não porque somos ruins [risos]. Mas muitas pessoas vêm falar comigo emocionadas, sobre o quanto ficaram felizes, e isso valida tudo para mim. Na verdade, só ouço reclamações de quem não foi ao show... Então agora não me importo mais com as críticas. E a reação mais surpreendente que você viu nesta turnê? Depende, temos reações muito "punk", energéticas, parecidas com as dos shows no começo do Joy Division.

E também pessoas totalmente paradas e concentradas, tentando absorver a música. Geralmente quando tocamos os discos inteiros, na ordem, tendemos a ter essa resposta mais "séria", mas quando tocamos as músicas separadas as pessoas se soltam mais. Como vocês conseguiram achar a canção perdida do Joy Division, "Pictures In My Mind"? Isso foi coisa dos superfãs de Joy Division, colecionadores. Eles me chamaram a atenção para uma fita de ensaio que foi roubada de um produtor nosso e ficou muito tempo por baixo dos panos. Então um fã americano, Seth, me mostrou uma cópia. Eu nunca tinha ouvido. Quando chegamos a "Pictures In My Mind", pensei: essa canção já está quase terminada! Era boa, então disse: por que não terminar? E aí finalizei e gravei neste novo EP, para satisfazer aos fãs. É uma música bem simples e direta. Você se lembra da situação em que a compuseram? Cara, eu não me lembro de nada! [risos]. Acho que quando você é jovem, você produz muito e vai jogando fora um monte de coisas que acha que não vai dar certo. Então eu ouvi isso 30 anos depois, com um gosto musical diferente, como se fosse a primeira vez, e foi mágico. Vi que era bom.


foto: mark metcalfe / getty images

Quero que as pessoas ouçam a gravação original também, então vou disponibilizar como um single em breve, com renda para algum projeto de caridade. A letra de Ian fala sobre nostalgia e ao mesmo tempo sobre viver o presente. Como você se sente ao cantá-la? Fico muito orgulhoso de cantar todas as maravilhosas canções do Ian. Cada uma tem uma história bem diferente. Sobre "Pictures In My Mind", gosto da ideia de memórias, de lembrar as pessoas que não estão mais conosco. Manter o passado, mas olhar para o futuro... Por que você decidiu ser o vocalista nestes shows? Porque eu não consegui outro cantor e porque eu tenho uma conexão muito melhor com Ian do que se fosse um estranho. Aí eu lembrei que o meu filho é um baixista muito bom. Fiquei feliz em deixar o baixo com ele, pelo menos para as partes mais difíceis. E aí eu aprendi a curtir o vocal e os instrumentos, o melhor dos dois mundos. Como acha que vai ser tocar essa música para os brasileiros, um público que você já conhece bastante? A plateia do New Order aí sempre foi maravilhosa, muito entusiasmada. Já que a banda terminou, fico orgulhoso que tenhamos fechado com os shows no Brasil e na Argentina e não em qualquer outro lugar do mundo. Sempre gostei de tocar aí como DJ também. O melhor set que já fiz na minha vida foi em São Paulo, no clube Pachá. Então acho que estes shows, de novo, vão ser incríveis. Como você imagina que teria sido um show do Joy Division no Brasil há três décadas? Completamente insano. Esse é o ponto: estamos indo a todos os lugares onde gostaríamos de ter ido com o Joy Division. Começando pelos EUA, para onde teríamos ido naquela época se o Ian não tivesse morrido, e agora América do Sul... Estou muito animado de cobrir todo o mapa, todos os lugares em que não pudemos tocar. O que você está aprendendo sobre o Joy Division com estes shows? A lição principal é o quão fantástico letrista e vocalista o Ian era. Claro que eu sempre soube que ele era bom. Mas agora que eu tive que parar para analisar tudo, decupar as músicas para os shows, consigo ver melhor o quanto ele era genial, um músico inteligente e habilidoso. Já pensou no que teria acontecido com ele, musicalmente, se não tivesse morrido? Sim, estou certo de que ele teria feito exatamente o mesmo que o New Order. Antes de ele morrer, já estávamos nesse caminho, comprando teclados e sintetizadores. Então não teria sido diferente, teria sido o New Order com o Ian Curtis cantando. Mas infelizmente não foi o que aconteceu... E sobre as bandas novas influenciadas por vocês? Você citou Editors e White Lies, as acompanha? De qual mais gosta? Sim, e fico feliz quando ouço esses grupos, para mim é uma honra. A minha favorita é uma banda daqui de Manchester, os Courteeners. Em geral, Manchester tem uma herança musical muito boa e as bandas têm aproveitado isso. Everything Everything, Elbow, Ting Tings e muitas outras.

HOOK em show com a The Light na Austrália

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Música. Leia do que é feita.

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GENTE DIFERENCIADA

Jarvis Cocker, do Pulp, agitou o público em Barcelona

Em meio às manifestações de rua do movimento Los Indignados, O festival Primavera de Barcelona reúne hipsters para ver a nata do indie e veteranos do pós-punk. A apoteose? “Common People”, em histórico show de retorno do Pulp texto e fotos por Alfredo Brant

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No início de uma noite de sábado em Barcelona, por volta de 20h30, centenas de pessoas se dirigem a um grande palco montado na extremidade do Parc del Fòrum, ao lado do mar. Nenhuma apresentação está marcada para o horário. A organização do festival Primavera Sound decidiu transmitir a final da Copa dos Campeões da Europa, entre Barcelona e Manchester United, direto de Londres. E o público acabou assistindo a um grande show – partidaço histórico dos jogadores do Barcelona, comandados por Messi – e ganhando mais um motivo para celebrar. Na véspera, porém, um choque entre policiais e manifestantes do movimento Democracia Real Ya, que ocupava a Plaza Catalunya, havia deixado mais de 120 feridos. Conhecidos pela alcunha Los Indignados, os jovens mobilizados reivindicavam reforma na lei eleitoral espanhola, medidas contra o desemprego e controle do poder dos grandes conglomerados financeiros. O clima quente das ruas do centro da cidade contagiou o festival, culminando com uma apoteose cívica ao som de “Common People”, no histórico show de retorno da banda inglesa Pulp. Politizada ou não, a capital catalã tem vocação natural e cultural para a festa, o que se reflete no clima do Primavera Sound, um dos melhores festivais de música alternativa do mundo. O evento, que ocorreu dos dias 26 a 28 de maio em Barcelona, não deixa nada a desejar aos hypados americanos South by Southwest e Coachella, ou aos tradicionais ingleses Reading e Glastonbury. Foram 276 shows, a maior parte nos dez palcos do Parc del Fòrum, um grande espaço com construções modernas ao lado do mar. Pergunto a uma jornalista londrina habituada a cobrir o festival por que ela prefere o Primavera aos eventos do seu país. Sua resposta

é tão clara quanto óbvia: “Porque na Inglaterra chove”. Realmente, não é muito fácil competir com o clima praiano de Barcelona. A curadoria do Primavera é outro ponto forte. Não há no line-up grandes discrepâncias em relação à notoriedade dos artistas. A opção por uma programação homogênea, sem grupos “grandes” demais que atraiam um público exclusivo, torna o festival agradável e bem distribuído. Em geral, a linha da programação é um grande apanhado de importantes artistas alternativos contemporâneos – PJ Harvey, Flaming Lips, Animal Collective e, em especial neste ano, a volta do Pulp – ou de outras décadas, casos de P.I.L., John Cale e Nick Cave. Há espaço também para novas tendências do indie e da eletrônica – praticadas por nomes como James Blake, Odd Future e Ariel Pink’s Haunted Graffiti. Além dos shows do Fòrum, o festival estende sua programação a outros pontos da cidade. Excelentes shows paralelos (Echo and The Bunnymen, Mercury Rev, Caribou, BMX Bandits) acontecem antes e depois dos três dias oficiais do

festival, no Poble Espanyol, um museu a céu aberto. Outros eventos em boates, bares e teatros reúnem grupos locais e estrangeiros. Boas ideias, como bandas que tocam mais de uma vez, e um auditório para concertos mais intimistas (Sufjan Stevens, Arto Linday), também ajudam no êxito do festival. Mas, na memória dos que estiveram nesta edição, nada, nem o título do Barcelona de Messi (e do técnico Guardiola), foi tão marcante quanto o clima inflamado das ruas do centro cidade.

Pulp

A trajetória desta banda emblemática do britpop dos anos 90 está marcada por Barcelona. Em 2002, o Pulp fez seu último show neste mesmo festival, antes de se retirar por um período de nove anos. E escolheu o Primavera para voltar agora, pela primeira vez em 15 anos com a formação original. Antes de iniciar a primeira música, o vocalista Jarvis Cocker prometeu: “Estamos de volta para fazer história”. Numa retrospectiva com as principais canções de todos os períodos da carreira, o grupo se impôs com grandiosidade. Eloquente e afiado, por volta da metade do concerto, Jarvis anunciou que a canção seguinte seria dedicada às vítimas da violência policial na manifestação por “democracia real” ocorrida horas antes na Plaza Catalunya. Entre os cartazes e faixas de repúdio brandidos pela plateia, a frase: “Spanish Revolution: sing along with the common people”. Nessa hora, ao atacar a clássica “Common People”, o Pulp proporcionou o grande momento de êxtase do festival.

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PJ Harvey

Vestida com um suntuoso vestido branco, excêntrico arranjo de penas sobre a cabeça, a cantora inglesa se apresentou junto com o fiel colaborador John Parish e surpreendeu ao fazer um belo apanhado de sua produtiva carreira. O histórico recente indicava que teríamos um show baseado no último trabalho, Let England Shake, mas logo na segunda música veio “C’mon Billy”, do disco To Bring You My Love, de 1995. A partir daí, foram alternadas canções atuais e de outras épocas. A unidade foi garantida com alterações nos arranjos. Em várias das antigas, originalmente baseadas na guitarra, PJ tocou uma pequena harpa elétrica, seu atual instrumento fetiche. Viscerais, “The Sky Lit Up” e “Big Exit”, ganharam versões mais contidas. Já outras mais sombrias, como “The Devil”, seguiram caminho oposto. Em show, sóbrio, sem muitos jogos de luz, PJ ficou em um canto do palco, como se fosse um integrante da banda. E ganhou o jogo no repertório.

James Blake

Uma das grandes revelações de 2011, o inglês subiu ao palco Pitchfork por volta das 20h, com o sol ainda presente. Junto com um baterista e um guitarrista que também se ocupava do sintetizador, Blake foi parcialmente prejudicado pelo som pesado que vazava de um palco vizinho. A eletrônica minimalista do dubstep misturada aos vocais soul provavelmente soaria melhor mais tarde, no escuro da noite. Mas nada disso estragou a apresentação, iniciada com baladas e aplausos comedidos. Lá pela quarta música, as bases eletrônicas mais ritmadas entraram em ação, culminando com a dançante “Limit To Your Love” e finalizando com ótima impressão geral.

Grinderman

Nick Cave (foto) subiu ao palco tendo ao lado parte de sua fiel banda, The Bad Seeds, sob a forma do Grinderman, o “novo” grupo com o qual já lançou dois discos. Ao vivo, o som rústico das gravações toma formas ainda mais assustadoras. Tocados como se fossem os últimos da vida de cada um dos músicos, os blues satânicos são exorcizados por um cantor possuído, que parece não se dirigir diretamente ao público, mas a si mesmo. “I just wanna rest, please. I just wanna relax”, berrou Cave em cima da grade que o separa do público. Ele não seguiu a estrutura das músicas, improvisando versos falados. E a banda chegou junto em todas, com destaque para o barbudo Warren Ellis tocando maracas e um insano bandolim distorcido.

John Cale & Band + BCN216

Um dos espaços mais interessantes do festival era um auditório situado na entrada do Parc del Fòrum. Foi lá que, bem sentados, espectadores puderam assistir a John Cale, ex-integrante do Velvet Underground, num show dedicado ao cultuado disco Paris 1919, de 1973. Vestido com o tradicional kilt, o galês foi acompanhado por sua banda e por uma miniorquestra, com regente e tudo. O som perfeito favoreceu a complexidade dos arranjos e Cale mostrou-se um excelente intérprete vocal para as grandiosas baladas rock do repertório. Revezando-se entre teclados e guitarra, ele comandou duas metades bem distintas do concerto: uma com a orquestra, outra, só com a banda, em levadas mais pop. E o público saiu com fortes impressões das canções “Paris 1919” e “MacBeth”.

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Of Montreal

O palco principal do festival recebeu seu primeiro grande show quando Kevin Barnes (na foto à esquerda, com Bryan Poole) entrou em cena com seu eufórico grupo. Entre o indie-pop e a dance music afetada, a trupe de Athens (também berço do R.E.M., na Geórgia, sul dos EUA) levou para o palco confete, serpentinas, quilos de maquiagem e as fantasias mais esdrúxulas possíveis. Pulando e dançando sem parar, o vocalista emendou as músicas sem pausas, impulsionado pelo baixo pulsante e sintetizadores kitsch. No auge da farra, o palco virou um ringue para lutadores de telecatch mascarados se enfrentarem entre homens fantasiados de porcos: performance surrealista que acendeu realmente o evento.

Fleet Foxes

Das atrações top no palco principal, o grupo americano é o que tem menos discos lançados e menos tempo de carreira. A apresentação foi competente, mas um tanto quanto contida. A novidade foi a presença de um novo integrante, o multiinstrumentista Morgan Henderson. Simpático e um pouco tímido, o vocalista e guitarrista Robin Pecknold (na foto) comentou como ainda era estranho para eles tocar em um grande festival. Apesar das canções mais coesas e carregadas do recém-lançado Helplessness Blues funcionarem bem, o repertório do primeiro disco é mais contagiante. Pérolas como “Mykonos”, “Your Protector” e “Blue Ridge Mountains” foram as mais aplaudidas. Infelizmente, o show foi curto. Após agradecer e anunciar duas vezes o show seguinte, de PJ Harvey, Robin saiu sem bis.

Echo & The Bunnymen

O aquecimento para o festival aconteceu no Poble Espanyol, museu a céu aberto construído originalmente para a Exposição Internacional de 1929. Metida em roupas militares, a turma de Ian McCulloch (foto) destoava um pouco do ambiente ao entrar no palco, às 21h, com dia ainda claro, disposta a repassar a íntegra de seus dois primeiros LPs, Crocodiles (1980) e Heaven Up Here (1981). Ligeiramente mais pesado que nos discos, o Echo mostrou que o charme arrogante das interpretações do vocalista se manteve pouco alterado. No bis, vieram hits de outras eras, como “Lips Like Sugar”, sem tirar o clima de nostalgia do ar.

P.I.L. (Public Image Ltd.)

No mesmo momento em que o rapper Big Boi, mais conhecido pelas rimas no duo OutKast, apresentava seu elogiado primeiro trabalho solo e que o bardo Sufjan Stevens fazia o show mais disputado do festival, o veterano John Lydon (foto) tomava a cena do palco Levant com seu Public Image Limited. Mesmo lendo as letras, o carismático sex pistol segurou a atenção do público. Favorecido pela excelente qualidade do som, agitou o local com hits como “This Is Not A Love Song” e “Albatross”, emendando com discursos ácidos. “Nós somos a única banda deste festival que não se vendeu por um punhado de dinheiro”, bradou, lá pelas tantas. Os cinquentões presentes aplaudiram, bebendo tranquilamente suas cervejas a uma distância confortável da fúria de Lydon. www.billboard.br.com 49


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BEYONCÉ no cenário do clipe de “Run The World (Girls)”: “Nesta altura, eu realmente sei quem sou”

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foto: divulgaçÃO

Perto dos 30 anos e cada vez mais dona de seu nariz, Beyoncé, ganhadora do Billboard Music Awards do milênio, fala do novo disco 4 e da nova fase na carreira Ray Rogers por

Beyoncé parece dedicada a conquistar novos territórios. Seu novo single, "Run The World (Girls)", avança por uma linha pouco convencional – ao menos, para quem é uma das mais populares estrelas pop. A gravação foi construída em torno de um sample excêntrico de "Pon De Floor”, canção dançante relativamente obscura dos queridinhos indie Major Lazer (duo do qual faz parte o DJ Diplo, fã do funk carioca que já colaborou com DJ Marlboro, CSS e Bonde do Rolê) . E esta é apenas a primeira rajada da colagem inesperada de texturas sonoras e estruturas musicais únicas de seu próximo álbum, que irá trazer novos e arrojados colaboradores como Switch (o outro integrante do Major Lazer), e o já consagrado produtor de hits The-Dream (nascido Terius Youngdell Nash). “Não há nada de seguro nisso, tenho certeza”, afirma The-Dream. Ele é coautor do hino que redefiniu a carreira de Beyoncé, "Single Ladies (Put A Ring On It)", e foi convocado para ajudar a compor o single inicial do novo álbum. “Esse tipo de tratamento para a música jamais aconteceria com qualquer outro artista do porte dela, homem ou mulher”, garante. Beyoncé também não usa de falsa modéstia. “Sinto que minha função na indústria é expandir os limites e eu evoluí o tempo todo”, diz a artista, enquanto um motorista a leva de uma sessão de fotos em Long Island a um estúdio de gravação em Manhattan para um encontro com a nova equipe criativa que reuniu. Ao se aproximar dos 30 anos de idade (que completa em 4 de setembro), casada com Jay- Z, Beyoncé assumiu as rédeas de sua carreira como nunca antes. E agora quer que todos saibam que é ela quem está no comando. Seu próximo álbum solo, 4, foi gravado no ano passado sem a orientação de Matthew Knowles, seu pai e empresário de longa data. Ela anunciou em 28 de março que os dois haviam se separado “no âmbito dos negócios”. Levantando um punho na capa do novo single, "Run The World (Girls)", Beyoncé claramente transmite sua mensagem de poder para as mulheres, algo que é sua marca registrada. Nesta primeira entrevista exclusiva sobre a nova fase, a estrela olha para o futuro e contempla os emocionantes novos sons e esforços criativos que a aguardam e, ao mesmo tempo, relembra os diversos marcos ao longo do caminho que lhe renderam o Billboard's Millennium Award.

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Evolução Fashion

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foto: Gregg deguire/wireimage/gettyimage

foto: SGranitz/wireimage/gettyimages

foto: Jim Smeal/Wireimage/gettyimages

Ao longo de uma trajetória de quase 15 anos, Beyoncé aprendeu bastante sobre seu próprio estilo, combinando peças que valorizam o corpo. Acompanhe as mudanças da musa pop durante sua carreira. por Ana Carolina Ralston

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Na formação original do Destiny’s Child, em 1998: Beyoncé ao lado de Kelly Rowland, LaTavia Roberson e LeToya Luckett. O grupo venceu a categoria “Melhor Álbum do Ano de R&B/Soul”, com seu disco homônimo, no 4th Annual Soul Train Lady of Soul Awards. Beyoncé usava uma canga inspirada nas roupas típicas indianas (sári) e top.

Durante a edição 2001 do Kids’ Choice Awards, o trio ( já com a formação pela qual seria mais amplamente reconhecido) levou o modelito schoolgirl – em voga graças ao sucesso de Britney Spears em “Baby One More Time” – para um outro patamar. Beyoncé, Kelly Rowland e Michelle Williams vestiram um look bem sexy à escoteiras.

2003 foi um ano de muitas realizações para a cantora. Após o fim do Destiny’s Child no ano anterior, Beyoncé lançou seu primeiro disco em carreira solo: Dangerously In Love. A musa apareceu com um lindo vestido de rendas metalizadas na premiação Billboard Music Awards no MGM Grand, em Las Vegas.

Influências como o afrobeat de Fela Kuti e bandas como Muse e Rage Against The Machine se somaram a R&B dos anos 90, Adele e Florence+The Machine Toda vez que você lança uma música nova parece que ela gera um bordão. Isso é algo no qual você pensa? É isso o que eu sempre quero fazer – eu me sinto atraída por músicas que irão se tornar assunto durante o jantar! [risos] Com “Single Ladies” eu tinha acabado de me casar e as pessoas querem se casar todo dia – então aconteceu todo aquele lance com Justin Timberlake [recriando o vídeo] no Saturday Night Live. Também foi o ano em que o YouTube arrebentou. "Irreplaceable" tinha a letra agressiva, o violão e a 808 [bateria eletrônica] – essas coisas normalmente não andam juntas e isso soava novo. “Crazy In Love” foi mais um daqueles momentos clássicos da cultura pop que ninguém esperava. Pedi a Jay para trabalhar na música na noite de véspera da data de entrega do álbum pronto – e, graças a Deus, ele aceitou. Essa música nunca me cansa, não importa quantas vezes eu a cante. O novo single "Run The World (Girls)" é uma declaração muito ousada de sua parte. Com certeza é mais arriscado do que algo mais... simples. Eu apenas ouvi a faixa e amei o quão diferente ela era: parecia um pouco africana, um pouco eletrônica e futurista. Ela me

lembrou do que eu amo, que é misturar diferentes culturas – coisas que normalmente não ficam bem juntas – para criar um novo som. Eu nunca posso jogar só na segurança. Sempre tento ir contra a maré. Tão logo eu conquisto uma coisa, já estabeleço um novo objetivo mais alto. Foi assim que cheguei aonde estou. O novo álbum se chama 4. Fora o fato de este ser meu quarto álbum solo, que significado esse número tem para você? Todos nós temos números especiais em nossas vidas e o 4 é especial para mim. É o dia em que nasci, o dia do aniversário da minha mãe e o dia do aniversário de muitos dos meus amigos. E 4 de abril é a data do meu casamento. Como começou seu processo criativo com esse novo trabalho? Gravei mais de 60 músicas: tudo que nunca quis tentar, eu fiz. Comecei sendo inspirada pelo [pioneiro do afrobeat] Fela Kuti. Eu, na verdade, trabalhei com a banda de Fela [o musical baseado na vida do artista que foi hit na Broadway] durante alguns dias, só pra sentir a alma e o coração da música. É tão sexy e tem um groove excelente que você se perde nele. Eu adorei a percussão, os metais, como tudo soava como se fosse um. O que


foto: L.Cohen/wireimage/gettyimages

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mais aprendi com Fela foi liberdade artística: ele simplesmente sentia o espírito. Também encontrei inspiração no R&B dos anos 90, em Earth, Wind & Fire, DeBarge, Lionel Richie, Teena Marie... Ouvi muito Jackson 5 e New Edition, mas também Adele, Florence+The Machine e Prince. E minhas influências de hip hop. Dá para ouvir o quanto são abrangentes. Eu também me permiti ter maior liberdade para realmente cantar forte algumas das canções e trazer o estilo soul de cantar de volta – usei muita agressividade e força em minha voz, algo que as pessoas ouvem nas minhas apresentações ao vivo, mas não necessariamente nas minhas gravações. Você é um ícone do poder feminino. O que esse poder significa para você? O poder significa felicidade, o poder significa trabalhar duro e fazer sacrifícios. Para mim, trata-se de estabelecer um bom exemplo e não abusar do poder! Você ainda precisa ter humildade: eu já vi como se pode liderar pelo exemplo, não pelo medo. Minha visita ao Egito foi uma enorme inspiração. Depois que o sol se punha, eu não via mais nenhuma mulher. Era chocante e fascinante para mim, porque era algo tão extremo. Eu via

milhares de homens andando pelas ruas, socializando nos bares, rezando nas mesquitas – e nenhuma mulher. Eu me senti muito orgulhosa quando me apresentei e vi a força que as mulheres estão recebendo por meio da música. Eu me lembro de estar no Japão quando o Destiny’s Child lançou “Independent Women” e as mulheres estavam falando sobre o quanto se orgulhavam de ter seus próprios empregos, seu próprio pensamento independente e seus próprios objetivos. Isso fez com que eu me sentisse bem e percebi que uma das minhas responsabilidades era inspirar as mulheres de uma maneira mais profunda. Você está sempre em movimento. Não descansa nunca? Eu tive um dia de folga para levar meu sobrinho à Disney, o que foi muito divertido. Eu não fazia algo assim há uns dez anos – a última vez em que estive num parque temático foi com o Destiny’s Child! Andamos em todos os brinquedos, em alguns duas vezes, e foi a primeira vez que meu sobrinho andou numa montanha-russa. Havia milhares de pessoas lá porque era Páscoa, mas todo mundo era muito educado e respeitoso e deixaram a gente circular por lá tranquilamente. Nos divertimos muito. Eu estava

A artista acertou em cheio na escolha feita para desfilar pelo red carpet do Academy Awards, em 2005: um lindo vestido preto vintage da grife Versace. O toque final ficou por conta do penteado clássico e grandes brincos em formato geométrico em conjunto com a pulseira.

foto: jon kopaloff/gettyimages

A cantora em sua apresentação cheia de efeitos visuais no Billboard Music Awards 2011

foto: SGranitz/Wireimage/gettyimage

A cantora ganhou cinco Grammys na edição 2004. Para receber os troféus, optou por um incrementado vestido amarelo-ouro. O modelo acabou não favorecendo suas curvas: o cetim, tecido leve demais, com um nó anterior aumentou seus quadris.

Cores vivas voltaram a fazer parte dos modelitos preferidos da cantora em 2007. Durante o Movies Rock, realizado no Kodak Theater, em Los Angeles, Beyoncé exibiu sua voluptuosa silhueta em uma criação do estilista americano Zac Posen. O corte sereia, uma das paixões fashion da diva, não poderia ficar de fora.

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foto: Chris Walter/gettyimages foto: jeff kravitz/gettyimages foto: Dimitrios Kambouris/gettyimages

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Para o BET Awards, a escolha foi o míni da coleção primavera 2009 da grife Balmain. O vestido caiu como uma luva na cantora, que apostou nos ombros marcados, no mix de materiais e nas formas geométricas dos recortes. Para completar, um belo par de brincos de argola, muito em alta na temporada.

Em 2010, para o festival Coachella, na Califórnia, Beyoncé apareceu mais descontraída para acompanhar o marido Jay-Z no palco durante a apresentação: shorts jeans curtinho – preferido das frequentadoras do festival –, chapéu e botas de tachas. O estilo hipster rendeu muitos comentários positivos da mídia especializada.

Beyoncé mostrou mais uma vez seu amor pelo corte sereia: a criação escolhida para o Costume Institute Gala, realizado no ano passado, foi do estilista italiano Emilio Pucci. Todo trabalhado com fios de ouro, o vestido contava com um ousado decote oval. O modelo era tão justo que a cantora teve que pedir ajuda ao marido Jay-Z na hora de subir as escadas.

usando um chapéu do Pateta gigante! [risos] Era pra ser meu disfarce, com uma aba enorme pra cobrir meu rosto e as orelhas caídas dos lados, mas no fim da viagem percebi que as pessoas sabiam que eu estava fazendo papel de boba com esse chapéu [risos]. É uma recordação muito especial para mim. Este é o primeiro álbum que você fez sem seu pai como empresário. Quais opções foram abertas que talvez sejam diferentes das que existiam antes? Não é que algo de mal tenha acontecido entre nós. Minha família sempre me apoiou e eles me apoiam ainda, mas quando você trabalha com as mesmas pessoas há 15 anos, é natural acabar querendo ter suas próprias ideias. Acredito que os pais preparam os filhos para o momento em que viverão por conta própria. A esta altura, estou pegando tudo que minha mãe e meu pai me ensinaram e tenho a capacidade de fazer as coisas ao meu modo. Estávamos num ponto em que aprendíamos muito uns com os outros e agora é empolgante para mim fazer isto por conta própria e contratar minha própria equipe. Comecei a empresariar a mim mesma. Sua carreira cinematográfica teve uma reviravolta interessante. Você passou de Dreamgirls para Cadillac Records e para Obsessed e agora está trabalhando com Clint Eastwood na mais nova refilmagem de A Star Is Born [Nasce uma Estrela]. É um sonho que se realiza. Ainda estou em estado de choque sem acreditar que isso possa realmente estar acontecendo. Clint Eastwood é com certeza o melhor e estou muito honrada e me sinto humilde por isso. Eu não estava com pressa alguma para fazer um novo filme a não ser que fosse o filme certo e nem ao menos queria chegar perto de A Star Is Born, a não ser que fosse com ele. Eu, na verdade, fiquei sabendo que esse projeto existia e meio que me apossei dele. Quero começar a trabalhar imediatamente! Nasce uma Estrela é uma escolha apropriada, pois segue a ascensão de uma cantora ao estrelato. Qual foi o marco na sua subida? Acho que foi quando o Destiny's Child

trabalhou com Wyclef Jean em "No, No, No Part 2" – éramos tão jovens e inexperientes e encantadas com tudo, eu mal podia esperar para cantar com ele. E ganhar nosso Grammy por “Say My Name” foi incrível. Eu me lembro de ouvir a música no rádio pela primeira vez: eu tinha uma sensação de “uau, isso soa clássico – algo que vai durar para sempre”. Essas melodias e aquela maneira acelerada de cantar em staccato criaram um novo estilo. Isso inspirou todo um novo movimento de R&B. Ser parte disso foi incrível. Depois de todas essas realizações, como é partir para carreira solo? Assustador e, ao mesmo tempo, me dá força! Todos no grupo estão muito nervosos e com muito medo de fazer coisas por conta própria. Tínhamos saudade uns dos outros. Foi duro ter de tomar minhas próprias decisões e não ter alguém pra dizer “concordo” ou “discordo”. Mas passar por isso foi parte da vida, foi o primeiro passo para mim, mas um dos muitos passos que tenho certeza de que darei. Eu me sinto um pouco assim de novo, agora. Estou chegando aos 30 anos e finalmente fiz uma pausa em minha vida, que é algo que eu nunca havia feito antes. Tirei um ano de férias, viajei, passei um tempo com meu marido, acordei na minha própria cama, comi tudo que queria, fui a museus, vi peças da Broadway, assisti a documentários e tive experiências de vida. Eu nunca vou a shows porque normalmente estou tocando, por isso vi muitos shows, bandas excelentes, como Muse e Rage Against the Machine, e isso inspirou o novo álbum. Existem muitos artistas aos quais eu nunca fui exposta: sou como uma esponja, absorvo tudo e aprendi muito assistindo a essas incríveis performances. Ter tempo de crescer como ser humano foi realmente muito inspirador e me deu muito de onde tirar forças. Estou empolgada com a ideia de crescer. Posso simplesmente me divertir, e a liberdade artística que tenho me permite fazer o que quiser. Nesta altura, eu realmente sei quem sou e não sinto que tenha de me enquadrar num rótulo. Não tenho medo de me arriscar – ninguém pode me definir.


“Eu nunca posso jogar só no que é seguro. Sempre tento ir contra a maré. Tão logo eu conquisto uma coisa, já estabeleço um novo objetivo mais alto. Foi assim que cheguei Aonde estou” www.billboard.br.com 57


foto: Ethan Miller/Getty Images

BRITNEY e RIHANNA se beijaram, fizeram guerra de travesseiro e deixaram o resto por conta da sua imaginação

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Billboard Awards

SUPERFESTA Após cinco anos de hiato, premiação ressurge com performances incríveis e a consagração de Justin Bieber e Eminem por Jason imagens de vídeo e, em seguida, foi acompanhada por dançarinas de preto trazendo bandeiras. Antes, foi saudada por uma videomontagem em preto e branco com depoimentos de Barbra Streisand, Bono, Lady Gaga, Stevie Wonder e Michelle Obama, além de seu pai, Mathew Knowles, e de sua mãe, Tina, que entregou o Millennium Award à filha. E o agraciado com o prêmio Billboard Icon Award (algo como Prêmio Ícone), Neil Diamond, encerrou a noite tocando dois de seus clássicos, “Sweet Caroline” e “America”. Ao aceitar o prêmio, Diamond disse: “Não sei exatamente o que significa ser um ícone, mas sempre quis ser um”. “O mais especial no Billboard Music Awards é que é um prêmio de fãs”, disse o diretor editorial da Billboard, Bill Werde. “Tudo gira em torno das pessoas que compram a música, ouvem rádio e vão aos shows. Isso representa um objetivo alcançado: o contato entre o fã e o artista.” Os finalistas e vencedores da premiação foram determinados por uma combinação de desempenho nas paradas com atividades de streaming, conforme publicado na Billboard e na Billboard.com durante o período de elegibilidade (28 de fevereiro de 2010 a 1º de março de 2011). As 46 categorias de premiação foram baseadas na mensuração dada pelos parceiros de dados da Billboard, incluindo o Nielsen SoundScan, execuções de rádio monitoradas pelo Nielsen BDS, dados de streaming medidos pela TubeMogul e Nielsen BDS, consumo de mídias sociais medido pelo Next Big Sound e receita das turnês aferidas pelo Billboard Boxscore.

Jubileu de diamante Quando Neil Diamond conduziu o público para cantar com ele os clássicos “Sweet Caroline” e “America”, provou que a Velha Guarda ainda é o máximo. Seu animado encerramento do Billboard Music Awards também deixou bem claro porque ele foi escolhido para receber um Billboard Icon Award. O astro de Glee, Matthew Morrison, apresentou o prêmio, que honra o impacto cultural de um artista cujo talento extraordinário como criador,

por Gail Mitchell

compositor e artista foi realmente duradouro. Uma presença constante nas paradas da Billboard há mais de 40 anos, Diamond já teve 39 singles no top 10 e 18 álbuns de platina. Com 17 álbuns no top 10, Diamond é um dos quatro artistas que subiram ao top 10 da Billboard 200 em todas as décadas desde os anos 60. “Eu teria aceitado um álbum no top 10”, declarou Diamond, brincando, ao aceitar o prêmio. “Nem precisavam fazer esse negócio todo de prêmio.” foto: Ethan miller/Getty Images

“O Billboard Music Awards está de volta!”. Com esta frase, a ABC apresentou o retorno do evento à MGM Grand Arena em Las Vegas, em 22 de maio. Ao fim da transmissão, apresentada pelo astro do filme Se beber não case II, Ken Jeong, um prêmio adicional: a melhor audiência da noite na TV americana. Mais de 3,8 milhões de espectadores vibraram com inesperadas performances musicais. Teve Britney Spears com Rihanna e Nicki Minaj, um Cee-Lo Green voador, tocando com um piano que levitava... E Beyoncé recebendo o prêmio de Artista do Milênio depois da primeira apresentação de seu mais recente single, “Run The World (Girls)”. Justin Bieber e Eminem reinaram como grandes vencedores da noite. O canadense levou sete prêmios, e o rapper ficou com seis (entre eles, Melhor Artista, Melhor Artista Masculino e Melhor Álbum do Billboard 200). Além do Fan Favorite Award da Billboard.com, Bieber faturou em categorias baseadas nas paradas, como Melhor Artista Novo e Melhor Álbum Pop. Ao ser aplaudido de pé após aceitar a honraria de Melhor Artista, Bieber agradeceu à mãe e observou que “todo dia é uma loucura, tendo a oportunidade de fazer tanta gente sorrir”. Além de celebrar os artistas mais quentes da atualidade, o Billboard Music Awards fez um tributo a nomes legendários. Beyoncé se enquadrou nas duas categorias ao cantar seu novo single “Run The World (Girls)”. A cantora se apresentou tendo uma tela em branco como fundo em sincronia com várias

Lipshutz e Gail Mitchell, com reportagem de Phil Gallo

NEIL DIAMOND, ícone: “Eu teria aceitado um álbum no top 10”

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Melhor Artista

Eminem

Artista Revelação

Justin Bieber

Artista Masculino

Eminem

Artista Feminina

Rihanna

Melhor Grupo

Black Eyed Peas

Artista Top Billboard 200

Taylor Swift

Artista Top Hot 100 / Digital

Katy Perry

Artista Top Radio

Rihanna

Artista Top Social / Streaming Justin Bieber Artista Top Digital Media

Justin Bieber

Artista Pop

Lady Gaga

Artista R&B

Usher

Artista Rap

Eminem

Artista Country

Taylor Swift

Artista Rock

Train

Artista Música Alternativa

Mumford & Sons

Artista Música Latina

Shakira

Artista Dance/Eletrônica

Lady Gaga

MÚSICAS

Canção Top Hot 100 Canção Top Digital

“Dynamite”, Taio Cruz “Dynamite”, Taio Cruz

Canção Top Radio

“Just The Way You Are”, Bruno Mars

Beyoncé, musa do milênio

Uma performance brilhante, lágrimas com a mãe, os parabéns da primeira-dama Michelle Obama, de Lady Gaga e de Bono... O Billboard’s Millenium Award é dela! por Phil Gallo Numa noite repleta de astros, Beyoncé estreou seu novo single, "Run The World (Girls)", e arrasou. Com tecnologia deslumbrante, atléticos movimentos da cantora e de um exército de 50 dançarinos, a performance causou furor na MGM Arena e no Twitter. Sua mãe, Tina Knowles, apresentou o Billboard Milennium Award depois que o público assistiu a um vídeo com depoimentos de Michelle Obama, Lady Gaga, Bono e seus pais, entre outros. “Tenho muito orgulho dela”, disse a primeiradama. “Muito orgulho de ver a mulher que ela é e o modelo de comportamento que ela representa para as mulheres”, completou. Barbra Streisand: “As grandes artistas têm um som e um estilo que é todo delas e é isso que tanta gente ama em Beyoncé. E eu também”. Stevie Wonder sublinhou: “Ela consegue adotar muitos estilos diferentes e manter a classe. Gosto disso”. Já Bono previu: “Ela cria músicas que durarão para sempre”. Assim que recuperou o fôlego, Beyoncé agradeceu à família, aos atuais e antigos membros do Destiny's Child e ao maridão – “Amo meu Jay-Z”. Ele estava na primeira fila, de pé, como o resto do auditório inteiro. “Agradeço a todas as lendas que disseram todas essas coisas bonitas sobre mim”, completou Beyoncé. “Eu cresci amando e admirando todas essas pessoas que estavam nesse vídeo. Este é um momento que tenho de guardar porque é uma das melhores lembranças da minha vida.” foto: Ethan Miller/Getty Images

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ARTISTAS

Canção Top Streaming (Áudio) “Just A Dream”, Nelly Canção Top Streaming (Vídeo) “Baby”, Justin Bieber feat. Ludacris Canção Top Pop

“Dynamite”, Taio Cruz

Canção Top R&B

“OMG”, Usher feat. will.i.am

Canção Top Rap Canção Top Country Canção Top Rock Canção Top Latino Canção Top Dance

“Love The Way You Lie”, Eminem feat. Rihanna “Need You Now”, Lady Antebellum “Hey, Soul Sister”, Train “Waka Waka (This Time For Africa)”, Shakira feat. Freshleyground “Stereo Love”, Edward Maya & Vika Jigulina

PRÊMIOS ESPECIAIS Prêmio do Milênio Prêmio Turnê Prêmio Ícone

Beyoncé U2 Neil Diamond

PRÊMIOS PARA ÁLBUNS Álbum Top Billboard 200 Álbum Top Pop

Recovery, Eminem My World 2.0, Justin Bieber, e Teenage Dream, Katy Perry

Álbum Top R&B

Raymond v. Raymond, Usher

Álbum Rap

Recovery, Eminem

Álbum Top Country

Speak Now, Taylor Swift

Álbum Top Rock /Alternativo Sigh No More, Mumford & Sons Álbum Top Dance/ Eletrônico

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The Fame, Lady Gaga

BEYONCÉ: uma escultura segurando outra


Premiação fashion

ENQUANTO ISSO, NO BACKSTAGE Pílulas do que rolou entre os artistas, nos camarins e áreas reservadas

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O U2 fez uma visita surpresa ao backstage depois de receber o prêmio de Melhor Artista em Turnê. “É um truque de mágica”, declarou Bono, referindo-se a como a equipe da banda fez com que a turnê 360º parecesse algo íntimo mesmo em estádios. The Edge ainda acrescentou: “Pensando em quantas pessoas vieram ver os shows – sete milhões –, ainda não consigo entender esse número”. Bono mencionou que a banda continua a trabalhar em novo material. “Existem muitos álbuns do U2”, disse ele. “Por que iriam querer outro? Estamos no laboratório, fazendo experiências.”

A cantora e estrela das produções Disney Selena Gomez escolheu o modelo mais sexy que encontrou no armário: liso e com recortes ousados. Agradou em cheio. Os cabelos soltos e as poucas joias deixaram o modelito reinar quase sozinho – dividindo atenção apenas com os sapatos vermelhos que trouxeram cor ao visual da namorada de Justin Bieber.

Apesar da pouca idade, a musa country Taylor Swift já está sendo reconhecida pelos experts da moda. Seus looks têm sido muito elogiados e não é à toa: a cantora aposta em vestidos poderosos quando sai de casa para alguma ocasião especial. O modelo nude (cor da pele) brilhante deu um ar elegante, mostrando que o clássico nunca sai de moda.

foto: Kevin Mazur/wireimage

O astro do seriado Glee Matthew Morrison optou pelo duo jeans e paletó. A calça curinga em tonalidades mais escuras é uma ótima pedida para quem busca um visual elegante, mas com um quê despojado. A combinação ficou ainda mais harmônica com o sapato social e a camisa azul de botões abertos. Um look com pouca margem de erro para a ala masculina.

foto: jordan Strauss/contributor/wireimage

foto: Isaac Brekken/stringer/Getty Images

foto: Isaac Brekken/stringer/Getty Images

O cantor de rap Nas apostou em uma combinação mais descontraída e acertou. A jaqueta de couro com jeito de gasta deixou o visual mais cool, junto aos óculos estilo aviador. E para não dizer que seu estilo musical e sua fé ficaram de lado, fez questão de colocar a correntinha de prata. Afinal, para ter estilo é preciso dar um toque pessoal.

foto: jordan Strauss/contributor/wireimage

Em uma noite especial é preciso investir no seu melhor look. Confira nossa lista com os quatro mais bem vestidos do evento e suas apostas certeiras por Ana Carolina Ralston

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Ao falar sobre os sete prêmios do Billboard Music Awards que recebeu, Justin Bieber declarou que o que lhe deu mais orgulho foi o de Melhor Artista Novo. “O melhor momento”, declarou, “foi ver os olhos de minha mãe e o quanto ela estava orgulhosa de mim.”

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Artistas responderam com quem gostariam de fazer uma parceria: Justin Bieber mencionou Jay-Z e Will.i.am; Snoop Dogg foi enfático ao mencionar Sade.

BIEBER, artista com mais prêmios na noite, também levou pra casa uma foto com THE EDGE, WILL.I.AM e BONO

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BILLBOARD MUSIC AWARDS 2011 BILLBOARD MUSIC AWARDS 2011 BILLBOARD MUSIC AWAR

foto: kevin mazur/wireimage

stage 1. Nada de perder a hora: THE BLACK EYED PEAS, o quarteto fantástico, a postos, para receber o prêmio de Melhor Grupo

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2. JAY-Z: ele não ganhou nenhum prêmio, mas levou pra casa o principal troféu da noite, a esposa Beyoncé

foto: kevin mazur/wireimage

4. TAIO CRUZ e a estrela de Glee, MATTHEW MORRISON

foto: kevin mazur/wireimage

3. Reencontro: a Artista do Milênio, Beyoncé, e as ex-colegas de Destiny’s Child KELLY ROWLAND (à esquerda) e MICHELLE WILLIAMS (à direita)

5. Depois de subir ao palco com a tia Beyoncé, DANIEL JULEZ descansa no colo de RIHANNA, vencedora dos prêmios de Melhor Artista Feminina e Melhor Artista Top Radio 6. LIL WAYNE abraça a amiga NICKI MINAJ: ela foi indicada em quatro categorias, não levou nenhuma, mas animou a plateia do MGM Grand Garden Arena com suas performances

7. O publisher da Billboard Brasil ANTONIO CAMAROTTI acompanhou a cerimônia ao lado de LISA RYAN HOWARD, publisher da edição americana 8. O diretor editorial da Billboard BILL WERDE aproveitou a oportunidade para entrevistar PAUL MCGUINNESS, empresário do U2, banda condecorada com os troféus de Melhor Artista em Turnê e Melhor Turnê por 360º

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foto: Stephen Lovekin/Getty Images for IMG

foto: denise truscello/wireimage

foto: kevin mazur/wireimage

foto: kevin mazur/wireimage

foto: kevin mazur/wireimage

RDS 2011 BILLBOARD MUSIC AWARDS 2011 BILLBOARD MUSIC AWARDS 2011 BILLBOARD MUSIC AWARDS 2011 BILLBOARD M

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fOTO: maria tuca fanchin

Indie desgarrrado

ALLAN MCGEE leva ao alto sua guitarra imaginรกria na noite em que discotecou em Sรฃo Paulo


Depois de construir a grande casa do rock independente britânico, Alan McGee não quer mais saber de trabalhar com música: “Vou vender toda a minha coleção de discos” por Rodrigo Ortega De sobretudo, chapéu, óculos escuros e sempre de olho em seu Blackberry, Alan McGee parece cheio de negócios importantes. Mas há três anos ele deixou de ser um homem de negócios. O escocês de 50 anos se aposentou em 2008 e hoje vive no País de Gales com a família, certo de já ter cumprido sua missão profissional. Alan fundou em 1983 a Creation, um dos selos responsáveis pela massificação do indie rock britânico. Jesus and Mary Chain, Primal Scream, Ride, My Bloody Valentine e Teenage Fanclub tiveram a sua marca. Depois, a explosão do Oasis levou a Creation às alturas e acordos milionários. Nada, porém, que a impedisse de fechar, em 1999. Alan ainda continuou com empreitadas musicais – a maior delas com os Libertines – por um tempo, antes de sair de cena. A viagem ao Brasil para o Festival da Cultura Inglesa, onde discutiu o novo documentário Upside Down: The Creation Record’s Story e discotecou em uma festa, foi um pequeno revival dos tempos de Creation – mas em um país, que, segundo ele, ainda não foi ferrado pelo sistema. Em conversa com a Billboard Brasil, ele conta como foi da euforia dos anos 80 e 90 ao olhar deprimido com que encara o mercado de hoje.

Você acha que a época atual, com muitos artistas escolhendo ser independentes, é semelhante à do início da Creation, nos anos 80, quando surgiu o “indie”? Não, acho que naquela época as pessoas acreditavam no sistema. Mas eu não, então fui atrás. Havia só algumas pessoas como eu: Rough Trade, Factory, 4AD, Mute Records [outros selos independentes britânicos da época], nós fizemos o nosso caminho. Há alguns bons selos de música hoje também, a Domino é legal. Não era tão óbvio o caminho que escolhemos de ser indies. Nós fizemos porque... Eu não sei por que eu comecei um selo... Acho que é porque eu não queria outro emprego. Não porque eu era um megafã de música. Eu gostava de música. Mas não queria ser um motorista de táxi ou coisa assim – não que seja um emprego ruim, mas eu não queria. Dei sorte de ser bom com música. Mas você teve um emprego “comum” (na British Rail) antes, não é? Foi com o dinheiro dele que você começou a Creation? Não, não foi com isso. Eu tinha um clube noturno chamado Living Room, e consegui fazer dinheiro com ele. E então eu comecei a fazer discos, assinei com algumas bandas que começaram a crescer, e foi então que começou de verdade. No documentário (Upside Down), você diz que “quando você tem pouco, isso aumenta as coisas”. Pode explicar isso? Se você tem muito dinheiro, você pode fazer 20 coisas diferentes. Mas, se você não tem, só tem uma ou duas alternativas, e provavelmente vai lutar para fazer alguma delas do jeito certo. Não ter tanto dinheiro definiu a nossa história e provavelmente nos ajudou a longo prazo. Não parecia que estava nos ajudando na época, mas provavelmente, olhando para trás, foi bom. Foi o excesso de dinheiro que lhe fez perder o interesse na Creation? Não, foi porque eu parei de tomar drogas [risos]. As drogas também “aumentam as coisas”.... Elas são ótimas. Mas eu tive que parar de tomá-las porque eu quase morri. Eu tive uma grande crise em um voo de Los Angeles. Então tive que parar. Meu interesse pela música não diminuiu. Gosto de música, gosto dos Beatles... Mas meu interesse pelo negócio é inexistente, eu não me importo mais.

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Um homem e suas bandas Alan McGee lembra os grupos que ajudou a botar no mapa e na história do rock

Por isso decidiu abandonar seu trabalho? Eu perdi o interesse, para ser honesto. O negócio da música mudou muito desde os anos 80 e 90 para as gravadoras. Acho que é uma coisa pessoal também, porque agora eu tenho 50 anos. Meus interesses são diferentes. Eu ainda amo música, mas o negócio não me interessa mais. Mesmo não participando, como você vê o mercado hoje? Eu acho que é muito difícil para todos, para gravadoras também. É muito difícil ser notado, há 15, 20 anos era muito mais fácil. Nos anos 80 ou 90 você podia fazer as bandas crescerem. Agora você tem que ser Lady Gaga: grande imediatamente, senão você está demitido. E que direção você acha que as gravadoras grandes deviam tomar? Morrer. Eles são dinossauros, horríveis, babacas. Mas músicos novos ainda lhe procuram, entregam discos? E o que diz para eles? O tempo todo. Eu digo para eles honestamente que deixei de trabalhar com música, mas se eles quiserem deixar o disco comigo, tudo bem. E digo para que não assinem contratos, que façam as coisas eles mesmos. Algumas bandas são legais. Gostei de uma banda chamada The Grants, de Liverpool. E Glasvegas, de Glasgow. Eu amo Glasvegas. O álbum novo [Euphoric /// Heartbreak \\\] é bom. Allan [James Allan, o vocalista] é um talento impressionante. E quais são seus interesses agora? Eu ainda gosto de bandas novas, as vejo às vezes, gosto de discotecar. Mas gosto principalmente de livros e filmes. Eu vou vender a minha coleção de discos. Sim, quando eu voltar, semana que vem, vou vender tudo relacionado à música: prêmios, contratos. Eu não quero isso mais. Você escreveu em 2009 um artigo entusiasmado sobre um artista brasileiro chamado Babe, Terror. Falou sobre tropicália também. Qual é seu contato com o Brasil? Sim, me lembro do Babe, Terror, era insano, muito bom. Seria legal encontrá-lo aqui. Era interessante e boa a música dele. O Brasil é muito interessante, porque parece um universo à parte do sistema atual. Obama, Cameron, Sarkozy, eles são só marionetes. O sistema bancário domina o mundo. O Brasil é interessante, porque não parece ser dominado por eles como os EUA, a Grã-Bretanha e a França. O que é incomum em países como o Brasil e Alemanha é que são autossuficientes, mesmo que eles tentem ferrar vocês também [risos].

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Jesus and Mary Chain

“Bobby Gillespie me falou deles pela primeira vez [Gillespie era amigo de adolescência de Alan em Glasgow e foi baterista do Jesus and Mary Chain, antes de formar o Primal Scream]. Foi a nossa primeira banda a estourar. Eles eram boas pessoas, ainda sou amigo de Jim e William [Reed, irmãos líderes da banda].”

Oasis

Teenage Fanclub

“Eu não esperava nada disso [que Bandwagonesque, de 1991, fosse um possível sucesso como Nevermind, no Nirvana]. Nós nem esperávamos que fosse um bom disco, nós só os deixamos fazer. E quando nós ouvimos, dissemos “cara, isso é impressionante”. E foi grande, para ser honesto. Vendeu 400 mil, o que é muito. Nos EUA poderia ter vendido um milhão. Mas a gravadora de lá, Geffen, fodeu tudo. Eles os tiraram da MTV. Acharam que não era bom o suficiente, foi surreal.”

Primal Scream

“Foi um tempo incrível [a gravação de Screamadelica, de 1991], e foi um disco ótimo que passou pelo teste do tempo. Ótima banda. O Oasis nos mudou comercialmente, mas a banda que define a Creation é o Primal Scream.”

“As minhas primeiras impressões foram de que eles eram só uma boa banda. Eu já tinha visto toneladas de boas bandas, não tinha a mínima ideia de que eles iriam vender 50 milhões de discos [Alan chutou baixo, foram 70 milhões]. Definitely Maybe vendeu sete milhões, já dava pra ver que era uma coisa grande. É um clichê, mas o momento em que realmente tive certeza do enorme sucesso foi quando eu ouvi “Wonderwall” – tive certeza de que ia vender dez milhões, e no fim das contas vendemos 21 milhões [de What’s The Story (Morning Glory), de 1995].”

Libertines

“Eu só fui o empresário, achei que eram bons. A gravadora me pediu para empresariar. Eu fiz isso até que chegamos ao número 1. Fui convencido. Eu estava em Nova York, me ligaram: ‘Quer voltar para a festa?’. Retornei à Grã-Bretanha, mas, na verdade, não estava muito interessado em fazer isso. Agora eu não sei se eles deveriam voltar. O Pete está na prisão no momento, então eu não faço ideia. Não sei, não sou a pessoa mais adequada para responder isso, você deveria perguntar a alguém mais jovem [risos].”


roaming

por

Ana Carolina Ralston

Algo de delicioso na Dinamarca

Aproveite o tradicional festival de Roskilde para conhecer uma irresistível capital europeia

Programe sua viagem PASSAGEM preço médio (ida/volta): R$ 4.800 HOSPEDAGEM Scandic Palace Hotel ** preço médio: R$ 336/noite •www.scandichotels.com Ansgar Hotel * preço médio: R$ 230/noite • www.ansgar-hotel.dk FESTIVAL Roskilde • www.roskilde-festival.dk NA DINAMARCA Vega • www.vega.dk Copenhagen Jazz House • www.jazzhouse.dk Noma • www.noma.dk M/S Amerika • www.msamerika.dk/ Louisiana Museum of Modern Art • www.louisiana.dk

tradicionais deliciosos como o Grørften, dentro do famoso parque Tivoli. A lista de locais imperdíveis inclui também o M/S Amerika, localizado no cais de Nordhavn, ou algum charmoso bar onde se possa experimentar o típico smørrebrød (sanduíche aberto). De preferência, no bairro de Porto Novo, Nyhavn, região conhecida pela ativa vida noturna, entre bares e boates. Outro sentido a ser aguçado está a apenas 37 km de Copenhague, em Roskilde. A cidade, que foi capital da Dinamarca por 500 anos, abriga desde 1971 um dos mais importantes festivais de música do norte europeu. Ele é organizado por uma entidade homônima – Roskilde Festival –, sem fins lucrativos, que doa o lucro para organizações direcionadas ao desenvolvimento da música, da cultura e do humanismo. Este ano, cerca de 170 artistas se apresentam entre 30 de junho e 3 de julho. Outros quatro dias que antecedem a abertura entram como parte da comemoração, com bandas experimentais e novos talentos da região. O festival acontece em seis locais. O principal, Orange Stage, chega a abrigar 60 mil convidados ao ar livre.

Entre as principais atrações estão: Arctic Monkeys, Iron Maiden, Kings of Leon, The Strokes, Mastodon, PJ Harvey, M.I.A. e Bad Religion. Novas apostas da cena musical também marcarão presença, como Tame Impala, Anna Calvi e Janelle Monáe. O Brasil estará representado nesta edição pela pernambucana Karina Buhr. Ir de Copenhague a Roskilde é fácil. Há em média quatro trens diários que ligam as duas cidades. A viagem dura 20 minutos, o que torna viável o bate-volta para o festival. E, se você quiser música na capital mesmo, o Vega, casa de shows apontada como uma das melhores da Europa, tem em junho shows de Journey, PIL, Eels e Social Distortion. Outra pedida é a Copenhagen Jazz House, que tem shows e até festas com música jazzística para dançar. Para inspirar mais, outro endereço obrigatório é o Louisiana Museum of Modern Art. O museu fica a 35 km da capital (20 minutos de trem) e possui uma incrível coleção permanente de obras, exibições itinerantes e concertos de música clássica. Sua construção é considerada um marco na arquitetura moderna dinamarquesa e uma referência na integração com a natureza. Pronto para conhecer o destino mais visitado do norte da Europa?

No norte do globo: o bairro de Nyhavn, em Copenhague (à esq.) e o Orange Stage no festival de Roskilde que trará este ano TAME IMPALA, KARINA BUHR e KINGS OF LEON fOTOS: copenhague: Guy Vanderelst/Getty Images; orange stage: Klavs Bo Christensen; tame impala: divulgação; karina buhr: Ariel Martini; kings of leon: Jon Furniss/getty images

A Dinamarca anda mexendo com os cinco sentidos do restante do globo. E o curto, mas aprazível, verão local é boa época para conferir por quê. A gastronomia vem sendo um dos principais motivos: mais uma vez o Noma, orientado pelo chef René Redzepi, foi considerado pela revista britânica Restaurant o melhor restaurante do mundo. Para conhecêlo, é preciso reservar com três meses de antecedência, mas existem outros 11 restaurantes com estrelas Michelin na cidade, além de estabelecimentos


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opinião

por João

Marcello Bôscoli

Pílulas soul, pop e um gênio brasileiro Clay Shirky: “Quanto mais fácil para a pessoa média é a publicação, mais médio se torna aquilo que é publicado”.

foto: Frank Micelotta/getty images

Tenho acompanhado muitas matérias falando do neo-soul nos jornais, revistas e TV como se fosse uma novidade muito recente. Citam Cee-lo Green, John Legend e Janelle Monae, mas se esquecem daqueles que lançaram o sub-gênero: Erykah Badu e D'Angelo. O nome “neo classic soul” foi criado pelo empresário-produtor Kedar Massenburg, no meio da década de 90, para descrever o som de seus artistas e causou muitos debates. Por causa do sucesso de sua proposta, Kedar virou presidente da mitológica Motown.

George Michael é o último pop star inglês. Talentoso, carismático e autoconfiante, teria emprego na Motown, Stax ou Atlantic. Jogou a carreira no ralo por livre e espontânea vontade. Assim como Madonna e U2, poderia estar no topo do jogo.

Falando em soul, a onda atual de emular os formatos de composição, os timbres dos instrumentos, microfones e gravadores dos anos 60, tem um componente que também esteve presente no nascimento do neo-soul: o talentoso Raphael Saadiq, fundador do grupo Tony! Toni! Toné!, estar envolvido em dois movimentos de renovação musical na América em curto espaço de tempo não é pouca coisa.

Um dos fundadores da Banda de Ipanema, célebre bloco de rua carioca, foi o agitador e produtor cultural Albino Pinheiro – sobrinho do Custódio Mesquita.

Bruno Mars teria emprego como compositor e produtor na Motown, Stax ou Atlantic dos anos 60?

Seguir artistas no Twitter? E o mito fica onde? Fazendo compras ou almoçando? Os últimos artistas norte-americanos a modernizarem a linguagem musical do R&B sem copiar ou samplear o passado são Stevie Wonder, Michael Jackson e Prince. Quando acontecerá de novo?

Tudo é criado a partir de algo, claro. Todavia, o verdadeiro autor (do latim auctor, augere, aumentar) acrescenta algo pessoal, tornando determinada obra única. É algo pra poucos. Já sua apreciação está ao alcance de todos.

D'Angelo: soul renovado nos anos 90

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Compositor, pianista, baterista e regente, o brilhante Custódio Mesquita (1910-1945) é uma referência para muitos “artistas-referência”. Frequentemente chamado de Tom Jobim dos anos 30 e 40 – por causa de suas harmonias e melodias de outro planeta –, foi gravado por Carmem Miranda, Orlando Silva, Mário Reis, Angela Maria, Dalva de Oliveira e, mais recentemente, por Nana Caymmi e Gal Costa. Parceiro de Noel Rosa, Evaldo Ruy, Geysa Bôscoli e Mario Lago, também escreveu peças teatrais e atuou no cinema com Grande Otelo. É considerado precursor da moderna música brasileira. Desconhecê-lo torna o Brasil menor.

JOÃO MARCELLO BÔSCOLI é músico, produtor e responsável pela gravadora Trama.


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LOOK DE ARTISTA ARTISTA

por

Ana Carolina Ralston

Jaqueta de algodão MCD R$ 650

Polos de algodão

RICARDO ALMEIDA R$ 245

Relógio de aço com strass SWATCH R$ 600 SWATCH

Chapéu de feltro C&A R$ 40

Óculos de sol tipo aviador de metal

RAY-BAN PARA RAY-BAN PARALUXOTTICA LUXOTTICA R$ 693

Cinto de couro Calça jeans

FOTO: MARCEL THOMAS

SIDE WALK R$ 198

Sapato de couro PARAMOUNT R$ 480

LE POSTICHE R$ 139

Jack White Referência no rock contemporâneo, Jack White anunciou em fevereiro a dissolução do White Stripes, duo que o consagrou no começo do milênio. Mas, para tranquiiidade da legião de fãs, suas duas outras bem-sucedidas bandas continuam na ativa: The Raconteurs e The Dead Weather. Nelas, Jack canta, toca guitarra e ainda mostra seu talento com as baquetas. Antes mesmo de se casar com a modelo e cantora Karen Elson, ele já investia em um visual diferente. Preocupado em criar um estilo próprio para suas performances, o músico tratou de usar referências musicais em acessórios e peças de roupas que parecem ter saltado de uma produção de Tim Burton. Já esteve em alguns importantes editoriais de moda masculina e chegou a posar, no ano passado, ao lado da esposa para a Vogue América.

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Karen Elson CRÉDITOS: WWW.RICARDOALMEIDA.COM.BR; WWW.SIDEWALK.COM.BR; WWW.LEPOSTICHE.COM.BR; WWW.CEA.COM.BR; WWW.SWATCH.COM.BR; WWW.MCDBRASIL.NET; WWW.LANCAPERFUME.COM.BR, WWW.PARAMOUNTBRASIL. COM.BR; WWW.LITAMORTARI.COM.BR; WWW.ACCESSORIZE.COM.BR; WWW.MARIAFILO.COM.BR; WWW.CORELLO.COM.BR; WWW.D-FRENT.COM.BR; WWW.DMYLR.COM.BR; WWW.VIVARA.COM.BR; WWW.LUXOTTICA.COM.

A modelo britânica foi capa das revistas de moda mais cobiçadas do mundo. Também colocou sua cabeleira ruiva e seus lindos olhos claros nas campanhas de Yves Saint Laurent, Louis Vuitton, Christian Dior e Chanel. Recentemente, a esposa do músico Jack White resolveu realizar um sonho de infância: produzir um disco com canções próprias. The Ghost Who Walks, lançado este ano no Brasil, leva como título o apelido um tanto cruel que Karen tinha na época de colégio por ser alta e branca – algo como o “fantasma que anda”. E, para sanar esse trauma da adolescência, ela resolveu colocar tudo para fora em canções que trazem uma forte influência folk-rock. E parece que o mundo da moda deixou mais digitais na senhora White do que apenas as tantas capas de revistas e campanhas das quais participou. Seu estilo pessoal, com uma pitada retrô, é bastante admirado.

Casaqueto de tweed com organza LITA MORTARI R$ 2,3 mil

Cardigã de tricô

LANÇA-PERFUME R$ 330

Brincos de ouro branco e diamantes VIVARA R$ 2 mil

Fivela de metal ACCESSORIZE R$ 36

Vestido de algodão e renda DAMYLLER R$ 255

Cinto de couro envernizado

Bolsa carteiro de couro MARIA FILÓ R$ 596

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Sapato boneca de couro D.FRENT R$ 935

FOTO: PASCAL LE SEGRETAIN/GETTY IMAGES

FOTOS: DIVULGAÇÃO

CORELLO R$ 79

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closet

por

Ana Carolina Ralston

O fabuloso destino de Tulipa Ruiz

As surpresas que inspiraram seu primeiro disco, Efêmera

Não é apenas pela curtíssima franja que Tulipa Ruiz lembra a personagem principal do longa de Jean-Pierre Jounet. Seu apartamento, na Consolação, em São Paulo, revela mais semelhanças entre a cantora e Amélie Poulain. Além dos objetos divertidos que possui espalhados pela casa, ambas dão atenção a um tema que Tulipa resumiu no nome que deu ao seu primeiro e único disco, Efêmera: a fugacidade dos acontecimentos da vida contemporânea. “Situações duradouras, assim como momentos vividos em flashes, me interessam. Gosto de pensar sobre o tempo das coisas”, diz. Tulipa acaba de voltar de sua primeira turnê internacional, apenas com voz e violão. Para o segundo semestre, já adianta nova turnê na Europa. Seu primeiro videoclipe – que deu nome ao disco – será lançado neste mês, e o segundo, Sushi, chega em julho, com direção da atriz Leandra Leal. E suas gravuras, que vemos em projeções durante os shows, onde entram? “Pretendo ilustrar a capa do vinil Efêmera que lançaremos em alguns meses. Sonho de infância”, conta. Um velho disquinho não poderia deixar de estar entre seus objetos favoritos.

“Estava andando por Paris e encontrei este disco da trilha sonora do filme Jules et Jim, de François Truffaut. Foi a melhor compra da viagem. Comecei a gostar ainda mais depois que li o Milton Nascimento falando sobre ele. É um dos filmes preferidos do Milton também.”

Lomo Fisheye

“Gosto de tirar fotos com ela por ser analógica e acidental: as fotos com esta câmera são sempre uma surpresa. Ela sai do imediatismo das 40 mil fotos digitais. Você compra um filme de 36 poses e escolhe cada uma delas.”

Regador

fOTOs: ADRIANO VIZONI

“Tinha o sonho de ter uma casa com varanda, plantas e um regador. Quando fui morar sozinha, fui montando tudo aos pouquinhos, e o regador foi a finalização disso! Queria um que fosse como os de desenho animado.”

Caixinha de música Cílios postiços

“Eu adoro! Por isso, a Tiê me deu vários que eram dela. Acabei encontrando um igualzinho ao meu preferido em Londres, durante a turnê. Usei este aqui no show que fizemos por lá.”

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“Fiz aniversário e, um tempo depois, fui presenteada com esta caixinha de música de uma amiga que tinha ido para a Rússia. Este foi o presente mais inesperado e bonito que já ganhei. Todos que chegam em casa a colocam para tocar. É como se a caixinha desse boasvindas a todos que entram aqui.”

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música&moda

por

Ana Carolina Ralston

À moda antiga

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partir dos grandes acontecimentos e passou a ser ditada por estilistas da altacostura, como Pierre Balmain, Hubert de Givenchy e Christian Dior. Os grandes influenciadores de tendências, nos dias de hoje, são os movimentos que acontecem nas ruas. Isso quer dizer que a força da moda saiu, em parte, das grandes maisons e está na leitura individual sobre as últimas décadas – não vividas pela geração atual, porém extremamente admirada por ela. A criação de um estilo próprio, por meio da releitura da moda antiga, chega com força para o inverno 2011: em cores, como o verde e o âmbar; em peças, como o revisitado trenchcoat e o sapato oxford (old school); e em estampas, como os poás (bolas) e listras de marinheiro. Visite as fotografias antigas de família e inspire-se!

foto: t ony barson/wireima Ge

foto: Gilbert carrasquillo/filmma

foto: shirlaine f orest/wireima

Ge

Gic

Costumes, atitudes, ideias de outras épocas... Tudo que já foi inventado serve para entendermos onde estamos e para onde vamos. Na moda não é diferente. O estilo vintage – ou retrô – se baseia na interpretação das roupas usadas nas décadas de 20, 30, 40, 50 e 60. Esta moda, muito em alta na atual temporada, traz à tona um universo vivido tempos atrás. As referências fashion dos anos 20, por exemplo, foram inspiradas principalmente pelo som das jazz bands e pelo charme das melindrosas. Já na década seguinte, com a Grande Depressão que sucedeu o crash da Bolsa de Valores de Nova York em 1929, o vestuário tornou-se mais austero, com peças sem muita ousadia, em cortes mais retos. Ano após ano, a moda foi marcada e reinventada a

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Ge

fo t o: v ict or v ir Gile/ Gammarapho

fo t o: r and y broo Ke /contribut or/ w ireima Ge

Agnes B

Sonia Rykiel

fo t o: vit or vir Gile/contribut

or/ Gamma rapho

fo t o: Karl prouse/ca tw al Kin/ Get t y ima Ges

fo t o: Joe scarnici/wireima

Mundialmente conhecida por ser a voz feminina do grupo The Black Eyed Peas, Fer Gie é presença assídua em inúmeros desfiles das semanas de moda internacionais. Seguindo direitinho a tendência da estação, a cantora esteve nos arredores do Lincoln Center durante o Mercedes-Benz Fashion Week, em Nova York, em fevereiro deste ano.

Além de atriz – ela é o rostinho angelical que ilumina o longa 500 Dias com Ela –, Zooe y Des chane L também faz parte da dupla folk-pop She & Him, ao lado de M. Ward. A moça esteve no PlayStation Lounge, durante o evento The Silver, em Utah, com um visual old school.

Philip Lim

Conhecida por seu jeitinho pin-up, Ka ty Perr y não perde a oportunidade de seguir o estilo retrô. Ela marcou presença no desfile de outono/inverno 2012 de Jean-Charles de Castelbajac, durante a semana de moda de Paris, vestindo um modelito navy e ostentando marcantes madeixas azuis.

Anna Sui

Ex-Oasis, atualmente no grupo Beady Eye, Liam Ga LLa Gher planeja produzir um filme sobre os anos finais dos Beatles. Dono de sua própria marca de roupas, a Pretty Green, ele esteve no lançamento da Black Collection da grife, na Selfriges, em Manchester.

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our stuff

por

Ana Carolina Ralston

Nanonovidades Gadgets com tecnologia de ponta em compartimentos cada vez menores estão entre os principais lançamentos no mundo da música

Reino animal Para aqueles que não resistem a um motivo infantil, a Maxprint anuncia as caixas de som Cartoon Octopus, Panda e Mini Panda. Os aparelhos em formato de bichinhos podem ser usados em computadores, iPods, iPhones, MP3/MP4 players, CD/DVD players e celulares. Com nariz de LED, indicando se o aparelho está ligado ou desligado, a opção animada vai além do rostinho bonito. O Cartoon Octopus possui 20W de potência total, 10W de subwoofer e mais dois canais estéreos amplificados com 5W RMS cada. A caixa de som Panda traz dois canais estéreos amplificados com 3W RMS cada e controle de volume sensível ao toque. Já o Mini Panda chega a um total de 4W RMS, em dois canais amplificados de 2W cada. Sua alimentação de energia é simples, pode ser feita por entrada USB ou três pilhas AAA. Disponíveis por R$ 190, R$ 150 e R$ 77, respectivamente. Informações sobre os pontos de venda estão no site www.maxprint.com.br.

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Na palma da mão

MP3 mini ultra pocket

Quem disse que tamanho não é documento? No mundo tecnológico, quanto mais funções acumuladas em um aparelho bem pequeno, melhor para o consumidor. É por isso que a novidade da Sceptre, conhecida por suas televisões LCDs e monitores de computador, tem dado o que falar. O novo Sceptre Luna Pocket Video Projector & MP3 Player faz tudo aquilo que seu nome diz. Nele, você pode compartilhar imagens, assistir a vídeos ou até apresentar um projeto em uma reunião de negócios. Além, é claro, de escutar a sua playlist favorita. Todas essas funções estão embaladas em um dispositivo que pesa apenas 2,6 gramas, com um centímetro de espessura. A memória do mimo chega a 32GB. Por US$ 120 na loja online www.qvc.com.

Você pode até levá-lo no bolso, mas vai ter que tomar cuidado para não perdê-lo lá dentro: a novidade da Creative chega com 5,5 cm de altura, 4,4 cm de largura e pouco mais de um centímetro de espessura. O ZEN Style M300 é um miniaparelho MP3/Vídeo com até 16GB de memória. O mascote também conta com Bluetooth, entrada Micro-SD e rádio FM. Sua tela é touchscreen e a bateria permite até 20 horas de som. Além do formato MP3, o aparelho identifica WMA (DRM9) e WAV (IMA-ADPCM). O preço vai de US$ 40 a US$ 90, dependendo das especificações, e chega à Europa e aos Estados Unidos neste mês.


Anos 50 high tecH Ele nos faz lembrar os antigos microfones usados nas gravadoras dos anos 50. Mas não é bem assim: entre os equipamentos da época de Elvis Presley e estes aqui existem mais diferenças do que julga nossa vã filosofia. O novo Samson Meteor Mic é um microfone USB, com cápsula de condensador, perfeito para estúdios domésticos, sistemas de podcasting ou para garage bands. A peça é uma solução portátil de alta qualidade para gravar suas performances diretamente do seu computador. O Meteor Mic conta com diafragma largo (25 mm) e uma resolução profissional de 16 bit, 44.1/48Hz. Por US$ 100 na loja online www.bestbuy.com

Você gosta da dobradinha música & esporte? Então vem novidade por aí: os fones de ouvido ActionFit SHQ3000/10 são fabricados com materiais à prova d’água e agentes bactericidas que ajudam a eliminar germes. Os ganchos, ajustáveis para as orelhas, possibilitam um encaixe muito melhor para o usuário durante a prática das atividades físicas. Além disso, o aparelho vem com três tamanhos de protetores de silicone, que ajudam a bloquear ruídos externos. O ActionFit chega às lojas este mês com preço médio de R$ 70. Mais informações sobre pontos de venda no site www.philips.com.br.

Te cuida, iPod! O iPod Touch continua ocupando o primeiro lugar no coração dos amantes da música. Mas, para quem busca uma opção de boa qualidade sonora, economicamente mais acessível e desvinculada do quase onipresente iTunes, o Zune HD 64GB, novo modelo criado pela Microsoft, pode ser uma ótima opção. Sem a riqueza de aplicativos do irmão Macintosh, o aparelho touchscreen permite a você escutar uma boa seleção musical e assistir a vídeos pelo seu acesso Wi-Fi. Você encontra o Zune HD por US$ 260 no site www.buy.com.

Save energy

1, 2, 3... gravando!

Os amantes da música exigem ainda mais energia de seus celulares. Não só para colocar em prática todas as funções musicais que existem atualmente, mas também para ficar horas a fio escutando sua playlist. Além do mais, não há bateria que aguente tantas atualizações no Twitter e no Facebook enquanto rolam os festivais. Por isso, a MiLi lançou no mercado a capa de silicone Power Skin, que vem com um carregador acoplado que chega a duplicar a duração da bateria. A supercapa aumenta a autonomia do iPhone para 19 horas seguidas de música, 5,4 horas de videoclipes e cerca de 230 horas em modo stand by. Pra completar, protege seu companheiro de acidentes de percurso, como quedas e arranhões. A MiLi Power Skin sai por £ 40. Mais informações para compra no site http://www.powerskin.co.uk.

Conhecida pelas pedaleiras e gravadores profissionais, a Zoom chega ao Brasil (pela Royal Music) com a câmera Q3HD. O aparelho faz gravações de imagens em Full HD (1920 X 1080) com dois microfones condensadores, que captam o áudio com qualidade de estúdio, em 24bit/96kHz surround, em ambientes fechados e abertos. A câmera vem com o software Handy Share já instalado, para você editar áudio e vídeo, colocar efeitos e subir o material final para a internet. Com alto-falante, tem memória expansível que chega a 32GB. À venda em www.reference.com.br por R$ 1,2 mil.

fOTOs: divulgaçÃO

Para os esportistas

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agenda • junho / julho

Junho QUARTA,

Slayer

Curitiba (PR) Master Hall

8

Junho QUINTA,

Scott Stapp

Belo Horizonte (MG) Chevrolet Hall

9

Slayer

Zélia Duncan

São Paulo (SP) • Via Funchal

SESC Belenzinho São Paulo (SP)

Cut Copy

Scott Stapp

15

Porto Alegre (RS) Teatro do Bourbon Country

Zélia Duncan

SESC Belenzinho São Paulo (SP)

Junho sábado,

Ana Carolina

Natal (RN) Teatro Riachuelo

Curitiba (PR) • Master Hall

Pitty

Porto Alegre (RS) Bar Opinião

16

São Paulo (SP) • Auditório Ibirapuera

A Day to Remember

Curitiba (PR) • Master Hall

Marcelo Jeneci

São Paulo (SP) • Tom Jazz

Roberta Campos

Seu Jorge

Peter Hook & The Light

Billy Paul

Scott Stapp

Scott Stapp

São Paulo (SP) Credicard Hall

14

Junho terça,

ATRAÇÕES: SHARON JONES & THE DAP KINGS, WAYNE SHORTER, JOSHUA REDMAN E MARCUS MILLER

Rio de Janeiro (RJ) • Teatro Oi Casagrande

São Paulo (SP) HSBC Brasil

Rio (RJ) • Citibank Hall

São Paulo (SP) • HSBC Brasil

(GO) São Paulo (SP) • Citibank Hall Anápolis Estádio Municipal

Junho domingo,

Curitiba (PR) • Master Hall

Ribeirão Preto (SP) Radio Club

19

Pitty

São Paulo (SP) • Citibank Hall

Men At Work by Colin Hay

Jota Quest

São Paulo (SP) • HSBC Brasil

Kaki King

22

Junho quarta,

São Paulo (SP) SESC Belenzinho

Gusttavo Lima

Campinas (SP) • SESC

Jota Quest

São Paulo (SP) Villa Country

Marcelo Jeneci

São Paulo (SP) • Tom Jazz

Amado Batista

Porto Alegre (RS) Pepsi On Stage

Ana Carolina

Rio de Janeiro (RJ) • Vivo Rio

João Pessoa (PB) Espaço Cultural

São Paulo (SP) • Estúdio Emme

Rio (RJ) • Vivo Rio

Peter Hook & The Light

Jorge Vercillo

Renato Teixeira

Arlindo Cruz

Djavan

São Paulo (SP) SESC Belenzinho

Natiruts

NX Zero

São Paulo (SP) • Credicard Hall

Kaki King

Belo Horizonte (MG) Chevrolet Hall

17

Junho sexta,

Jota Quest

São Paulo (SP) Credicard Hall

Rio (RJ) • Vivo Rio

Rita Lee

Cut Copy

São Paulo (SP) Estúdio Emme

Nando Reis

Billy Paul

São Paulo (SP) Citibank Hall

Colin Hay

Lages (SC) Parque de Exposição

Roberta Campos

São Paulo (SP) Credicard Hall

Milton Nascimento

Junho sexta,

São Paulo (SP) Via Funchal

Seu Jorge

CPM 22 + Smille + Solar

Belo Horizonte (MG) Chevrolet Hall

Rio de Janeiro (RJ) Vivo Rio

24

Fernanda Takai & Maki Nomiya

Angela Ro Ro

SESC Belenzinho São Paulo (SP)

Curitiba (PR) Master Hall

Junho quinta,

Jorge Aragão

Curitiba (PR) Teatro Positivo

Ed Kowalczyk

Indaiatuba (SP) Parque Ecológico

Oswaldo Bosbah

Jota Quest

São Paulo (SP) HSBC Brasil

Peter Hook

São Paulo (SP) Tom Jazz

Rio de Janeiro (RJ) Circo Voador

Julho domingo,

Ed Kowalczyk

Porto Alegre (RS) Pepsi On Stage

3

Julho quinta,

Marcos e Belutti

São Paulo (SP) Villa Country

7

São Paulo (SP) Tom Jazz

Porto Alegre (RS) Teatro do Bourbon Country

30

SESC Belenzinho São Paulo (SP)

Julho sexta,

Ed Kowalczyk

Rio de Janeiro (RJ) Vivo Rio

19

Julho sexta,

Black Na Cena Music Festival

22

Julho sábado,

Junho quarta,

Revamp

Porto Alegre (RS) Bar Opinião

29

Goldfinger & Reel Big Fisch

Victor & Leo

Os Paralamas do Sucesso

Americana (SP) Parque de Eventos CCA

Julho sábado,

Skank

Castelo (ES) Castelão

Os Paralamas do Sucesso

Os Paralamas do Sucesso

SESC Belenzinho São Paulo (SP)

Julho sábado,

Sérgio Britto

São Paulo (SP) Tom Jazz

Julho domingo,

Rio de Janeiro (RJ) Circo Voador

27

Porto Alegre (RS) Bar Opinião SESC Belenzinho São Paulo (SP)

2

Rio (RJ) Vivo Rio

9

Mr. Big & Jorn

23

Junho SEGUNda,

Revamp

Fernanda Takai & Maki Nomiya

Jorge Vercillo

SESC Belenzinho São Paulo (SP)

Julho sexta,

Dead Fish & Raimundos Rio de Janeiro (RJ) Circo Voador

15

Emmerson Nogueira

São Paulo (SP) HSBC Brasil

Julho terça,

Rio (RJ) • Circo Voador

Adriana Godoy

São Paulo (SP) Tom Jazz

8

26

Junho domingo,

Goldfinger & Reel Big Fisch

São Paulo (SP) • SESC Pinheiros

Os Paralamas do Sucesso

Julho sexta,

Dalua

25

Junho sábado,

Zizi Possi

São Paulo (SP) SESC Pinheiros

Os Paralamas do Sucesso

Nando Reis

Brasília (DF) • Teatro Oi

Fernanda Takai & Maki Nomiya

São Paulo (SP) SESC Pinheiros

Brasília (DF) Teatro Oi

São Paulo (SP) Teatro Abril

13

Junho segunda,

BMW Jazz Festival

Mostra Instrumental Contemporânea

Djavan

Katherine Jenkins

12

Junho domingo,

Atrações: Wayne Shorter, Billy Harper, Sharon Jones, Marcus Miller, Joshua Redman, Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz, Funk Off Brass Band, Renaud Garcia-Fons, Tord Gustavsen e Zion Harmonizers.

Brasília (DF) • Teatro Oi

Porto Alegre (RS) Teatro do Bourbon Country

18

11

Junho sábado,

Rio de Janeiro (RJ) • CAIXA Cultural Rio de Janeiro • Teatro Nelson Rodrigues

Colin Hay

Junho quinta,

10

Atrações: Aeromoças e Tenistas Russas e Eu Serei a Hiena (10); Mostro e Mestre Vieira (11); Fantasmagore e Burro Morto (12)

Rio (RJ) • Circo Voador

Junho quarta,

Junho sexta,

BMW Jazz Festival

Julho sábado,

Danzig

São Paulo (SP) HSBC Brasil

16

Julho domingo,

Danzig

São Paulo (SP) HSBC Brasil

17

Curitiba (PR) Teatro Positivo

24

Atrações: George Clinton, Sandra de Sá, O Baile do Simonal, Tony Tornado (22); Public Enemy, Jorge Ben Jor, Marcelo Yuka, Xis, Black Rio (23); Naughty by Nature, Method Man, Redman, Racionais MCs, Thaíde, Funk Como Le Gusta (24)

São Paulo (SP) • Arena Anhembi

Victor & Leo

Julho quinta,

Bobby McFerrin

São Paulo (SP) Via Funchal

28

Capital Inicial

Belém (PA) Hangar

Julho Sábado,

Elymar Santos

Rio de Janeiro (RJ) Vivo Rio

30

Belo

Jaguariúna (SP) Red Eventos

São Bernardo do Campo (SP) Estância Alto da Serra

As datas e locais estão sujeitos à alteração por parte dos organizadores. sugerimos consultá-los para confirmação das informações. fotos: JOTA QUEST: TOM ANDRADE, ANA CAROLINA:divulgação, skank: weber padua

Black Label Society

ANOTE:

13 de agosto São Paulo (SP) HSBC Brasil

Never Shout Never & Hey Monday 25 e 26 de agosto Porto Alegre (RS) Teatro do Bourbon Country 27 de agosto São Paulo (SP) • Via Funchal 28 de agosto Curitiba (PR) • Master Hall

Judas Priest + Whitesnake

ROCK IN RIO

TEARS FOR FEARS

Eric Clapton

10 de setembro São Paulo • Arena Anhembi

23, 24, 25, 30 de setembro e 1o e 2 de outubro Parque Olímpico Cidade do Rock (RJ)

4 de outubro Porto Alegre (RS) Pepsi on Stage

6 de outubro Porto Alegre (RS) • Fiergs

11 de setembro Rio • Citibank Hall 13 de setembro BH • Chevrolet Hall

8 de outubro Rio (RJ) • Citibank Hall

15 de setembro Brasília • Nilson Nelson

Dionne Warwick

Blind Guardian

x-japan

Katy perry

16 de agosto São Paulo (SP) Teatro Bradesco

9 de setembro São Paulo (SP) Via Funchal

11 de setembro São Paulo (SP) HSBC Brasil

25 de setembro São Paulo (SP) Chácara do Jockey

10 de setembro Curitiba (PR) Master Hall

80 billboard brasil Junho 2011

6 de outubro São Paulo (SP) • Credicard Hall

9 de outubro Belo Horizonte (MG) Chevrolet Hall 11 de outubro Brasília (DF) Centro de Convenções 15 de outubro Fortaleza (CE) • Siara Hall

9 de outubro Rio (RJ) • HSBC Arena 12 de outubro São Paulo (SP) • Morumbi

planeta terra 5 de novembro

Atrações Confirmadas: beady eye, The Strokes, The Vaccines, Peter Bjorn and John e Toro y Moi

São Paulo (SP) Local a ser definido


Nikki Sixx • Rod Stewart • Rancore • Arctic Monkeys • Lady Gaga • John Fogerty • Teenage Fanclub • Eddie Vedder •Jamie Lidell

82 Leandro Sapucahy troca o "samba de bandido" pelo romantismo

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84 Marcelo Yuka: “Funk é o folclore do futuro"

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86 Paul McCartney volta ao Brasil para cantar aos "cariocash"

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87 Mötley Crüe mostra com quantos fios se faz um hair metal duradouro

fOTO: Isabel Pinto

MÚSICA

p.

Fado ousado Mariza leva as raízes portuguesas ao seu “laboratório do coração”, renova a tradição e vai de Kurt Cobain a Amália Rodrigues Uma das cenas mais marcantes do Rock in Rio é a cantora de voz grave e cabelos curtos fazendo cover de Nirvana com o dia ainda claro, acompanhada em coro pela multidão. Quem pensou só em Cássia Eller berrando “Smells Like Teen Spirit”, em 2001, com certeza não esteve no Rock in Rio Lisboa de 2010. Mariza, 37 anos, fez uma versão mais suave, mas não menos emocionante de “Come As You Are”. A cantora nascida em Moçambique e criada em Portugal achou uma bela conexão com os versos angustiados de Kurt Cobain, mesmo que eles pouco tenham a ver com o gênero que a transformou em estrela portuguesa e queridinha da imprensa mundial: o fado. Mariza não acha que o momento

roqueiro foi a maior ousadia daquele show. Pelo contrário. “Fiz todo o resto do meu concerto de fado em um festival que é só rock, no meio de tantas bandas do gênero. Esse foi o fato mais impressionante, não ter cantado Nirvana”, defende. Desde 2001, com o seu primeiro disco, Fado Em Mim, a “diva da world music”, segundo o jornal britânico The Guardian, dá roupagem mais contemporânea à música tradicional portuguesa. No entanto, seu álbum mais recente, Fado Tradicional (2010), é um mergulho mais profundo, como o título diz, nas recordações musicais e afetivas. “Depois de dez anos de viagens e concertos, este é o disco em que eu tento partilhar as

minhas memórias de infância, do meu bairro, da taberna onde comecei a cantar. São os fados que eu costumava ouvir e que fazem parte da minha cultura fadista”, explica a cantora, que aos cinco anos já cantava no restaurante de seus pais, no bairro da Mouraria, em Lisboa. Em interpretações como a de “Ai, Esta Pena De Mim”, da fadista maior Amália Rodrigues e de José António Serôdio, ela se entrega à intensidade emocional do gênero. “Eu não sou uma artista cerebral, que vai para o estúdio com tudo programado. Gosto quando as coisas vão acontecendo e eu me envolvo. Fazer um disco é como entrar para um laboratório do coração. Tem que haver uma identificação, cantar para expressar

por

Rodrigo Ortega

a nossa alma, os nossos sentimentos. Já que eu não sou autora das músicas, os poemas têm que ser um pouco aquilo que eu gostaria de dizer.” Apesar de saber que no Brasil o fado é “uma música de culto, para pessoas mais atentas culturalmente”, ela está satisfeita com a recepção. “Cantar no Brasil tem sido uma agradável surpresa. O meu público aí tem uma visão de música, de cultura, muito modernizada”, diz. Mariza, que já cantou em navios de cruzeiros no Brasil antes das gravações profissionais, acha que “essa história da distância entre Brasil e Portugal não é bem assim”. Ela comemora o fato de que “os artistas brasileiros também são muito bem recebidos aqui, assim como eu sou aí”. www.billboard.br.com 81


fOTO: divulgacão

AGORA

multimídia

Estética extrema

banda paralela de Nikki Sixx, do Mötley Crüe, redefine o significado de beleza em This Is Gonna Hurt por Christa Titus Parece obra do destino que a edição anual com a lista das pessoas mais bonitas da revista People tenha chegado às bancas ao mesmo tempo em que “Lies Of The Beautiful People”, primeiro single do novo álbum do Sixx: A.M., detona nas paradas de rádio rock da Billboard. Afinal, a música foi inspirada no desprezo do baixista Nikki Sixx por rankings de beleza. “Não é das pessoas da revista [que eu não gosto]”, diz Sixx sobre a música que abre This Is Gonna Hurt, lançado nos EUA em maio pela Eleven Seven Music. “É que [a vida] pode ser mais do que apenas uma versão da beleza.” Em três semanas, “Lies” vendeu 25 mil cópias, de acordo com o Nielsen SoundScan. O álbum de estreia do Sixx: A.M., The Heroin Diaries Soundtrack, de 2007, foi um hit inesperado cujo single, “Life Is Beautiful”, chegou ao número 2 tanto na parada Active Rock quanto

na Heritage Rock. O disco acompanha o perturbador relato de Sixx sobre seu vício em heroína, The Heroin Diaries: A Year In The Life of a Shattered Rock Star. O álbum teve 344 mil cópias comercializadas e o livro estreou em quarto lugar na lista de mais vendidos do The New York Times. O Sixx: A.M. é um projeto feito na base do “amor”. O vocalista James Michael é um compositor/produtor bastante requisitado (Papa Roach, Scorpions). O guitarrista DJ Ashba também produz, compõe música para filmes e toca no Guns N’ Roses. E Sixx equilibra o tempo que passa como baixista do Mötley Crüe com o trabalho em fotografia, a supervisão de sua linha de roupas Royal Underground e a produção de dois programas de rádio. A banda não pretendia fazer de seu novo álbum uma peça para acompanhar

Novo single do Sixx: A.M. faz sucesso

outro livro. Mas, quando Ashba e Michael viram as fotos que Sixx ia incluir (This Is Gonna Hurt: Music, Photographyand Life Through the Distorted Lens of Nikki Sixx, publicado em abril pela Harper Collins), surgiu a centelha criativa para o novo álbum. A série This Is Gonna Hurt: The Documentaries (disponível na web) reforça o desejo de Sixx de transformar o projeto numa experiência multimídia.

Samba

Nova bossa

Malandro noutra onda

Tons e tais

82 billboard brasil Junho 2011

Chega de falar de violência

Malandro Também Ama é na verdade o quarto disco da carreira dele, que antes tinha gravado também Leandro Sapucahy Cantando Roberto Ribeiro (2009) homenagem ao cultuado intérprete (1940-1996). “Eu quero ter um histórico de sambista. Olhar para trás e ver uma discografia bacana. Ver minhas músicas tocando nas rodas, mesmo que não toque no rádio.”

o carioca Rodrigo Sha renova standards sob o diapasão de Roberto Menescal

fOTO: divulgação

fOTO: Washington Possato

LEANDRO SAPUCAHY DEIXA NO PASSADO O SAMBA DE CRÔNICA POLICIAL E ABRAÇA O ROMANTISMO por Henrique Crespo Em Cotidiano (2006) e Favela Brasil (2008), seus dois primeiros discos, ele foi fundo em um samba de crítica social, que também funcionava como uma espécie de crônica policial do Rio de Janeiro. Agora, Leandro Sapucahy volta com Malandro Também Ama, que representa uma guinada de 180º e se mostra um compositor romântico e esperançoso. Os álbuns anteriores foram elogiados, mas também receberam críticas que classificavam sua música como “samba de bandido”. Questionado se teria sido essa a motivação para a mudança, Leandro responde: “Eu fiquei realmente com esse rótulo e isso começou a influenciar o meu dia a dia. As pessoas começaram a dizer que eu só falava em violência”, e completa: “A tentativa desse disco é de mostrar que eu também sou um cara doce. Já protestei e fiquei indignado como todo mundo. Não quer dizer que eu tenha que ficar protestando o resto da vida”.

Os segmentos de vídeo mostram a banda discutindo o que o novo álbum significa e apresenta algumas das pessoas fotografadas por Sixx, como Amy Purdy, que perdeu as pernas devido à meningite viral. Sixx está fazendo a promoção do álbum com uma turnê de autógrafos em seu livro por 11 cidades americanas – rotina que interrompeu para vir ao Brasil e que irá retomar em junho, quando começa a turnê de verão com o Poison.

O pai do Tom

Tom é o nome do filho de Rodrigo Sha, mas também do seu novo álbum. O título do mais recente filho musical desse instrumentista e compositor, que já tocou com Bebel Gilberto e BossaCucaNova, entre outros, é, sim, uma homenagem ao rebento. Mas também faz referência a “todos os tons da vida, inclusive a Tom Jobim, claro”, diz Rodrigo. Roberto Menescal, um dos principais nomes

relacionados à história da bossa nova, coassina três canções com ele (sozinho ou com outros parceiros) e também os arranjos. E é justamente o gênero mais associado ao conhecido músico e produtor que permeia todo o disco do pai do Tom. Além das seis músicas inéditas, o álbum traz cinco versões para standards como “My Funny Valentine” (Rodgers e Hart) e “Night And Day” (Cole Porter). “O projeto nasceu dessa ideia do Menescal de regravar músicas conhecidas mesmo. Foi um desafio”, conta ele. A atmosfera suave desse terceiro disco solo – antes ele lançou Corpo E Alma (2002) e Todo Mundo (2008) – foi proposital. “O disco tem a intenção de ser agradável.” Sua estreia discográfica, em 1997, com Em Movimento, disco da sua extinta banda Ideia Rara, aparentemente mostrava um outro Rodrigo, que ele garante ainda estar ali. “Eu continuo sendo pop.” H.C.


fOTO: Jim Paussa

INDIE

Bardo novo

3

perguntas

para Rod Stewart

O londrino Rod Stewart, 66 anos, encarna o termo “ícone musical”. Tocou em bandas clássicas como o Jeff Beck Group e o Faces, fez sucesso pop e com sua série de álbuns Great American Songbook. Em 2001, ultrapassou a marca dos 100 milhões de álbuns. A partir de 24 de agosto, o Cantor inicia uma residência como atração fixa por dois anos e 52 shows no Colosseum at Caesars Palace, em Las Vegas. Com o sub-título The Hits, o show de Stewart terá como foco “músicas que me fizeram famoso”, diz. Uma banda com 13 integrantes vai lhe permitir explorar seu repertório de standards e também o 40º aniversário de dois de seus trabalhos mais marcantes, Every Picture Tells A Story (1971) e Never

Na casa de show londrina The Forum, no bairro de Camden Town, meninas entre 18 e 25 anos não desgrudavam a bunda do chão, coladinhas no palco. Estavam ali para ver Benjamin Francis Leftwich. O cantor e compositor nascido há 21 anos, em York, foi uma das sensações do Camden Crawl Festival 2011, em abril. No teatro, a programação do dia ainda traria Wolfgang, The Guillemots e Lemonheads. Mas ali, às 18h30, o palco era dele. Tímido, cabelo cuidadosamente arrepiado e minimalista, sussurrou um “hi” e tocou seus 30 minutos de folk intimista. Por mais que a promessa de novo suspiro indie fosse endereçada às jovens que povoavam 70% da plateia, o som de Benjamin Francis comoveu a todos os marmanjos e curiosos com canções como “Pictures”, “Box Of Stones” e “Atlas Hands”, que fazem parte de seu primeiro álbum, Last Smoke Before The Snowstorm. O disco sai em julho na Inglaterra, onde a imprensa já destacou seus EPs anteriores (Pictures e A Million Miles Out) com adjetivos que vão do “lindo” ao “magnífico”. Benjamin traz em sua música ecos dos falecidos Elliott Smith e Nick Drake, além da canadense Feist. Mas garante que suas grandes influências de berço são Rolling Stones, Bob Dylan e Nina Simone. O fato é que, cercada de boas referências,

fOTO: kate elson

Benjamin Francis Leftwich causa sensação no circuito folk londrino e promete ganhar espaço nos festivais ingleses de verão por Marcelo Damaso

Novo nome do folk

sua timidez melodiosa e afinada tem tudo para ganhar plateias maiores. Após sair em turnê com a banda folk inglesa Noah and The Whale, Leftwich foi chamado para participar dos festivais Glastonbury, Dot-To-Dot, Bestival, Boardmasters e Green Man.

A Dull Moment (1972), bem como o material que será parte de um álbum voltado para o blues no qual está

1 2

3

Phil Gallo

Elton John e Celine Dion criaram shows que só seriam possíveis em Las Vegas. O que você terá que só será possível em Las Vegas? Nada. É um show de rock'n'roll. Não haverá mágicos ou anões, só um bom show de rock. O quanto você já evoluiu no álbum que está gravando com Jeff Beck? Não será um álbum só de blues. Será 70% blues: músicas de Muddy Waters, Howlin' Wolf, uma faixa de Jimmy Reed. Mas nós as atualizamos bastante. Refizemos “Tiger In The Tank”, de Muddy – ele deve estar se revirando na sepultura. Acho que todos eles vão se revirar: Little Walter, Jimmy Reed... Nós viramos essas canções de cabeça para baixo. Jeff e eu teremos uma reunião de cúpula para decidir o que faremos em seguida. Não há pressa para este álbum. Há boatos sobre uma reunião dos Faces com Ron Wood. Vai realmente acontecer? O problema com o Ronnie é que a gente se encontra e faz um som, mas ele ainda está comprometido com os [Rolling] Stones. Falando por mim e pelo resto da banda, precisamos de alguém com comprometimento. Quando ele tiver terminado com os Stones, não importa quando isso acontecer, vou adorar fazer isso.

Peso sem bandeira

Pra lá do tum-pá-tum-pá

Tatuados mas sem rótulos, Rancore conta com produtor Rafael Ramos para ir além do hardcore

fOTO: divulgação

trabalhando com o guitarrista Jeff Beck. por

Eles não querem rótulos

A sinopse é repetida: banda pescada do circuito hardcore paulista quer ampliar público além da roda de pogo. Mas a história do Rancore, com o novo disco, Seiva, produzido por Rafael Ramos (Los Hermanos, Pitty), é peculiar. Em vez das referências emo e colorida recentes, a base foi o som dos anos 90 de Rancid, Fugazi e At The Drive In. Outra diferença é que eles não vêm em cardume. “A gente não levanta a bandeira de movimento nenhum”, afirma o vocalista Teco, 24. A partir do segundo disco independente, Liberta (2008), o público cresceu com uma marca visível. “Fiz uma tatuagem com a imagem da capa do disco. Logo apareceram três fãs com a tatoo. Depois cinco. Hoje tenho fotos de 300 pessoas com a tatuagem”,

por

Rodrigo Ortega

conta Teco. Os shows lotados no Hangar 110 chegaram aos ouvidos de Rafael Ramos. “Tinha uma seita seguindo o Rancore que nem eles sabiam de onde tinha saído. Em uma semana, dez pessoas diferentes vieram me falar deles”, lembra Rafael. Ele resolveu produzi-los, mas não na velocidade do 1-2-3-4. “Foram nove meses ensaiando e dois no estúdio. E eu acompanhei tudo”, diz Rafael sobre Seiva. O som foi além das referências iniciais. “Eu disse: ‘Não quero igual a Pixies, ou a Fugazi. Quero que entendam a liberdade dos Pixies de serem diferentes e do Fugazi de ir além do ‘tum-pá-tum-pá’”, conta. “Jeito Livre”, música de trabalho com um pé no freio e outro na distorção, indica que eles entenderam o recado. “Por enquanto ninguém rotulou a gente – ainda bem”, comemora Teco. www.billboard.br.com 83


AGORA

Rock de fé

Vida após o Live fOTO: divulgacão

Ed Kowalczyk segue na luta com álbum cristão, mas não quer perder seguidores dos velhos hits

Ex-Live toca no Brasil

“Quando me mudei para a Califórnia, falei de brincadeira com os meus amigos que, mesmo não sendo ator, eu deveria fazer um filme, já que estava em Los Angeles. O David Fincher, que era fã da minha música, levou a sério e me mostrou um roteiro, pra saber o que eu achava. Gostei muito, então ele me chamou para fazer uma ponta como garçom”. O filme era o clássico Clube da Luta, de 1999, dirigido por Fincher, e o ator por acidente foi Ed Kowalczyk (pronuncia-se “co-uoltchec”), então vocalista do Live. Mesmo com um pequeno papel, as gravações foram cansativas, e só serviram para Ed ter certeza de que “isso é muito mais difícil do que estar em uma banda de rock” e seguir com a música. Em carreira solo desde 2009, quando o Live terminou, o americano vem ao Brasil para shows em São Paulo (30/6), Rio de Janeiro (1º/7) e Porto Alegre

por

Rodrigo Ortega

(3/7), na turnê do seu disco Alive, de 2010. A semelhança entre o nome da antiga banda (que terminou de uma maneira pouco amigável, com brigas por pagamentos que Ed não comenta) e do novo disco solo não é mera coincidência: “No meu show, além das faixas novas, toco todas as músicas clássicas do Live: ‘Pain Lies On The Riverside’, ‘Operation Spirit’, ‘Lightning Crashes’”, ele faz questão de citar. Ed sabe que o Brasil é um grande reduto de antigos fãs do grupo: “Foi o primeiro país em que fizemos bastante sucesso fora dos EUA, por causa de ‘Pain Lies On The Riverside’ [de 1991], que foi a primeira canção que eu escrevi na vida”, conta Ed. Além de antigos hits, os fãs podem esperar novas faixas ainda mais carregadas de temas espirituais – Alive chegou ao 6º lugar das paradas de álbuns cristãos da Billboard. O single “Grace”, por exemplo, foi feito depois que ele assistiu às imagens dos terremotos do Haiti em 2010 e “ficou emocionado com as pessoas que conseguiram encontrar a esperança no meio de tanta tragédia”. Mas Ed diz que não quer restringir seu trabalho a uma só religião, e cita o líder do U2 como modelo: “Sempre admirei o Bono por ser um cara associado à fé cristã, mas ao mesmo tempo fazer música que qualquer pessoa do mundo, de qualquer religião – ou sem religião – possa se identificar”, diz.

Novo disco

Funk, mulheres e outras armas Marcelo Yuka está há seis anos sem lançar disco. O último trabalho foi com o F.UR.T.O. (Sangueaudiência) – projeto que teve depois de sair da banda O Rappa –, mas ele já está preparando sua estreia solo. “É um disco que estou fazendo com calma. Tenho um estúdio em casa e trabalho todo dia”, explica, antes de dar algumas pistas. “Tem teclados vintage, sintetizadores antigos...” A produção de Apollo 9 vai trazer o dub como um elemento forte, assim como o funk carioca, gênero que o entusiasma. “É o folclore do futuro, a primeira música digital brasileira, é popular, moderno e desafiador”, enumera. O samba é outro elemento que não poderia faltar: “Originalmente eu pensei em fazer um disco de samba, mas depois mudei os planos”. Uma composição inédita do gênero, ainda sem título, vai estar no álbum, com 84 billboard brasil Junho 2011

a participação de Seu Jorge. E por falar nisso, Yuka diz que tem planos de lançar em breve um disco junto com o compositor de “Burguesinha”. “Já tem até título – vai ser Padrinho e Afilhado. Foi ele que veio com essa ideia.” No álbum solo, Yuka vai contar com as vozes de Céu, Cibelle, Amora Pêra e Marisa Monte – esta última também como coautora de uma das canções. “Fui vendo com o tempo que a voz feminina pode cantar bem e com propriedade aquilo que eu escrevo. Eu costumava achar que era um universo muito masculino, mas não é” explica. As letras de Yuka sempre foram engajadas, e versos como “todo preso é político/ só ele que não sabe disso”, de uma música ainda sem título, mostram que essa vertente continua. Mas ele diz que agora de uma maneira um pouco diferente. “Eu estou olhando pra dentro para entender melhor o meu redor – mas continuo batendo nas portas. Este disco novo apresenta outras armas pra lutar.” Dia 23 de julho, Marcelo se apresenta no festival Black na Cena, na Arena do Anhembi. No show ele vai adiantar duas novas músicas e tocar também algumas de suas composições mais antigas como “A Carne”, que já foi gravada por Elza Soares e pelo Farofa Carioca. Amora Pêra – uma das integrantes do grupo Chicas – vai estar no vocal da banda.

por

Henrique Crespo fOTO: Paulo Gouvea

MARCELO YUKA VOLTA COM NOVAS INFLUÊNCIAS E ACOMPANHADO DE MARISA MONTE, CÉU, CIBELLE E AMORA PÊRA

Yuka estreia solo


AO VIVO

JOHN FOGERTY • CITIBANK HALL (RJ) • 6/5

Flanelinha eterno fOTO: luciano oliveira/divulgação

aos 66 anos, ex-líder do Creedence Clearwater Revival mostra que o tempo, para alguns, não passa

Em sua primeira vez na América do Sul, JOHN FOGERTY trouxe simpatia, carisma e uma voz praticamente intacta

A banalização do adjetivo histórico é idiotizante, mas, veja bem, quando Erasmo Carlos, do alto de suas 69 bem vividas primaveras, sai de um show de rock’n’roll impressionado feito um moleque, a tentação de cuspir o clichê é grande. “Não tem telão, não tem negócio de luz, é só som, bicho!”, vibrava o Tremendão, logo depois de pagar o estacionamento do shopping Via Parque, na Barra da Tijuca. O responsável por essa empolgação toda completaria 66 anos alguns dias depois daquela noite, e estava se apresentando pela primeira vez na América do Sul: John Fogerty, o homem, o mito, as canções do Creedence Clearwater Revival. Cabelos pintados, boa forma física, voz praticamente intacta, atingindo notas altas em seu estilo rascante ímpar, e tocando muito, com ataque e técnica invejáveis, ele também foi uma flor de simpatia e carisma. Trocando de guitarra sem parar (usou sete ou oito modelos ao longo de cerca de 100 minutos no palco), John encheu de carisma e emoção uma casa de shows bizarramente não lotada (o genérico Creedence Clearwater Revisited, em passagens anteriores, atraiu mais gente, vai entender...). Menos constrangedor que os lugares vazios foram devidamente invadidos antes do fim da primeira música, “Hey Tonight”. E o irresistível balanço de “Green River”, emendada a seguir, trouxe à tona a legendária cordialidade do carioca. Com pelo menos 500 pessoas sacolejando em pé e obstruindo a visão de quem não tirou o bumbum da cadeira, ecoaram gritos de “senta, pooorraaa!” e respostas à altura. Era a hora certa para John lembrar Woodstock e citar “o meu amigo Carlos Santana”, na introdução de “Who’ll Stop The Rain”. Foi uma trégua breve, pois o embalo de “Susie Q” levantaria a plateia logo depois. Inútil gritar palavrões. Fogerty fez velhos e novos traseiros decolarem ao enfileirar “Lodi”, “Born On The Bayou” (a favorita do Erasmo) e “Ramble Tamble”. Em arranjos pouco distantes

por

Pedro Só

dos originais, a banda foi aos poucos mostrando seus valores individuais, a começar pelo excelente batera Kenny Aronoff, requisitadíssimo em estúdio e no palco (entre seus clientes, de Elton John a Smashing Pumpkins, passando por Bon Jovi). Nas guitarras, o rocker insuspeito James Intvedl (exThe Blasters) e um sósia de Michael Anthony, do Van Halen, Hunter Perrin. No baixo, um preciso David Santos e, nos teclados (e eventuais violão e guitarra), o surpreendente dinamarquês, Anders Mouridsen. Foi lindo ver essa turma toda (à exceção de Kenny) fazendo duck walk durante “Old Man Down The Road”. Raro sobrevivente da geração Woodstock que jamais foi além de baseados recreativos, John Fogerty mostrou-se superfamília nas falas de palco. “Have You Ever Seen The Rain”, originalmente uma amarga constatação da crise que acabaria com o Creedence, foi introduzida com agradecimentos à “maravilhosa esposa Julie, arco-íris em minha vida há 20 anos”. Antes de “Rock’N’Roll Girls”, menção carinhosa à filha Laurie. Galante em sua indefectível camisa xadrez, ele homenageou as mulheres presentes com uma ótima versão de “Oh, Pretty Woman”, de Roy Orbison (que pareceu feita sob medida para seu timbre vocal), sucedida por “I Heard It Through The Grapevine”, clássico da Motown, em versão bem mais concisa que a gravada pelo Creedence. Depois de esmerilhar na guitarra em “Keep On Chooglin”, que contou até com introdução à Van Halen, foi a vez do próprio John ser saudado pelo público com um coro de aclamação espontânea: “Fo-guer-tí! Fo-guertí!” Dali em diante, rolou farta retribuição do artista, culminando com os petardos “Bad Moon Rising” e “Fortunate Son”, e um bis com o hino “Rockin’ All Over TheWorld” e “Proud Mary” em meio a autógrafos, distribuição de palhetas e carinhos nos marmanjos – infelizmente com fim. Que volte sempre, santo homem! www.billboard.br.com 85


AO VIVO

WHISKY FESTIVAL • CIRCO VOADOR (RJ) • 12/5

A banda menos cínica da cidade fOTO: luciano oliveira/divulgação

Teenage Fanclub comove cariocas com doces canções destiladas artesanalmente durante a carreira

NORMAN BLAKE: som precioso em estreia carioca

Em 2004, eles encantaram Recife, Curitiba e São Paulo (com TRÊS noites no Sesc-Pompeia a preços populares). Desta vez, voltaram à capital paulista para tocar no The Week e finalmente conseguiram conhecer o Rio de Janeiro, onde até apelido particular têm junto a sua torcida: Teenajão (pronuncia-se rimando com Molejão). O Circo Voador, meio que ao estilo Engenhão do rock, não lotou – mas quem estava lá não tem por que lamentar o fato. Nunca foi tão confortável ver um show internacional maravilhoso na fila do gargarejo: dava para rodopiar de olhos fechados (era um festival de scotch, e o ingresso dava direito à primeira dose...) ou girar os braços feito uma libélula numa boa, sem agredir ninguém na periferia. Se, de 2004 pra cá, a discografia do grupo escocês não teve acréscimos de alto impacto (dois álbuns medianos, Man-Made e Shadows), pouco importa. O sacolão de doces melodias de Norman Blake, Ray McGinley e Gerard Love, todos cantantes, todos autores, já seria um tesouro se eles tivessem parado de produzir há mais de uma década. Sem forçar a máquina, à meia pressão, Blake e seus colegas tiraram um som precioso do PA, valorizando as canções deliciosamente melosas que ensinaram gerações de indies e simpatizantes cariocas a amar (nem todo mundo no balneário começa com a Marrom).

Os quarentões iniciaram com repertório recente, delicadinho e menos conhecido, fazendo a curva a partir de “Don’t Look Back” e decolando com uma sequência de seis legítimas herdeiras da escola Byrds- BeatlesBig Star de power pop... Puro malte auditivo, “Alcoholiday” levou ao êxtase velhos cultores de Bandwagonesque (disco de 1991 que projetou a banda), boa parte deles a harmonizar um “ããã... ããã” com versos férias ao superego como “went to bed, but I’m not ready/ baby, I’ve been fucked already”. As manifestações de carinho devem ter desconcertado os astros : teve desde invasão de palco para agarrar integrantes até gritos nonsense de “Lacraia!” perto do fim. Mas, para nenhum tolinho reclamar de flacidez ou excesso de fofura, o final foi com a distorcida “Everything Flows”, a satisfazer os fãs “true” da banda menos P.S. cínica da cidade de Glasgow.

PAUL MCCARTNEY • ENGENHÃO (RJ) • 23/5

Olha ele aí de novo... A gente já sabia bem que ele diz isso pra todas – estava bem fresquinho na memória – mas, e daí? Em novembro do ano passado, apenas cinco meses atrás, Paul tinha começado se derretendo pelo gaúchos, depois passou duas noites galanteando paulistas. No Rio não poderia ser diferente: sua primeira vez no Brasil tinha sido na Cidade Maravilhosa; aliás, as duas primeiras vezes. Em 20 e 21 de abril de 1990, aos 47 anos, em um estádio que não existe mais (o Maracanã, atualmente em obras), o ex-beatle cantou para cerca de 180 mil pessoas – na mais cheia das noites, a segunda, o feito registrado pelo Livro Guinness aponta 184 mil pagantes, recorde para eventos com apenas uma atração. Vinte e um anos depois, ele voltou ao balneário para encarar outras duas noites em um estádio pouco amado pelos cariocas, o Engenhão, apelidado Vazião por sediar alto número de eventos esportivos com público pequeno. 86 billboard brasil Junho 2011

Ali, cumpriu seu primeiro papel sem precisar entrar em cena: os 45 mil ingressos colocados à venda para cada data se esgotaram rapidamente. A excelência musical na execução, a espantosa performance física – e principalmente vocal – do senhor de 68 anos, o repertório incrustado de joias da canção popular ocidental... Tudo isso se repetiu no Rio – com pequenas alterações, no caso do set list. O que mudou mais foi a porção entertainer/ bajulador de multidões. Mais relaxado (ou mais fanfarrão), Paul carregou no esforço fonético para emular o sotaque carioca, pontuando as duas horas e meia de show com “djimaish”, “valhieu” e declarações de amor aos “cariocash”. Rolou o tradicional número de receber mocinhas no palco e interagir com elas de maneira gentil, permitindo a elas uma casta casquinha... A plateia, que na véspera havia emocionado com uma ação previamente arquitetada (milhares de cartões com “na” brandidos durante “Hey Jude”), se

fOTO: luciano oliveira

Ex-beatle volta ao Brasil cinco meses depois da última passagem, e plateia carioca se esforça para fazer a diferença

PAUL MCCARTNEY, no Engenhão, e o panfleto de instruções para a homenagem carioca

mobilizou para surpreender de novo (veja ao lado as “instruções” distribuídas). Mais interessantes, porém, foram as interações musicais espontâneas ao fim de “Back In The U.S.S.R”, com as harmonias vocais a cargo da multidão. Pouquíssimos dominam um estádio como Paul. Mas só ele tem P.S. a sedução dessas canções geniais.


MÖTLEY CRÜE • CREDICARD HALL (SP) • 17/5

Urros de virgem

Quem precisa de calças pegando fogo? A primeira vez com uma lenda dos excessos hard rock provoca espasmos de alegria selvagem e descabela até os mais glabros por Arnaldo Branco Envelhecer pode ser a pior desgraça para uma banda como o Mötley Crüe, que tem um compromisso vitalício com o espírito adolescente tanto na obra (“Too Young To Fall In Love”, de 1984, e a cover “Smoking In The Boys Room”, que a sucedeu como single) quanto no estilo de vida (tretas, sex tapes, irresponsabilidade no trânsito etc). Mas e quando a plateia segue o exemplo dos ídolos e se recusa a amadurecer? O resultado é um Credicard Hall lotado de fãs de primeira hora (gente com déficit capilar para curtir um gênero que já foi chamado de hair metal) e mais alguns de primeira viagem, os únicos que ficavam bem nas calças justas. A abertura ficou a cargo do Buckcherry, banda cujo feature mais impressionante é a habilidade do guitarrista de traços asiáticos Stevie D. para arremessar palhetas longe como se fossem shurikens. Com uma postura de palco de altos teores de sensualização, o Buckcherry às vezes lembra paródias do estilo rock farofa como Darkness e Steel Panthers, mas agradou aos iniciados que cantaram juntos hits como “Crazy Bitch”. Com a pontualidade de um senhor de idade que precisa tomar remédio, o Mötley Crüe entrou em cena pela primeira vez em território brasileiro com “Wild Side”, provocando o primeiro urro de reconhecimento coletivo – aquele que se dá segundos depois das notas iniciais de uma canção. Foram mais quinze desses ao longo da noite, registrando queda de intensidade apenas em “Saints Of Los Angeles”, única da fase mais recente (2008) e obscura da banda. Foi um show cronometrado, principalmente porque o guitarrista Micky Mars sofre de uma artrite degenerativa que paralisa sua coluna vertebral e o está transformando em uma estátua – tocou alguns solos escorado no cenário (uma tentativa de metrópole pós-apocalipse de papelão). Mas o repertório racionado serviu para condensar a alegria selvagem com que cada música era recebida. Em “Shout At The Devil” e “Girls, Girls, Girls”, músicos e público competiram no quesito volume. Embora seja confundido com grupos mais suaves como Poison e Bon Jovi, o Mötley é uma banda de rock pesado que exagerou na maquiagem e, como o lobo da fábula, pagou por estar com o dress code errado quando o grunge varreu o glam metal das paradas nos anos noventa. Por isso, apesar do visual andrógino dominar a pista e das muitas mulheres com força na peruca em circulação pela casa, várias rodas de pogo se formaram e os presentes bateram cabeça à vontade. E a banda correspondeu ao clima roquenrou: o baterista Tommy Lee deu uma garrafa de uísque para a turma do gargarejo beber e passar adiante; o baixista Nikki Sixx brincava com um microfone especial que fazia evoluções no ritmo das músicas e o vocalista Vince Neil batia palmas para o grito (não muito roquenrou) de “olê, olê, olê, olê, Mötley, Mötley”. A noite terminou com o bis de uma música só, “Looks That Kill”. Talvez alguns puristas se ressintam de ter perdido os shows do tempo em que Nikki Sixx botava fogo nas calças (não é imageria homoerótica, o baixista realmente fazia isso com fluido de isqueiro). Mas esses não deram as caras no Credicard Hall.

Mötley Crüe: uma grande banda na metrópole de papelão

TOMMY LEE, estrela de sex tape, firme na baqueta

VINCE NEIL cheira o cangote de NIKKI SIX

VINCE faz pose para o YouTube www.billboard.br.com 87


AO VIVO

Natura Nós • Chácara do Jóquei (SP) • 21/5

Marcha relax Correria, gritos, explosões e tropa de choque. A tarde de sábado não foi calma em São Paulo. Poucas horas antes do festival Natura Nós, a “Marcha da liberdade de expressão”, na Av. Paulista, terminou em clima hardcore. O oposto rolou à noite, para 20 mil pessoas na Chácara do Jóquei. Sem sobressaltos – e sem chuva, para sorte dos presentes na piscina de lama em potencial do local –, o festival foi uma celebração pacífica da corrente mais relax e take it easy da música atual. Coxinha-pop, diriam os detratores – mas não era uma noite de confronto. A marcha se resumiu a caminhar do Palco Azul (Roberta Sá e o português Antônio Zambujo, Maria Gadú, BiD e convidados) para o Palco Verde (G. Love, Laura Marling, Cullum e Johnson). Para ter uma ideia, o momento mais radical ficou por conta do jazz jovem de Jamie Cullum.

O havaiano Jack Johnson proporcionou momentos praianos na noite fria. Em frente a um telão com imagens do mar, o músico chegou de chinelo e tocou guitarra e ukulele. Mas o público esperava mesmo ele pegar o violão para apresentar um set list generoso, que incluiu, além das mais recentes de To The Sea (2010), os hits “Better Together”, “Taylor” e a divertida “Upside Down”, além de Ramones (“I Wanna Be Your Boyfriend”, em versão acústica, claro). “Mas Que Nada”, de Jorge Ben, com participação de Vanessa da Mata, encerrou o show. O outro destaque do Palco Verde foi o hiperativo britânico Jamie Cullum. Ele subiu no piano, tomou uísque com guaraná e se jogou no chão. Em seu traje esporte-fino com tênis brilhante, o Luan Santana do jazz-pop comandou pulos do público. Mas a ocasião combinava mais com o romantismo da boa versão de “High And Dry”, do Radiohead. Mais cedo, muita gente nem se levantou para ver as lindas canções da bela inglesa Laura Marling. No Palco Azul os destaques foram nacionais. O suingue teve bravo representante no produtor BiD e seus convidados do baile jamaicano. O baixo de Bi Ribeiro fez tremer a área de imprensa e foi base para os versos do jamaicano Sizzla. Mas o público queria mesmo a voz e o violão de Maria Gadú. A cantora mandou uma versão esquálida do samba “Trem Das Onze” – como a noite mandava, sem “quasquás” nem “pascaringundum”.

por

Rodrigo Ortega

fOTO: marcos hermes/divulgação

Em sábado tenso em SP, a multidão na Chácara do Jóquei só queria paz, amor e violão

JACK JOHNSON: momentos praianos na fria noite paulistana

Conexão Vivo • Belo Horizonte • 27 a 29/5

Para entender BH

As turmas alternativas da capital mineira se encontraram no fim de semana do Parque Municipal Tilelândia

“Tilelê” é a ótima denominação local para a turma que curte um tambor mineiro e adjacências de raiz. Os shows do domingo foram “tilelê-família”. O folclore infantil do Catibiribão, as batidas africanas da Suíte para os Orixás e o samba florido de Aline Calixto eram perfeitos para as mães com flores de crochê no cabelo e seus filhos no belo dia de sol no parque. fOTO: netun lima/divulgação

“Belo Horizonte é a cidade do sorriso. Até quando vocês falam ‘vai tomar no c...’, são gentis”. O paulista Thiago Pethit ficou encantado com a cortesia mineira no show de encerramento da etapa de BH do Conexão Vivo. O clima do fim de semana foi especial, graças ao carinho que o público local tem pelo Conexão, o programa nacional de palestras, workshops e encontros musicais que começou há 11 anos em BH. Jornalistas e artistas de fora podem ficar confusos com a diversidade de estilos na grande quermesse no Parque Municipal, mas os mineiros têm sua lógica para arrumar os ingredientes musicais na mesa.

88 billboard brasil Junho 2011

Rodrigo Ortega

Alcova libertina

Uma das atrações mais esperada no sábado foi a local Graveola e o Lixo Polifônico. O show avacalhado (no bom sentido) pelo carioca Jards Macalé representou bem a vertente mais depravada da cena de BH. Rock, romantismo e psicodelia servem à turma que mais produz boas novidades na cidade – vale ir atrás da marchinha do bloco Alcova Libertina no renovado carnaval da cidade: “Chuta, chuta, chuta/ Chuta a Família Mineira!”.

Savassi da deprê

O centro da “mudernidade” belorizontina anda em baixa. A Savassi (com descrição genial no Twitter @savassidadepre) não foi bem representada no parque. Mas o público antenado nos novos hypes fez a festa com os novos paulistas Marcelo Jeneci, que encerrou a sexta com o mais belo show do fim de semana, e Thiago Pethit, que tocou no domingo.

BHip-hop

JARDS MACALÉ entre os integrantes da banda mineira GRAVEOLA E O LIXO POLIFÔNICO: rock, romantismo e psicodelia

por

O rapper Renegado (que fez o show final e um dos mais animados do sábado) e o grupo Julgamento (que tocou na sexta) foram os nomes da crescente cena rap de BH. Em “A Coisa É Séria”, Renegado dá o recado: “Te amo, pode crer que é à vera”. Não se fazem rappers gentis como em BH.


MILEY CYRUS • HSBC ARENA (RJ) • 13/5

Princesinha em metamorfose Quando Miley Cyrus entrou no palco da HSBC Arena, às 21h30 de uma sexta-feira 13, muitas das pequenas fãs que esperavam por Hannah Montana já estavam entregues ao sono – ou em vias de se render a ele, diante de uma séria constatação: quem estava ali não era a lourinha fofa do seriado da TV, grande sucesso do Disney Channel. A garota que surgiu no palco, diante de 13 mil pessoas, era a jovem polêmica, de roupas sensuais e sem o menor apelo infantil. Com um pé no country (vinda do Tennessee, ela é filha de Billy Ray Cyrus, que fez fama no gênero) e outro no rock, Miley acabou surpreendendo os pobres pais, que estavam ali prontos para uma noite de babysitting. Em seu repertório, a mocinha de 18 anos foi de Joan Jett a Poison, passando por Nirvana. Nada mal para quem tinha apenas dois anos quando “Smells Like Teen Spirit” levou a banda de Kurt Cobain ao topo das paradas. “Oi, Rio, muito obrigada. Tenho que dizer, vocês são a razão da turnê Gypsy Heart existir”, disse Miley, de shortinho, jaqueta de couro vermelha e algo parecido com uma cinta-liga depois da terceira música do show, “Kicking And Screaming”. A cantora abriu a noite com “Liberty Walk”, seguida do hit “Party In The USA” – no palco, dançarinos em coreografias um tanto quanto cafonas destoavam do clima. Mas foi depois de “Robot” que Miley mostrou um pouco de suas influências: em um medley de Joan Jett, ela emendou “I Love Rock ‘N’Roll”, “Cherry Bomb” e “Bad Reputation” com um vigor que falta a outras jovens cantoras. Sem apelar para playbacks, Miley ainda entoou um clássico oitentista, reconhecido por muitos dos pais que estavam na Arena: “Every Rose Has Its Thorn”, do Poison. Bret Michaels provavelmente não se incomodaria com a apropriação indébita da canção, já parte do repertório da turnê. Com os adultos no mínimo intrigados – e as pré-adolescentes eufóricas –, Miley seguiu seu show, com direito a seis figurinos diferentes.

fOTO: felipe panfili/divulgação

Hannah Montana já era: no palco, uma cantora de verdade suRpreende pais e filhos com visual sexy e covers roqueiros

MILEY CYRUS: princesinha da Disney em performance que foi de Poison a Nirvana diante de pais estupefatos

por

Tatiana Contreiras

A estrutura do palco, bastante simples, se completava com um telão onde projeções e vídeos eram exibidos. O recurso foi explorado ao máximo nas canções seguintes: “Obsessed”, “Forgiveness And Love” (“vamos nos acalmar, vou cantar uma música mais lenta”, disse Miley, preocupada com o calor na fila do gargarejo e os faniquitos das fãs) e “Fly On The Wall”, outro sucesso de sua fase “sou sexy”. Logo depois de “7 Things” e “Scars”, a cantora puxou uma homenagem a Kurt Cobain. “Essa música é para todos os artistas que me inspiraram e que me deram coragem para seguir adiante. Espero que eu possa significar o mesmo para vocês, e que vocês possam ir atrás de seus sonhos”, disse Miley, com camiseta do Nirvana, antes de botar pais (a esta altura, estupefatos) e crianças para cantar “Smells Like Teen Spirit”. Num momento Lady Gaga, de corpete e ao lado de dançarinos que a manobravam e levantavam a todo momento, ela atacou de “Can’t Be Tamed”, single de seu álbum mais recente e talvez o momento mais sensual da noite. A apresentação, de cerca de uma hora e meia, ainda seguiu com “Landslide” (do Fleetwood Mac), “Take Me Along”, “The Driveway” e a balada “The Climb” – provavelmente a mais forte remanescente dos tempos de Hannah Montana e trilha do filme... Hannah Montana, o Filme. Pois é. Sem bandeira do Brasil nas mãos, nem camiseta amarela no peito – houve quem ficasse desapontado pelo fato de a cantora não ter trocado o verso “it’s a party in the USA” por “it’s a party in Rio” durante “Party In The USA” –, Miley voltou para o bis. O verdeamarelo da bandeira ficou reservado ao telão, enquanto a cantora mandava as três últimas canções da noite: “See You Again”, “My Heart Beats For Love” e “Who Owns My Heart”. No fim, fica a certeza de que Miley está em processo de transição. Mas a pegada rock e a voz potente podem ajudar a mudar ainda mais a imagem de princesinha Disney. www.billboard.br.com 89


fOTO: adriano vizoni

AO VIVO

Jamie Lidell • Clash Club (SP) • 5/5

Gente bonita sem clima de paquera Uivos do soulman branco atrapalham o programa dos baladeiros, mas satisfazem A quem tinha vindo pelo som “Esse estilo ‘soul’ é assim, né? Sempre fica no zero a zero.” Duas modeletes desavisadas conversam de costas para Jamie Lidell enquanto o americano, sozinho no palco, parece satisfeito com suas próprias mãos e gemidos. As moçoilas fazem parte de uma espécie antiga, mas cada vez mais comum em shows médios, especialmente em boates: baladeiros que caem de paraquedas nos eventos, com mais interesse na “night” do que na música. O show do americano Jamie Lidell na Clash Club estava cheio deles. Era difícil desviar das mãos com copos de vodca e energético, geralmente na direção contrária do palco. Felizmente, eles não eram maioria: quem foi interessado em ver o músico saiu satisfeito. O show foi curto, com 13 músicas em uma hora, mas foi uma boa mostra do soul futurista do rapaz.

por

Rodrigo Ortega

Lidell entrou com “What Is The Time”, de Multiply (2005), mas ao contrário do show no Tim Festival daquele ano, quando fez a apresentação sozinho, na base da voz e sintetizadores, ele tinha um tecladista e um baterista ao seu lado. O clima, assim como em todo o restante do show, era animado sem chegar a estourar. Quem parecia se divertir mais era o próprio Lidell, que fazia questão de dar o microfone para o público cantar (por sorte, achou um fã com vozeirão surpreendente). Os momentos mais quentes rolaram no início e no fim: a segunda música, “Another Day”, de Jim (2008), e a penúltima, antes do bis, com “Multiply”. No meio do show, Lidell dá uma mostra de sua apresentação solitária. “You Got Me Up” e “A Little Bit More”, de Multiply, são tocadas à velha maneira: apenas com loops de voz e efeitos eletrônicos. Nesse momento, o público (pelo menos a parte que foi ver o show) fica mais atento. Valeu pela curiosidade de ver o habilidoso músico tirar uma banda de sua garganta, mas cercado pelas boas performances de um grupo de verdade, ficou com cara de brincadeira esquisita. Com a formação – que não chega a fazer um som “orgânico”, já que também abusa de teclados –, o cantor e os fãs se soltaram mais. O bis curto, só com duas músicas, deixou alguns desapontados e outros aliviados: a balada finalmente começava.

JAMIE LIDELL: soul futurista no QG dos baladeiros

URBAN MUSIC • ANHEMBI (SP) • 29/5

Consolação valiosa

fOTO: adriano vizoni

Em festival com desfalques inglórios, John Legend & The Roots salvam o que poderia ser uma noite perdida por Henrique Crespo

JOHN LEGEND: o salvador da pátria

90 billboard brasil Junho 2011

O cancelamento de uma atração inédita no Brasil a poucos dias do evento e a desistência de outra no calor dos acontecimentos poderiam dar um tom irremediavelmente menor ao evento, não fosse a ótima apresentação de John Legend & The Roots. O cantor americano e o grupo de rap lançaram juntos, no ano passado, o álbum Wake Up! – com releitura de canções engajadas da soul music e do funk – e foi o show desse disco que trouxeram para São Paulo. “Hard Times”, de Curtis Mayfield, abriu a apresentação, marcada pela boa performance vocal e instrumental. Alguns hits de Legend solo tiveram espaço, como “Save Room” e “P.D.A. (We Just Don’t Care)”. The Roots também tocaram músicas de seu repertório, entre elas “The Seed (2.0)”. No bis, a participação de Ana Carolina na música “Entreolhares (The Way You're Looking At Me)” – gravada em dueto com Legend no disco N9ve da cantora – pode até ter soado um tanto deslocada no roteiro, mas foi bem recebida pelo público. Muito provavelmente, esse mesmo espetáculo num local menor e fechado teria funcionado melhor, mas não há dúvida de que os 100 minutos de apresentação foram dignos de muitos aplausos. Ja Rule estava programado para se apresentar às 19h, mas uma estranha mudança em cima da hora

o jogou para fechar o festival. Depois de 40 minutos de espera, um responsável pela produção avisou no palco que o rapper se recusara a fazer um show para 200 pessoas. Sim, a grande maioria do público tinha ido embora. Assim o Urban somou duas baixas. Cee-Lo Green, principal “âncora” do evento, tinha cancelado, quatro dias antes – sem maiores explicações – sua vinda ao Brasil. Entre as demais atrações do festival, que teve início no começo da tarde, Emicida fez bonito acompanhado pelo coletivo Instituto e com várias participações especiais como as de Fabiana Cozza e Criolo. No repertório, “Rua Augusta” e “Vacilão” – destaques de um bom show que também contou com uma homenagem ao rap brasileiro em medley com músicas de Racionais MCs, Thaíde & DJ Hum e Xis, entre outros.


LANÇAMENTOs • cds

macacos maduros

Coxinha beNfeita

Arctic Monkeys

Death Cab For Cutie

Codes and Keys por Braulio Lorentz

Suck it And See

EMI

No primeiro disco, Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not (2006), o grupo inglês revelava imenso potencial, mas o segundo lançamento, Favourite Worst Nightmare (2007), representou um passo atrás. Quando chegaram ao terceiro, Humbug (2009), até voltaram a chamar a atenção, mas foi mesmo agora com Suck It And See que fizeram um álbum de gente grande. Isso fica mais claro para quem começar a ouvir o CD pela penúltima faixa, a que dá título ao disco. Ela é quase um resumo do ponto alcançado pela turma de Sheffield: rock mais maduro, mas também com certo apelo pop. Os que preferirem descobrir isso aos poucos vão encontrar já na abertura uma boa composição, “She’s Thunderstorms”, “Brick By Brick” e “Library Pictures” são exemplos daquela urgência que apresentou a banda em 2006. Eles colocam um pé lá nos anos 80 em “The Hellcat Spangled Shalalala”, mas também trazem um pouco do grunge em “Don't Sit Down 'Cause I've Moved Your Chair”. No mais, mesmo visitando, de fininho, até o folk, tudo parece coeso e benfeito. por Henrique

Acústico do contra

Crespo

Beleza dark

Thurston Moore

Jagjaguwar

O sétimo CD do quarteto americano é o menos guitarreiro e mais ambicioso do Death Cab. Longe da fossa cantada em Narrow Stairs (2008), o primeiro deles no topo do Billboard 200, a banda pesa a mão nas texturas, estica partes instrumentais quando dá na telha (nas meditativas “Doors Unlocked And Open” e “Unobstructed Views”) e entrega alguns dos arranjos mais bem sacados do indie coxinha nesta década. Pianos, quarteto de cordas (“Codes And Keys”) e toda sorte de equipamento vintage são as armas do vocalista Ben Gibbard e do guitarrista Chris Walla, que assina como produtor. Fãs das batidas indie dançantes manjadas de semi-hits anteriores ainda encontram afago nas mais ralinhas “Monday Morning” e “Underneath The Sycammore”.

A metáfora das estações do ano é inevitável: três anos após a surpreendente estreia For Emma, Forever Ago, gravada na solidão de um inverno, Justin Vernon chega com seu “álbum de primavera”, como ele mesmo classificou. Bon Iver, em vez de codinome, passa a ser uma banda: ele se cansou da solidão e chamou os músicos Colin Stetson, Rob Moose e Greg Leisz para acompanhá-lo. O coração partido do primeiro disco volta à vida em arranjos mais animados e igualmente belos. As cidades imaginárias que dão título às músicas são o oposto da claustrofóbica estreia. As batidas mais fortes são de “Calgary”, escolhida como primeiro single para quebrar o gelo. Outra pepita é “Perth”, com guitarras que começam R.O. dedilhadas e terminam raivosas.

Moby

Anna Calvi

Bon Iver

Bon Iver

Atlantic/Warner

Insônia criativa

Anna Calvi

Demolished Thoughts

Gelo quebrado

Destroyed

por Jean

Sob a influência

Felipe Rios

Snoop Dogg

Doggumentary

Matador

Lab 344

EMI

EMI

Dois músicos sem compromisso com convenções se encontram em um disco fora de seus projetos principais. O álbum solo de Thurston Moore, do Sonic Youth, produzido por Beck, tinha tudo para terminar em piração com barulhos de guitarras do primeiro ou efeitos eletrônicos do segundo. Do contra que são, fizeram o oposto. Arranjos de cordas, violões e melodias doces são a base das nove faixas do disco. “Benediction”, canção de amor direta e sem ironia, é uma das coisas mais fofas já feitas com o vocal grave de Thurston. “Circulation” e “Orchard Street” se parecem mais com versões unplugged do Sonic Youth, com barulheira e dissonância mesmo com instrumentos acústicos. Mas o melhor está nas cândidas “Iluminine”, “January” R.O. e principalmente “Benediction”.

“Rider To The Sea”, a instrumental que abre o disco, parece trilha sonora de algum filme com imagens dos desertos americanos. Mas Anna é inglesa, e a badalação no Reino Unido em torno da cantora se justifica na audição deste seu primeiro álbum. As dez faixas possuem uma atmosfera dark, mas também traços de blues e country – ainda que em aproximações do universo do rock gótico. A voz de Anna tem força dramática levemente operística – na música “The Devil” isso fica mais evidente – e citar Siouxsie & the Banshees como influência não soa estranho, especialmente quando se ouve “Desire”. Realçada por arranjo de cordas, a melodia triste de “First We Kiss” é um dos destaques do trabalho. H.C.

Um disco composto e gravado durante várias noites sem dormir em turnês pelo mundo todo poderia dar errado com qualquer outro artista, mas a insônia foi o principal trunfo deste décimo CD do músico. O álbum ainda flerta com todas as vertentes da eletrônica que ele costuma usar em seus materiais: dance, techno, chill out, ambient, house. Mas a novidade de Destroyed é a dose mais alta de melancolia que emana das faixas, a maioria sem vocais. Canções como “The Broken Places”, “Be The One”, “The Day” e a belíssima “Lie Down In Darkness” merecem destaque. Gélido, mas belo, Destroyed não foi feito para as pistas, mas para se ouvir em momentos de reflexão.

A intro, “Toyz N Da Hood” (com o lendário baixista Bootsy Collins), entrega: o 11º disco de Snoop Dogg é uma viagem musical sobre suas influências. As 21 faixas têm ajudinhas de Kanye West, Willie Nelson, John Legend e Gorilla, entre outros. Dogg bota o povo para dançar com “Wonder What I Do”, “We Rest In Cali”e “The Weedz Is Mine” (citação a Michael Jackson). “My Fucn House”, ”Peer Pressure” e “Raised In Da Hood” retomam o som gangsta dos anos 90, deixado de lado nos CDs anteriores. O single “Boom” sampleia “Situation”, hit synthpop do Yazoo, nos anos 80, e o trio “Sumthing Like This Night", “Eyez Closed” e “Superman” (country???!) dá J.F.R novas cores ao divertido disco. www.billboard.br.com 91


LANÇAMENTOs • CDs

Acendendo agora

Nascida para chocar fOTO: Kevin Mazur/Getty Images

Lady Gaga

Wiz Khalifa

Rolling Papers

Born This Way

Universal

Há um tipo de bêbado na balada interessante de ser observado. Sempre prestes a derrubar o copo ou cair no chão, a pessoa consegue, no entanto, dançar com pose e ainda encantar os apreciadores da coragem. À beira do desastre total, mas cheio de personalidade: assim é Born This Way. A falta de senso de ridículo é uma das características mais atraentes no pop atual, vide Rebecca Black e sua “friday fun”. Mas Lady Gaga é uma Rebecca Black que acerta, pelo menos em parte deste disco. Born This Way é o trabalho em que Gaga tem menos pudor de ir fundo em suas próprias ideias. Ou ““próprias ideias””. Um par de aspas vai para Madonna, copiada na autoajuda homoafetiva e nas referências cristãs pretensamente chocantes. O outro par pode ser dividido entre Corona, representando a comunidade dancepoperô dos anos 90, e Bon Jovi, em nome

Lado B genial

Vários intérpretes

Sem ninguém

dos refrãos histriônicos de hard rock. O bate-estaca só é interrompido em “You And I”, balada temperada com um solo de (sim!) saxofone. Mas a insistência do conceito (house pesada com hard rock farofa) e das batidas cria monstros atraentes, como o verso entre infantil e genial “I am my hair”, de “Hair”, e o refrão assustadoramente grudento de “Americano” – breve em um toque de celular perto de você. por Rodrigo Ortega

Com apenas 23 anos, ele é visto como um dos músicos mais promissores do hip hop americano. Em seu terceiro disco, fica claro seu talento: as letras sobre o sonho da fama e a infância pobre em Pittsburgh são substituídas por outras sobre os excessos da fama (o cantor foi preso por posse de drogas no ano passado), incluindo aí um namoro com Amber Rose, ex de Kanye West. Com produção de figurões como Jim Jonsin (o mesmo de Beyoncé e Lil Wayne) e Benny Blanco (Britney, Ke$ha), o hip hop come solto em faixas como “Black And Yellow”, “Roll Up”, “No Sleep” e “Get Your Shit”. Os flertes com o pop e o R&B garantem a fórmula J.F.R. do sucesso do rapper. Bola da vez certeira

Outra praia

Ben Harper

Warner

Eddie Vedder

Tyler, The Creator

Goblin

Tambarotti

Give Till It’s Gone EMI

Universal

Lab 344

Conhecido por obras-primas como “Oh, Seu Oscar!” e “Acertei No Milhar” e por uma polêmica com Noel Rosa que deu bons sambas, Wilson Baptista (1913-1968) é um gigante com muito mais para mostrar. Este lançamento mistura nomes consagrados como Roberto Silva, Elza Soares, Wilson das Neves e Rosa Passos com uma turma nova e talentosa – o grupo Samba de Fato, Nina Becker e Céu – para celebrar seu admirável repertório. O primeiro CD recupera maravilhas pouco conhecidas, incluindo as inéditas “Que Malandro Você É!”, bem cantada por Zélia Duncan, e “Não Me Pise O Calo”, em interpretação surpreendente de Mart’nália. O segundo reproduz os números do musical, com direito a breve palhinha da voz e da caixiP.S. nha de fósforos do próprio Wilson.

Não há como ouvir “Feel Love” sem se perguntar: “O que está rolando na vida desse sujeito para ele cantar dessa forma?” Ben Harper, 41 anos, se separou da atriz Laura Dern. Estar sem as bandas com as quais lançou discos em 2007 (Innocent Criminals) e 2009 (Relentless7) o deixa solto para “encontrar um significado para a vida”, como definiu as intenções do CD. Jams com um ex-beatle ajudam a extravasar, claro. Ringo Starr coescreve e toca bateria em “Spilling Faith” e “Get There From Here”. Gravado no estúdio de Jackson Browne, voz que o apoia em “Pray That Your Love Sees The Dawn”, a mágoa é cantada com delicadeza em folks (“I Will Not Be Broken”, B.L. “Rock’N’Roll Is Free”) e blues.

Se tentarmos criar uma ligação de Ukulele Songs com qualquer disco do Pearl Jam vamos perder tempo, mas se entre eles a gente colocar Into The Wild (o outro álbum solo do vocalista da banda de Seattle), aí as coisas começam a fazer sentido. Aqui Eddie Vedder dá prosseguimento a sua viagem por um universo menos roqueiro. Faz uso de apenas um instrumento – o ukulele, espécie de cavaquinho havaiano – para gravar canções próprias e algumas versões, como “Dream A Little Dream” – sucesso com The Mamas and The Papas. São 16 faixas curtas – poucas chegam a mais de três minutos – que dão a impressão de se estar numa varanda de frente para praia, contemplando o mar. Cat Power participa de H.C. “Tonight You Belong To Me”.

Capa da Billboard americana, frisson no SXSW, show disputadíssimo no Coachella, turnê sold out pelos EUA... Tyler, The Creator, 19 anos, é a bola da vez no hip hop. Principal cabeça do coletivo Odd Future Wolf Gang Kill Them All, o rapper recoloca L.A. novamente na briga pelo troféu do rap americano. Este terceiro álbum é um belo trabalho: o que se ouve aqui passa longe do que domina o mainstream do gênero. Parte do burburinho em cima do moleque tem um pé na polêmica – as letras recuperam o discurso “guns and bitches” violento do gangsta rap e são de extremo baixo-astral, falando de suicídio, estupros filmados e tiros na escola. Mas o trunfo do álbum são as bases e arranjos: é uma batida melhor que a outra, com destaque para “Yonkers”, “Transylvania” e “Tron Cat”.

92 billboard brasil Junho 2011

Ukulele Songs

por Daniel

O SAMBA CARIOCA DE WILSON BAPTISTA Biscoito Fino


Brilho raro

Mistureba fina

Chico Adnet

Pagode Jazz Sardinha’s Club

Alma do Brasil Independente

O ex-arranjador do grupo vocal Céu da Boca e pai do humorista Marcelo (que participa da empolgante “De Qualquer Maneira”) estreia em disco solo tardiamente, com esta espécie de antologia de músicas feitas nos últimos 25 anos. Dedicado às trilhas de cinema e publicidade, ele se mostra compositor sofisticado, em temas de extração jobiniana, choros, valsas ou sambas. Um deles, precioso, é parceria inédita com o bamba Pedro Caetano (1911-1992), “Arquiteto”. As limitações como cantor são compensadas pela alta octanagem musical dos instrumentistas – “Choro Para Luis Eça” tem o bandolim de Hamilton de Holanda – e os belíssimos arranjos. P.S. Música brasileira da rara.

Cidade Mestiça

Bacaneza da TV

Gostosa de ouvir

Pedro Luís, Ney Matogrosso e outros

Biscoito Fino

O terceiro disco do septeto carioca é praticamente um manifesto em favor dos hibridismos musicais. Samba, jaz, choro, bossa, jongo, morna cabo-verdiana e um bem-vindo veneno funk se fundem sem artificialismos ao longo das 13 faixas. Um dos destaques é a estreia do percussionista Marcos Esguleba nos vocais de “Machucando O Jiló”, com os versos de Geraldo Babão (1926-1988), celebrando a mistureba preconizada por Paulo Moura: “Não existe distinção/ quando entra a bateria/ a linguagem é uma só”. Mas ninguém precisa curtir a conceituação para apreciar as tramas e tabelinhas musicais de altíssimo nível apresentadas. “Olha A Pretinha”, dedicada a Tom Jobim e João Donato, P.S. honra os mestres com saliência.

As Cariocas

Rumer

Seasons Of My Soul

Som Livre

Warner

O seriado exibido pela TV Globo em 2010 ganhou acompanhamento musical especial, com alguns temas produzidos sob medida. Pedro Luís, um dos diretores do projeto, empresta seu bom gosto na seleção da trilha e mostra faceta sensualizada e malandra na inédita “Bela Fera” (gravada com os colegas habituais da Parede). Duas regravações se destacam: Ney Matogrosso deitando e rolando em uma amaxixada “Só O Ômi”, contraste puro com o original de Noriel Vilela, e Nina Becker trazendo “cooleza” ao clássico pop “Só Love”, de Claudinho e Buchecha. Entre outras ousadias, nem tudo reluz. Mas há bacaneza especial – ainda que não recomendada a ouvidos ortodoxos e talibambas – em ouvir Alcione cantando “Malandro”, de Jorge Aragão, em meio ao wha-wha da guitarra. P.S.

Como uma Adele mais comportada (sim, é possível), Rumer dá a entender que só não vai estourar se o bonde das divas recatadas descarrilar. Paquistanesa criada na Inglaterra, Sarah Rumer Joyce assina nove das 12 suaves faixas de sua estreia. Sem o vigor da concorrente, a cantora é menos chiclete e mais bala soft. Há um pouco de Carly Simon (“Aretha”), Joni Mitchell (“Thankful”) e Karen Carpenter (“Blackbird”) nos 45 minutos e 21 segundos de CD. “Alfie”, de Burt Bacharach; “Goodbye Girl”, da fase solo de David Gates, do Bread; e “It Might Be You” (trilha do filme Totsie, de 1982) completam o cardápio em arranjos que indicam a despreocupação com a falta de molho. Rumer faz parecer que não é difícil ser easy listening. B.L.

Tesouro cultural

tempos modernos

Burro Morto

Baptista Virou Máquina

Villa-Lobos, choro e viola Catálogo da kuarup

Independente

“Rock instrumental é aquele que as músicas não têm história, né?”, perguntaria um desavisado mais interessado em narrativas do que no som. Ele não poderia estar mais errado no caso de Baptista Virou Máquina, primeiro CD completo do quinteto instrumental paraibano Burro Morto. A banda criou um personagem, o operário Baptista, e as músicas acompanham sua tentativa de se libertar do trabalho braçal. O disco vem acompanhado de um DVD com a história em filme. As músicas reforçam a narrativa, com ritmo mais marcado (afrobeat, para delírio hipster) na parte da fábrica, e mais soltas e puxadas pela ótima guitarra psicodélica de Léo Marinho nas cenas da libertação de Baptista. Fernando Catatau, do Cidadão Instigado, toca na R.O. tropicalista “Cataclisma”.

Kuarup/ Sony BMG

Ao longo de mais de três décadas (1977 a 2009), o trabalho de amor de Mario de Aratanha na gravadora Kuarup produziu um catálogo valiosíssimo, tesouro cultural de vertentes regionais e de música instrumental e uma MPB

artesã hoje pouco divulgada. O acordo firmado com a Sony começa agora repondo em circulação nove dos mais de 200 títulos do selo. Entre eles estão fantásticos quatro LPs de choro: Sempre Jacob, com Deo Rian, Joel Nascimento e outros grandes instrumentistas homenageando o mestre do bandolim, os dois registros de concertos do Municipal carioca intitulados Noites Cariocas, com Altamiro Carrilho, Paulo Moura, Paulinho da Viola e seu pai, Cesar Faria, Paulo Sérgio Santos e outros feras; e ainda Os Choros De Câmara, com repertório de toda a produção de Villa-Lobos no gênero. Outra obra do maestro, a suíte A Floresta Do Amazonas,

é objeto de discaço de 1988 também relançado agora, com interpretação a cargo do pianista João Carlos Assis Brasil e de Ney Matogrosso e Wagner Tiso. O best-seller da leva, porém, é Renato Teixeira, trovador brilhante que reaparece com seu antológico Ao Vivo Em Tatuí, junto da dupla Pena Branca & Xavantinho (sertanejos à prova de qualquer preconceito) e em outros dois belos trabalhos (o do encontro com Rolando Boldrin, de 2000, com participação de Almir Sater, e Ao Vivo no Rio, de 1997). O disco de estreia do sambista mineiro Wander Lee, que depois assumiria contornos pop, é outro título de sucesso recuperado. E a leva se completa com um inédito, da jovem cantora Luciana Pires, por Pedro Só de belo timbre.

www.billboard.br.com 93


LANÇAMENTOs • dvds

É rock mesmo

LENDA IRLANDESA

AC/DC

Faniquitos no Circo

RORY GALLAGHER

Pitty

IRISH TOUR ‘74

Live At River Plate

ST2

A Trupe Delirante No Circo Voador

Deck

Sony Music fOTOs: divulgação

Depois do DVD duplo com o documentário Ghost Blues, chega ao Brasil mais um registro do cultuado guitarrista irlandês de blues (1948-1995) e sua Fender virtuosa sem efeitos e sem firulas. Só que este aqui não é apenas “mais um”, trata-se de “o” registro, pois a turnê filmada por Tony Palmer deu origem ao disco homônimo, o maior sucesso na carreira de Gallagher. Performances vigorosas (“A Million Miles Away”) e acústicas que empolgam a plateia (confira a interação em “Hands Off”) são alternadas com saborosas imagens de cidades como Dublin e Belfast em um tempo politicamente tenso. Nos extras, um filmete que mostra Rory em tour pelo Japão, e um documentário, produzido P.S. para a TV, com imagens de 1972. Força do Planalto

As quase duas horas de palco aqui juntam trechos das três apresentações que o quinteto fez em Buenos Aires, em dezembro de 2009. Sem surpresas, como usual na carreira do AC/DC, o repertório vai buscar músicas até no primeiro álbum deles, High Voltage (de 1976). No caso, “T.N.T.” e “The Jack”, que, colocadas lado a lado com “Rock And Roll Train” e “Big Jack” – faixas do último disco de inéditas, Black Ice (2008) – mostram que o passado e o presente da banda parecem fazer parte do mesmo tempo, para o bem e para o mal. Obviamente, clássicos como “Back In Black” e “You Shook Me All Night Long” estão entre as 19 escolhas do set list, em arranjos também sem novidade ou susto. As mais de 60 mil pessoas concentradas no estádio do River Plate pulam como um mar de gente, em imagens impressionantes. Aliás, a qualidade visual das imagens, captadas com 32 câmeras em full HD, parece ser a única inovação adotada. Vários close ups deixam claro o nível de devoção dos fãs argentinos – o que pode fazer invejinha ao público brasileiro de rock’n’roll. Nos extras, um pequeno documentário registra os bastidores da turnê argentina e traz depoimentos do público. Não falta também a divertida animação que é exibida no telão do show – assistido pelo Brasil apenas no Morumbi. por Henrique

94 billboard brasil Junho 2011

Crespo

Plebe Rude

Pitty tem uma ótima banda de rock, boa performance ao vivo e, com três CDs de estúdio, um repertório que os fãs cantam do início ao fim. Mas o que salva este DVD da redundância em relação a {Des}Concerto Ao Vivo (2007) não está no palco. O mágico Circo Voador, no Rio de Janeiro, é perfeito para shows de porte médio e permite bons registros como este. O segundo mérito é do pobre câmera responsável por filmar do meio do público. Seus movimentos bruscos dão ideia de como deve ter sido difícil trabalhar em meio a tanta excitação. As fãs tiram a camisa na feminista “Desconstruindo Amélia”, soltam bolhas de sabão em “Só Agora” e têm faniquitos contínuos. Pitty só fica devendo na fraca R.O. música nova, “Comum De Dois”. choro humano

Vários

Rachando Concreto – ao vivo em Brasília Coqueiro Verde

NAS RODAS DO CHORO

Gravado em Brasília com o Lago Paranoá ao fundo, este DVD traz de volta o grupo que marcou os anos 80 e segue ativo. R Ao Contrário, o último disco da banda, de 2006, contribui com seis músicas do repertório. O bemsucedido álbum O Concreto Já Rachou (1985), marco na carreira do quarteto, comparece na íntegra. Hoje as letras soam ingênuas, mas não dá para negar a força de canções como “Até Quando Esperar”. “Tudo Que Poderia Ser”, composição do líder Philippe Seabra, é a única inédita. O punk paulista é homenageado com versões de “Medo”, do Cólera, e “Pátria Amada”, dos Inocentes, esta última cantada por Clemente, vocalista da banda, hoje também membro oficial da Plebe. Nos extras, uma entrevista e clipes. H.C.

O documentário dirigido e produzido pela pernambucana Milena Sá capta o clima das reuniões dos músicos de forma despretensiosa, mas agradável e com olhar feminino, espelhado em talentos como Odette Ernest Dias, Luciana Rabello e Nilze Carvalho. Focado no lado humano – convívio, aprendizado, cultura específica –, mas com pinceladas de história, o filme se apoia em ótimos números musicais que fogem dos clichês do gênero, e em personagens carismáticos como Deo Rian, Joel Nascimento e Bozó 7 Cordas. Com ótimo ritmo (talvez porque a cineasta também seja pandeirista), recupera histórias dos legendários saraus de Jacob do Bandolim, mas aponta também para o futuro, mostrando novos talentos P.S. e visões musicais no Recife.

Biscoito Fino


LANÇAMENTOs • livros

SUPERAÇÃO

O Tempo não Para – Viva Cazuza

50 anos de rock’n’roll

Elton John – A Biografia

David Buckley Ed. globo

Companhia Ed.Nacional

Como diz Glória Perez no prefácio da publicação, “um filho não se conjuga no passado”. É por isso que Lucinha Araújo continua sua batalha em memória a Cazuza, com o terceiro título lançado desde a morte do cantor e compositor, em julho de 1990. Aqui, ela conta como tomou a frente da ONG que dá suporte a crianças e adolescentes portadores do HIV, a Sociedade Viva Cazuza. São histórias sobre as tantas crianças que passaram pela instituição e sua relação com Lucinha. É uma história de superação, que conta com depoimentos de pessoas importantes na vida de seu filho: Ney Matogrosso, Sandra de Sá, Frejat, Ezequiel Neves e Serginho, considerado o relacionamento mais duradouro da vida de Cazuza. A.C.R.

O autor, David Buckley, não é marinheiro de primeira viagem: tem no currículo livros sobre David Bowie, R.E.M. e Roxy Music e já admitiu que, inicialmente, não era fã de Elton. Mas o trabalho de pesquisa demonstrado aqui e as descrições do trabalho apontam para uma “conversão” sincera. Acostumado a não esconder seus problemas com drogas e práticas sexuais, Elton facilita as coisas para Buckley, que mantém um nível de elegância mesmo ao comentar incidentes bizarros e não deixa a peteca cair mesmo depois que a própria vida do artista se torna mais monótona. O livro conta com uma discografia compilada especialmente H.C. para a publicação.

According to The Rolling Stones: A banda conta sua história

cosac naify

fOTO: Munro Sounds/divulgação

Lucinha Araújo

stones em primeira pessoa

Livro aberto

NÃO AUTORIZADO LEGAL

Beatle em silêncio

A Vida de John Lennon

John Blaney

Escrituras

“O homem por trás do mito” é a velha promessa aqui. Os próprios textos escorregam na mitificação: “Lennon sempre defendia os oprimidos”, “era um homem do povo, um líder nato” e “seu espírito vive em todos que imaginam o mundo sem preconceito, fome ou guerra”. Mas os textos são só complementos para 180 fotos, de Lennon garoto com tia Mimi ao disco pelado com Yoko. Suas fotos são recomendáveis para guardar recordações silenciosas, sem os versos conhecidos ou teorias de terceiros. Basta observar os raros momentos sozinho, os sorrisos sempre irônicos e a evolução do seu nariz, de formato cada vez mais estranho até a morte em 1980. O “prefácio de Yoko” prometido na capa é curto, mas ela não R.O. costuma fazer falta ao fãs...

Paul McCartney – Uma Vida

Peter Ames Carlin

Nova Fronteira

Lançado lá fora em 2009, o trabalho do ex-repórter da revista People não acrescenta muito para quem já atravessou as 700 páginas de Many Years From Now, de Barry Miles, única biografia autorizada de Paul. Dois anos de apuração se mostram insuficientes para obra desta natureza, e o excesso de fontes secundárias fragiliza uma narrativa com solavancos e problemas de ritmo. Ainda assim, é um prazer topar aqui e ali com as impressões do americano Carlin sobre a obra pós-Beatles de Paul – sua paixão é traída em análises e apreciações originais. Uma coisa bonita: o gênio emerge destas 370 páginas como um ser humano dos mais bacanas, ainda que, ora bolas, humanamente sujeito a P.S. mesquinharias e erros.

A diferença deste para os tantos outros que estão pipocando por aí? “É um livro que conta a paixão de músicos pela música. Tudo narrado na primeira pessoa por cada um dos integrantes”, explica Philip Dodd, um dos organizadores do volume. O tom natural e sem pudor desses relatos é outro mérito da publicação, e resulta da consultoria editorial do próprio Charlie Watts e da idealizadora do projeto Dora Loewenstein. A moça é filha do gerente financeiro da banda, príncipe Rupert Loewenstein, e parte legítima da família Stones desde que nasceu. As entrevistas foram realizadas em quatro rodadas, durante a turnê Forty Licks, iniciada em 2002, quando o grupo completava 40 anos de estrada. As conversas foram divididas em 12 capítulos, em ordem cronológica, e revelam como cada um dos músicos sobreviveu às pressões do estrelato, às drogas e às divergências internas. São mais de 300 fotografias selecionadas cuidadosamente a partir do arquivo pessoal da banda e de alguns grandes fotógrafos contemporâneos, como David Bailey, Mario Testino, Anton Corbijn, Norman Seef, Jim Marshall, Val Wilmer, Gered Mankowitz e Terry O’Neill. Lançado em 2003 na Inglaterra, o livro conta com as devidas atualizações cronológicas e discográficas até o fim de 2010. por Ana

Carolina Ralston

www.billboard.br.com 95


POPCORN

por

Roberto Sadovski

CINEMA

Evolução no passado Nunca os cinemas estiveram tão coalhados de super-heróis e outros personagens dos quadrinhos. Na última década, o que era veneno nas bilheterias (graças ao desastre que foi Batman & Robin em 1997), hoje toma as rédeas da indústria. Ou seja, não é difícil enxergar por que alguns estúdios seguram certas marcas com tanta propriedade. É o caso de X-Men. Embora os quadrinhos sejam publicados pela Marvel (que hoje também é um estúdio de cinema, vinculado à Disney), os direitos para cinema dos mutantes são de um estúdio rival, a Fox. O contrato é claro: se eles não produzem filmes com os heróis por um determinado tempo, os direitos revertem para a Marvel. Assim, X-Men Primeira Classe é tanto uma tentativa de reacender a série dos mutantes no cinema como também é um meio da Fox tomar conta de seu produto. Decisões corporativas à parte, o que importa para o grande público é a direção artística da coisa. Para recapitular o estado dos X-Men no cinemão, Bryan Singer praticamente inaugurou a “era dos super-heróis” no

cinema moderno com o filme de 2000, e criou uma das melhores aventuras de heróis de papel em celulóide três anos depois com X2 – de quebra, ele fez de Hugh Jackman, o Wolverine, um astro. X-Men – O Confronto Final, de 2006, passou o comando da aventura para Brett Ratner, e Jackman encarou uma aventura solo em X-Men Origens: Wolverine em 2009. O que nos leva a X-Men Primeira Classe. Com o argumento de reinventar a série, o estúdio convocou Singer, agora no papel de produtor e responsável pela nova história, e colocou Matthew Vaughn (Kick Ass) na cadeira de diretor. Daí, a trama voltou no tempo. Charles Xavier (James McAvoy) e Erik Lensherr (Michael Fassbender) são mutantes, jovens, idealistas e ainda aliados. Em meio à crise dos mísseis de Cuba, na primeira metade dos anos 60, os dois decidem interferir no conflito para mostrar à humanidade que não há o que temer nessa nova evolução de nossa raça. Claro que, no meio do caminho, Xavier e Lensherr encontram uma

fOTOs: divulgação

Bryan Singer volta ao universo mutante (agora como produtor) na surpreendente viagem no tempo X-Men Primeira Classe

MICHAEL FASSBENDER (à esq.) e JAMES MCAVOY (à dir.): mutantes, jovens, idealistas e aliados, mas apenas por um curto espaço de tempo

bifurcação – para quem acompanha os gibis, o primeiro em algum ponto fica careca, confinado a uma cadeira de rodas e atende por Professor X; o segundo acha que paz é uma bobagem e se torna o terrorista conhecido por Magneto. É uma premissa bacana que

pode, sim, reacender o interesse na marca, e também é uma prova de fogo para Vaughn: escalado para comandar o terceiro filme dos mutantes, o que foi lançado em 2006, ele deixou o barco temendo não estar à altura do desafio. Agora, todas as cartas estão na mesa.

Profundo feito cartão-postal Woody Allen continua sua volta pelo mundo (e em busca de bons investidores) no simpático Meia-Noite em Paris

OWEN WILSON e RACHEL MCADAMS: romance tem como pano de fundo uma frágil Paris de cartão-postal

Maio 2011 2011 96 billboard brasil Junho

Assim como o Rio de Janeiro de Velozes & Furiosos 5 só existe na mente do roteirista da aventura, a Paris mostrada na última comédia de Woody Allen não é uma cidade de verdade, e sim sua versão romantizada pelo diretor workaholic. Seu alter ego desta vez é Owen Wilson, roteirista hollywoodiano que chega à capital francesa com sua noiva (Rachel McAdams, refazendo o par de Penetras Bons de Bico) e, por estripulias do texto fantasioso, volta no tempo e passa a dividir a cena em pé de igualdade com luminares artísticos e culturais como Salvador Dalí, Ernest Hemingway e Pablo Picasso – no elenco cheio de gente bacana deixada à vontade por Allen, a primeira dama Carla Bruni faz uma ponta. Tudo muito bonitinho, mas sem muito estofo. Essa Paris de cartão-postal exposta por Allen é frágil como pano de fundo para um

roteiro mais profundo, e termina como uma desculpa rasa para que o diretor passeie com sua câmera por pontos turísticos que enfeitam a jornada do personagem de Wilson. É triste ver um diretor com a força de Allen preso a este tipo de restrição ditada por seus financiadores – como seus filmes não se traduzem em bilheterias gordas, ele basicamente tem ficado à espera de um convite para filmar. Meia-Noite em Paris está longe de ser um incômodo, e na paisagem atual coloca-se acima da média. Ainda assim, é mais satisfatório rever A Rosa Púrpura do Cairo ou Hannah e Suas Irmãs no conforto do lar. Ali, sim, Woody tinha – e muito – o que dizer.


GAMES

Cidade proibida

L.A. Noire leva a mesma arquitetura de GTA para uma aventura na Los Angeles dos anos 40

O retorno de Relâmpago McQueen e Po: qual deles levará a melhor na briga pela bilheteria?

Sobremesa em dose dupla

Carros 2 e Kung Fu Panda 2 retomam seus universos familiares alterando as regras do jogo

As grandes animações do ano são um retorno a terrenos já visitados, mas desta vez expandidos. Não significa falta de originalidade ou escassez de ideias: é simplesmente sinal de que a briga nas bilheterias faz as apostas se concentrarem em produtos conhecidos. Ok, ok, pode até ser desculpa, mas o fato é que o panda Po e o carro de corrida Relâmpago McQueen estão de volta numa briga furiosa por dólares. Po é quem sai na frente, expandindo o elenco de personagens e fazendo de Kung Fu Panda 2 uma jornada para salvar uma tradição. Numa metáfora nada sutil à nossa vida cada vez mais dependente de tecnologia, Po e seus companheiros

(no casting de voz original, retornam Angelina Jolie, Seth Rogen, Jackie Chan e Lucy Liu, além do mestre Dustin Hoffman) precisam enfrentar um mestre inimigo (voz de Gary Oldman) que quer extinguir o kung fu. Mas o que eu quero mesmo ver é Jean-Claude Van Damme, aliado do panda, em seu primeiro papel no cinemão americano desde (gasp) Soldado Universal: O Retorno. Por falar em expandir, é exatamente o que faz o chefão da Pixar, John Lasseter, em Carros 2. Vamos aos fatos. Apesar de sua bilheteria bacana em 2005, Carros é um dos únicos filmes da Pixar que não foi verdadeiramente amado. Em compensação, é o que mais rende

em produtos licenciados. Ainda assim, Lasseter garante que o motivo da continuação não foi grana, e sim uma ideia que pintou na viagem promocional do primeiro filme, em que ele rodou o mundo e imaginou como reagiria o reboque Mate, companheiro caipira de McQueen, ao se deparar com culturas diferentes na Itália, Inglaterra e Japão. É o que acontece quando Mate acompanha seu amigo no grand prix mundial e é, claro, confundido com um espião – parte em que Carros 2 deixa de ser um filme de corridas para se tornar uma aventura de espionagem com direito a um agente secreto britânico – que ganha voz e charme de Michael Caine.

Ser, não ser ou tanto faz?

Brad Pitt é a âncora emocional de A Árvore da Vida, vencedor da Palma de Ouro em Cannes

Já são dois anos que o mítico diretor Terrence Malick está dando forma a este A Árvore da Vida, drama literalmente profundo que pretende examinar as maravilhas do universo e que existe sob o prisma de uma família americana nos anos 50. Tanto tempo para esculpir um produto perfeito pode embaçar o foco, e talvez por isso o filme, ancorado por uma performance brilhante de Brad Pitt, pareça fazer água e ameace ceder a seu próprio peso. Pitt é um pai autoritário que acredita que assim seus filhos vão se tornar pessoas prontas para a vida, que é dura – seu filho mais velho é o narrador da trama, e reaparece mais velho como Sean Penn.

O grande problema do excesso de pretensão é que as intenções podem se perder em meio ao discurso – ou falta dele, já que Malick não aparece em público e não conversa sobre seus filmes. Sempre foi assim. Terra de Ninguém, de 1973, mostrou a América sob a ótica de um casal de assassinos em fuga – o terror era filtrado pela beleza bucólica de um país sendo descoberto. Dias de Paraíso, de 1978, continuava explorando tema similar, com Richard Gere no começo do século passado, tentando escapar da pobreza. Foram duas décadas para Malick voltar em cena com Além da Linha Vermelha, que usou uma batalha decisiva da Segunda Guerra para explorar a mente humana.

BRAD PITT: um pai autoritário que comanda uma família na década de 50

Um Novo Mundo, seu trabalho menos interessante, basicamente reconta a história de Pocahontas e a colonização da América. Menos narrativo, Malick opta pela poesia de imagens, uma viagem sufocante de tão bela que nem sempre é de fácil assimilação. É o caso de A Árvore da Vida. É arte. Para o bem ou para o mal.

Violência e glamour numa cidade incrível recriada com pixels

Existe algo incrível em L.A. Noire, em que você assume o papel de um policial numa Los Angeles infestada de glamour e corrupção nos anos 40. Não é só a mecânica do jogo, emprestada do clássico GTA e do espetacular western Red Dead Redemption. Nem o incrível movimento dos personagens – obtido com atores trabalhando com captura de movimento. O mais bacana é uma, digamos, mudança de ritmo. Não importa o tema ou o estilo, os jogos modernos são dinâmicos, em que a ação e a trama proporcionam um número quase infinito de sustos, de movimento, com a ação fazendo os gamers não desgrudar os olhos da tela. Em L.A. Noire é como se seus criadores pedissem para a gente se reclinar e aproveitar a jornada. Assim como em casos policiais reais (ou realistas), a atenção para detalhes e a paciência são fundamentais para decodificar a expressão visual dos personagens – desvendar os mistérios está nos detalhes. E que detalhes! A Los Angeles recriada com pixels é o sonho de qualquer diretor de arte, uma máquina do tempo que não só reproduz uma época como também seu tom, o que influencia o andamento do jogo e a resposta dos personagens que habitam o game. É um jogo de imersão, e quando você menos perceber, será tragado, com prazer, para este mundo. www.billboard.br.com 97


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wssmo shom e noalco p

Realização:

3

Garagem Show Carioca

+

Lançamento do CD “Depois de Um Longo Inverno”

+

18.jun

Elymar Santos 30 de julho

“Elymar Canta Marrom” PARTICIPAÇÃO ESPECIAL DE

ALCIONE

02

O H L U DE J NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 18 ANOS

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02/06/11 16:28


BRASIL HOT 100 • POP & POPULAR • REGIONAL • SOCIAL 50• BILLBOARD 200 • HOT 100 • INDEPENDENT ALBUMS • TRADITIONAL JAZZ • COMTEMPORARY JAZZ

100

LUAN SANTANA

Quatro músicas no Brasil Hot 100, incluindo o 1o lugar

p.

103

BRITNEY SPEARS No topo do Hot Dance Club Songs com “Till The World Ends”

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THE LONELY ISLAND

Trio cômico californiano estreia em 3o lugar no Billboard 200

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LADY GAGA

A nova “The Edge Of Glory” vai direto para a 3a posição do Hot 100

foto: Dave Hogan/getty images

Paradas

p.

O fundo do poço e o alto das paradas nunca estiveram tão próximos quanto no reinado da inglesa Adele nos principais rankings da Billboard. As canções cheias de tristeza e dor de cotovelo de 21, seu disco mais recente, estão coladas há 12 semanas no Billboard 200, oito delas no 1º lugar. De quebra, elas arrastaram a estreia, 19, disco anterior, de 2008, de volta para o 15º lugar do ranking, aonde chegou pela primeira vez há 82 semanas. Os potentes lamentos de “Rolling In The Deep”, primeiro single do disco, chegaram em duas semanas ao topo do Hot 100 e lá continuam, com maior aumento de execuções no último período, tanto nas rádios quanto em downloads. A canção também é líder do Hot Digital Songs. Como se não bastasse, “Turning Tables”, do álbum mais recente, que ainda nem foi lançada oficialmente como single, já está na 96º posição na parada. Na próxima vez que você tomar um pé na bunda, lembre-se da história da Adele: sacudir a poeira pode te levar ao topo. www.billboard.br.com 99


18 Mai MARçO

4

6

PRA VOCÊ

3

1

79

uM BEIJO

4

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-

ÁGuA DE OCEANO

5

3

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QuEM É?

6

5

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MENTES TÃO BEM (MIENTES TAN BIEN)

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39

-

ABELHA

8

2

4

VIVER SEM TI

1

2

GraVadora

LuAN SANTANA

ORIGINAL

SOM LIVRE

PAuLA FERNANDES

AO VIVO

UNIVERSAL

LuAN SANTANA

AO VIVO

SOM LIVRE

VICTOR & LEO

ORIGINAL

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

EDuARDO COSTA

AO VIVO

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

ORIGINAL ORIGINAL

ZEZÉ DI CAMARGO & LuCIANO

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

JOÃO BOSCO & VINICIuS (PART. JORGE & MATEuS)

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

EXALTASAMBA (PART. MARIANA RIOS)

ORIGINAL

INOVASHOW

9

42

-

10

8

30

TEuS SEGREDOS

ME APAIXONEI POR TI (ME ENAMORÉ DE TI)

FERNANDO & SOROCABA

11

73

-

TÁ NO CORAÇÃO

DANIEL

12

ORIGINAL AO VIVO

ORIGINAL

LEONARDO UNIVERSAL

SOM LIVRE

AbRIL

Artista

Versão

11

Em sua segunda semana no ranking, a romântica “Tá No Coração”, de Daniel, registra o maior salto da lista (62 posições), passando de 73º para 11º lugar. Divulgada no início de abril, a música fará parte do novo álbum do cantor, que será lançado em breve.

SOM LIVRE

62    63    64

-  54

67    68    69    70    71

CLICHÊ

7

TENTATIVAS EM VÃO

BRuNO & MARRONE

14

23

-

DuPLA SOLIDÃO

MARCOS & BELuTTI

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22

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JENNIFER LOPEZ (PART. PITBuLL)

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TALKING TO THE MOON

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PENSANDO EM NÓS DOIS

18

14

14

ONDE ESTIVER

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23

BORN THIS WAY

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SISSI

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JuST CAN’T GET ENOuGH

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FIREWORK

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24

20

AO VIVO

ON THE FLOOR  ORIGINAL ORIGINAL AO VIVO

ORIGINAL ORIGINAL

INDEPENDENTE

UNIVERSAL

BRuNO MARS WARNER

IVETE SANGALO (PART. SEu JORGE)

UNIVERSAL

NX ZERO

UNIVERSAL

LADY GAGA

UNIVERSAL

ALEXANDRE PIRES

ORIGINAL

EMI

ORIGINAL REMIX

A GENTE FAZ A FESTA

63

-

TILL THE WORLD ENDS

25

29

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S&M

26

COR DE OuRO

NOvO

AO VIVO

ORIGINAL

THE BLACK EYED PEAS

UNIVERSAL

KATY PERRY

EMI

EXALTASAMBA (PART. MR CATRA)

INOVASHOW

BRITNEY SPEARS SONY MUSIC ENTERTAINMENT

RIHANNA

ORIGINAL

UNIVERSAL

18

19

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36

MEu CORAÇÃO PEDE CARONA

29

NINGuÉM TEM NADA COM ISSO

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RAZÃO DE VIVER

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LOCA

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THE TIME (THE DIRTY BIT)

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Aí JÁ ERA

JORGE & MATEuS

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SEu ASTRAL

JORGE & MATEuS

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34

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JuST A DREAM

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NOvO

Eu, VOCÊ E MAIS NINGuÉM

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NOvO

PRICE TAG

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O MEu AMOR É BELO

NOvO

NOvO

AO VIVO

LARGA DE BOBEIRA  AO VIVO AO VIVO AO VIVO

E.T.

ORIGINAL

GuSTTAVO LIMA

ORIGINAL

ORIGINAL AO VIVO

ORIGINAL AO VIVO

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JuDAS

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AS CORES

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QuEM QuISER ME BEIJAR

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ADRENALINA

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NEED YOu NOW

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DE REPENTE

JESSIE J. (PART. B.O.B.)

UNIVERSAL

BELO

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

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WHAT’S MY NAME?

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NOvO

SOM LIVRE

JOTA QuEST

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

FAR EAST MOVEMENT (PART. THE CATARACS)

UNIVERSAL EMI

INDEPENDENTE

TIKO’S GROOVE (PART. GOSHA)

BUILDING

ORIGINAL ORIGINAL

VEM CAMILA  ORIGINAL

BRuNO MARS

WARNER

RIHANNA (PART. DRAKE)

UNIVERSAL TALISMA

46

AIRPLANES

47

41

YEAH 3X

52

27

26

JuST THE WAY YOu ARE

BRuNO MARS

53

49

58

CLuB CAN’T HANDLE ME

FLO RIDA (PART. DAVID GuETTA)

54

75

-

PLANOS IMPOSSíVEIS

55

17

1

QuíMICA DO AMOR

56

35

21

DO LADO DE CÁ

57

60

51

DYNAMITE

58

28

25

PRA VOCÊ LEMBRAR

59

79

91

FuCKING PERFECT

60

19

7

uM MINuTO

ORIGINAL ORIGINAL ORIGINAL ORIGINAL AO VIVO AO VIVO

ORIGINAL ORIGINAL ORIGINAL ORIGINAL AO VIVO

100 billboard brasil

brasil100 BB20.indd 100

B.O.B. (PART. HAILEY WILLIAMS)

WARNER

CHRIS BROWN

SONY MUSIC ENTERTAINMENT WARNER WARNER

MANu GAVASSI

MIDAS

LuAN SANTANA (PART. IVETE SANGALO)

SOM LIVRE

CHIMARRuTS

EMI

TAIO CRuZ

UNIVERSAL

RESTART

MAYNARD ENTERPRISES

P!NK

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

EXALTASAMBA INOVASHOW

99

-

NOvO   40

29

INDEPENDENTE

BRuNO & MARRONE

ORIGINAL AO VIVO

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

MARIA CECíLIA & RODOLFO (PART. EXALTASAMBA)

SOM LIVRE

HuGO PENA & GABRIEL

AO VIVO

SOM LIVRE

MuNHOZ & MARIANO

AO VIVO

INDEPENDENTE

KATY PERRY

ORIGINAL

EMI

JOÃO BOSCO & VINICIuS

ORIGINAL

NEVER SAY NEVER   ORIGINAL

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

JuSTIN BIEBER (PART. JADEN SMITH)

ORIGINAL ORIGINAL AO VIVO AO VIVO

ORIGINAL AO VIVO

UNIVERSAL

LEONARDO

UNIVERSAL

CINE

UNIVERSAL

INIMIGOS DA HP

MAYNARD ENTERPRISES

LuAN SANTANA

SOM LIVRE

LADY ANTEBELLuM

EMI

SKANK

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

Eu JuRO

ADRYANA RIBEIRO

u SMILE

JuSTIN BIEBER

ORIGINAL ORIGINAL

INDEPENDENTE

UNIVERSAL

entenda os rankings

Os rankings brasileiros – HOT 100 AIRPLAY, BRASIL HOT POP SONGS, BRASIL HOT POPULAR SONGS e HOT BRASIL REGIONAL – são fornecidos, com exclusividade, para a Billboard Brasil pela Crowley/MusicMedia e desenvolvidos por meio de metodologia própria de aferição, feita de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, na grade de emissoras-básicas Crowley (www.crowley.com. br). Essa grade contempla as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Ribeirão Preto, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Salvador e Fortaleza. d atas de apuração: de 19 de fevereiro de 2010 a 18 de março de 2011 para as colunas intituladas MARÇO; de 19 de março de 2011 a 18 de abril de 2011 para as colunas intituladas ABRIL; de 19 de abril de 2011 a 18 de maio de 2011 para as colunas intituladas MAIO.

RICK SOLLO

46

FOTOS: DIv ULGAÇãO; DANIEL: MARCOS HERMES

50

GuILHERME & SANTIAGO

Presença recorrente nas listas internacionais, Bruno Mars conquista também os rankings brasileiros. Depois de emplacar “Just The Way You Are”, em novembro do ano passado, e “Grenade”, em fevereiro, o cantor havaiano de 25 anos agora faz uma trinca nas paradas com a estreia de “Talking To The Moon” em 16º lugar – sua melhor posição até o momento.

ASA DE ÁGuIA

ORIGINAL

94

INDEPENDENTE

UNIVERSAL

DÊ NO QuE DER

ZuAR E BEBER

JEITO MOLEQuE

UNIVERSAL

REVELAÇÃO

AO VIVO

-

UNIVERSAL

UNIVERSAL

LEONARDO

ORIGINAL

13

UNIVERSAL

INDEPENDENTE

COLBIE CAILLAT

TRILHA DO AMOR

48

NELLY

KE$HA

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

HuMBERTO & RONALDO (PART. GuSTTAVO LIMA)

ALuCINAÇÃO

90

-

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

ORIGINAL

93

UNIVERSAL

33

GRENADE

AO VIVO

92

16,47 &52

BRITNEY SPEARS

I DO

SHAKIRA (PART. DIZZEE RASCAL)

LADY GAGA

ORIGINAL

44

CHEGA MAIS PRA CÁ

CHuVA

UNIVERSAL

WARNER

INDEPENDENTE

ORIGINAL

TEENAGE DREAM

UNIVERSAL

FLO RIDA (PART. AKON) JOÃO MARCIO & FABIANO

ORIGINAL

5

EDSON

NOvO

67

WE R WHO WE R

48

É SÓ VOCÊ ME AMAR

HOLD IT AGAINST ME

56

25

DAVID GuETTA (PART. RIHANNA)

47

35

65

38

46

51

91

WHO’S THAT CHICK?

ORIGINAL

79

90

THE BLACK EYED PEAS

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

AO VIVO

PIXOTE

LIKE A G6

ORIGINAL

-

KATY PERRY (PART. KANYE WEST)

38

I DON’T KNOW WHAT TO DO

95

SONHO BOM

EMI

SOM LIVRE

CHARLIE BROWN JR.

ORIGINAL

81

27

-

RECONCILIAÇÃO

91

26

70

WHO DAT GIRL

FERNANDO & SOROCABA

ORIGINAL

89

H.R.P

42

62

-

UNIVERSAL

AO VIVO

QuATRO ESTAÇÕES

HuGO & TIAGO

SOM LIVRE

KLEO DIBAH & RAFAEL

ORIGINAL

87

86

MICHEL TELÓ

ORIGINAL

78

NOvO

BELO

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

SE Eu ME ENTREGAR

77

85

INDEPENDENTE

ORIGINAL

70

-

TuRMA DO PAGODE

AO VIVO

SÓ OS LOuCOS SABEM

84

UNIVERSAL

CAMISA 10

TÔ PASSANDO MAL

84

INDEPENDENTE

JORGE & MATEuS

AO VIVO

55

20

PEDRO PAuLO & MATHEuS

AO VIVO

73

É PRECISO (A PRÓXIMA PARADA)

30

DIZEM

39

41

INDEPENDENTE

AVRIL LAVIGNE

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

CHOVE, CHOVE

66

83

RICARDO & JOÃO FERNANDO

ORIGINAL

58

INDEPENDENTE

-

ORIGINAL

AO VIVO

88

JOÃO NETO & FREDERICO

92

ORIGINAL

RELÓGIO

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

WHAT THE HELL

59

NOvO

INDEPENDENTE

uSHER (PART. PITBuLL)

ORIGINAL

FuGIDINHA

NOvO

ART POPuLAR

ORIGINAL

31

SOM LIVRE

41

ORIGINAL

PRONTO, FALEI!

DIREITO DE TE AMAR

82

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

DJ GOT uS FALLIN’ IN LOVE

28

INDEPENDENTE

CAPITAL INICIAL

ORIGINAL

34

81

RODRIGO RIOS

ORIGINAL

76

80

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

COMO SE SENTE

57

NOvO

INDEPENDENTE

CHRIS BROWN (PART. JuSTIN BIEBER)

VELHOS SONHOS

O TROCO

-

AO VIVO

NOvO

ORIGINAL

SONHANDO

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

ORIGINAL

18

GraVadora

CuPIM NA MESA

AO VIVO

NEXT 2 YOu

12

EMI

AO VIVO

NOvO   44

Artista

Versão

15

74

45

Além de marcar presença na 8ª posição com “viver Sem Ti”, que aparece na lista pela 5ª semana consecutiva, e na 60ª, com “Um Minuto”, há seis meses no ranking, o Exaltasamba ainda estreia “A Gente Faz A Festa” em 23º lugar. As três faixas fazem parte de Exaltasamba 25 Anos, o mais recente álbum do grupo, lançado em 2010.

57

TíTuLO

56

TuDO TEM uM PORQuÊ

44

8, 23 &60

-

NOvO   69

CROWLEY

MuLHER 100%

87

SOM LIVRE

MICHEL TELÓ

40

43

72

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

72

NOvO

61

82

ORIGINAL

83

81

16

UNIVERSAL

NOvO

66

6

AO VIVO

52

83

65

13

NOvO

SORRISO MAROTO

61

feveReIRO

AbRIL

11

AMAR NÃO É PECADO

MAIO

TíTuLO

-

MARçO

brasil hot 100 airplay

2011

AIRPLAY  MONITORADO  PeLA

®

41

Em tempo de comemoração dos 15 anos de carreira e agenda apertada, o Jota Quest aproveita para arrasar também nos rankings. “É Preciso (A Próxima Parada)”, que estreou na lista em abril, acumula o segundo maior salto do mês: 51 posições.

brasil Hot 100 airpla Y: as 100 primeiras colocações, tanto de títulos nacionais quanto internacionais, dos mais variados gêneros, computadas com base no número total de execuções no período indicado e na grade de emissoras-básicas Crowley das 12 cidades cobertas. Músicas com maior ganho de posições. brasil Hot re Gio Nal : as dez primeiras colocações, tanto de títulos internacionais quanto nacionais, dos mais variados gêneros, para cada uma das cidades monitoradas, computadas com base no número total de execuções no período indicado e na grade de emissoras-básicas Crowley da referida cidade. brasil Hot pop so NGs : as 40 primeiras colocações, tanto de títulos internacionais quanto nacionais, compu tadas com base no número total de execuções no período indicado e na grade de emissoras-básicas Crowley classificadas no segmento pop nas 11 cidades cobertas. brasil Hot popular so NGs : as 40 primeiras colocações, de títulos nacionais, computadas com base no número total de execuções no período indicado e na grade de emissoras-básicas Crowley classificadas no segmento popular nas 11 cidades cobertas.

Junho 2011

02/06/11 15:31


brasil hot POP & popular

AIRPLAY MONITORaDo  pela

CROWLEY

ON THE FLOOR

2

NOVO

3

3

4

ONDE ESTIVER

4

2

6

BORN THIS WAY

5

14

26

JUST CAN’T GET ENOUGH

6

1

2

FIREWORK

7

26

-

TILL THE WORLD ENDS

8

10

28

S&M

RIHANNA

9

22

-

E.T.

KATY PERRY (Part. KANYE WEST)

10

5

3

LOCA

11

4

1

THE TIME (THE DIRTY BIT)

12

12

13

JUST A DREAM

13

NOVO

AMAR NÃO É PECADO

4

6

PRA VOCÊ

3

1

-

UM BEIJO

4

9

-

ÁGUA DE OCEANO

5

3

2

QUEM É?

6

5

3

MENTES TÃO BEM (MIENTES TAN BIEN)

7

23

-

ABELHA

8

2

4

VIVER SEM TI

9

25

-

ME APAIXONEI POR TI (ME ENAMORé DE TI)

SHAKIRA (Part. DIZZEE RASCAL)

10

8

20

THE BLACK EYED PEAS

11

NOVO

NELLY

12

6

12

JESSIE J. (Part. B.O.B.)

13

7

-

TENTATIVAS EM VÃO

BRUNO & MARRONE

JOTA QUEST

14

17

-

DUPLA SOLIDÃO

MARCOS & BELUTTI

FAR EAST MOVEMENT (Part. THE CATARACS)

15

15

-

PENSANDO EM NÓS DOIS

DAVID GUETTA (Part. RIHANNA)

16

18

36

TIKO’S GROOVE (Part. GOSHA)

17

LADY GAGA

18

BRUNO MARS

19

RIHANNA (Part. DRAKE)

20

1

BRUNO MARS

2

UNIVERSAL

ORIGINAL

WARNER

NX ZERO

ORIGINAL

UNIVERSAL

LADY GAGA

ORIGINAL ORIGINAL

UNIVERSAL

THE BLACK EYED PEAS

UNIVERSAL

KATY PERRY

REMIX

ORIGINAL

EMI

BRITNEY SPEARS SONY MUSIC ENTERTAINMENT

ORIGINAL ORIGINAL ORIGINAL ORIGINAL

UNIVERSAL

ORIGINAL

-

É PRECISO (A PRÓXIMA PARADA)

15

7

9

LIKE A G6

16

16

14

WHO’S THAT CHICK?

17

25

31

I DON’T KNOW WHAT TO DO

ORIGINAL ORIGINAL ORIGINAL ORIGINAL

UNIVERSAL UNIVERSAL UNIVERSAL

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

UNIVERSAL EMI

BUILDING

ORIGINAL

UNIVERSAL

19

11

17

GRENADE

20

14

11

WHAT’S MY NAME?

21

18

18

AIRPLANES

22

19

15

YEAH 3X

23

8

8

JUST THE WAY YOU ARE

BRUNO MARS

24

25

16

CLUB CAN’T HANDLE ME

FLO RIDA (Part. DAVID GUETTA)

25

32

-

PLANOS IMPOSSÍVEIS

26

13

5

DO LADO DE CÁ DYNAMITE

27

ORIGINAL

ORIGINAL ORIGINAL

WARNER

UNIVERSAL

B.O.B. (Part. HAILEY WILLIAMS)

WARNER

CHRIS BROWN

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

ORIGINAL ORIGINAL AO VIVO

WARNER WARNER

MANU GAVASSI

MIDAS

CHIMARRUTS

ORIGINAL

23

20

28

9

7

PRA VOCÊ LEMBRAR

29

34

37

FUCKING PERFECT

EMI

TAIO CRUZ

ORIGINAL

UNIVERSAL

RESTART

ORIGINAL ORIGINAL

30

NOVO

NEXT 2 YOU

31

NOVO

COMO SE SENTE

ORIGINAL ORIGINAL

MAYNARD ENTERPRISES

P!NK

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

7&9

“Abelha”, música resultante da parceria entre as duplas João Bosco & Vinicius (foto) e Jorge & Mateus, deixa a 23ª posição para ocupar o 7º lugar em seu segundo mês na lista. O salto de 16 posições é o mesmo registrado pela faixa “Me Apaixonei Por Ti (Me Enamoré De Ti)”, de Leonardo.

21

TÁ NO CORAÇÃO

DANIEL

AO VIVO

ORIGINAL

AO VIVO

A GENTE FAZ A FESTA AO VIVO

AO VIVO

AÍ JÁ ERA

JORGE & MATEUS

24

28

-

SEU ASTRAL

JORGE & MATEUS

25 26 27 28 29

NOVO 38 NOVO 20

TUDO TEM UM PORQUÊ

-

É SÓ VOCÊ ME AMAR

AO VIVO

QUÍMICA DO AMOR AO VIVO

39

35

37

ORIGINAL

NEVER SAY NEVER ORIGINAL

EMI

JUSTIN BIEBER (Part. JADEN SMITH)

UNIVERSAL

Para ferver

O DJ e produtor brasileiro Tiko’s Groove conquistou as pistas de dança do país com “I Don’t Know What To Do”. A faixa, que faz parte da trilha sonora da novela Insensato Coração, da TV Globo, conta com a participação especial do cantor russo Gosha no refrão. Depois de ocupar o 31º lugar da lista em março, o hit passou para 25º e, atualmente, ocupa a 17ª posição.

-

TALISMA

LUAN SANTANA (Part. IVETE SANGALO)

SOM LIVRE

EXALTASAMBA INOVASHOW

CUPIM NA MESA

AO VIVO

KATY PERRY

TEENAGE DREAM

NOVO

RICK SOLLO

MULHER 100%

38

UNIVERSAL

SOM LIVRE

EDSON

INDEPENDENTE

ORIGINAL

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

14

GUILHERME & SANTIAGO

VEM CAMILA

COLBIE CAILLAT

ORIGINAL

27

BELO

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

ORIGINAL

ORIGINAL

WE R WHO WE R

INDEPENDENTE

ORIGINAL

I DO

23

UNIVERSAL

JEITO MOLEQUE

AO VIVO

O MEU AMOR É BELO

UNIVERSAL

EU, VOCÊ E MAIS NINGUÉM

-

NOVO

EMI

AO VIVO

-

NOVO

PIXOTE

ORIGINAL

31

WARNER

H.R.P

8

MINUTO 7 UM AO VIVO

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

HUGO & TIAGO

AO VIVO

37

28

ORIGINAL

INDEPENDENTE

AO VIVO

KE$HA

37

ORIGINAL

SOM LIVRE

JOÃO NETO & FREDERICO

NINGUÉM TEM NADA COM ISSO

DIZEM

HOLD IT AGAINST ME

MICHEL TELÓ

AO VIVO

MEU CORAÇÃO PEDE CARONA

NOVO

12

SOM LIVRE

LARGA DE BOBEIRA

36

21

INOVASHOW

GUSTTAVO LIMA

AO VIVO

BRITNEY SPEARS

36

EMI

EXALTASAMBA (Part. MR CATRA)

COR DE OURO

RELÓGIO

WHO DAT GIRL

UNIVERSAL

ALEXANDRE PIRES

ORIGINAL

NOVO

-

INDEPENDENTE

IVETE SANGALO (Part. SEU JORGE)

SISSI

35

37

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

AO VIVO

14

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

UNIVERSAL

ORIGINAL

FLO RIDA (Part. AKON)

35

ORIGINAL

SOM LIVRE

SORRISO MAROTO

AO VIVO

30

SOM LIVRE

CLICHÊ

31

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

UNIVERSAL

FERNANDO & SOROCABA

NOVO

ORIGINAL

INOVASHOW

LEONARDO

TEUS SEGREDOS

34

SÓ OS LOUCOS SABEM

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

EXALTASAMBA (Part. MARIANA RIOS)

ORIGINAL

CAPITAL INICIAL SONY MUSIC ENTERTAINMENT

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

JOÃO BOSCO & VINICIUS (Part. JORGE & MATEUS)

ORIGINAL

33

WHAT THE HELL

22

-

ORIGINAL

1

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

ZEZÉ DI CAMARGO & LUCIANO

ORIGINAL

12

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

EDUARDO COSTA

AO VIVO

30

CHRIS BROWN (Part. JUSTIN BIEBER)

SOM LIVRE

VICTOR & LEO

ORIGINAL

AVRIL LAVIGNE

24

38

NOVO

UNIVERSAL

LUAN SANTANA

AO VIVO

CHARLIE BROWN JR.

29

34

19

24

AO VIVO

11

33

27

16

SOM LIVRE

PAULA FERNANDES

23

32

40

NOVO

ORIGINAL

RAZÃO DE VIVER

DJ GOT US FALLIN’ IN LOVE USHER (Part. PITBULL)

39

15

Gravadora

LUAN SANTANA

30

21

NOVO

13

Artista

Versão

22

24

ORIGINAL

NOVO

Título

22

32

38

FOTOS: DIVULGAÇÃO

“Till The World Ends”, faixa que faz parte do álbum Femme Fatale e que estreou na lista em abril, leva Britney Spears a registrar um salto de 19 posições no ranking.

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

JUDAS

ORIGINAL

7

EMI

ORIGINAL

PRICE TAG

maio

Gravadora

JENNIFER LOPEZ (Part. PITBULL)

TALKING TO THE MOON

39

NOVO

10

-

Artista

Versão

14

18

março

6

30

abril

março

1

maio

Título

ORIGINAL

2011

hot popular songs

abril

hot pop songs

18 mai

®

INDEPENDENTE

VELHOS SONHOS

RODRIGO RIOS

PRONTO, FALEI!

ART POPULAR

ORIGINAL

INDEPENDENTE

ORIGINAL AO VIVO AO VIVO

INDEPENDENTE

RICARDO & JOÃO FERNANDO

INDEPENDENTE

PEDRO PAULO & MATHEUS

INDEPENDENTE

CHOVE, CHOVE

JORGE & MATEUS

AO VIVO

UNIVERSAL

CAMISA 10

TURMA DO PAGODE

AO VIVO

23

DIREITO DE TE AMAR

19

FUGIDINHA

INDEPENDENTE

BELO

ORIGINAL

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

MICHEL TELÓ

ORIGINAL

SOM LIVRE

recomeço

Após uma fase pessoal difícil, Belo retomou a carreira e, desde que o ranking começou a ser publicado, em outubro de 2008 – pouco depois de sua saída definitiva da prisão –, já emplacou pelo menos quatro músicas no Hot 100. Agora, com “O Meu Amor É Belo”, que aparece pela segunda vez no Hot Popular, Belo ganha 12 posições e ensaia uma chegada aos top ten. www.billboard.br.com 101


18 MAI

BRASIL HOT REGIONAL

NOVO

6

6

7

NOVO

PAULA FERNANDES

AO VIVO

UNIVERSAL

EXALTASAMBA (PART. MARIANA RIOS)

AO VIVO

INOVASHOW

PÁSSARO DE FOGO

PAULA FERNANDES

ORIGINAL

UNIVERSAL

AMO AMAR VOCÊ (NO AIR)

BANDA MALA 100 ALÇA

ORIGINAL

INDEPENDENTE

EU, VOCÊ E MAIS NINGUÉM

JEITO MOLEQUE

AO VIVO

INDEPENDENTE

FAMÍLIA

REGIS DANESE

8

10

9

NOVO

RAZÃO DE VIVER

10

NOVO

UM BEIJO

ORIGINAL

INDEPENDENTE

PIXOTE

AO VIVO

EMI

LUAN SANTANA

AO VIVO

SOM LIVRE

ABRIL

MAIO

GOIÂNIA HOT SONGS Artista

VERSÃO

1

2

PRA VOCÊ

1

QUEM É?

3

NOVO

GRAVADORA

PAULA FERNANDES

AO VIVO

UNIVERSAL

EDUARDO COSTA

AO VIVO

ABELHA

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

JOÃO BOSCO & VINICIUS (PART. JORGE & MATEUS)

ORIGINAL

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

4

5

UM BEIJO

5

7

TEUS SEGREDOS

6

10

AMAR NÃO É PECADO

7

NOVO

8

6

LUAN SANTANA

AO VIVO

SOM LIVRE

FERNANDO & SOROCABA

AO VIVO

SOM LIVRE

LUAN SANTANA

ORIGINAL

SOM LIVRE

ME APAIXONEI POR TI (ME ENAMORÉ DE TI)

LEONARDO

ORIGINAL

UNIVERSAL

VIVER SEM TI

EXALTASAMBA (PART. MARIANA RIOS)

AO VIVO

INOVASHOW

9

NOVO

EFEITOS CRISTIANO ARAÚJO (PART.JORGE & MATEUS)

10

NOVO

NINGUÉM TEM NADA COM ISSO

AO VIVO

INDEPENDENTE

HUGO & TIAGO

AO VIVO

H.R.P

ABRIL

MAIO

CAMPINAS HOT SONGS

1

NOVO

2

5

Artista

VERSÃO

GRAVADORA

MARCOS & BELUTTI

AO VIVO

INDEPENDENTE

MEU CORAÇÃO PEDE CARONA

JOÃO NETO & FREDERICO

AO VIVO

INDEPENDENTE

3

NOVO

NINGUÉM TEM NADA COM ISSO

4

NOVO

TÁ NO CORAÇÃO

5

8

6

NOVO

HUGO & TIAGO

AO VIVO

H.R.P

DANIEL

ORIGINAL

SOM LIVRE

COR DE OURO

GUSTTAVO LIMA

AO VIVO

SOM LIVRE

ME APAIXONEI POR TI (ME ENAMORÉ DE TI)

LEONARDO

ORIGINAL

UNIVERSAL

PIXOTE

7

6

RAZÃO DE VIVER

8

3

QUEM É?

9

NOVO

10

2

AO VIVO

EMI

EDUARDO COSTA

AO VIVO

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

ÁGUA DE OCEANO ORIGINAL

VICTOR & LEO SONY MUSIC ENTERTAINMENT

PRA VOCÊ

PAULA FERNANDES

AO VIVO

UNIVERSAL

MAIO

ABRIL

TÍTULO

1

NOVO 2

UM BEIJO

3

1

AMAR NÃO É PECADO

4

NOVO

Artista

VERSÃO

ABELHA

GRAVADORA

JOÃO BOSCO & VINICIUS (PART. JORGE & MATEUS)

ORIGINAL

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

LUAN SANTANA

ORIGINAL

SOM LIVRE

LUAN SANTANA

AO VIVO

SOM LIVRE

PRA VOCÊ

PAULA FERNANDES

AO VIVO

5

3

TEUS SEGREDOS

6

NOVO

ÁGUA DE OCEANO

UNIVERSAL

FERNANDO & SOROCABA

AO VIVO ORIGINAL

7

7

DUPLA SOLIDÃO

8

8

COR DE OURO

9

NOVO

PLANOS IMPOSSÍVEIS

10

NOVO

CURTINHO SOLIDÃO

SOM LIVRE

VICTOR & LEO SONY MUSIC ENTERTAINMENT

MARCOS & BELUTTI

AO VIVO AO VIVO AO VIVO ORIGINAL

102 BILLBOARD BRASIL Junho 2011

brasilRegional BB20.indd 102

NOVO

PENSANDO EM NÓS DOIS IVETE SANGALO (PART. SEU JORGE)

4

NOVO

DÊ NO QUE DER

5

NOVO

TÁ NO CORRAÇÃO

DANIEL

ORIGINAL

SOM LIVRE

6

1

7

NOVO

ME APAIXONEI POR TI (ME ENAMORÉ DE TI) LEONARDO

-

NOVO

S&M

9

NOVO

TILL THE WORLD ENDS

10

NOVO

CLONADO

INDEPENDENTE

LUAN SANTANA

ORIGINAL

SOM LIVRE

AO VIVO

UNIVERSAL

ASA DE ÁGUIA

ORIGINAL

VIVER SEM TI

INDEPENDENTE

EXALTASAMBA (PART. MARIANA RIOS)

AO VIVO

INOVASHOW

ORIGINAL

UNIVERSAL

RIHANNA

ORIGINAL

UNIVERSAL

BRITNEY SPEARS

ORIGINAL

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

GAROTA SAFADA

ORIGINAL

INDEPENDENTE

TÍTULO

Artista

VERSÃO

GRAVADORA

LUAN SANTANA

1

2

2

3

MENTESTÃOBEM (MIENTESTANBIEN) ZEZÉDI CAMARGO&LUCIANO

3

1

AO VIVO

SOM LIVRE SONY MUSIC ENTERTAINMENT

AÍ JÁ ERA

JORGE & MATEUS

ORIGINAL

UNIVERSAL

4

NOVO

TEUS SEGREDOS

5

NOVO

AMAR NÃO É PECADO

6

4

7

NOVO

8

7

FERNANDO & SOROCABA

AO VIVO

SOM LIVRE

LUAN SANTANA

ORIGINAL

SOM LIVRE

QUEM É?

EDUARDO COSTA

AO VIVO

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

ÁGUA DE OCEANO

VICTOR & LEO

ORIGINAL

VIVER SEM TI

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

EXALTASAMBA (PART. MARIANA RIOS)

AO VIVO

INOVASHOW

9

NOVO

DUPLA SOLIDÃO

10

NOVO

TENTATIVAS EM VÃO

MARCOS & BELUTTI

AO VIVO

INDEPENDENTE

BRUNO & MARRONE

ORIGINAL

NOVO

DÊ NO QUE DER

3

1

MEU CORAÇÃO VÔOU

4

2

PRA VOCÊ

5

NOVO

EU QUERO

6

5

7

NOVO

HIMALAIA

8

7

QUEM É?

9

3

MINHA VIDA

10

NOVO

AMOR É FATO AO VIVO

INDEPENDENTE

-

NOVO

ME APAIXONEI POR TI (ME ENAMORÉ DE TI)

LEONARDO

AO VIVO

UNIVERSAL

ASA DE ÁGUIA

ORIGINAL

INDEPENDENTE

CHICLETE COM BANANA

ORIGINAL

INDEPENDENTE

PAULA FERNANDES

AO VIVO

UNIVERSAL

CHEIRO DE AMOR

ORIGINAL

INDEPENDENTE

CHOVENDO PAIXÃO

ALESSANDRO LEALE

ORIGINAL

INDEPENDENTE

NETINHO (PART. JORGE VERCILLO)

AO VIVO

INDEPENDENTE

EDUARDO COSTA

AO VIVO

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

OITO7NOVE4

ORIGINAL

INDEPENDENTE

JEITO MOLEQUE

ORIGINAL

UNIVERSAL

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

TÍTULO

GRAVADORA

1

NOVO

TALKING TO THE MOON

2

NOVO

A GENTE FAZ A FESTA

3

2

PENSANDO EM NÓS DOIS IVETE SANGALO (PART. SEU JORGE)

4

3

CLICHÊ AO VIVO

UNIVERSAL

5

9

SISSI

ALEXANDRE PIRES

6

NOVO

7

8

8

1

BRUNO MARS

ORIGINAL

WARNER

EXALTASAMBA (PART. MR CATRA)

AO VIVO

INOVASHOW

AO VIVO

UNIVERSAL

SORRISO MAROTO

ORIGINAL

EMI

O MEU AMOR É BELO

BELO

ORIGINAL

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

ONDE ESTIVER

NX ZERO

ORIGINAL

UNIVERSAL

VIVER SEM TI

EXALTASAMBA (PART. MARIANA RIOS)

AO VIVO

INOVASHOW

9

NOVO

O AMOR É FATO

10

NOVO

PLANOS IMPOSSÍVEIS

GRUPO NEM TE CONTO

AO VIVO

INDEPENDENTE

MANU GAVASSI

AO VIVO

TÍTULO

MIDAS

1

6

2

10

ON THE FLOOR

3

7

JUST CAN’T GET ENOUGH

4

1

FIREWORK

5

NOVO

ÁGUA DE OCEANO

6

NOVO

E.T.

AO VIVO

INDEPENDENTE

GUSTTAVO LIMA SOM LIVRE

MANU GAVASSI MIDAS

MICHEL TELÓ SOM LIVRE

ABRIL

BORN THIS WAY

3

1

AO VIVO

SOM LIVRE

LADY GAGA

ORIGINAL

UNIVERSAL

FIREWORK

KATY PERRY

REMIX

EMI

MENTES TÃO BEM (MIENTES TANBIEN) ZEZÉDICAMARGO & LUCIANO

4

NOVO

-

3

6

NOVO

7

2

LOCA

8

4

WHAT’S MY NAME?

9

NOVO

-

8

-

NOVO

ORIGINAL

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

ONDE ESTIVER

NX ZERO

ORIGINAL

UNIVERSAL

TILL THE WORLD ENDS

BRITNEY SPEARS

ORIGINAL

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

SHAKIRA (PART. DIZZEE RASCAL)

ORIGINAL

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

RIHANNA (PART. DRAKE)

ORIGINAL

UNIVERSAL

ÁGUA DE OCEANO

VICTOR & LEO

ORIGINAL

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

CLICHÊ

SORRISO MAROTO

AO VIVO

UNIVERSAL

QUEM É?

EDUARDO COSTA

AO VIVO

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

TÍTULO

1

3

2

NOVO

3

8

Artista

VERSÃO

GRAVADORA

PRA VOCÊ

PAULA FERNANDES

AO VIVO

ABELHA

UNIVERSAL

JOÃO BOSCO & VINICIUS (PART. JORGE & MATEUS)

ORIGINAL

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

AMAR NÃO É PECADO

LUAN SANTANA

ORIGINAL

SOM LIVRE

ME APAIXONEI POR TI (ME ENAMORÉ DE TI)

LEONARDO

-

NOVO

5

10

DUPLA SOLIDÃO

6

1

UM BEIJO

7

5

MEU CORAÇÃO PEDE CARONAJOÃO NETO & FREDERICO

8

7

ORIGINAL

UNIVERSAL

MARCOS & BELUTTI

AO VIVO

INDEPENDENTE

LUAN SANTANA

AO VIVO

SOM LIVRE

AO VIVO

INDEPENDENTE

COR DE OURO

GUSTTAVO LIMA

AO VIVO

SOM LIVRE

9

NOVO

TUDO TEM UM PORQUÊ

10

NOVO

SEU ASTRAL

GUILHERME & SANTIAGO

AO VIVO

SOM LIVRE

JORGE & MATEUS

AO VIVO

UNIVERSAL

1o 1o

UNIVERSAL UNIVERSAL

ORIGINAL

Recife Calypso

THE BLACK EYED PEAS UNIVERSAL

KATY PERRY

REMIX

EMI

VICTOR & LEO

ORIGINAL

1o

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

KATY PERRY (PART. KANYE WEST)

ORIGINAL

7

NOVO

TALKING TO THE MOON

NOVO

S&M

9

2

10

NOVO

EMI

ORIGINAL

WARNER

RIHANNA UNIVERSAL

MENTESTÃOBEM(MIENTESTANBIEN) ZEZÉDICAMARGO&LUCIANO ORIGINAL

AMAR NÃO É PECADO ORIGINAL

2

BRUNO MARS

ORIGINAL

TÍTULO

1

7

AMAR NÃO É PECADO

2

1

UM BEIJO

3

NOVO

4

3

5

NOVO

VERSÃO ORIGINAL

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

AO VIVO AO VIVO

TEUS SEGREDOS AO VIVO

LARGA DE BOBEIRA AO VIVO AO VIVO

Brasília Zezé Di Camargo & Luciano

SOM LIVRE

2

Belo Horizonte Lady Gaga

Goiânia Eduardo Costa

Artista

1o

LUAN SANTANA SOM LIVRE

LUAN SANTANA SOM LIVRE INDEPENDENTE

FERNANDO & SOROCABA SOM LIVRE

MICHEL TELÓ

1

Ribeirão Preto Paula Fernandes

o

Campinas Marcos & Belutti

1o

SOM LIVRE

Rio de Janeiro Bruno Mars

PAULA FERNANDES UNIVERSAL

7

NOVO

8

NOVO

A GENTE FAZ A FESTA

9

NOVO

TILL THE WORLD ENDS ORIGINAL

SONY MUSIC ENTERTAINMENT

10

NOVO

PERDOA

NOSSO SENTIMENTO

AO VIVO

2o

o

GRAVADORA

AÍ JÁ ERA ORIGINAL

Salvador Ivete Sangalo

o

LUAN SANTANA

APAIXONITEAGUDA LALUNA&VINICIUS(P.ZEZÉDICAMARGO&LUCIANO)

AO VIVO

5 9

JENNIFER LOPEZ (PART. PITBULL)

ORIGINAL

6

1 2

PAULA FERNANDES

8

6

GRAVADORA

LUAN SANTANA

GRAVADORA

PRA VOCÊ

PRA VOCÊ

Artista

VERSÃO

Fortaleza Banda Garota Safada

Artista

VERSÃO

TÍTULO UM BEIJO

RIBEIRÃO PRETO HOT SONGS

Artista

VERSÃO

MARÇO

ABRIL

NOVO

RIO DE JANEIRO HOT SONGS

UM BEIJO

ORIGINAL

1 2

PORTO ALEGRE HOT SONGS

CURITIBA HOT SONGS

2

3

ORIGINAL

GRAVADORA

SÃO PAULO HOT SONGS

TÍTULO DUPLA SOLIDÃO

AMAR NÃO É PECADO

BRASÍLIA HOT SONGS

TÍTULO

2

2 10

Artista

VERSÃO

ABRIL

5

PRA VOCÊ VIVER SEM TI

1

TÍTULO

MAIO

2

SOM LIVRE

BELO HORIZONTE HOT SONGS

PENSANDO EM NÓS DOIS IVETE SANGALO (PART. SEU JORGE)

ABRIL

4

ORIGINAL

GRAVADORA

2

ABRIL

NOVO

INDEPENDENTE

LUAN SANTANA

ABRIL

3

ORIGINAL

Artista

VERSÃO

ABRIL

AMAR NÃO É PECADO

MAIO

1 7

TÍTULO

NÃOPOSSONEGARQUETEAMO CALYPSO(PART.REGINALDOROSSI)

MAIO

1 2

CROWLEY

SALVADOR HOT SONGS MAIO

GRAVADORA

GAROTA SAFADA

ABRIL

Artista

VERSÃO

MAIO

ABRIL

MAIO

TÍTULO CLONADO

MAIO

RECIFE HOT SONGS

FORTALEZA HOT SONGS

MAIO

2011

FOTOS: DIVULGAÇÃO

AIRPLAY MONITORADO PELA

®

JORGE & MATEUS UNIVERSAL

EXALTASAMBA (PART. MR CATRA) INOVASHOW

BRITNEY SPEARS

INDEPENDENTE

1o

2o

Curitiba João Bosco & Vinicius

São Paulo Jennifer Lopez

1o

Porto Alegre Luan Santana

02/06/11 15:34


28 MAI

ENTENDA OS

DADOS DE VENDAS COMPILADOS POR

RANKINGS

2011

ÁLBUNS

HOT DIGITAL SONGS

40 32 JAR OF HEARTS

1

51

50 12 I WON’T LET GO

27

24

6 HONEY BEE

52

59

28

1 JAR OF HEARTS

53

44 33 GRENADE

29

6

2 WHERE THEM GIRLS AT DAVID GUETTA FT. FLO RIDA&NICKI MINAJ (WHAT A MUSIC/ASTRALWERKS/CAPITOL)

54

51

30

26

6 DIRT ROAD ANTHEM

55

39 25 COMING HOME

2

42 20 F**KIN’ PERFECT

56

53 11 A LITTLE BIT STRONGER

0

32

22 15 I NEED A DOCTOR

57

33

32

58

46 22 6 FOOT 7 FOOT

34

25 10 PRICE TAG JESSIE J FEAT. B.O.B (LAVA/UNIVERSAL REPUBLIC)

59

19

35

27 13 BACKSEAT

60

49 18 WHAT THE HELL

61

71

1

18

2

1 THE EDGE OF GLORY

3

2

14 E.T.

4

7

7 GIVE ME EVERYTHING PITBULL FEAT. NE-YO, AFROJACK & NAYER (MR. 305/POLO GROUNDS/J/RMG)

5

5

10 THE LAZY SONG

0

6

4

12 ON THE FLOOR

1

31

7

8

11 JUST CAN’T GET ENOUGH

8

3

2 JUST A KISS

9

1 DIRTY DANCER ENRIQUE IGLESIAS WTIH USHER FEAT. LIL WAYNE (UNIVERSAL REPUBLIC)

10

10 15 LOOK AT ME NOW

LADY GAGA (STREAMLINE/KONLIVE/INTERSCOPE) KATY PERRY FEAT. KANYE WEST (CAPITOL)

BRUNO MARS (ELEKTRA/ATLANTIC) JENNIFER LOPEZ FEAT. PITBULL (ISLAND/IDJMG)

2

THE BLACK EYED PEAS (INTERSCOPE)

LADY ANTEBELLUM (CAPITOL NASHVILLE)

CHRIS BROWN FEAT. LIL WAYNE & BUSTA RHYMES (JIVE/JLG)

11 TILL THE WORLD ENDS BRITNEY SPEARS (JIVE/JLG)

11

9

12

13 20 THE SHOW GOES ON

13

20

14

17 14 BORN THIS WAY

LUPE FIASCO (1ST & 15TH/ATLANTIC)

1

7 PARTY ROCK ANTHEM

LMFAO FT. LAUREN BENNETT & GOONROCK (P.ROCK/WILL.I.AM/CHERRYTREE/INTERSC.) LADY GAGA (STREAMLINE/KONLIVE/INTERSCOPE)

TÍTULO

ARTISTA (GRAVADORA/PROMOTORA)

CHRISTINA PERRI (MS. PERRI LANE/ATLANTIC/RRP) BLAKE SHELTON (WARNER BROS. (NASHVILLE)/WMN) GLEE CAST (20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA)

JASON ALDEAN (BROKEN BOW) P!NK (LAFACE/JLG)

DR. DRE FEAT. EMINEM & SKYLAR GREY (AFTERMATH/INTERSCOPE)

5 MOTIVATION

KELLY ROWLAND FEAT. LIL WAYNE (UNIVERSAL MOTOWN)

NEW BOYZ FEAT. THE CATARACS & DEV (SHOTTY/WARNER BROS.)

9 WHO SAYS SELENA GOMEZ & THE SCENE (HOLLYWOOD)

0

TÍTULO

ARTISTA (GRAVADORA/PROMOTORA) RASCAL FLATTS (BIG MACHINE)

1 I AM WOMAN

JORDIN SPARKS (19/JIVE/JLG) LIL WAYNE FEAT. CORY GUNZ (CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN) BAD MEETS EVIL (SHADY/INTERSCOPE) AVRIL LAVIGNE (RCA/RMG)

3 HOMEBOY

29

37

30 18 ALL OF THE LIGHTS

62

57 19 ARE YOU GONNA KISS ME OR NOT

38

28 11 BOW CHICKA WOW WOW

63

66

39

33

4 COUNTRY GIRL (SHAKE IT FOR ME)

64

47 19 MOMENT 4 LIFE

MIKE POSNER FEAT. LIL WAYNE (J/RMG) LUKE BRYAN (CAPITOL NASHVILLE)

1

2 FAST LANE

36

KANYE WEST (ROC-A-FELLA/DEF JAM/IDJMG)

4

8 BEST LOVE SONG T-PAIN FEAT. CHRIS BROWN (KONVICT/NAPPY BOY/JIVE/JLG)

SARA EVANS (RCA NASHVILLE)

Preços de CDs/cassetes seguem tabelas ou preços equivalentes, calculados a partir dos preços do atacado, em dólar. / depois do preço indica álbum disponível apenas em DualDisc. CD/DVD depois do preço indica disponibilidade somente no formato combo CD/DVD. / DualDisc disponível. b combo CD/DVD disponível. *disponível em LP (vinil). Os preços e a disponibilidade de LPs não aparecem em todas as listas. EX depois de número de catálogo indica que um título é exclusivo de determinada conta ou tem distribuição limitada.

MÚSICAS O ranking é baseado nas vendas (digitais e físicas) e no quanto a música tocou nas rádios naquela semana. A semana de contagem das vendas vai de segunda a domingo, enquanto a semana de medida de audiência vai de quarta a terça-feira. Toda quinta-feira é criado e publicado um novo ranking. O número de vendas é levantado pelo sistema Nielsen SoundScan, enquanto a preferência da audiência é rastreada pela Nielsen Broadcast Data Systems (BDS), que inclui o monitoramento de estações de rádio em mais de 140 mercados dos EUA. Os rankings de audiência são compilados a partir de uma amostra norte-americana de dados fornecida pela BDS. As paradas são ranqueadas a partir de um número de impressões totais, computadas por meio de referência cruzada entre os números exatos de execução em rádios e os dados de ouvintes da Arbitron. 0 Músicas que mostram aumento de execuções com relação à semana anterior, independentemente da movimentação do ranking.

ERIC CHURCH (EMI NASHVILLE) THOMPSON SQUARE (STONEY CREEK)

Quando incluído, indica o título com maior aumento de execuções nas emissoras de rádio.

1

2 HELLO

Quando incluído, indica o título com maior venda digital (por download). CONFIGURAÇÕES

MARTIN SOLVEIG & DRAGONETTE (BIG BEAT/ATLANTIC) NICKI MINAJ FT. DRAKE (YOUNG MONEY/CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN)

Quando incluído, indica o título que passou para o top 100 do ranking The Billboard 200 e saiu da lista Heatseeker.

PREÇOS/CONFIGURAÇÃO/DISPONIBILIDADE

YC FEAT. FUTURE (BIG PLAY/UNIVERSAL REPUBLIC)

DIDDY - DIRTY MONEY FEAT. SKYLAR GREY (BAD BOY/INTERSCOPE)

Quando incluído, indica o título com a maior porcentagem de crescimento. EX HEATSEEKER

3 RACKS

BRUNO MARS (ELEKTRA/ATLANTIC)

Quando incluído, indica o título com o maior crescimento de unidades.

CERT.

SEMANA DE 28/5

26

SEMANA DE 21/5 Nº DE SEMANAS

CERT.

2

1

2 SEMANAS

SEMANA DE 21/5 Nº DE SEMANAS

IN THE DEEP Nº 1 ROLLING ADELE (XL/COLUMBIA)

ARTISTA (GRAVADORA/PROMOTORA)

SEMANA DE 28/5

TÍTULO

Dados de vendas compilados pela ferramenta Nielsen SoundScan a partir de uma cadeia de lojas de música nos EUA. 0 Álbuns com maiores ganhos em vendas na semana.

CERT.

SEMANAS

SEMANA DE 21/5 Nº DE

SEMANA DE 28/5

TM

0

C Single disponível em CD . Download Digital disponível M Single disponível em DVD , Maxi-single disponível em vinil v Single disponível em vinil x Maxi-single disponível em CD. Estas confi gurações não estão em todos os rankings de singles.

15

1 ROLLING IN THE DEEP

40

38

5 GOOD LIFE

65

64

4 SURE THING

16

31

2 SUPER BASS

41

1 ISN’T SHE LOVELY

66

56

5 OLD ALABAMA

17

12 38 F**K YOU (FORGET YOU)

42

35 30 FIREWORK

4

67

52 16 COLDER WEATHER

0

Compilado a partir de uma amostra (EUA) de dados fornecidos por DJs de casas noturnas. 0 Maior aumento de execuções. Indica o título que, abaixo do top 20 e presente na semana anterior, teve o maior crescimento em pontos.

18

16 26 DOWN ON ME JEREMIH FEAT. 50 CENT (MICK SCHULTZ/DEF JAM/IDJMG)

0

68

69 49 DYNAMITE

4

11 15 BLOW

69

65 43 JUST THE WAY YOU ARE

NÍVEIS DE CERTIFICAÇÃO

19

3

70

60 20 MORE USHER (LAFACE/JLG)

71

67 27 DON’T YOU WANNA STAY

4 1

KE$HA (KEMOSABE/RCA/RMG)

21

18

5 JUDAS

22

15 17 S&M

23

14 11 WRITTEN IN THE STARS TINIE TEMPAH FT. ERIC TURNER (DISTURBING LONDON/PARLOPHONE/CAPITOL)

LADY GAGA (STREAMLINE/KONLIVE/INTERSCOPE) RIHANNA (SRP/DEF JAM/IDJMG)

21 12 ROLL UP

44

1 9 PIECE

1 JACK SPARROW THE LONELY ISLAND FEAT. MICHAEL BOLTON (UNIVERSAL REPUBLIC)

RICK ROSS FEAT. LIL WAYNE (MAYBACH/SLIP-N-SLIDE/DEF JAM/IDJMG)

46

36 15 FOR THE FIRST TIME

47

1 I’M NOT GONNA TEACH YOUR BOYFRIEND...

72

41

3 TONIGHT TONIGHT HOT CHELLE RAE (JIVE/JLG)

73

61 33 HEY BABY (DROP IT TO THE FLOOR)

THE SCRIPT (PHONOGENIC/EPIC)

0

GLEE CAST (20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA)

2

5

7

ORIGINAL SIN

1 DANCING QUEEN

74

3 TURNING TABLES

0

6 TOMORROW

75

1 MY LAST

GLEE CAST (20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA) CHRIS YOUNG (RCA NASHVILLE)

INXS FEAT. ROB THOMAS & INTRODUCING DJ YALEIDYS PETROL ELECTRIC/ATCO/RHINO

SEMANA DE 21/5 Nº DE SEMANAS

26

33

5

TÍTULO

ARTISTA (GRAVADORA/PROMOTORA)

SEXY SEXY CHARO UNIVERSAL WAVE

27

24 12 TACALACATEO

28

32

6

WHAT A FEELING

29

36

5

YOU CAN’T STOP THE RAIN

30

35

5

DANCE WITH ME

31

38

4

PARTY ROCK ANTHEM

32

GRANDE ESTREIA

33

37

3

TAKING OVER NOW

34

41

3

NOT MY DADDY

35

23 14 E.T.

36

42

37

31 13 ON THE FLOOR

38

45

39

17 12 CALL MY NAME

40

49

2

PRICE TAG

41

46

2

SWEET SUGAR POISON

42

12 13 GOOD GIRL

INDIA & PEPPE CITARELLA ANGEL EYES

3

7

8

4

10

5

HOLLYWOOD TONIGHT

5

8

8

WORLD KEEPS TURNING

6

11

8

KICK US OUT

7

1

11 BEAUTIFUL PEOPLE

8

4

9

9

3

10 WHERE YOU AT

10

15

6

11

6

10 DANCING TONIGHT

12

13 14 ARMY OF LOVE

13

18

8

SAN FRANCISCO IS MY DISCO

14

14

8

ROLLING IN THE DEEP

15

9

13 TURN IT UP

16

27

3

JUDAS

17

21

7

ALL HERE NOW

18

26

4

CALL YOUR GIRLFRIEND

19

19

8

CHANGES

20

25

5

WE OWN THE NIGHT

21

16 12 PUSH IT

22

28

23

20 12 HEY (NAH NEH NAH)

48

40

24

30

4

CATCH A FIRE

49

34 16 S&M

25

22

7

PERFECT STRANGER

50

43

SYLVIA TOSUN SEA TO SUN HYPER CRUSH UNIVERSAL MOTOWN CHRIS BROWN FEAT. BENNY BENASSI JIVE/JLG

SWEAT SNOOP DOGG DOGGYSTYLE/PRIORITY/CAPITOL JENNIFER HUDSON ARISTA/RMG

MIRRORS NATALIA KILLS CHERRYTREE/INTERSCOPE KAT DELUNA GLOBAL MUSIC BRAND/UNIVERSAL MUSIC BELGIUM KERLI ISLAND/IDJMG LAURA LARUE NEAR ADELE XL/COLUMBIA ULTRA NATE DEEP SUGAR/STRICTLY RHYTHM LADY GAGA STREAMLINE/KONLIVE/INTERSCOPE DAVID GARCIA & HIGH SPIES FEAT. SARAH TANCER SOLMATIC ROBYN KONICHIWA/CHERRYTREE/INTERSCOPE DIRTY VEGAS OM ANDREA ROSARIO HECHTIC JESSIE AND THE TOY BOYS FEAT. YELAWOLF PROSPECT PARK

5

ESCALADA

MOVE WITH IT LINNEA LINNEA & CO.

RICO BERNASCONI VS. VAYA CON DIOS STARSHIT/CAPP/SILVER BLUE JOHN LEPAGE FEAT. DEBBY HOLIDAY & LFB GROOVE MAGNETIC MAN FEAT. KATY B COLUMBIA

43

ALEX GAUDINO FEAT. KELLY ROWLAND ULTRA MARTIN CLANCY & THE WITNESS PROTECTION PROGRAMME SEAPORT HOT ROD G NOTE LMFAO FT. LAUREN BENNETT & GOONROCK P.ROCK/WILL.I.AM/CHERRYTREE/INTERSC.

LAST FRIDAY NIGHT (T.G.I.F.) KATY PERRY CAPITOL HMC: HANNAH & MIAMI CALLING SNOWDOG EVA IN YA FACE/BUNGALO KATY PERRY CAPITOL

3

SEE THE NEW HONG KONG JOSIE COTTON SCRUFFY JENNIFER LOPEZ FEAT. PITBULL ISLAND/IDJMG

2

GAVE UP ON LOVE KELLI DENTZ SULTAN & NED SHEPARD FEAT. NADIA ALI HAREM JESSIE J FEAT. B.O.B LAVA/UNIVERSAL REPUBLIC DAVE MATTHIAS VS. JULISSA VELOZ CARRILLO ALEXIS JORDAN STARROC/ROC NATION/COLUMBIA

NOVO

RUN THE WORLD (GIRLS) BEYONCE COLUMBIA

44

44

4

DO YOU WANT TO OR NOT?

45

47

2

ALL ABOUT SEX

46

29 13 BORN THIS WAY

47

PITBULL FEAT. T-PAIN (MR. 305/POLO GROUNDS/J/RMG) ADELE (XL/COLUMBIA)

BIG SEAN FEAT. CHRIS BROWN (G.O.O.D./DEF JAM/IDJMG)

1

ÁLBUNS

0 Certifi cado de distribuição de 500 mil álbuns (Ouro) emitido pela Associação Americana da Indústria de Gravação (RIAA – Recording Industry Association of America). 1 Certifi cado da RIAA de

distribuição de 1 milhão de cópias (Platina). 0 Certifi cado da RIAA de distribuição de 10 milhões de cópias (Diamante). Números junto aos símbolos de Platina ou Diamante indicam nível multiplatina do disco. Para boxes e discos duplos com 100 minutos ou mais de tempo corrido, a RIAA multiplica a distribuição pelo número de discos e/ou fi tas.) Certifi cação de distribuição de 100 mil unidades (Ouro). ! Certifi cação de 200 mil unidades (Platina).@ Certifi cação de 400 mil unidades (Multiplatina). MÚSICAS

0 Certifi cação da RIAA para 500 mil downloads pagos (Ouro).1 Certifi cação da RIAA para 1 milhão de downloads pagos (Platina). Números junto ao símbolo de platina indicam o nível multiplatina da canção. ) Certifi cação da RIAA para distribuição de 500 mil singles (Ouro).

SOCIAL 50 0 Maior ganho de pontos. Lista os artistas mais ativos nas principais redes de relacionamento. A popularidade é medida por um sistema de pontos baseado em uma fórmula que contempla as adições, na semana, de amigos, seguidores e fãs do artista em suas redes sociais, o número de page views em seu website e o total de execuções de suas músicas, na semana, no MySpace, YouTube, Facebook, Twitter e iLike.

SOCIAL 50

FADE MICHAEL JACKSON MJJ/EPIC

ACE HOOD (WE THE BEST/DEF JAM/IDJMG)

1 SEMANA

KRISTINE W FLY AGAIN

1 HUSTLE HARD

45

SEMANA DE 28/5

SEMANA DE 21/5 Nº DE SEMANAS

SEMANA DE 28/5

THE WORLD ENDS Nº 1 TILL BRITNEY SPEARS JIVE/JLG

JASON ALDEAN WITH KELLY CLARKSON (BROKEN BOW)

49

ARTISTA (GRAVADORA/PROMOTORA)

6

BRUNO MARS (ELEKTRA/ATLANTIC)

50

TÍTULO

2

TAIO CRUZ (MERCURY/IDJMG)

45

HOT DANCE CLUB SONGSTM 1

ZAC BROWN BAND (SOUTHERN GROUND/ATLANTIC/BIGGER PICTURE)

48

STEVEN TYLER (COLUMBIA)

WIZ KHALIFA (ROSTRUM/ATLANTIC/RRP)

48

BRAD PAISLEY FEAT. ALABAMA (ARISTA NASHVILLE)

1

1 (IT) FEELS SO GOOD

24 25

43

HOT DANCE CLUB SONGS

MIGUEL (BLACK ICE/BYSTORM/JIVE/JLG)

I LIKE IT ELECTRIC FEAT. SOPHIA LOLLEY BEAT CONGRESS/STRICTLY RHYTHM SARIAH REIGNING HEARTS LADY GAGA STREAMLINE/KONLIVE/INTERSCOPE

NOVO

8

WHO SAYS SELENA GOMEZ & THE SCENE HOLLYWOOD

YOU LIKE IT WILD RANNY FEAT. JESSICA WILD ROCKBERRY RIHANNA SRP/DEF JAM/IDJMG

9

BLOW KE$HA KEMOSABE/RCA/RMG

SEMANA DE 21/5 Nº DE SEMANAS

20

1 FRIDAY GLEE CAST (20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA)

KATY PERRY (CAPITOL)

7 MEAN TAYLOR SWIFT (BIG MACHINE)

SEMANA DE 28/5

CEE LO GREEN (RADICULTURE/ELEKTRA/RRP)

GLEE CAST (20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA)

ARTISTA

GRAVADORA/PROMOTORA

GAGA Nº 1 LADY STREAMLINE/KONLIVE/INTERSCOPE

DADOS FORNECIDOS POR SEMANA DE 21/5 Nº DE SEMANAS

NICKI MINAJ (YOUNG MONEY/CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN)

ONEREPUBLIC (MOSLEY/INTERSCOPE)

SEMANA DE 28/5

GLEE CAST FEAT. JONATHAN GROFF (20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA)

ARTISTA

GRAVADORA/PROMOTORA

26

24 22 BRITNEY SPEARS

25 JUSTIN BIEBER

27

30 24 LUDACRIS

25 RIHANNA

28

23 23 SNOOP DOGG

5

25 SHAKIRA

29

34 25 DON OMAR

5

4

25 EMINEM

30

42 25 ENRIQUE IGLESIAS

6

6

25 AKON

31

21 25 DAVID GUETTA

7

7

25 KATY PERRY

32

22 22 WIZ KHALIFA

8

9

25 BEYONCÉ

33

35 17 KANYE WEST

9

8

25 NICKI MINAJ

34

31 25 50 CENT

10

11 24 LIL WAYNE

35

28 25 KE$HA

11

19 15 ADELE

36

33 23 DRAKE

12

15 25 AVRIL LAVIGNE

37

44

13

13 23 CHRIS BROWN

38

36 25 GREEN DAY

14

14 11 JENNIFER LOPEZ

39

RETORNO

15

10

DEADMAU5

40

40 25 COLDPLAY

16

12 25 THE BLACK EYED PEAS

41

38 12 JUSTIN TIMBERLAKE

17

17 25 TAYLOR SWIFT

42

32 25 TIESTO

18

18 25 SELENA GOMEZ

43

RETORNO

19

29 23 BOB MARLEY

44

45 19 DEMI LOVATO

20

27 23 PITBULL MR.

45

41 23 P!NK

21

26 25 MICHAEL JACKSON

46

43 18 ALICIA KEYS

22

20 25 LINKIN PARK

47

47 15 THIRTY SECONDS TO MARS

23

16

3

BEASTIE BOYS

48

50

24

39

2

LMFAO

49

46 21 MY CHEMICAL ROMANCE

25

25 25 USHER

50

49

1

1

25

2

2

3

3

4

8 SEMANAS

SCHOOLBOY/RAYMOND BRAUN/ISLAND/IDJMG SRP/DEF JAM/IDJMG SONY MUSIC LATIN/EPIC WEB/SHADY/AFTERMATH/INTERSCOPE KONVICT/UPFRONT/SRC/UNIVERSAL MOTOWN CAPITOL

MUSIC WORLD/COLUMBIA YOUNG MONEY/CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN XL/COLUMBIA ARISTA/RMG JIVE/JLG

ISLAND/IDJMG

6

MAU5TRAP/ULTRA INTERSCOPE

BIG MACHINE HOLLYWOOD

TUFF GONG/ISLAND/UME

305/FAMOUS ARTIST/POLO GROUNDS/SONY MUSIC LATIN/RMG MJJ/EPIC

MACHINE SHOP/WARNER BROS. BROOKLYN DUST/CAPITOL PARTY ROCK/WILL.I.AM/CHERRYTREE/INTERSCOPE LAFACE/JLG

JIVE/JLG

DTP/DEF JAM/IDJMG PRIORITY/CAPITOL

ORFANATO/MACHETE

UNIVERSAL MUSIC LATINO/UNIVERSAL REPUBLIC GUM/VIRGIN/CAPITOL ROSTRUM/ATLANTIC

ROC-A-FELLA/DEF JAM/IDJMG SHADY/AFTERMATH/INTERSCOPE KEMOSABE/RCA/RMG YOUNG MONEY/CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN

6

AVENGED SEVENFOLD HOPELESS/SIRE/WARNER BROS. REPRISE

CHRISTINA GRIMMIE UNSIGNED CAPITOL

JIVE/JLG

MUSICAL FREEDOM

BRUNO MARS ELEKTRA HOLLYWOOD LAFACE/JLG J/RMG

IMMORTAL/VIRGIN/CAPITOL

8

DAFT PUNK VIRGIN/CAPITOL REPRISE

9

GUNS N’ ROSES GEFFEN

www.billboard.br.com 103

_rankingDiversos BB20.indd 103

02/06/11 15:35


28

the billboard 200

mai 2011

dados de vendas compilados por

®

1

2

BAND PERRY 48 42 31 THE REPUBLIC NASHVILLE 014839/UMRG (10.98)

The Band Perry

0

4

54

33 32

I Remember Me

0

2

55

+ THE MACHINE 49 39 50 FLORENCE UNIVERSAL REPUBLIC 013170*/UMRG (13.98)

56

EVANS 42 40 10 SARA RCA NASHVILLE 49693/SMN (10.98)

Stronger

6

57

57 31

6 HOLLYWOOD UNDEAD

American Tragedy

4

58

40 26

y Luz 5 MANA Drama WARNER LATINA 526530 (16.98) b

5

59

AMBROSIUS 51 41 11 MARSHA J 64826/RMG (9.98)

Late Nights & Early Mornings

2

60

Strong 46 33 21 SOUNDTRACK Country RCA NASHVILLE 72911/SMN (11.98)

6

61

41 47 10 SOUNDTRACK 20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA 85852/SONY MUSIC (13.98)

3

LONELY ISLAND 1 THE UNIVERSAL REPUBLIC 015547*/UMRG (15.98 CD/DVD) b

Turtleneck & Chain

3

Novo 4

PERRI 1 CHRISTINA ATLANTIC 525853/AG (13.98) b

lovestrong.

4

Novo 5

THE CREATOR 1 TYLER, XL 529* (11.98)

Goblin

5

6

BOYS 2 BEASTIE BROOKLYN DUST 05639/CAPITOL (18.98)

Hot Sauce Committee Part Two

2

Novo 7

CARS 1 THE SYNCRO 4/HEAR 32872*/CONCORD (14.98)

8

4

FOXES 2 FLEET SUB POP 888* (13.98)

9

5

LOPEZ 2 JENNIFER ISLAND 014975/IDJMG (13.98)

Move Like This

7

Helplessness Blues

4

Love?

5

4

O álbum completo da cantora Christina Perri, que fez sucesso com a música “Jar Of Hearts, chega às paradas com vendas de 58 mil unidades. Ele vem depois do EP Ocean Way Sessions, que chegou ao 144º lugar no ano passado.

Kelly

MY BLOCK/SANG GIRL! 32101/MALACO (14.98)

My Kinda Party

1

2

11

maior aumento JUSTIN BIEBER Never Say Never: The Remixes (EP) 32 22 13 unid. SCHOOLBOY/RAYMOND BRAUN/ISLAND 015397/IDJMG (9.98)

1

1

1

2

62

59 44

Lemonade Mouth

4

63

85

Stone Rollin’

14

64

W. SMITH 39 46 43 MICHAEL REUNION 10133/SONY MUSIC (13.98)

13

3

& SONS 60 MUMFORD GENTLEMAN OF THE ROAD 0109*/GLASSNOTE (12.98) b

14

5

5 SOUNDTRACK

14 Novo

Sigh No More

WALT DISNEY 013440 (13.98)

SAADIQ 1 RAPHAEL COLUMBIA 62560*/SONY MUSIC (11.98)

15

24 20 82 ADELE XL/COLUMBIA 31859*/SONY MUSIC (12.98)

16

19

1

6

NICKS 2 STEVIE REPRISE 527247/WARNER BROS. (18.98)

17

13

2

5 FOO FIGHTERS

Wasting Light

0

1

18

MARS Doo-Wops & Hooligans 15 13 32 BRUNO ELEKTRA 525393* (10.98) b

1

3

ROSWELL/RCA 84493*/RMG (11.98) b

19 Novo

HAYNES 1 WARREN STAX 32912*/CONCORD (15.98)

20

BROWN 8 CHRIS JIVE 86067/JLG (11.98)

19

6

In Your Dreams

10

Man In Motion F.A.M.E.

21 Novo

ORCHESTRA 1 MANCHESTER FAVORITE GENTLEMAN/COLUMBIA 74341*/SONY MUSIC (11.98)

22

17

8

38 KATY PERRY

23

25

9

KHALIFA 7 WIZ ROSTRUM/ATLANTIC 527099/AG (13.98) b MORRISON 1 MATTHEW MERCURY 015501/IDJMG (13.98)

25

18 10

5 PAUL SIMON

26

SWIFT 28 30 29 TAYLOR BIG MACHINE TS0300A (18.98) b

27

BIEBER 43 25 60 JUSTIN SCHOOLBOY/RAYMOND BRAUN/ISLAND 014063/IDJMG (10.98) b

28

21 23 26 P!NK LAFACE 80657/JLG (13.98)

30

7

2 SADE EPIC 90454/SONY MUSIC (17.98)

31

16 12

32 novo

35

35 14 26 RIHANNA SRP/DEF JAM 014927/IDJMG (13.98) b 7

23

MINAJ 38 28 25 NICKI YOUNG MONEY/CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN 015021*/UMRG (13.98)

38

11

1

0 1

Paper Airplane

3

I Am Very Far

32

You Get What You Give

0 1 1 o

39

ANTEBELLUM Need You Now 27 43 68 LADY CAPITOL NASHVILLE 97702 (18.98)

3

40

ARTISTS NOW 37 34 21 14 VARIOUS UNIVERSAL/EMI/SONY MUSIC 46746/CAPITOL (18.98) The Song Remains Not The Same

FIASCO 56 35 10 LUPE 1ST & 15TH/ATLANTIC 520870*/AG (18.98) –

The Fame

3

Lasers

44

8

45

31 15

46

26

47

44 34 47 EMINEM WEB/SHADY/AFTERMATH/INTERSCOPE 014411*/IGA (13.98)

1 7

Rumours

43

5

The Ultimate Collection

MAC – 136 FLEETWOOD WARNER BROS. 3010* (18.98)

maior aumento LADY GAGA 65 64 133 perc. STREAMLINE/KONLIVE/CHERRYTREE/INTERSCOPE 011805*/IGA (12.98)

1 5 3 2

1 6

49

45 37 19 MIGUEL BLACK ICE/BYSTORM/JIVE 75487/JLG (9.98)

All I Want Is You

37

50

10

This Is Gonna Hurt

10

b

Bad Company................110 The Band Perry.............53 Francesca Battistelli..... . ....................................151 Beastie Boys.....................6 Pat Benatar..................183 Justin Bieber...11, 27, 70, 93 Big Time Rush.................67

104 billboard brasil Junho 2011

Black Label Society.....41 The Black Eyed Peas......... . ..............................52, 125 The Black Keys..............74 Blue October.................79 Bon Jovi...........................80 Boyz II Men....................101 Chris Brown..................20 Zac Brown Band......33, 81 Bruno Mars...................18 Building 429.................115

c

Brandi Carlile With The Seattle Symphony.........192 The Cars...........................7 Johnny Cash/Willie Nelson...........................75 Casting Crowns..........197 Cristian Castro..........153 Kenny Chesney...............86 Eric Church.................154 The Civil Wars.............118

Eric Clapton..................94 Easton Corbin.............196 The Countdown Kids........ . ............................ 144, 166 Creedence Clearwater Revival........................116 Creedence Clearwater Revisited.....................104 Jim Croce......................152 Billy Currington.........146 d

Daft Punk............. 129, 177 deadmau5.....................172 Donny & Marie Osmond.... . ......................................84 Drake.............................184 e

Steve Earle..................133 Eminem.............. 47, 97, 160 Sara Evans.....................56 Explosions In The Sky....... . ....................................155

The Foundation

2 0

5 9 82 6

T. JONES 1 BOOKER ANTI- 87101*/EPITAPH (16.98)

The Road From Memphis

85

Hemingway’s Whiskey

1

CHESNEY 71 73 33 KENNY BNA 57445/SMN (11.98) b

75 85 79 TRAIN COLUMBIA 07736/SONY MUSIC (12.98)

26

0

30

92

1

79

Greatest Hits

& MARIE Donny & Marie 2 DONNY MPCA 25742/BDG (14.98)

60 105 3 SOUNDTRACK ABKCO 88392 (13.98)

FLATTS Nothing Like This 37 36 26 RASCAL BIG MACHINE RF0100A (13.98)

Asking Alexandria......199 Avenged Sevenfold.....132

30

70 155 168 JOURNEY COLUMBIA/LEGACY 85889/SONY MUSIC (13.98) b

A performance de Ellie Goulding no Saturday Night Life, em 7 de maio, impactou por duas semanas as vendas de seu álbum Lights. Embora a alta seja de menos de 1%, o índice é considerado uma proeza, já que foi registrado logo depois do Dia das Mães, quando as vendas acusam quedas de 9%.

78

Ugly Side: An Acoustic Evening With Blue October

Love Letter

91

8

Yolanda Adams.............99 Adele...........................1, 15 Aerosmith..............95, 109 The Airborne Toxic Event...........................126 Jason Aldean.................10 Marsha Ambrosius.......59 The Antlers...................82 Arcade Fire.......... 119, 159

84

3

24

Burst Apart

90

5

Índice

KELLY 78 93 22 R. JIVE 80874/JLG (11.98)

5 10

Let’s Cheers To This

ANTLERS 1 THE FRENCHKISS 048* (12.98)

83

7

76

BROWN BAND 77 84 130 ZAC ROAR/BIGGER PICTURE/HOME GROWN/ATLANTIC 516931/AG (13.98)

SKYNYRD 88 75 41 LYNYRD MCA 111941 (9.98)

2

0

7

Loaded: The Best Of Blake Shelton

81

89

76

1

UP DOWN 1102/BRANDO (14.98)

1

41

9 8

Lights

JOVI 72 89 27 BON ISLAND 014903/IDJMG (13.98)

WAYNE 86 66 33 LIL CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN 015002/UMRG (13.98)

1

1

56

80

3

Brothers

94

Songs For Japan

Recovery

1 BLUE OCTOBER

86

1

0

AMERICAN/COLUMBIA/SONY MUSIC CMG 58490/SONY MUSIC (6.98)

79 Novo

85 Novo

1

BTR (Soundtrack)

VH1 Storytellers

GOULDING 3 ELLIE CHERRYTREE/INTERSCOPE 015329/IGA (10.98)

WITH SIRENS 1 SLEEPING RISE 132 (12.98)

The Incredible Machine

Something Big

9 JOHNNY CASH/WILLIE NELSON

78 Novo

82 Novo

65

My Worlds Acoustic

MARY 7 MARY MY BLOCK/COLUMBIA 62330/SONY MUSIC (11.98)

88

ARTISTS 8 VARIOUS EMI/WARNER BROS./SONY/UNIVERSAL 90504/UMRG/UMRG/SONY MUSIC/SONY MUSIC (9.98)

A.M. 2 SIXX: ELEVEN SEVEN 860 (13.98)

47 49

1

musiqinthemagiq

AVERAGE JOE’S 226 (14.98)

Graças à Starbucks, a coletânea de Roy Orbison alcançou a melhor posição já conquistada pelo cantor do Tennessee no Top Country Albums – 12ª, com vendas de sete mil unidades. Anteriormente, The Big O tinha chegado ao 15º lugar com Class Of ’55, de 1986, dois anos antes de sua morte.

19

Opus Collection

Born Free

1

SOULCHILD 2 MUSIQ SONGBOOK/ATLANTIC 524542/AG (18.98)

2 COLT FORD Every Chance I Get

65

A New Hallelujah

Revolution

87

48

73

SHELTON 69 71 27 BLAKE REPRISE (NASHVILLE) 525092/WMN (18.98)

2

20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA 89813/SONY MUSIC (11.98)

42

ROCK 64 53 26 KID TOP DOG/ATLANTIC 521682*/AG (18.98) b

77

My World 2.0

Glee, The Music Presents: The Warblers

LABEL SOCIETY 1 BLACK EONE 2363 (9.98)

72

63

Town Line (EP)

82

1

Pink Friday

41 novo

LEWIS 74 57 11 AARON STROUDAVARIOUS 01013 (7.98)

76

3

Loud

37

71

4

Speak Now

3

Randy Travis

The Lady Killer

70 24 JUSTIN BIEBER retorno SCHOOLBOY/RAYMOND BRAUN/ISLAND 015084 EX/IDJMG (12.98)

68 56

Hello Fear

4 SOUNDTRACK

LAMBERT 61 55 85 MIRANDA COLUMBIA (NASHVILLE) 46854/SMN (12.98)

BLACK KEYS 76 59 52 THE NONESUCH 520266*/WARNER BROS. (15.98)

FRANKLIN 8 KIRK FO YO SOUL/VERITY 77917/JLG (11.98)

36

69

75

RIVER 1 OKKERVIL JAGJAGUWAR 185* (14.98)

22 19

LO GREEN 62 48 27 CEE RADICULTURE 525601/ELEKTRA (18.98)

74

KRAUSS & UNION STATION 5 ALISON ROUNDER 610665*/CONCORD (18.98)

34

68

24

JIVE 85332/JLG (13.98)

BROWN BAND 29 27 34 ZAC SOUTHERN GROUND/ROAR/BIGGER PICTURE/ATLANTIC 524722/AG (18.98) b

TIME RUSH 73 50 31 BIG NICKELODEON/COLUMBIA 42918/SONY MUSIC (8.98)

Matthew Morrison

Femme Fatale

33

53 63 30 SUGARLAND MERCURY NASHVILLE 014758*/UMGN (13.98) b

67

1

Greatest Hits... So Far!!!

20

21

66

6

The King Of Limbs

ORBISON/LEGACY 89568 EX/STARBUCKS (12.98)

2

HEAR 32814*/CONCORD (13.98) b

7 BRITNEY SPEARS

1

1 ROY ORBISON

Rolling Papers

So Beautiful Or So What

4

19

Com vendas de 17 mil, o álbum do grupo de Atlanta Manchester Orchestra tem sua melhor venda da semana, ultrapassando os 12 mil de seu trabalho anterior, Mean Everything To Nothing (que atingiu o 37º lugar em sua estreia).

65 Novo

TRAVIS 2 RANDY WARNER BROS. 8635 EX/CRACKER BARREL (11.98)

36

0 14

Glee: The Music, Season Two: Volume 5

7 RADIOHEAD XL/TICKER TAPE 001*/TBD (7.98)

Teenage Dream

CAPITOL 84601* (18.98)

24 Novo

29

0

Simple Math

6

21

Lungs

A&M/OCTONE 015275*/IGA (13.98)

ALDEAN 12 11 28 JASON BROKEN BOW 7697 (18.98)

9

The Beginning

HUDSON 8 JENNIFER ARISTA 60819/RMG (11.98) b

10

12

melhor posição

53

Grande 3 Estreia

2 KELLY PRICE

Cert.

nº de Semanas

2

BLACK EYED PEAS 52 45 24 THE INTERSCOPE 015039*/IGA (13.98)

3

semana de 21/5 semana de 14/5

36

ARTISTS NOW 38 2 VARIOUS UNIVERSAL/EMI/SONY MUSIC 95749/CAPITOL (18.98)

2

Título

Gravadora & número de série / Distribuidora (PReço em dólar)

52

ARTISTa

1

1

8 SEManas

51

12

2

21

semana de 28/5

Nº 1 XL/COLUMBIA 44699*/SONY MUSIC (11.98) ADELE

melhor posição

Título

Gravadora & número de série / Distribuidora (PReço em dólar)

Cert.

nº de Semanas

ARTISTa

1

LEWIS & THE NEWS 18 HUEY CAPITOL 62996 (18.98) b

0

Greatest Hits

70

I Am Not A Human Being

0

1

The Best Of Lynyrd Skynyrd: 20th Century Masters The Millennium Collection

2

60

t

10

Journey’s Greatest Hits

Fast Five

93 77 JUSTIN BIEBER retorno SCHOOLBOY/RAYMOND BRAUN/ISLAND 013719/IDJMG (9.98)

Save Me, San Francisco

0

My World (EP)

1

60 17 5

94

CLAPTON The Best Of Eric Clapton: 20th Century Masters The Millennium Collection 95 74 20 ERIC CHRONICLES/POLYDOR 002759/UME (9.98)

95

91 92

The Best Of Aerosmith: 20th Century Masters The Millennium Collection 6 AEROSMITH GEFFEN 001101/UME (9.98)

67

96

55 18

HARRIS 3 EMMYLOU NONESUCH 525966/WARNER BROS. (18.98) b

18

97

93 70 95 EMINEM WEB/AFTERMATH 490629*/INTERSCOPE (13.98)

98

LAVIGNE 80 52 10 AVRIL RCA 55870/RMG (11.98) b

99 novo 100

Hard Bargain The Marshall Mathers LP

ADAMS 1 YOLANDA N-HOUSE 100300 EX (13.98)

SQUARE 79 72 14 THOMPSON STONEY CREEK 7677 (13.98)

f

Lupe Fiasco.....................43 Five Finger Death Punch..........................149 Fleetwood Mac.....38, 187 Fleet Foxes.......................8 Florence + The Machine...55 Foo Fighters..................17 Colt Ford........................46 Foreigner.....................117 Aretha Franklin..........106

Kirk Franklin.................34 g

Selena Gomez & The Scene...........................173 Ellie Goulding...............76 Cee Lo Green..................68 Josh Groban................102 h

Hank Williams Jr........122 Emmylou Harris............96 Warren Haynes..............19

Hollywood Undead.......57 Jennifer Hudson............54 j

Michael Jackson.........145 Jessie J..........................112 Norah Jones.................168 Janis Joplin..................140 Journey...........................90 k

Ke$ha..................... 108, 142 R. Kelly............................83

Kem................................170 Kid Rock..........................72 Kidz Bop Kids................128 Kings Of Leon...............178 Alison Krauss + Union Station..........................31 l

Lady Antebellum...........39 Lady Gaga....... 42, 176, 193 Miranda Lambert..........69 k.d. lang And The Siss

0

66

1

Goodbye Lullaby

4

Becoming

99

Thompson Square

15

Boom Bang..................188 Avril Lavigne.................98 Led Zeppelin.................189 Aaron Lewis...................71 Huey Lewis & The News..... . ......................................87 Lil Wayne........................88 Linkin Park...................200 The Lonely Island....3, 138 Jennifer Lopez.................9 Lynyrd Skynyrd.............89

Veja as Legendas para mais informações. © 2011, e5 Global Media, LLC e Nielsen SoundScan, Inc. Todos os direitos reservados.

semana de 21/5 semana de 14/5

semana de 28/5

the billboard 200


dados de vendas compilados por

the billboard 200

28 mai

®

2011

II MEN The Best Of Boyz II Men: 20th Century Masters The Millennium Collection 99 78 12 BOYZ MOTOWN/CHRONICLES 001098/UME (9.98)

70

102

GROBAN 66 169 25 JOSH 143/REPRISE 524833/WARNER BROS. (18.98) b

4

103

110 83

AGAINST Endgame 9 RISE DGC/INTERSCOPE 015325*/IGA (13.98)

2

104

CLEARWATER REVISITED Extended Versions 105 90 12 CREEDENCE POOR BOY/SONY MUSIC CMG 52336/SONY MUSIC (6.98)

74

105

MCGRAW Number One Hits 81 77 24 TIM CURB 79205 (18.98)

106

54

107

ROYCE 106 101 27 PRINCE TOP STOP 30020/SONY MUSIC LATIN (10.98)

108

102 69 25 KE$HA Cannibal KEMOSABE/RCA 80560/RMG (9.98)

Illuminations

1

FRANKLIN 2 ARETHA ARETHA’S RECORDS 70313 EX (12.98)

0 27

A Woman Falling Out Of Love Prince Royce

@

54 77 15

109 Novo

1 AEROSMITH GEFFEN 015499 EX/UME (13.98)

Tough Love: Best Of The Ballads

109

110

COMPANY Extended Versions 7 BAD ORIGINAL BAD COMPANY TOURING/SONY MUSIC CMG 80851/SONY MUSIC (6.98)

82

103 82

111

MARLEY AND THE WAILERS 171 145 183 BOB TUFF GONG/ISLAND 422-846-210/IDJMG (13.98/8.98) b

112

96 51

113

100 132 31 NEWSBOYS INPOP 71521 (13.98)

114

98 88

Legend: The Best Of Bob Marley And The Wailers

J 5 JESSIE LAVA/UNIVERSAL REPUBLIC 015337/UMRG (10.98)

PRESLEY 9 ELVIS RCA/SONY MUSIC COMMERCIAL MUSIC GROUP 70971/SONY MUSIC (6.98)

0

11

Born Again

4

An Afternoon In The Garden

85

Listen To The Sound

115

116

CLEARWATER REVIVAL Chronicle The 20 Greatest Hits 129 108 99 CREEDENCE FANTASY 2*/CONCORD (17.98/12.98)

117

117 97

118

CIVIL WARS 146 153 15 THE SENSIBILITY 017* (11.98)

119

FIRE 109 80 41 ARCADE MERGE 385* (15.98)

120

WEST 118 86 25 KANYE ROC-A-FELLA/DEF JAM 014695*/IDJMG (13.98) b

121

104 94 25 SOUNDTRACK RCA 80205/RMG (11.98)

122

WILLIAMS JR. 121 102 7 HANK CURB 77638 (9.98)

123

130 96 90 SKILLET ARDENT/INO/ATLANTIC 519927/AG (13.98)

124

SCRIPT 124 148 16 THE PHONOGENIC/EPIC 81227/SONY MUSIC (11.98)

125

BLACK EYED PEAS 111 113 101 THE INTERSCOPE 012887*/IGA (13.98)

126

97 17

127

5 108 106 30 MAROON A&M/OCTONE 014821/IGA (13.98)

128

BOP KIDS 149 162 17 KIDZ RAZOR & TIE 89244 (18.98)

129

PUNK 116 76 23 DAFT WALT DISNEY 005872* (13.98)

130

92

131

126 62 16 SOUNDTRACK WALT DISNEY 006508 (13.98)

Tangled

44

132

SEVENFOLD Nightmare 142 167 42 AVENGED HOPELESS/SIRE 524026*/WARNER BROS. (18.98)

1

133

67 24

134

107 126 6 MANDISA SPARROW 67863 (13.98)

135

ORBISON 143 104 7 ROY SONY BMG CUSTOM MARKETING GROUP 05283/SONY MUSIC (5.98)

136

120 79

STROKES 8 THE RCA 53472*/RMG (11.98)

137

136 99

7 STEVIE RAY VAUGHAN

8

Versions 6 FOREIGNER Extended TRIGGER/SONY MUSIC CMG 82725/SONY MUSIC (6.98)

The Suburbs

1

Greatest Hits, Vol. 1 Awake

1 5 0

Science & Faith The E.N.D.

2

All At Once Hands All Over

0

Kidz Bop 19 Tron: Legacy (Soundtrack)

TWAIN 69 SHANIA MERCURY NASHVILLE 003072/UMGN (13.98)

Greatest Hits

3 STEVE EARLE

88 12

Burlesque

AIRBORNE TOXIC EVENT 3 THE MAJORDOMO/ISLAND 015293/IDJMG (13.98) b

67

Barton Hollow

My Beautiful Dark Twisted Fantasy

4

EPIC/SONY MUSIC CMG 26655/SONY MUSIC (6.98)

17 2 2 4 2

4 99

WHITE The Best Of Barry White: 20th Century Masters The Millennium Collection 131 107 14 BARRY ISLAND/CHRONICLES/IDJMG 000884/UME (9.98)

100

142

140 98 71 KE$HA KEMOSABE/RCA 49209*/RMG (11.98)

Animal

1

143

STRAIT The Best Of George Strait: 20th Century Masters The Millennium Collection 119 109 27 GEORGE MCA NASHVILLE 170280/UMGN (9.98)

0

144

COUNTDOWN KIDS 156 129 6 THE SONOMA 3978 (6.98)

145

JACKSON Number Ones 147 171 109 MICHAEL MJJ/EPIC 88998/SONY MUSIC (14.98)

146

CURRINGTON Enjoy Yourself 132 147 34 BILLY MERCURY NASHVILLE 014407/UMGN (9.98)

147

114 –

148

SPEEDWAGON 155 125 7 REO EPIC/SONY MUSIC CMG 48527/SONY MUSIC (12.98)

149

FINGER DEATH PUNCH 138 121 80 FIVE PROSPECT PARK 50100* (13.98) b

War Is The Answer

0

7

150

RUCKER Charleston, SC 1966 112 115 31 DARIUS CAPITOL NASHVILLE 26939 (18.98)

0

2

r

Okkervil River...............32 Roy Orbison...........65, 135

n

Panic! At The Disco......179 Christina Perri................4 Katy Perry......................22 P!nk..................................28 Elvis Presley...............114

Radiohead.......................62 Rascal Flatts........48, 191 REO Speedwagon.........148 Rihanna...........................35 Rise Against.................103 Rick Ross......................186 Darius Rucker.............150 Rush..............................181

Willie Nelson...............163 newsboys.....................113 Nickelback...................162 Nicki Minaj......................37

p

136

Curioso pra saber quais foram os LPs de vinil mais vendidos do ano até agora? Abbey Road, dos Beatles, está no topo, com 15 mil. Em segundo lugar vem King Of Limbs, do Radiohead, com 13 mil. Angels, do Strokes, é o oitavo da lista, com sete mil unidades vendidas.

176

Enquanto a promoção para Born This Way está a todo vapor, os outros álbuns de Lady Gaga registram ganhos – as vendas do EP The Fame Monster, por exemplo, cresceram 27%.

12

1 MAN MAN

157

Taylor Swift

Funeral

160

Call: The Hits 161 135 117 EMINEM Curtain SHADY/AFTERMATH/INTERSCOPE 005881*/IGA (13.98/8.98)

2

1

161

AYLOR SWIFT 191 177 131 T BIG MACHINE 0200 (18.98) b

Fearless

6

1

162

Horse 159 144 127 NICKELBACK Dark ROADRUNNER 618028 (18.98)

3

2

163

NELSON 152 133 7 WILLIE SONY BMG CUSTOM MARKETING GROUP 05812/SONY MUSIC (9.98)

2 125

164

STORY 127 193 5 LAURA INO/COLUMBIA 86417/SONY MUSIC (10.98)

165

NIEMANN 145 151 43 JERROD SEA GAYLE/ARISTA NASHVILLE 65720/SMN (9.98)

166

COUNTDOWN KIDS 188 149 6 THE SONOMA 3980 (6.98)

167

SEGER & THE SILVER BULLET BAND 164 161 164 BOB CAPITOL 30334* (16.98)

Super Hits

Blessings Judge Jerrod & The Hung Jury 50 Fun Songs For Kids

7 104

8 0

1

169

DOG NIGHT The Best Of Three Dog Night: 20th Century Masters The Millennium Collection 180 142 7 THREE MCA 112073/UME (9.98)

0

126

Intimacy: Album III

2 23

4X4=12 A Year Without Rain

0

Passion, Pain & Pleasure

0

The Essentials

176 69 LADY GAGA retorno STREAMLINE/KONLIVE/CHERRYTREE/INTERSCOPE 013872*/IGA (10.98) 177

8

Strong: More Music From The Motion Picture 9 SOUNDTRACK Country SCREEN GEMS PRODUCTIONS 34817/MADISON GATE (10.98)

The Fame Monster (EP)

AFT PUNK 157 120 6 D WALT DISNEY 013540 (13.98)

Tron: Legacy Reconfigured

178 28 KINGS OF LEON Come Around Sundown retorno RCA 64698*/RMG (13.98)

47 4 2 131

1

5

16

0

2

179

AT THE DISCO 168 137 8 PANIC! DECAYDANCE 526550/FUELED BY RAMEN (10.98)

Vices & Virtues

180

148 152 24 SOUNDTRACK 20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA 79214/SONY MUSIC (13.98)

181

122 159 75 RUSH MERCURY 015272/UME (29.98 CD/DVD) b

182

ARTISTS 113 164 32 VARIOUS PROVIDENT-INTEGRITY/WORD-CURB/EMI 09516/EMI CMG (17.98)

WOW Hits 2011

26

183

BENATAR 181 156 5 PAT CAPITOL 09436 (7.98)

10 Great Songs

123

185

0

5

Moving Pictures

4

51

Thank Me Later

FLOCKA FLAME 192 163 32 WAKA 1017 BRICK SQUAD/ASYLUM 522740/WARNER BROS. (18.98)

90

188

84 60

MAC 29 FLEETWOOD WARNER BROS. 25801 (18.98) LANG AND THE SISS BOOM BANG 5 K.D. NONESUCH 525874/WARNER BROS. (11.98)

Teflon Don

0

2

Greatest Hits

8

14

Sing It Loud Mothership

2

And If Our God Is For Us...

CARLILE WITH THE SEATTLE SYMPHONY 2 BRANDI COLUMBIA 85087*/SONY MUSIC (11.98)

1 6

189 110 LED ZEPPELIN retorno SWAN SONG 313148*/ATLANTIC (19.98) b

1

Flockaveli

186 39 RICK ROSS retorno MAYBACH/SLIP-N-SLIDE/DEF JAM 014366*/IDJMG (9.98) 187

7

Glee, The Music: Season Two: Volume 4

184 47 DRAKE retorno YOUNG MONEY/CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN 014325/UMRG (13.98)

193 21 LADY GAGA retorno STREAMLINE/KONLIVE/CHERRYTREE/INTERSCOPE 014633*/IGA (9.98)

s

102

Greatest Hits

76

Raphael Saadiq.............14 Sade.................................30 The Script.....................124 Bob Seger & The Silver Bullet Band...............167 Blake Shelton................77 Paul Simon......................25 Sixx: A.M..........................50 Skillet...........................123 Sleeping With Sirens....78

131

168 155 NORAH JONES Come Away With Me retorno BLUE NOTE 32088*/BLG (17.98)

63

108

5

FIRE 134 190 13 ARCADE MERGE 225* (15.98)

192

114

5

49

159

1

9

0

ANTI- 87114*/EPITAPH (15.98)

FLATTS 166 185 106 RASCAL LYRIC STREET 002764 (13.98)

A oferta do dia na loja de MP3 da Amazon, em 14 de maio, levou o álbum do My Chemical Romance, vendido a US$ 3.99, a registrar um crescimento de 67%. Só em downloads, o ganho foi de 277%.

116

158 232 TAYLOR SWIFT retorno BIG MACHINE 079012 (18.98) b

191

194

16

Bad, Bad Leroy Brown & Other Favorites

Life Fantastic

TOMLIN 141 157 26 CHRIS SIXSTEPS 93444/SPARROW (17.98) b

99

melhor posição

ON THE RADIO Nine Types Of Light 5 TV INTERSCOPE 015455*/IGA (13.98)

190

13

Cert.

nº de Semanas

semana de 21/5 semana de 14/5

123 67

JAMES AND THE SHONDELLS 176 140 7 TOMMY RHINO 76039 (9.98)

141

Kelly Price.....................51 Prince Royce................107

156

175

1

113

o

16

SONGZ 162 150 35 TREY SONGBOOK/ATLANTIC 524539/AG (18.98) b

Super Hits

Stevie Nicks....................16 Jerrod Niemann...........165

Take Care, Take Care, Take Care

174

3

JOPLIN 137 118 6 JANIS SONY MUSIC CMG 05280/SONY MUSIC (6.98)

Miguel.............................49 Matthew Morrison.......24 Mumford & Sons...........12 Musiq Soulchild...........44 My Chemical Romance..... . ....................................194

IN THE SKY 3 EXPLOSIONS TEMPORARY RESIDENCE 199* (14.98)

2

140

m

89 16

GOMEZ & THE SCENE 175 160 34 SELENA HOLLYWOOD 004625 (10.98) b

29

Mana................................58 Manchester Orchestra....................21 Mandisa........................134 Man Man........................157 Bob Marley And The Wailers.......................111 Maroon 5......................127 Mary Mary......................73 Tim McGraw..................105

17

155

178 188 22 DEADMAU5 MAU5TRAP 2518/ULTRA (15.98)

ARTISTS WOW Gospel 2011: The Year’s 30 Top Gospel Artists And Songs 101 100 15 VARIOUS WORD-CURB/EMI CMG/VERITY 77918/JLG (13.98)

The Second Decade of Rock & Roll 1981-1991

CHURCH Carolina 170 168 72 ERIC CAPITOL NASHVILLE 20810* (12.98)

173

139

ARTISTS NOW That’s What I Call The 80’s Hits 2 VARIOUS UNIVERSAL/EMI/SONY MUSIC 95750/CAPITOL (18.98)

154

157 novo

Hundred More Years

Viva El Principe

172

13

3

CASTRO 87 143 21 CRISTIAN UNIVERSAL MUSIC LATINO 015013/UMLE (10.98) b

101

Incredibad

50 Silly Songs

153

158 87

66

138 32 THE LONELY ISLAND retorno UNIVERSAL REPUBLIC 012576*/UMRG (13.98 CD/DVD) b

CROCE 150 116 7 JIM CEMA SPECIAL PRODUCTS 57445/CAPITOL (6.98)

EM 133 154 39 K UNIVERSAL MOTOWN 014469/UMRG (13.98) b

0 104

Angles

A coleção de 12 faixas do Aerosmith – com lançamento programado para aproveitar ao máximo a exposição de Steven Tyler como jurado do American Idol – começou com vendas de cinco mil unidades.

152

171

What If We Were Real

Martin Scorsese Presents The Blues: Stevie Ray Vaughan

109

Título

Gravadora & número de série / Distribuidora (PReço em dólar)

BATTISTELLI 50 111 11 FRANCESCA FERVENT 888086/WARNER BROS. (18.98)

170

1

24

Super Hits

A exclusividade do álbum de Yolanda Adams garantida ao Wal-Mart começou com vendas de cinco mil unidades e o levou ao 3º lugar na parada Gospel Albums. É a 16ª vez que a cantora chega entre os top ten. Sua melhor posição foi um 8º lugar em 1988 com Just As I Am.

ARTISTa

151

18

I’ll Never Get Out Of This World Alive

NEW WEST 6195* (17.98) b

99

59

Who You Are

429 1 BUILDING ESSENTIAL 10932/SONY MUSIC (9.98)

semana de 28/5

Cert.

Título

Gravadora & número de série / Distribuidora (PReço em dólar)

melhor posição

ARTISTa

101

115 Novo

Veja as Legendas para mais informações. © 2011, e5 Global Media, LLC e Nielsen SoundScan, Inc. Todos os direitos reservados. FOTOS: DIVULGAÇÃO

nº de Semanas

semana de 21/5 semana de 14/5

semana de 28/5

the billboard 200

32 7 17

Greatest Hits Volume 1

6

Live At Benaroya Hall

63

The Remix

6

194 15 MY CHEMICAL ROMANCE Danger Days: The True Lives Of The Fabulous Killjoys retorno REPRISE 521752*/WARNER BROS. (18.98)

8

195

139 –

196

CORBIN Easton Corbin 198 200 57 EASTON MERCURY NASHVILLE 013644/UMGN (10.98)

10

197

CROWNS 115 138 58 CASTING BEACH STREET/REUNION 10135/SONY MUSIC (11.98)

4

198

DOGG Doggumentary 154 103 7 SNOOP DOGGYSTYLE/PRIORITY 07952/CAPITOL (18.98)

8

199

ALEXANDRIA 184 117 6 ASKING SUMERIAN 50 (11.98)

9

200

PARK 195 179 35 LINKIN MACHINE SHOP 525375*/WARNER BROS. (18.98)

Michael W. Smith...........64 Snoop Dogg..................198 Britney Spears..............29 Laura Story.................164 George Strait..............143 The Strokes.................136 Sugarland.....................66 Taylor Swift... 26, 158, 161 Soundtrack Burlesque....................121 Country Strong............60

URBAN 25 KEITH CAPITOL NASHVILLE 47695 (11.98)

Country Strong: More Music From The Motion Picture........................171 Fast Five..........................91 Glee, The Music Presents: The Warblers..............36 Glee, The Music: Season Two: Vol. 4....180 Glee: The Music, Season Two: Vol. 5......61 Lemonade Mouth...........13

Get Closer

Until The Whole World Hears

0 0

Reckless & Relentless

Tangled.........................131 t

Booker T. Jones.............85 Thompson Square.......100 Three Dog Night..........169 Chris Tomlin................190 Tommy James And The Shondells..................175 Train................................92 Randy Travis..................63 Trey Songz...................174

A Thousand Suns

TV On The Radio............156 Shania Twain................130 Tyler, The Creator.........5

v

The 80’s Hits...............147 Songs For Japan............45 WOW Gospel 2011: The Year’s 30 Top Gospel Artists And Songs....139 WOW Hits 2011..............182

Stevie Ray Vaughan.....137 various Artists NOW 37.............................40 NOW 38...............................2 NOW That’s What I Call

Waka Flocka Flame.....185 Kanye West...................120 Barry White.................141 Wiz Khalifa.....................23

u

Keith Urban..................195

0

7

1

w

www.billboard.br.com 105


28 MAI

DADOS DE VENDAS COMPILADOS POR

BILLBOARD HOT 100

DADOS DE VENDAS COMPILADOS POR

®

2011

2

19

2

1

14 E.T. DR. LUKE,MAX MARTIN,AMMO (K.PERRY,L.GOTTWALD,J.COLEMAN,MAX MARTIN)

GRANDE ESTREIA

1

THE EDGE OF GLORY GIVE ME EVERYTHING

. CAPITOL

Lady Gaga Pitbull Featuring Ne-Yo, AfroJack & Nayer

4

8

13

7

5

4

4

CAN’T GET ENOUGH The Black Eyed Peas 13 JUST DJ AMMO,R.JERKINS (W.ADAMS,A.PINEDA,J.GOMEZ,S.FERGUSON,J.ALVAREZ,S.SHADOWEN,R.JERKINS) . INTERSCOPE

6

3

7

THE FLOOR Jennifer Lopez Featuring Pitbull 12 ON REDONE,K.HARRELL (N.KHAYAT,K.HAMID,AJ JUNIOR,T.SKY,TEDDY.SKY,B.HAJJI,A.C.PEREZ,G.HERMOSA,U.HERMOSA) . ISLAND/IDJMG

7

5

5

8

6

3

THE WORLD ENDS 11 TILL DR. LUKE,MAX MARTIN,BILLBOARD (L.GOTTWALD,A.KRONLUND,MAX MARTIN,K.SEBERT)

9

10

10

AT ME NOW Chris Brown Featuring Lil Wayne & Busta Rhymes 15 LOOK DIPLO,AFROJACK,FREE SCHOOL (C.BROWN,R.BUENDIA,D.CARTER,T.SMITH,W.PENTZ,J.BAPTISTE,N.VAN DE WALL) . JIVE/JLG

10

12

9

ON ME 27 DOWN M.SCHULTZ (J.FELTON,M.SCHULTZ,C.J.JACKSON, JR.)

11

9

6

18 S&M STARGATE,SANDY VEE (M.S.ERIKSEN,T.E.HERMANSEN,S.WILHELM,E.DEAN)

Bruno Mars . ELEKTRA/ATLANTIC

Jeremih Featuring 50 Cent . MICK SCHULTZ/DEF JAM/IDJMG

13

13

11

YOU (FORGET YOU) 38 F**K THE SMEEZINGTONS (T.CALLAWAY,BRUNO MARS,P.LAWRENCE,A.LEVINE,C.BROWN)

Lupe Fiasco ., 1ST & 15TH/ATLANTIC

Cee Lo Green c., RADICULTURE/ELEKTRA/RRP

JUST A KISS

7

2

15

11

8

17 BLOW DR. LUKE,MAX MARTIN,B.BLANCO,KOOL KOJAK (K.SEBERT,K.AHLUND,L.GOTTWALD,A.GRIGG,B.LEVIN,MAX MARTIN)

16

15

12

IN THE STARS 13 WRITTEN ISHI (E.MUGHAL,P.OKOGWU,E.TURNER,C.BERNARDO)

17

17

15

UP 14 ROLL STARGATE (C.J.THOMAZ,M.S.ERIKSEN,T.E.HERMANSEN)

. DISTURBING LONDON/PARLOPHONE/CAPITOL

Wiz Khalifa c. ROSTRUM/ATLANTIC/RRP

19

18

16

20

24

38

8

21

22

19

PERFECT 20 F**KIN’ MAX MARTIN,SHELLBACK (P!NK,MAX MARTIN,SHELLBACK)

22

48

98

3

23

20

18

OF THE LIGHTS 20 ALL K.WEST (K.WEST,J. BHASKER,M. JONES,W. TROTTER)

24

23

24

THE FIRST TIME 20 FOR D.O’DONOGHUE,M.SHEEHAN (D.O’DONOGHUE,M.SHEEHAN)

25

27

29

6

HONEY BEE

The Script . PHONOGENIC/EPIC

Blake Shelton c. WARNER BROS. (NASHVILLE)/WMN

S.HENDRICKS (B.HAYSLIP,R.AKINS)

26

31

43

5

MOTIVATION

27

19

20

5

JUDAS

28

25

23

30 FIREWORK STARGATE,SANDY VEE (K.PERRY,M.S.ERIKSEN,T.E.HERMANSEN,S.WILHELM,E.DEAN)

NOVO

1

Kelly Rowland Featuring Lil Wayne Lady Gaga

ROLLING IN THE DEEP

Katy Perry . CAPITOL

Glee Cast Featuring Jonathan Groff

30

26

26

31

21

17

NEED A DOCTOR 15 IALEX DA KID (A.YOUNG,M.MATHERS,A.GRANT,S.GRAY)

32

29

25

TAG 15 PRICE DR. LUKE (J.CORNISH,L.GOTTWALD,C.KELLY,B.R.SIMMONS, JR.)

33

37

50

6

DIRT ROAD ANTHEM

Dr. Dre Featuring Eminem & Skylar Grey . AFTERMATH/INTERSCOPE

Jessie J Featuring B.o.B Jason Aldean

NOVO

1

35

NOVO

1

(IT) FEELS SO GOOD

Glee Cast Steven Tyler

36

30

27

33 GRENADE THE SMEEZINGTONS (BRUNO MARS,P.LAWRENCE,A.LEVINE,B.BROWN,C.KELLY,A. WYATT)

37

46

54

9

Bruno Mars . ELEKTRA/ATLANTIC

MEAN

Taylor Swift c. BIG MACHINE/UNIVERSAL REPUBLIC

N.CHAPMAN,T.SWIFT (T.SWIFT)

38

33

33

THE WAY YOU ARE 43 JUST THE SMEEZINGTONS,NEEDLZ (BRUNO MARS,P.LAWRENCE,A.LEVINE,K.CAIN,K.WALTON)

39

38

45

WON’T LET GO 16 ID.HUFF,RASCAL FLATTS (S.ROBSON,J.SELLERS)

40

35

28

9

WHO SAYS WHERE THEM GIRLS AT

Bruno Mars . ELEKTRA/ATLANTIC

. HOLLYWOOD

41

14

2

28

21

4 LIFE 22 MOMENT T-MINUS (O.T.MARAJ,A.GRAHAM,T.WILLIAMS,N. SEETHERAM)

43

42

56

THING 10 SURE H.PEREZ (M.PIMENTEL,N.PEREZ)

44

51

66

7

45

34

37

LITTLE BIT STRONGER 20 A T.BROWN (L.LAIRD,H.LINDSEY,H.SCOTT)

46

40

47

6

OLD ALABAMA

47

50

55

7

RACKS

48

36

30

CHICKA WOW WOW Mike Posner Featuring Lil Wayne 12 BOW THE SMEEZINGTONS (M.POSNER,BRUNO MARS,P.LAWRENCE,A.LEVINE,C.S.BROWN,D.CARTER) . J/RMG

49

NOVO

1

Nicki Minaj Featuring Drake . YOUNG MONEY/CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN

Miguel OneRepublic Sara Evans . RCA NASHVILLE

Brad Paisley Featuring Alabama YC Featuring Future

Glee Cast

39

34

(I’M LOVIN’ YOU) Enrique Iglesias Featuring Ludacris & DJ Frank E 25 TONIGHT DJ FRANK E,J.LUTTRELL (L.CHRISTY,J. LUTTRELL,J.FRANKS,E.IGLESIAS,C.BRIDGES) . UNIVERSAL REPUBLIC

51

41

36

4

52

52

61

10 TOMORROW J.STROUD (C.YOUNG,F.J.MYERS,A.SMITH)

53

55

74

5

SHE AIN’T YOU

54

54

63

8

MY LAST

55

53

52

LIKE MINE 14 HEART F.LIDDELL,M.WRUCKE (M.LAMBERT,T.HOWARD,A.MONROE)

COUNTRY GIRL (SHAKE IT FOR ME)

Luke Bryan . CAPITOL NASHVILLE

M.BRIGHT,J.STEVENS (L.BRYAN,D.DAVIDSON)

Chris Young . RCA NASHVILLE

Chris Brown

FREE SCHOOL (C.BROWN,J.BAPTISTE,R.BUENDIA,K.MCCALL,J.BOYD,J.BETTIS,S.PORCARO,B.A.MORGAN) NO I.D. (S.ANDERSON,E.WILSON,J.S.HARRIS III,T.S.LEWIS,C.BROWN)

. JIVE/JLG

Big Sean Featuring Chris Brown . G.O.O.D./DEF JAM/IDJMG

Miranda Lambert . COLUMBIA (NASHVILLE)

RED 14 BLEED R.DUNN (A.DORFF,T.L.JAMES) 1

JACK SPARROW JOHN

Ronnie Dunn

Lil Wayne Featuring Rick Ross

73

72

8

71

60

57

IT ON’EM 11 DID S.CRAWFORD (O.T.MARAJ,S.CRAWFORD,J.ELLINGTON,S.SAMUELS)

Nicki Minaj

NOVO

1

I’M NOT GONNA TEACH YOUR BOYFRIEND TO DANCE WITH YOU

73

NOVO

1

KNEE DEEP

1

DANCING QUEEN

A.ANDERS,P.ASTROM,R.MURPHY (O.HOLMES,K.SNOW,D.WATLEY,A.YOUNGBLOOD,R.YOUNGBLOOD)

Glee Cast

. 20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA

Glee Cast

77

83 100

3

NEVER GONNA LEAVE THIS BED

18

78

76

77

9

COUNTRY SONG

23

79

74

73

CAVE 15 THE M.DRAVS (M.MUMFORD,B.LOVETT,T.DWANE,W.MARSHALL)

13

80

77

79

CAN’T LOVE YOU BACK 10 IC.CHAMBERLAIN (C.CHAMBERLAIN,C.DANIELS,J.HYDE)

1

26 4

1

24

13

34

Três anos depois de ganhar o American Idol, Jordin Sparks esteve no palco da edição de 12 de maio fazendo uma performance de sua nova música “I Am Woman” (33 mil downloads), de seu terceiro álbum de estúdio.

98

O salto de “Mean” no Hot Country Songs (46-37) e o ganho de uma posição no Top 40 (31-30) estimularam a volta de Taylor Swifµ ao Hot 100 com “The Story Of Us”. A música passou uma semana na 41ª posição depois do lançamento de seu terceiro trabalho, Speak Now, em novembro.

NOVO

Kenny Chesney

Seether . GENTLEMAN OF THE ROAD/RED/GLASSNOTE

Easton Corbin . MERCURY NASHVILLE

2

J.R.STEWART (J.BEAVERS,J.R.STEWART,D.BENTLEY)

. CAPITOL NASHVILLE

1

I AM WOMAN FAR AWAY

Jordin Sparks . 19/JIVE/JLG

D.W.JOSIAH,R.M.TEDDER (R.M.TEDDER,D.W.JOSIAH,A.PIERRE)

Marsha Ambrosius

83

87

91

9

84

32

2

FAST LANE

Bad Meets Evil

NOT LISTED (NOT LISTED)

. SHADY/INTERSCOPE

86

88

96

3

PUMPED UP KICKS

87

82

2

DANZA KUDURO

88

75

68

20 THIS F.ROGERS (D.RUCKER,F.ROGERS,K.DIOGUARDI)

Jake Owen . RCA NASHVILLE

J.MOI,R.CLAWSON (D.ALTMAN,E.PASLAY,T.SAWCHUK)

Foster The People ., STARTIME/COLUMBIA

M.FOSTER (M.FOSTER)

Don Omar & Lucenzo

F.BARKATI,F.TOIGO,D.O.PHILIPPE LOUIS (W.O.LANDRON,F.BARKATI,F.TOIGO,D.O.PHILIPPE LOUIS) . YANIS/ORFANATO/MACHETE/UNIVERSAL MUSIC LATINO

89

86

97

GIRL 10 CRAZY M.WRUCKE (L.BRICE,L.ROSE)

90

80

78

14 SING R.CAVALLO,MY CHEMICAL ROMANCE (F.IERO,R.TORO,G.WAY,M.WAY)

91

72

2

I’M INTO YOU

92

94

4

SOMEWHERE ELSE I DO

Darius Rucker . CAPITOL NASHVILLE

Eli Young Band . REPUBLIC NASHVILLE

My Chemical Romance . REPRISE

Jennifer Lopez Featuring Lil Wayne . ISLAND/IDJMG

STARGATE (T.CRUZ,M.S.ERIKSEN,T.E.HERMANSEN,D.CARTER)

Toby Keith . SHOW DOG-UNIVERSAL

T.KEITH (T.KEITH,B.PINSON)

Colbie Caillat

93

78

75

7

94

90

92

10 BOYFRIEND L.SECON (L.SECON,W.A.HECTOR,C.C.BROADUS JR.,D.A.THOMAS,E.H.BENJAMIN V)

95

91

84

9

BRING IT BACK

3

TURNING TABLES

96 97 98

RETORNO

95

94

RETORNO

. J/RMG

JUST BLAZE (M.AMBROSIUS,J.SMITH,S.SIMMS,L.DOZIER,B.HOLLAND,E.HOLLAND, JR.)

3

. UNIVERSAL REPUBLIC

G.WELLS (C.CAILLAT,T.GAD)

Big Time Rush . NICKELODEON/COLUMBIA

Travis Porter . PORTER HOUSE/JIVE/JLG

T.MARKOUS ROBERTS, JR. (T.MARKOUS ROBERTS, JR.,H.DUNCAN,D.WOODS,L.MATTOX)

Adele . XL/COLUMBIA

J.ABBISS (A.ADKINS,R.M.TEDDER)

11 ROPE B.VIG (FOO FIGHTERS) 2

THE STORY OF US

Foo Fighters . ROSWELL/RCA/RMG

Taylor Swift . BIG MACHINE/UNIVERSAL REPUBLIC

N.CHAPMAN,T.SWIFT (T.SWIFT)

99

98

8

I SMILE

100

93

86

9

GROVE ST. PARTY

Kirk Franklin

K.FRANKLIN,H.MARTIN (K.FRANKLIN,F.TACKETT,J.S.HARRIS III,T.S.LEWIS) LEX LUGER (J.MALPHURS,D.CHATMAN,L.A.LEWIS)

74

. WIND-UP

Mumford & Sons

Dierks Bentley

77

. A&M/OCTONE/INTERSCOPE

AM I THE ONLY ONE

96

33

Maroon 5

B.O’BRIEN (S.MORGAN,SEETHER)

85

61

. BNA

R.J.LANGE (A.LEVINE)

BAREFOOT BLUE JEAN NIGHT

74

. 20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA

A.ANDERS,P.ASTROM (S.ANDERSON,B.ANDERSSON,B.ULVAEUS)

. COLUMBIA

89

73

. SOUTHERN GROUND/ATLANTIC/BIGGER PICTURE

Beyoncé

81

72

Zac Brown Band Featuring Jimmy Buffett

K.STEGALL,Z.BROWN (Z.BROWN,W.DURRETTE,C.BOWLES,J.STEELE)

SWITCH (T.NASH,B.KNOWLES,D.TAYLOR,N.VAN DE WALL,W.PENTZ,A.PALMER)

82

49

. YOUNG MONEY/CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN

RUN THE WORLD (GIRLS)

82

22

. CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN

POLOW DA DON,R.HOLLADAY (D.CARTER,J.JONES,R.HOLLADAY,W.ROBERTS II)

72

NOVO

69

. UNIVERSAL REPUBLIC

M.WOODS (A.SAMBERG,A.SCHAFFER,J.TACCONE,M.WOODS)

70

74

62

. ARISTA NASHVILLE

The Lonely Island Featuring Michael Bolton

4

30 49

. 20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA

50

70

48

47

. BIG PLAY/UNIVERSAL REPUBLIC

JAR OF HEARTS

67

67

c. FO YO SOUL/GOSPO CENTRIC/VERITY/JLG

Waka Flocka Flame Featuring Kebo Gotti . 1017 BRICK SQUAD/ASYLUM/WARNER BROS.

0

27 76 81 82 83 32 85 86 82 51 59 58 72 92 23 72 75 63 68 41 90 74

38

. ARISTA NASHVILLE

F.ROGERS (B.PAISLEY,C.DUBOIS,D.TURNBULL,R.OWEN)

A.ANDERS,P.ASTROM,R.MURPHY (C.PERRI,D.LAWRENCE,B.YERETSIAN)

0

68

62

. VALORY

65

44

. MOSLEY/INTERSCOPE

R.M.TEDDER,B.KUTZLE,N.ZANCANELLA (R.M.TEDDER,B.KUTZLE,N.ZANCANELLA,E.FISHER)

Justin Moore

76

42

. BLACK ICE/BYSTORM/JIVE/JLG

GOOD LIFE

SONNY DIGITAL (R.BROOKS,S.C.UWAEZUOKE,N.WILBURN,C.MILLER)

0

9

65

. 20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA

A LITTLE 10 LIVE B.CANNON,K.CHESNEY (S.MINOR,D.L.MURPHY)

14

D.GUETTA,SANDY VEE (J.COTTER,M.CAREN,T.DILLARD,O.T.MARAJ,J.SALINAS, JR.,O.SALINAS,D.GUETTA,S.WILHELM) . WHAT A MUSIC/ASTRALWERKS/CAPITOL

82

NOVO

Glee Cast

J.STOVER (D.DAVIDSON,R.HATCH,B.JONES)

29 33

. KONVICT/NAPPY BOY/JIVE/JLG

A.ANDERS,P.ASTROM (S.H.MORRIS)

71

0

T-Pain Featuring Chris Brown

YOUNG FYRE (T-PAIN,C.BROWN,T.WINFREY)

67

69

. SOUTHERN GROUND/ATLANTIC/BIGGER PICTURE

64

38

0

No programa de 12 de maio do American Idol, Steven Tyler lançou o vídeo de seu primeiro single solo, “(It) Feels So Good”, que já registrou 77 mil downloads, garantindo assim um lugar no Hot 100. Com o Aerosmith, Tyler já marcou presença na lista 28 vezes: a primeira delas em 1973, com “Dream On”.

67

Zac Brown Band

66

11

3

35

69

62

. WE THE BEST/DEF JAM/IDJMG

LEX LUGER (A.MCCOLISTER)

75

0

David Guetta Featuring Flo Rida & Nicki Minaj

42

. EMI NASHVILLE

1

. BIG MACHINE

E.KIRIAKOU (E.KIRIAKOU,P.R.HAMILTON)

Eric Church

J.JOYCE (E.CHURCH,C.BEATHARD)

4

Rascal Flatts Selena Gomez & The Scene

HOMEBOY

35

. COLUMBIA

M.FREDERIKSEN,S.TYLER (S.TYLER,M.FREDERIKSEN)

IF HEAVEN WASN’T SO FAR AWAY

34

. 20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA

A.ANDERS,P.ASTROM,R.MURPHY (C.JEY,P.WILSON)

Ace Hood

8

NOVO

61

. MAYBACH/SLIP-N-SLIDE/DEF JAM/IDJMG

66

33

. BROKEN BOW

Rick Ross Featuring Lil Wayne Or T.I.

LEX LUGER (W.ROBERTS II,L.LEWIS,D.CARTER)

1

23

. LAVA/UNIVERSAL REPUBLIC

M.KNOX (B.GILBERT,C.FORD)

9 PIECE HUSTLE HARD

ISN’T SHE LOVELY

29

. 20TH CENTURY FOX TV/COLUMBIA

A.ANDERS,P.ASTROM (A.ADKINS,P.EPWORTH)

New Boyz Featuring The Cataracs & Dev 13 BACKSEAT THE CATARACS (D.A.THOMAS,E.H.BENJAMIN V,N.HOLLOWELL-DHAR,D.SINGER-VINE,D.DAILES) . SHOTTY/WARNER BROS.

34

4

1

60

. BIG BEAT/ATLANTIC

1

10

. STREAMLINE/KONLIVE/INTERSCOPE

LADY GAGA,REDONE (S.G.GERMANOTTA,N.KHAYAT)

NOVO

Martin Solveig & Dragonette

M.SOLVEIG (M.SOLVEIG,M.SORBARA)

65

26

. UNIVERSAL MOTOWN

JIM JONSIN,RICO LOVE (J.G.SCHEFFER,RICO LOVE,D.MORRIS,D.CARTER)

FRIDAY

0

61

11

c. RCA/RMG

HELLO

4

22

Kanye West

6

BEST LOVE SONG

2

. ROC-A-FELLA/DEF JAM/IDJMG

76

8

1

. YOUNG MONEY/CASH MONEY/UNIVERSAL MOTOWN

KANE,JMIKE (O.T.MIRAJ,D.A.JOHNSON,E.DEAN)

32

62

Avril Lavigne

62

20

Nicki Minaj

49

60

52

. REPUBLIC NASHVILLE

63

18

. LAFACE/JLG

SUPER BASS

59

THE HELL 18 WHAT MAX MARTIN,SHELLBACK (A.LAVIGNE,MAX MARTIN,SHELLBACK)

56

. CAPITOL NASHVILLE

The Band Perry

64

0

P!nk

LIE 11 YOU P.WORLEY (B.HENNINGSEN,C.HENNINGSEN,A.HENNINGSEN)

6

15

.,x STREAMLINE/KONLIVE/INTERSCOPE

58

WEATHER 17 COLDER K.STEGALL,Z.BROWN (Z.BROWN,W.DURRETTE,L.LOWREY,C.BOWLES)

12

. PARTY ROCK/WILL.I.AM/CHERRYTREE/INTERSCOPE

56

56

. JIVE/JLG

Keith Urban

51

0

LMFAO Featuring Lauren Bennett & GoonRock

PARTY ROCK (S.K.GORDY,S.A.GORDY,J.LISTENBEE,P.SCHROEDER,F.SULLIVAN)

58

Hot Chelle Rae

E.KIRIAKOU (R.K.FOLLESE,N.OVERSTREET,E.KIRIAKOU,E.K.BOGART,L.ROBBINS)

58

7

Lady Gaga

YOU 10 WITHOUT D.HUFF,K.URBAN (D.PAHANISH,J.WEST)

63

7

. UNIVERSAL REPUBLIC

5

60

6

2

Enrique Iglesias Wtih Usher Featuring Lil Wayne

REDONE (E.IGLESIAS,N.KHAYAT,E.K.BOGART,E.NURI,D.QUINONES)

69

59

90

4

. KEMOSABE/RCA/RMG

Tinie Tempah Featuring Eric Turner

57

57

84

12

Ke$ha

O ex-líder do Hot 100 torna-se agora o primeiro Nº 1 de Katy Perry na lista Adult Contemporary. A música também chegou ao topo do Mainstream e Adult Top 40, Dance Club Songs e Dance Airplay.

TONIGHT TONIGHT

56

62

5

1

c. CAPITOL NASHVILLE

P.WORLEY,LADY ANTEBELLUM (D.HAYWOOD,C.KELLEY,H.SCOTT,D.DAVIDSON)

THIS WAY 14 BORN LADY GAGA,J.LAURSEN,F.GARIBAY,DJ WHITE SHADOW (S.G.GERMANOTTA,J.LAURSEN)

29

1

Lady Antebellum

14

3

3

Rihanna

14

PARTY ROCK ANTHEM

0

. SRP/DEF JAM/IDJMG

16

DIRTY DANCER

1

. JIVE/JLG

12

1

3

Britney Spears

SHOW GOES ON 20 THE KANE BEATZ (W.JACO,D.A.JOHNSON,D.W.BROWER,J.K.BROWN,I.BROCK,E.JUDY,D.GALLUCCI)

NOVO

4

. MR. 305/POLO GROUNDS/J/RMG

AFROJACK (A.C.PEREZ,N.VAN DE WALL,S.C.SMITH)

LAZY SONG 12 THE THE SMEEZINGTONS (BRUNO MARS,P.LAWRENCE,A.LEVINE,K.WARSAME)

18

3

. STREAMLINE/KONLIVE/INTERSCOPE

LADY GAGA,F.GARIBAY (S.G.GERMANOTTA,F.GARIBAY,P.BLAIR)

28

GRAVADORA / DISTRIBUIDORA

MELHOR POSIÇÃO

2

1

Artista

PRODUTOR (COMPOSITOR)

CERT.

1

Nº DE SEMANAS

2

Katy Perry Featuring Kanye West

SEMANA DE 21/5 SEMANA DE 14/5

Adele ., XL/COLUMBIA

P.EPWORTH (A.ADKINS,P.EPWORTH)

TÍTULO

AS MÚSICAS MAIS POPULARES DE ACORDO COM AS IMPRESSÕES DE TODOS OS FORMATOS DE AUDIÊNCIA MEDIDOS PELA NIELSEN BROADCAST DATA SYSTEMS E DADOS DE VENDAS COMPILADOS PELA NIELSEN SOUNDSCAN. CONSULTE A LEGENDA PARA MAIS EXPLICAÇÕES. © 2010, E5 GLOBAL MEDIA, LLC E NIELSEN SOUNDSCAN, INC. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. FOTO BRUNO MARS: KEVIN MAZUR WIREIMAGE/GETTY IMAGES

ROLLING IN THE DEEP

1

2

2 SEMANAS

Artista

GRAVADORA / DISTRIBUIDORA

SEMANA DE 28/5

Nº 1

M. A. E. / M. A. E. / DIGITAL AIRPLAY

MELHOR POSIÇÃO

PRODUTOR (COMPOSITOR)

CERT.

Nº DE SEMANAS

TÍTULO

1

3

FOTOS: DIVULGAÇÃO

SEMANA DE 21/5 SEMANA DE 14/5

SEMANA DE 28/5

THE BILLBOARD HOT 100

2

4 22 52 53 54 44

GLÓRIA A LADY GAGA

“The Edge Of Glory” estreia no 3º lugar do Hot 100. O terceiro single de Born This Way surge como a melhor estreia no Hot Digital Songs (2º lugar, 266 mil downloads de acordo com Nielsen SoundScan) e no Hot 100 Airplay (54º, 20 milhões de execuções segundo Nielsen BDS). “Glory” dá a Gaga seu 10º lançamento consecutivo entre as dez primeiras posições do Hot 100 – trajetória que começou com “Just Dance” no 1º lugar há menos de três anos. Nas últimas cinco décadas, só Mariah Carey, entre as mulheres, conquistou tantos singles consecutivos em início de carreira. Gary Trust

106 BILLBOARD BRASIL Junho 2011

_rankingHot100 BB20.indd 106

02/06/11 15:41


DADOS DE VENDAS COMPILADOS POR

DADOS DE VENDAS COMPILADOS POR

28

MAI 2011

2

65

MUNFORD & SONS

BLACK LABEL SOCIETY EONE 2363 | (9.98)

2

COLT FORD

9

7

2

KELLY PRICE

10

10

7

RADIOHEAD

11

14

2

RANDY TRAVIS

12

11 AARON LEWIS

14

NOVO

15

NOVO

6

2

17

NOVO

18

NOVO

The Song Remains Not The Same

31

28

6

Every Chance I Get

32

27

3

This Is Gonna Hurt

33

Kelly

34

39

6

The King Of Limbs

35

43

18

MY BLOCK/SANG GIRL! 32101 | MALACO | (14.98) XL/TICKER TAPE 001* | TBD | (7.98)

Randy Travis

WARNER BROS. 8635 EX | CRACKER BARREL | (11.98)

NOVO

38

NOVO

Ugly Side: An Acoustic Evening With Blue October

39

NOVO

Burst Apart

40

38

6

Donny & Marie

41

30

5

The Road From Memphis

42

32

5

FRENCHKISS 048* | (12.98)

DONNY & MARIE MPCA 25742 | BDG | (14.98)

BOOKER T. JONES ANTI- 87101* | EPITAPH | (16.98)

YOLANDA ADAMS

43

45

6

Thompson Square

44

36

3

A Woman Falling Out Of Love

45

The Civil Wars

46

49

7

The Suburbs

47

41

6

I’ll Never Get Out Of This World Alive

48

44

4

50 Silly Songs

49

War Is The Answer

50

STONEY CREEK 7677 (13.98)

20

8

2

21

20

15

BARTON HOLLOW

22

16

41

ARCADE FIRE

23

11

3

STEVE EARLE

24

22

14

THE COUNTDOWN KIDS

25

19

76

FIVE FINGER DEATH PUNCH

ARETHA’S RECORDS 70313 EX | (12.98) SENSIBILITY 017* (11.98) MERGE 385* (15.98) NEW WEST 6195* | (17.98) SONOMA 3978 | (6.98) PROSPECT PARK 50100* (13.98)

HEATSEEKERS SONGS SEMANA DE 21/5 Nº DE SEMANAS

Becoming

N-HOUSE 100300 EX | (13.98)

THOMPSON SQUARE

TÍTULO

ARTISTA (GRAVADORA/PROMOTORA)

LAST Nº 1 MY BIG SEAN FEATURING CHRIS BROWN (G.O.O.D./DEF JAM/IDJMG)

ARTISTA

2

4

6

HELLO

3

2

CONNICK, JR. 11 HARRY IN CONCERT ON BROADWAY COLUMBIA/LEGACY 77295/SONY MUSIC b

2

2

6

3

3

7

7

HARD 11 HUSTLE ACE HOOD (WE THE BEST/DEF JAM/IDJMG)

5

10 HOMEBOY ERIC CHURCH (EMI NASHVILLE)

6

9

AWAY 11 FAR MARSHA AMBROSIUS (J/RMG)

7

13

4

8

UP KICKS 10 10 PUMPED FOSTER THE PEOPLE (STARTIME/COLUMBIA)

2 SEMANAS

HOT CHELLE RAE (JIVE/JLG)

MARTIN SOLVEIG & DRAGONETTE (BIG BEAT/ATLANTIC)

BAREFOOT BLUE JEAN NIGHT JAKE OWEN (RCA NASHVILLE)

6

KUDURO 31 DANZA DON OMAR & LUCENZO (YANIS/ORFANATO/MACHETE/UNIVERSAL MUSIC LATINO)

10

8

GIRL 10 CRAZY ELI YOUNG BAND (REPUBLIC NASHVILLE)

11

X5 DIGITAL EX | (5.98)

THE COUNTDOWN KIDS CAGE THE ELEPHANT

Thank You Happy Birthday

DSP 81421*/ JIVE (13.98)

JIM JONES

Capo

EONE 2115 | (17.98)

THE FELICE BROTHERS

Celebration, Florida

FAT POSSUM 1246* | (12.98)

GANG GANG DANCE

Eye Contact

4AD 3107* | (14.98)

TROY SNEED

My Heart Says Yes

EMTRO GOSPEL 931530 | TASEIS | (13.98)

MINT CONDITION

7 ...

CAGED BIRD 5787 | SHANACHIE | (18.98)

ATMOSPHERE

The Family Sign

RHYMESAYERS 0130* | (15.98)

PANDA BEAR

Tomboy

PAW TRACKS 36* | (13.98)

THE KILLS

Blood Pressures

DOMINO 283* | (11.98)

MARTHA MUNIZZI

Make It Loud!

MARTHA MUNIZZI 3865 | (14.98)

MÖTLEY CRUE

Greatest Hits

MOTLEY 380* | ELEVEN SEVEN | (13.98)

INTOCABLE

2011

G.I.M. 029 | DASMI | (15.98)

ROBBIE ROBERTSON

How To Become Clairvoyant

429 17821 | SLG | (15.98)

TUNE-YARDS

WHOKILL

4AD 3106* | (14.98)

RAY LAMONTAGNE AND THE PARIAH DOGS RCA 65086* | (16.98)

Keep Living

LIGHT 7235 | EONE | (13.98)

CONTEMPORARY JAZZ ALBUMS 2

1

1

7

2

4

SHORTY 56 TROMBONE BACKATOWN VERVE FORECAST 014194/VG

3

2

SPALDING 39 ESPERANZA CHAMBER MUSIC SOCIETY HEADS UP 31810*/CONCORD

ARTISTA

TÍTULO (GRAVADORA & NÚMERO DE SÉRIE/DISTRIBUIDORA)

JAMES Nº 1 BONEY CONTACT VERVE FORECAST 015375/VG 7 SEMANAS

2

6

5

6

5

G 46 KENNY HEART AND SOUL CONCORD 32048

7

8

2

7

8

29 FOURPLAY LET’S TOUCH THE SKY HEADS UP 32030/CONCORD

7

BUBLÉ 29 MICHAEL HOLLYWOOD: THE DELUXE 143/REPRISE 526141/WARNER BROS.

8 9

10

‘ROUND MIDNIGHT CONCORD JAZZ 32662/CONCORD

11

THE OTHER SIDE OF MIDNIGHT: LIVE ANTI- 87152/EPITAPH

8

MATSUI 12 16 KEIKO THE ROAD ... SHANACHIE 5188

6

9

RIPPINGTONS FT. RUSS FREEMAN 10 15 THE COTE D’AZUR PEAK 32580/CONCORD

8

CHARLIE HADEN QUARTET WEST

10

7

2

11

9

HARDCASTLE 15 PAUL DESIRE TRIPPIN ‘N’ RHYTHM 46

CULBERTSON 11 43 BRIAN XII GRP 014460/VG

THE REBIRTH OF NEW ORLEANS BASIN STREET 1202

14

14

GALACTIC

REBIRTH BRASS BAND

SOPHISTICATED LADIES EMARCY 015347/DECCA

VARIOUS ARTISTS

SMOOTH JAZZ NUMBER 1 HITS CONCORD JAZZ/PEAK/HEADS UP 32854/CONCORD

GERALD CLAYTON

12

3

J. REDMAN/A. PARKS/M. PENMAN/E. HARLAND

13

HANCOCK 13 47 HERBIE THE IMAGINE PROJECT HANCOCK 0001*

3

IRVIN MAYFIELD

14

RETORNO

NOVO

14

God Willin’ & The Creek Don’t Rise

RICKY DILLARD AND NEW G

3

KARRIN ALLYSON

BOND: THE PARIS SESSIONS EMARCY 015393/DECCA JAMES FARM NONESUCH 526294/WARNER BROS.

LOVE LETTER TO NEW ORLEANS BASIN STREET 0406

ERIC DARIUS

ON A MISSION SHANACHIE 5182

LOOK IT UP

15

19

5

GORDON GOODWIN’S BIG PHAT BAND

15

17

YOU

16

12

3

BILL FRISELL

16

15 43 JAZZMASTERS JAZZMASTERS VI TRIPPIN ‘N’ RHYTHM 41

4

CAT DADDY

17

RETORNO

KEVIN EUBANKS

17

WRIGHT 22 33 LIZZ FELLOWSHIP VERVE FORECAST 014673/VG

5

DETERMINATE

KERMIT RUFFINS

18

ALPERT & LANI HALL 19 14 HERB I FEEL YOU CONCORD JAZZ 32757/CONCORD

7

NOVO

NOVO

20

25

2

21

RETORNO

22

24

2

NOVO

5

NOVO

ASHTON SHEPHERD (MCA NASHVILLE) ROMEO SANTOS (SONY MUSIC LATIN) REJ3CTZ (700/RENAISSANCE MUSIC/THE AURELIUS GROUP) BRIDGIT MENDLER, ADAM HICKS, NAOMI SCOTT & HAYLEY KIYOKO (WALT DISNEY)

WALKING

MARY MARY (MY BLOCK/COLUMBIA)

9

THAT’S HOW WE ROLL TELARC 32363/CONCORD SIGN OF LIFE SAVOY JAZZ 17818/SLG ZEN FOOD MACK AVENUE 1054

18

16

19

ARMSTRONG 18 32 LOUIS LOUIS ARMSTRONG SONOMA 0018

HAPPY TALK BASIN STREET 01112

OF POWER 16 12 TOWER 40TH ANNIVERSARY TOP 300207 B

20

RETORNO

AMBROSE AKINMUSIRE

21

RETORNO

ANNA WILSON

22

RETORNO

DIONNE WARWICK

23

RETORNO

24

WHALUM 14 56 KIRK THE GOSPEL ACCORDING TO JAZZ CHAPTER III TOP DRAWER/MACK AVENUE 5142/RENDEZVOUS

25

TISDALE FEATURING TIZ & THE FONKIE PLANETARIANS 23 26 WAYMAN THE FONK RECORD MACK AVENUE 5144/RENDEZVOUS

RETORNO

LLUVIA AL CORAZÓN

21

17

TABOO

22

RETORNO

I DO IT

23

RETORNO

THE BIG BANG

24

ARTISTS 15 20 VARIOUS CLASS ACTS OF THE VEGAS STRIP EMI SPECIAL MARKETS 19867 EX/STARBUCKS

KEEP YOUR HEAD UP

25

RETORNO

MANA (WARNER LATINA)

DON OMAR (ORFANATO/MACHETE/UNIVERSAL MUSIC LATINO) BIG SEAN (G.O.O.D./DEF JAM/IDJMG) ROCKMAFIA (RMR)

ANDY GRAMMER (S-CURVE)

6

JACKIEM JOYNER MACK AVENUE 7022/ARTISTRY

19

20

LAURA STORY (INO)

9

JACKIEM JOYNER

MICHAEL BUBLÉ

BLESSINGS

SPECIAL DELIVERY (EP) 143/REPRISE DIGITAL EX/WARNER BROS. WHEN THE HEART EMERGES GLISTEN BLUE NOTE 70619/BLG ANNA WILSON & FRIENDS: COUNTRYPOLITAN DUETS TRANSFER 5716/MUSIC WORLD ONLY TRUST YOUR HEART MPCA 2573/BDG

PRESERVATION HALL JAZZ BAND PRESERVATION PRESERVATION HALL 01*

CERT.

50 Sing Along Songs For Kids

SONOMA 0058 | (6.98)

5

TO THE EDGE 15 10 CLOSER THIRTY SECONDS TO MARS (IMMORTAL/VIRGIN/CAPITOL)

25

The 99 Most Essential Gregorian Chants

SINATRA, DEAN MARTIN & SAMMY DAVIS JR 16 FRANK THE VERY BEST OF THE RAT PACK FRANK SINATRA ENT./REPRISE 526241/WARNER BROS.

13

20

VARIOUS ARTISTS

6

5

12

24

Rescue

HOPELESS 726* | (13.98)

KOZ 31 DAVE HELLO TOMORROW CONCORD 31753

SMILE 14 13 IKIRK FRANKLIN (FO YO SOUL/GOSPO CENTRIC/VERITY/JLG)

23

SILVERSTEIN

6

IT BACK 12 12 BRING TRAVIS PORTER (PORTER HOUSE/JIVE/JLG)

19

Reckless & Relentless

SUMERIAN 50 | (11.98)

4

HERE WE GO AGAIN BLUE NOTE 96388/BLG

13

16

ASKING ALEXANDRIA

33 SOUNDTRACK TREME: SEASON 1 HBO/GEFFEN 014910/IGA

12

18

4X4=12

MAU5TRAP 2518 / ULTRA (15.98)

7

SIMONE 13 13 NINA S.O.U.L.: NINA SIMON SONY MUSIC CMG 83788/SONY MUSIC

19

DEADMAU5

3

4

Soundtrack

SCREEN GEMS PRODUCTIONS 34817 | MADISON GATE | (10.98)

WILLIE NELSON & WYNTON MARSALIS FT. NORAH JONES

11

17

COUNTRY STRONG: MORE MUSIC FROM THE MOTION PICTURE

THE LOST AND FOUND OBLIQSOUND 113

11 14 BOYFRIEND BIG TIME RUSH (NICKELODEON/COLUMBIA)

18

3

50 Fun Songs For Kids

SONOMA 3980 | (6.98)

GRETCHEN PARLATO

9

15

21

THE COUNTDOWN KIDS

70 SEMANAS

10

16

RETORNO

Life Fantastic

ANTI- 87114* | EPITAPH | (15.98)

TÍTULO (GRAVADORA & NÚMERO DE SÉRIE/DISTRIBUIDORA)

TONIGHT TONIGHT

9

80

BUBLÉ Nº 1 MICHAEL CRAZY LOVE 143/REPRISE 520733/WARNER BROS. b

1

1

RETORNO

MAN MAN

TRADITIONAL JAZZ ALBUMS 1

1

6

37

THE ANTLERS

14

31

Let’s Cheers To This

RISE 132 | (12.98) UP DOWN 1102 | BRANDO | (14.98)

36

NOVO

Town Line (EP)

SLEEPING WITH SIRENS BLUE OCTOBER

CERT.

23

ELEVEN SEVEN 860 | (13.98)

ARETHA FRANKLIN

SEMANA DE 28/5

25

SEMANA DE 21/5 Nº DE SEMANAS

NOVO

9

30

STROUDAVARIOUS 01013 (7.98)

13

5

I Am Very Far

AVERAGE JOE’S 226 | (14.98)

2

4

10

JAGJAGUWAR 185* | (14.98)

3

13

9

23

OKKERVIL RIVER

8

19

29

29

GENTLEMAN OF THE ROAD 0109* / GLASSNOTE (12.98)

SIXX: A.M.

16

28

Sigh No More

BROKEN BOW 7697 (18.98)

Take Care, Take Care, Take Care

TEMPORARY RESIDENCE 199* | (14.98)

CERT.

4

My Kinda Party

EXPLOSIONS IN THE SKY

SEMANA DE 21/5 Nº DE SEMANAS

JASON ALDEAN

SUB POP 888* | (13.98)

Título

GRAVADORA & NÚMERO DE SÉRIE / DISTRIBUIDORA (PREÇO EM DÓLAR)

SEMANA DE 28/5

28

12

3

NOVO

ARTISTA

CERT.

4

5

Nº DE SEMANAS

3

7

SEMANA DE 21/5

FLEET FOXES

NOVO

15

27

XL 529* | (11.98)

2

6

26

TYLER, THE CREATOR

1

NOVO

Goblin Helplessness Blues

Título

GRAVADORA & NÚMERO DE SÉRIE / DISTRIBUIDORA (PREÇO EM DÓLAR)

2

5

SEMANA DE 28/5

NOVO

ARTISTA

SEMANA DE 28/5

1

Nº DE SEMANAS

SEMANA DE 21/5

SEMANA DE 28/5

INDEPENDENT ALBUMS

MINDI ABAIR

IN HI-FI STEREO HEADS UP 31837/CONCORD

GIL SCOTT-HERON

I’M NEW HERE XL 471*

DAVID BENOIT

EARTHGLOW HEADS UP 31975/CONCORD

VARIOUS ARTISTS

LEE RITENOUR’S 6 STRING THEORY CONCORD 31911

www.billboard.br.com 107

_rankingDiversos-2 BB20.indd 107

02/06/11 15:40


2

4

108 billboard brasil Junho 2011 foto: Divulgação

foto: Roberto Rodrigues/ Divulgação

foto: Marcos Hermes/ Divulgação

foto: Luciano Santos/ TalentMix

foto: Marcos Hermes/ Divulgação

ACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE

1

3

5


stage 1. Caras e bocas: CHINA, VJ da MTV, e MARIA GADÚ, em 21 de maio, primeiro dia do Festival Natura Nós, em São Paulo 2. A cantora VERONICA FERRIANI, convidada especial de TOQUINHO, em “O Caderno”, no Natura Nós

6 foto: Divulgação

3. A rapper americana EVE, que esteve em São Paulo para duas apresentações, visita a galeria de Romero Britto e é presenteada pela irmã do artista brasileiro, ROBERTA BRITTO

foto: Divulgação

BACK

BACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE BACKSTAGE

foto: Marcos Hermes/ Divulgação

4. O funkeiro carioca BUCHECHA lotou a unidade paulistana do Royal Club na noite de 12 de maio 5. Bem acompanhado: o DJ francês Bob Sinclair entre as beldades da etapa catarinense do Monange Dream Fashion Tour 2011, em Florianópolis, em 7 de maio

7. Que azar, que nada: a atriz FERNANDA PAES LEME foi a principal atração do Royal Club Vitória, no Espírito Santo, na sexta-feira, 13 de maio

7

8. ANTONIO CAMAROTTI, publisher da Billboard Brasil, com BRUNO MARS em Miami, um dia depois do show realizado pelo artista em 11 de maio, no Fillmore Miami Beach 9. Parceria promissora: no estúdio da casa de MARINA LIMA (veja entrevistão à página 34), em São Paulo, VANESSA DA MATA prepara participação especial em Climax, novo álbum da cantora carioca 10. CAIO RAMALHO, da Talent, e MARCELO BOLLA, da Young & Rubicam, são recebidos no camarim de DIOGO NOGUEIRA após o show de 21 de maio, no HSBC Brasil, em São Paulo

8

9

foto: Divulgação

6. Corrente de energia: LUIZA POSSI, de bóbis, antes da gravação de seu DVD Seguir Cantando em São Paulo, em 29 de abril, com o empresário ROGÉRIO BOLZAN (de branco e fone), DITO (produtor da Ivete), o tio ZÉ POSSI NETO, IVETE SANGALO, participação especial no show, e a mãe, ZIZI POSSI

foto: Divulgação

E

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arquivo

Bruce Spring

HUNGRY HEART

Steen

[1980]

5 /18 o

posição máxima no hot 100

semanas no hot 100

DANCING IN THE DARK

[1984]

2 /21 arquivobruceSimples BB19.indd 110

ima Ges

semanas no hot 100

foto: t om Hill/Getty

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posição máxima no hot 100

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