Science & Solutions #52 Suínos (Português)

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SCIENCE& SOLUTIONS Mantendo você naturalmente informado | Número 52 | Suínos

Alimente a sua vantagem competitiva

A importância da saúde intestinal na produção de carne suína sem antibióticos 6 fatores críticos para o êxito no manejo de marrãs Fitogênicos e rentabilidade


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ÍNDICE

4

9

12

A importância da saúde intestinal na produção de carne suína sem antibióticos

6 fatores críticos para o êxito no manejo de marrãs

Aspectos sobre fitogênicos e rentabilidade revelados por dezenas de experimentos com suínos

Santa María Mendoza PhD Gerente Técnica para Suínos

Konstantinos Sarantis MSc Gerente Técnico de Vendas – Suínos

Thomas Weiland Dr.ag.Ing Gerente de Produto para Fitogênicos

A procura crescente de carne suína sem antibióticos significa que os produtores precisam encontrar alternativas para o controle das doenças. Compreender como obter uma saúde intestinal ideal sem antibióticos irá não só manter mas também melhorar o desempenho.

As marrãs são meios de entrada para os avanços genéticos numa unidade de suínos, determinando o desempenho de produtividade de toda a unidade. Deve ser dedicada uma atenção especial a seis fatores críticos no manejo deste grupo de animais.

As melhorias no desempenho e na qualidade da carne decorrentes da aplicação dos aditivos fitogênicos para rações são essenciais para melhorar os resultados econômicos.

2 SCIENCE & SOLUTIONS

BIOMIN


EDITORIAL

Alimente a sua vantagem competitiva Os suinicultores devem gerir toda uma diversidade de fatores para se manterem naturalmente à frente; já não basta apenas saber lidar com suínos. Também devem conhecer vários fatores, incluindo a saúde dos seus animais, aspectos genéticos, condições ideais das instalações e requisitos nutricionais. Mas, sobretudo, deve conseguir compreender e reagir às forças do mercado que afetam o consumo local e global da carne suína. Surgem, por vezes, problemas com sintomas evidentes no rebanho. Num trabalho anterior, vi diretamente os problemas provocados por um misturador de rações defeituoso. A consequência da superdosagem de farelo de soja na mistura de ração para porcas lactantes provocou um caso de diarreia grave nos leitões. Era evidente que havia um problema, mas identificá-lo exigiu muito tempo e um grande esforço de todos na fábrica de ração. Verificaram-se os sensores de peso e foram colhidas e analisadas numerosas amostras de ração. Finalmente, a dosagem incorreta de farelo de soja foi associada ao sistema de transporte e implementou-se uma medida corretiva. Infelizmente, não é sempre assim tão fácil identificar os problemas. Uma redução leve do desempenho poderá ser justificada como anomalia temporária, deixando a causa subjacente por tratar e permitindo que reduza ainda mais a produtividade. Neste número da Science & Solutions, destacamos a importância de gerir todos os aspectos do seu plantel e não apenas aqueles onde há problemas evidentes. A redução ou eliminação dos antibióticos é uma tendência

ISSN: 2309-5954 Se desejar obter uma cópia digital e mais informações, visite: http://magazine.biomin.net Se desejar obter cópia de artigos ou assinar Science & Solutions, contate-nos no e-mail: magazine@biomin.net

impulsionada pelos consumidores que está afetando atualmente todos os setores de produção pecuária. Sem antibióticos, os animais ficam sujeitos a um desafio microbiano adicional, mas os produtores não podem sofrer perdas em função de uma redução subsequente no desempenho. SantaMaría Mendoza analisa mais aprofundadamente a importância da saúde intestinal e como suprir a lacuna no desempenho com suplementos nas rações. Aditivos fitogênicos nas rações também podem ser utilizados para aumentar a rentabilidade, como explica Thomas Weiland. E Konstantinos Sarantis lembra-nos que a suinicultura não seria possível sem as marrãs, um grupo de animais aos quais deve ser dedicada muita atenção para assegurar o êxito da produção. Esperamos que aprecie a leitura deste número da Science & Solutions, que o mantém naturalmente informado.

Simon Jensen Gerente Técnico de Vendas – Suínos

Editores: Ryan Hines, Caroline Noonan Colaboradores: Simon Jensen, Santa María Mendoza PhD, Konstantinos Sarantis MSc, Thomas Weiland Dr.ag.Ing. Marketing: Herbert Kneissl, Karin Nährer Gráficos: GraphX ERBER AG Pesquisa: Franz Waxenecker, Ursula Hofstetter Editora: BIOMIN Holding GmbH Erber Campus, 3131 Getzersdorf, Áustria Tel: +43 2782 8030, www.biomin.net © Copyright 2018, BIOMIN Holding GmbH Todos os direitos reservados. Nenhuma parte

da presente publicação pode ser reproduzida sob qualquer forma para fins comerciais sem a autorização escrita do detentor dos direitos de autor, exceto em conformidade com as disposições da Copyright, Designs and Patents Act 1998 [Lei relativa aos Direitos de Autor, Desenhos e Patentes de 1998]. Todas as fotografias incluídas na presente publicação são propriedade de BIOMIN Holding GmbH ou foram usadas sob licença. BIOMIN is part of ERBER Group

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A importância da saúde intestinal na produção de carne suína sem antibióticos A procura crescente de carne suína sem antibióticos significa que os produtores precisam encontrar alternativas para o controle das doenças. Compreender como obter uma saúde intestinal ideal sem antibióticos irá não só manter mas também melhorar o desempenho. Na última década, os produtores de médio porte dos Estados Unidos representavam a maioria da produção nacional de carne súina sem antibióticos (ABF, antibiotic-free). Hoje, os produtores de maior porte dos EUA e de outras regiões estão mudando para a produção ABF devido à procura crescente dos consumidores e ao apelo dos preços premium. Contudo, há vários desafios que podem comprometer facilmente a rentabilidade, como a mortalidade mais elevada (especialmente na fase pós-desmame), a variabilidade do peso de abate, o aumento dos dias até o abate e os custos mais elevados do tratamento quando é necessária uma intervenção. Em muitos mercados, não há diretrizes oficiais para a criação de suínos ABF. Cada produtor tem de desenvolver o seu próprio programa para concretizar a produção ABF, desde o nascimento ao abate ou durante o período de crescimento em questão. Portanto, os produtores podem tomar as suas próprias decisões quanto às práticas e ferramentas a adotar ou eliminar para obter rentabilidade. O principal desafio na produção de carne suína ABF é a prevenção de doenças respiratórias e gastrointestinais. Neste artigo, abordaremos estratégias para a prevenção de problemas gastrointestinais, proporcionando uma visão geral de cada componente da saúde intestinal.

O que é a saúde intestinal? O intestino ou trato gastrointestinal (TGI), como é geralmente designado, é o local onde ocorrem a digestão e 4 SCIENCE & SOLUTIONS

Santa María Mendoza PhD Gerente Técnica para Suínos

a absorção de nutrientes. Um intestino saudável maximiza a extração e utilização de nutrientes para o crescimento dos animais. A definição de saúde intestinal não está bem estabelecida devido à sua complexidade e à sobreposição de funções. No entanto, a maioria dos pesquisadores considera quatro áreas principais: microbiota, integridade intestinal, sistema imunológico de mucosa e morfologia intestinal (Figura 1).

Estabelecimento precoce da microbiota A microbiota consiste em microrganismos comensais e patogênicos que residem no lúmen do TGI (Figura 2). A diversidade e a abundância da microbiota têm um efeito direto na saúde e no bem-estar dos animais. O estabelecimento da microbiota inicia-se imediatamente após o nascimento. Um leitão recém-nascido está naturalmente inoculado com microbiota do respectivo ambiente. A microbiota da porca e a higiene da cela de maternidade têm

EM SUMA • A produção de carne suína ABF só pode ser concretizada se compreendermos a saúde intestinal. • Os quatro componentes da saúde intestinal são a microbiota, a integridade intestinal, o sistema imunológico de mucosa e a morfologia intestinal. • A adição de suplementos à dieta desde o nascimento pode ajudar a promover a saúde intestinal, melhorando a absorção de nutrientes e as taxas de crescimento. BIOMIN


Figura 1. Os quatro componentes da saúde intestinal que se interligam

Microbiota

Saúde intestinal

Morfologia intestinal

Integridade intestinal

Sistema imunológico de mucosa Fonte: BIOMIN

uma função crucial no estabelecimento da microbiota no leitão. A higiene e a biossegurança têm uma função essencial na prevenção de surtos de doenças. A incorporação de probióticos e prebióticos na dieta das porcas lactantes pode facilitar a colonização precoce do TGI do leitão por bactérias benéficas. Além disso, para manter este equilíbrio entre bactérias comensais e patogênicas, a suplementação de probióticos, prebióticos, ácidos orgânicos e fitogênicos também é benéfica. Um excesso de proteínas não

digeríveis pode afetar negativamente a microbiota porque, quando atingem a parte posterior do intestino, alteram o pH e criam um ambiente mais adequado para a proliferação de bactérias patogênicas. Assim, recomenda-se a utilização de uma fonte de proteínas altamente disgestíveis, a redução do nível de proteínas brutas na dieta ou a incorporação de aditivos para rações que consigam melhorar a digestibilidade das proteínas, como os fitogênicos ou as enzimas proteolíticas (Tabela 1). Os problemas entéricos mais comuns causados por organismos patogênicos nos suínos são mostrados na Tabela 2.

Exclusão competitiva A E. coli é uma das causas mais comuns da diarreia neonatal e pós-desmame. Liga-se aos enterócitos através de adesinas fimbriais (como F18, K88 e K99) e, depois, a E. coli prolifera-se e produz enterotoxinas (como STa, STb e LT). As enterotoxinas provocam secreção excessiva de fluidos para dentro do lúmen, resultando em diarreia. Algumas das estirpes bacterianas probióticas conseguem aderir à parede intestinal, impedindo a aderência de bactérias patogênicas à parede e prevenindo sua colonização do intestino. Este mecanismo é chamado de exclusão competitiva.

Preservar a integridade intestinal A integridade intestinal é a capacidade da camada epitelial de funcionar como barreira física, impedindo a translocação de toxinas e agentes patogênicos, mas permitindo ao mesmo tempo a passagem de nutrientes (Figura 2). A camada epitelial consiste em enterócitos aglutinados por uma rede

Figura 2. Breve descrição dos componentes da camada do epitélio intestinal e ambiente circundante Bactérias patogênicas

Modulação da microbiota

Bactérias comensais

Toxinas bacterianas Micotoxinas Citocinas Hormônios de estresse

Bactérias transitórias IgA IgA Estresse ambiental Espécies reativas de oxigênio IgA

Exclusão competitiva

Bactérias nativas

Lúmen intestinal

Mucina

Integridade intestinal

Enterócito

Célula caliciforme

Linfócitos intraepiteliais

Junções estreitas Entrada de agentes patogênicos e toxinas

Sistema imunológico de mucosa

Citocinas

Macrófago

IgA

Epitélio Célula M

Placa de Peyer

Lâmina própria

Drenagem linfática

Linfócito

Célula dendrítica

Linfócito

Mesentério

Gânglio linfático mesentérico Fonte: BIOMIN

BIOMIN 5


A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE INTESTINAL NA PRODUÇÃO DE CARNE SUÍNA SEM ANTIBIÓTICOS

Figura 3. Efeito na morfologia intestinal do suplemento Digestarom® DC Xcel adicionado à dieta de leitões em fase de creche. O Digestarom® DC Xcel aumentou a altura das vilosidades e a profundidade da cripta (P < 0,001)

comprimento, µm

Vilosidades

350 300

302 263

15% mais altas

250 200 150

n Controle

100

n Digestarom®

50

comprimento, µm

Criptas

0 0

14% mais profundas

-50 -100 -150 -200 -250

-180

-206

Fonte: BIOMIN

complexa de proteínas conhecidas como junções estreitas. Os enterócitos têm a capacidade de transportar moléculas (por ex., íons, aminoácidos, açúcares e água) de forma seletiva. Contudo, os enterócitos podem ser fisicamente danificados durante inanição, privação de água e estresse provocado pelo calor ou através do consumo de toxinas e gorduras rançosas. Os danos provocados nos enterócitos comprometem o transporte eficiente de nutrientes. Além disso, as junções estreitas também podem ser danificadas por micotoxinas, toxinas bacterianas, citocinas e hormônios de estresse (Figura 2). A ruptura das junções estreitas permite que muitos agentes patogênicos e toxinas atravessem a camada epitelial, possivelmente causando uma resposta inflamatória sistêmica. Prevenir quaisquer fontes de estresse ambiental, reduzir o risco de micotoxinas e infecção bacteriana e evitar a inclusão de gorduras rançosas na dieta podem ajudar a preservar a integridade intestinal (Tabela 1). Promover a reparação celular também é benéfico. Isto poderá ser concretizado fornecendo-se antioxidantes suficientes (vitaminas E, C, D e A) na dieta e auxiliando-se a atividade dos sistemas antioxidantes (glutationa peroxidase, tioredoxina redutase, superóxido dismutase e catalase). Os sistemas antioxidantes dependem de minerais; portanto, recomenda-se o fornecimento de quantidades suficientes dos minerais envolvidos nestas reações enzimáticas (Se, Zn, Cu, Mn e Fe) para assegurar o seu funcionamento adequado. A contaminação das dietas com deoxinivalenol (vomitoxina) é um problema comum na suinocultura. O 6 SCIENCE & SOLUTIONS

deoxinivalenol é a micotoxina mais nociva conhecida para os suínos, porque danifica os enterócitos e permite a invasão por bactérias patogênicas. Por exemplo, verificou-se que a invasão por Salmonella aumentava dez vezes em dietas contaminadas com 750 ppb de deoxinivalenol (Vandenbroucke et al., 2011). Portanto, implementar um programa de gestão do risco de micotoxinas é essencial para auxiliar a integridade intestinal.

Sistema imunológico de mucosa bem desenvolvido O sistema imunológico de mucosa é composto por células imunitárias (por ex., linfócitos, macrófagos, células dendríticas) que rodeiam o epitélio intestinal e pelos locais de recrutamento dessas células imunitárias (por ex., placa de Peyer, gânglio linfático mesentérico; Figura 2). Nos mamíferos, o sistema imunológico de mucosa é bem organizado e sofisticado, funcionando de duas formas. A primeira é uma resposta rápida mas não específica (inata) e a segunda é uma resposta mais específica a longo prazo (adaptativa). Aumentar a idade ao desmame permite que o sistema imunológico de mucosa se desenvolva adequadamente. O sistema imunológico deve ser suficientemente capaz de combater um agente patogênico sem hiperestimulação, o que provoca inflamação desnecessária e tem grandes custos energéticos. Portanto, recomendam-se a adição de compostos fitogênicos com propriedades anti-inflamatórias e a utilização de gorduras ômega-3 nas dietas para reduzir a inflamação. BIOMIN


Um intestino saudável maximiza a extração e utilização de nutrientes para o crescimento dos animais.

Tabela 1.

Tabela 2.

Estratégias para melhorar a saúde intestinal num sistema de produção de carne suína ABF

Agentes patogênicos gastrointestinais mais comuns observados em suínos

Componente da saúde Estratégia intestinal

1 a 4 dias de vida 1 dia a 7 semanas

Clostridium perfringens tipo C

1 a 14 dias (raramente com mais idade)

Adicionar probióticos e prebióticos às dietas dos suínos para manter a população de bactérias benéficas.

Clostridium perfringens tipo A

2 a 10 dias (raramente com mais idade)

Clostridium difficile

1 a 5 dias (raramente com mais idade)

E. coli (ETEC, EPEC)

2 a 3 semanas após o desmame

Coronavírus (TGEV e PEDV)

Qualquer idade

Adicionar Digestarom® a todas as fases da dieta para melhorar a digestibilidade das proteínas brutas.

Circovírus porcino tipo 2

6 a 16 semanas; ocasionalmente com mais idade

Adicionar enzimas proteolíticas para melhorar a digestibilidade das proteínas brutas.

Lawsonia intracellularis

Desde cerca de 5 semanas de vida até adultos jovens

Evitar a utilização de proteínas de origem animal.

Salmonella spp.

Qualquer idade após o desmame (raramente pré-desmame)

Reduzir o nível de proteínas brutas na dieta (as dietas nos EUA têm tipicamente um teor de proteínas brutas mais elevado em comparação com outras regiões). Reduzir qualquer fator de estresse ambiental. Adicionar Mycofix® à dieta para evitar os danos no epitélio provocados por micotoxinas. Evitar a utilização de gorduras rançosas. Adicionar antioxidantes suficientes para prevenção da peroxidação de ácidos graxos. Adicionar antioxidantes suficientes, como vitamina E, para prevenção de danos celulares. Aumentar a idade ao desmame (nunca inferior a 23 dias). Vacinar contra agentes patogênicos que constituam riscos para granja. Adicionar Mycofix® à dieta para prevenir a imunossupressão.

Sistema imunológico Avaliar a utilização de anticorpos IgY contra E. coli, de mucosa Salmonella e rotavírus. Adicionar Digestarom® às dietas para reduzir a inflamação. Manter uma relação ômega-3 : ômega-6 mais elevada na dieta para potencializar o efeito anti-inflamatório do ômega-3. Fonte: BIOMIN

E.coli Rotavírus

Adicionar Biotronic Top3 às dietas dos leitões em fase de creche para prevenção da proliferação excessiva de E. coli e Salmonella no TGI.

Integridade intestinal

Período de risco

Adicionar probióticos e prebióticos às dietas das porcas lactantes para promover a colonização precoce do TGI dos leitões por bactérias benéficas.

®

Microbiota

Agente patogênico

Adaptado de Zimmerman et al., 2010

A utilização de vacinas ajuda o sistema imunológico a responder de forma mais rápida e mais específica a um agente patogênico. As vacinas induzem o sistema imunológico a produzir linfócitos B e T (glóbulos brancos) que são específicos para um agente patogênico. Os linfócitos B produzem anticorpos que podem ser liberados para o ambiente circundante, enquanto os linfócitos T possuem receptores que identificam o agente patogênico e, após ativados, proliferam-se muito rapidamente para atacar esse agente patogênico (Figura 2). Há atualmente vacinas para a maioria dos agentes patogênicos gastrointestinais mais comuns nos suínos (Tabela 2). As vacinas para os agentes patogênicos que constituem um risco para os leitões em fase de creche (E. coli e C. perfringens) são administradas à porca durante a gestação. No período pós-desmame, as vacinas comuns administradas aos suínos são a vacina contra o circovírus porcino 2, a E. coli (K88, K99, 987P, F41) e a ileíte. É importante ter em consideração que a eficácia das vacinas pode BIOMIN 7


A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE INTESTINAL NA PRODUÇÃO DE CARNE SUÍNA SEM ANTIBIÓTICOS

Figura 4. Peso corporal dos suínos no dia 35 após o desmame

21,0 12,06

N retido, g/d

12 10

8,78

8 6 4 2 0

PC final (dia 35 após o desmame), kg

14

20,5 19,87

20,0 19,5 19,0

18,69

18,5 18,0 17,5 17,0 16,5 16,0

n Controle n Digestarom®

Fonte: BIOMIN

diminuir devido à supressão imunológica provocada por fatores estressantes. As micotoxinas reduzem a atividade dos linfócitos B e T. Por exemplo, demonstrou-se que a fumonisina reduz a produção de anticorpos de Mycoplasma agalactiae (Taranu et al., 2005). Portanto, um programa de vacinação terá de ser apoiado por um programa de gestão do risco de micotoxinas.

Intestino saudável, maior absorção de nutrientes Uma forma intuitiva de determinar a saúde intestinal é observar a morfologia intestinal, que é determinada pelo comprimento das vilosidades e pela profundidade da cripta (Figura 3). Na ausência de fatores estressantes, as células que revestem o intestino conseguem preservar a sua estrutura e funcionalidade. Um comprimento mais longo das vilosidades significa uma superfície maior para a absorção de nutrientes. A morfologia intestinal revela que os primeiros três componentes estão em harmonia e que o suíno tem um intestino mais saudável para a absorção e utilização de nutrientes. Os compostos fitogênicos têm diversas propriedades benéficas que auxiliam a saúde intestinal, como efeitos antimicrobianos, anti-inflamatórios e antioxidantes. Uma combinação deliberada de compostos fitogênicos pode proporcionar uma abordagem completa para auxiliar a saúde intestinal. A mistura de fitogênicos disponibilizada pela BIOMIN, Digestarom® DC Xcel, demonstrou aumentar a altura das vilosidades em 15% (Figura 3). As melhorias na morfologia intestinal tiveram um efeito direto na retenção de nitrogênio (ingestão de nitrogênio – excreções de nitrogênio). Estes resultados comprovam a utilização de mais nutrientes para o crescimento dos suínos, já que os suínos suplementados com Digestarom® DC Xcel pesavam 1,18 kg a mais em termos de peso corporal no dia 35 após o desmame (Figura 4). 8 SCIENCE & SOLUTIONS

Resumo A rentabilidade da produção de carne suína ABF pode ser facilmente afetada durante um problema de saúde. A implementação de um programa de saúde intestinal completo na produção de carne suína ABF é essencial para a prevenção de problemas entéricos. A Tabela 1 resume estratégias úteis com impacto direto em cada um dos componentes da saúde intestinal. Os produtores devem avaliar e determinar a adequação das estratégias recomendadas e a sua combinação no seu próprio sistema de produção. A BIOMIN disponibiliza uma combinação de produtos inovadores e suporte local para ajudar os clientes a atingirem os seus objetivos a longo prazo.

Referências Helm, E.T., Mendoza, S.M., Murugesan, G.R., Hendel, E., Stelzhammer, S., Gourley, G. e Gabler, N.K. (2018). Evaluation of a Phytogenic Blend on Inflammation, Oxidative Stress, Gut Permeability, Gut Morphology, and Performance in Nursery Pigs. Manuscrito enviado para publicação. Vandenbroucke, V., Croubels, S., Martel, A., Verbrugghe, E., Goossens, J., Van Deun, K., Boyen, F., Thompson, A., Shearer, N., De Backer, P., Haesebrouck, F. e Pasmans, F. (2011). The Mycotoxin Deoxynivalenol Potentiates Intestinal Inflammation by Salmonella Typhimurium in Porcine Ileal Loops. Publicado: 31 de agosto de 2011 [Online] Disponível em: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0023871. Taranu, I., Marin, D.E., Bouhet, S., Pascale, F., Bailly, J.D., Miller, J.D., Pinton, P. e Oswald, I.P. (2005). Mycotoxin fumonisin B1 alters the cytokine profile and decreases the vaccinal antibody titer in pigs. Toxicol Sci, 84 (2005), pp. 301-307. Zimmerman, J.J., Karriker, L.A., Ramirez, A., Schwartz, K.J e Stevenson, G.W. eds. (2010). Diseases of swine. 10th edition. Chichester: John Wiley & Sons. BIOMIN


6 fatores críticos para o êxito no manejo de marrãs As marrãs são meios de entrada para os avanços genéticos numa unidade de suínos, determinando o desempenho de produtividade de toda a unidade. Deve ser dedicada uma atenção especial a seis fatores críticos no manejo deste grupo de animais. As marrãs têm uma função essencial na rentabilidade da granja. Juntamente com as porcas primíparas, representam o maior grupo em um inventário. O desenvolvimento das marrãs está diretamente associado ao desempenho produtivo mais tarde na vida; são meios para a introdução da evolução genética em uma granja. Aqui estão os seis fatores críticos para o êxito na produção de marrãs.

1. Estabelecimento de uma unidade dedicada A produção de marrãs é diferente da produção de suínos de engorda. Isto é particularmente verdadeiro hoje, quando há menos granjas adquirindo marrãs e mais granjas produzindo suas marrãs. As marrãs têm requisitos diferentes quanto ao seu manejo, nutrição e instalação; são necessários instalação, manejo e trabalho específicos. Isto poderá tornarse complicado quando o número de marrãs não justifica o estabelecimento de uma unidade distinta. O espaço no barracão por marrã, o tipo de piso e a habituação dos animais à presença de humanos são parâmetros que têm requisitos diferentes em comparação com os suínos de engorda.

2. Planejamento Cada sistema de produção deve ter um grupo de marrãs constante e adequado de acordo com necessidades e metas. O tamanho do grupo de marrãs deve abranger a meta da taxa de substituição. Para se obter uma taxa de substituição anual de até 50%, o número de porcas avós deve representar 8% a 10% do inventário. As parições do rebanho de multiplicação deve ser distribuída durante o ano de forma que estejam disponíveis marrãs elegíveis para reprodução todas as semanas.

3. Seleção A primeira inspeção dos leitões deve ser realizada nos primeiros dias de vida, durante o procedimento de marcação. Os leitões com anomalias podem ser excluídos nesse momento. A seleção final deve ocorrer por volta dos 100 kg

Konstantinos Sarantis MSc, Gerente Técnico de Vendas, Suínos

de peso. A seleção deve ser realizada quando houver luz suficiente e o espaço necessário para que as marrãs consigam se movimentar livremente. Deve-se prestar atenção ao número de tetas funcionais, ao crescimento, à conformação e às pontuações de estrutura dos membros. Uma pessoa deve pontuar cada animal e todas as medições têm de ser registradas. Considere a qualidade do grupo e os requisitos para o tamanho do próximo grupo. Decida a densidade de seleção com base na qualidade do lote de marrãs, no tamanho do próximo grupo e nas metas futuras de inseminação.

4. Estimulação da puberdade Fatores ambientais como a mistura de animais, a exposição a cachaços e outros fatores estressantes desencadeiam o início da puberdade, incidindo sobre a última fase de atingimento da puberdade. Para obter um cio mais sincronizado num grupo de marrãs, a exposição ao cachaço não deve começar antes dos 140 a 150 dias.

EM SUMA • O desenvolvimento das marrãs determina a produtividade da unidade no futuro. • Quando for possível, criar as marrãs numa unidade dedicada, assegurar um grupo de marrãs adequado e consistente, e definir critérios de seleção rigorosos para as marrãs novas. • Utilizar a estimulação da puberdade e as metas de inseminação para sincronizar a reprodução. • Manter um registro rigoroso para cada animal.

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6 FATORES CRÍTICOS PARA O ÊXITO NO MANEJO DE MARRÃS

Figura 1. Taxa de retenção para marrãs precoces, intermédias, tardias e sem resposta após a exposição ao cachaço para 12 aspectos não negociáveis no desenvolvimento das marrãs

100

 n ▲

Taxa de retenção (%)

90

 n ▲

80

30

 ▲ n

▲ n

60 40

70 50

 n ▲

◆ ◆

Recrutamento de marrãs mais baixo

  ▲ n

▲ n

 n ▲

 n ▲

Reprodução repetida mais baixa

20

 n ▲

10 0 Reprod.

Pariç. 1 

Precoce

Desm. 1 n

Reprod. 1

Pariç. 2

Intermédia

Desm. 2 Tardia

Reprod. 2 ◆

Pariç. 3

Desm. 3 Reprod. 3

Sem resposta

Fonte: Beltranena et al., 2004

A resposta das marrãs à exposição ao cachaço poderá ser um indicador da fertilidade. Se a exposição ao cachaço não for suficiente para desencadear o início do cio em marrãs, podem ser utilizadas técnicas artificiais, mas prevê-se que estas marrãs sejam menos produtivas, tendo uma taxa de retenção inferior e uma primeira leitegada menor (Figura 1). Estima-se que um quarto do grupo de marrãs não responderá à estimulação com cachaço, mas deverá manter-se parte deste subgrupo como marrãs de reserva. O contato direto com cachaço é mais eficaz do que o contato mediado por uma cerca; são necessários menos dias para o início do cio e o cio ocorre com melhor distribuição

(Figura 2). A luz também tem uma função importante (Tabela 1).

5. Reprodução sincronizada e manutenção de registros A manutenção de registros é a ferramenta mais importante no manejo de marrãs. Após a seleção das marrãs e o começo da exposição ao cachaço, deve ser registrado o cio individualmente para cada marrã. A partir desses registros, poderá ser estimado o próximo cio previsto. Se o próximo cio não for regular, a marrã pode ser retirada do grupo, porque

Figura 2. Percentagem cumulativa de marrãs que atingem uma resposta de puberdade após contato direto com um cachaço vasectomizado, quer seja numa área construída especificamente para estimulação por cachaços (laranja), nas próprias baias das marrãs (roxo) ou por contato mediado por cerca (verde)

100 Percentagem cumulativa

90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 Dias até o cio

Fonte: Patterson et al., 2002.

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A manutenção de registros é a ferramenta mais importante no manejo de marrãs. Tabela 1. Efeito da luz sobre a idade ao iniciar a puberdade Horas de luz por dia

0

9 a 10,8

18

12

12

Ntunde et al., 1979 Número de marrãs Idade ao atingir a puberdade, dias Número de corpos lúteos

12

175,6

177,1b

12,4

13,3

6

6

6

200,5a

164,8b

175,3b

11,3a

13,5b

12,6a,b

193,4

a

b

12,3 Hacker et al., 1979

Número de marrãs Idade ao atingir a puberdade, dias Número de corpos lúteos a,b

As médias na mesma linha com sobrescritos distintos diferem (P< 0,05)

Adaptado de Levis, 2000.

uma marrã com um ciclo irregular resultaria num menor desempenho reprodutivo. Em relação às marrãs com ciclo regular, estimar o próximo cio com 21 dias de antecedência proporciona tempo para planejamento. Saber quando é o cio previsto para marrãs específicas facilita a tomada de decisões quanto à inseminação e ao agrupamento para o flushing. Além disso, custos associados à sincronização podem ser evitados.

6. Metas de inseminação Ao otimizar as metas de inseminação, otimizam-se o desempenho reprodutivo, a longevidade das porcas e a rentabilidade geral. Contudo, a obtenção simultânea da taxa de crescimento ideal, do tempo de vida ideal e da espessura do toucinho dorsal ideal das marrãs no momento da inseminação é improvável, porque estes parâmetros estão todos interligados. As marrãs com taxas de crescimento baixas precisam de mais dias de alimentação para atingir a sua meta de peso de inseminação, o que resulta em mais dias não produtivos. Por outro lado, se a taxa de crescimento for demasiado elevada, poderá ter um impacto negativo na longevidade, causando problemas de locomoção no futuro, e um impacto negativo na produtividade, através de perda excessiva de peso corporal na primeira lactação, adiando o regresso ao cio. A análise de metas de inseminação e de investigações realizadas por várias empresas na área da genética indica que atingir o peso de inseminação, que será ideal aos 140 ± 5 kg, parece ser a prioridade. A ocorrência de um segundo ou terceiro ciclo maximizaria o número de óvulos e o tamanho

da leitegada na primeira parição. A melhor estratégia será seguir as metas recomendadas com base em aspectos genéticos do rebanho. Cada empresa na área da genética divulga parâmetros médios que otimizam a rentabilidade de acordo com a respectiva linha genética. Os pontos acima não abrangem todos os parâmetros que devem ser considerados num plano de desenvolvimento de marrãs. Aspectos como a aclimatação das marrãs novas a introduzir, a nutrição, os requisitos nutricionais, a qualidade da ração e o programa de vacinação (preparação imunológica) também são aspectos importantes. Um plano de desenvolvimento de marrãs robusto poderá afetar positivamente a produtividade e a longevidade das porcas, promovendo a rentabilidade da granja.

Referências Beltranena, E., Patterson, J., Foxcroft, G. e Pettitt, M. (2004). 12 Non-negotiable aspects of gilt development. Alberta Agriculture and Forestry. Disponível em: http://www1.agric.gov. ab.ca/%24department/deptdocs.nsf/all/pig8701 Levis, D.O. (2000). Housing and management aspects influencing gilt development and longevity: A review, Allen D. Leman Swine Conference. Patterson, J.L., Willis, H.J., Kirkwood, R.N. e Foxcroft, G.R. (2002). Impact of boar exposure on puberty attainment and breeding outcomes in gilts. Theriogenology. 57(8). pp.2015-2025. BIOMIN 11


Aspectos sobre fitogênicos e rentabilidade revelados por dezenas de experimentos com suínos As melhorias no desempenho e na qualidade da carne decorrentes da aplicação dos aditivos fitogênicos para rações são essenciais para melhorar os resultados econômicos.

Melhoria da fertilidade das porcas, redução do abate Embora na prática seja difícil obter um conjunto de dados completo que abranja toda a vida produtiva das porcas, os resultados comerciais revelam que há vários benefícios decorrentes da utilização de suplementos de AFR nas dietas das porcas. Em experimentos com utilização do Digestarom® do dia 80–85 da gestação até ao desmame, ou apenas na ração para lactação, verificaram-se taxas de ingestão de ração mais elevadas nas porcas, pesos dos leitões no desmame mais elevados (+ 0,25 kg – 0,7 kg), perdas de peso corporal mais baixas nas porcas e intervalos desmame–cio mais curtos. Observou-se uma melhoria semelhante em experimentos com aplicação do Digestarom® na ração para gestação e 12 SCIENCE & SOLUTIONS

Figura 1. O Digestarom® melhorou a fertilidade das porcas em quatro experimentos comerciais a longo prazo

95 Taxa de gestações (%)

Os nossos conhecimentos científicos sobre a aplicação de aditivos fitogênicos para rações (AFR) evoluíram consideravelmente e continuam a evoluir. Ao mesmo tempo, a nossa experiência prática continua a desenvolver-se. A BIOMIN estabeleceu parcerias com muitos produtores de rações e de animais de pecuária para obter melhores resultados através da aplicação de AFR. O estudo sobre aditivos fitogênicos para rações de 2017 da BIOMIN identificou os principais motivos para a utilização de aditivos fitogênicos para rações pelos suinicultores. A BIOMIN realizou mais de 60 experimentos comerciais em suínos com AFR, em granjas de diversas regiões do mundo. Este artigo destaca alguns dos experimentos comerciais mais importantes e os respectivos resultados para porcas, suínos desmamados e suínos de terminação.

Thomas Weiland Dr.ag.Ing, Gerente de Produto para Fitogênicos

90 85 80

Alemanha 2011/12

Itália 2011/12

Alemanha 2011

Polônia 2014

n Controle n Digestarom® Fonte: BIOMIN

EM SUMA • Os AFR poderão melhorar a ingestão de ração das porcas, melhorar os pesos de desmame dos leitões, reduzir as perdas de peso corporal das porcas e encurtar o intervalo desmame–cio. • Os experimentos com Digestarom® indicaram melhorias na fertilidade, melhorias no ganho de peso e na conversão alimentar em leitões e melhorias no desempenho dos suínos de terminação. BIOMIN


A melhoria da fertilidade significa menos animais descartados devido a falhas na reprodução. Figura 2.

Tabela 1.

O Digestarom reduz o descarte através da melhoria da fertilidade

Número de porcas

®

Peso de desmame ajustado para 23 dias na creche Granja

(06/06/2011 – 16/06/2012)

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

4.787

Tratamento

∆ (kg)

∆ (%)

n.º de leitões

peso médio (kg)

n.º de leitões

peso médio (kg)

1

739

5,83

501

6,88

1,05

15,3

2

1.092

6,30

1.389

6,74

0,44

6,5

3

156

6,05

198

6,54

0,49

7,5

4

11.397

5,62

828

5,98

0,36

6,1

4.724

*

Controle

*

Apenas ninhadas da primeira parição

Fonte: BIOMIN

1 2 3 4 5 6 7 8

Número de parições n Controle n Digestarom®

Tabela 2. Impacto na mortalidade e no peso ao desmame das leitegadas da primeira parição Parâmetros

Fonte: BIOMIN

Figura 3. Melhoria no ganho de peso diário médio (GPDM) e na taxa de conversão alimentar (TCA) com Digestarom®

30

Controle

Tratamento

Número de partos

1.098

76

Nascidos vivos/parto (n.º)

11,24

11,41

7,7

4,5

Desmamados/porca (n.º)

10,38

10,90

Peso ao desmame (kg)

5,62

5,98

Mortalidade (%)

Fonte: BIOMIN

25 20 %

15 10 5 0 -5 -10

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 méd.

Número do experimento n GPDM n TCA Fonte: BIOMIN

lactação durante um ou mais ciclos reprodutivos completos. O resultado mais pertinente desses experimentos a longo prazo foi a influência positiva do Digestarom® na fertilidade, conforme mostrado na Figura 1. A melhoria da fertilidade combinada com um número igual ou ligeiramente superior de leitões nascidos resulta em um ou dois leitões desmamados adicionais por porca por ano. A Figura 2 destaca os resultados de um experimento numa unidade com 10.000 porcas (dois rebanhos com cerca de 5.000 porcas cada uma) na qual a melhoria da fertilidade do rebanho com Digestarom® significou um menor descarte devido a falhas na reprodução. Os benefícios econômicos decorrentes da aplicação de AFR BIOMIN 13


ASPECTOS SOBRE FITOGÊNICOS E RENTABILIDADE REVELADOS POR DEZENAS DE EXPERIMENTOS EM SUÍNOS

Figura 4. Aumento da carne magra com Digestarom®

60,0

60

n

59,48

50

58,78

n

59,60

58,96

n

59,44

58,76

59,5

n

59,0

58,97

58,5

40

58,28

n

58,23

58,0 57,5

30

57,11

20

% de carne magra

% de suínos no grupo PV

70

57,0 56,5

10 0

56,0 <75 kg

75-85 kg

85-95 kg

95-105 kg

>105 kg

55,5

Grupo PC Fonte: BIOMIN

n Controle n Digestarom®

em porcas devem-se a vários fatores, incluindo a melhoria da fertilidade, o aumento do número de leitões desmamados por porca por ano, a melhoria da manutenção do desempenho e a redução das taxas de substituição. (Leia “Maximizing Sow Productivity using Phytogenics – A Nutritional Approach”.)

processos inflamatórios no tecido intestinal, estimulando em simultâneo um dos principais mecanismos de defesa celular, a via Nrf2 (Gessner et al., 2013).

Promoção do crescimento nos leitões

A diarreia não específica representa problemas para a saúde e o desempenho dos leitões. O Digestarom® P.E.P. liquid é um produto fitogênico especialmente desenvolvido para tratar a diarreia em leitões. Experimentos realizados na América Latina, na Europa e na Ásia indicaram que este produto fitogênico líquido utilizado como aplicação preventiva em leitões recém-nascidos tem o potencial para aumentar os pesos de desmame e reduzir a mortalidade pré-desmame, bem como a incidência de diarreia não específica em leitões, como se mostra nas Tabelas 1 e 2.

Analisando 14 experimentos comerciais realizados na China, nos EUA, no México, na Rússia, na Polônia, na França, na Alemanha e nos Países Baixos, observamos que a utilização de Digestarom® na ração para suínos desmamados/em crescimento resulta numa melhoria de sete por cento no ganho de peso e numa melhoria de mais de três por cento na conversão alimentar, em média (Figura 3). Estes dados foram obtidos parcialmente a partir de experimentos comparativos entre os antibióticos na ração e os fitogênicos. (Para uma abordagem adicional da comparação direta entre a promoção do crescimento através da aplicação subterapêutica de antibióticos vs. AFR nas dietas dos suínos, consulte “Proven Tools to Replace AGPs”.) A capacidade de o Digestarom® reforçar a promoção do crescimento deriva do seu modo de ação que envolve vários componentes. Há experimentos científicos que demonstraram que o Digestarom® melhora a digestibilidade dos ingredientes da ração, especialmente das proteínas brutas, em quase 10% (Maenner et al., 2011). A mesma publicação indicou a existência de um efeito de modulação na microbiota intestinal. Outros estudos científicos demonstraram que o Digestarom® consegue reduzir os 14 SCIENCE & SOLUTIONS

Combater a diarreia nos leitões

Melhorias do desempenho em suínos de terminação A BIOMIN realizou mais de 20 experimentos comerciais com Digestarom® em dietas para suínos de terminação na Ásia, na Europa e nos EUA, tendo comparado os resultados com (1) dietas sem outros aditivos, (2) dietas contendo antibióticos promotores de crescimento (AGP, antibiotic growth promoters) e, mais recentemente, (3) dietas contendo ractopamina. (Esta, embora esteja banida para suínos na UE e em partes da Ásia, ainda é permitida em certas regiões.) Os parâmetros de desempenho zootécnico, como o ganho de peso ou a eficiência da ração, foram os parâmetros BIOMIN


Figura 5. O Digestarom® melhora a distribuição das categorias de peso

14

Distribuição dos intervalos de peso (em %)

13

70-80 kg

80-90 kg

90-100 kg

> 100 kg

12

25,7

42,6

25,7

2,0

11

9,2

42,9

33,7

14,3

Número de animais

10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 > 62,5 65

67,5

70,0 72,5

75,0

77,5 80,0

Fonte: BIOMIN

82,5 85,0

87,5

90,0 92,5

95,0

97,5 100,0 102,5 105,0 107,5 110,0

n Controle n Digestarom®

mais frequentemente observados e registrados. Devido às diferentes configurações dos experimentos, aos ingredientes muito diferentes das rações e à grande variabilidade nos pesos iniciais, não é viável comparar diretamente os resultados dos experimentos. Contudo, as melhorias de 3,5% a 9% nos GPDM e as reduções de 2% a 6% nas TCA são comparáveis às observadas em leitões. Além dos parâmetros zootécnicos, a percentagem de carne magra, as características da carcaça, a qualidade da carne e a uniformidade dos animais têm um grande impacto na rentabilidade da fase de terminação dos suínos. Mesmo com uma ampla variedade de ingredientes para rações, em diferentes condições climáticas e com tecnologias de produção distintas, a utilização do Digestarom® em suínos de terminação demonstrou ser economicamente vantajosa para os produtores, proporcionando um retorno sobre o investimento médio de 3 – 7:1.

Destacando um exemplo específico onde esse aspecto foi observado, a Figura 5 mostra os resultados de um experimento comercial na Alemanha onde mais de 90% do grupo com Digestarom® se situou nas três categorias de peso mais elevadas, em comparação com menos de 75% no grupo de controle.

Conclusão Embora nem todas as normas para os experimentos científicos sejam cumpridas pelos experimentos comerciais, não se deve subestimar a importância destes experimentos para demonstrar o valor dos AFR em diferentes condições de produção, a diferentes níveis de produção e sob diferentes condições climáticas. Os experimentos comerciais em suínos nas várias fases de produção confirmam o valor do Digestarom® para os suinicultores em diversas regiões do mundo.

Mais carne magra nos suínos de terminação

Referências

A Figura 4 mostra um experimento comercial incluindo dez granjas austríacas que melhoraram as respectivas percentagens médias de carne magra em 0,81 pontos através da utilização do Digestarom®.

Gessner, D. K., Syed, B., Steiner, T. e Eder, K. (2013). Influence of a phytogenic feed additive on inflammatory processes in intestinal cells. Em: 5th European Symposium of Porcine Health Management, May 22–24, Edinburgh, UK, p. 145.

Melhorias da uniformidade nos suínos de terminação Infelizmente, a uniformidade do rebanho não foi registrada na maioria dos experimentos comerciais em suínos de terminação.

Maenner, K., Vahjen, W. e Simon, O. (2011). Studies on the effects of essential-oil-based feed additives on performance, ileal nutrient digestibility, and selected bacterial groups in the gastrointestinal tract of piglets. J. Anim. Sci. 89, p. 2106-2112. BIOMIN 15


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