INFORME PUBLICITÁRIO EDUCAÇÃO CONTINUADA
SEMPRE O MELHOR INVESTIMENTO Fazer MBA ou curso de especialização de alto nível é a forma mais inteligente de enfrentar o gap de talentos que coloca em risco o crescimento da economia brasileira
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ju vomero
EDUCAÇÃO CONTINUADA
EM BUSCA DOS ESTUDIOSOS PREENCHER CARGOS EXECUTIVOS ESTÁ CADA VEZ MAIS DIFÍCIL E A SAÍDA É INVESTIR EM QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
V
ocê certamente já está cansado de ouvir
de tecnologia. Apenas este ano, devem se formar
que a falta de engenheiros pode compro-
no estado de São Paulo 20 000 profissionais a
meter o desenvolvimento do Brasil. Não
menos do que as empresas precisariam para
se trata de um problema localizado. Nos últimos
manter o ritmo de crescimento atual, segundo
anos, companhias de praticamente todos os seto-
estimativa da Associação Brasileira de Empresas
res da economia têm tido dificuldade para atrair
de Tecnologia da Informação e Comunicação
mão de obra qualificada. O país vive uma crise
(Brasscom). Em outras áreas – como na de óleo e
de talentos, em que não há gente preparada em
gás e na indústria têxtil –, o cenário é similar.
volume suficiente para assumir os novos cargos
A situação fica ainda mais complicada quando
que têm sido criados tanto pelo crescimento das
os cargos são mais elevados. Se não há gente
empresas brasileiras quanto pela chegada de mul-
qualificada sequer para atender à base da pirâmi-
tinacionais. Exemplo claro dessa situação é o setor
de, nos postos de comando a defasagem tende a
ser ainda maior. “Vivemos um momento em que
empresas também têm um pouco de culpa nisso.
as empresas trocam muito de executivos e elas
Na hora de contratar, elas dizem valorizar essas
estão cada vez mais exigentes com o perfil do
questões, mas na prática reconhecem muito mais o
profissional que buscam”, diz Ricardo Camargo,
funcionário que se dedica exclusivamente aos pro-
consultor da área de recursos humanos. Por trás
blemas da companhia do que aqueles que dividem
desse problema, existe uma dificuldade muito
seu tempo entre trabalho e estudo”, afirma Camar-
grande de encontrar profissionais com o tipo de
go. O quadro, porém, está mudando. Segundo a
formação que as companhias desejam. “Para car-
Associação Brasileira de Treinamento e Desenvol-
gos de alto comando, por exemplo, ter MBA em
vimento (ABTD), as empresas brasileiras investem,
uma escola de ponta já é obrigação. As empresas
em média, 0,8% de seu faturamento anual em
estão de olho em profissionais que tenham mais
iniciativas de formação dos funcionários – o índice é
do que isso, como cursos voltados para decisões
próximo ao registrado nos Estados Unidos, onde se
estratégicas”, afirma Laís Passarelli, que trabalha
investe 1,1% das receitas em qualificação.
há 25 anos na seleção de executivos para postos de comando de grandes empresas.
CAPITAL INTELECTUAL A necessidade de contar com executivos mais qualificados tem relação direta com a competiti-
A necessidade das empresas brasileiras de contar com executivos mais qualificados está relacionada à competitividade internacional
vidade internacional. Em um cenário altamente O executivo que deseja se diferenciar no merca-
complexo, as companhias não buscam mais apenas executivos que tenham qualidades como
do de trabalho não deve esperar a ajuda da empre-
espírito de liderança e capacidade administrativa.
sa. Se ela vier, será bem-vinda, claro, mas, acima
“As empresas estão investindo cada vez mais
de tudo, é preciso ser proativo e buscar cursos que,
na questão do capital intelectual, porque essa
além de resolver lacunas de conhecimento, sejam
é a melhor forma de se enfrentar a competição
capazes de agregar ferramentas e contatos impor-
global. Um executivo com maior disponibilidade
tantes para os próximos passos que se pretende
para estudar normalmente tem a cabeça mais
dar na carreira. Não à toa, é cada vez mais comum
aberta para enfrentar os novos desafios que têm
o aluno pagar o curso de MBA do próprio bolso –
aparecido”, diz Celso Malachias, sócio diretor de
um investimento que pode chegar a 60 000 reais.
uma empresa de recrutamento de executivos.
Em geral, vale a pena. “Já está provado que, quanto
Em outras palavras, as empresas se deram conta
mais tempo o executivo estuda, maior tende a ser
de que, para ocupar uma posição de destaque
o salário dele, então essa é uma busca que deve
no mercado global, é fundamental contar com o
partir, sobretudo, do profissional”, diz Malachias.
apoio de gente que tenha um interesse contínuo
Pesquisas apontam que cada ano adicional de
em ampliar conhecimentos e abrir novos horizon-
estudo, após a graduação, contribui para engordar
tes, descobrindo caminhos e oportunidades de negócios inexplorados. Profissionais com tantos cursos e vontade de aprender ainda são peças raras no mercado e não é difícil ouvir gestores da área de recursos humanos reclamarem da quantidade de gente interessada em assumir posições de comando, mas que sequer fala uma segunda língua. “Muitas
“Hoje as empresas trocam muito de executivos e estão cada vez mais exigentes com o perfil do profissional que buscam” Ricardo Camargo, consultor de recursos humanos
o contracheque em até 40%.
REDE DE RELACIONAMENTOS Na formação ideal buscada pela maioria das empresas, conta muito a qualidade das escolas onde o executivo estudou. “Principalmente empresas multinacionais valorizam muito o profissional que fez uma pós-graduação em
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alguma das grandes instituições estrangeiras”, afirma Camargo. Mais do que uma boa marca no currículo, o que as companhias buscam ao contratar gente que tenha passado por instituições renomadas é alguém que tenha
40%
a mais por ano de estudo é quanto o salário pode aumentar
desenvolvido uma boa rede de relacionamentos e discutido, com outros executivos de ponta,
com o italiano Riccardo Barberis, que chegou
problemas latentes do mundo dos negócios. Para
ao país há dois anos para ocupar a presidência
se destacar, valem até mesmo os cursos de curta
de uma consultoria multinacional em gestão de
duração oferecidos pelas grandes faculdades
pessoas. Segundo Barberis, o bom momento
americanas e europeias. “Quem estuda fora
da economia brasileira é um fator que serve de
acaba conhecendo gente de diversas partes do
atrativo para executivos como ele, interessados
mundo e, mais do que amigos, essas pessoas têm
em sair de seus países de origem. “Os projetos
potencial para se tornar parceiros comerciais”, diz
que vêm sendo desenvolvidos no Brasil não são
Malachias. “Além disso, as empresas gostam de
de curto prazo e isso me deu uma perspectiva de
quem viu de perto o funcionamento de mercados
estabilidade futura na hora em que foi oferecida
mais maduros.”
essa posição”, afirma.
O número de executivos de outras nacionalidades trabalhando no Brasil é cada dia maior. Em
NOVOS CONHECIMENTOS
2012, o Ministério do Trabalho concedeu mais de
Se para os executivos que cogitam trabalhar
73 000 vistos para estrangeiros se estabelece-
no Brasil a robustez da economia é um grande
rem por aqui – 70% a mais que em 2009 (leia
atrativo, para as empresas que os contratam é a
quadro). As complexas regras para a concessão
experiência que faz a diferença. “Quem está lá
da autorização exigem que o profissional de fora
fora já teve acesso a técnicas e conhecimentos
do país assuma uma vaga que não pode ser pre-
que só estão chegando agora ao Brasil. Isso
enchida por um brasileiro. Foi o que aconteceu
é muito forte em áreas como tecnologia e
MBA FORA DO PAÍS AJUDA A INTERNACIONALIZAR A CARREIRA Estudar no exterior abre as portas do mercado global para profissionais brasileiros; além de valorizar o passe do executivo, experiência pessoal e familiar pode ser gratificante Com a maior internacionalização da economia brasileira, não é só o conhecimento acadêmico que conta. “A vivência também pesa muito. O ideal é o profissional morar um tempo fora do Brasil durante a graduação ou logo após. É uma experiência bastante enriquecedora, tanto em termos profissionais quanto pessoais”, afirma o coach de talentos Paulo Campos. Foi em busca dessa experiência – e com o objetivo de se qualificar para enfrentar novos desafios profissionais – que, em 2008, o engenheiro de telecomunicações Marcos Souza largou um ótimo emprego no Brasil e investiu as economias da família em um MBA de primeira linha no Canadá.
“No início, foi complicado, tinha que dedicar até 16 horas por dia aos estudos e ainda me adaptar a um novo país”, diz Souza. Seu esforço não tardou a ser recompensado. “Saí do MBA direto para uma das maiores empresas de tecnologia do mundo para atuar na área de desenvolvimento de negócios”, diz ele, que já recuperou o investimento no curso e hoje mora com a esposa e a filha de 4 anos em uma ampla casa próxima a Toronto. “Fazer MBA no exterior foi decisivo para minha valorização profissional e mudança na carreira, além de estar sendo uma experiência de vida muito rica”, afirma Souza, cuja esposa, Bianca, aproveitou a temporada no Canadá para fazer mestrado em Psicologia e hoje é executiva de recursos humanos de uma empresa líder global em ciência e inovação. Embora não tenha do que reclamar da vida no país, o casal faz planos de retornar ao Brasil dentro de dois ou três anos. Os motivos? “Saudade da família e do nosso berço cultural”, respondem em uníssono.
profissional tem algo que é muito valorizado, que
A CONCORRÊNCIA QUE VEM DE FORA
é a coragem do executivo de aceitar desafios”,
De 2009 a 2012, vistos de trabalho concedidos a profissionais estrangeiros aumentam 70%
diz Malachias. A busca por executivos no exterior – sejam eles brasileiros ou estrangeiros – indica que chegou a hora de encarar nosso gap de talentos. Ou esse problema é resolvido agora, ou o Brasil perderá o bonde da história, ficando para trás no mercado global. Importar profissionais qualificados é uma prática que pode até resolver a questão no curto prazo, mas não há garantias de
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o Brasil se mantenha tão interessante para os
70 524
executivos. Para não ficar dependente do cenário
56 006
internacional, empresas e executivos brasileiros
42 914 2009
que, com a recuperação da economia na Europa,
precisam urgentemente aprender uma lição que 2010
2011
2012
Fonte: Ministério do Trabalho
europeus e americanos já compreenderam há muitos anos: o investimento pesado em educação é o caminho mais rápido e seguro para o crescimento das pessoas e dos países.
mineração, mas tem se tornado comum em
APRENDER A EMPREENDER
empresas de quase todos os segmentos”, diz Laís.
Para as empresas, outro aspecto decisivo na busca por competitividade no cenário global é a
Um estudo recentemente divulgado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência
capacidade de inovar. Com isso, nos últimos anos
da República aponta que o país precisaria receber
os cursos de empreendedorismo vêm se multipli-
6 milhões de profissionais estrangeiros de alta
cando. Sua diferença para um MBA tradicional é
qualificação nos próximos anos. Embora soe exa-
o foco no desenvolvimento de uma ideia a partir
gerado – e muita gente acredita que de fato seja –,
do zero, o que inclui a elaboração de um plano de
o número dá uma dimensão do problema. Agora, o
negócios, a análise de pesquisas de mercado e
governo prepara uma política de incentivo à vinda
a definição dos diferenciais competitivos. Hoje, o
dessas pessoas, que vem sendo chamada de es-
perfil do aluno nos cursos de empreendedorismo
tratégia de atração de cérebros. Entre as medidas
não se restringe a gente que sonha em abrir o
que devem ser adotadas nos próximos meses está
próprio negócio. Como muitas empresas valorizam
a diminuição da burocracia para a contratação de
a criação de novos produtos e serviços, é comum
profissionais de fora do Brasil – hoje, o visto demo-
deparar com executivos que buscam desenvolver
ra até seis meses para sair.
EDUCAÇÃO COMO INVESTIMENTO Diferenças culturais e a dificuldade para aprender português também podem desestimular a contratação de profissionais estrangeiros para atuar no Brasil. Para as empresas, um caminho é repatriar brasileiros que foram trabalhar no exterior. “Além de ter tido experiência em outra cultura, esse
“Executivo que tem experiência internacional e vivência em outra cultura é valorizado pela coragem de aceitar desafios” Celso Malachias, sócio diretor de empresa de recrutamento de executivos
esse tipo de habilidade para se destacar dentro de suas organizações. “Por mais que não seja o foco inicial, um curso de empreendedorismo também ajuda as pessoas que têm esse objetivo”, afirma Marcos Hashimoto, fundador da Associação Nacional de Estudos de Empreendedorismo (Anegepe). “Começar um negócio novo dentro de uma empresa, mesmo que seja uma grande empresa, também é empreender.”
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N
ão há estimativas sobre o número de alunos matriculados em cursos de Master in Business Administration (MBA) no Brasil,
mas profissionais da área têm a percepção de que as salas de aula estão mais cheias a cada ano. “É um movimento natural. Tem muito mais gente se formando nas universidades brasileiras e, como apenas uma graduação costuma ser pouco para satisfazer as exigências do mercado de trabalho, o público potencial para os MBAs aumentou bastante”, afirma Mauricio de Queiroz, diretor da Associação Nacional de MBA (Anamba). Uma pesquisa conduzida pela QS/TopMBA, consultoria internacional especializada em cursos de negócio, revela que a demanda das empresas brasileiras por profissionais com esse tipo de formação cresceu 13% no último ano. Na América Latina, 38% dos formandos em MBA conseguem novos empregos pouco tempo após a conclusão do curso. O movimento é global: com o passe valorizado, muitos profissionais conseguem duplicar ou triplicar o salário. No Brasil, de acordo com a
ju vomero
QS/TopMBA, o salário médio anual de quem conclui os melhores cursos é de 130 000 reais. Com perspectivas tão animadoras, é importante que a escolha do MBA seja feita com cuidado,
COMO ESCOLHER O SEU MBA
para que o investimento realmente traga os resultados esperados. Em meio a tantas opções – estima-se que existam mais de 13 000 cursos em funcionamento no país, sem contar as opções internacionais –, fica difícil tomar uma decisão. “A primeira coisa a ser feita é olhar para o histórico da instituição. Se é uma escola reconhecida no mercado, com cursos tradicionais nas áreas de administração e gestão, que atua próximo a grandes empresas e que tem professores gabaritados, é um ótimo começo”, afirma Queiroz.
BRASIL TEM CERCA DE 13 000 ESCOLAS DE NEGÓCIO; PARA NÃO ERRAR, ALUNO DEVE OPTAR POR CURSO QUE VÁ AO ENCONTRO DOS SEUS OBJETIVOS
Ninguém discute que ter um diploma de MBA no currículo é um passo importante para trilhar uma carreira de sucesso no mundo dos negócios. Mas quais são os objetivos específicos que levam homens e mulheres em plena atividade profissional a dedicar dois anos da vida aos estudos? Em geral, jovens executivos buscam novos conheci-
mentos e profissionais mais tarimbados desejam se reciclar. Já empreendedores ou gestores de
TRÊS PASSOS PARA UMA DECISÃO SEGURA
pequenas e médias empresas têm como meta profissionalizar a administração dos negócios. Ampliar a rede de relacionamentos é um objetivo
Faça a lição de casa e informe-se antes de optar por seu MBA
comum a praticamente todos os alunos que se matriculam em um curso de gestão de alto nível.
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OBJETIVOS CLAROS “Eu sempre quis voltar a estudar, mas me ques-
PESQUISE
tionava se o investimento valia a pena, até porque não ter o MBA nunca me atrapalhou na carreira, não me impediu de crescer nas empresas. Sempre pensei, o que isso vai agregar?”, afirma a economista Carla Ribeiro, que tem 14 anos de
Cada aluno deve avaliar se faz mais sentido optar pelo MBA generalista ou por curso com foco em determinada área
Com a popularização dos MBAs, aumentou muito o número de instituições que oferecem esse tipo de curso. Por isso é muito importante pesquisar o histórico da escola e descobrir se ela é reconhecida e respeitada no mercado
2
ANALISE experiência no mercado financeiro e no varejo e
Depois de selecionar as melhores escolas, é hora de analisar o que cada uma pode oferecer. Conhecer o currículo e o corpo docente ajuda a descobrir se aquilo que você vê como necessidade vai ser atendido pelo curso
começou um conceituado MBA em varejo no início do ano. “Não me arrependi do investimento”, diz ela sobre os 45 000 reais que desembolsará em dois anos de aulas. Sua opção pelo curso foi bem planejada. “Gosto de varejo, é uma área muito dinâmica que, com o crescimento da classe C, concentrará muitas oportunidades interessantes no curto e médio prazo”, diz Carla.
3
É essencial ter clareza sobre o que um diploma de MBA pode proporcionar e se isso está de
CONVERSE
acordo com os objetivos de cada profissional. No Brasil, além dos MBAs “tradicionais”, generalistas, as escolas oferecem diversos cursos com foco específico, como MBAs em gestão ambiental, negócios da moda, gastronomia ou gestão bancária, entre outros. Há inclusive escolas que acabam se especializando em um nicho específico. “Notamos um mercado de grande expansão, com potencial de crescimento e resolvemos focar nele”, diz Roberto Miranda, que coordena cursos de MBA voltados para a gestão de negócios de luxo.
“Eu sempre quis voltar a estudar, mas me questionava se o investimento valia a pena, até porque não ter o MBA nunca me atrapalhou na carreira”, Carla Ribeiro, economista, cursa MBA em varejo
Quem já teve aulas na instituição é quem mais pode ajudá-lo a descobrir a qualidade do curso. Conversar com alunos e ex-alunos é fundamental para ter certeza de que não haverá surpresas negativas
Fontes: Anamba e consultores
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ju vomero
EDUCAÇÃO CONTINUADA
CURRÍCULO CUSTOMIZADO
CRESCE DEMANDA POR CURSOS DE EDUCAÇÃO CONTINUADA FEITOS SOB MEDIDA PARA AS EMPRESAS; MBA IN COMPANY É NOVA TENDÊNCIA
A
lgumas empresas têm necessidades tão
que deseja investir na formação interna de seus
específicas para a qualificação de suas
empregados. Um modelo que vem ganhando força
equipes que é difícil encontrar cursos no
nos últimos anos é a parceria com grandes cursos
mercado que justifiquem o investimento. Nesses
de administração para o desenvolvimento de pro-
casos, uma saída interessante é a criação de pro-
gramas sob medida. Chamada de MBAs in com-
gramas sob medida para reforçar as competências
pany, essa modalidade é oferecida por diversas
que cada empresa considera mais relevantes.
instituições de ensino da área de negócios, inclu-
Treinar o próprio pessoal não é bem uma novida-
sive as mais tradicionais – a Associação Nacional
de. Empresas de todos os portes e setores sempre
de MBA (Anamba) estima que cerca de 30% dos
fizeram isso. O que tem acontecido nos últimos
cursos oferecidos no país sejam personalizados.
anos, porém, é a mudança de foco. Em vez de
No MBA in company, a escolha do currículo é
buscar a melhora do desempenho em tarefas
feita em conjunto entre a empresa e a escola, po-
específicas, os cursos desenvolvidos dentro das
dendo haver a criação de disciplinas específicas
companhias agora visam ao desenvolvimento de
para aquele curso ou simplesmente uma combi-
competências em geral. “As empresas não estão mais preocupadas em resolver questões pontuais. Elas pensam a longo prazo, na formação e no desenvolvimento de lideranças”, diz Marcos Baumgartner, diretor executivo da Associação Brasileira de Educação Corporativa (AEC Brasil). Existem vários caminhos para uma empresa
30% dos MBAs oferecidos no Brasil são do tipo in company e atendem às necessidades de cada empresa
nação diferente entre as aulas que já são oferecidas pela instituição em seus cursos normais. O estudo e a discussão de casos realmente ligados ao dia a dia de cada empresa são as vantagens que fazem com que a opção pelos cursos desenhados sob medida seja mais interessante em muitas situações. “O problema é que fica faltando
um aspecto importante para os alunos, que é o relacionamento com gente que tem experiências em outras áreas e empresas”, afirma Maurício de Queiroz, diretor da Anamba.
Um MBA sob medida não deve levar em conta apenas o custo das aulas, pois isso pode comprometer a qualidade do programa
O custo desses MBAs sob medida varia conforme o currículo montado pela empresa e o tempo de duração do curso. “Conforme a escolha
em seu lugar tem entrado a preocupação com as
do currículo e o número de alunos, o custo acaba
competências”, diz o diretor da AEC Brasil.
se diluindo”, diz Baumgartner. “Só é preciso estar
As universidades corporativas – muito comuns
atento para fazer parcerias com escolas que
em empresas de grande porte em setores como
tenham professores supergabaritados, para que
o financeiro e o de serviços – têm a vantagem
o investimento realmente seja proveitoso.” Outro
adicional de poder ser estendidas para o público
ponto de atenção é não fazer escolhas pensando
externo, como funcionários de empresas parceiras.
exclusivamente no investimento que terá que ser
Uma pesquisa realizada pela professora Marisa
feito, uma vez que isso pode acabar comprome-
Eboli, especializada em educação corporativa,
tendo a qualidade do treinamento.
apontou que um terço desses cursos atendem outros públicos além dos empregados das próprias
UNIVERSIDADES CORPORATIVAS
empresas. “É uma forma de ajudar na formação
Outra saída para quem deseja investir na forma-
de quem vai lidar com os produtos da empresa”,
ção interna dos profissionais é a criação das cha-
afirma Baumgartner. Investir em educação corpo-
madas universidades corporativas. Normalmente,
rativa também é uma forma de reter talentos. Não
esse tipo de estrutura envolve cursos e aulas em
é por outro motivo que, segundo uma pesquisa da
uma série de competências que o funcionário e
Associação Brasileira de Treinamento e Desenvol-
seus gestores vão escolhendo conforme conside-
vimento (ABTD), as empresas brasileiras gastam
ram mais interessante para o desenvolvimento da
3,6% de suas folhas de pagamento na capacitação
carreira daquela pessoa. “A avaliação de desem-
dos funcionários – média superior à verificada nos
penho com base em tarefas tem saído de cena e
Estados Unidos (leia quadro).
EDUCAÇÃO CORPORATIVA NO BRASIL E NOS EUA As empresas brasileiras investem maior percentual da folha de pagamento em educação e treinamento de funcionários do que as companhias americanas
FOLHA DE PAGAMENTOS
MÉDIA POR TREINANDO
BRASIL
3,6%
3 600 reais
horas
EUA
2,2%
2 400
46
reais
TREINAMENTO POR FUNCIONÁRIO AO ANO
46
horas
Fonte: Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e American Society for Training & Development (ASTD)
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ENSINANDO E APRENDENDO COM O AUMENTO DO NÚMERO DE FACULDADES NO BRASIL, MUNDO ACADÊMICO SE TORNA OPÇÃO VIÁVEL DE CARREIRA PARA EXECUTIVOS
F
oi-se o tempo em que dar aulas em
se sentindo e sendo úteis por muito tempo”, diz
faculdades era visto no meio corporativo
Ana Maria. A questão salarial, que já foi desestí-
apenas como um hobbie. Com a explosão
mulo por muito tempo para quem pensava em dar
de cursos superiores no país (leia quadro), muitas
aula, começa a mudar. Hoje, praticamente todas
instituições têm buscado professores entre
as grandes instituições de ensino possuem planos
executivos com grande experiência no mercado.
de carreira e, conforme o professor consegue
“É um tipo de profissional muito valioso, já que
novos títulos acadêmicos, como doutorado e ou-
ele tende a dar uma visão muito mais prática da carreira para os alunos”, afirma Ana Maria Sousa,
Para alguns executivos, trocar a rotina corporativa pelo ambiente acadêmico pode proporcionar mais qualidade de vida
vice-presidente acadêmica de um dos maiores grupos de educação superior do país. “Ele soma o conhecimento acadêmico com uma experiência diária que o professor que sempre se dedicou
tras especializações, seu salário aumenta. “Quem
somente às aulas não teve como adquirir.”
deseja fazer uma transição completa da carreira
Profissionais do mercado que resolveram investir na carreira acadêmica apontam que
de executivo para a academia pode se preparar
a escolha acabou se refletindo positivamente
para isso sem grandes preocupações quanto a
também na condução dos negócios. “Tenho que
uma queda no salário”, afirma Ana Maria. Hoje dar aulas se tornou uma opção atraente
me dedicar à preparação de aulas e desfruto uma troca constante com os alunos, o que muitas
para executivos. Com isso, saem ganhando os
vezes me ajuda a encontrar soluções para os
professores, as faculdades, as empresas e, princi-
problemas com que me deparo no dia a dia”,
palmente, os alunos, que passam a ter uma visão
afirma Wagner Villalva, executivo da área contábil
muito mais real do que enfrentarão no futuro, no
de uma multinacional do setor químico. “Resolvi
cada vez mais disputado mercado de trabalho.
investir nessa carreira paralela porque sempre tive paixão pelo estudo”, diz ele, que dá aulas em faculdades quatro vezes por semana.
MERCADO EM ALTA PARA PROFESSORES 993 faculdades foram inauguradas nos últimos dez anos
NOVAS PERSPECTIVAS A atividade acadêmica é uma excelente forma de se manter ativo após a aposentadoria – diversas companhias ainda contam com cláusulas estatutárias que impedem o executivo de trabalhar após certa idade. “Vemos muitos professores que, depois de se aposentar de suas carreiras nas empresas, aumentam o número de aulas e seguem
1 637 2002
2 013
2004
2 270
2 252
2 378
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2 628
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Fontes: Ministério da Educação e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
inovação
investimentos
tecnologia
gestão
negócios
logística
ju vomero
marketing
pesquisa
uma grande instituição internacional no currículo.
finanças produtos
recursos humanos
serviços sustentabilidade
comunicação
comercial
administração
Com as facilidades de transmissão de vídeo pela internet, hoje todas as grandes faculdades e universidades dos Estados Unidos e da Europa oferecem versões digitais de programas nas mais variadas áreas. “É uma ótima escolha para quem quer fazer cursos mais curtos ou direcionados, como os que focam em uma ferramenta específica de gestão”, diz Genesini.
TED: AO ALCANCE DE TODOS
OPÇÕES ONLINE
Para quem não está preocupado com certificados,
HÁ BOA OFERTA DE CURSOS NO BRASIL E NO EXTERIOR PARA ESTUDAR SEM SAIR DE CASA
disponibilizam algumas de suas aulas na internet.
há boas opções que não custam nada – no Brasil e no exterior. Grandes universidades americanas, como Harvard e Yale, por exemplo, Há cursos para diversas áreas do conhecimento, desde administração e economia até psicologia e literatura, sempre com professores ou
M
pesquisadores de primeira linha.
até uma escola duas ou mais vezes por semana.
realiza conferências no mundo todo. As palestras
Há também profissionais que moram em cidades
são ministradas por personalidades, como Al
uitos executivos já notaram a importân-
Outra fonte de conteúdo gratuito e de quali-
cia da educação continuada, mas não
dade são as palestras promovidas pelo TED, uma
têm tempo o suficiente para se deslocar
organização americana sem fins lucrativos que
que não oferecem opções de seu interesse. Nes-
Gore e Bono Vox, e por gente desconhecida, mas
ses casos, a melhor saída é o ensino a distância.
com uma boa história para contar. Depois essas
Hoje, os principais cursos do Brasil e do exterior
conferências são traduzidas para diversas línguas,
já possuem suas versões digitais, o que possibilita fazer MBAs e outras especializações de grande impacto no currículo sem ter que tirar um período sabático para estudar no exterior ou se ver obrigado a sair mais cedo do escritório para chegar
Universidades americanas de primeira linha, como Harvard e Yale, têm cursos gratuitos sobre os mais variados assuntos
a tempo da aula. “A busca por qualidade de vida faz com que boa parte dos executivos matricu-
inclusive o português, e ficam disponíveis na pá-
lados nos MBAs a distância das grandes escolas
gina do TED na internet. Limitadas a 18 minutos,
paulistas seja de São Paulo mesmo”, afirma André
as apresentações falam dos mais variados temas,
Genesini, consultor especializado em ensino a
como tecnologia, entretenimento, design, ciências
distância. Segundo ele, não deve haver motivo
e tendências globais. No site é possível fazer
para se preocupar com a qualidade desses cur-
buscas pelo nome do palestrante, por tema, data
sos. “Instituições que dão boas aulas presenciais
em que a apresentação foi realizada e até pela
também se destacam nos cursos a distância.”
duração do vídeo. Uma boa dica é olhar as apre-
Os cursos a distância são também uma excelente oportunidade para contar com o nome de
sentações em destaque na página inicial, onde sempre há sugestões surpreendentes.