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OM PRIMEIRA PALAVRA
* OM PRIMEIRA PALAVRA * por Ken O’Donnell
Teorias, crenças e desculpas
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Praticamente todas as nossas crenças populares ainda são apenas teorias
- Que somos os descendentes dos macacos; - Que nossos ancestrais eram habitantes de cavernas; - Que o universo começou com um big bang ou por algum ato divino; - Que tal e tal fundador de uma religião é o único representante legítimo da verdade; - Que todos nós somos iguais; que a violência é natural para o ser humano.
A lista de nossas crenças em nível pessoal continua... As crenças sobre o que pode nos fazer felizes são em sua maioria um monte de premissas, baseadas mais na esperança do que em uma percepção real do mundo e de nossos relacionamentos.
As teorias não são verdades absolutas. Um bom exercício seria percorrer nossas teorias convenientes, porém basicamente infundadas, sobre crenças e reescrevê-las:
- Meu marido, esposa é ... - Minha religião, minha raça, minha cultura é melhor do que... - Eu não consigo mudar... - Eu sou preguiçoso demais...
* OM PRIMEIRA PALAVRA * por Ken O’Donnell
O que temos que fazer é aprender a explicar honestamente quaisquer falhas que possamos ter.
Nenhuma crença ou teoria é fixa para sempre. Se pudéssemos realmente ir a um nível mais profundo de percepção, provavelmente as mudaríamos. Se tivéssemos o poder, também seríamos capazes de ver como as desculpas são as principais armas de nossas premissas instáveis e como as desculpas realmente bloqueiam a verdade.
Recentemente, encontrei uma frase de uma fonte anônima: “As desculpas são ferramentas de incompetência. Elas constroem pontes para o nada e monumentos do nada”. Eu iria um passo além e sugeriria que as desculpas são mentiras maiores e menores para escapar da responsabilidade, do constrangimento ou da realização da extensão de algum mau hábito. O que temos que fazer é aprender a
explicar honestamente quaisquer falhas que possamos ter.
Comi essa terceira fatia de pizza porque queria agradar à pessoa que a fez. Não. Realmente o fiz por causa da gula não mitigada.
Eu não me levantei esta manhã para minha prática de meditação porque ontem tive um dia difícil. Na realidade, eu realmente não me levantei por causa da pura preguiça.
A frase, sei que tive que fazer X, mas fiz Y por causa de..., só é real se o Y era tão importante ou inevitável que eu não podia fazer mais nada. Não deveria ser uma tentativa fuleira de evitar a vergonha ou a revelação de minha incompetência.
Se eu me tornar um especialista em arranjar desculpas, duas coisas acontecerão:
- Vou começar a acreditar nelas. - O verdadeiro autoprogresso vai parar.
Se eu continuar sempre dando desculpas, então raramente conseguirei algo que valha a pena.
Se eu aprender a esclarecer honestamente o que realmente acontece, aprenderei com isso, manterei meu autorrespeito e realmente contribuirei para um eu melhor e um mundo melhor. *
Ken O’Donnell é praticante e professor de meditação há mais de 40 anos. É autor de 18 livros sobre desenvolvimento pessoal e de organizações. Atua profissionalmente como consultor internacional nas áreas de planejamento e gestão. É Coordenador da Brahma Kumaris para a América do Sul.