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OM ATITUDE
* OM ATITUDE * por Maureen McCaldin
ATITUDE NOS RELACIONAMENTOS
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Texto retirado e traduzido do Blog BK Inspired Stillness
Nossa atitude cria nossa percepção do que está acontecendo nos nossos relacionamentos e em nossa vida. Se tenho a atitude de que algo é irritante, sempre encontrarei algo irritante no comportamento dessa pessoa, de modo que minha atitude é um enquadramento mental que determina minha experiência do relacionamento. Essa atitude de irritação vem do ego. A atitude do ego é de egoísmo e se baseia nos eventos de vida limitados nesse mundo físico; enquanto a atitude de um anjo, nossa identidade verdadeira, é benevolente e altruísta, de doar e aceitar os outros como são, e estar ciente do quadro maior além dos eventos do mundo físico – a história do drama.
Relacionamentos
Todos são anjos?
Todos nós somos almas e, portanto, seres angélicos que têm as adoráveis qualidades da alma – paz, amor, felicidade. Esse entendimento nos capacita a apreciar a beleza natural da identidade verdadeira de todos.
Drama da vida
De onde vêm nossos gostos e desgostos?
Os gostos e desgostos pessoais vêm quando o ego apenas vê o papel que o outro está desempenhando e não vê o ser angélico/ alma. Numa peça de teatro, podemos gostar de Cinderela e não gostar das Irmãs Más, mas os atores não são esses papéis que estão desempenhando. Do mesmo modo, nós, as almas, somos todos atores desempenhando nossos papéis nesse drama da vida. De modo que nós, as almas-atores, podemos ter uma atitude de aceitação em relação a todos porque entendemos que cada alma está desempenhando seu papel acuradamente e o papel que elas estão desempenhando não é quem elas são.
* OM ATITUDE * por Maureen McCaldin
Opiniões do ego De onde vêm as opiniões?
Nós criamos uma estrutura de crenças a partir de todas as influências externas que experimentamos, a partir da cultura na qual crescemos. A maioria das pessoas são influenciadas por seus pais, seu grupo de pares e outras coisas como a mídia. A partir desses sistemas de crença, vêm as opiniões. Os gostos e desgostos são opiniões do ego. As opiniões não são a verdade porque podem mudar (e a verdade é o que não muda). Também, os outros podem desgostar daqueles que gostamos e gostar daqueles de quem não gostamos. Quem está certo?
Expectativas do ego O que eles são?
As expectativas são uma forma de desejo. O ego tem a atitude de que as pessoas com as quais interage deveriam preencher suas expectativas que são geralmente centradas em como o ego gostaria que o outro fosse. O ego cria apegos com a atitude de que “eu amarei você, mas apenas se você me amar.” O ego dará amor apenas com a expectativa de que receberá amor, pois precisa de afirmação constante de que é digno de ser amado. Se o amor não é retornado, o ego procurará em outra parte ou se vingará de que alguém não está retornando o seu amor, por exemplo, recusando-se a falar com o outro por uma semana ou mais. O mesmo se aplica ao respeito. O ego cria expectativas de que receberá respeito dos outros e depende de receber esse respeito para ajudá-lo a parecer digno.
Consciência
Onde se encontra o seu poder?
Quando criamos uma dependência de expectativas, ou seja, nossa felicidade se tornou dependente de um outro, damos ao outro nosso poder de experimentar felicidade. É como se o ego estivesse sinalizando que todos lá fora são responsáveis pela nossa felicidade quando na realidade, todos sabemos que apenas nós mesmos somos responsáveis pela nossa felicidade – ninguém nos torna infelizes. Nós sempre temos de voltar ao entendimento de quem realmente somos, a alma-ator eterna desempenhando um papel no drama da vida. O papel não é quem somos, mas o ego assumiu o controle do nosso senso de “eu” e colocou esse senso de “eu” nos papéis que desempenhamos. Consequentemente, podemos ficar presos em relacionamentos no drama e nos tornar dependentes deles. Quando despertamos e entendemos que somos seres espirituais e não um papel no drama, compreendemos que o amor serve aos relacionamentos e não o ego.
Clarice Lispector
Atitude pode ser definida como uma predisposição interna, que determina a nossa percepção, e por consequência, a forma como interagimos com as diversas situações e pessoas que encontramos nessa jornada da vida.
Uma forma fácil de entendê-la é descrever a atitude como as lentes através das quais vemos o mundo. Se as lentes são cor de rosa, tudo à nossa volta será colorido. Se as lentes são pretas tudo vai parecer sombreado.
Atitude é a semente que uma vez plantada pode nos dar o fruto correspondente. Se a atitude é negativa, dificilmente o resultado será felicidade, leveza, sucesso. E se a predisposição interna frente à uma situação é positiva certamente haverá aprendizado, aquisição, cooperação, superação, humildade, conquista.
Também podemos afirmar que a atitude está diretamente relacionada às escolhas que fazemos. Não apenas escolhas externas, mas escolhas internas. Podemos escolher atuar a partir de velhos traços de personalidade ou hábitos que
* MATÉRIA DE CAPA * por Patrícia Carvalho
tendem a nos aprisionar em resultados limitados, tingidos de passado, carregando consigo rancor, medo, insegurança, ou podemos escolher agir fora da caixa, treinar novas maneiras de ser, acionar novos espaços internos, mais arejados, impregnados de novidade, de criatividade, e estarmos assim abertos para que novas experiências surjam. Podemos escolher aplicar um ponto final ao segundo que acabou de passar e começar a escrever uma nova linha a cada nova palavra no horizonte da vida. Fica fácil estabelecer a relação entre atitude e relacionamentos. Primeiro, porque atraímos pessoas e situações a partir da nossa energia mental. E se nossa energia flui com leveza e liberdade, seremos capazes de atrair pessoas que estejam vibrando na mesma polaridade, ou que tenham isso como meta, e talvez se aproximem de mim para também se libertarem do passado. Logo, podemos afirmar que atraímos ao nosso convívio a companhia que quisermos. E se sentimos que precisamos mudar de companhia, uma boa idéia é começar a mudar a si mesmo. Você é o imã.
Depois, uma atitude positiva, de aceitação e não julgamento cria um ambiente favorável para que não apenas as outras pessoas possam expressar o melhor de si mesmas, ou seja, aquilo que elas realmente são, e que tem um valor inestimável, permitindo também que você encontre o seu propósito. Aquilo que é singular em você e que nunca vai se manifestar enquanto você tentar ser alguém que você imagina que irá agradar alguém mais.
Uma outra atitude saudável nos relacionamentos é o respeito pela individualidade alheia. Podemos compartilhar momentos de nossa vida, mas a jornada de cada um é in-
dividual. Não possuímos ninguém, e libertar-se de dependências também garante o fluxo. Nesse caso, ter a clareza de que sou o suficiente.
E não poderíamos deixar de mencionar a atitude de resiliência. Capacidade de levantar-se de novo, não importa qual tenha sido a situação que derrubou você. Levantar-se de novo sem desconectar-se de seu valor, de sua singularidade, de sua beleza original, de sua essência, de sua doçura.
Ou como dizem:
“Hay que endurecer-se, pero sin perder la ternura jamás”. Che
Outros ingredientes importantes para manter relacionamentos saudáveis são: a cooperação – quando ajudo o outro , ganhamos todos, crescemos juntos – a apreciação, identificar a singularidade de cada um, fé, a convicção na benevolência, empatia, ferramenta de conexão, confiança, a capacidade de nunca questionar as intenções do outro.
Importante mencionarmos que atitude é uma prática, um ato, uma resposta, uma postura frente à vida. Atitude é ativa, e por isso transformadora. Transforma minhas possibilidades, abre caminhos em direção à plenitude de ser.
E ainda mais importante: Nunca é tarde para recomeçar. A hora *é agora.
Patrícia Carvalho é cirurgiã-dentista, praticante de meditação Raja Yoga há 30 anos.