J o r n a l d o R i o Ve r m e lh o –
u m a p u b l i c a ç ã o d a A M A R V – S a l v a d o r , B a h i a – A b r i l d e 2 0 13 – a n o I I n ú m e r o 4
Foto: Edgard Carneiro
O verão deixa saudades!
P
ara quem curtiu nossas praias, teve de tudo. Do relaxamento nas areias ao agito dos esportes. A febre do stand-up paddlle e o baba na Paciência; o frescobol e o salãozinho no Buracão (uma das mais frequentadas do verão de Salva-
dor); as ondas para os surfistas, na Sereia e Torrefação; e as águas profundas para os mergulhadores em todo o litoral. Para os baianos e turistas, nossos festejos e manifestações culturais, principal-
mente a Festa de Yemanjá (destaque desta edição). Para todas as tribos, a boemia democrática, de todos os espaços e horas acompanhada da excelente gastronomia que o bairro oferece.
O curtir do pôr do sol, lindo de se ver e fotografar, tudo isso regado ao sabor de um tabuleiro de acarajé das nossas melhores baianas. Realmente, o verão do Rio Vermelho deixa saudades.
Pags. 5 a 7
Foto: Manu Dias/Secom–BA
Foto: Divulgação
Foto: André Avelino
Foto: Darío Guimarães Neto
O momento mais esperado do futebol baiano, sem esquecer o passado.
Homenagem ao mestre do desenho pela passagem dos 90 anos do seu nascimento. Floriano Teixeira – Pag. 4
Centenário da Paróquia de um dos bairros mais católicos de Salvador.
A Galeria do Artista traz uma pessoa apaixonada pelas artes, pela Bahia, falando sobre cultura e nosso bairro. Aninha Franco – Pag. 12
Arena Fonte Nova – Pag. 3
Paróquia de Sant’Ana – Pag. 10
Notas da AMARV
EDITORIAL
N
esta edição, uma lembrança do verão do Rio Vermelho. Nossos festejos e manifestações com destaque para a nossa maior festa: a de Yemanjá. Verão que deixou saudades. A boemia do dia a dia, o lazer, principalmente nas nossas praias, com destaque para o Buracão, que foi indicada como uma das mais frequentadas de Salvador com seu clima cool, refúgio de artistas, intelectuais e da gakera jovem.
representado por Carmela Talento; e da Colônia de Pesca Z-1, Marcos Antonio Souza. Vale lembrar que, no ano passado, a AMARV precisou dar entrada em uma representação junto ao Ministério Público, que foi acatada em juízo.
Operação Tapa Buracos
Uma homenagem a Floriano Teixeira, esse maranhense que adotou o Rio Vermelho de cavalete e tudo, na passagem dos 90 anos do seu nascimento, da sua vida e trajetória artística. Uma matéria sobre o novo equipamento multiuso, a Arena Fonte Nova e um pouco da história desse espaço. Comemorações do Centenário da Paróquia de Nossa Senhora Sant’Ana do Rio Vermelho e o forte catolicismo do bairro. Dentro da paróquia, os 70 anos de fundação da Escola Medalha Milagrosa, que vem contribuindo com o saber de várias gerações. O personagem do Rio Vermelho é Cacau do Pandeiro, esse músico de pandeiro e mão cheia. A Galeria traz a artista Aninha Franco que enriquece esta edição com a sua entrevista. Sentamos no Restaurante Casa de Tereza e batemos um papo com a sua proprietária e chef, Tereza Paim, sobre cultura e gastronomia, e ela nos apresentou a deliciosa moqueca Trilogia do Mar, que é o Prato Quente dessa edição. Ainda nesta edição, um balanço sobre as ações da AMARV e o melhor para o Rio Vermelho.
Delimitação dos bairros de Salvador A AMARV encaminhou ofício ao prefeito ACM Neto, assinado por seis representantes de entidades (AMARV, Colônia de Pesca Z-1, Conselho de Segurança, Blog do Rio Vermelho, Associação de Moradores do Barro Vermelho, Associação da Fonte do Boi), solicitando solução na definição dos limites de bairros de Salvador, conforme estudo denominado “Delimitação dos Bairros e das Bacias Hidrográficas de Salvador”, realizado por uma equipe interdisciplinar da UFBA, IBGE, Conder, SMA e outros órgãos do governo municipal e do estadual. É fundamental que tenhamos uma base territorial confiável e dados consistentes sobre a população, para que tenhamos um planejamento mais eficaz dos bairros. Estamos aguardando.
Boa leitura!
Trios e carros de som fora da Festa de Yemanjá
EXPEDIENTE CONSELHO EDITORIAL – José Sinval Soares – André Avelino de Souza Ferreira – José Mário de Magalhães Oliveira – Wanderley Souza Fernandes – Carmela Talento – Marcos Antonio Pinto Falcão Jornalista Responsável – José Sinval Soares – MTE 1369 Revisão – Carlos Amorim – DRT/BA 1616 Projeto Gráfico e Editoração – Dendê Comunicação Tiragem – 7.000 exemplares Impressão – Gráfica Press Color Contato – falecomamarv@gmail.com DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Esta é uma publicação da Associação dos Moradores e Amigos do Rio Vermelho – AMARV. Fotos e artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.
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(71) 9158-8000 / 9667-9666 / 8164-7144 / 88492674
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rua; erosão na encosta da quadra de esportes da Paciência; cratera no muro de contenção da Rua Borges dos Reis (ao lado do SESI); e erosão acentuada no Morro da Paciência, defronte à praia. • Demolição da estrutura inacabada do edifício da Rua Feira de Santana no Parque Cruz Aguiar, que espera solução desde a década de 70. A título de esclarecimento, informamos que o referido imóvel foi objeto de desapropriação pela Prefeitura
O número anterior com a homenagem as nossas baianas teve grande repercussão, o que muito nos gratifica. Agradecemos o apoio dos comerciantes e empresários do bairro por acreditarem no projeto do Jornal do Rio Vermelho, e você, leitor, observe também os nossos anúncios publicitários.
Lauro Alves da Matta Júnior Presidente da AMARV
o passeio de pedestres, levando junto o asfalto da
O Rio Vermelho foi um dos primeiros bairros contemplados com a Operação Tapa Buracos, dentro do cronograma elaborado pela prefeitura, que leva asfalto para ruas e avenidas de Salvador. Não é o ideal para algumas vias do bairro que, de tão esburacadas, necessitam de recapeamento total, mas já é um bom começo.
Audiência com prefeito ACM Neto
desde 13 de julho de 1990. • Pintar 17 faixas de pedestres que estão praticamente apagadas, causando riscos para pedestres e motoristas. (Foi enviada uma relação de locais em que se encontram). • Requalificar a Praça da Mariquita com a reforma das calçadas e do estacionamento, instalação de bancos, projeto paisagístico e substituição dos sombreiros. • Elaborar projeto para reordenação e melhoria do trânsito nas principais ruas do bairro, com atenção redobrada para a área do Parque Cruz Aguiar e implantação de Zona Azul em horário noturno.
Para expor e tratar de questões pertinentes ao bairro do Rio Vermelho nos seus diversos macroambientes, foi solicitada uma audiência com o Prefeito ACM Neto, por meio de ofício encaminhado pela AMARV, assinado conjuntamente com as entidades: Colônia de Pesca Z-1; Conselho Comunitário e de Segurança do Rio Vermelho e Ondina; Associação do Barro Vermelho; Associação da Fonte do Boi, Blog do Rio Vermelho, ONG Cipó Comunicação Interativa, Bloco Palhaços do Rio Vermelho, Bloco Amigos do Rio Vermelho, Centro Cultural, Recreativo e Escola Bando Lero-Lero; e Sitorne Estúdio de Artes Cênicas.
Obras emergenciais no bairro
• Realizar a cobertura do Rio Camurugipe no trecho da Av. Juracy Magalhães Júnior (Rua do Canal) entra a Praça da Mariquita e a Embasa, com todas as obras necessárias à modificação viária para melhoria do fluxo de trânsito e proporcionar mais área para estacionamento de veículos. • Realizar o “banho de luz” substituindo as lâmpadas de vapor de sódio por metálicas nas seguintes vias do bairro: Av. Juracy Magalhães Júnior e ruas da Paciência, Guedes Cabral, Profª Almerinda Dutra, Borges dos Reis, Odilon Santos, Fonte do Boi, Osvaldo Cruz e João Gomes. • Reordenar e organizar a ocupação das calçadas invadidas por mesas e cadeiras, sem deixar espaço para o fluxo de pedestres. • Transferir as quadras de esporte da Paciência para a área aterrada ao fundo do Mercado do Peixe, transformando este local em complexo de esporte e lazer. • Construir uma praça com mirante na área ocupada pelas quadras de esporte na Rua da Paciência. • Reformar e adequar os passeios do bairro, que estão totalmente danificados, com a inserção de rampas
A Portaria nº 029/2013 da Prefeitura Municipal de Salvador, publicada em 23/01/2013, garantiu mais uma vez a não participação de trios elétricos e carros de som na Festa de Yemanjá. O acordado se deu em reunião com o Secretário de Desenvolvimento, Turismo e Cultura do município, Guilherme Bellintani; a vereadora Aladilce Souza (PCdoB); representantes da AMARV Lauro Matta e José Mário Oliveira; do Blog do Rio Vermelho,
No final de março, a AMARV encaminhou ofício ao Secretário de Desenvolvimento, Turismo e Cultura, Guilherme Bellintani, que se comprometeu a dar encaminhamento a cada setor ou secretaria por cada pleito. Nesse ofício, foram enumeradas cerca de 20 obras emergenciais que o bairro necessita. Dentre estas, podemos citar: • Recuperar encostas nas praias: a imensa cratera que se formou na Rua da Paciência já ameaça desabar
de acesso para deficientes. • Reformar as duas pracinhas da Av. Juracy Magalhães Júnior (Rua do Canal), que se encontram em péssimo estado de conservação, sendo que uma delas ficou completamente destruída após a queda de uma árvore centenária. • Realizar a poda e descupinização das árvores em todo o bairro. • Promover o “Projeto Rua de Lazer” com o fechamento do trânsito no trecho entre a Rua da Paciência até a Rua Borges dos Reis, aos domingos, no período da manhã.
Foto: Elói Corrêa/Secom-BA
Da Fonte Nova...
O ESTÁDIO Administrador: Fonte Nova Negócios e Participações S.A. Capacidade: 50 mil lugares cobertos Arquibancadas: três níveis Camarotes: 70 com capacidade para 1.250 pessoas
Foto: Raul Golinelli/Secom-BA
... à Arena Fonte Nova
Especiais: 2.100 assentos premiuns; 358 assentos para espectadores com mobilidade reduzida; 66 vagas exclusivas para cadeirantes; 60 assentos para obesos; 16 assentos para deficientes visuais e 500 para acompanhantes Gramado: 105 x 68 m com distância de 10 metros para arquibancadas laterais e 12,30 m para arquibancadas da linha de fundo Quiosques de alimentação: 39 Sanitários: 94 comuns e 23 adaptados para deficientes Estacionamento: 2.000 vagas Elevadores: 11 Restaurantes: 02 panorâmicos Espaço cultural: 01 Segurança: 200 câmeras de alta definição Iluminação: em LED com opções de colorir a fachada de amarelo, azul, branco, laranja, lilás, verde e vermelho
No ano de 1949, o então Governador Octávio Mangabeira idealizou a construção de um estádio de futebol para Salvador, visando os jogos da Copa do Mundo de 1950, o que acabou não acontecendo por atraso de cronograma. Em 28 de janeiro de 1951, na passagem do seu governo para o sucessor, Governador Régis Pacheco, foi inaugurado o Estádio Octávio Mangabeira, projeto do arquiteto e urbanista Diógenes Rebouças, no formato de uma ferradura e com um nível de arquibancada. O estádio ficou conhecido como Fonte Nova, em função da localização junto às fontes de águas existentes na Ladeira da Fonte das Pedras. O jogo de inauguração foi Botafogo Sport Clube 1x0 Associação Desportiva Guarany (extinto), gol de Antônio do Botafogo, que entrou para a história como o primeiro gol da Fonte Nova.
Vinte anos se passaram e o estádio já se mostrava insuficiente para abrigar a paixão da torcida baiana. Então, no dia 4 de março de 1971, o Governador Luiz Vianna Filho reinaugura a nova Fonte Nova, com ampliação do lance de arquibancadas, o que elevaria a capacidade do estádio para 85 mil espectadores, projeto do próprio Diógenes Rebouças. Foi programada uma rodada dupla, com o primeiro jogo E. C. Bahia 1x0 Flamengo (RJ), gol de Zé Eduardo do Bahia, emplacando o primeiro gol da nova Fonte Nova. O segundo jogo E. C. Vitória x Grêmio foi interrompido por uma tragédia. Um refletor estourou estabelecendo-se um pânico geral que resultou em 2.086 torcedores feridos e dois mortos. Trinta e seis anos depois, o Estádio Octávio Mangabeira foi fe-
chado em 25 de novembro de 2007 após nova tragédia, quando sete torcedores do E. C. Bahia morreram, com o desabamento de parte da arquibancada superior durante o jogo E. C. Bahia 0x0 Vila Nova (GO) válido pelo Campeonato Brasileiro da 3ª Divisão. Em 2008, o Governador Jaques Wagner, através do laudo pericial do engenheiro Vicente Castro, optou pela implosão do estádio e a construção de um novo, seguindo as determinações da FIFA. As obras começaram em 21 de junho de 2010 e a implosão aconteceu no dia 29 de agosto do mesmo ano. Desde então, foram inúmeras etapas cumpridas na execução da obra, garantindo o cronograma estabelecido, o que viabilizou Salvador como cidade sede da Copa das Confederações
em 2013; da Copa do Mundo em 2014; e das Olimpíadas em 2016.
do Ajax, e parceiro na operação da nova arena baiana.
O novo empreendimento é uma Parceria Público-Privada (PPP) entre o Governo do Estado e a Fonte Nova Negócios e Participações, concessionária formada pela empresas Odebrecht Participações e Investimentos e pela OAS. A obra foi realizada pela Odebrecht Infraestrutura e pela Construtora OAS, e o consórcio cuidará da administração, operação e manutenção da nova arena pelos próximos 35 anos. O contrato de parceria foi no valor de R$ 591,7 milhões (data-base janeiro 2010) que previa a demolição, reconstrução da arena e construção do edifício-garagem. O projeto é dos arquitetos Marc Duwe e Claas Schulitz, utilizando o mesmo modelo de gestão multiuso de sucesso na Europa, o do Amsterdam Arena,
Vale destacar o papel multiuso da arena, que será palco dos jogos de futebol, mas também garante no mesmo espaço uma programação variada com eventos de todos os portes, shows nacionais e internacionais, centro de convenções, exposições, reunião de negócios, congressos e gastronomia. Eventos que levarão a imagem da Bahia para todo o mundo, incentivando o turismo e oportunidades de investimento em diversas áreas. O dia 7 de abril de 2013 fica na história do futebol baiano como o dia da inauguração da Arena Fonte Nova com o clássico E.C. Bahia 1x5 E.C. Vitória, pelo Campeonato Baiano de 2013, sendo que o primeiro gol foi de Renato Cajá do E.C. Vitória.
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Em homenagem aos 90 anos de nascimento de Floriano de Araújo Teixeira, a Paulo Darzé Galeria de Arte programou uma exposição, de 15 de março a 13 de abril, das obras desse mestre do desenho e o lançamento do livro Homenagem a Floriano Teixeira, mostrando a sua vida e trajetória artística com textos de Caribé, Claudius Portugal, Jorge Amado, Mário Cravo Jr. Myriam Fraga e Vauluizo Bezerra. A organização do evento foi de Paulo Darzé e Thaís Darzé, que estão de parabéns por essa justa homenagem. Floriano de Araújo Teixeira nasceu em Cajapió, no Maranhão, em 8 de março de 1923, e faleceu aos 77 anos no dia 21 de julho de 2000, em Salvador, na Bahia. Casado com Alice Teixeira, teve sete filhos: Geovani, Sandro, Monique, Dante, Silvana, Cristiano e Pedro. Na sua chegada à Bahia, procurou saber onde era o bairro dos artistas. Chegando aqui, fixou residência e não saiu mais do Rio Vermelho. Morou na Rua Borges dos Reis, na Rua do Céu, hoje Arquibaldo Baleeiro, e, por último, na Rua Ilhéus, onde atualmente mora a família. Foi pintor, desenhista, miniaturista, capista, ilustrador, retratista, escultor, cenógrafo e autodidata brasileiro. Deixou um legado de centenas de exposições coletivas e individuais em quase todos os estados brasileiros, principalmente no Maranhão, Ceará, Bahia e em países como Portugal, Itália, Senegal e a antiga Tchecoslováquia. Suas obras estão presentes em im-
portantes acervos públicos e privados em todo o mundo e em dezenas de murais e painéis no Maranhão, Ceará, Bahia e Pernambuco e também em capas e ilustrações de livros, especialmente nos romances de Jorge Amado, Mário Vargas Llosa, Antonio Celestino, James Amado e Graciliano Ramos. Criou cenários para teatros e cartazes para filmes, especialmente Gabriela Cravo e Canela, e para a Fundação Casa de Jorge Amado. Floriano foi premiado diversas vezes com destaque para o I Prêmio do I Salão de Dezembro em São Luís, no Maranhão; I Prêmio do VIII Salão de Abril em Fortaleza, no Ceará; I Prêmio do XI Salão de Abril em Fortaleza, no Ceará; e Prêmio do XII Salão de Abril em Fortaleza, também no Ceará; e Grande Prêmio da I Bienal Nacional de Artes Plásticas em Salvador, na Bahia, dentre outros prêmios. Floriano recebeu vários títulos: Comenda Ordem do Mérito da Bahia, Comenda Rio Branco, Cidadão Honorário de Fortaleza e Cidadão Honorário de Salvador. Ele era uma pessoa querida por todos. Simples, calmo, gostava de contar histórias, enfim era um verdadeiro amigo. Sua obra a cada dia se impõe por sua qualidade, seu valor e significado. Mestre do desenho, senhor de um traço inconfundível, sua sensualidade e habilidade fez dele um dos maiores desenhistas brasileiros de todos os tempos, que conquistou a pintura com paciência, enorme talento e rara consciência artística.
Trajetória •• 1935 – Inicia estudos de desenho com Rubens Damasceno
A chef Tereza Paim, baiana no sabor
Foto: Divulgação
Tereza Paim exibe energia e inquietude em cada movimento. A vigorosa chef começou sua carreira na área da Ciência da Computação, mas, há dez anos, reencontrou em São Paulo uma paixão adormecida. O gosto pela culinária a levou aos cursos e especializações em cozinha no Brasil e Europa. Determinada, viu chegar a hora de criar sua empresa de catering, a Tereza Paim Gastronomia, onde dirige uma equipe de, aproximadamente, 50 colaboradores, mostrando, através da sua gastronomia autoral, o melhor da culinária baiana. Tereza dedica-se também à produção da culinária kosher. A chef tem atualmente o restaurante Terreiro Bahia, na Praia do Forte, e sua casa em Salvador, a Casa de Tereza, no bairro do Rio Vermelho. Ela declara as influências dos saberes e sabores de sua Bahia, da Tailândia, Portugal e Itália e um grande sonho: criar uma escola técnica de gastronomia, onde possa passar para as gerações futuras que saber dominar o uso de um bom dendê, tem o mesmo valor de
se trabalhar bem com foie gras ou trufas. Reconhecida dentro e fora do Brasil como cozinheira baiana, Tereza Paim tem convicção de que é bem-sucedida com a “velha” novidade de incluir a comida baiana – sua grande paixão – nos eventos que acontecem na Bahia, para que os que aqui chegam ou festejam possam compartilhar da culinária baiana. Premiada, Tereza é uma das chefs baianas vistas fora da Bahia como profissional que conseguiu atualizar a culinária local. Inovou, mas com absoluto respeito às origens. Através do uso da tecnologia para manter seus sabores originais, a chef consegue fazer eventos para centenas pessoas e manter a singularidade da sua assinatura. É a evolução da comida baiana.
Prato Quente
MOQUECA TRILOGIA DO MAR
Ingredientes
•• 150g de camarões limpos 21-25; •• 150g de peixe em pedaços com pele; •• 2 lagostas médias aberta ao meio; •• 150ml de caldo concentrado de cabeça de camarão e lagosta; •• 80g de cebola picada; •• 80g de tomate picado;
•• 1 dente de alho; •• 1 tira da cebolinha; •• 2 galhinhas de coentro picado; •• 120ml de leite de coco; •• 40ml de azeite de dendê; •• 1 pimenta dedo de moça; •• Sal e pimenta branca a gosto.
Modo de preparar
Foto: Solange Rossini
Arte do maranhense Floriano Teixeira – Baiano do Rio Vermelho
Fotos: Divulgação
Arrume os temperos na panela de barro com o peixe, o caldo de cabeças quente, o leite de coco e o dendê. Quando o peixe estiver quase cozido, inclua os camarões e as lagostas e tampe a panela, e deixe por mais 5 minutos.
•• 1940 – Pintura com João Lázaro de Figueiredo •• 1942 – Primeiro prêmio com o quadro Bêbados – I Salão de Dezembro •• 1948 – Catalogou a coleção de obras de arte de Artur Azevedo. Conhece os trabalhos de Daunier, Gavani, Müller e outros •• 1949 – Funda o Núcleo Eliseu Visconti com outros artistas •• 1950 – Muda-se para Fortaleza, no Ceará
Arrumação do prato
•• 1951 – Participa da criação do Grupo dos Independentes •• 1952 – Membro da comissão julgadora do Salão de Artes do Ceará •• 1962 – Organiza e dirige o Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará
Sirva com uma pimenta dedo-de-moça inteira e um ramo de coentro por cima.
•• 1965 – Muda-se temporariamente para Salvador, na Bahia, emprestado à Universidade Federal da Bahia •• 1969 – Transferência da Universidade Federal do Ceará para a Universidade Federal da Bahia num pedido irrecusável de Jorge Amado e Carybé, com influência do reitor Miguel Calmon. Foi um dos primeiros artistas a iniciar na Bahia a Arte Moderna •• 2000 – Faleceu em Salvador no dia 21 de julho
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Onde?
Casa de Tereza. Rua Odilon Santos, 45, Rio Vermelho. Tel.: (71) 3329-3016 Horário: 12h à 1h (Domingo até 19h)
As festas do verão do Rio Vermelho Foto: Edgard Carneiro
Festa de Yemanjá
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A tradição de reverenciar o orixá muda a rotina de milhares de baianos e turistas, independentemente de religião, um ritual único e emocionante.
lhos com iluminação especial em tons brancos e azuis foi o presente principal deste ano de autoria do artista plástico Ruy Santana. Sobre essa escultura vão as oferendas preparadas com fundamentos sagrados e secretos. A mãe Aíce Santos, ialorixá do Terreiro Odé Mirim, recebeu o presente e entoou os cânticos sagrados e fez as reverências finais. Há 21 anos que mãe Aíce é a ialorixá responsável pelo comando da festa.
As comemorações começaram cedo com a alvorada de fogos às 5 horas da manhã na chegada do presente principal e a colocação deste no carramanchão, ao lado da Colônia Z-1. Uma escultura de Yemanjá em fibra de vidro revestida de vidri-
Durante todo o dia, centenas de devotos fizeram filas para entregar as suas oferendas, que são colocadas em balaios quando, às 16h30, são levados em um cortejo marítimo para o alto mar. Há 33 anos que o saveiro Rio Vermelho é o res-
maior data do Rio Vermelho , o 2 de Fevereiro, dia dedicado para homenagear Yemanjá, a Rainha do Mar, é uma das maiores manifestações públicas de fé do candomblé e é uma das festas mais populares da Bahia.
ponsável pela condução do presente principal.
lho, tornando-se uma das maiores festas populares da Bahia.
Nas ruas do bairro, desfilam grupos de samba, ijexá, capoeira, blocos afros, grupos fantasiados e blocos de percussão, demonstrando devoção e muita alegria durante a festa.
Origem e história da Festa de Yemanjá
Nas residências e hóteis, realizam-se festas particulares com muita comida e bebida, além de atrações e DJs para todos os gostos. Não existe festa popular mais bonita do que a de Yemanjá para se ver, fotografar, participar e ter devoção e fé. A cada ano essa festa atrai multidões para o bairro do Rio Verme-
A festa teve início no ano de 1923, quando um grupo de pescadores do Rio Vermelho resolveu oferecer presentes para a Mãe das Águas, em busca de conseguir ajuda para melhorar a pesca. Esses pescadores descendentes de índios, negros e brancos, adeptos às lendas indígenas, ao candomblé e ao catolicismo, buscaram na fé a solução para a falta de peixes no litoral do bairro. No início, era chamada de Festa da Mãe D’Água, agregando todas as religiões e era realizada em conjunto com a Paróquia de Sant’Ana.
Nossa Senhora da Conceição para os católicos, Yemanjá para o candomblé e Iara (sereia) para os descendentes dos tupinambás. Na década de 60, a Paróquia de Sant’Ana se desliga dos festejos e, a partir daí, os pescadores passaram a homenagear apenas a Yemanjá, tornando-se finalmente Festa de Yemanjá. Orixá do candomblé ketu, Yemanjá é uma das entidades femininas mais importantes. Ela é a mãe de todos os orixás, representada como uma mulher de grande ventre e seios volumosos. É protetora da cabeça e é saudada com a expressão “odôyá”. É a deusa da maternidade, das grandes águas, mares e oceanos.
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A alegria dos Palhaços do Rio Vermelho
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oi mais que um sábado de verão, 26 de janeiro, foi o sábado do terceiro desfile do Bloco Palhaços do Rio Vermelho pelas ruas do bairro. Mais de 3.500 foliões encheram o Rio
Vermelho de alegria e mostraram que o bloco veio para ficar. Palhaços, arlequins, colombinas, mascarados, fantasias, ala de baianas, confetes e ser-
pentinas marcaram o desfile colorido, descontraído e alegre do bloco com pessoas de todas as idades, contagiando o bairro com uma verdadeira prévia do Carnaval de Salva-
dor. O repertório de marchinhas foi de responsabilidade da Banda Marmelada, composta por 50 músicos de sopro e percussão sob a batuta do Mestre Chico, e no cortejo Foto: Edgard Carneiro Filho
a Ala de Baianas de Claudinha, a presença dos convidados grupo Zambiapunga de Nilo Peçanha e Caretas de Praia do Forte, mais o grupo circense de pernas-de-pau e as Chicas travestidas. O homenageado foi o ator e produtor cultural Nonato Freire, tradicional morador do bairro, que recebeu a coroa do Reino dos Palhaços das mãos do cantor Gerônimo, em concorrida cerimônia. Desde a concentração na Rua da Paciência até o fim do desfile na Rua Fonte do Boi, a tranquilidade foi a tônica da festa, que contou com a participação decisiva de 35 policiais militares comandados, pessoalmente, pelo Major André Ricardo, para ajudar a ordenar todo o desfile. Os Palhaços do Rio Vermelho conseguem atrair um público cada vez maior com a sua beleza, descontração e alegria. Valeu Palhaços!
Hoje tem marmelada? Tem sim, senhor!
Bloco Amigos do Rio Vermelho na Festa de Yemanjá Foto: Carmela Talento
Carnaval do Alto
Por: Carmela Talento
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altinho Queiroz e Gerônimo, dois ícones da música popular brasileira juntos, dispensam comentários ou adejtivações. A presença dos dois transforma o mais simples evento em um acontecimento memorável. E foi isso que ocorreu no Carnaval promovido pelos moradores do Alto de São Gonçalo,
Bloco Amigos do Rio Vermelho marcou presença na Festa de Yemanjá
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eunindo uma turma de moradores e amigos do bairro, dando continuidade a uma história de 12 anos na Festa de Yemanjá, o Bloco Amigos do Rio Vermelho mostrou muita disposição e alegria no seu desfile deste ano pelas ruas do Rio Vermelho. O som de ótima qualidade, repleto de sambas e marchinhas carnavalescas, foi animado pela
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Banda Rio Vermelho, composta por 60 músicos sob o comando dos maestros Chico na percussão e Jorge no sopro. O design da camisa do bloco foi de autoria do artista plástico Igas Eloy, trazendo a figura de uma sereia sentada numa jangada com o nome Yemanjá. O ponto alto do desfile do bloco é a concentração na Praça Brigadei-
ro Faria Rocha, na Mariquita, onde se assiste a grandes momentos de confraternização, encontros, reencontros e muita azaração. Muita gente fica por ali mesmo. O desfile começou às 13 horas com muita animação, puxado pela Ala das Baianas, levando o balaio de oferendas para ser presenteado à Rainha do Mar. Parabéns à toda galera!
Foliões brincam no Carnaval do Alto de São Gonçalo
Bloco Lero-Lero
Foto: Carmela Talento
Geração Jovem Guarda mantém a Tradição Foto: Carmela Talento
Bororó, Gildásio e Pino desfilam sem sair do lugar
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ando continuidade a uma tradição de 13 anos, o Bloco Geração Jovem Guarda, formado com o objetivo de reunir antigos moradores do Rio Vermelho ao som de uma boa batucada, muita alegria e uma boa gelada marcou presença no domingo, 26/01, na Mariquita.
Com mais de 70 anos, o Lero-Lero é um dos blocos mais antigos em atividade na cidade
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o domingo, 27 de janeiro, foi a vez do Bloco Lero-Lero realizar seu desfile e o tradicional Banho de Mar à Fantasia, única festa do gênero que ainda acontece em Salvador. O desfile pré-carnavalesco percorreu as ruas do bairro saindo da concentração na Vila Matos e seguindo
pela Rua da Paciência em direção à Praça Colombo e retornando à Praia da Sereia, onde acontece o banho à fantasia ao por do sol do Rio Vermelho. Com mais de 70 anos de existência, o Lero-Lero é um dos blocos mais antigos de Salvador em atividade. Conduzido pelo Mestre
de São Gonçalo na quarta-feira, 6 de fevereiro, na pracinha que fica no topo da ladeira da Rua Almirante Barroso, comandado também pela excelente cantora Sílvia Patrícia. Foi tudo de bom. Os Palhaços do Rio Vermelho marcaram presença acompanhando o Rei Gerônimo, várias atrações se revezaram no palco Foto: Carmela Talento e os moradores se divertiram cantando e dançando. Enfeites, confetes e serpentinas coloriam o ambiente. No entorno, muitos comes e bebes e cerveja bem gelada. Tudo que um folião precisa para fazer um Carnaval em grande estilo, em um ambiente tranquilo e de muita paz.
Cacau do Pandeiro e sua bateria, o bloco reúne crianças, jovens e idosos com suas fantasias improvisadas, muito papel crepom, muito brilho e protestos bem humorados, numa explosão de alegria e irreverência. Parabéns a Luciana Souza Cruz Silva que, na linha de frente, coordena toda a galera e mantém viva a tradição!
No início, o bloco desfilava pelas ruas do bairro saindo da concentração no Alto do São Gonçalo até um bar escolhido democraticamente pelos seus integrantes, onde acontecia o grito de Carnaval. Com o passar dos tempos e a falta de pique para o desfile, o bloco passou a ir logo ao que interessava e direto para o bar escolhido, mantendo assim a fidelidade dessa diferente manifestação: o bloco que desfila sem sair do lugar. O Bar do Manu, no Largo da Mariquita, voltou a ser o escolhido em 2013, e seu proprietário, Manuel Macias, agradeceu a preferência e participou da muvuca. O Geração homenageou o saudoso ator Wilson Mello.
Paroano Sai Milhó encanta o Largo de Santana É
quinta-feira de Carnaval no Largo de Santana. Um grupo formado por 15 integrantes vestidos de palhaço, portando instrumentos de corda e percussão, vai embalando os sonhos e fantasias dos carnavais passados e distribuindo sua irreverência, enquanto arrasta centenas de pessoas. É o Paroano Sai Milhó. E sai mesmo, cada vez melhor e já
se vão 50 anos em marcha lenta, lentíssima. Um ícone dos carnavais de Salvador, o Paroano Sai Milhó fez a abertura do Carnaval 2013 no Rio Vermelho. Fantasiados de palhaços alegres e coloridos, o grupo se reuniu no Bar Santa Maria, Pinta e Nina, partindo para contornar o Largo de San-
tana, atraindo uma multidão de admiradores, que curtiu o ritmo cadenciado do grupo. É impressionante o silêncio que se faz em volta, ou, no máximo, acompanha-se a música cantando na medida para não cobrir o som dos instrumentos. Puro encantamento. Tem jeito, não. Tem gosto de quero mais. É por isso que Paroano Sai Milhó. Foto: Carmela Talento
O Carnaval do Alto de São Gonçalo foi realizado pela segunda vez e ainda divide a opinião dos moradores. Alguns entendem que é preciso encontrar alternativa para evitar a depredação da pracinha, local central da festa, que é mantida e cuidada pelos próprios moradores. Mas num ponto ninguém discute, as pessoas que participaram da festa só tinham elogios para as atrações e para a organização. Polêmicas ficaram para depois que ninguém foi besta de perder a festa.
Cinquentenário de muito rítmo, colorido e alegria JRV – 7
Foto: Carmela Talento
Escola Medalha Milagrosa,
70 anos de um aprendizado para toda vida Fundada em 8 de abril de 1943, a Escola Medalha Milagrosa completa 70 anos de existência trazendo, ao longo desse período, uma educação de qualidade para o bairro do Rio Vermelho e adjacências, formando pessoas preparadas para fazer a diferença no mundo em que vivem. No início era denominada Instituto Medalha Milagrosa e absolvia parte do ensino público de qualidade. Pela instituição passaram a maioria dos jovens do bairro, principalmente do sexo feminino que se tornaram pessoas íntegras, profissionais capacitados e importantes em diversas áreas da sociedade, sempre levando o nome “medalha” como referência de ensino. Hoje, a Escola Medalha Milagrosa é uma escola dinâmica que acompanha as mudanças sociais, tecnológicas e pedagógicas, proporcionando aos seus alunos uma educação de qualidade unindo a tradição e modernidade. O trabalho pedagógico continua baseado na filosofia vicentina, fundamentada nos princípios vividos e ensinados por São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac, capaz de unir ação e reflexão, estimulando educadores e educandos pelo estudo e pesquisa a se situarem no mundo, unindo espiritualidade e ciência, fé e vivência de valores
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humanas e cristãos, sempre em sintonia com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional. Atua na área da Educação Infantil num ambiente agradável com atividades orientadas que possibilitam o desenvolvimento integral da criança. No Ensino Fundamental com ações pedagógicas que são norteadas pelos princípios éticos, morais e sociais, que fundamentam a formação do educando com comprometimento e solidariedade. No Ensino Médio, preparando o educando para uma nova realidade social e profissional, através de uma pedagogia ativa e cooperativa fundamentada nos princípios cristãos. Possui uma excelente infraestrutura, oferecendo laboratórios de informática de química e biologia, biblioteca, amplas salas de aula, sala de orientação educacional, salas de multimídia, lousa eletrônica, salão de festa, cantina, teatro, parque coberto, piscina, quadra poliesportiva, campo de futebol de área, área verde e capela. De parabéns a Escola Medalha Milagrosa, de parabéns a educação do bairro. Medalha Milagrosa Travessa Lídio de Mesquita nº 15 Rio Vermelho, Salvador-Bahia Tels.: (71) 3334-5317 e-mail: medalhamilagrosa.com.br
Sobre a Medalha Milagrosa
Teve origem em Paris, na França, no dia 27 de novembro de 1830, quando a noviça Catarina Labouré, da Congregação de São Vicente de Paulo, foi ao convento fazer as suas orações e teve a visão de Nossa Senhora das Graças. A santa revelou a sua imagem em forma de uma medalha e pediu a Catarina que lutasse para que essa medalha fosse cunhada e distribuída em grande quantidade, e as pessoas que usassem com devoção iriam receber muitas graças. A medalha de forma oval com a imagem da santa traz a jaculatória: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. No seu reverso a letra “M”, tendo uma cruz na parte de cima com um traço na base. Por baixo: o Sagrado Coração de Jesus cercado por uma coroa de espinhos em chamas e o Sagrado Coração de Maria em chamas atravessado por uma espada cercado de 12 estrelas. Atualmente, são milhões de medalhas em todo mundo.
Deu no Blog
blogdoriovermelho.blogspot.com.br Foto: Carmela Talento
Jardim da Casa de Jorge Amado pode ser aberto ao público De acordo com informações publicadas pela Agência Lusa, Paloma, a filha do escritor Jorge Amado, está pensando em abrir para a visitação, ainda este ano, o jardim da Casa 33, da Rua Alagoinhas, no Rio Vermelho, onde a família Amado residiu por mais de quatro décadas. “Tenho pensado em abrir ainda este ano o jardim, a área [da casa] em que não dependemos de uma segurança muito grande, quando o conseguimos manter bem conservado, porque o meu pai está lá e muita gente gostaria de ir ao jardim, sentar-se debaixo da mangueira” ali plantada e “estar um pouco com ele”, explicou Paloma Amado, em Macau.
70 anos sem Pasquale De Chirico Em 31 de março de 1943 faleceu em Salvador o escultor italiano Pasquale De Chirico, um dos primeiros moradores do Rio Vermelho e autor de inúmeras obras clássicas espalhadas pela cidade,
entre elas o monumento a Castro Alves, um dos cartões-postais mais conhecidos de Salvador; o de Visconde de Cayru, em frente ao Mercado Modelo; o busto de D. Pedro Fernando Sardinha, o primeiro Bispo do Brasil; e muitos outros. A cidade ainda deve uma homenagem a esse grande artista.
Empório Occhiali – Óculos personalizados
Sucom proíbe shows no Mercado do Peixe Depois de denúncias feitas por moradores acusando o barulho e problemas no trânsito na Mariquita, a Sucom decidiu proíbir a realização de grandes eventos no Mercado do Peixe. A Associação dos Permissionários alega que todos os shows foram realizados com autorização. Até mesmo o projeto Jota Veloso Recebe no Mercado, que pretendia apresentar um show por mês no local, foi suspenso.
Fiação elétrica precisa de atenção A fiação elétrica do bairro está uma verdadeira bagunça. Em vários trechos é possível ob-
servar o emaranhado de fios, inclusive alguns soltos. Apenas para citar alguns exemplos, na praça ao lado da Igreja de Sant´Ana os fios ficam enrolados na grade. Na Juracy Magalhães Jr. até mesmo a placa que indica o pronto de ônibus está coberta pelos fios.
Obras de arte em péssimo estado A prefeitura precisa agir com mais rigor para que a ordem pública seja restabelecida na cidade. Com todo o respeito ao autor das obras que estão expostas no Largo de Santana, mas já passou da hora de mandar recolhê-las. Pregos enormes enferrujados e expostos representam sério risco para os frequentadores da área.
Novidade na gastronomia do Rio Vermelho Foto: Divulgação
Visão mais nítida em alto-mar Lentes polarizadas eliminam reflexos e promovem uma real percepção das cores O mar de águas calmas e cristalinas da Baía de Todos os Santos seduz a todos que decidem cruzar os encantos deste belo cenário nacional. Para observar melhor as imagens paradisíacas do fundo do mar, fotógrafos utilizam lentes polarizadas, que retiram o reflexo e permitem contemplar melhor as águas transparentes da segunda maior bafa do mundo. Se soubessem disso antes, certamente os navegadores e colonizadores não perderiam a oportunidade de observar melhor as folhagens, recifes de corais e a grande diversidade de ecossistemas que se escondem sob as águas cristalinas. Para conseguir a mesma técnica utilizada pelos fotógrafos profissionais, os óculos polarizados possuem funções que vão além da diminuição da intensidade da luz. Eles absorvem parte da luminosidade refletida, diminuindo os reflexos, eliminando o ofuscamento
e aumentando o contraste. Dessa forma, é possível obter imagens mais nítidas, ideal para quem pratica esportes ao ar livre como, por exemplo, a pesca, vela, esqui, corrida ou ciclismo. Ter uma visão polarizada é como transformar ruído em música”, compara o personal glasser, João Dantas, proprietário do Empório Occhiali. Além do conforto visual e maior nitidez de visão, as lentes polarizadas possuem 100% de proteção UV e reduzem a astenopia visual, que se trata da fadiga ocular, que acontece em situações como viagens longas, onde a pessoa precisa dirigir por muito tempo. Com uma real percepção das cores, o mar deixa de ser um espelho d’água para se tornar um aquário. “É possível escolher o peixe em que se põe a isca”, exemplifica João. As lentes polarizadas podem ser feitas sob medida, sem grau, com grau e até em multifocal, trazendo mais conforto. Peça do vestuário – ”Só não usa óculos quem ignora seus benefícios”, destaca João Dantas.
Para ele, os óculos são produtos obrigatórios como a roupa, bolsa e sapato. Ninguém entra em um ambiente descalço ou vai para uma audiência sem gravata. São valores sociais pré-definidos. Além da necessidade corretiva, todos têm a necessidade de proteção contra os raios UVA e UVB, que fazem dos óculos a principal peça do vestuário, portanto indispensável” Salvador é a segunda metrópole mais iluminada do mundo, perdendo apenas para Atenas, na Grécia. Por ser uma metrópole rodeada pela água do mar, o índice de radiação é muito alto, exigindo mais ainda a proteção constante”, explica João. Para escolher os óculos ideais para cada tipo de rosto, é preciso avaliar a geometria facial e personalidade do usuário. “Os óculos são a moldura dos olhos e fazem parte da composição do rosto, pois representam 80% da imagem transmitida”, lembra o especialista . Rua Jequié, nº 78. Parque Cruz Aguiar. Rio Vermelho, próximo ao lnstítuto de Olhos Freitas – Telefone (71) 3205-5331
O Póstudo Restaurante fecha parceria com o Buteco do França O Póstudo Restaurante entra em reforma por 40 dias e, no início do mês de maio, será reinaugurado com nova roupagem, novo visual, nova culinária, nova administração, o “novotudo”. A parceria entre o Póstudo, tradição de bons pratos e drinques do seu cardápio de filmes com espaço de shows de rock e jazz, e o Buteco do França de cozinha premiada, oito vezes a melhor comida do Buteco (Veja Salvador) e primeiro lugar no ano passado como a melhor cozinha de bar (Veja Nacional) é a novidade do setor de bares e restaurantes do Rio Vermelho. A mistura dessa receita leva ao consumidor um excelente atendimento com qualidade na culinária e boa música. Dulce Ferrero (Póstudo) e Zé Raimundo (Buteco do França)
inovaram e trazem uma nova proposta de gastronomia e diversão para Salvador. Uma casa com ambientação aconchegante, culinária nacional e internacional (isso eles tiram de letra) e música. A ideia, além da parceria, é trazer o bem-estar e alegria aos frequentadores dos dois espaços formados por artistas, arquitetos, jornalistas, publicitários, fotógrafos, as galeras do rock, MPB e jazz e você, lógico, que curte uma boa energia. Parabéns Dulce, parabéns Zé Raimundo! Póstudo Restaurante Rua João Gomes, nº 87 Rio Vermelho Tel.: (71) 3015-8800
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Centenário da Paróquia de Sant’Ana do Rio Vermelho
Personagem do Rio Vermelho
Carlos Lázaro da Cruz, O Cacau do Pandeiro
Foto: André Avelino
A Paróquia de Sant’Ana do Rio Vermelho, que faz parte da Arquidiocese de São Salvador da Bahia e tem como padroeira Nossa Senhora Sant’Ana, está completando 100 anos de existência. A Provisão da Criação do Curato de Sant’Ana do Rio Vermelho é datada de 5 de abril de 1913 e consta no Livro de Tombo da Arquidiocese lavrado em 12 de abril de 1913, assinada por D. Jerônymo Thomé da Silva, Arcebispo Metropolitano de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil, criando a Paróquia de Sant’Ana do Rio Vermelho e emancipando o Rio Vermelho da Paróquia de Nossa Senhora da Vitória. A capela do Largo de Santana foi promovida à condição de Igreja-Matriz e o Padre Antônio de Menezes designado pároco do novo curato.
Essa pequena Igreja de Sant’Ana, construída na primeira metade do século XIX, tinha capacidade apenas para 72 pessoas sentadas. Com o crescimento do bairro, veio a necessidade de criação de um novo templo. O Monsenhor Antônio da Rocha Vieira, pároco à época, juntamente com a comunidade do bairro, iniciaram a campanha de construção e, em 26 de julho de 1967, foi inaugurada a atual Igreja-Matriz de Nossa Senhora Sant’Ana do Rio Vermelho, no local onde antes era o Forte de São Gonçalo do Rio Vermelho, ao lado da Colônia de Pesca Z-1. Uma vasta programação está sendo feita para a comemoração desses 100 anos. Hoje, o Rio Vermelho se constitui num dos bairros mais católicos de Salvador e sua comunidade reverencia Nossa Senhora Sant’Ana com muita fé e devoção.
A PARÓQUIA Data de criação: 5 de abril de 1913
Milagrosa;
Padroeira: Nossa Senhora Sant’Ana
Mercedárias;
Pároco: Padre Angelo Magno Carmo
Casa Geral e Centro de Encontros
Lopes
Hospital territorial: Hospital Jorge
Capelas no território: Capela da Me-
Valente – Capelão Padre Angelo Lopes
Congregação das Irmãs Missionárias do Brasil;
dalha Milagrosa; Capela do Bom Pas-
Endereço paroquial: Rua Guedes
tor; Capela Nossa Senhora das Mercês
Cabral, 143 – Rio Vermelho
Instituições de educação: Escola
CEP: 41950-620 – SSA/BA
Medalha Milagrosa; Instituto Hercília
Tel.: (71) 3335-2012
Moreira
Fax: (71) 3335-5794
Congregações religiosas: Ancilas do
e-mail: secretaria@igrejadesantana.
Menino Jesus; Casa Nossa Senhora de
org.br
Lourdes (Noviciado); Bom Pastor; Filhas
Site: www.igrejadesantana.org.br
da Caridade de São Vicente de Paulo;
Matéria pesquisada no site da Paróquia
Comunidade das Irmãs da Medalha
Ser
EEngenharia 10 – JRV
Foto: André Avelino
Nativo do Rio Vermelho, Carlos Lázaro da Cruz, o Cacau do Pandeiro, nasceu no dia 11 de fevereiro de 1929, no Núcleo da Paciência, na área do Corte Grande, em Vila Matos. Casado com D. Amara Souza Cruz, tem como filhas Luciana, Lucimeire, Liliane e Luana. Começou a conviver com a música ainda menino, observando e aprendendo com os irmãos mais velhos que eram músicos, Belmiro, João, Aloísio, Liberato e Roberto, que tocavam bateria, pandeiro e todo o tipo de instrumento de percussão. Foi um dos fundadores do Bloco Lero-Lero, que proporciona aos moradores do bairro o tradicional Banho de Mar à Fantasia. Em entrevista ao Jornal do Rio Vermelho, ele conta um pouco da sua vida e sobre sua carreira artística. Como surgiu o apelido Cacau do Pandeiro? Dentro da família e no convívio com os amigos era apenas Cacau. Quando comecei a tocar pandeiro e fui crescendo no meio artístico ficou Cacau do Pandeiro. Antigamente, associavam o nome da pessoa ao instrumento que ela tocava. Como começou na vida artística? No início ajudava meu irmão, levando sua bateria para o local da festa para depois armá-la. Eu ia de bonde até a Praça da Sé e depois ia andando carregando tudo até o Taboão, onde eles tocavam em vários lugares. Tinha dois clubes, o 18 e o Clube Oceania, que era o clube dos estivadores onde nasceu o Filhos de Ghandi, também no Café Astúria, ponto de encontro dos músicos da época. Então eu convivia nesse meio artístico. Aprendi a tocar pandeiro e depois bateria com meu irmão, o Mestre Belmiro. Comecei a trajetória aqui no Rio Vermelho, onde o bairro era muito festivo. Tocava nas noites de Santo Antônio (trezena) e nas festas de largo de Salvador, Conceição, Lavagem do Bonfim, Segunda-feira Gorda da Ribeira, Rio Vermelho no Bando Anunciador. Gostava de apreciar os Ternos de Reis, Terno da Terra, Sol do Oriente, Estrela Dalva, mas o que eu gostava mais era do Terno da Bonina. Lá tocava um dos maiores pandeiristas da Bahia, chamado Caboclo. Pena que hoje existam poucos ternos, só tem na Lapinha e no Bonfim. Depois passei a tocar nas festas dos bairros de Salvador, nos clubes Palmeiras da Barra e o Amazonas, nas casas noturnas Tabaris, Rumba Dance e outras. Fui músico da orquestra da Rádio Sociedade da Bahia e por aí vai...
Você tocou com vários artistas do Rio Vermelho? Fiz parte da orquestra do maestro Carlos Lacerda. Toquei com Dorival Caymmi, Tabaréu (pai de Vandinho do Barquinho), Galo Cego que morava em Ondina e parceria com Zé Pretinho da Bahia... Você foi integrante do grupo Os Ingênuos que foi sucesso nacional. Conte sobre isso. Os Ingênuos começou sob o comando de Pinguim do Cavaquinho e Edson Sete Cordas. Depois de um certo tempo eles se separaram e Edson tocou o grupo sozinho. Convidou Avelino, Zé Luis, Gerson do Cavaquinho, Miguel Neri do Pandeiro e Ronaldo. Depois de dois anos com essa formação, fui convidado por Edson para fazer parte do grupo. O sucesso estourou e eu estava lá. Gravamos quatro discos de sucesso. Paralelo a isso, eu fazia parte da orquestra do Clube Português da Bahia, que, por causa do famoso Baile de Yemanjá, passou a ser chamada de Orquestra Yemanjá. Cite alguns sucessos de Os Ingênuos. A música chamada Os Ingênuos, Chorando na Flauta, A Estrela Maior, Kika, Carlito no Choro, teve vários. Como surgiu a ideia do Bloco LeroLero? A família toda gostava de música. Meu pai, Alonso Rafael da Cruz, foi fundador de vários blocos do Rio Vermelho que
saíam no Bando Anunciador do bairro, tinha o Vai Quem Quer, o Monarca e o Rei Zulu, que saíam da Vila Matos. Em 1940, inspirado na música Lero-Lero de Orlando Silva, o cantor das multidões, fundamos o Blodo Lero-Lero do Rio Vermelho. A proposta do bloco sempre foi a alegria, protestos bem humorados, o colorido das fantasias e a criatividade dos rapazes vestidos de mulher. Depois do desfile, vinha o Banho de Mar à Fantasia na Praia da Sereia. E, até hoje, isso acontece com minha filha Luciana à frente do bloco. Lembranças do Rio Vermelho? Eu me lembro das pessoas, Astério Sobrinho que era o delegado do Rio Vermelho, Cassiano Rajo, José Taboada, a família de Romenil Gonçalves. Na Mariquita tinha Adolfo Moreira. O eterno presidente do E.C. Bahia Osório Vilas Boas, que ajudamos a eleger vereador e, para quem não sabe, ele torcia para o Botafogo Sport Clube, que tinha campo aqui no Rio Vermelho. Do meu primo, o pescador Herculano Rafael da Cruz, que foi um dos fundadores do Presente da Mãe D’Água em 1923 e que, hoje, é a Festa de Yemanjá. E o Rio Vermelho de hoje? Ainda é o melhor bairro de se morar. Cresci aqui, aprendi música e fiz muitas amizades. Gosto muito do Rio Vermelho.
Grupo Rio Vermelho Bairro Conceito Foto: André Avelino
Para fortalecer ainda mais o título de “Bairro Boêmio”, o Rio Vermelho ganhou mais uma entidade, o “Grupo Rio Vermelho Bairro Conceito”, composto por empresários do setor de lazer e gastronomia. O Jornal do Rio Vermelho entrevistou Gustavo Ramos, vice-presidente da nova entidade que ainda não está formalizada legalmente, mas que já nasce forte e decidida a apoiar, sugerir e, também, tomar a frente de ações que tragam benefícios para o nosso bairro. Qual o nome da nova entidade? Grupo Rio Vermelho Bairro Conceito. Nossa entidade reúne representantes dos principais estabelecimentos comerciais do setor de lazer e gastronomia do bairro, e tivemos como participantes iniciais o Twist, 30 Segundos, Zen, Moema, San Sebastian, La Taperia, Mme Champanheria, Companhia da Pizza, Pasta em Casa, Franco Café, Padaria Bar, Bodega Rio Vermelho, Barbitúrico, Le Pom Pom Rouge e São Jorge. Mas não vamos parar por aí, estamos convidando muitos estabelecimentos para se juntarem a nós. Qual a pretensão inicial desse grupo? Quais os seus objetivos? A ideia principal é que unidos teremos mais força e voz para fazer reivindicações para um setor que é destaque no bairro. Vamos lutar por interesses comuns ao setor de lazer e gas-
Foto: Divulgação
Empresários criam nova entidade no bairro do Rio Vermelho tronomia e que tragam impactos positivos aos residentes aqui. Quais as primeiras medidas que estão sendo tomadas? Pleitear segurança para o bairro, uma coleta de lixo diferenciada, iluminação pública e estacionamento, e pretendemos ainda destacar o Rio Vermelho e seus diferenciais numa campanha publicitária, que já está sendo criada.
e foi o que levou esse grupo a se reunir. Dessa forma, todos sairão beneficiados: moradores, turistas, visitantes, rede hoteleira e comerciantes de outros setores. Todos serão beneficiados. A nossa primeira reunião já houve e elencamos os pontos mais urgentes a serem atacados: coleta de lixo, iluminação, segurança pública e estacionamento. Já solicitamos reunião com os órgãos responsáveis para conseguirmos encontrar uma solução pensada e conjunta.
O trinômio lixo, trânsito e segurança, são alguns dos piores problemas do Rio Vermelho. E tem uma relação muito próxima com as atividades desse grupo. O que vocês pensam sobre isso? Nosso propósito inicial é que temos que procurar soluções para isso com essa vocação natural que o Rio Vermelho tem para o turismo e o lazer. O Rio Vermelho é tradicionalmente um bairro boêmio há décadas, não estamos criando nada, só estamos nos aquecendo nessa chama. Por isso esses assuntos são prioridades na nossa pauta,
O grande desafio do Rio Vermelho é conciliar o fato de ser um bairro tradicional e ser o bairro boêmio de Salvador. Como esse grupo pode atuar nesse sentido? Com planejamento, organização e parceria. Poder público, iniciativa privada, moradores e turistas temos que criar esse compromisso e essa responsabilidade com nosso bairro. É bom lembrar a frase de JFK (John Kennedy – presidente dos EUA): “Não se pergunte o que o país pode fazer por você, mas o que você pode fazer pelo seu país”.
7ª Delegacia Territorial do Rio Vermelho sob novo comando Promovendo uma série de mudanças em pontos-chaves da Polícia Civil e Polícia Militar, o Governador Jaques Wagner assinou portarias trocando as chefias da maioria das delegacias de Salvador e Região Metropolitana e os comandos da Polícia Militar em diversas regiões do Estado. Dentre as substituições, está a exoneração da Delegada Dra. Jorvane Andrade dos Santos, que estava à frente da 7ª DT desde março de 2012 e a nomeação de Dra. Jussara Maria Santos de Souza para o cargo.
Novas policiais militares capacitadas para o Proerd
Com sede na Rua Morro do Conselho, nº 75 na Mariquita (tel. 3116-5345), a 7º DT tem uma área de atuação que se estende pelo Rio Vermelho, Ondina, parte da Vasco da Gama (Vale das Muriçocas), Cardeal da Silva, Engenho Velho da Federação e Garibaldi, indo até o Calabar. Conta com o apoio da 12ª CIPM e da 41ª CIPM, Companhias Independentes da Polícia Militar. Desejamos boas vindas à Dra. Jussara Maria Santos de Souza que pode contar com o apoio do Conselho de Segurança do
Foto: Divulgação
Rio Vermelho, da AMARV, da Colônia de Pesca Z-1 e do Blog do Rio Vermelho. À Dra. Jorvane Andrade dos Santos nossos agradecimentos pela sua atuação e conduta enquanto esteve conosco, e desejar-lhe boa sorte à frente da 4ª DT de São Caetano.
Entrega de certificados das novas instrutoras do PROERD Dando seguimento ao processo de contínua capacitação do seu efetivo, a 12ª CIPM/Rio Vermelho teve três policiais militares femininas, as Soldados PM Juliana Menezes, Mônica Prado e Ana Patrícia, formadas no Curso de Preparação para instrutores do PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência). Uma iniciativa institucional que visa integrar a Polícia Militar, comunidade, escola, pais, mestres e educadores visando orientar crianças e adolescentes a evitarem ingressar no mundo das drogas e da violência, através de um modelo sólido de tomada de decisão, com aplicação de currículos para 4ª e 6ª séries do ensino fundamental e, também, para os pais das crianças. O PROERD teve sua origem em 1983, do D.A.R.E (Drug Abuse Resistance Education) do Departa-
mento de Polícia de Los Angeles, nos Estados Unidos da América, com estruturação em forma de pirâmide cujos vértices são escola, polícia e família. No Brasil, o programa chegou em 1992, no Estado do Rio de Janeiro, e foi a partir da Academia da Polícia Militar do Barro Branco, no Estado de São Paulo, que expandiu para os demais estados da Federação e Distrito Federal. Na Bahia, o PROERD chegou em 1998, mais ganhou força em 2003, tendo sua institucionalização e estruturação administrativa no ano de 2007. A 12ª CIPM/Rio Vermelho já iniciou o seu planejamento para o Curso PROERD, com pretensão de alcançar as escolas municipais e estaduais dos bairros do Rio Vermelho e Ondina, formando até o final de 2013 um total aproximado de 500 crianças e adolescentes.
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Galeria do Artista
ANINHA FRANCO Fotos: Darío Guimarães Neto
Ana Maria Pedreira Franco de Castro, soteropolitana, nasceu na Rua 13 de Maio, no Pelourinho, em março de 1951. Participou do ensino público de qualidade no Colégio Góes Calmon, no Colégio Central e se formou em direito na UFBA. Apaixonada pelas artes, pelo jornalismo e pelo Rio Vermelho (moradora do bairro desde 1997), Aninha Franco, como é carinhosamente conhecida, é advogada, escritora, colunista, dramaturga, crítica e agente cultural. É autora de diversos livros de poesia, história do teatro, romance e peças. Ganhou vários prêmios nos gêneros Prosa (Romance), Poesia, Dramaturgia e Pesquisa Histórica, como o Prêmio Sharp de Melhor Musical Brasileiro com Os Cafajestes. Aninha é responsável pelas atividades promovidas pelo Completo Complexo Cultural XVIII que inclui o Theatro XVIII. Em entrevista ao Jornal do Rio Vermelho, ela conta um pouco de sua vida e de sua carreira artística. Jornal do Rio Vermelho: Você é formada em direito. Chegou a exercer a profissão? Aninha Franco - Durante 12 anos trabalhei com meu irmão, Joaquim Arthur Pedreira Franco, que adora advogar. Eu era, fui e sou artista. Como iniciou no teatro, atuando ou escrevendo? AF – Na Faculdade de Direito, eu participei
Segundo o IBOPE, a Bahia não está bem na fita em mobilidade urbana, segurança, educação, turismo e cultura. Pra você Aninha, a Bahia tem jeito? AF – A Bahia e o Brasil estão mal em todos esses quesitos. Mas têm jeito, sim. Educação pública de qualidade pode resolver todos os problemas relacionados e todos os que não foram.
de um grupo de teatro e nós encenamos Canudos, um tema proibido pelas Forças Armadas. Escrevi o texto com alguém que não lembro o nome e participei da encenação. Na estreia, a Polícia Federal desceu com funcionários da escola e nós fugimos. Foi meu encerramento de carreira. Em 1988, entendi o significado de fazer teatro com Os Sete Pecados Captados, com direção de Paulo Dourado com interpretação de Rita Assemany, Meran Vargens e Iami Rebouças. E em 1990 fui captada pelo teatro escrevendo Dendê & Dengo com direção espetacular de Carmen Paternostro com interpretações de Rita Assemany e Iami Rebouças.
Fale um pouco sobre Aninha Franco. Fora do trabalho o que você gosta? AF – De viver. Nada é melhor do que acordar de manhã para desfrutar da vida. E dormir exausto disso. Em entrevista você disse que está mais anarquista do que na adolescência. Para você ser anarquista é um estado de espírito? AF – Ser anarquista é um estado de espírito permanente em mim.
Você é considerada a pessoa que popularizou o teatro na Bahia. Como foi isso? Tem saída para a chamada cultura de massa? AF – É a única saída. Sem a “massa”, a pasta não tem sabor. Continua com o Completo Complexo Cultural XVIII? Comente sobre isso. AF – Continuo. O Theatro XVIII não é meu, é do Pelourinho, é da cidade. É um encontro único e irrepetível do espectador com o artista. O funcionamento artístico dele é único. Não conheço outro modelo tão eficiente para a democratização. Mas a burocracia é caótica. Estamos equacionando o entendimento burocrático com a empresa Organiza (Márcio Lopes) e reformando algumas coisas dele para voltar. Todos os dias, um espectador pergunta: quando? Qual o trabalho que você considera a menina dos olhos? O que tem de novo no cenário e o que vem por aí? AF – Sou apaixonada pelo texto e pela encenação de Três Mulheres e Aparecida (2000,
Theatro XVIII) criado para comentar a invasão portuguesa de 1500. E fiquei muito feliz quando Lola Proaño, encarregada de organizar a Antologia de Teatro Latino-Americano (1950.2007), selecionou esse texto e sua encenação com direção de Nadja Turenko com interpretação de Rita Assemany para representar o Brasil. Lola selecionou Três Mulheres e um texto de Angusto Boal para uma edição de 3 mil exemplares que foram distribuídos nas bibliotecas da América Latina.
Armazém do Reino pratica culinária ecológica O Armazém do Reino, restaurante ecológico situado no bairro do Rio Vermelho, após ser reconhecido como case de sucesso pelo Sebrae foi citado dentre três outros em todo o Brasil pela Chef Tatiana Cardoso, do restaurante Moinho de Pedra (São Paulo). Chef renomada internacionalmente com premiação mundial de literatura gastronômica.
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Tatiana fez um elogio ao Chef do Armazém do Reino em entrevista para a revista Gol linhas aéreas do mês de março, evidenciando a seguinte frase: “O talento do Chef Ramon é inigualável e a comida dele, um presente!” Armazém do Reino é especializado em Culinária Viva Gourmet “ecológica” e em suas diretrizes o Chef prati-
ca uma autêntica culinária sensorial, com 365 cardápios ao ano. Armazém do Reino Rua Borges dos Reis, Cond. Rio Vermelho Boulevard, nº 46, Sala 5. http://www.armazemdoreino. blogspot.com.br Reservas: (71)3482-1192 Terça a domingo: Almoço - 12h às 15h30 e Jantar - 19h às 23h
Gosto muitíssimo de Éramos Gays (2013, direção de Adrian Steinway) e de Fic Véi, Fic Legal (2013, direção de Rita Assemany). Estou revisando Dramaturgia Encenada (1990/2008) que sai em setembro deste ano. E Algumas Criações da Cidade da Baía (1990 a 2000), que comenta as criações de carnaval, dança, literatura, música, política e teatro da cidade, além das relações de negros e brancos em Salvador. Algumas criações saem em 2014, acho.
O que você curte no Rio Vermelho? AF – Tudo. Adoro caminhar pela manhã; visitar meus amigos da Colônia de Pescadores, Rasta, Calabar; pirraçar o petista da Banca do Rio Vermelho; comer a mim mesma no França; degustar as invenções maravilhosas de Tereza Paim (Casa de Tereza) ou Leila (Dona Mariquita); aparar os cabelos no Escalpo (Gerson); tomar café da manhã no Mungunzá, no Posto Chaminé; beber um chope no Boteco; uma água de coco na (Praça Brigadeiro Farias da Rocha), um café em Jane (Café Cognac); um cebiche em Patrícia (Ciranda). Sou uma consumidora total do Rio Vermelho. Sinto falta de um teatro lá. O que acha que deve melhorar no Rio Vermelho? AF – O que precisa melhorar na cidade inteira: limpeza, transporte, serviços etc.